14 de abr. de 2017

Significado de Sábado de Aleluia

Sábado de Aleluia é um dia de comemoração no calendário de feriados religiosos do Cristianismo, sempre antes da Páscoa. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.
O Sábado Santo pode cair entre 21 de março e 24 de abril, e nesse sábado é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa. Sábado de Aleluia é o sábado anterior ao domingo de Páscoa, onde acende-se o Círio Pascal, uma grande vela que simboliza a luz de Cristo, que ilumina o mundo. Na vela, estão gravadas as letras gregas Alfa e Ômega, que querem dizer "Deus é o princípio e o fim de tudo”.
Na tradição católica, os altares são descobertos, pois assim como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações que fazem parte é a Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da confissão.
Antes de 1970, no sábado de aleluia os católicos romanos deveriam praticar um jejum limitado, como abstinência de carne de gado, mas poderiam consumir peixe, etc. É também no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.

Fonte: Significados.com.br 

Papa no cárcere de Paliano: Deus nos ama até o fim, servir é semear amor

13/04/2017 



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrou a missa da Ceia do Senhor, nesta Quinta-feira Santa (13/04), na Casa de Reclusão de Paliano, localidade ao sul de Roma. 





A cerimônia, com o tradicional rito do lava-pés, não foi transmitida ao vivo – a pedido do próprio Pontífice e pela falta de condições técnicas do presídio. A visita de Francisco teve um caráter “estritamente privado”.
O Papa lavou os pés a 12 detentos (10 italianos, 1 argentino e 1 albanês). Entre eles, 3 eram mulheres e 1 muçulmano que receberá o sacramento do Batismo no mês de junho. Além disso, dois deles foram condenados à prisão perpétua, enquanto para os demais a conclusão da pena está prevista entre 2019 e 2073.
“Jesus estava na ceia, com eles. A última ceia e diz o Evangelho que Ele sabia ‘que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo ao Pai’. Sabia que tinha sido traído e que seria entregue por Judas naquela noite”. 
“Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim’. Mas Deus ama assim! Até o fim e dá a vida por todos nós e se orgulha disso. Deus quer isto porque Ele tem amor: ama até o fim. Não é fácil, porque todos nós somos pecadores, todos temos limites, defeitos, muitas coisas. Sabemos amar, mas não somos como Deus que ama sem olhar as consequências, até o fim. É um exemplo. Para mostrar isso, Ele que era o chefe, que era Deus, lava os pés de seus discípulos”, disse o Papa em sua homilia. 
Francisco explicou que o gesto de lavar os pés era um costume que se fazia na época antes do almoço e do jantar, porque não tinha asfalto e as pessoas caminhavam na terra e ficavam com os pés cheios de poeira. 
“Um dos gestos para receber uma pessoa em casa, além de oferecer alimento, era também o de lavar os pés da pessoa. Isso era feito pelos escravos. Mas Jesus inverte isso e realiza Ele mesmo esse gesto. Simão Pedro não queria que Jesus lavasse os seus pés, mas Jesus lhe respondeu que Ele tinha vindo ao mundo para servir, para nos servir, para se fazer servo por nós, para dar a vida por nós, para nos amar até o fim.” 
Francisco disse que quando chegou a Paliano, várias pessoas o saudaram. “Chegou o Papa, o chefe. O chefe  da Igreja...”. O chefe da Igreja é Jesus. O Papa é a figura de Jesus e eu gostaria de fazer o mesmo que Ele fez. Nesta cerimônia, o pároco lava os pés dos fiéis: se inverte. O que parece o maior deve fazer o trabalho do escravo. Para semear amor, para semear amor entre nós, lhes digo: 
“Se vocês puderem ajudem, façam um serviço ao companheiro aqui, no cárcere, à tua companheira. Façam, porque isso é amor, isso é como lavar os pés. É ser servo dos outros. Uma vez os discípulos brigavam entre eles sobre quem fosse o maior, o mais importante. E Jesus lhes disse: ‘Quem quiser ser importante, deve se fazer pequeno e servo dos todos. Foi o que Ele fez. É o que Deus faz com a gente. Quem serve é o servo. Somos pobrezinhos. Ele é grande. Ele é bom. Ele nos ama como somos. Durante esta cerimônia pensemos em Deus, em Jesus. Não é uma cerimônia de folclore: é um gesto para recordar o que Jesus nos deu. Depois disso, pegou o pão e nos deu o Seu corpo. Pegou o vinho e nos deu o Seu sangue. Assim é o amor. Pensemos, hoje, somente no amor de Deus.”
A Casa de Reclusão de Paliano é dedicada aos colaboradores da Justiça - a único do gênero na Itália. Há duas sessões  - masculina e feminina – e outra sessão para os doentes de tuberculose. Tem uma capacidade para 140 reclusos.
Trata-se da terceira vez que Francisco celebra este rito numa prisão. Em 2015, a missa foi realizada no Presídio de Rebibbia, em Roma. Em 2013, o local foi o Cárcere para Menores "Casal del Marmo", também em Roma.
No ano passado, o Papa lavou os pés dos refugiados no centro de acolhimento de Castelnuovo, município ao norte de Roma. Em 2014, a cerimônia foi no Centro Santa Maria da Providência, na periferia romana, que acolhe pessoas com deficiências.
(MJ/BF)

