18 de mar. de 2017

18/3 – São Cirilo de Jerusalém

ciriloDesde os tempos apostólicos a heresia tinha se infiltrado na Igreja, mas não havia provocado ainda nas comunidades eclesiais as profundas divisões que produziram o arianismo e o nestorianismo nos séculos IV e V. Mas se por um lado essas heresias diminuíram a evangelização dos pagãos, por outro lado suscitavam grandes figuras de pastores, teólogos, pregadores, de escritores com suas obras monumentais, uma catequese sistemática, homilias e sermões, tudo isso conseguiu dar uma exposição clara da doutrina cristã. Então os próprios intelectuais pagãos podiam ter explicações racionais da religião. Através da defesa da ortodoxia o povo cristão vivia uma fé consciente. São Cirilo foi uma dessa grandes figuras. Regeu a diocese de Jerusalém de 350 até à morte, 386. Cirilo nasceu em 315 de pais cristãos. No começo da sua carreira teológica quase se comprometeu com os semi-arianos, mas logo aderiu à doutrina ortodoxa (do Concílio de Niceia).
Por isso foi três vezes mandado ao exílio pelos imperadores Constâncio e Valente. O primeiro concílio ecumênico de Constantinopla, do qual participou, reconheceu a legitimidade do seu episcopado. Porque no começo foi titubeante seu pensamento teológico, isso atrasou sua canonização. Sua festa foi instituída somente em 1822. O título de doutor da Igreja, conferido por Leão XIII, foi graças às 24 catequeses que escreveu para os catecúmenos da sua diocese. Das primeiras 19, treze são dedicadas à exposição geral da doutrina e cinco, ditas mistagógicas, referem-se ao comentário dos ritos dos sacramentos de iniciação. As Catequeses de são Cirilo chegaram até nós graças a um estenógrafo em sua íntegra simplicidade com que o santo se comunicava com a comunidade cristã da época; nas três igrejas de Jerusalém, segundo o pregador, não simplesmente se ouve, mas se vê e se toca.

Cleofas 

17 de mar. de 2017

17/3 – São Patrício

São Patrício, que recordamos neste dia, nasceu no ano de 380 na Grã-Bretanha. Com apenas dezesseis anos foi preso por piratas irlandeses e vendido como escravo. Patrício já era cristão, por isso como amigo de Jesus, pôde carregar a dura cruz, até que depois de várias tentativas conseguiu escapar e chegar na França. Na França, como vocacionado ao sacerdócio, formou-se como padre missionário e também evangelizou na Inglaterra. Impelido pelo Espírito Santo, São Patrício foi ordenado bispo e destinado a anunciar o Reino aos Irlandeses. Patrício, com grande eficácia, salvou muitas almas com Cristo, a ponto de tornar esta Irlanda antiga, toda católica, do empregado ao Rei. O método do santo bispo, não passou pela política, nem pelo sangue dos mártires, mas sim, pela construção de tão numerosos mosteiros que mereceu a Irlanda o apelido: “Ilha dos Mosteiros”. São Patrício fez em Deus, muitas obras, já que os mosteiros tendiam a irradiar fé e cultura com um único objetivo: salvar almas!
São Patrício, rogai por nós!


Fonte: Cléofas 

Papa: não fechemos nosso coração diante dos pobres

16/03/2017


Cidade do Vaticano (RV) – Ficar atento para não tomar a estrada que, do pecado, chega à corrupção. Esta é a advertência feita pelo Papa na missa celebrada esta manhã na Casa Santa Marta. Francisco se inspirou no Evangelho do dia – extraído de Lucas –, em que o Senhor narra a parábola do rico e do pobre Lázaro para destacar que, hoje, devemos ter cuidado para não nos fechar em nós mesmos, ignorando os pobres e os sem-teto das nossas cidades.


O Papa destacou que o “homem que confia no homem, que deposita na carne o seu amparo, isto é, nas coisas que ele pode administrar, na vaidade, no orgulho, nas riquezas, este homem se afasta de Deus. Francisco destaca “a fecundidade do homem que confia no Senhor, e a esterilidade do homem que confia em si mesmo”, no poder e nas riquezas. Este caminho – advertiu - é perigoso, quando confio somente no meu coração: porque não é confiável.
“Quando uma pessoa vive no seu ambiente fechado – acrescentou Francisco –, respira aquele ar próprio dos seus bens, da sua satisfação, da vaidade, de sentir-se seguro e confia somente em si mesmo, perde a orientação, perde a bússola e não sabe onde estão os limites.” É justamente aquilo que acontece com o rico de que fala o Evangelho de Lucas, que passava a vida dando festas e não se importava com o pobre que estava à porta de sua casa:
“Ele sabia quem era o pobre: sabia. Porque depois, quando fala com o pai Abraão, diz: “Envia-me Lázaro”: ah, sabia inclusive como se chamava! Mas não lhe importava. Era um homem pecador? Sim. Mas do pecado se pode voltar atrás: pede-se perdão e o Senhor perdoa. O seu coração o levou a um caminho de morte a tal ponto que não se podia voltar atrás. Há um instante, um momento, há um limite do qual dificilmente se volta atrás: é quando o pecado se transforma em corrupção. E ele não era um pecador, era um corrupto. Porque sabia de tantas misérias, mas era feliz ali, não lhe importava nada”. 
“Maldito o homem que confia em si mesmo, que confia em seu coração”, sublinhou o Papa citando o Salmo 1. “Nada é mais traiçoeiro do que o coração, e dificilmente se cura. Quando você percorre aquele caminho de doença, dificilmente irá se curar”.
 A seguir, o Papa fez a todos nós uma pergunta:
“O que sentimos no coração quando caminhamos pela rua e vemos os sem-teto, vemos as crianças sozinhas que pedem esmola. ‘Esses são daquela etnia que rouba’. E sigo em frente. Faço assim? Os sem-teto, os pobres, os abandonados, e até mesmo os sem-teto bem-vestidos, que não têm dinheiro para pagar o aluguel porque não possuem trabalho. O que eu sinto? Isto faz parte do panorama, da paisagem de uma cidade, como uma estátua: na parada de ônibus, nos Correios. Os sem-teto fazem parte da cidade? É normal isso? Fiquem atentos! Fiquemos atentos! Quando essas coisas em nosso coração passam como normais, quando penso: ‘mas a vida é assim, eu no entanto, como e bebo, e para tirar-me um pouco o sentimento de culpa dou uma oferta e sigo em frente. Se penso assim, este caminho não é bom.”
O Papa reiterou a necessidade de perceber quando estamos no caminho “escorregadio do pecado rumo à corrupção”. “O que eu sinto”, se pergunta, quando vejo na televisão “que caiu uma bomba lá, sobre um hospital e morreram muitas crianças”, “coitadinhas!”. Faço uma oração e depois continuo vivendo como se nada tivesse acontecido? Entra em meu coração isso” ou “sou como aquele rico em que o drama de Lázaro, do qual os cães sentiam mais piedade, não entrou em seu coração? Se fosse assim estaria no caminho do pecado para a corrupção”:
“Por isso, peçamos ao Senhor: Escruta, ó Senhor, o meu coração! Vê se o meu caminho está errado, se estou no caminho escorregadio do pecado rumo à corrupção, do qual não se pode voltar atrás, habitualmente: o pecador, se se arrepende, volta atrás; o corrupto dificilmente, porque está fechado em si mesmo. Escruta, Senhor, o meu coração: que seja hoje esta oração. Faça-me entender em que caminho estou, qual estrada estou percorrendo”.
(BF/MJ)

