3 de dez. de 2016

Existiu Papai Noel?

Existiu Papai Noel? Mais cedo ou mais tarde, toda criança faz esta pergunta. E os pais podem responder facilmente a seus filhos contando-lhes a bela história da vida de São Nicolau.
Nos centros comerciais, frequentemente, se vê um personagem com traje de cores vivas despertando a curiosidade geral e nas crianças a alegre expectativa dos presentes e das guloseimas.
Trata-se do Papai Noel. Como nasceu esta tradição? Na realidade, existiu um personagem muito mais importante que o lendário Papai Noel. Foi São Nicolau, que faleceu como bispo de Mira, Turquia, no ano 324.
Este grande santo que vai de casa em casa, levando presente – especialmente às crianças piedosas e que se comportaram bem. Narrando aos filhos a vida deste grande santo, os padres despertaram nas almas dos infantos o sentido do maravilhoso e estimulam a prática da virtude. Com a grande vantagem de que, neste caso, a realidade supera a lenda.
Poucos santos gozam de tanta popularidade, e a muito poucos são atribuídos tantos milagres. De São João Damasceno há o seguinte elogio: “Todo o universo tem em ti um rápido auxílio nas aflições, um estimulante nas tristezas, um consolo nas calamidades, um defensor nas tentações, um remédio nas enfermidades”.
Nicolau era bastante jovem quando seus pais faleceram, herdando deles uma grande fortuna, que lhe tornou apto a praticar a caridade em grande escala.
Um dia ele conheceu três jovens que por serem pobres não encontravam pretendes para se casarem e o pai queria encaminhá-las para um má vida. Então, Nicolau foi até lá a noite e e colocou no quarto do homem um bolsa com moedas de ouro. Poucos dias depois, casava-se a filha mais velha. Repetiu Nicolau o gesto, e pouco depois se casava a segunda filha. No momento em que se preparava para fazê-lo pela terceira vez, foi descoberto. Saindo das sombras onde estava escondido, o pai se lançou aos pés de seu benfeitor. Chorando de arrependimento e gratidão. Desde então, não se cansou de apregoar por todas as partes os favores recebidos.

Em outra ocasião, ao embarcar em um navio, informou ao comandante que teriam uma violenta tormenta pelo caminho. O belho lobo do mar, recebeu com sorriso irônico esta previsão vinda de um simples passageiro. Não obstante, a tormenta não tardou… O temporal era tão terrível que todos creram que havia chegado o fim. Sabendo que um passageiro havia previsto o que estava ocorrendo, correram até ele pedindo ajuda.
Nicolau implorou a Deus e logo a tormenta cessou, acalmou-se o mar e o sol apareceu resplandecente… Converte-se assim no padroeiro dos marinheiros, que o invocam nos momentos de perigo.
São Boaventura narra que em uma pousada, o dono havia assassinado dois estudantes, que haviam se apoderado de seu dinheiro. Horrorizado por esse vil crime, São Nicolau ressuscitou os jovens e converteu o assassino.
No dia que foi consagrado bispo de Mira, recém-acabada a cerimônia, uma mulher se jogou a seus pés, com uma criança em seus braços, suplicando: “Dê vida a meu filhinho” Ele caiu no fogo e teve uma morte terrível. Tem piedade de mim, dá-lhe vida!”, gritava a mãe. Emocionado e compadecido das dores dela, fez o sinal da cruz sobre a criança, que ressuscitou em presença de todos os fiéis presentes na cerimônia de consagração.
Em alguns países da Europa, é costume que algumas pessoas troquem presentes no dia de sua festa, 6 de dezembro. A nós, também, São Nicolau não deixará de ajudar-nos em nossas necessidades.
Peçamos a ele, pois, não apenas bens materiais, mas sobretudo grandes dons espirituais. Que o obtenha da Santíssima Virgem e de São José a graça de que neste próximo Natal faça nascer em nossas almas o Menino Jesus – o maior presente dado aos homens – com o intuito de nos levar à Pátria celestial, para a qual fomos criados.
Redação Gaudium Press

03/12 – São Francisco Xavier

Francisco de Jasu e Xavier (nascido no castelo de Xavier na Espanha em 1506), correspondendo as expectativas dos nobres pais, laureou-se na prestigiosa universidade parisiense. Naqueles anos teve a felicidade de viver cara a cara, participando até do mesmo quarto da pensão, com Pedro Favre, que como ele se tornará jesuíta e será beatificado, e com outro estudante meio esquisito, já bastante velho para se sentar nos bancos escolares, Inácio de Loyola.
Inácio tinha descoberto aquela alma: “Um coração tão grande e uma alma tão nobre -disse-lhe- não se satisfazem com efêmeras honras terrenas. A sua ambição deve ser a glória que dura para sempre.” No dia da Assunção de 1534, na cripta da Igreja de Montmartre, Francisco Xavier, Inácio de Loyola e outros cinco companheiros se consagraram a Deus fazendo voto de absoluta pobreza e decidiram ir a Terra Santa para de lá iniciarem a sua obra missionária, colocando-se para tudo sob a inteira disposição do papa.
Ordenados presbíteros em Veneza e evaporada a perspectiva da Terra Santa, tomaram o caminho de Roma, onde  São Francisco colaborou com Inácio na redação das Constituições da Companhia de Jesus. Aos trinta e cinco anos teve início a grande aventura para Francisco. A convite do rei de Portugal, foi escolhido como missionário e legado pontifício para as colônias portuguesas nas Índias orientais. Goa foi o centro da sua intensíssima atividade missionária que se irradiou por uma área tão vasta que seria excepcional até com os atuais meios de comunicação: em dez anos percorreu a Índia, a Málaga, as Molucas e ilhas ainda no estado selvagem: “Se não encontrar um barco, irei a nado”, dizia Francisco, e acrescentava: “Se naquelas ilhas existissem minas de ouro, os cristãos lá se precipitaram. Mas não existem senão almas para serem salvas.” E foi.
Após quatro anos de atividade missionária nessas ilhas, embarcou para o Japão, onde em meio a dificuldades imensas, estabeleceu o primeiro núcleo de cristãos. Seu zelo não conhecia descanso: do Japão já olhava para a China. Retomou o mar, chegou a Singapura e foi a 150 quilômetros de Cantão, o grande porto chinês. Na ilha de San Chao, aguardando uma embarcação que o levasse a China, caiu gravemente enfermo. Com ele estava um jovem chinês que o guiava. Morreu à beira-mar, a 3 de dezembro de 1552, aos 46 anos de idade. Tinha administrado o batismo a mais de trinta mil convertidos.