Rádio Vaticano 

O Sacramento do Batismo

  Postaremos, a partir de hoje, artigos do Catecismo da Igreja Católica sobre os Sacramentos.
  Os Sacramentos são sinais em nossa vida da presença de Deus. Jesus Cristo, o Sacramento primordial do Pai, assim os instituiu para nos acompanhar e dar-nos vida plena. Por eles, estamos no próprio Cristo. É obrigação de cristão sabê-los e transmiti-los, nisso consiste a razão de a Cristo amarmos. 


O SACRAMENTO DO BAPTISMO

1213. O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito(«vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão (4). «Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Baptismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra» (5).
I. Como se chama este sacramento?
1214. Chama-se Baptismo, por causa do rito central com que se realiza: baptizar (baptizeis, em grego) significa «mergulhar», «imergir». A «imersão» na água simboliza a sepultura do catecúmeno na morte de Cristo, de onde sai pela ressurreição com Ele (6) como «nova criatura» (2 Cor 5, 17;Gl 6, 15).
1215. Este sacramento é também chamado «banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo» (Tt 3, 5), porque significa e realiza aquele nascimento da água e do Espírito, sem o qual «ninguém pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5).
1216. «Este banho é chamado iluminação, porque aqueles que recebem este ensinamento [catequético] ficam com o espírito iluminado...» (7). Tendo recebido no Baptismo o Verbo, «luz verdadeira que ilumina todo o homem» (Jo 1, 9), o baptizado, «depois de ter sido iluminado» (8), tornou-se «filho da luz» (9) e ele próprio «luz» (Ef 5, 8):
«O Baptismo é o mais belo e magnífico dos dons de Deus [...] Chamamos-lhe dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo e tudo o que há de mais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que não trazem nada: graça, porque é dado mesmo aos culpados: baptismo, porque o pecado é sepultado nas águas; unção, porque é sagrado e régio (como aqueles que são ungidos); iluminação, porque é luz irradiante; veste, porque cobre a nossa vergonha;banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é sinal do senhorio de Deus» (10).