Rádio Vaticano 

Quero misericórdia, tema da iniciativa "24 horas para o Senhor"

16/03/2017


Roma (RV) - Realiza-se nos dias 24 e 25 deste mês, em Roma, a iniciativa “24 horas para o Senhor”, promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, no Tempo da Quaresma. 


O Papa presidirá a liturgia penitencial na Basílica de São Pedro, nesta sexta-feira (17/03), antecipando de uma semana a data em que todas as Igrejas colocarão o Sacramento da Reconciliação no centro do caminho da nova evangelização em toda a Igreja. 
O tema deste ano é “Eu quero misericórdia”, extraído do Evangelho de Mateus (Mt 9,13).
Para participar da liturgia na Basílica de São Pedro, na tarde de sexta-feira, são necessários bilhetes que são distribuídos gratuitamente pela Prefeitura da Casa Pontifícia. 
Na sexta-feira, 24 de março, a partir das 20h até a manhã do dia seguinte, as Igrejas de Santa Maria in Trastevere e a dos Estigmas de São Francisco ficarão abertas para a adoração eucarística e confissões. 
No sábado, 25, às 17h locais, se concluirá a iniciativa “24 horas para o Senhor” na Igreja de Santo Spirito in Sassia, com a celebração de ação de graças das Primeiras Vésperas do IV Domingo do Senhor, presididas pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella.
(MJ)

Rádio Vaticano 

16 de mar. de 2017

16/3 – Santa Luísa de Marillac

A Santa, que lembramos neste dia, nasceu em Paris, no ano de 1591, com o nome de Luísa. Recebeu ótima formação humana e cristã. Casou-se com Antônio e tiveram apenas um filho. Depois de um certo tempo, Antônio morreu, mas Luísa, em Deus, conseguiu superar a dor da perda. Santa Luísa, muito religiosa, começou a fazer direção espiritual com São Vicente de Paulo, que percebendo o coração de Luísa, a envolveu nas confrarias de caridade. Esta mulher de Deus se identificou e assumiu com tanto amor a obra de caridade para com os doentes e pobres, que não demorou em tomar a liderança deste projeto de Deus, até fundar, no ano de 1634, a Congregação das Irmãs da Caridade. O lema desta Congregação era o clamor de São Paulo: “A caridade de Cristo me impele”. Mesmo nos tempos mais difíceis, Santa Luísa viveu plenamente o carisma com suas irmãs, as quais iam crescendo em número e santidade. Durante uma peste que arruinou Paris, Santa Luísa chegou a atender todas as classes sociais, já que na sua espiritualidade encarnada, via e servia a Cristo no pobre. Entrou no Céu com 70 anos, depois de haver se consumido na caridade para com os irmãos.
Santa Luísa de Marillac, rogai por nós!