Cléofas 

2 de dez. de 2016

Bênção da Árvore de Natal em família

Em muitas famílias, costuma-se colocar a árvore de Natal em um lugar visível da casa e enfeitá-la com luzes, estrelas e presentes. Mas, o que significa para um cristão preparar sua árvore? Conheça a mensagem que traz este símbolo e como abençoá-lo em família.
ÁRVORE nos traz à memória a árvore do Paraíso (cf. Gn 2,9-17) de cujo fruto comeram Adão e Eva, desobedecendo a Deus. A árvore, então, nos lembra a origem de nossa desgraça: o pecado. Também nos recorda que o menino que vai nascer de Santa Maria é o Messias prometido que vem nos trazer o dom da reconciliação.
As LUZES nos recordam que o Senhor Jesus é a luz do mundo que ilumina nossas vidas, nos tirando das trevas do pecado e nos guiando em nosso peregrinar para a Casa do Pai.
ESTRELA. Em Belém, há mais de dois mil anos, uma estrela se deteve sobre o lugar onde estava o Menino Jesus, com Maria e José. Este acontecimento gerou uma grande alegria nos Reis Magos (Cf. Mt 2, 9-10), quando viram este sinal. Também hoje, uma estrela coroa nossa árvore nos recordando que o acontecimento do nascimento de Jesus trouxe a verdadeira alegria a nossas vidas.
Os PRESENTES colocados aos pés da árvore simbolizam aqueles dons com os quais os Reis Magos adoraram o Menino Deus. Além disso, recordam-nos que Deus Pai tanto amou o mundo que entregou (como um presente) seu único Filho para que todo o que Nele crer tenha vida eterna.

Bênção da Árvore de Natal
Todos (fazendo o sinal da Cruz): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
O pai da família: Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo.
Todos: Bendito seja o Senhor pelos séculos. Amém.
LEITURA
(Um dos presentes, lê o seguinte texto da Sagrada Escritura)
Escutemos com atenção a leitura do profeta Isaías (Is 60,13):
“A glória do Líbano virá sobre ti, com o cipreste, o abeto e o pi­nheiro, para adornar o lugar do meu santuário, e mostrar a glória do trono em que me sento”.
familia_santuario_da_vidaORAÇÃO DE BÊNÇÃO
(Em seguida o pai da família, com as mãos postas, diz a oração de bênção)
Oremos: Bendito seja, Senhor e nosso Pai, que nos concede recordar com fé, nestes dias de Natal, os mistérios do nascimento do Senhor Jesus. Conceda-nos a todos que adornamos esta árvore e a enfeitamos com luzes, com a alegria celebrar o Natal. Que possamos viver também à luz dos exemplos da vida plena de seu Filho e sermos enriquecidos com as virtudes que resplandecem em tua santa infância. A Ele a glória pelos séculos dos séculos.
Todos: Amém.
Todos (fazendo o sinal da Cruz): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

11 conselhos do Papa Francisco para os noivos em Amoris Laetitia



 É necessário “ajudar os jovens a descobrir o valor e a riqueza do matrimônio”, expressou o Papa Francisco na exortação apostólica Amoris Laetitia apresentada no dia 8 de abril. A seguir, confira uma série de conselhos do Pontífice aos noivos:
1. Recordem a importância das virtudes, “entre estas, a castidade resulta ser condição preciosa para o crescimento genuíno do amor interpessoal”.
2. “Aprender a amar alguém não é algo que se improvisa, nem pode ser o objetivo de um breve curso antes da celebração do matrimônio”. Cada pessoa se prepara para o matrimônio desde seu nascimento, aprendendo de seus pais “o que é um matrimônio cristão”.


3. Compreendam que o matrimônio “é uma questão de amor, só se podem casar aqueles que escolhem livremente e se amam”.

4. É bom assistir os grupos de noivos, entretanto, “são indispensáveis alguns momentos personalizados, dado que o objetivo principal é ajudar cada um a aprender a amar esta pessoa concreta com quem pretende partilhar a vida inteira”.
5. Durante o noivado devem ter a capacidade de reconhecer “incompatibilidades e riscos e aceitar que não é razoável apostar naquela relação, para não se expor a um previsível fracasso que terá consequências muito dolorosas”
6. Por isso, falem “o que cada um espera de um eventual matrimônio, a sua maneira de entender o que é o amor e o compromisso, aquilo que se deseja do outro, o tipo de vida em comum que se quer projetar”.
7. Recordem que o compromisso expresso no matrimônio, “quando se trata de dois batizados, só podem ser interpretados como sinais do amor do Filho de Deus feito carne e unido com a sua Igreja em aliança de amor”.
8. Portanto, este sacramento não é um momento que logo faz parte do passado e das lembranças, mas “exerce a sua influência sobre toda a vida matrimonial, de maneira permanente”.
9. Não se concentrem apenas na festa, mas dediquem o melhor das suas forças “a preparar-se como casal para o grande passo que, juntos, vão dar”. Tenham “a coragem de ser diferentes, não vos deixeis devorar pela sociedade do consumo e da aparência. O que importa é o amor que vos une, fortalecido e santificado pela graça”.
10. O casamento não é o fim do caminho, pois o matrimônio é “uma vocação que os lança para diante, com a decisão firme e realista de atravessarem juntos todas as provações e momentos difíceis”.
11. No dia em que se casarem rezem juntos, “um pelo outro, pedindo ajuda a Deus para serem fiéis e generosos, perguntando juntos a Deus que espera deles, e inclusive consagrando o seu amor diante de uma imagem de Maria”.