O Batismo no começo da Igreja

A igreja, nos primeiros séculos, ministrava numa única celebração, para os adultos e crianças, três Sacramentos: Batismo, Crisma e Eucaristia. Para os adultos havia uma preparação de três anos, o catecumenato. Na vigília pascal o catecúmeno recebia os três Sacramentos.
Muitos são os documentos e citações que narram o Batismo dos primeiros séculos. Vamos conhecer algumas citações importantes dos “Padres da Igreja”, que nos esclarecem muitas coisas. Esses Padres foram os grandes homens que formularam a fé católica, desde os Apóstolos, enfrentando as heresias e os cismas. Entre eles estão S. Jerônimo, S. Basílio Magno, S. Gregório Magno, S. Agostinho, S. Irineu de Lião etc. É interessante e importante conhecer um pouco do que esses pais da Igreja escreveram sobre Batismo nos primeiros séculos da Igreja.
Tertuliano († 220), que foi bispo em Cesareia, escreveu no século III o “Tratado sobre o Batismo”, que fornece informações importantes. Ensina que “os catecúmenos deviam invocar Deus em orações fervorosas, com jejuns, genuflexões e vigílias”. O ministro, o bispo, na vigília pascal, benzia a água; o catecúmeno renunciava ao demônio; a seguir, o ministro perguntava: “Crês em Deus Pai?” Após a resposta afirmava do catecúmeno, mergulhava-o na água; interrogava ainda: “Crê em Deus Filho?” e “Crês em Deus Espírito Santo?”, seguindo-se a cada resposta um mergulho na água. Depois ele era ungido com óleo e recebia a imposição das mãos, pela qual se comunicava o Espírito Santo.
S. Hipólito de Roma († 235) descreveu sobre o Batismo, com detalhes, em sua Tradição Apostólica:
“Ouçam os catecúmenos a palavra durante três anos… escolhidos os que receberão o Batismo, sua vida será examinada: se viveram com dignidade enquanto catecúmenos, se honraram as viúvas, se visitaram os enfermos, se só praticaram boas ações… Aproximando-se o dia em que serão batizados, exorcize o bispo cada um… Jejuem na véspera do sábado os que receberão o Batismo… Ordene-se a todos que rezem e se ajoelhem; impondo-se sobre eles as mãos, exorcizará o bispo todos os espíritos estranhos para que fujam e não tornem jamais; ao terminar o exorcismo, sopre-lhes no rosto. Depois de marcar-lhes com o sinal da cruz a fonte, os ouvidos e as narinas, ele os fará levantar-se… Ao cantar do galo, reze-se primeiro sobre a água, na fonte ou derramando-se do alto… Em caso de necessidade usa-se a água que se encontraram… Os batizados despirão as suas roupas, batizando-se primeiro as crianças. Todos os que puderem falar por si mesmo falem. Os pais, ou alguém da família, falem pelos que não puderem falar por si. Batizem-se os homens e finalmente as mulheres…”
Esta longa descrição de como era ministrado o Batismo, e que continua, mostra que este Sacramento era ministrado na madrugada do domingo, após um dia inteiro de orações, leituras e jejum; a preparação era longa, com anos de instrução e exorcismos (não de processos); batizavam crianças que ainda não tinham idade para falar; a unção do óleo após o Batismo equivale ao Sacramento da Crisma.
S. Justino Mártir, († 151), I Apologia 61:
“Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos, de Nosso Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo que recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos Apóstolos.”
Didaquè – A Doutrina dos Apóstolos, o primeiro “catecismo” da Igreja (ano 100):
“Quanto ao Batismo, batizai assim: depois de terdes ensinado o que precede, batizai em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, em água corrente; se não existe água corrente, batize-se em outra água. Se não puder ser em água fria, faze em água quente. Se não tens bastante, de uma ou de outra, derrama água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Antes do Batismo, jejuem: o que batiza, o que é batizado e outras pessoas.”
Aqui se vê claramente que desde o primeiro século a Igreja já ministrava o Batismo por efusão (derramamento de água) e não apenas por imersão (mergulho na água).
S. Ireneu (140-202), que foi bispo de Lião:
“Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo [pelo Batismo] de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens, os velhos.”
“O Batismo nos concede a graça do novo nascimento em Deus Pai os que têm o Espírito Santo. Pois os que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho; mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito Santo não é possível ver o Filho de Deus, e, sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo” (Dem. 7).
Orígenes – bispo de Alexandria (184-285):
“A igreja recebeu dos Apóstolos a Tradição de dar o Batismo também aos recém-nascidos” (Ep. Ad. Rom. LV, 5,9).
S. Cipriano, bispo de Cartago (210-258):
“Do Batismo e da graça não devemos afastar as crianças” (Carta a Fido).
Note que desde o século II já há uma comprovação de que a igreja batizava os recém-nascidos, como continua a fazer hoje.
Santo Hilário (310-367):
“Tudo o que aconteceu com Cristo dá-nos a conhecer que, depois na imersão na água, o Espírito Santo voa sobre nós do algo do Céu e que, adotados pela Voz do Pai, nos tornamos filhos de Deus” (Mat. 2).
O concílio de Cartago (ano 418), que condenou o pelagianismo, rejeitou a posição “daqueles que negam que se devam batizar as crianças recém-nascidas do seio materno” (Cânon 2, DS, 223).
O concílio de Florença (ano 1442), exigiu que fosse administrado o Batismo aos recém-nascidos “o mais depressa que se possa fazer comodamente” (DS. 1349).

Prof. Felipe Aquino Retirado do livro “Batismo”- Coleção Sacramentos- Ed. Canção Nova

Sábado Santo

"Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).
No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.
A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".
O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.
É um dia de meditação e silêncio. Algo pareceido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó. 2, 13).
Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado:
"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".

Vigília Pascal
A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, segundo uma antiqüíssima tradição, (Ex. 12, 42), de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc. 12, 35 ss), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e os faça sentar em sua mesa.
Vigília Pascal se desenvolve na seguinte ordem:
  • Breve Lucernário
  • Abençõa-se o fogo. Prepara-se o círio no qual o sacerdote com uma punção traça uma cruz. Depois marca na parte superior a letra Alfa e na inferior Ômega, entre os braços da cruz marca as cifras do anos em curso. A continuação se anuncia o Pregão Pascal.
  • Liturgia da Palavra
    Nela a Igreja confiada na Palavra e na promessa do Senhor, media as maravilhas que desde os inícios Deus realizou com seu povo.
  • Liturgia Batismal
    São chamados os catecúmenos, que são apresentados ao povo por seus padrinhos: se são crianças serão levados por seus pais e padrinhos. Faz-se a renovação dos compromissos batismais.
  • Liturgia Eucarística
    Ao se aproximar o dia da Ressurreição, a Igreja é convidada a participar do banquete eucarístico, que por sua Morte Ressurreição, o Senhor preparou para seu povo. Nele participam pelas primeira vez os neófitos.
Toda a celebração da Vigília Pascal é realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes de anoitecer, ou se termine a aurora do Domingo.
A missa ainda que se celebre antes da meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que participam desta missa, podem voltar a comungar na segunda Missa de Páscoa.
O sacerdote e os ministros se revestem de branco para a Missa. Preparam-se os velas para todos os que participem da Vigília.