Fonte: Cléofas 

15 de mar. de 2017

Papa: Somos chamados ao amor sincero, não hipócrita

15/03/2017


Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira, dia da habitual audiência geral do Papa Francisco na Praça de S. Pedro, hoje, mais uma vez repleta de fiéis e peregrinos vindos de diversas partes da Itália e do mundo. Tema da catequese deste ano, é a esperança cristã, hoje centrada na carta do Apóstolo Paulo aos Romanos (Rm 12, 9-13): “ Que a, vossa caridade, diz o apóstolo Paulo, seja sincera, aborrecendo o mal e aderindo ao bem. Amai-vos uns aos outros com amor fraternal, adiantando-vos em honrar uns aos outros. Sede diligentes, sem fraqueza, fervorosos
de espírito, dedicados ao serviço do Senhor. Alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração, (…) exercendo hospitalidade”.
Ora, nós sabemos muito bem, disse Francisco, que o grande mandamento que Jesus nos deixou é o mandamento do amor: amar a Deus com todo o nosso coração, com a toda a nossa alma e com toda a nossa mente e amar ao próximo como a nós mesmos. Somos portanto chamados ao amor, à caridade: esta é a nossa vocação mais sublime, a nossa vocação por excelência e à essa vocação esta ligada também a alegria da esperança.
<<O Apóstolo Paulo, no texto da Carta aos Romanos que acabamos de escutar, adverte-nos que há o risco de a nossa caridade ser hipócrita, que o nosso amor seja hipócrita. Devemos perguntar-nos: quando é que isto ocorre? E como podemos estar seguros que o nosso amor seja sincero, que a nossa caridade seja autêntica>>?
A hipocrisia, disse o Santo Padre, pode insinuar-se em todos os lados, mesmo na nossa maneira de amar. Isto se verifica quando o nosso amor é um amor interessado, é movido por interesses pessoais; quando o serviço caritativo no qual tudo parece que estamos sinceramente empenhados, é porém realizado com a única intenção de exibirmos a nossa pessoa e a nossa obra e sentirmos por conseguinte satisfeitos ou recompensados com a nossa obra perante aos outros, promovendo assim a nossa visibilidade, ou a visibilidade da nossa inteligência e capacidade pelo mundo fora.
Por detrás de tudo isto, adverte o Papa, reside uma falsa ideia, uma ideia enganadora que consiste em pensar que se nós amamos é porque somos bons; como se a caridade fosse uma criação do homem, um produto do nosso coração. A caridade, pelo contrário, é uma graça; não consiste em fazer transparecer  aquilo que nós somos, mas aquilo que o Senhor nos dá e que nós de forma livre acolhemos; e não se pode exprimir no encontro com os outros se antes não for gerado no encontro com o rosto humilde e misericordioso de Jesus.
<<Paulo convida-nos a reconhecer que somos pecadores e que também a nossa maneira de amar está marcada pelo pecado. Ao mesmo tempo, porém, ele se faz portador de uma anúncio novo, de esperança: o Senhor abre diante de nós um caminho de libertação, de salvação. É a possibilidade de viver e de vivermos também nós, o grande mandamento do amor, de tornarmo-nos instrumentos da caridade de Deus. E isto acontece quando deixamo-nos curar  e renovar pelo coração de Cristo>>.  
Somos portanto chamados a amar a Deus com todas as nossas forças e amar o próximo como a nós mesmos. Mas é preciso compreender que nós, simplesmente com as nossas forças, não somos capazes de amar verdadeiramente; precisamos que o nosso coração seja curado e renovado por Cristo ressuscitado. É Ele que, não obstante toda a nossa limitação e pobreza, nos faz experimentar a compaixão do Pai: o próprio Deus vem habitar no nosso coração, ajudando-nos a ver e apreciar as coisas simples e comuns do dia-a-dia e tornando-nos capazes de amar os outros como Ele os ama, isto é, procurando apenas o seu bem. Então sentir-nos-emos contentes por nos aproximarmos do pobre e do humilde, vendo como Jesus procede connosco quando nos afastamos d’Ele; contentes por nos debruçarmos sobre os irmãos caídos por terra, vendo como Jesus, Bom Samaritano, Se inclina sobre cada um de nós tratando das nossas feridas com a sua compaixão, com o seu perdão.
 Está aquí, disse Francisco, o segredo para «sermos alegres na esperança», como nos pedia Paulo na leitura inicial: termos a certeza de que, em todas as circunstâncias, inclusive nas mais adversas, e apesar das nossas faltas, o amor de Deus por nós não esmorece. E assim, com o coração visitado e habitado pela sua graça misericordiosa e seguros da sua fidelidade inabalável, vivemos na jubilosa esperança de Lhe retribuir, nos irmãos, com o pouco que nos é possível, o muito que recebemos d’Ele todos os días, concluiu dizendo Francisco.
Como habitualmente, em todas as audiências, também hoje não faltou a habitual saudação do Santo Padre aos peregrinos de língua oficial portuguesa: “Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, em particular o grupo da Amadora e os cidadãos lisboetas de Santo António guiados pelo Presidente da Junta de Freguesia. O Senhor vos abençoe e encha de alegria, e o Espírito Santo ilumine as decisões da vossa vida, para realizardes fielmente a vontade do Pai celeste. Sobre todos vós e sobre as vossas famílias e comunidades, vele a Virgem Mãe de Deus e da Igreja”.
Rádio Vaticano 

15/3 – São Clemente Maria Hofbauer

Hoje, estamos recordando o testemunho de vida de São Clemente, que nasceu na Áustria, no ano de 1751. Nascido numa família muito pobre, perdeu o pai ainda criança, quando então, sua piedosa mãe disse-lhe com franqueza sobre a Paternidade de Deus e declarou: “Procura andar sempre no caminho que seja agradável a Deus”. Todas as palavras da mãe foram tão férteis no coração de Clemente, que ele sempre andou nos caminhos de Jesus. Depois de muito trabalho e sofrimento, conseguiu cursar Filosofia, Teologia e, logo, foi ordenado padre missionário dos Redentoristas.
São Clemente Maria, como sacerdote, partiu para a Alemanha e tornou-se um grande evangelizador, e por fazer o bem com tanto ardor a Igreja local tornou-se centro e fonte de vida espiritual, já que as confissões aumentavam e muitos se convertiam. Confiante na Divina Providência, construiu conventos, asilos e outras manifestações do Evangelho, as quais atraíram o coração de muitos, inclusive dos austríacos. Clemente, grande pregador e confessor, morreu com 70 anos de idade e, no Céu está intercedendo pela Nova Evangelização que agora cabe a todos nós.
São Clemente Maria Hoffbauer, rogai por nós!

