19 de nov. de 2016

19/11 São Roque González e companheiros mártires - Jesuítas

Celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo
Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito ajudaram-no a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.
O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.
São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas – bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta – tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.
Certa vez numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos
colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.
Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.
São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!

Canção Nova 

18 de nov. de 2016

18/11 – Consagração das basílicas dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

A memória da dedicação das basílicas dos santos apóstolos Pedro e Paulo é uma nova oportunidade, a quarta do ano, para se refletir sobre a figura e a obra dos Príncipes dos Apóstolos e também sobre o culto excepcional a eles tributado através dos séculos. São Pedro e São Paulo, induzidos pelas circunstâncias, tentaram fazer um pequeno balanço de tudo o que o Senhor havia operado por meio deles. Escrevendo “aos que haviam recebido o mesmo destino com a mesma fé preciosa pela misericórdia de Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” entre outras coisas Pedro declara: “Eu acho certo enquanto estiver nesta tenda do corpo, mantê-los atentos com minhas exortações, sabendo que logo deverei deixar esta tenda, como o Senhor me deu a entender, o Nosso Senhor Jesus Cristo. Procurarei que também após a minha partida vocês se lembrem destas coisas. Com efeito, não foi seguindo fábulas sutis, mas por termos sido testemunhas oculares da sua majestade, que lhes demos a conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo… Esta voz, nós a ouvimos quando lhe foi dirigida do céu, ao estarmos com ele no monte santo” (2Pd 1,13-18).
Por sua vez São Paulo confiava a “seu verdadeiro filho na fé”, São Timóteo: “Sou agradecido para com aquele que me deu força, Cristo Jesus, Nosso Senhor, que me julgou fiel, tomando-me para seu serviço… Superabundou, porém, para mim, a graça de nosso Senhor, com a fé e com o amor que há em Cristo Jesus… Se por esta razão me foi feita misericórdia, foi para que em mim, por primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a sua longanimidade, como exemplo para quantos nele hão de crer, para a vida eterna” (1Tm 1,12-16).
Na qualidade de salvos, o ministério entre o povo de Deus e o supremo testemunho com o derramamento de sangue atraíram aos apóstolos Pedro e Paulo um culto de que são clara manifestação as basílicas cuja dedicação hoje comemoramos. As basílicas foram construídas respectivamente, pelos papas Silvestre (314-335) e Siríaco (384-399).


Fonte Cléofas 

Ano Santo da Misericórdia: recordar as audiências jubilares

18/11/2016 



O Jubileu da Misericórdia está a chegar ao fim: foi um Ano Santo cheio de acontecimentos e com audiências especiais do Papa Francisco com os peregrinos: as audiências jubilares. Recordamos aqui e agora alguns desses momentos vividos na Praça de S. Pedro.
Misericórdia e missão
Foi no sábado, dia 30 de janeiro que decorreu a primeira audiência jubilar neste Ano da Misericórdia. Na sua catequese o Santo Padre falou sobre misericórdia e missão e afirmou que todo o cristão deve ser um Cristóforo, ou seja, “um portador de Cristo” e, ao mesmo tempo, um “missionário da misericórdia de Deus”.
Amar é serviço concreto, humilde e em silêncio
A 12 de março nova audiência jubilar: Francisco falou sobre o lava-pés e afirmou que Jesus ao lavar os pés aos seus discípulos revelou o modo como Deus age connosco e, ao mesmo tempo, dá-nos o exemplo do seu “novo mandamento”, para nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou – afirmou o Papa.
Não só dar esmola mas encontrar o necessitado
A 9 de abril o Papa Francisco falou sobre misericórdia e esmola. O Santo Padre começou por recordar que a esmola deriva do termo grego que significa, precisamente, misericórdia. E, como a misericórdia chega até nós por “mil estradas, também de inúmeros modos a nossa esmola pode beneficiar o necessitado” – afirmou.
Na verdade – continuou o Papa – “não é a aparência que conta, mas a capacidade de parar e fixar, olhos nos olhos, a pessoa que pede ajuda”.
Misericórdia com atitudes de piedade
No sábado, dia 14 de maio, o Papa Francisco na audiência jubilar exortou os cristãos a cultivarem atitudes de piedade rejeitando a indiferença pelos outros.
“Também nós somos chamados a cultivar em nós atitudes de piedade diante de tantas situações da vida, repelindo de nós a indiferença que impede de reconhecer as exigências dos irmãos que nos circundam e livrando-nos da escravidão do bem-estar material.”
A misericórdia sem obras está morta em si mesma
A última audiência jubilar antes da pausa de verão teve lugar no dia 30 de Junho. Na sua catequese Francisco falou sobre as obras de misericórdia. Partindo do capítulo 25 do Evangelho de S. Mateus, Francisco disse que neste Ano Santo da Misericórdia devemos perguntar se para nós misericórdia é uma palavra abstrata ou um estilo de vida.
Segundo o Santo Padre as obras de misericórdia são acima de tudo o testemunho concreto de quem se sabe objeto do amor misericordioso de Deus. E Francisco foi claro e parafraseou o apóstolo S. Tiago: “a misericórdia sem obras está morta em si mesma”.
A Porta Santa da Misericórdia, na Basílica de S. Pedro, será encerrada no próximo domingo dia 20 de novembro na Solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo.
(RS)
radio vaticano 