Fonte: ACI digital 

Papa na Via-Sacra: vergonha pelo sangue inocente

14/04/2017



Cidade do Vaticano (RV) - Vergonha e esperança foram as palavras usadas por Francisco ao final da Via-Sacra realizada no Coliseu de Roma na Sexta-feira Santa. Após as 14 estações, que recordaram o drama das guerras, dos migrantes, das famílias dilaceradas e das crianças violadas, o Papa fez uma oração em que denunciou os motivos para sentir vergonha e anunciou os motivos para ter esperança.
Os motivos da vergonha
“Vergonha por todas as imagens de devastação, destruição e naufrágio que se tornaram ordinárias na nossa vida. Vergonha pelo sangue inocente que diariamente é derramado de mulheres, crianças e migrantes, de pessoas perseguidas pela cor de sua pele ou pertença étnica e social e por sua fé no Senhor. Vergonha pelas muitas vezes que, como Judas e Pedro, O vendemos e traímos e O deixamos só a morrer pelos nossos pecados, fugindo como covardes da nossa responsabilidade. Vergonha pelo nosso silêncio diante da injustiça, pelas mãos preguiçosas em dar e ávidas em tirar e em conquistar, pelo nossa voz forte em defender os nossos interesses e tímida em falar dos interesses dos demais. Pelos nossos pés velozes no caminho do mal e paralisados no caminho do bem. Vergonha por todas as vezes que nós bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas escandalizamos e ferimos o Seu corpo, a Igreja, e esquecemos o nosso primeiro amor, o primeiro entusiasmo e nossa total disponibilidade, deixando enferrujar o nosso coração e a nossa consagração.”
Os motivos da esperança
“Tanta vergonha, Senhor”, prosseguiu o Papa, mas também tanta esperança, confiante de que Jesus “não nos trata pelos nossos méritos, mas unicamente segundo a abundância da Sua misericórdia”.
“A esperança de que a sua cruz transforma nossos corações endurecidos em corações de carne, capaz de sonhar, de perdoar e de amar. Transforma essa noite tenebrosa de Sua cruz em alvorecer da Sua ressurreição. A esperança de que a Sua fidelidade não se baseia na nossa. A esperança de que a fileira de homens e mulheres fieis à Sua cruz continua e continuará a viver fiel como o fermento que dá sabor e como a luz que abre novos horizontes no corpo da nossa humanidade ferida. Esperança de que sua Igreja tentará ser a voz que grita no deserto da humanidade para preparar a estrada do Seu retorno triunfal quando virá julgar os vivos e os mortos. A esperança que o bem vencerá não obstante a sua aparente derrota.”
Não se envergonhar nem instrumentalizar a cruz
“Ó Senhor Jesus, filho de Deus, diante do Seu patíbulo nos ajoelhamos envergonhados e esperançosos e pedimos que perdoe os nossos pecados e nossas culpas. Pedimos que se lembre de nossos irmãos que sucumbiram pela violência, pela indiferença e pela guerra. Pedimos que rompa as correntes que nos mantêm presos no nosso egoísmo, na nossa cegueira voluntária e na vaidade dos nossos cálculos mundanos. Ó Cristo, nós Lhe pedimos que nos ensine a jamais nos envergonhar da Sua cruz, a não instrumentalizá-la, mas honrá-la e adorá-la, porque com ela nos manifestou a monstruosidade dos nossos pecados, a grandeza do seu amor, a injustiça dos nossos juízos e a potência da sua misericórdia. Amém.”

