11 de mar. de 2017

Papa Francisco: indispensável promover o diálogo e a escuta

11/03/2017



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu no final da manhã deste sábado, no Vaticano, os voluntários do “Telefone Amigo Itália”, por ocasião dos seus 50 anos de atividades.
No seu discurso aos cerca de 400 presentes na Sala Clementina, no Palácio Apostólico o Santo Padre afirmou que essa Associação está comprometida a apoiar todos aqueles que se encontram em condições de solidão, confusão e que necessitam de escuta, compreensão e ajuda moral.
“Trata-se de um serviço importante, especialmente no contexto social de hoje,  - disse o Papa -, marcado por múltiplas dificuldades cujas origens muitas vezes se encontram no isolamento e na falta de diálogo”.
Indispensável promover o diálogo e a escuta
As grandes cidades, - continuou Francisco -, apesar de serem superpovoadas, são emblema de um gênero de vida pouco humano à qual os indivíduos estão se acostumando: indiferença generalizada, comunicação cada vez mais virtual e menos pessoal, falta de valores sólidos sobre os quais basear a existência, cultura do ter e do aparecer. Neste contexto, - reafirmou - é indispensável promover o diálogo e a escuta.
“O diálogo permite conhecer e entender as recíprocas necessidades. Primeiro, demostra um grande respeito, porque coloca as pessoas em um comportamento de abertura recíproca, para receber os aspectos melhores do interlocutor. Além disso, o diálogo é expressão de caridade, porque, mesmo não ignorando as diferenças, pode ajudar a buscar  e compartilhar caminhos em busca do bem comum”.
Dialogar ajuda as pessoas a humanizar as relações
Francisco acrescentou que através do diálogo, “podemos aprender a ver o outro não como uma ameaça, mas como um dom de Deus, que nos interpela e nos pede para ser reconhecido”. Dialogar ajuda as pessoas a humanizar as relações e a superar mal-entendidos. Se houvesse mais diálogo - um diálogo real! - nas famílias, no ambiente de trabalho, na política, seriam resolvidas mais facilmente tantas questões, afirmou o Santo Padre.
Ouvir o outro requer paciência 
Mas a condição do diálogo - acrescentou o Pontífice - é a capacidade de escutar, que infelizmente não é muito comum. Ouvir o outro requer paciência e atenção. Somente quem sabe se calar sabe escutar: escutar Deus, escutar o irmão e a irmã que precisam de ajuda, escutar um amigo, um membro da família.
“O próprio Deus é o melhor exemplo de escuta: cada vez que rezamos, Ele nos ouve, sem pedir nada e até mesmo nos precede e toma a iniciativa em atender os nossos pedidos de ajuda. A atitude de escuta, da qual Deus é o modelo, exorta-nos a derrubar os muros dos mal-entendidos, a criar pontes de comunicação, superando o isolamento e o fechamento no nosso mundo pequeno”.
O Papa finalizou que através do diálogo e da escuta podemos contribuir à construção de um mundo melhor, tornando-o lugar de acolhida e respeito, contrastando assim as divisões e os conflitos. (SP)
Rádio Vaticano 

11/03 Santo Eulógio - Mártire Espanhol

Deixou muitos escritos para a Igreja, principalmente sobre o martírio

Nascido em Córdova, Espanha, no século VIII, descobriu seu chamado ao sacerdócio e fez um ótimo caminho formativo, também nas áreas da ciência, aprofundando-se nas ciências teológicas.
Era um homem de muito estudo, oração e amor.
A Espanha foi afetada por invasões e o príncipe perseguia cruelmente a Igreja, prendendo e matando a muitos cristãos.
São Eulógio deixou muitos escritos, com testemunhos de mártires e santos, assim como obras apologéticas e a ‘Exortação ao martírio’, que escreveu na prisão.
Ele foi decapitado no dia 11 de março de 859, recebendo a coroa da vida imortal.
Santo Eulógio, rogai por nós!