Fonte: ACI Digital 

Muitos mártires entre os próximos 24 Beatos, Card. Massaja é Venerável

02/12/2016




A Igreja poderá em breve venerar 24 novos Beatos, muitos religiosos, alguns leigos e quase todos mártires. Entre eles está a figura do Padre Stanley Francisco Rother, o primeiro mártir católico nascido nos Estados Unidos e ordenado na Oklahoma City, mas foi numa cidadezinha de Guatemala onde ele realizou sua missão, trazendo a Palavra de Deus aos índios Tzutuhil, descendentes dos Maya: aprendeu a sua língua tribal e nela traduziu o Novo Testamento e o rito da Missa. A sua obra em apoio dos mais pobres e contra a sua exploração não passou despercebida: os anos setenta na América Central e do Sul foram de ditaduras militares e esquadrões da morte, pela mão dos quais também o Padre Stanley caiu, aos 28 de julho de 1981, depois de ter sofrido pela morte de 20 seus paroquianos. Quando a notícia da sua morte foi dada a conhecer, os índios chegaram aos milhares para rezar na Paróquia de Santiago Atitlan e obtiveram que o coração do seu Sacerdote permanecesse enterrado para sempre com eles.
Muitos outros mártires serão beatificados, como o Padre Vincenzo Queralt Lloret, Sacerdote da Congregação da Missão, que viveu em Barcelona durante os anos da guerra civil espanhola e da perseguição da Igreja. Descoberto a evangelizar apesar da proibição, foi morto por ódio à fé. O mesmo destino tiveram seis Sacerdotes da sua própria Congregação, cinco Sacerdotes diocesanos, duas Religiosas Filhas da Caridade e sete Leigos da Associação  Filhos de Maria da Medalha Milagrosa.
Outros novos beatos e mártires cujos decretos de seus milagres e virtudes heróicas Francisco autorizou promulgar são os seguintes:
- O milagre atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus João Schiavo, sacerdote professo da Congregação de São José; nascido aos 8 de julho de 1903 e morto a 27 de janeiro de 1967;
- O martírio do Servo de DeusTeófilo Matulionis, Arcebispo-Bispo de Kaišiadorys (Lituânia); nascido a 22 de junho de 1873 e morto por ódio à Fé a 20 de agosto de 1962;
- As virtudes heróicas do Servo de Deus Guilherme Massaja, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, Cardeal da Santa Igreja Romana; nascido a 8 de junho de 1809 e morto a 6 de agosto de 1889;
- As virtudes heróicas do Servo de Deus Nunzio Russo, Sacerdote diocesano, Fundador da Congregação das Filhas da Cruz; nascido a 30 de outubro de 1841 e morto a 22 de novembro de 1906;
- As virtudes heróicas do Servo de Deus Joseph Bau Burguet, Sacerdote diocesano, Pároco em Masarrochos (Espanha); nascido a 20 de abril de 1867 e morto a 22 de novembro de 1932;
- As virtudes heróicas do Servo de Deus Mario Ciceri, Sacerdote diocesano; nascido a 8 de setembro de 1900 e morto a 4 de abril de 1945;
- As virtudes heróicas da Serva de Deus Maria Giuseppa Aubert (no século: Susana), Fundadora do Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Compaixão; nascida a 19 de junho de 1835 e morta a 1 de outubro de 1926;
- As virtudes heróicas da Serva de Deus Luce Rodríguez-Casanova y García San Miguel, Fundadora da Congregação das Mulheres Apostólicas do Sagrado Coração; nascida a 28 de agosto de 1873 e morta a 8 de janeiro de 1949;
- As virtudes heróicas da Serva de Deus Catarina Aurelia do Preciosíssimo Sangue (no século: Aurelia Caouette), Fundadora da Congregação das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo da União de Saint-Hyacinthe; nascida a 11 de julho de 1833 e morta a 6 de julho de 1905;
- As virtudes heróicas da Serva de Deus Leonia Maria Nastał, Irmã  professa da Congregação das Pequenas Servas da Bem-Aventurada Virgem Maria Imaculada; nascida a 8 de novembro de 1903, e morta a 10 de janeiro de 1940.

Rádio Vaticano 

02/12 – Santas Bibiana e Bárbara

Bibiana, do qual deriva o doce e promissor nome de Viviane, deve ser enumerada entre as vítimas do último surto da perseguição anticristã de Juliano, o Apóstata (361-363). Em uma paixão de Santa Bibiana não anterior ao século VII, diz-se que o governador Aproniano, após ter mandado matar Fausto e Dafrosa, já certo de poder apossar-se de seu patrimônio, procurou obrigar a apostasia as jovens filhas dos mártires. Fechou-as no cárcere. Demétria cessou de viver antes da terrível prova. Bibiana, impávida e resoluta, enfrentou o governador, que para afrouxar-lhe a resistência, confiou-a inutilmente a uma serva. Então ordenou que Bibiana fosse amarrada a uma coluna e flagelada.
Com o corpo coberto de chagas, a jovem mártir por fim entregou a alma a Deus. Seu corpo jogado como comida aos cães, foi recolhido pelos cristãos e sepultado ao lado dos pais e da irmã, junto a sua morada, onde em seguida foi erguida uma capela e mais tarde a atual basílica, sobre o Equilino. São as informações dadas pelo biógrafo do papa Simplício (468-83), atribuindo a este pontífice a construção da basílica em honra da bem-aventurada mártir Bibiana.
Mais incertas ainda são as notícias sobre a jovem mártir Bárbara, recordada a 4 de dezembro, cujo culto foi todavia muito mais difundido que o de Bibiana. Na Idade Média, Bárbara teve o privilégio de ser enumerada entre os catorze santos auxiliares, aos quais recorriam-se em grandes e particulares necessidades. Bárbara era invocada contra a morte repentina e contra os raios. Este particular atributo de Santa Bárbara, de quem se ignora até a data em que viveu, está vinculado a narração lendária do seu martírio.
Bárbara, filha de um rico e ciumento senhor, fechada em uma torre durante a ausência do pai (temia que a excepcional beleza da filha atraísse pretendentes que não interessavam), converteu-se a fé cristã e depois se subtraiu as iras paternas com a fuga. Levada a presença dos juizes teve entre seus mais cruéis acusadores seu próprio pai, que no momento da execução quis até substituir o algoz. Mas quando a espada cortou o pescoço da jovem mártir, um raio atingiu o desumano pai reduzindo-o a cinzas.
Desde então o raio se tornou chamariz da devoção a Santa Bárbara, patrona, após a invenção da pólvora de tiro, de todos os que manejam esse perigoso elemento.