Rádio Vaticano 

Papa Francisco no Coliseu: O amor é mais forte do que o mal

10/04/2017 



Cidade do Vaticano (RV) - Na noite desta Sexta-feira Santa, o Papa Francisco preside no Coliseu de Roma a Via Sacra, a partir das 21h15, hora local, 16h15, hora de Brasília. A Via Sacra escrita pela teóloga francesa Anne-Marie Pelletier para esta Sexta-feira Santa no Coliseu, poderia ser considerada como "não tradicional". As Estações, de fato, espelham os momentos que a autora considerou como os mais significativos no caminho de Jesus ao Gólgota, como a negação de Pedro, o sofrimento de Cristo no qual são reconhecidos homens, mulheres e até mesmo "crianças violentadas, humilhadas, torturadas, assassinadas", o silêncio do sábado.
Nas reflexões, Anne-Marie Pelletier quis dar um espaço particular às mulheres. Cita, por exemplo, Santa Catarina de Sena e Etty Hillesum e, entre as testemunhas de nosso tempo, recorda os monjes trapistas de Tibhirine, Argélia, assassinados em 1998. A Rádio Vaticano, que transmitirá ao vivo, com comentários em português, conversou com ela. Vamos ouvir o que disse:
"Eu diria que não pensei naquilo que gostaria de dizer ou que queria transmitir. A minha idéia foi, isto sim, a de colocar-me neste caminho, de tentar colocar-me nos passos de Jesus que sobe ao Gólgota. Trata-se de uma dimensão do pensamento de Deus e não do nosso, então procurei ter uma atitude de escuta e de silêncio, por mim mesma e pelos outros, ao extraordinário paradoxo que se realiza na hora da Paixão, aquele que as Escrituras definem como o inaudito da hora de Deus e que toca intensamente e profundamente todo o agir de nosso mundo contemporâneo".
RV: As 14 Estações que você escreveu, não são aquela tradicionais. Por que esta escolha?
"Inspirei-me no fato de que a Via Sacra tem diversas referências e que não tem um esquema vinculante e escolhi aqueles momentos que me pareciam particularmente significativos. Assim, decidi inserir a negação de Pedro e a cena em que Pilatos, consultado pelas autoridades judaicas, declara também ele que Cristo deveria ser crucificado. Para mim era muito importante querer recordar, nesta circunstância, judeus e pagãos unidos na cumplicidade da condenação à morte de Jesus. Sabemos que no decorrer dos séculos os cristãos foram tentados a atribuir a responsabilidade pela morte de Jesus somente ao povo hebreu. Os textos, porém, na forma como foram escritos, nos ajudam a entender que, na realidade, nos encontramos diante de um enorme drama espiritual, no qual judeus e pagãos estão unidos na mesma rejeição de Cristo, na mesma violência que leva a sua condenação à morte".
RV: Quais foram as fontes de sua inspiração para escrever as meditações?
"Eu diria, fundamentalmente, a minha experiência de crente, a experiência da luta da fé. Porque quando nos encontramos lá - como no caso da paixão de Jesus - diante deste extremo do pensamento de Deus, cada um de nós se sente perdido e tem dificuldades em entrar nesta lógica das Escrituras, do "devia ser assim"".
RV: Mas, existe uma mensagem que você gostaria de transmitir por meio de seus textos?
"Eu diria que fundamentalmente busquei sensibilizar sobre o fato de que os trágicos eventos da Paixão têm de humano: Cristo é condenado à morte, submetido à violência dos homens. Tais acontecimentos nos ensinam que devemos  conseguir alcançar aquilo que o Papa chama na Evangelii Gaudium, "a alegria do Evangelho". Estamos diante de um grande paradoxo, porque aquilo que temos sob os olhos é a realidade de um fracasso, do sofrimento triunfante, do reino da morte. É muito importante tomar consciência do fato de que ser cristãos é o oposto desta chantagem da violência, da morte, e que o amor é mais forte. O amor que vem de Deus tem a vitória sobre tudo. Penso que seja tarefa dos cristãos de hoje ser testemunhas disto".
RV: Na última estação você dá destaque à presença das mulheres...
"Eu quis que a XIV Estação fosse dedicada ao Sábado Santo. O Evangelho oferece poucas palavras a respeito de tal dia, e elas dizem respeito às mulheres. Somente as mulheres que, vindas do sepulcro após o sepultamento de Jesus, foram preparar os panos para poder envolver o corpo depois do Shabbat. Ainda que a nossa liturgia não reserve a ele uma grande ressonância, penso que o Sábado Santo seja um momento fundamental. É um momento de recolhimento, de silêncio; nos prepara para reconhecer a ressurreição. E é também um momento feminino, que nos mostra as mulheres colocadas à prova pela morte de Jesus, mas que ao mesmo tempo continuam a ter uma postura de vida: preparam os panos com os quais irão honrar o corpo de Cristo e têm um comportamento muito diferente daquele dos discípulos de Emaús. Estes estão desiludidos e desorientados, enquanto as mulheres não se mostram assim; simplesmente, sobriamente, preparam os panos e se dispõe assim a receber a grande surpresa do anúncio da Ressurreição". (TC/JE).

Rádio Vaticano 

Cantalamessa: a cruz dá sentido a todo sofrimento, a vitória é dos que sofrem

14/04/2017


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu na tarde desta Sexta-feira Santa, na Basílica de São Pedro, a celebração da Paixão do Senhor. A homilia da cerimônia, intitulada “A cruz, única esperança do mundo”, esteve a cargo do Pregador da casa Pontifícia Frei Raniero Cantalamessa ofmcap. 