Via: Canção Nova 

Curiosidades sobre a Via-Sacra…

O que é a Via-Sacra?
É um piedoso exercício em que meditamos o doloroso caminho que Jesus percorreu desde o pretório de Pilatos até ao Calvário, onde foi crucificado e morreu pela nossa Redenção.
Como surgiu a prática deste exercício?
A origem deste santo exercício é devida ao Coração amante e desolado da SS. Virgem. Esta pobre Mãe, depois da Ascensão de Jesus ao Céu, tinha por único consolo banhar de lágrimas o caminho que o seu querido Jesus tinha regado com o seu sangue divino… – Os fiéis imitaram o exemplo de Maria, e de todas as partes do mundo afluíram, à custa de mil perigos e incômodos, a Jerusalém, para venerar os santos lugares e ganhar as indulgências concebidas pelos Sumos Pontífices. – Mas a Igreja, Mãe piedosa, para poupar incômodos a seus filhos e lhes facilitar os meios de santificação, concedeu as mesmas indulgências de Jerusalém aos que visitassem as catorze Cruzes ou Estações da Via-Sacra, devidamente eretas.
Qual é o objetivo desta devoção?
O fim desta devoção é exercitar nas almas os sentimentos – de gratidão e amor para com Nosso Senhor Jesus Cristo, que tanto sofreu por nós, – de contrição dos nossos pecados, que foram a causa dos sofrimentos do Salvador, – de imitação dos exemplos de heroicas virtudes, que Jesus nos deixou na sua Paixão e Morte. – Não admira, pois, que este Exercício agrade tanto ao nosso amável Redentor e produza, nas almas que o praticam, abundantes frutos de santidade.
Indulgências anexas à Via-Sacra
Concede-se indulgência plenária ao fiel que fizer o exercício da Via-Sacra, piedosamente. Com o piedoso exercício da Via-Sacra renova-se a memória das dores que sofreu o divino Redentor no caminho do pretório de Pilatos, onde foi condenado à morte, até o monte Calvário, onde morreu na cruz para a nossa salvação. Para ganhar a indulgência plenária, determina-se o seguinte:
- O piedoso exercício deve-se realizar diante das estações da via-sacra, legitimamente eretas.
- Requerem-se catorze cruzes para erigir a via-sacra; junto com as cruzes, costuma-se colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as estações de Jerusalém.
- Conforme o costume mais comum, o piedoso exercício consta de catorze leituras devotas, a que se acrescentam algumas orações vocais. Requer-se piedosa meditação só da Paixão e Morte do Senhor, sem ser necessária a consideração do mistério de cada estação.
- Exige-se o movimento de uma para a outra estação. Mas se a via-sacra se faz publicamente e não se pode fazer o movimento de todos os presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma das estações, enquanto os outros ficam em seus lugares.
- Os legitimamente impedidos poderão ganhar a indulgência com uma piedosa leitura e meditação da Paixão e Morte do Senhor ao menos por algum tempo, por exemplo, um quarto de hora.
- Assemelham-se ao piedoso exercício da via-sacra, também quanto à aquisição da indulgência, outros piedosos exercícios, aprovados pela competente autoridade: neles se fará memória da Paixão e Morte do Senhor, determinando também catorze estações.
- Entre os orientais, onde não houver uso deste exercício, os Patriarcas poderão determinar, para lucrar esta indulgência, outro piedoso exercício em lembrança Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Como se reza a Via-Sacra?
Existem muitos modelos de meditações. Aqui deixamos apenas uma sugestão:
Oração preparatória
Meu Senhor Jesus Cristo, que seguistes, com amor infinito, o Caminho doloroso do Calvário, e aí morrestes, num patíbulo de infâmia, dai-me a graça de Vos acompanhar e de unir as minhas lágrimas ao vosso Sangue precioso… Tenho ardente desejo de consolar o vosso Coração, tão bom e tão amargurado pelos nossos pecados, e de me associar à vossa dolorosa Paixão e Morte… Quem me dera sofrer e morrer por Vós, que sofrestes e morrestes por mim!… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos… Dignai-Vos, meu querido Senhor, conceder-me as Indulgências com que o vosso Vigário enriqueceu este santo exercício, e recebei-as em satisfação dos meus pecados e em sufrágio das almas do Purgatório. – Ó Maria, Rainha dos Mártires, dai-me o amor e o sofrimento com que acompanhastes ao Calvário o vosso inocentíssimo Filho… Amém.
ESTAÇÃO I
Jesus condenado à morte
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Jesus está diante de Pilatos… A que estado O reduziram!… A cabeça coroada de espinhos…; a face banhada em sangue…; todo o corpo lacerado…; os ombros cobertos com um pedaço de púrpura…; as mãos atadas… Inspira compaixão o amabilíssimo Jesus!… Todavia Pilatos, para agradar aos ingratos Judeus, condena à morte o inocente Filho de Deus… Jesus ouve com serenidade a sentença e aceita resignado a morte para salvação dos pecadores… Ó Jesus, eu merecia a morte eterna no inferno; e Vós, o Deus de vida, quisestes morrer para me salvar!… Seja bendita a vossa Bondade infinita!… Dai-me a graça de viver e morrer no vosso santo amor… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO II
Jesus Cristo levando a Cruz