Fonte: Cléofas 

14 de mar. de 2017

14/3 – Santa Matilde Rainha

A idade dos Oton que começou com a sucessão ao trono de Henrique I, esposo de santa Matilde, em 919, assinala o ponto alto da história medieval alemã. Salvando a Europa da invasão dos húngaros, regularizando a situação italiana e exercendo um predomínio sobre a França, a Alemanha achou-se na posição de nação líder da Europa. Antes de morrer, em 936, Henrique designou para o trono seu filho Oton. A rainha que sustentava a candidatura de outro filho de nome Henrique, foi obrigada a retirar-se num convento e foram-lhe congelados os bens com a desculpa de que ela fazia muitas doações aos pobres. Santa Matilde é representada com uma igreja na mão e uma carteira de dinheiro; da carteira correm pequenos rios de moedas que dava aos pobres. Empregou seu rico patrimônio para aliviar os sofrimentos alheios, socorrendo os indigentes e fundando vários mosteiros com escolas anexas.
Ela, que no começo, não sabia ler, como Carlos Magno, foi a primeira a sentar nos bancos escolares para aprender. Matilde nasceu em 895. Sua avó, também chamada Matilde, foi abadessa no convento de Herford. Matilde tinha 14 anos quando se casou com o duque de Saxônia, Henrique. Mostrou-se inteligente e conseguiu muitas coisas também para o marido e depois para os filhos. Reconciliou-os numa contenda sobre domínios. No ano 962 Oton foi coroado imperador em Roma e Matilde, depois de se ter despedido do filho rei e do outro, Bruno, chamado o santo, que foi depois arcebispo de Colônia, foi fechar-se no convento de Nordhausen, depois em Quedlinburg, onde morreu no dia 14 de março de 968 e foi sepultada ao lado do marido. Desde os escritos da época ela vem sendo chamada de santa. Mulher de admirável piedade, exemplo e ideal de rainha cristã.

Cléofas 

Papa: Conversão é aprender a fazer o bem com coisas concretas

14/03/2017


Papa Francisco terminou no passado fim de semana o retiro quaresmal que teve na localidade de Ariccia, 30 Km a Sudeste de Roma,  juntamente com a Curia Romana.
Esta terça-feira 14 de março o Papa retomou as celebrações eucarísticas matutinas na Capela da Casa Santa Marta. Na homilia da Missa de hoje, e partindo da 1ª leitura, Francisco indicou o caminho da conversão que inclui, disse, fazer o bem com acções concretas, não com palavras.
Na primeira leitura o Profeta Isaías exorta a afastar-se do mal e a aprender a fazer o bem, um binómio inseparável neste percurso. “Cada um de nós, todos os dias, faz algo de mau”, disse o Papa. De fato, Continua Francisco, a Bíblia diz que “o mais santo peca sete vezes ao dia”. O problema, porém, está em “não se acostumar em viver nas coisas feias” e afastar-se daquilo que “envenena a alma”, a torna pequena. E, portanto, devemos aprender a fazer o bem:
“Não é fácil fazer o bem: devemos aprendê-lo, sempre. E Ele nos ensine. Mas: aprendam. Como as crianças. No caminho da vida, da vida cristã se aprende todos os dias. Deve-se aprender todos os dias a fazer algo, a ser melhores do que o dia anterior. Aprender. Afastar-se do mal e aprender a fazer o bem: esta é a regra da conversão. Porque converter-se não é consultar uma fada que com a varinha de condão nos converte: não! É um caminho. É um caminho de afastar-se e de aprender”.
E aqui Francisco recordou que para isso se torna necessário ter coragem para afastar-se e humildade para aprender a fazer o bem que se deve exprimir com factos concretos:
“Ele, o Senhor, aqui fala em três acções concretas, mas existem muitas outras: buscai a justiça, socorrei o oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva... mas…, acções concretas. Aprende-se a fazer o bem com acções concretas, não com palavras mas com factos… Por isso, Jesus, no Evangelho que ouvimos,  repreende a classe dirigente do povo de Israel, porque ‘diz e não faz’, não sabem concretizar. E se não sabem concretizar, não podem chegar à conversão”.
Em seguida Francisco evocou a importância do facto de a primeira leitura prosseguir com o convite do Senhor: “Vinde, debatamos”. “Vinde”: uma bela palavra, diz Francisco, uma palavra que Jesus dirigiu aos paralíticos, à filha de Jairo, assim como ao filho da viúva de Naim. E Deus nos dá uma mão para “ir”. E é humilde, se abaixa muito para dizer: “Vinde, debatamos”. Aqui o ressaltou o modo como Deus nos ajuda: “caminhando juntos para ajudar-nos, para nos explicar as coisas, para nos tomar pela mão”. O Senhor é capaz de “fazer este milagre”, isto é de “nos transformar”, não de um dia para outro, mas no caminho:
O convite à conversão, é: afastem-se do mal, aprendam a fazer o bem … ‘Vinde, debatamos, vinde a mim, debatamos e prossigamos’. ‘Mas…, tenho muitos pecados …’ – ‘Não se preocupe: se os seus pecados são como escarlate, se tornarão brancos como a neve’. E este é o caminho da conversão quaresmal. Simples. É um Pai que fala, é um Pai que nos quer bem, nos quer bem, bem. E nos acompanha neste caminho de conversão. Ele nos pede somente que sejamos humildes. Jesus diz aos dirigentes: ‘Quem se exaltar, será humilhado e quem se humilha será exaltado’”.
O caminho da conversão é “afastar-se do mal, aprender a fazer o bem”, levantar-se e ir com Ele. Então, “os nossos pecados serão todos perdoados” concluiu o Papa.

Rádio Vaticano 

13 de mar. de 2017

Carta de sacerdote a jovem que parodiou “aborto” da Virgem Maria comove as redes

Pe. Leandro Bonnin – jovem argentina durante o ato de blasfêmia em Tucumán / Foto: Facebook - Twitter