“Escutamos a narrativa da Paixão de Cristo. Trata-se, essencialmente, do relato de uma morte violenta. Notícias de mortes, e mortes violentas, quase nunca faltam nos noticiários vespertinos. Também nestes últimos dias, temos escutado tais notícias, como a dos 38 cristãos coptas assassinados no Egito no Domingo de Ramos. Estas notícias se sucedem com tal rapidez, que nos fazem esquecer, a cada noite, as do dia anterior. Por que, então, após 2000 anos, o mundo ainda recorda, como se tivesse acontecido ontem, a morte de Cristo? É que esta morte mudou para sempre o rosto da morte; ela deu um novo sentido à morte de cada ser humano”, disse Frei Cantalamessa. 






"Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água" (Jo 19, 33-34). 
“Penetremos no epicentro da fonte deste “rio de água viva” no coração trespassado de Cristo. Existe agora, dentro da Trindade e dentro do mundo, um coração humano que bate, não só metaforicamente, mas realmente. É um coração trespassado, mas vivente; eternamente trespassado, precisamente porque eternamente vivente”, frisou o frei capuchinho.
Há uma expressão que foi criada justamente para descrever a profundidade da maldade que pode aglutinar-se no seio da humanidade: “coração de trevas”. Depois do sacrifício de Cristo, mais profundo do que o coração de trevas, palpita no mundo um coração de luz. Cristo, de fato, subindo ao céu, não abandonou a terra, assim como, encarnando-se, não tinha abandonado a Trindade.
A cruz não "está", portanto, contra o mundo, mas pelo mundo: para dar um sentido a todo o sofrimento que houve, que há e que haverá na história humana. "Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo – diz Jesus a Nicodemos –, mas para que o mundo seja salvo por Ele" (Jo 3, 17). A cruz é a proclamação viva de que a vitória final não é de quem triunfa sobre os outros, mas de quem triunfa sobre si mesmo; não daqueles que causam sofrimento, mas daqueles que sofrem.
“Tornaríamos vã, no entanto, esta liturgia da Paixão, se ficássemos, como os sociólogos, na análise da sociedade em que vivemos. Cristo não veio para explicar as coisas, mas para mudar as pessoas. O coração de trevas não é apenas aquele de algum malvado escondido no fundo da selva, e nem mesmo aquele da nação e da sociedade que o produziu. Em diferente medida está dentro de cada um de nós”, disse Frei Cantalamessa que acrescentou:
A Bíblia o chama de coração de pedra, "Tirarei do vosso peito o coração de pedra – diz Deus ao profeta Ezequiel – vos darei um coração de carne". Coração de Pedra é o coração fechado à vontade de Deus e ao sofrimento dos irmãos, o coração de quem acumula quantidades ilimitadas de dinheiro e permanece indiferente ao desespero de quem não tem um copo de água para dar ao próprio filho; é também o coração de quem se deixa completamente dominar pela paixão impura, pronto para matar ou a levar uma vida dupla. Para não ficarmos com o olhar sempre dirigido para o exterior, para os demais, digamos mais concretamente: é o nosso coração de ministros de Deus e de cristãos praticantes se vivemos ainda, basicamente, “para nós mesmos” e não “para o Senhor”.
O coração de carne, prometido por Deus nos profetas, já está presente no mundo: é o Coração de Cristo trespassado na cruz, aquele que veneramos como “o Sagrado Coração”. Ao receber a Eucaristia, acreditamos firmemente que aquele coração vem bater também dentro de nós. Olhando para a cruz daqui a pouco digamos do profundo do coração, como o publicano no templo: "Meu Deus, tem piedade de mim, pecador!”, e também nós, como ele, voltaremos para casa “justificados”.
Traduçao de Thácio Siqueira

Rádio Vaticano 

Papa na Missa do Crisma: "Evangelização seja respeitosa e humilde"