S. Pedro: Porta Santa será encerrada no domingo dia 20

No próximo domingo dia 20 de novembro será encerrada a Porta Santa da Basílica de S. Pedro, fechadas que foram as portas das catedrais, santuários e igrejas do mundo no passado dia 13.
Será o encerramento oficial do Ano Santo da Misericórdia com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro numa Eucaristia que terá início pelas 10 horas de Roma.
Importante acontecimento do próximo fim-de-semana, será também o Consistório de sábado dia 19 de novembro, convocado pelo Santo Padre para a criação de novos cardeais. De registar mais um cardeal de língua portuguesa: o brasileiro D. Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília.
O Ano Santo da Misericórdia será encerrado pelo Papa Francisco no domingo dia 20 de novembro fechando a Porta Santa da Basílica de S. Pedro depois de por ali terem passado mais de 20 milhões de peregrinos. O Jubileu termina na Solenidade de Cristo Rei.
Entretanto, Mons. Dario Viganò, Prefeito da Secretaria para a Comunicação divulgou que será realizada uma cobertura especial do encerramento da Porta Santa na Basílica de S. Pedro de domingo dia 20 e também do Consistório de sábado 19 através do Centro Televisivo Vaticano e da Rádio Vaticano em colaboração com um grupo internacional de empresas de excelência em tecnologia: a Eutelsat, a Globecast e a Sony.
Será algo de “realmente inovador” – anunciou Mons. Viganò em conferência de imprensa nesta terça-feira tendo sublinhado que “vamos assistir às primeiras cerimónias papais da história transmitidas ao vivo em Ultra HD com a performance do HDR (High Dynamic Range), padrão tecnológico que consente o nível máximo de qualidade das imagens disponível atualmente” – afirmou.
Mons. Dario Viganò revelou ainda que este evento permitirá mais uma fase da integração e unificação das diferentes media do Vaticano, em particular a Rádio Vaticano e o Centro Televisivo Vaticano. Já não será um conjunto de media “mas iniciamos a produzir em maneira multimédia” – declarou Mons. Dario Viganò.
(RS)