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Jesus é despido do manto de púrpura, e coberto de seus vestidos, para que todos O reconheçam e insultem… Apresentam-lhe a Cruz… O Salvador estende os braços e, num transporte de ternura, aperta-a ao Coração… e banha-a de lágrimas… E, pondo-a aos ombros chagados, encaminha-se para o Calvário… “Onde ides, meu bom Jesus:” – “Vou morrer por ti: depois da minha morte, lembra-te de mim e ama-me!”
Ó Jesus, essa Cruz era-me devida a mim, que sou pecador, e não a Vós que sois inocente… Mas o inocente quis pagar pelo pecador… Sede sempre bendito, ó Senhor! Abraço, por vosso amor, todos os desprezos e contrariedades da vida… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO III
Jesus cai pela primeira vez
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
O Filho de Deus sai do pretório, oprimido pelo peso da Cruz… Está cheio de amor, mas exausto de forças!… Tem derramado tanto sangue! Depois de alguns passos, obscurecem-se-lhe os olhos, verga sob a Cruz e cai por terra, penetrando mais e mais os espinhos na sua delicada Cabeça”… Avalia o seu martírio!… Os algozes enfurecem-se e , com blasfêmias e golpes, ultrajam e ferem o Cordeiro divino…
Ó Jesus, Vós caístes sob o peso da Cruz, porque eu me precipitei num abismo de iniquidades… Estendei-me a vossa mão, para que me levante e, auxiliado pela vossa graça, percorra confiadamente o caminho da virtude e da santidade… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO IV
Jesus encontra sua Mãe
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Que encontro doloroso! Que olhares de desolação! Maria vê seu Filho desfalecido e desfigurado e não lhe pode valer… Jesus vê sua santa Mãe aflita e desolada, e não a pode consolar… Não falam com os lábios, falam com os corações: “Minha Mãe, minha pobre Mãe!” – “Meu filho, meu querido Jesus!” E estas palavras traduzem um oceano de afetos e de dores… Duas vítimas inocentes, unidas pelo mesmo sacrifício…
Ó Jesus, ó Maria!… Eu, com os meus pecados, fui a causa dos vossos tormentos!… E Vós amastes tanto a minha pobre alma… – Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos. – Ó Maria, eu Vos consagro a minha alma e o meu corpo. Amparai-me, defendei-me sempre, mas, sobretudo na hora da minha morte.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO V
Jesus ajudado pelo Cireneu
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Jesus está fraco e tão abatido, que, a todo o momento, parece morrer… E é o Senhor do Paraíso, que rege e governa todas as criaturas!… Os judeus, temendo que a vítima lhes faleça no caminho e não possa chegar ao lugar da infâmia, obrigam Simão Cireneu a levar a Cruz do Redentor…
Ó Jesus, Vós sustentais, com um ato da vossa onipotência, o céu e a terra, e precisais de amparo?!… Ó meu bom Deus, a que estado Vos reduziu o vosso amor pela minha alma!… Nunca esquecerei tamanha misericórdia… Pelos merecimentos desta vossa fraqueza, ajudai-me a levar a cruz, que mereço e abraço na qualidade de cristão e de pecador… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO VI
A Verônica limpa a Face de Jesus
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Jesus perdeu toda a sua beleza, – Jesus, o mais belo entre todos os filhos dos homens!… Já se não conhece!… A sua face está toda ferida e banhada em lágrimas e sangue!… Uma piedosa mulher, vencendo os respeitos humanos, aproxima-se de Jesus e limpa-lhe, com um véu, a Face adorável… O Salvador, sempre bom e grato, deixa impressa naquele véu a sua Imagem.
Ó Jesus! Quão feliz foi a Verônica, que Vos limpar a Face desfigurada!… Também eu posso receber esse prêmio… Hoje que os ímpios e os ingratos Vos insultam e blasfemam, dai-me a graça de reparar esses ultrajes…, e, depois, gravai na minha alma a vossa Face divina… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO VII
Jesus cai pela segunda vez
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
O coração de Jesus está pronto a sofrer e a morrer, mas a sua Santíssima Humanidade desfalece!… Caminha com passo trêmulo, incerto, vacilante… O sangue que lhe desfigura a Face, turva-lhe o olhar…; e cai por terra… pela segunda vez… A violência da queda reabre todas as feridas do seu corpo…, os espinhos rasgam ainda mais aquela delicada cabeça!… Os algozes levantam o manso Cordeiro, arrastando-O e ferindo-O!…
Ó Jesus! As minhas repetidas culpas causaram a vossa nova queda… Se eu não tivesse cometido tantos e tão graves pecados, seria menos intenso o vosso sofrimento!… Perdoai-me tamanha ingratidão, pela vossa infinita misericórdia. Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO VIII
Jesus consola as filhas de Jerusalém
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Jesus é sempre bom e generoso!… Umas piedosas mulheres, vendo-O todo ensanguentado e vacilante sob o peso da Cruz, choram e compadecem-se dele!…
Jesus, esquecido dos seus sofrimentos, consola-as e instrui-as, dizendo-lhes que chorem sobretudo os próprios pecados dos homens, que são a causa dos martírios de um Deus e da perdição de tantas almas…