13/04/2017



Cidade do Vaticano (RV) – Nesta Quinta-feira Santa (13/04), primeiro dia do Tríduo Pascal, o Papa Francisco celebrou a missa do Crisma na Basílica de São Pedro.
No dia em que a Igreja recorda a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, a homilia do Papa começou precisamente com a afirmação que “assim como o Senhor foi ungido pelo Espírito, os sacerdotes, ungidos em seus pecados com o óleo do perdão e no seu carisma com o óleo da missão, devem ungir os outros”.
E como Jesus – continuou o Papa – o sacerdote torna jubiloso o anúncio com toda a sua pessoa. “Com a Palavra com que o Senhor o tocou, deve fazê-lo com a alegria que toca o coração do seu povo!”. Para o Pontífice, o anúncio da Boa Nova contém algo que compreende em si a alegria do Evangelho, porque é jubilosa em si mesma.
O Papa especificou ainda que as três graças do Evangelho: a sua Verdade– não negociável –, a sua Misericórdia – incondicional com todos os pecadores – e a sua Alegria – íntima e inclusiva, não podem ser separadas.
“Nunca a verdade da Boa-Nova poderá ser apenas uma verdade abstrata; nunca a misericórdia da Boa-Nova poderá ser uma falsa compaixão, que deixa o pecador na sua miséria, não lhe dando a mão para se levantar; e enfim, nunca a Boa-Nova poderá ser triste ou neutra, porque é expressão de uma alegria inteiramente pessoal: ‘a alegria dum Pai que não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos’”.
Em seguida, o Papa apresentou aos sacerdotes “três ícones de odres novos em que a Boa-Nova se conserva bem”:
O primeiro são as talhas de pedra das bodas de Caná, que bem espelham o Odre perfeito que é Nossa Senhora, a Virgem Maria; o segundo é o cântaro que a Samaritana trazia à cabeça, que expressa uma questão essencial: ser concreto. E o terceiro ícone da Boa-Nova é o Odre imenso do Coração trespassado do Senhor: integridade suave, humilde e pobre, que atrai todos a Si.
“Dele devemos aprender que, anunciar uma grande alegria àqueles que são muito pobres, só se pode fazer de forma respeitosa e humilde, até à humilhação. A evangelização não pode ser presunçosa. Não pode ser rígida a integridade da verdade. Esta integridade suave dá alegria aos pobres e reanima os pecadores”, concluiu o Pontífice.  
(CM)

Rádio Vaticano 

Papa Francisco: o pecado se manifesta na violência que destrói o mundo

13/04/2017 



Cidade do Vaticano (RV) – “Penso que hoje o pecado se manifeste com toda a sua força destruidora nas guerras, nas várias formas de violência e maus-tratos”: este é um trecho da entrevista que o Papa Francisco concedeu ao jornal italiano “La Repubblica”, publicada esta quinta-feira (13/04).



Concedida ao jornalista Paolo Rodari, o Papa afirma que está vivendo esta vigília pascal pedindo com força ainda maior a paz “para este mundo submetido aos traficantes de armas que lucram com o sangue dos homens e das mulheres”.
Atire a primeira pedra
Sobre a Quinta-Feira Santa, Francisco explica que escolheu celebrar novamente o rito do lava-pés com os detentos porque este é o mandamento de Jesus, “que vale para cada um de nós, mas sobretudo para o bispo que é o pai de todos”.
“Eu respondo com a palavras de Jesus: quem não for culpado, que atire a primeira pedra. Devemos nos olhar por dentro e tentar ver as nossas culpas. Somente assim, o coração se tornará mais humano.”
O Papa recorda que todos podemos errar. “Todos, de um modo ou de outro, erramos. E a hipocrisia faz com que não pensemos na possibilidade de mudar de vida: há pouca confiança na reabilitação, na reinserção na sociedade.”
A violência destrói o mundo
Quanto à violência, Francisco afirma: “Penso que hoje o pecado se manifeste com toda a sua força destruidora nas guerras, nas várias formas de violência e maus-tratos, no abandono dos mais frágeis. Quem paga a conta são sempre os últimos, os inermes. Não é fácil saber se o mundo é mais ou menos violento do que no passado, nem se os meios de comunicação e a mobilidade que caracteriza a nossa época nos tornam mais conscientes da violência ou indiferentes a ela”.
O Papa prossegue: “Já disse várias vezes e repito: a violência não é a cura para o nosso mundo fragmentado. Responder à violência com a violência conduz, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e imensos sofrimentos. No pior dos casos, pode levar à morte, física e espiritual, de muitos, senão de todos”.