Fonte : Rádio Vaticano 

Papa: Deus conceda aos sacerdotes a coragem da pobreza cristã

18/11/2016 


As pessoas não perdoam um sacerdote apegado ao dinheiro, que o Senhor nos dê a graça da pobreza cristã: foi o que disse o Papa durante a Missa na Casa Santa Marta nesta sexta-feira, (18/11). Concelebraram com Francisco os secretários dos Núncios apostólicos, presentes no Vaticano para o seu Jubileu.
No Evangelho do dia, Jesus expulsa os mercantes do Templo que transformaram a casa de Deus, um lugar de oração, num “covil de ladrões”. “O Senhor – explicou o Papa – nos faz entender onde está a semente do anticristo, a semente do inimigo, a semente que estraga o seu Reino”: o apego ao dinheiro. “O coração apegado ao dinheiro é um coração idolatra”. Jesus diz que não se pode servir dois senhores, dois patrões”, Deus e o dinheiro. O dinheiro – afirmou o Papa - é “o anti-Senhor”. Mas nós podemos escolher:
“O Senhor Deus, a casa do Senhor Deus, que é casa de oração, de encontro com o Senhor, com o Deus do amor. E o senhor-dinheiro, que entra na casa de Deus, sempre tenta entrar. E essas pessoas que trocavam moedas ou vendiam coisas, mas, alugavam aqueles lugares, eh?: aos sacerdotes … alugavam para os sacerdotes, depois entrava o dinheiro. Este é o senhor que pode arruinar a nossa vida e pode nos conduzir a acabar com a nossa vida, sem felicidade, sem a alegria de servir o verdadeiro Senhor, que é o único capaz de nos dar a verdadeira alegria”.
”É uma escolha pessoal” – afirmou o Papa, que perguntou: “Como é a atitude de vocês em relação ao dinheiro? São apegados ao dinheiro?”:
Percepção
"O Povo de Deus, que tem uma grande percepção de aceitar como em louvar e condenar - porque o Povo de Deus tem a capacidade de condenar -, perdoa as tantas fraquezas e pecados dos sacerdotes. Porém, não pode perdoar dois: o apego ao dinheiro, quando o vê interessado apegado ao dinheiro: isso ele não perdoa; e o maltrato aos fiéis: isto o Povo de Deus não suporta e não perdoa. Outras coisas, outras fraquezas, outros pecados não lhe estão bem, mas pobre homem é solitário... enfim, busca justificá-lo. Mas, a condenação não é tão forte e definitiva: o Povo de Deus é capaz de entender tudo isso. O estado de poder que o dinheiro tem pode levar um sacerdote a ser dono de uma empresa ou ser um príncipe e assim por diante...".
O Papa recordou os ídolos que Raquel, mulher de Jacó, mantinha escondidos:
"É triste ver um sacerdote que chega ao fim da sua vida, quando está em agonia ou em coma, e seus familiares estão ao seu lado como abutres, aguardando para ver o que lhes sobra. Procurem fazer um favor ao Senhor, como um verdadeiro exame de consciência: “Senhor, vós sois o meu Senhor”! Como Raquel, eliminemos os nossos deuses ocultos no coração, o ídolo do dinheiro”.
Assim, o Papa convidou todos a serem corajosos, a fazer escolhas. Façam escolhas justas! Que tenham o dinheiro suficiente, que faz um trabalhador honesto; fazer as devidas economias como um trabalhador honesto. Mas, é inadmissível a idolatria, os interesses pessoais. Que o Senhor dê a todos nós a graça da pobreza cristã".
"Que o Senhor - concluiu o Papa – nos dê a graça da verdadeira pobreza de um trabalhador, que labuta e ganha o necessário e nada mais”. (BS/BF)

Fonte: Rádio Vaticano 

Papa: o amor de Deus chora pela nossa infidelidade

17/11/2016



Quinta-feira, 17 de novembro: na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que o amor de Deus chora pela nossa infidelidade. O Santo Padre recordou Jesus que chora perante Jerusalém dizendo: “Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.
Jesus chora e recorda a história do “seu povo”: faz memória dos passos de profetas como Oseias e Jeremias, quando expressam o amor de Deus por Israel. De um lado, este amor sem medidas e, do outro, “a resposta egoísta, desconfiada, adúltera e idolátrica do povo” – afirmou o Papa:
“É isso que faz doer o coração de Jesus Cristo, esta história de infidelidade, esta história de não reconhecer os carinhos de Deus, o amor de Deus, de um amor apaixonado que nos busca, que se preocupa com a nossa felicidade. Jesus viu naquele momento o que o aguardava como Filho. E chorou…”
O Santo Padre recordou a liturgia que há alguns dias atrás propôs uma reflexão sobre os três momentos da visita de Deus: para nos corrigir, para entrar em relação connosco e “para se convidar à nossa casa”.
Quando Deus quer corrigir, convida a mudar de vida. Quando quer falar connosco, diz: “Eu bato à porta e chamo.”. E a Zaqueu, para receber o convite, diz para descer da árvore. Também a nós Deus quer visitar e para tal temos que fazer um exame de consciência – observou o Papa:
“Cada um de nós pode cair no mesmo pecado do povo de Israel, no mesmo pecado de Jerusalém: não reconhecer o tempo no qual fomos visitados. E todos os dias o Senhor visita-nos, todos os dias bate à nossa porta” – disse o Santo Padre.
No final da sua homilia Francisco recordou Santo Agostinho que afirmava ter medo de Jesus quando passa, pois “tenho medo de não reconhecê-Lo”.
O Papa pediu ao Senhor que nos dê a “graça de reconhecer o tempo em que fomos visitados, somos visitados e seremos visitados para abrir a porta a Jesus”.
(RS)