Ó Jesus, dai-me lágrimas, – lágrimas de arrependimento, para que eu chore sempre os meus pecados e os vossos martírios, e assim desagrave o vosso Coração aflitíssimo!… E depois, quando eu agonizar no leito da morte, ah! Vinde consolar e receber a minha pobre alma… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO IX
Jesus cai pela terceira vez
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Jesus, desfalecido e exausto, cai de novo por terra, e novamente fere nas pedras a fronte coroada de espinhos… Um Deus por terra!… Mas, à vista do Calvário, reanima-se e levanta-se… O amor dá-lhe novas forças!… É tão ardente o seu desejo de morrer pelos homens, ainda que pecadores e ingratos!… Oh! Só um Deus pode amar assim!
Ó Jesus! São tantos e tão graves os meus pecados, que, para os expiar, quase não basta uma só queda de um Deus!… É necessário que muitas e muitas vezes humilheis até à terra a vossa divina Face… Oh! Dai-me a vossa graça, para que deteste os meus pecados e Vos siga no caminho das humilhações e dos sofrimentos… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO X
Jesus despido e amargurado com fel
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Eis o Calvário!… Os algozes arrancam a Jesus a túnica, colada ao seu Corpo lacerado… Abrem-se de novo as feridas…; rebenta mais sangue… Não satisfeitos, amarguram com fel a boca dulcíssima do Redentor… Jesus tudo sofre, com paciência e amor, e oferece todos os seus tormentos ao divino Pai, para a salvação dos pobres pecadores…
Ó Jesus, eu me compadeço dos tormentos que sofreis por mim!… Como hei de agradecer-Vos tamanha bondade?… Completai, Senhor, a vossa misericórdia. Despi-me dos meus vícios e paixões…; vesti-me de humildade, de pureza e de caridade…; e tornai-me amargos os prazeres da vida e doces as mortificações e os sofrimentos… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO XI
Jesus Cristo pregado na Cruz
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
A uma ordem dos algozes, o Salvador estende sobre a Cruz o seu Corpo lacerado e, levantando os olhos ao céu, apresenta as mãos e pés, para serem traspassados pelos cravos… Aos golpes repetidos do martelo, rasga-se a pele, dilacera-se a carne, rompem-se as veias… O doce Jesus sofre um martírio imenso…; mas não se queixa…; pede, adora e ama!…
Ó Jesus, dissestes um dia que, pregado no madeiro, teríeis atraído a Vós todos os corações… Atraí o meu coração com a força suave e irresistível do vosso amor; pregai-o na vossa Cruz bendita, para que nunca mais se afaste de Vós… Está-se tão bem aos vossos pés!… Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO XII
Jesus Cristo morre na Cruz
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Pobre Jesus! Quanto sofre!… Está pendente de três cravos!… Não encontra o menor alívio!… Todos concorrem para O atormentar… E Ele pensa em todos… Pensa na Mãe, e dá-lhe João por amparo… Pensa em nós, e dá-nos Maria por Mãe… Como Jesus é bom!… Mas Ele morre… Inclina a cabeça…, solta o último suspiro… Morreu… Um Deus morreu por mim!…
Deixai-me, ó Jesus, abraçar-me aos vossos pés ensanguentados; e deixai-me viver e morrer aqui!… Ah! É justo que a criatura viva e morra pelo seu bom Deus, que viveu e morreu pela sua miserável criatura! – Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais tornar a ofender-Vos.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
ESTAÇÃO XIV
Jesus no santo sepulcro
V: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos;
R: Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Jesus está encerrado no sepulcro… A sua aniquilação não poderia ser mais completa… É o Deus da vida, mas aqui não vive… Contempla-O pela última vez… A sua fronte está rasgada pelos espinhos; os olhos, fechados; os lábios, mudos; as mãos e os pés, traspassados; o Coração, ah! O Coração, que tanto amou e sofreu, já não bate!… Jesus, o bom Jesus, está morto e sepultado!…
Ó Jesus, adoro-Vos no santo sepulcro! Eis o que ganhastes com o vosso amor excessivo por mim, ingratíssimo pecador!… Seja sempre bendita a vossa misericórdia!… Dai-me a graça de me esconder do mundo e de viver no vosso Coração dulcíssimo… Ali encontrarei a paz, a felicidade, o Paraíso. – Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai.
Oração Final
Ó Jesus! Seja sempre bendito o vosso Coração amantíssimo…! Ó meu Deus, quem teria sido capaz de dar uma só gota de sangue por mim? … E Vós o destes todo… até à última gota… para salvar a minha alma!… Todavia, quantas vezes, para agradar às criatura, Vos tenho desprezado, meu sumo Bem!… Oh! Perdoai-me, pelo vosso sangue precioso!… Quero, para o futuro, amar-Vos de todo o meu coração… e cumprir fielmente a vossa santíssima vontade… Amparai-me sempre com a vossa graça… Concedei-me que o meu último alimento seja o vosso Corpo adorável; que a minha última palavra seja o vosso Nome bendito; que o meu último suspiro seja um suspiro de amor e de arrependimento… Ó Jesus, pela desolação imensa que sofrestes no Calvário, especialmente quando a vossa Alma se separou do vosso Corpo divino, tende piedade da minha alma, depois de Vos ter seguido nas breves tribulações da vida, segui-Vos-ei na felicidade eterna do Paraíso…Amém.
Pai-Nosso – Ave-Maria – Glória ao Pai, segundo as intenções do Sumo Pontífice.