Via: Cléofas

1 de dez. de 2016

Querida Mami

Posso chamar-lhe assim? Afinal, esta é a única vez que vou falar com você. Deixe-me chamar-lhe como quiser, por favor. Pensei em chamar-lhe “mamãe”, mas achei que você ia considerar antiquado demais. Sei que você é uma mulher moderna, uma mãe moderna. Então, pensei que “mami”, assim mesmo, abrasileirado, seria melhor, mais aceitável para sua mentalidade emancipada, e que faria você mais feliz.
Como você já deve ter deduzido, sou seu filho. No entanto, você nunca me viu e nunca lhe falaram de mim. Na verdade, neste momento, estou agarrado a uma irmã minha, também filha sua, que, certamente, não conseguirá sobreviver, como também eu não conseguirei. Esta é, portanto, uma carta de “oi” e “adeus”, de “obrigado” e “mas, por quê?”.
Eu, minha irmãzinha e mais uns seis, estamos, neste momento, mergulhados em vidros de nutrientes, reproduzindo nossas células. Minha irmã e eu estamos colocados, por engano, em um mesmo vidrinho e, daqui, conseguimos ver os outros irmãos, mas não tocá-los. Tanto nós quanto eles fomos rejeitados por você e pelo papi – ele que também é emancipado deve preferir ser chamado assim. O médico escolheu outros quatro para fazer a inseminação artificial, colocando-os em você, para serem gestados e terem vida. Dos quatro, não sei ainda quantos “vingarão” em seu útero. Gostaria que todos “vingassem”, pois sei o quanto é triste ter de morrer tão cedo, sem nem mesmo ter sentido o calor do seu ventre, o aconchego de seu útero.
Da prateleira onde me encontro, pude ver o seu rosto e o do papi, quando chegaram, ansiosos, para implantar os quatro escolhidos. Você é jovem e bonita! Pude ver seus quadris, que agora serão alargados pela gravidez, seus seios redondos e firmes que amamentarão – talvez – meus irmãos, seu sorriso, seus olhos que jamais me verão, suas mãos bem cuidadas que jamais me segurarão. Pude sentir seu cheiro e ouvir sua voz, que nunca se dirigirá a mim, pois não me dará nome.
Não quero me fazer de vítima. Sei que antes de mim, outros “se foram”, fecundados na margem de 1% de “falha” do DIU que você usou e dos anticoncepcionais que tomou quando o DIU teve de ser retirado. Fecundados em sua trompa, na faixa de “1% de possibilidade de gravidez”, desceram até seu útero, mas, lá, encontraram a inflamação constante causada pelo DIU e, mais tarde, com o anticoncepcional, a falta dos hormônios que possibilitam a nidação, a fixação do ovo no útero e morreram, como eu e minha irmã morreremos em breve.
Mami, você que é tão inteligente, tão estudada, tão emancipada, não soube ler nas bulas que a gravidez que, por acaso existisse, poderia ser transformada em aborto? Você, tão esclarecida, não entendeu que a expressão “interrupção da gravidez” é um eufemismo para “morte da criança”, para “aborto”? O que cegou você, mami? O que a confundiu? O que a iludiu? Que afã, que interesse, que plano, que necessidade foi mais importante que a vida desses meus irmãos? Quem a convenceu – mesmo com a evidência da bula do fabricante! – de que o DIU de cobre não é abortivo? Quem a iludiu dizendo que não há a mínima possibilidade de haver uma gravidez e conseqüente aborto quando se toma anticoncepcionais? Quem convenceu seu coração bondoso de que existe algo, além de Deus, mais importante que a vida? Depois do DIU, dos anticoncepcionais, nada de engravidar! Veio então a sugestão do próprio médico: a inseminação artificial que tem também uma coleção de eufemismos, entre eles “gravidez induzida”.
Sei disso tudo porque estava lá, dentro de você. Era parte de você, como óvulo, desde o seu nascimento, pronto para ser maturado, fecundado, ansioso por viver. Vi cada menstruação sua, em sua adolescência e juventude, sofri todas as intromissões dos hormônios artificiais depois que você se casou e decidiu tomá-los, tendo tentado o DIU. Estive lá até que aquela dose cavalar de hormônio, em preparação para a gravidez inseminada, me forçou a amadurecer e fui retirado, junto com os outros meus irmãos e mergulhado em um vidro contendo o esperma do papi. O esperma era estranhamente indiferente. Os espermatozóides, mais que me fecundar, me agrediam, como animais que cumprem com raiva um dever indesejado. Fui fecundado, como meus outros irmãos, mas não fui escolhido. Sou normal, como os outros. Foi puro acaso. Sobrei!
Você e o papi ainda fazem de conta que não existo. O médico nunca falou de mim e dos outros que sobraram. Ele finge que não existimos e vocês fingem que não sabem que existimos. É “ciência” esta desinformação estranha. Ajuda a entorpecer a consciência de quem pensa que só existe aquilo que se vê, que se toca, que se menciona. Na verdade, mami querida, o que existe é aquilo que se ama.
De minha parte, não consigo fazer de conta que você e o papi não existem. Foi de vocês que nasci. São minha referência de vida, minha origem biológica. Sei bem que minha vida vem de Deus, que me deu a alma, compungido e humilhado pela situação da inseminação que o fere, mas fiel à vida, com a qual se compromete sempre, apesar do pecado. Sei que é Deus a origem de minha vida, mas Deus quis precisar de vocês e vocês, queiram ou não, saibam ou não, mencionem ou não, são vida de minha vida.
Ontem, ouvi o pessoal que trabalha aqui dizer que os meus irmãos que estão nos outros vidros serão congelados para experiências científicas com células tronco. Ficarão esperando que o governo sancione a lei que permitirá a retirada dessas células de embriões humanos. Quando lhes retirarem as células tronco, é claro, morrerão. Pego-me a imaginar como se sentirão, congelados, estáticos, vivendo mas sem viver, sem mais poderem multiplicar suas células, esperando, indefinidamente, a morte, com sua alma vivendo neles sem que eles saibam ou percebam, porque alma, mami, não se congela!
Impossível, também, não imaginar minha própria morte. Minha irmã, creio, morrerá nos próximos minutos. Sinceramente, espero que isso aconteça enquanto estou ainda perto dela. Deve ser muito triste morrer sozinho…
Acaba de entrar o chefe deste setor. Ouvi-o ordenar que me “descartem”. Minha irmã, sua filha, mami, graças a Deus, acaba de morrer bem ao meu lado. Estou, agora, sozinho. Não sei, ainda, se me jogarão fora com o vidro ou não. Às vezes, desejo que o façam, para que eu possa viver um pouquinho mais, mergulhado nos nutrientes. Mas logo vejo que um vidro desses de laboratório é muito caro para jogarem fora, assim, sem mais nem menos. É difícil de admitir, mas ele tem mais valor que minha vida!
Fico desejando que, quem sabe, me joguem em um saco plástico com algum nutriente. Assim, além de sobreviver mais, não terei que conviver com os dejetos do esgoto e da fossa ou com o restante do lixo. No entanto, desisto do desejo, com medo de enganchar em alguma curva e ficar sendo bombardeado pelos dejetos que passam, ou ficar boiando em cima de… bem, você sabe bem de quê.
Devo despedir-me, agora. O chefe acaba de mandar um funcionário fazer algo com o vidro que me contém e não vejo nenhum saco plástico por perto. Preciso agradecer a você e ao papi pela breve vida que me deram. Obrigado pelo dom da vida! Quero que diga aos meus irmãos que “vingarem” que os amo e que foram muito bons os anos em que convivemos em seu ovário. Preciso dizer a você e ao papi que os perdôo e que, junto a Deus, estarei rezando por vocês. Está na hora de dizer “adeus” e, diferentemente do que planejei no início, não vou perguntar “por quê”. Não quero que você se sinta mal ou acusada. Poderia fazer mal aos meus irmãos que estão dentro de você. Digo apenas “adeus” e “te amo”. No céu, a gente se encontra e eu darei em você os beijos que, aqui, não pude dar. Até lá, se Deus quiser.
Maria Emmir O. Nogueira
Co-Fundadora e formadora geral da Comunidade Shalom