Fonte: Rádio Vaticano 

17 de nov. de 2016

17/11 – Santa Isabel da Hungria

Noiva aos quatro anos, casada aos catorze, mãe aos quinze e viúva aos vinte, Isabel, princesa da Hungria e duquesa da Turíngia, encerrou sua vida terrena aos vinte e quatro anos a 17 de novembro de 1231. Quatro anos depois o Papa Gregório IX a elevava às honras dos altares. Vistas assim, em rápida sucessão, as etapas da sua vida têm a cor de fábula, mas se olharmos para além do quatro oleográfico desta jovem santa, aí descobriremos autênticas maravilhas da graça e da virtude.
Seu pai, o rei André da Hungria, primo do imperador da Alemanha, a havia prometido para esposa de Luís, dos duques da Turínsia, de apenas 11 anos; nove anos depois foram celebradas as núpcias, e embora tivesse sido um casamento decidido pelos pais, foi um trimônio de amor e um feliz entrosamento entre a ascese cristã e a felicidade humana, entre o diadema real e a auréola da santidade. A não querer ir a Igreja adornada com os preciosos atavios da sua casta: “Como poderia – disse candidamente – usar uma coroa tão reciosa diante de um rei coroado de espinhos?” Somente o marido, ternamente enamorado por ela, quis mostrar-se digno de uma criatura tão linda de rosto e de alma e tomou por brasão na sua divisa três palavras que também exprimiram concretamente o programa de sua vida pública: “Piedade, Pureza e Justiça”.
Cresceram juntos na emulação recíproca, confortados e sustentados pela devoção; seu amor e a felicidade que dele derivara era um dom sacramental. Confidenciava a jovem duquesa a doméstica e amiga Isentrude: “Se eu amo de tal modo uma criatura mortal, como deveria amar ao Senhor imortal, dono da minha alma?”
Aos quinze anos Isabel teve o seu primeiro filho, aos 17 uma menina e aos vinte, outra menina, quando já fazia três semanas que tinha perdido o marido, morto durante a cruzada a qual havia aderido com entusiasmo juvenil. Nessa oportunidade Isabel tinha dado o seu contributo, privando-se tudo o que possuía para construir um hospital em Marburg, em honra de São Francisco, seu contemporâneo.
Ficando viúva, desencadearam-se contra ela os mais humores dos cunhados, que não suportavam sua generosidade para com os pobres. Separaram-na dos filhos e expulsaram-na do castelo de Wartemburg. Então, pôde viver o pleno ideal franciscano de pobreza, entrando na Ordem terceira, para dedicar-se em absoluta obediência as diretivas de um rigido e intransigente confessor e as atividades assistenciais.
Santa Isabel da Hungria, Rogai por nós!
Outros Santos do mesmo dia: Santo Gregório,  Taumaturgo, Santo Dionísio de Alexandria, Santos Alfeu e Zaqueu, Santos Aciclo e Vitória, Santo Aniano de Orléans, Santo Gregório de Tours, Santa Hilda, Santo Hugo de Lincoln, Beato Salomé, Beata Joana de Segna, Beata Isabel a Bondosa e Beato Josafá Kocylovsky.

Cléofas 

Quanto tempo Cristo permanece na Eucaristia em nosso corpo?

  A Igreja ensina que enquanto as espécies do Pão e do Vinho Consagrados existem em nosso corpo, Cristo aí está presente corporalmente. Após uns dez minutos, quando o trigo e o vinho se decompõem, então Cristo já não está mais fisicamente em nós. Continua em nós pelo Espírito Santo e sua Graça.