Fonte: http://cleofas.com.br/curiosidades-sobre-a-via-sacra/

10 de mar. de 2017

Papa agradece a Pe. Michelini pela pregação dos Exercícios espirituais

10/03/2017 


Ariccia (RV) - Os Exercícios espirituais da Quaresma propostos ao Papa e à Cúria Romana chegaram ao final na manhã desta sexta-feira (10/03) com a nona meditação feita pelo pregador do Retiro, Pe. Giulio Michelini.


Tomando a palavra após a meditação que teve como tema “O túmulo vazio e a Ressurreição” segundo o Evangelho de São Mateus, o Pontífice agradeceu ao frade menor pela naturalidade e a preparação com a qual os guiou na reflexão fazendo-lhe votos de que, sobretudo, continue sendo um bom frade.
A página final de Mateus, a da Ressurreição – que esteve no centro da reflexão desta sexta-feira –, é finalmente uma página de respiro que revela o mistério cristão, comentou Pe. Michelini.
Após a dor e a Paixão não se encontra o fim, mas um novo início, que é a Ressurreição. Mas como anunciá-lo ao homem de hoje?
Àquele homem que se mostra ainda emblematicamente como o protagonista da história de Franz Kafka nas Metamorfoses, Gregor Samsa, que acorda um dia transformado em inseto, sozinho, fechado em si mesmo, ansioso e sem laços de afeto com a família? É preciso partir novamente de Jesus homem e da sua mensagem:
“A Ressurreição indica uma novidade real de Cristo em relação ao Jesus histórico, claro; o seu corpo é um corpo pós-pascal. Mas é uma novidade que é antecipada nos sinais históricos de Jesus pré-pascal. E onde quero chegar, com esta minha tentativa de resposta? Que quando ouvimos dizer que ressuscitou, podemos partir novamente do homem Jesus, de Jesus da Galileia, cuja mensagem é de libertação do homem.”
Portanto, uma mensagem de libertação para o homem de hoje que pode chegar até ele mediante dois caminhos, ambos ressaltados e ilustrados pelo Papa Francisco: o empenho cultural no aprofundamento das Escrituras e em sua nova explicação e o caminho da caridade.
“Esforçar-nos para entender melhor aquilo que os 27 Livros do Novo Testamento, e os outros Livros do Antigo Testamento querem dizer, e para que possamos explicá-los novamente, mediante – naturalmente – a vida da Igreja, a Liturgia, a homilia que é o centro de tantos números da Evangelii Gaudium, mas através também do empenho cultural. Mas outro caminho, se pudéssemos abrir o quarto onde Gregor Samsa está trancado, é o da caridade. Se Gregor Samsa ao invés de ficar ali, num esquálido quarto fechado – entenderam? Quero dizer: é um túmulo! –, se fosse socorrido por alguém, teria reencontrado a sua humanidade. Ao invés de inseto, talvez tivesse podido reconhecer algum traço de seu corpo humano.”
No Evangelho segundo São Mateus o anúncio da Ressurreição é dado pelo Anjo. O frade menor partiu daí para ressaltar que não basta o túmulo vazio, deve-se falar da Ressurreição, a mensagem de Cristo Ressuscitado deve ser anunciada.
As palavras de Mateus evidenciam também outra dimensão da Ressurreição, o perdão. Jesus Ressuscitado quer encontrar os onze discípulos e os chama de “irmãos”, perdoou-os por tê-lo abandonado; e os encontra na Galileia, “prostrados” e, ao mesmo tempo, “cheios de dúvidas”.
No entanto, aproxima-se deles, e a narração de Mateus conclui-se com as palavras: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos”. Verdadeiramente, concluiu Pe. Michelini, este é o “modo de fazer de Deus”, cuja Palavra é “capaz de iluminar nossos limites e transformá-los em oportunidade”:
“O Pai de Jesus Cristo aproximou-se de nós através de sua Palavra e o seu Filho que, de fato, no Evangelho segundo São Mateus é chamado ‘Emanuel’, o Deus-conosco. E o Evangelho de Mateus termina assim: ‘Eu estarei convosco, Emanuel, até o fim dos tempos’. Trata-se do maior recurso que temos, apesar das nossas dúvidas e da nossa parte ruim e dos nossos pecados.” (RL/GC)
Rádio Vaticano 

Papa retorna ao Vaticano e faz doação aos pobres de Aleppo

10/03/2017




Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre retornou ao Vaticano às 11h30 desta sexta-feira, depois de ter concluído os Exercícios Espirituais pregados pelo franciscano Padre Giulio Michelini.Nesta manhã, Francisco celebrou a Santa Missa em Ariccia pela Síria e enviou 100 mil euros aos pobres de Aleppo, graças também à contribuição da Cúria Romana. A doação será feita através da Esmolaria Apostólica e da Custódia da Terra Santa.
Ao término do Retiro Espiritual, o Santo Padre dirigiu um agradecimento especial ao pregador, Padre Michelini, “pelo bem que fez com suas reflexões normais e naturais, sem artifícios, partindo das suas experiências pessoais.
O Papa o agradeceu pela preparação do seu trabalho, feito com responsabilidade e seriedade:
“Há um monte de coisas para meditar. Mas, Santo Inácio diz que ‘quando alguém encontra os Exercícios Espirituais algo que causa consolação ou desolação’ deve deter-se nisso e não ir adiante. Certamente, não encontramos uma coisa, mas tudo. O resto permanece e serve para a próxima vez. Às vezes, as palavras mais simples são as que mais nos ajudam. O Senhor dá a cada um a palavra justa”.
O Santo Padre concluiu suas breves palavras de agradecimento encorajando o Padre Michelini a continuar seu trabalho pela Igreja e na Igreja. Mas, sobretudo, desejou-lhe ser um “bom frade”.
No final da tarde de hoje às 17h, hora de Roma, o Papa se dirigirá ao Vicariato de Roma para se encontrar com os párocos prefeitos da Diocese. Trata-se de um encontro privado, que faz parte da prática normal da vida da Igreja. (SP-MT)

Rádio Vaticano 

Papa Francisco visitará Colômbia de 6 a 11 de setembro

10/03/2017




Cidade do Vaticano (RV) - Acolhendo ao convite do Presidente e dos bispos colombianos, o Papa Francisco visitará a Colômbia de 6 a 11 de setembro próximo, visitando as cidades de Bogotá Villavicencio, Medellín e Cartagena. Foi o que declarou a Vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé, Paloma Garcia Ovejero, nesta sexta-feira (10/03). O programa da viagem será publicado proximamente.