Fonte: http://www.comshalom.org/

01/12 – Santo Elígio

Os ourives, os faqueiros, os ferradores, os ferreiros, os seleiros, os comerciantes de cavalos, os carreteiros, os cocheiros, os garageiros, os mecânicos e os metalúrgicos honram Santo Elígio como seu celeste patrono. Conta-se que durante a sua vida terrena Elígio, nascido em Chaptelat no Limosine pelo ano de 588, de nobre família galo-romana, exerceu essas várias profissões, além de tudo naturalmente, a de bispo. Como ourives e ferreiro a lenda procura mostrá-lo como tendo dado provas de rara honestidade. Clotário II ter-lhe-ia encomendado um trono todo de ouro (às vezes a ambição olha mais as aparências que a funcionalidade) e Elígio, que em Lião tinha trabalhado como aprendiz junto com o superintendente de confecções de moedas reais, empenhou-se tanto e com tamanha honestidade que com o precioso metal oferecido pela tesouraria real em vez de um trono fez dois.
Isso valeu-lhe a promoção a diretor da Casa da Moeda em Marselha: testemunham-no algumas peças portadoras de sua assinatura. Não era um diretor no sentido moderno da palavra, daqueles que dirigem os trabalhos da grande mesa de nogueira, com secretária e telefone: Elígio continuava a trabalhar na sua forja, manejando martelo e tenazes. Desse modo o representam muitos pintores. Uma lenda conta que o castíssimo ferrador teria resolvido a seu modo uma tentação diabólica, prendendo com as tenazes o nariz de uma linda moça que o seduzia, sob cujas aparências vira a presença do demônio.
No período em que foi diretor da Casa da Moeda, Elígio continuou a trabalhar com muito zelo em obras importantes como o túmulo de São Martinho de Tours, o mausoléu de São Dionísio de Paris, o cálice de Cheles, embora os historiadores não estejam de acordo na atribuição a ele da paternidade desses trabalhos. O que vai sem dúvida atribuído a seus méritos são as numerosas obras de caridade feitas neste período, resgatando muitos prisioneiros, aos quais restituía a liberdade, e a construção de uma abadia, em 632, em Solignac, que confiou a direção de São Remaclo. Em 633, construiu um mosteiro feminino em Paris.
Em 639, morto o rei, demitiu-se de todos os cargos, para entrar na vida eclesiástica. Dois anos após era consagrado bispo e teve o governo da diocese de Noyon-Tournai, que dirigiu por uns vinte anos, dedicando-se a muitas atividades apostólicas: fundações de mosteiros e viagens missionárias a Flandres e entre os frisões. A morte o colheu durante uma dessas viagens de pregação, na Holanda, em 1 de dezembro de 660.