BUENOS AIRES, 13 Mar. 17 / 06:00 pm (ACI).- Uma carta dirigida à jovem argentina que parodiou o “aborto” da Virgem Maria comoveu as redes sociais, não só porque o seu autor, um sacerdote, repreende a feminista por ter atacado a Mãe de Cristo, mas também porque assegura que caso se arrependa de coração, o “sangue do Filho de Maria pode renová-la e limpá-la”.
Em 8 de março, por ocasião do Dia da Mulher, um grupo feminista fez uma manifestação pelas ruas principais de Tucumán. Em frente à Catedral da cidade, uma das manifestantes representou o aborto da Virgem Maria, com muita tinta vermelha para simular o sangramento.
Este acontecimento foi duramente criticado nas redes sociais, onde a jovem foi identificada como a psicóloga infantil Marina Breslin.
“Para mim, não é algo fácil escrever para você. Uma mistura de indignação e tristeza invade a minha alma, assim como a de centenas de milhares e talvez milhões de argentinos”, expressa o Pe. Leandro Bonnin, sacerdote da cidade argentina de Entre Ríos. “Para qualquer argentino de lei, atacar a sua mãe é algo muito grave. E você atacou a minha, a nossa, a Mãe do povo argentino, inclusive daqueles que hoje, confusos ou que desconhecem o rosto e o colo dela, não a sintam como tal”.
Em sua conta do Facebook, o sacerdote advertiu que, embora “quase nada nos surpreenda”, o “delito reconhecido como uma blasfêmia” representada em Tucumán “ultrapassou todos os limites”, pois contém “todos os sinais inequívocos de algo diabólico, devido à sua malícia, sua perversidade e, sobretudo, pelo ódio a Maria”.

“E, paradoxalmente, esta Mulher que parodiaste é, como mulher e como Mãe, a mais esplêndida e certeza reivindicação de figura feminina”, porque “a mulher nunca foi localizada em um lugar tão alto na história”, como quando Maria “ofereceu o seu corpo e toda a sua existência ao plano de Salvação de Deus” e deu à luz, “em uma gruta escura, Aquele que seria a Luz do mundo”.
“Uma mulher nunca foi tão influente, tão valorizada, tão exaltada, como quando Ela – que você zombou –, de pé junto ao Filho Bendito do seu ventre – o qual você se atreveu a representar abortado – uniu as suas dores de Mãe ao Sacrifício Redentor, levando o seu Sim até o extremo, sem reservas, sem medidas”, acrescentou.
O Pe. Bonnin advertiu que o que a jovem fez “não é apenas um pecado, mas também um crime”. “E por isso, para a educação das novas gerações, para que o mal não permaneça impune, para que o nosso povo não acredite erroneamente que tudo é possível, nós pedimos, exigimos das autoridades uma punição exemplar”.
Entretanto, “ao mesmo tempo que exigimos justiça” com relação ao cristianismo e que “deixe de existir a demência e a anarquia que ofendem os católicos, elevamos uma oração por você e por todas as mulheres que, como você, não conseguem compreender”; porque “o Menino que você se atreveu a imaginar não nascido nos ensinou: ‘Amem os vossos inimigos, rezem pelos seus perseguidores’”.
“Marina, na imagem horrível que você representou e todos puderam ver, tinha o sangue” da Mãe e do Filho; mas “este sangue que você representou com irônico desprezo é a tua esperança, é a nossa esperança. Para onde abundou o pecado, superabundou a graça. Porque este sangue grita com mais força do que o sangue de Abel. Porque Jesus derramou pelos teus pecados e pelos meus”.
O sacerdote disse que não conhecia a história da jovem, mas é possível “que o amor verdadeiro e gratuito não tenha visitado a sua vida” e não tenha experimentado “a beleza do rosto e do amor de Jesus”.
“Mas eu quero que você saiba que, se por um momento você abrir a sua alma; se você deixar de lado o orgulho, se reconhecer humildemente o seu pecado, se você se arrepender de coração... o Sangue do Filho de Maria pode te renovar e limpar”, assegurou.
O sacerdote escreveu para a jovem que Maria “está te esperando. Ela já te perdoou. Há um lugar para você no colo dela. Como para todos nós, que a invocamos todos os dias, dizendo: ‘Rogai por nós, pecadores’”.
Finalmente, disse que “o segredo gigantesco” que sustenta aqueles que amam e defendem os não-nascidos é que “a vida vencerá”, que “já venceu” e que nem todo o ódio, as astúcias ou os poderes terrenos poderão derrotá-la. “Na manhã do domingo, na vitória Pascal, a Vida teve a vitória decisiva, que só espera se manifestar plenamente quando Jesus vier pela segunda vez”, afirmou.
“Enquanto isso, nós, que amamos e defendemos a vida, continuaremos firmes na brecha, embora pareça que estamos perdendo por goleada. Porque o Amor e a Esperança nos sustentam. Porque a fé nos diz: ‘o que eles fizeram com os menores, fizeram comigo’. E porque Ele prometeu: ‘Eu estarei com vocês até o fim do mundo’”, concluiu.

Via: ACI Digital 


Quarto ano de Pontificado: "Rezem por mim"

13/03/2017

Cidade do Vaticano (RV) - Nesta segunda-feira, 13, feriado no Vaticano, o Papa Francisco comemora seu quarto ano de Pontificado.

O Cardeal Bergoglio foi eleito em 13 de março de 2013, no segundo dia do Conclave, escolhendo o nome de Francisco. Ele é o primeiro Jesuíta a ser eleito Papa.
Ao ser eleito, há quatro anos na Capela Sistina, perguntaram a Bergoglio se aceitava. E ele disse: "Eu sou um grande pecador. Mas, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito".
Papa Francisco apareceu ao povo na sacada central da Basílica Vaticana, por volta das 20h30 (hora de Roma). Vestindo apenas a batina branca papal, dirigiu-se à multidão presente na Praça São Pedro, dizendo:
“Irmãos e irmãs, boa noite! Vocês sabem que o objetivo do Conclave era eleger o Bispo de Roma. Meus irmãos Cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo… Por isso, eis-me aqui! Agradeço a todos pela acolhida. Agora, a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado!”.
A seguir, Francisco acrescentou:
“E agora iniciamos este caminho, o Bispo com seu Povo... o caminho da Igreja de Roma que preside a todas as outras Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de mútua confiança. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho eclesial, que hoje começamos, com a ajuda do Cardeal Vigário, aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta Cidade tão bela!
Dito isso, o novo Papa concedeu a sua Bênção Apostólica. Antes, porém, pediu um favor aos presentes:
“Antes que o Bispo abençoe o povo, peço-lhes que rezem ao Senhor para que me abençoe: é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração por mim”.
Assim, o Papa inclinou a cabeça, em sinal de oração, e todos na Praça fizeram silêncio por alguns momentos. Por fim, Francisco deu a sua primeira Bênção “Urbi et Orbi”, aos fiéis de Roma e do mundo inteiro, e concluiu desejando a todos "Boa noite e bom descanso!". (MT)