Contemporaneamente ao anúncio da Sala de Imprensa da Santa Sé, realizou-se, em Bogotá, uma coletiva de imprensa onde foi apresentado o logotipo da viagem do Papa.
O texto que acompanha o logotipo da vigem do Papa Francisco à Colômbia destaca que o país “viveu o conflito armado mais longo da América Latina. Os mais de 50 anos de violência deixou uma ferida muito profunda no coração de uma sociedade que anseia reconstruir, curando as feridas que lhe causaram somente dor, indiferente diante da violência e distante das lágrimas. Os colombianos aprenderam a conviver com a violência. Durante muito tempo a aceitamos e justificamos. A dor se tornou parte de nossa história e fez com esta permeasse o coração de milhões de cidadãos”. 
Lesão profunda
“Esta é uma história de violência que deixou uma lesão profunda e fez com que muitos perdessem os laços que nos uniram como colombianos. Separamo-nos como nação, nos sentamos em bancos diferentes e nos esquecemos do diálogo e da escuta ao próximo. Vestimo-nos de cores, rótulos e marcas que nos tornaram inimigos, no mais profundo de nosso ser o sentimento de perder a esperança, alimentado por traços de dor e ódio. Sentimentos que nos levaram a desrespeitar a dignidade humana, o valor da vida e da confiança como colombianos. Esta guerra nos roubou a possibilidade de sonhar com um país diferente, um país em paz”, destaca ainda a mensagem.
“Percebemos que 50 anos de guerra não foram o nosso maior problema e nem a única coisa que nos define. O problema foi os 50 anos de motivos que apagaram de nossos corações os valores da paz e da unidade. Optamos em nossa vida cotidiana pela violência como forma de vida; uma forma de relacionarmos com as nossas famílias, nossos amigos, nossos vizinhos e nós mesmos. Deixamos a outros a tarefa de construir um país e não entendemos que a construção da paz sempre esteve em nossas mãos. A paz é construída em espaços pequenos, nas mesas na hora de partilhar uma refeição, nas esquinas dos bairros, na maneira como dialogamos com o nosso próximo, na forma como cuidamos de nossos filhos e como respeitamos os nossos pais. Hoje, como observou o Santo Padre, “perdemos o encanto de sonhar juntos, de caminhar juntos. Hoje, devemos nos encontrar e nos atrever a sonhar. Não importam quantas foram as quedas, nunca devemos perder o encanto de sonhar com um caminho diferente”.
Momento de graça
“A visita do Papa Francisco à Colômbia é um momento de graça e alegria para sonhar com a possibilidade de transformar o nosso país e dar o primeiro passo. O Santo Padre é um missionário para a reconciliação. Sua presença nos ajudará a descobrir que é possível voltar a nos unir como nação para aprender a nos olhar novamente com os olhos da esperança e misericórdia. Devemos ser os artesãos de nossa paz, como Jesus nos ensinou. Por isso, como Igreja, temos a responsabilidade de ser missionários de paz e encontro a fim de ensinar o país a se descobrir com ações de paz em seu coração. Este sonho exige o esforço de todos e se constrói a cada dia. É necessário dar o primeiro passo que nos ajuda a nos aproximar de Jesus, a nos encontrar novamente com o amor de nossas famílias, desarmar as palavras com o nosso próximo e ter compaixão por aqueles que sofreram”, destaca ainda o texto.
“A vinda do Santo Padre à Colômbia é um convite para que como colombianos nos vejamos com esperança e possamos dar o primeiro passo para: reconhecer o sofrimento dos outros, perdoar aqueles que nos feriram, voltar a nos encontrar como colombianos, entender a dor dos que sofreram, curar o nosso coração, descobrir o país que se esconde atrás das montanhas e construir a nação que sempre sonhamos: um país em paz. É um convite do Papa Francisco a ir para as ruas a fim de estar ao lado dos colombianos na construção da paz. ‘Quero que a Igreja vá para as ruas, a paz se constrói caminhando’.” 
Semear a esperança
Esta visita é “apresentada com a imagem do Santo Padre caminhando a fim de construir um símbolo de ação, dar o passo e começar a construir e sonhar, pois toda mudança começa com a conversão do coração (indivíduo), toda mudança precisa de um momento para voltar a nos encontrar (coletivo). É um momento em nossa história para nos descobrir como nação. Por isso, hoje, temos de semear a esperança em nossos corações, a bondade em nossas ações, a paz em nossas palavras e o amor em nosso país para que desta forma a vinda do Santo Padre seja um ponto de partida para começar algo novo. “A riqueza parte do coração de cada um nas ações de cada dia”. Com minhas mãos que semeiam, com o meu coração que compreende, com a minha mente que sonha, posso colher um futuro melhor e no unir através de uma palavra no espírito que será o sopro de vida, para enfrentar os desafios que enfrentamos nesta nova etapa em que nos encontramos.
“A principal ameaça é pensar que a paz está nas ações dos outros”, conclui o texto recordando as palavras do Papa Francisco.
(MJ)
Rádio Vaticano 

Qual penitência escolher para viver este período da Quaresma?

Conheça algumas sugestões…
Com a chegada da Quaresma, muitos católicos sentem-se perdidos sobre quais penitências devem adotar neste tempo de reflexão e preparação para a Páscoa.
Pensando nisso, o Padre José Eduardo separou algumas sugestões de mortificação:
1) Penitências gastronômicas:
– Trocar a carne por peixe, ovos ou queijo (ou mesmo comer puro);
– Comer menos arroz, feijão, pão, macarrão, para sair da mesa com um pouco de apetite;
– Eliminar todos doces, refrigerantes, chocolate e demais guloseimas;
– Nas refeições, acrescentar algo que seja desagradável, como diminuir a quantidade de sal ou colocar um condimento que quebre um pouco o sabor;
– Comer algum legume ou verdura que não se goste muito;
– Diminuir ou mesmo tirar as refeições intermediárias (como o lanche da tarde);
– Tomar café sem açúcar, ou água numa temperatura menos agradável;
– Reservar algum dia para o jejum total ou parcial.

2) Penitências corporais:
(Apenas para ajudarem a não perdermos o sentido do sacrifício ao longo do dia, a não sermos relaxados, devendo ser pequenas e discretas).
– Dormir sem travesseiro;
– Sentar-se apenas em cadeiras duras;
– Rezar alguma oração mais prolongada de joelhos;
– Não usar elevadores ou escadas rolantes;
– Trabalhar sem se encostar na cadeira;
– Cuidar da postura corporal;
– Descer um ponto antes do ônibus e fazer uma parte do caminho à pé;
– Deixar de usar o carro e pegar um transporte coletivo.