Cléofas 

Papa: vencer as resistências à graça de Deus

01/12/2016 



Quinta-feira, 1 de dezembro, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que todos temos no coração resistências à graça de Deus: é preciso encontrá-las e pedir ajuda ao Senhor, reconhecendo-se pecadores.
Tomando como estímulo a frase da liturgia do dia: “que a tua graça vença as resistências do pecado”, o Santo Padre concentrou-se nas resistências que existem na vida cristã e distinguiu-as dizendo que existem as abertas que são saudáveis, pois estão abertas à graça de Deus, e outra, mais perigosas, que são aquelas escondidas – disse Francisco:
“Mas essas resistências escondidas, que todos temos, como são? Sempre vêm para deter um processo de conversão. Sempre! É deter, não é lutar contra. Não, não! É ficar parado; sorrir, talvez: mas você não passa. Resistir passivamente, de maneira escondida. Quando há um processo de mudança numa instituição, numa família, eu ouço dizer: ‘Há resistências ali’… Mas graças a Deus! Se não existissem, a coisa não seria de Deus. Quando há essas resistências é o diabo que as semeia ali, para que o Senhor não prossiga”.
Estas resistências escondidas – nas palavras do Papa – podem ser de três tipos: aquelas das palavras vazias, que vivem na camuflagem espiritual: dizem sim diplomaticamente mas não mudam nada; depois há as resistências das palavras justificativas, ou seja, quando uma pessoa se justifica continuamente e tem sempre “uma razão para se opor”; finalmente, existem as palavras acusadoras que se verificam quando se resiste à graça de Deus acusando os outros para “não olhar para si mesmos”.
Segundo o Santo Padre, quando existem resistências não é preciso ter medo, mas pedir ajuda ao Senhor, reconhecendo-se pecador:
“Digo-lhes para não ter medo quando cada um de vocês, cada um de nós, vê que em seu coração existem resistências. Digam claramente ao Senhor: ‘Olha, Senhor, eu procuro cobrir isso, fazer aquilo para não deixar entrar a sua palavra. Senhor, com grande força, socorre-me. A sua graça vença as resistências do pecado’. As resistências são sempre um fruto do pecado original que nós levamos. É feio ter resistências? Não é bonito! O feio é tomá-las como defesa da graça do Senhor. Ter resistência é normal. É dizer: Sou pecador, ajuda-me Senhor! Preparemo-nos com esta reflexão para o próximo Natal.”
No final da missa, o Papa recordou que neste dia 1 de dezembro celebram-se os 100 anos do assassinato do Beato Charles de Foucauld, ocorrido na Argélia em 1916. Era “um homem que venceu tantas resistências e deu um testemunho que fez bem à Igreja. Peçamos que nos abençoe do céu e nos ajude a caminhar nos caminhos de pobreza, contemplação e serviço aos pobres” – afirmou o Papa.
(RS/BF/MJ)

Rádio Vaticano 

Símbolos do Natal

Conheça aqui o significado de alguns símbolos do Natal: presépio, vela, presentes, pinheiro de natal, estrela (…).
PRESÉPIO: A palavra vem do hebraico e significa manjedoura, estábulo. Desde o final do século II, já havia representações do presépio. Inicialmente foram pintados nas catacumbas de Roma.
BOI e JUMENTO: Esta representação que nos chega dos escritos apócrifos (obra cuja autenticidade não foi provada), é uma linda lenda dos primeiros tempos do cristianismo. Nenhum dos textos do Evangelho fala da presença destes animais. Seria uma reminiscência do texto do profeta Habacuc, que diz que “o Messias se manisfestará entre os animais”. Belo texto do século VI, conhecido como o Evangelho do pseudo-Mateus, faz a descrição da cena com o boi e o jumento. Este Evangelho apócrifo teve grande impacto no imaginário popular. Estes animais representam o calor da criação que quer ver vivo tudo o que nasce e deve viver.
ANJOS CANTORES: Os anjos cantores anunciam uma boa notícia: “Glória no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade”. Anjos, ou seja, mensageiros, surgem nos céus para confirmar o nascimento do Filho de Deus. Os anjos na tradição cristã natalina são representados com traços infantis, como sinal de inocência e de pureza.
ESTRELA: A estrela tem 4 pontas e 1 cauda luminosa. As 4 pontas representam as 4 direções da terra: Norte, Sul, Leste e Oeste, de onde vêm os homens para adorar a grande luz que é o Filho de Deus, além de lembrar que Ele veio para todos.
OS TRÊS REIS MAGOS: O Evangelho de Mateus é o único a relatar a vinda dos sábios do Oriente. No século V, Orígenes e São Leão Magno propõem chamá-los de reis-magos. No século VII eles ganham nomes populares: Baltazar (deformação de Baal-Shur-Usur-Baal, que protege a vida do rei), Belquior e Gaspar. Eles trazem ouro, incenso e mirra para o menino Rei, Deus e Salvador. No século XV, lhes são atribuídas etnias: Belquior (ou Melchior) passa a ser da raça branca; Gaspar, amarelo e Baltazar, negro, para simbolizar o conjunto da humanidade que vê e conhece o Salvador.
PINHEIRO DE NATAL: Tradição nascida em tempos medievais, de fundo cristão, que reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida. Peças religiosas eram representadas com grande sucesso popular nas igrejas, fazendo sempre alusão ao Paraíso, representado plasticamente por uma árvore carregada de frutos. Esta árvore do Paraíso ficou como um dos sinais das festas de Natal celebradas a partir do século XI. A atual árvore de Natal aparece na Alsácia no século XVI e no século seguinte se espalha o hábito de iluminá-la com velas. Em 1912, Boston, nos Estados Unidos, inaugura uma árvore iluminada numa das praças centrais da cidade, e isto se espalha por todo o planeta, inclusive em países não-cristãos. O pinheiro natalino mostra que mesmo no inverno mais rigoroso, o verde de seus ramos resiste e as maçãs continuam saborosas e comestíveis mesmo depois da chegada da nova e rude estação com a neve e geadas permanentes. As maçãs, hoje bolas vermelhas, presas aos galhos da árvore são sinal de vida diferenciada. Muitos colocam sob a árvore frutas secas e cristalizadas para mostrar o outro lado da vida. Somente nste século XX começamos a usar o pinheiro como árvore-símbolo dos vegetais que jamais perdem as suas folhas diante da dureza do inverno do hemisfério norte.