Rádio Vaticano 

O que fazer quando estamos sendo tentados?

gente-tristeNas tentações é preciso ter paciência, confiança e abandono nas mãos de Deus
Jesus nos ensinou a enfrentar a tentação. Santo Agostinho disse que “Jesus poderia ter impedido o demônio de se aproximar dele; mas, se não fosse tentado, não te daria o exemplo de como vencer a tentação”.
Então, vamos examinar como Jesus venceu o Tentador. Antes de tudo Ele jejuou; o jejum fortalece a nossa vontade, faz com o que o nosso espírito comande o nosso corpo, e não nos deixa ser dominado pelas paixões. A Igreja recomenda que nas sextas-feiras o cristão faça um pouco de penitência. Pode ser rezar mais, cortar um pouco os alimentos, deixar uma diversão, fazer uma peregrinação a um santuário, participar da santa Missa; enfim, há muitas formas de fazer uma penitência.
Jesus orou no deserto; Ele estava acostumado a se retirar nas montanhas nas madrugadas para rezar. No horto das Oliveiras, quando os Apóstolos não conseguiram velar com Ele nem uma hora, naquele momento de sua angústia mortal, Ele lhes disse: “Vigiai e orai para não cair em tentação; o espírito é forte, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). E Jesus lançou no rosto do demônio, por três vezes, a Palavra de Deus; e ele recuava, não pode resistir à força da Palavra de Deus. Ai está uma grande defesa nossa contra as tentações; recite o Salmo 90 e tantos outros.
É preciso rezar sempre; São Paulo recomenda “orai sem cessar” (1 Tes 5,16). Nosso espírito deve estar sempre em oração, conectado em Deus, mesmo durante o trabalho. Reze sempre que não tiver nada para fazer: no ônibus, no volante do carro, no metrô, na fila do supermercado, na caminhada, na sala de espera do médico… Converse com Deus, espontaneamente, familiarmente; fale com Ele dos seus problemas, de suas fraquezas e tentações. Deus habita em nossa alma quando estamos em estado de graça. Muitas vezes nos esquecemos disso.
Na hora da tentação, reze mais ainda. Thomas de Kemphis, na “Imitação de Cristo”, recomenda “vencer a tentação no seu início”; não deixar o Tentador atravessar a porta da alma. Resistir no início, desvie do mau pensamento e das fantasias da imaginação, voltando a sua mente para Deus, de imediato. Não deixe que o prazer o domine, e nem os movimentos desordenados; e não consinta no mal com a vontade.
“Senhor ajudai-me e ajudai-me depressa! Só essa oração bastará para nos fazer vencer os assaltos de todos os demônios do inferno, porque Deus é infinitamente mais forte do que todos eles (Sl 144,18)”, dizia Santo Afonso. Ele disse que: “Se a tentação é tão forte que nos vemos em grande perigo de consentir, é preciso redobrar o fervor na oração, recorrer ao Santíssimo Sacramento, ajoelhar-se diante de um crucifixo ou de Nossa Senhora e rezar com ardor, gemer e chorar pedindo ajuda”.
Santo Agostinho recomenda: “Fecha a porta para que não entre o tentador. Ele não deixa de chamar, mas se vê que a porta está fechada vai em frente. Só entra quando te esqueces de fechá-la ou não a fechas com segurança”.
São Paulo diz que “Deus é fiel” e nos socorre na hora da tentação. “Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus não permitirá que sejais tentados além de vossas forças, mas, com a tentação Ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela”. (1 Cor 10,13). Temos de confiar nisso e lutar. Acima de tudo é o amor a Jesus que deve ser nossa motivação principal para não ceder à tentação. Lembre-se Dele na cruz, padecendo por você, derramando Seu precioso sangue, para nos salvar.
Na hora da tentação, clame ao Senhor, peça a Sua ajuda. Santo Agostinho diz que “Adão caiu, porque não se recomendou a Deus na hora da tentação”.
É preciso também vigiar. As portas da alma são os nossos cinco sentidos, e são por eles que o Tentador penetra no coração. “O demônio não influência nem seduz ninguém se não encontra terreno propício. Quando o homem ambiciona uma coisa; sua concupiscência legitima as sugestões do demônio. Quando um homem teme algo, o medo abre uma brecha em sua alma pela qual se infiltram suas insinuações. Por essas duas portas, a concupiscência e o medo, o demônio se apodera do homem”, diz Santo Agostinho.
Então, é preciso expulsar a busca do prazer e o medo, com oração. O Salmista diz: “Apenas clamaram os justos o Senhor atendeu e os livrou de todas as suas angústias” (Sl 33,18). “Muitas são as provações do justo, mas de todas as livra o Senhor” (Sl 33,20).
Nas tentações é preciso ter paciência, confiança e abandono nas mãos de Deus. A tentação atinge muito o homem inconstante e que não se recomenda a Deus; pode ser comparado a um barco sem leme, que fica a deriva no meio das ondas do mar.
Mas o importante é também nunca desanimar; se houver uma queda, não ficar pisando na alma e se condenando; isso é refinado orgulho de quem não aceita a sua miséria. Temos que levantar, pedir perdão a Deus, e retomar a caminhada.
Não é porque somos tentados que perdemos a graça de Deus. Sentir não é pecado, mas sim consentir. Não são os maus pensamentos que fazem perder a Deus, mas sim os maus consentimentos. “Mesmo carregado de grandes e molestas tentações, o homem pode ir a Deus, desde que sua razão e vontade não consintam nelas”, disse São João da Cruz. Os santos sofreram muitas tentações, por isso podem nos ensinar.
São Francisco de Sales dizia: “Não vos aflijais com as tentações de blasfêmias. Deixai que o demônio as maquine à vontade, mas conservai bem fechadas as portas da alma, pois que lhe virá o cansaço ou será ele afinal, obrigado por Deus a levantar o cerco”.
O grande São Bernardo, doutor da Igreja, pregador do Papa, dizia: “Quem somos nós, ou qual é a nossa força para resistirmos a tantas tentações? Certamente era isso que Deus queria: que nós, vendo a nossa insuficiência e a falta de auxílio recorrêssemos com toda humildade à sua misericórdia. Quantas vezes vencemos as tentações, tantas vezes somos coroados”.
Prof. Felipe Aquino