Fonte: Cléofas 

16 de nov. de 2016

Hoje se completa 1 mês da canonização do jovem mártir São José Luis Sánchez del Rio

Suas últimas palavras antes de ser fuzilado foram: “Nos vemos no Céu. Viva Cristo Rei! Viva sua mãe, a Virgem de Guadalupe!”. José tinha apenas 13 anos.
No dia 16 de outubro de 2016, o Papa Francisco canonizou o menino São José Luis Sánchez del Río, o padroeiro dos adolescentes mexicanos, que morreu mártir aos 13 anos, quando deu a vida por sua fé na guerra dos Cristeros; suas últimas palavras foram: “Viva Cristo Rey e la Virgen de Guadalupe!”. É uma história real que muitos cristãos ainda não a conhecem.
Em 1925, o Papa Pio XI escreveu uma Encíclica sobre o reinado de Jesus, chamada “Quas Primas” e instituiu a festa de Cristo Rei do Universo no último domingo do Ano Litúrgico. O Papa queria abrir os olhos dos cristãos para que escolhessem a Jesus e não aos ditadores que surgiram nesta época, e escolhessem o Evangelho e não a essas ideologias.
Então, o século XX foi o que mais mártires gerou em toda a história da Igreja. E nisto convém recordar que o testemunho impressionante dos mártires do México de 1926 a 1929.
Logo após a independência do México, em 1855, desencadeou-se a revolução liberal maçônica com toda a sua virulência anticristã, quando chegou ao poder Benito Juárez (1855-72). Pela Constituição liberal de 1859, estabelecia-se a nacionalização dos bens eclesiásticos, a supressão das ordens religiosas, a secularização de cemitérios, hospitais e centros beneficentes etc. Seu governo também deu apoio a uma Igreja mexicana, precária tentativa de criar, em torno de um pobre padre, uma Igreja cismática.
O governo decidiu acabar com a fé católica no país, pois achava que o cristianismo era uma invenção dos homens e que se o povo respeitasse e obedecesse os padres, isso diminuiria o poder do governo. O pior presidente foi Plutarco Elías Calles; ele criou leis para fechar todas as igrejas, prender e matar os padres, freiras e até quem trouxesse no peito uma cruz, era a “lei Calles”.
Os católicos perderam seus direitos de ir ao cinema, usar transporte público, os professores perderam os empregos. O Papa Pio XI tentou negociar com o governo, mas de pouco adiantou. Ser Padre era considerado crime e a pena era a morte.

Neste contexto, um garoto chamado José Sanchez del Rio, que era coroinha, viu os soldados comunistas entrarem a cavalo na sua igreja e enforcarem o velho sacerdote. O garoto procurou o movimento dos rebeldes católicos, os “Cristeros”. Eles estavam formando um exército para salvarem os padres, defenderem seu direito de participarem da Santa Missa e ter uma religião. A cristandade mexicana sustentou uma luta de três anos contra os Sem-Deus da época, que haviam imposto a liberdade para todos os cultos, exceto o culto católico, submetido ao controle restritivo do Estado, à venda dos bens da Igreja, à proibição dos votos religiosos, à supressão da Companhia de Jesus e, portanto, de seus colégios, ao juramento de todos os funcionários do Estado em favor destas medidas, à deportação e ao encarceramento dos bispos ou sacerdotes que protestassem. Pio IX condenou estas medidas, assim como Pio XI expressou sua admiração pelos Cristeros.
Em Guadalajara, no dia 3 de Agosto de 1926, cerca de 400 católicos armados encerraram-se na igreja de Nossa Senhora de Guadalupe. Eles gritavam: “Viva Cristo Rey e la Virgen de Guadalupe!”. Iniciou-se assim o movimento revolucionário por iniciativa do povo, em defesa de sua fé, que ficou conhecido como “Cristiada” [1926-1931]. José Sanches era um deles. Disse: “Quem é você se não se levanta e se põe de pé, para defender o que acredita?!”