VELAS: Acender velas nos remete à festa judaica de Chanuká, que celebra a retomada da cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos. Na chama da vela estão presentes todas as forças da natureza. Vela acesa é símbolo de individuação e de nossos anos vividos. Tantas velas, tantos anos. E um sopro pode apagá-las para que de novo possamos reacendê-las no ano vindouro. Para os cristãos, as velas simbolizam a fé e o amor consumido em favor da causa do Reino de Deus. Velas são como vidas entregues para viver.
SINOS NATALINOS: As renas carregam sinos de anúncio e de convocação. Os sinos simbolizam o respeito ao chamado divino e evoca, quando preso em torres, tudo o que está suspenso entre o céu e a terra e, portanto, são o ponto de comunicação entre ambos.
NEVE: O toque mágico do Natal vêm com a brancura e o frio da neve no hemisfério norte que exigem das pessoas que se guardem das ruas e convivam mais dentro das casas.
CARTÕES, PRESENTES e CEIA DE NATAL: A ceia nos lembra o ato de Amor de Jesus. Lembra também nossa origem judaica enquanto religião que celebra a fé em torno de uma mesa de família.
PAPAI NOEL: São Nicolau, chamado Santa Klaus, bispo de Myra, na Lícia antiga, sudoeste da Ásia Menor, da atual Turquia. Durante o século IV, este homem de fé marcante foi transformado legendariamente neste Papai universal e proveniente que oferece às crianças presentes, brinquedos e carinhos da terceira idade. O atual Papai Noel, de roupa vermelha e saco às costas, nasce nos Estados Unidos na metade do século XIX, como um São Nicolau transmudado em gnomo ou duende e, logo em seguida foi transformado em um simpático velhinho. Ele é introduzido na Europa depois da Primeira Guerra Mundial e se impõe pouco a pouco pela pressão comercial e daqueles que querem festejar o Natal sem referências religiosas.

Via: Cléofas 



30 de nov. de 2016

O perigo da caridade sem a verdade

Há hoje uma forte tentação de se colocar a caridade sem viver a verdade; e isso a desvirtua. Deus é amor, mas também é justiça.
A verdade é a caridade são duas virtudes fundamentais para a nossa salvação. Uma não pode ser vivida sem a outra, desprezando a outra, pois uma perde o seu valor se não observar a outra. Sem verdade não há verdadeira caridade e não pode haver salvação.
São Paulo disse que “a caridade é o vínculo da perfeição” (Col 3, 14); “A ciência incha mas a caridade edifica” (1Cor 8,1); “A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei” (Rom 13, 10); “Tudo o que fazeis, fazei-o na caridade” (1 Cor 16, 14); “Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef 4, 15)
Jesus disse: “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6). O Antigo Testamento atesta: Deus é fonte de toda verdade (Pr 8,7; 2Rs 7,28). Sua Palavra é a verdade. Deus é “veraz” (Rm 3,4). Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou plenamente. “Cheio de graça e verdade” (Jo 1,14).
São Paulo disse a S. Timóteo que “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. O nosso Catecismo afirma com todas as letras:
“A salvação está na verdade.” (Catecismo n. 851)
“A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15). Sem a Igreja o edifício da verdade não fica de pé.
São Paulo recomenda a São Tito: “… firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem.” (Tito 1,9). “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina.” (Tito 2,1). “… e mostra-te em tudo modelo de bom comportamento: pela integridade na doutrina, gravidade” (Tito 2,7).
Os discípulos viviam segundo esta verdade de Deus. “Perseveravam eles na doutrina dos Apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações”. (At 2, 42)
Jesus mostrou toda a força da verdade. “Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus.” (Jo 3, 21)
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,23).
Jesus mostrou aos discípulos na última Ceia, que o Espírito Santo é a fonte da Verdade; e é Ele que conduzirá a Igreja `a “plenitude da verdade” em relação à doutrina. “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13).

A verdade de Jesus santifica: “Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade” (Jo 17,17). “Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade” (Jo 17,19). Por tudo isso, Jesus veio ao mundo para dar testemunho da verdade: “Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18,37).
Muitos querem apenas o “Deus que é Amor”, mas se esquecem do Deus que é também a Verdade. Esta é uma “porta estreita” que muitos não querem entrar, mas é a “porta da vida” (Mt 7,13). A Igreja é muitas vezes criticada exatamente porque não abre mão da verdade. Não aceita fazer a caridade sem observar a verdade. Paulo VI disse que o mal do mundo é “propor soluções fáceis para problemas difíceis”. São soluções que não resistem a uma análise ética e moral porque não respeitam a verdade revelada.
Santo Agostinho recomendava com sua sabedoria e santidade: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade”. Muitos querem ser bonzinhos e sacrificam a verdade em nome da caridade; é o relativismo moral, que passa por cima do que a Igreja ensina no Catecismo.
A caridade sem observar a verdade é ser maquiavélico; isto é, aceitar que “os fins justificam os meios’. São Tomás disse que a base da moral é esta: “Não é lícito fazer o bem por meios maus”. Bento XVI disse na sua encíclica “Caritas in veritate” que: “a caridade sem a verdade é sentimentalismo”.
Não posso, por exemplo, querer fazer caridade com dinheiro roubado, ou tirado do narcotráfico. Não posso ajudar os pobres usando da corrupção. Não posso, “por caridade” dizer a um casal de segunda união que podem comungar, ou dizer a uma dupla de homossexuais que o amor deles justifica a sua vida sexual. Não se pode dizer aos jovens que namoram que o amor deles justifica o sexo antes do casamento. Não se pode recomendar o uso da “camisinha” para evitar a AIDS, porque é um meio é mau, imoral, que estimula o sexo fora do casamento. Não se pode promover a justiça através da luta de classes, e do desrespeito às leis. Não se pode invadir terras e casas dos outros para promover a justiça. Os fins não justificam os meios. E isto acontece quando a caridade é vivida sem observar a verdade. E assim por diante, vemos hoje muitos sacrifícios da verdade de Deus em nome de uma “falsa caridade”.
A verdade norteia o bom uso da caridade, para que ela não se desvirtue. Não se pode “fazer o bem através de um fim mal”. Sem a verdade a caridade é falsa, e não pode haver salvação.