3) Penitências Morais:
(São as mais importantes)
– Não reclamar das contrariedades do dia, mas agradecer e louvar a Deus;
– Sorrir sempre, mesmo quando haja um nervoso;
– Moderar a frequência às redes sociais, celular e computador (reduzir a poucas vezes ao dia);
– Desligar as notificações do celular;
– Fazer os serviços mais incômodos na casa e no trabalho, ajudando os outros;
– Acordar mais cedo para fazer oração;
– Não ouvir música no carro;
– Não assistir TV, mas dedicar este tempo à leitura;
– Não usar jogos eletrônicos, caso seja viciado;
– Fazer algum trabalho voluntário;
– Rezar mais pelos outros, do que por si mesmo;
– Reservar dinheiro para dar esmolas, mas sobretudo, atenção aos mendigos;
– Não se defender quando alguém lhe acusa;
– Falar bem das pessoas que se gostaria de criticar;
– Ouvir as pessoas incômodas sem as interromper;
– Dormir no horário, mesmo sem vontade.

Padre José Eduardo
Sacerdote da Diocese de Osasco. Pároco da Paróquia São Domingos. Doutor em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Roma).
https://www.facebook.com/Pe.JoseEduardo

Via: Cléofas 

10/3 – São João Ogilvie

Nascido provavelmente em 1579 em uma localidade de Aberdeenshire ou de Banflhshire, na Escócia, em 1593 foi enviado ao continente para estudar. Aí converteu-se à religião católica e entrou no colégio escocês de Douai, transferindo-se em 1595 para Lovaina, onde teve como mestre o famoso Cornélio Lápido. Prosseguiu os estudos em Ratisbona no colégio dos beneditinos escoceses (1598), depois junto aos jesuítas em Omutz, onde foi admitido no noviciado da Companhia de Jesus em Brunn (Morávia) em 1599. Estudou em diversos lugares e recebeu a ordenação sacerdotal em Paris no ano de 1610. Pedui várias vezes para lhe ser concedido trabalhar na Escócia. Depois de dois anos e meio de petições e orações, no outono de 1613 pôde deixar o continente e desembarcar perto de Edimburgo, em 11-11-1613, sob a falsa identidade de “capitão Watson”, depois de 22 anos de ausência da pátria. A situação religiosa dos católicos escoceses era péssima: era crime ouvir missa e quem assistisse corria o risco de perder além da vida os bens para si e para os seus herdeiros, bens que eram confiscados pelo Estado; era proibido expatriar-se a não ser mediante promessa de não se converter no exterior.
João passou inicialmente 6 semanas na Escócia do norte e depois se estabeleceu em Edimburgo. Pôde exercer um apostolado clandestino fecundo até 3-10-1614, quando no dia seguinte foi preso em Glasgow, por iniciativa do arcebispo protestante João Spattiswoode. A sua prisão durou 4 meses, em que foi submetido a um regime desumano, sempre preso com cadeias, não podendo realizar a não ser poucos movimentos. Foi torturado várias vezes, na tentativa de que apostatasse. Cinco vezes foi chamado perante o juiz em Glasgow e Edimburgo. Pelo processo escrito se vê a constância do mártir, no seu esforço em dar testemunho da verdade, diante da astúcia e artimanhas dos juízes, que pretendiam conduzi-lo ao terreno político para poder condená-lo como rebelde. A última sessão foi no dia 10-3-1615, quando também foi enforcado no centro de Glasgow. Foi canonizado em 1976.