Rádio Vaticano 

13 de abr. de 2017

13/4 – São Martinho

Originário de Todi e diácono da Igreja romana, Martinho foi eleito ao sumo pontificado após a morte do papa Teodoro (13 de maio de 649) e logo mostrou mão firme no governo do leme da barca de Pedro. Não pediu nem aguardou o consentimento à sua eleição da parte do imperador Constante II que no ano anterior havia promulgado o Tipo, um documento em defesa da tese herética dos monotelitas. Para barrar a difusão dessa heresia, três meses após sua eleição, o papa Martinho convocou, na basílica de são João de Latrão, um grande concílio, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. A condenação de todos os escritos monotelitas, sancionada nas cinco sessões solenes, provocou uma irritadíssima reação da corte bizantina. O imperador ordenou ao exarca de Ravena, Olímpio, que fosse a Roma e prendesse o papa. Olímpio quis cumprir as ordens imperiais com algumas alterações e tentou, por meio do seu escudeiro, assassinar o papa durante a celebração da missa em Santa Maria Maior.
No momento de receber a hóstia consagrada das mãos do pontífice o sicário puxou o punhal, mas foi imediatamente atingido por uma cegueira total. Provavelmente esse fato convenceu Olímpio a trocar de atitude e a reconciliar-se com o santo pontífice e projetar uma luta armada contra Constantinopla. Em 653, morto Olímpio de peste, o imperador pôde cumprir a sua vingança, fazendo com que o novo exarca de Ravena, Teodoro Calíopa, prendesse o papa. Martinho, acusado de ter-se apossado ilegalmente do alto cargo de sumo pontífice e de haver tramado com Olímpio contra Constantinopla, foi conduzido por via marítima até à cidade do Bósforo. A longa viagem, que durou quinze meses, foi o início de um cruel martírio. Durante as numerosas escalas, a nenhum dos tantos fiéis que foram encontrar-se com o papa foi concedido aproximar-se dele. Ao prisioneiro não era dada nem água para se lavar.
Chegando em Constantinopla a 17 de setembro de 654, o papa ficou estendido numa cama na rua pública recebendo os insultos do povo durante um dia inteiro, antes de ser fechado por três meses na prisão Prandiária. Depois iniciou-se o longo e exaustivo processo, durante o qual os sofrimentos foram tão grandes a ponto de o acusado murmurar: “Façam de mim o que quiserem; qualquer morte será para mim um benefício.” Humilhado publicamente, despido e exposto aos rigores do frio, carregado de correntes, foi fechado na cela reservada aos condenados à morte. A 16 de março de 655 fizeram-no partir secretamente para o exílio em Quersoneso na Criméia. Sofreu fome e foi se enfraquecendo no mais absoluto abandono durante outros quatro meses, até que a morte o colheu, fraco de corpo mas não de vontade, aos 16 de setembro de 655.

Cléofas 

Óleos sagrados

Quais são os chamados “Santos Óleos”? Para que servem?
Durante a Missa da Unidade é realizada a Bênção dos Santos Óleos, a serem utilizados pelas paróquias para a celebração dos sacramentos: Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.  Não se sabe com precisão, como
e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos. O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:
Óleo do Crisma – Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
Óleo dos Catecúmenos – Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
Óleo dos Enfermos- É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como “extrema-unção”. Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

Fonte: Cléofas 

12 de abr. de 2017

Como ganhar indulgência no Tríduo Pascal?

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Abr. 17 / 08:00 am (ACI).- Durante o Tríduo Pascal, os fiéis podem obter indulgência plenária para si próprio ou para os defuntos. Para isso, deve-se seguir as seguintes recomendações estabelecidas pela Santa Sé.
Quinta-feira Santa
1. Se durante a solene vigília do Santíssimo, após a Missa da Ceia do Senhor, recitar ou cantar o hino eucarístico “Tantum Ergo”.
2. Se visitar por meia hora o Santíssimo Sacramento reservado no monumento para adorá-lo.
Sexta-feira Santa
1. Se participar piedosamente da adoração da Cruz na solene celebração da Paixão do Senhor.

Sábado Santo
1. Se rezar a oração do Santo Rosário.
Vigília Pascal
1. Se participar da celebração da Vigília Pascal e nela renovar as promessas do Santo Batismo.
Domingo de Páscoa
1. Se receber com piedade e devoção bênção dada pelo Sumo Pontífice a Roma e ao mundo (bênção Urbi et Orbi), ou dada pelo Bispo aos fiéis confiados ao seu cuidado.
Além dessas condições estabelecidas para cada dia do Tríduo, para lucrar a indulgência, é necessário seguir as demais recomendações, que são:
A. Exclusão de todo afeto para qualquer pecado, inclusive venial.
B. Confissão sacramental, Comunhão Eucarística e oração pelas intenções do Sumo Pontífice. Estas três condições podem ser cumpridas dias antes ou depois da execução da obra enriquecida com a indulgência plenária; mas convém que a comunhão e a oração pelas intenções do Sumo Pontífice se realizem no mesmo dia em que se cumpre a obra.
Vale assinalar que, com uma só confissão sacramental é possível ganhar várias indulgências. Entretanto, convém que se receba frequentemente a graça do sacramento da Penitência, para aprofundar na conversão e na pureza de coração.
Por outro lado, com uma só Comunhão Eucarística e uma só oração pelas intenções do Santo Padre só se ganha uma indulgência plenária.
A condição de rezar pelas intenções do Pontífice se cumpre com um Pai Nosso e Ave-Maria; mas é concedida a cada fiel cristão a faculdade de rezar qualquer outra fórmula, segundo sua piedade e devoção.

Fonte: ACI Digital 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...