13/3 – Santa Serafina

Celebramos, neste dia, a vida de santidade de Santa Serafina, nascida em 1238 e pertencente a uma nobre família italiana. Era uma menina pura, piedosa, de grande mortificação, bondosa e caridosa para com todos. Ela amava muitos aos pais e recebera deles muitos conselhos contra a malícia do mundo. De forma que buscou, com muito empenho, a pureza, a vigilância, a ponto de receber a graça de consagrar-se ao Cristo como esposa do Senhor. Quando tinha apenas 10 anos de idade, Santa Serafina pegou uma grave doença que cobriu seu corpo de chagas incuráveis e dolorosas. Durante toda a sua enfermidade, ela escolheu estar sobre uma tábua, a fim de se assemelhar a Cristo Jesus e, como São Paulo, completar em sua carne, com felicidade, os sofrimentos de Cristo imolado (Cf. Col 1,24). Santa Serafina passou por momentos muito difíceis, porém, devota à Paixão e Morte de Jesus, ofereceu tudo pela conversão dos pecadores. Isso até o ano de 1253, quando com apenas 15 anos de idade e já madura para o Céu, entrou na Casa do Pai.
Santa Serafina, rogai por nós!


Cléofas 

12 de mar. de 2017

Papa reza pela Guatemala: violência contra os jovens, grito escondido a ser ouvido

12/03/2017



Cidade do Vaticano (RV) - Logo após rezar o Angelus neste domingo com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco expressou a sua dor pelas vítimas do incêndio de uma casa de acolhida para menores na Guatemala.


“Exprimo a minha proximidade ao povo da Guatemala, que vive em luto pelo grave e triste incêndio que teve início dentro da “Casa Refúgio Virgen de la Assunción”, causando vítimas e feridos entre as jovens que ali habitavam. O Senhor acolha as suas almas, cure os feridos, console suas famílias que sofrem e toda a nação”.
O grave incêndio na Casa de acolhida para menores na localidade de São José Pinula, 25 Km da capital guatemalteca, ocorreu no último dia 8 de março e causou a morte de 38 jovens, todas entre 14 e 17 anos. Outras quarenta jovens foram internadas no hospital local.
O Santo Padre rezou ainda pelos jovens vítimas das violências e das guerras:
“Rezo também e peço a todos vocês que rezem comigo por todas as jovens e os jovens vítimas de violências, de maus-tratos, de exploração e de guerras. Esta é uma chaga, este é um grito escondido que deve ser ouvido por todos nós e que não podemos continuar a fazer de conta de não vê-lo e de não escutá-lo”. (SP)
 Rádio Vaticano 

Papa: a Cruz não é um ornamento, mas um símbolo de fé

12/03/2017

Cidade do Vaticano (RV) – “A cruz cristã não é uma mobília da casa ou um ornamento para vestir”. O Papa Francisco quis deixar bem claro na alocução que precedeu neste domingo na Praça São Pedro a oração mariana do Angelus que a Cruz, “é um chamado ao amor com o qual Jesus se sacrificou para salvar a humanidade do mal e do pecado”.

“Neste tempo quaresmal, contemplemos com devoção a imagem do crucifixo: esse é o símbolo da fé cristã, é o emblema de Jesus, morto e ressuscitado por nós. Façamos de modo que a cruz marque as etapas do nosso caminho quaresmal para compreender sempre mais a gravidade do pecado e o valor do sacrifício com o qual o Redentor nos salvou”.
Jesus a caminho de Jerusalém, onde deverá sofrer a condenação à morte por crucificação, quer preparar os seus discípulos para este escândalo muito forte para a fé deles e, ao mesmo tempo, preanunciar a sua ressurreição, manifestando-se como o Messias, o Filho de Deus. Na verdade, Jesus estava se demonstrando um Messias diferente do esperado:
“Não um rei poderoso e glorioso, mas um servo humilde, e desarmado; não um senhor de grande riqueza, sinal de bênção, mas um homem pobre que não tem onde reclinar a cabeça; não um patriarca com numerosa descendência, mas solteiro sem casa e sem ninho. É realmente uma revelação de Deus de cabeça para baixo, e o sinal mais desconcertante desta contradição é a cruz. Mas, precisamente por meio da cruz, Jesus chegará à gloriosa ressurreição”.
Esta é a mensagem de esperança que a cruz de Jesus contém. A cruz cristã não é uma mobília da casa ou um ornamento a ser usado, mas um chamado ao amor com que Jesus se sacrificou para salvar a humanidade do mal e do pecado.
A ressurreição que vai chegar “através da cruz", observou o Papa, “será em última análise, não como a transfiguração que durou um momento, um instante"; e "a Cruz é a porta da ressurreição”.
Recordando a narração da Transfiguração, o Papa explicou que “Jesus levou consigo três dos apóstolos, Pedro, Tiago e João, Ele subiu com eles numa alta montanha, e lá aconteceu este singular fenômeno”: o rosto de Jesus “brilhou como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”. Assim, o Senhor fez resplandecer em sua própria pessoa a glória divina que se podia acolher com fé em sua pregação e em seus gestos milagrosos.
“A ‘luminosidade’ que caracteriza este evento extraordinário simboliza a finalidade: iluminar as mentes e os corações dos discípulos, para que possam compreender claramente quem é o seu Mestre. É um flash de luz que se abre de repente sobre o mistério de Jesus e ilumina toda a sua pessoa e toda a sua história”.
Jesus transfigurado no Monte Tabor quis mostrar aos seus discípulos a sua glória não para evitar a eles de passarem através da cruz, mas para indicar para onde leva a cruz. Quem morre com Cristo, com Cristo ressuscitará. Quem luta junto com Ele, com Ele triunfará.
O Papa Francisco concluiu invocando Nossa Senhora, Ela que “soube contemplar a glória de Jesus escondida na sua humanidade”. “Que Ela nos ajude a estar com Ele na oração silenciosa, a nos deixarmos iluminar pela sua presença, para levar no coração, através das noites escuras, um reflexo da sua glória”. (SP)