Fonte: Cléofas

9 de mar. de 2017

Exercícios espirituais: morte de Jesus, verdadeira porque escandalosa

09/03/2017


Ariccia (RV) - Da Cruz, Cristo oferece o lado do qual brotarão água e sangue “para o perdão dos pecados”. Essa é uma das passagens da sétima meditação de Pe. Giulio Michelini, durante os Exercícios espirituais propostos ao Papa e à Cúria Romana.
Em andamento desde domingo passado na Casa Divino Mestre de Ariccia, nas proximidades de Roma, o Retiro espiritual quaresmal do Papa e da Cúria Romana chega esta quinta-feira (10/09) a seu penúltimo dia.
Um olhar de “amor profundo” a Cristo crucificado. O frade menor o evocou na reflexão matutina, detendo-se sobre a morte do Messias narrada no Evangelho segundo São Mateus. Uma morte “real”, não “aparente”, esclareceu imediatamente o pregador franciscano.
“Não somente os discípulos têm dificuldade de acreditar que tenha voltado à vida, e isso é verdade; mas isso é possível propriamente porque morreu verdadeiramente.”
E os detalhes que descrevem a morte de Jesus são tão “incômodos”, tão cruentos, como por exemplo o grito na Cruz, que fazem parte daqueles que são habitualmente definidos “critérios de desconcerto”, que nos levam a dizer que tais particulares não podem ter sido criadas: efetivamente, foram escritas porque dizem realmente “algo daquilo que aconteceu”.
Em primeiro lugar, deve ser analisado “o sentido de abandono que Jesus viveu na Cruz” – quando pronuncia: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes” – agravado pela incompreensão “por parte de quem está assistindo ao espetáculo cruento” da Paixão de Cristo.
Há quem acredite que Jesus estivesse chamando Elias, explicou o franciscano repercorrendo os Evangélicos sinóticos:
“Quem podia ser Elias, que Jesus invocava? Claro, o profeta que teria voltado: mas o que poderia ter feito? Fazê-lo descer da Cruz? Ou talvez, como se dizia – e lemos nos Evangelhos –, Elias já tinha vindo e era o Batista? Da Cruz, Jesus chamava talvez seu amigo? Evidentemente se trata de um grande mal-entendido: Jesus não está pedindo ajuda a Elias e nem mesmo ao Batista; Jesus está – com um grito – chamando o Pai. Mas o Pai silencia.”
Propriamente o fato de o Pai não intervir é “outro elemento desconcertante de toda a narração da morte de Jesus”, explicou Pe. Michelini. Em todo caso, o sentimento que Cristo está vivendo, o sentimento de abandono da parte do Pai é algo real e tão “escandaloso” que resulta difícil ser inventado.
Jesus “se lamenta” não porque se sinta abandonado por Deus ou pela dor, mas porque suas forças físicas “vacilam”. No entanto, dois Evangelhos, o de João e o de Lucas, não trazem o grito de Cristo: é “por demais escandaloso”, ressaltou o pregador dos Exercícios espirituais.
A “última tortura” para Jesus é que não seja compreendido “nem mesmo estando na Cruz”: é “algo desconcertante”, é “incompreendido”, disse Pe. Michelini.
Por que acaba sendo incompreendido? – perguntou-se o pregador, recorrendo a uma experiência pessoal: o colóquio tido com um casal em que a mulher através de mensagens no celular dele havia descoberto a traição do marido.
Duas pessoas que carregavam consigo “uma grande ferida”, o adultério: “no fundo, aquele era o problema que os impedia de compreender-se reciprocamente”, disse o frade menor. Jesus, refletiu o pregador, quando pode, intervém para “explicar e explicar novamente”. Mas da Cruz “não consegue explicar mais nada”:
“Naturalmente, sabemos que a Cruz explica tudo. Mas Jesus não pode nem mesmo mais dizer porque está chamando o Pai e não está chamando Elias. Pode fazer somente uma coisa: confiar-se ao Espírito que efetivamente doará, para que seja o Espírito a explicar aquilo que não tinha conseguido fazer entender. Ou então, terá que esperar ressurgir e estar com seus discípulos, deter-se com eles à mesa durante 40 dias –diz o início dos Atos dos Apóstolos – para acompanhar os discípulos segurando-os pelas mãos, eles que não entendem.”
Em seguida, o pregador dos Exercícios espirituais recordou que “além” desta última tortura, há também a “lança do centurião”. E repropôs o episódio de Cafarnaum: outro centurião “provavelmente armado” se dirige a Jesus porque mortificado com a enfermidade de um “filho” ou um “servo” seu”. E Cristo não lhe nega “um gesto de amor”:
“Ora, segundo algumas importantes testemunhas textuais de Mateus, Cristo foi morto propriamente com o golpe da lança de um soldado. Jesus ofereceu a outra face aos soldados, como havia ensinado no sermão da montanha: havia dado sua disponibilidade ao centurião de Cafarnaum. Agora, da Cruz, podia somente oferecer seu lado do qual brotará água e sangue, para o perdão dos pecados.”
Em seguida, examinou a passagem do Evangelho segundo São Mateus que explica que o golpe de lança foi dado “antes” da morte de Jesus e não depois, como no Evangelho segundo São João. Embora – observou o pregador – tenha acabado por prevalecer na Igreja a interpretação do quarto Evangelho: o golpe de lança “após” a morte do Senhor.
Por fim, a meditação deteve-se sobre as mulheres presentes na cena da crucifixão. Segundo Mateus, são “muitas”, entre as quais Maria “mãe de Tiago e José”; para alguns essa figura é a “Mãe do Senhor”, que está presente “aos pés da Cruz” como no Evangelho segundo São João:
“Talvez também aqui, como alguns notaram, o evangelista Mateus – que poderia ter inspirado João – queira dizer que Ela está presente, mas num modo muito oblíquo, até mesmo com um realce, uma estratégia retórica não chamando-a ‘a Mãe do Senhor’, mas ‘Maria, a mãe de Tiago e de José’. Por qual motivo? Alguém escreveu – é uma hipótese interessante – que Maria, a Mãe de Jesus, não é mais simplesmente Ela e Jesus, não é mais simplesmente o Filho e Maria. Como depois Maria, no Evangelho segundo São João, não será mais simplesmente a Mãe de Jesus, mas a Mãe do discípulo amado e, portanto, Mãe da Igreja. Do mesmo modo Maria, na Paixão narrada por São Mateus, está presente e seria, porém, a mãe de Tiago e de José, isto é, de seus irmãos: e, por conseguinte, também para nós, para este Evangelho, a Mãe da Igreja.”
Por fim, o pregador dos Exercícios espirituais convidou a perguntar-se se, devido a “fechamentos” ou por orgulho, não se entendem os outros, não tanto porque as coisas que dizem “são pouco claras”, mas simplesmente porque “não querem compreender”.
Em seguida, pediu que se busque compreender se existe um “defeito” na comunicação com os outros, exortando a “melhorá-la”, crescendo “na humildade”, e a perguntar-se se se consegue “colher a presença de Deus” também no “ordinário do cotidiano” ou no “olhar do outro”. (RL/GA)

Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...