Por ser o menor, José ia a frente dos revolucionários com um estandarte com a imagem da Virgem de Guadalupe. Muitos cristãos morreram em combate. José escreveu à sua mãe: “Nunca foi tão fácil ganhar o Céu.”
Numa dessas lutas, o general dos Cristeros perdeu o cavalo e ia ser capturado. José lhe disse: “Meu general, aqui está meu cavalo, salve-se o senhor, mesmo que me matem! Eu não faço falta, o senhor sim”. Foi dessa forma corajosa que José foi capturado.
Da prisão escreveu à mãe: “Minha querida mãe, fui feito prisioneiro em combate neste dia. Creio que nos momentos atuais vou morrer, mas não importa, nada importa, mãe. Resigna-te à vontade de Deus; eu morro muito feliz porque no fim de tudo isto, morro ao lado de Nosso Senhor. Não te aflijas pela minha morte, que é o que me mortifica. Antes, diz aos meus outros irmãos que sigam o exemplo do mais pequeno, e tu faça a vontade do nosso Deus. Tem coragem e manda-me a tua bênção juntamente com a de meu pai. Saúda a todos pela última vez e receba pela última vez o coração do teu filho que tanto te quer e tanto desejava ver-te antes de morrer”.
Chegaram a chicotear os pés de José e o obrigaram a caminhar por uma estrada de pedras para que renunciasse sua fé, mas o menino permaneceu firme. Enfim foi condenado a morte, suas últimas palavras antes de ser fuzilado foram: “Nos vemos no Céu. Viva Cristo Rei! Viva sua mãe, a Virgem de Guadalupe!”. José tinha só 13 anos quando morreu em 10 de fevereiro de 1928.
Quando o Papa Pio XI soube de José e o que os cristãos estavam sofrendo no México, escreveu: “Queridos irmãos, entre aqueles adolescentes e jovens existem alguns – e eu não consigo segurar as lágrimas ao recordá-los – que, levando nas mãos o rosário e aclamando Cristo Rei, sofrem espontaneamente a morte.”
José Sanchez del Rio foi beatificado em 2005 e o Papa Emérito, Bento XVI, esteve rezando junto as suas relíquias. É um extraordinário exemplo de fé e amor a Jesus Cristo, Rei do Universo. Que neste dia o eco de suas palavras nos faça pensar: Quem sou eu se não me levanto e não me ponho de pé, para defender o que acredito?!
São José Sanchez del Rio, mártir de Cristo Rei, rogai por nós!
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

16/11 – Santa Margarida da Escócia

Neste dia lembramos com carinho a vida de mais uma irmã nossa que para a Igreja militante brilha como exemplo e no Céu como intercessora de todos nós pecadores chamados à santidade. Santa Margarida nasceu na Hungria no ano de 1046, isto quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) aí vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.
Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no  eu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e  proximou os bens reais das necessidades dos pobres).
Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Jesus Cristo. Quando infelizmente seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida que tanto os amava não se desesperou, mas sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: “Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!”
Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na Igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!


Cléofas 

Papa: comunidade internacional garanta direitos das crianças

16/11/2016


No final da audiência geral desta quarta-feira dia 16 de novembro o Papa Francisco recordou que no próximo domingo, 20 de novembro, celebra-se o Dia Mundial dos direitos da infância e da adolescência e fez um apelo à consciência de todos, às instituições, às famílias e à comunidade internacional:
“Faço um apelo à consciência de todos, instituições e famílias, para que as crianças sejam sempre protegidas e o seu bem-estar, tutelado, para que jamais caiam em formas de escravidão, recrutamento em grupos armados e maus-tratos. Faço votos de que a comunidade internacional possa proteger as suas vidas, garantindo a cada menino e menina o direito à escola e à educação, para que o seu crescimento seja sereno e olhem com confiança para o futuro.”
Rádio Vaticano 

