14 de jul. de 2017

Quer saber o que um amigo de São Camilo contou de sua vida?

São Camilo de Léllis, servia a Cristo na pessoa do doente. Porém, ele deu um ‘sim’ ao pecado, entregando-se ao vício do jogo, onde perdeu tudo e ficou na miséria total. Saiu do hospital devido o seu temperamento. Foi de hospital em hospital para cuidar de sua ferida, até bater na porta dos franciscanos capuchinhos e ali quis trabalhar na obra de Deus.
Com 25 anos começou o seu processo de conversão. No hospital em Roma, Deus suscitou nele a santidade de ver nos doentes a pessoa de Cristo e também o carisma dos ‘Camilianos’. Camilo também viveu uma bela amizade com São Felipe Néri.
Entrou para os estudos, foi ordenado sacerdote, e vendo a realidade dos peregrinos de Roma, que não tinham uma assistência médica digna, foi brotando nele o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente, do peregrino. E muitos se juntaram a ele nessa obra. Em cada sofredor está a presença do Crucificado. Ele partiu para o céu em 1614.
Um grande companheiro de São Camilo, do século XVII, nos contou um pouco de como São Camilo no dia-a-dia:
“Começarei pela santa caridade, raiz de todas as virtudes e dom familiar a Camilo mais do que qualquer outro. Ele vivia sempre inflamado pelo fogo desta santa virtude, não só para com Deus, mas também para com o próximo, especialmente os doentes. Bastava vê-los para que se enchesse de ternura e se comovesse no mais íntimo do coração, a tal ponto que esquecia completamente todas as delícias, prazeres e afetos terrenos. Quando tratava de algum doente, parecia doar-se com tanto amor e compaixão que, de bom grado, tomaria sobre si toda doença, para aliviar-lhe as dores ou curar as enfermidades.
Contemplava nos doentes, com tão sentida emoção, a pessoa de Cristo que, muitas vezes, quando lhes dava de comer, pensando serem outros cristos, chegava a pedir-lhes a graça e o perdão dos pecados. Mantinha-se diante deles com tanto respeito, como se estivesse realmente na presença do Senhor. De nada falava com mais freqüência e com mais fervor do que da santa caridade. O seu desejo era imprimi-la no coração de todos os homens.
Para incutir em seus irmãos religiosos esta santa virtude, costumava recordar-lhes aquelas dulcíssimas palavras de Jesus Cristo: Eu estava doente e cuidastes de mim (Mt 25,36). Parecia que ele tinha estas palavras verdadeiramente gravadas em seu coração, tal era a freqüência com que as dizia e repetia.
Camilo era um homem de tão grande caridade, que tinha piedade e compaixão não somente dos doentes e moribundos, mas também, de modo geral, de todos os outros pobres e miseráveis. Seu coração era tão cheio de bondade para com os indigentes, que costumava dizer: “Ainda que não se encontrassem pobres no mundo, os homens deveriam andar a procurá-los e desenterrá-los, para lhes fazerem o bem e praticar a misericórdia para com eles”.
Da Vida de São Camilo, escrita por um companheiro seu
(S. Cicatelli, Vita del P. Camillo de Lellis, Viterbo, 1615)

Aproveitemos este dia em que a Igreja celebra sua memória e peçamos sua intercessão:
Piedosíssimo São Camilo que chamado por Deus para ser o amigo dos pobres enfermos, consagrastes a vida inteira a assisti-los e confortá-los, contemplai do Céu os que vos invocam confiados no vosso auxílio. Doenças da alma e do corpo fazem de nossa pobre existência um acúmulo de misérias que tornam triste e doloroso este exílio terreno. Aliviai-nos em nossas enfermidades, obtende-nos a santa resignação às disposições divinas, e na hora inevitável da morte confortai o nosso coração com as esperanças imortais da beatifica eternidade.
São Camilo de Léllis, rogai por nós!

Via: Cléofas 

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