Cléofas 

30/11 – Santo André

Santo André era irmão de Simão Pedro e como ele pescador em Cafarnaum, para onde tinham migrado ambos da cidade natal de Betsaida. Jesus Cristo, – é demonstrado pelas profissões exercidas pelos doze Apóstolos – deu preferência aos pescadores, embora no meio do colégio apostólico os agricultores estivessem representados por Tiago Menor e seu irmão Judas Tadeu, e os comerciantes e homens de negócio estão honrados pela presença de Mateus. Dos doze, o primeiro a ser tirado das tranquilas e fecundas águas do lago de Tiberíades para receber o título de pescador de homens, foi justamente André, seguido logo de João.
Os dois primeiros chamados haviam já respondido ao apelo do Batista, cujo grito os havia arrancado da pacífica vida do dia a dia para prepará-los para a iminente chegada do Messias. Quando o austero profeta lhes indicou Jesus, André e João se aproximaram dele e com emocionante simplicidade limitaram-se a perguntar-lhe: “Onde moras?”, sinal evidente de que em seu coração já haviam feito a escolha.
André foi também o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre: “André encontrou primeiro seu irmão Simão e lhe disse: “Achamos o Messias”. E o conduziu a Jesus.” Por isso André ocupa um lugar eminente no elenco dos Apóstolos: os evangelistas Mateus e Lucas colocam-no no segundo lugar, logo depois de Pedro.
O Evangelho menciona o apóstolo André outras três vezes: na multiplicação dos pães, quando apresenta o menino com alguns pães de cevada e poucos peixinhos; quando se faz intermediário do desejo dos forasteiros vindos a Jerusalém para serem apresentados a Cristo, e quando com a sua pergunta provoca a predição por Jesus da destruição de Jerusalém.
Após a Ascensão, a Escritura cala por completo o seu nome. Os numerosos escritos apócrifos que procuram preencher de qualquer modo esse silêncio são muito cheios de fábulas para merecer crédito. A única notícia provável é que André tenha anunciado a Boa Nova em uma região de bárbaros, a selvagem Sícia, na Rússia meridional, como refere o historiador Eusébio. Também a respeito do seu martírio não há informações certas. A morte na cruz (uma cruz de braços iguais) é referida por uma Paixão apócrifa.
Igual incerteza têm as suas relíquias, transportadas de Patrasso, provável lugar do seu martírio, para Constantinopla, depois para Amalfi. A cabeça, trazida a Roma em 1462, foi restituída à Grécia por Paulo VI. Antiga é a data da sua festa, lembrada a 30 de novembro já por São Gregório Nazianzeno.

Cléofas 

Papa expressou o seu pesar pela tragédia da Chapecoense

30/11/2016



Nas saudações, na audiência geral desta quarta-feira dia 30 de novembro, o Papa Francisco dirigiu-se também aos peregrinos de língua portuguesa presentes na audiência convidando-os a irem ao encontro de Jesus neste Advento. Disse que Jesus espera por nós “em todos os necessitados, aos quais podemos levar ajuda com as obras de misericórdia”.
Destaque especial para as palavras do Papa declarando o seu pesar pelas vítimas do acidente de aviação que vitimou a equipa de futebol brasileira Chapecoense:
“Eu também gostaria de recordar hoje a dor do povo brasileiro pela tragédia da equipa de futebol e rezar pelos jogadores mortos, pelas suas famílias. Na Itália, sabemos bem o que isso significa, pois lembramos Superga, em 1949. São tragédias duras. Rezemos por eles.”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)

Rádio Vaticano 

Audiência geral: enterrar os mortos e rezar por vivos e defuntos

30/11/2016


Quarta-feira, 30 de novembro, audiência geral com o Papa Francisco na Sala Paulo VI. O Santo Padre concluiu o ciclo de catequeses dedicado à misericórdia analisando duas obras de misericórdia: uma espiritual, rezar a Deus por vivos e defuntos, e outra corporal, enterrar os mortos.
À primeira vista, enterrar os mortos pode parecer uma obra de misericórdia estranha – observou o Santo Padre – mas pensemos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo da guerra, onde enterrar os mortos torna-se, tristemente, uma obra muito atual. Às vezes, exige uma grande coragem, como no caso de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte na Cruz – recordou o Papa.
Para os cristãos, a sepultura é um ato de piedade, mas também de fé e esperança na ressurreição dos mortos – disse Francisco – por isso, somos chamados também a rezar pelos defuntos, primeiramente, porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus.
Na conclusão da sua catequese o Papa Francisco sublinhou ainda que não nos podemos esquecer de rezar pelos vivos que são os nossos companheiros nas provas da vida. Trata-se de uma manifestação de fé na ‘Comunhão dos Santos’, que nos ensina que os batizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a ação do Espírito Santo, podem interceder uns pelo outros.
A este propósito, o Santo Padre contou um episódio ocorrido no dia anterior de um jovem empresário que participou na Missa em Santa Marta e que após a celebração disse em lágrimas que deveria fechar a sua fábrica devido à crise mas 50 famílias ficariam sem trabalho. “Eis um bom cristão” – disse o Papa, pois ele poderia declarar falência e ficar com o dinheiro, mas a sua consciência não o permitia e foi à missa para pedir a Deus uma solução, não para ele, mas para as 50 famílias. “Este é um homem que sabe rezar, pelo próximo numa situação difícil. E não busca a solução mais fácil. Fez-me tão bem ouvi-lo e espero que existam tantas pessoas assim hoje, pois muitos sofrem com a falta de trabalho” – disse Francisco.
Nas saudações o Papa dirigiu-se também aos peregrinos de língua portuguesa presentes na audiência convidando-os a irem ao encontro de Jesus neste Advento. Disse que Jesus espera por nós “em todos os necessitados, aos quais podemos levar ajuda com as obras de misericórdia”.
Destaque especial para as palavras do Papa declarando o seu pesar pelas vítimas do acidente de aviação que vitimou a equipa de futebol brasileira Chapecoense:
“Eu também gostaria de recordar hoje a dor do povo brasileiro pela tragédia da equipa de futebol e rezar pelos jogadores mortos, pelas suas famílias. Na Itália, sabemos bem o que isso significa, pois lembramos Superga, em 1949. São tragédias duras. Rezemos por eles.”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)

Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...