Rádio Vaticano 

Papa às crianças: nunca blasfêmias, pior do que palavrões

12/03/2017


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitou na tarde deste domingo, 12, a Paróquia romana de Santa Madalena de Canossa, situada no bairro Ottavia.  O Pontífice foi acolhido pelo Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, pelo bispo auxiliar do setor oeste da cidade, Dom Paolo Selvadagi, pelo Pároco Giorgio Spinello, e pelo Superior Geral da Congregação dos Filhos da Caridade (Canossianos), Pe. Giorgio Valente, aos quais a Paróquia de Santa Madalena de Canossa foi confiada desde a sua criação, em 1988.
Uma grande multidão de fiéis acolheu o Papa Francisco na sua chegada à Paróquia de Ottavia onde realizou hoje a sua 14ª visita a uma paróquia da Diocese de Roma.
Na sua chegada, com 10 minutos de antecipação, o Papa encontrou-se com as crianças e adolescente do catecismo e com o grupo de Escoteiros da Europa que fizeram algumas perguntas ao Santo Padre e entregaram ao Pontífice algumas cartas nas quais expressam a alegria pela visita, asseguram sua oração e pedem orações pela paz no mundo. O Papa respondeu algumas perguntas das crianças.
“Os palavrões não são bonitos, mas as blasfêmias são mais feias ainda, nunca uma blasfêmia”. Foi o que recomendou o Papa Francisco durante o diálogo com as crianças. “Quando vocês virem às vezes os pais discutirem, e isso é normal, vocês sabem o que devem fazer depois? Fazer as pazes e vocês mesmos digam aos pais, se vocês discutirem, façam as pazes antes que termine o dia”.
Uma menina, Sara, perguntou ao Papa do que ele tem medo, acrescentando que ela tem medo das bruxas. “Mas as bruxas não existem e não são assustadoras”, respondeu Francisco. “Fazem talvez 3 ou 4 coisas (rituais de magia, etc), mas isso são bobagens. As bruxas não têm nenhum poder. São uma mentira”. “Assusta-me – continuou ele – quando uma pessoa é má. A maldade das pessoas me dá medo. Quando uma pessoa escolhe ser má, pode fazer muito mal. E me assusta, quando, na paróquia ou no Vaticano há a fofoca”. Vocês - continuou o Papa – ouviram na televisão o que os terroristas fazem? Jogam uma bomba e fogem. A fofoca é assim. Jogar uma bomba e fugir".
"Destrói tudo. E, especialmente, o seu coração. Se é capaz de lançar a bomba, o seu coração torna-se corrupto: nunca as fofocas. Morder a língua antes de dizê-las. Vai doer, mas não vai fazer mal aos outros. Assusta-me a capacidade de destruição que tem o falar mal do outro. Isso é ser bruxa, ser um terrorista”, disse.
Francisco encontrou-se ainda com os jovens, as religiosas Filhas da Caridade (Canossianas) junto com a Superiora Geral, Annamaria Babbini, os doentes, idosos, casais cujos filhos foram batizados em 2016 (65 ao todo), agentes pastorais, catequistas e voluntários da Caritas.
O Santo Padre confessou quatro pessoas da paróquia: um adolescente, um jovem e dois adultos (um homem e uma mulher), e depois presidiu a missa. A celebração eucarística foi animada por cinquenta membros dos três coros da paróquia. Depois o retorno ao Vaticano.
Paróquia Santa Madalena de Canossa
A Paróquia Santa Madalena de Canossa é uma comunidade viva, formada por muitas famílias jovens. A paróquia foi entregue por São João Paulo II aos Canossianos por ocasião da canonização da fundadora Santa Madalena de Canossa, em 2 de outubro de 1988. A primeira missa celebrada na paróquia foi em 24 de março de 1996 e o Papa Wojtyla a visitou em 21 de abril do mesmo ano. 
O Pároco Giorgio Spinello ficou muito surpreso quando foi contatado, antes do Natal, pelo Cardeal Vallini que lhe deu a bela notícia. “Imaginei tudo, menos a visita do Papa. Não consegui proferir uma palavra por alguns minutos. Senti uma alegria indescritível”, disse o padre.
Pe. Spinello é responsável pela paróquia há dez anos. Segundo ele, “as novas construções incentivaram muitas famílias jovens a se transferir para essa periferia, e os pais envolvidos no caminho espiritual dos filhos participam da vida da comunidade”.
Os grupos que trabalham na Paróquia de Santa Madalena de Canossa são muitos, dentre os quais “Missões” que leva adiante o projeto “Casa Amiga” no Brasil, onde os religiosos canossianos estão presentes há vários anos. 
A Caritas é um ponto de apoio da paróquia e conta com a colaboração de voluntários das paróquias de Santa Madalena de Canossa, Santo Hilário de Poitiers e São Máximo na assistência a 50 pessoas, sobretudo jovens desempregados, aos quais são distribuídos alimentos toda primeira e terceira quinta-feira do mês. 
Existe também o empório, iniciado com a colaboração da Prefeitura e 13 paróquias que cuidam de seu abastecimento. As famílias que precisam de uma ajuda temporária que varia de três meses a um ano têm acesso a esse armazém. (MJ-SP)

Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...