Papa: suportar com paciência as fraquezas do próximo

16/11/2016


Quarta-feira, 16 de novembro: na audiência geral na Praça de S. Pedro o Papa propôs uma catequese dedicada à obra de misericórdia espiritual que nos ensina a suportar com paciência as fraquezas do próximo.
“Somos todos muito bons em identificar a presença de alguém que nos pode importunar” – declarou o Papa dizendo que essas pessoas podem ser colegas de trabalho ou até parentes, e sublinhou o facto de que não examinamos com igual facilidade a nossa consciência, perguntando-nos se também nós não seremos inoportunos para os outros.
Trata-se do exame de consciência que o Santo Padre salientou e perguntou dizendo: “Mas nós fazemos um exame de consciência para ver se somos nós que importunamos?”
Efetivamente, Deus ensina-nos a ser pacientes e misericordiosos – recordou o Papa – como Ele mesmo o foi com o povo hebreu que se lamentava durante o Êxodo, ou como Jesus que, aos Apóstolos tentados pelo poder e pela inveja, procurava, com muita paciência, fazer-lhes ver aquilo que era o essencial na sua missão.
Neste sentido, são importantes também outras duas obras de misericórdia: ensinar os ignorantes e corrigir os que erram – disse Francisco. Num mundo marcado pela superficialidade, pela busca de satisfações imediatas e efémeras, é muito importante saber dar conselho, admoestar e ensinar – observou Francisco.
Contudo, isso é também um apelo à humildade, para que não caiamos no erro de apontar o cisco no olho do irmão, ignorando a trave que está no nosso – disse o Papa no final da sua catequese.
Nas saudações em língua portuguesa o Papa dirigiu-se aos pereginos brasileiros do Rio de Janeiro, Votuporanga e Patos de Minas e disse-lhes que “nesta última semana do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Jesus chama-nos a levar a alegria e a consolação do Evangelho a todos os homens, como suas autênticas testemunhas misericordiosas!”
No final da audiência geral Francisco recordou que no próximo domingo, 20 de novembro, celebra-se o Dia Mundial dos direitos da infância e da adolescência e fez um apelo à consciência de todos, às instituições, às famílias e à comunidade internacional:
“Faço um apelo à consciência de todos, instituições e famílias, para que as crianças sejam sempre protegidas e o seu bem-estar, tutelado, para que jamais caiam em formas de escravidão, recrutamento em grupos armados e maus-tratos. Faço votos de que a comunidade internacional possa proteger as suas vidas, garantindo a cada menino e menina o direito à escola e à educação, para que o seu crescimento seja sereno e olhem com confiança para o futuro.” 
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção!
(RS)

Rádio Vaticano 

Papa: não aos cristãos mornos, a sua tranquilidade engana

15/11/2016



O Papa Francisco celebrou na manhã de terça-feira (15/11) a missa na capela da Casa Santa Marta. Na homilia, o Pontífice se inspirou na Primeira Leitura, extraída do Apocalipse de João, em que o Senhor repreende os cristãos de Laodiceia quanto ao risco de torpor na Igreja. Francisco destacou a linguagem forte utilizada pelo Senhor para criticá-los por não serem nem frios nem quentes. E diz a eles: estou para vomitá-los da minha boca”.
Não à tranquilidade que engana
O Senhor, acrescentou o Papa, adverte para aquela tranquilidade “sem consistência” dos mornos. “Uma tranquilidade que engana”:
“Que pensa um morno? Diz o Senhor: pensa que é rico. ‘Sou rico e abastado e não careço de nada’. Aquela tranquilidade que engana. Quando na alma de uma Igreja, de uma família, de uma comunidade, de uma pessoa está tudo tranquilo, Deus não está ali”.
Aos mornos, Francisco diz para não cochilarem no torpor, na convicção de não carecerem de nada, de não fazer mal a ninguém.
O Senhor mostra que os mornos estão nus
O Senhor – prosseguiu o Papa – define os que se crêem ricos como "infelizes e miseráveis", mas o faz por amor, para que descubram outra riqueza, aquela que só Ele pode dar:
“Não aquela riqueza da alma que você acredita ter porque é bom, faz todas as coisas bem, tudo tranquilo: outra riqueza, a que vem de Deus, que traz sempre uma cruz, traz uma tempestade, provoca sempre uma inquietação na alma. E aconselho a comprar vestes brancas para vestir e não aparecer a sua nudez vergonhosa: os mornos não percebem que estão nus, como a fábula do rei nu que é uma criança a dizer-lhe: ‘Mas o rei está nu!’ … Os mornos estão nus”.
Os mornos, afirma o Papa, “perdem a capacidade de contemplação, a capacidade de ver as grandes e bonitas coisas de Deus”. Por isso, o Senhor tenta despertá-los, ajudá-los a se converterem. Mas, prosseguiu Francisco, o Senhor está também “em um outro modo: está para nos convidar: ‘Eis, estou à porta e bato’”. Aqui o Papa evidencia a importância do ser capaz de “sentir quando o Senhor bate à nossa porta”, “porque nos quer dar algo de bom, quer entrar em nós”.
Discernimento
Existem cristãos que “não percebem quando o Senhor bate à porta”, “qualquer barulho é a mesma coisa”. É preciso então “entender bem” quando o Senhor bate, quando quer nos trazer a sua consolação. O Senhor, acrescenta, está diante de nós também “para ser convidado”. É aquilo que acontece a Zaqueu, como narra o Evangelho do dia: “aquela curiosidade de Zaqueu, o pequeno, foi semeada pelo Espírito Santo”.
“A iniciativa vem do Espírito em direcção ao Senhor: o Senhor está. Levanta os olhos e diz: ‘Vem, me convida para ir à tua casa’. O senhor está... sempre está com amor: ou para nos corrigir, ou para nos convidar para jantar ou para ser convidado. Está para nos dizer: ‘Desperta’. Está para nos dizer: ‘Abre’. Está para dizer: ‘Desce’. Mas é sempre Ele. Eu sei distinguir no meu coração quando o Senhor me diz ‘desperta’? Quando me diz ‘abre’? E quando me diz ‘desce’? E que o Espírito Santo nos dê a graça de saber discernir estes chamados”. (bs/rb/bf)

Rádio Vaticano 

14 de nov. de 2016

15/11 – Santo Alberto Magno

Celebramos neste dia a santidade de um grande santo da nossa Igreja, o qual foi digno de ser intitulado de Magno (Grande). Nascido na Alemanha em 1206, numa família militar que desejava para Alberto a carreira militar ou administrativa.
Soldado do Senhor e administrador do Reino de Deus, devotíssimo da Virgem Maria, Santo Alberto optou pelos desejos do coração de Deus, por isso depois de estudar ciências naturais em Pádua e Paris entrou na família Dominicana em 1223, a fim de mergulhar nos estudos, santidade e apostolado. Como consequência da sua crescente adesão ao Reino, foram aumentando os trabalhos na “vinha do Senhor”, por isso na Ordem Religiosa foi superior provincial e mais tarde, nomeado pelo Papa, Bispo de Ratisbona, num tempo em que somente um santo e sábio poderia estabelecer a paz entre os povos e cidades, como de fato aconteceu.
Santo Alberto Magno era um apaixonado e vocacionado ao magistério (teve como discípulo São Tomás de Aquino); foi dispensado do Episcopado, para na humildade e pobreza continuar lecionando, pregando e pesquisando e dominando com tranquilidade os assuntos sobre mecânica, zoologia, botânica, metereologia, agricultura, física, tecelagem, navegação e outras áreas do conhecimento, os quais inseriu no seu caminho de santidade: “Minha intenção última, escrevia, está na ciência de Deus”. Suas obras escritas encheram 38 grossos volumes e com o testemunho impregnou toda a Igreja de santidade e exemplo de quem soube viver com equilíbrio e graça a fé que não contradiz a razão.
Entrou no Céu em 1280, proclamado Doutor da Igreja e Patrono dos cultores das ciências naturais.
Santo Alberto Magno, rogai por nós!

Cléofas 

13 de nov. de 2016

Angelus: permanecer firmes no Senhor e caminhar na esperança

13/11/2016


No Angelus deste domingo o Papa Francisco falando da Janela do Palácio Apostólico referiu-se ao Evangelho de S. Lucas que nos fala neste último domingo do Tempo Comum sobre o discurso de Jesus acerca do fim dos tempos. Destaque para a reflexão do Santo Padre que recordou as palavras de Jesus: «Tende cuidado, não vos deixeis enganar».
Não obstante as “dificuldades e os acontecimentos tristes que marcam a existência pessoal e coletiva” o importante é “permanecer firmes no Senhor e caminhar na esperança” – afirmou Francisco.
Neste dia em que as catedrais e santuários do mundo encerram as Portas da Misericórdia, o Papa declarou que o Ano Santo solicita-nos a termos o “olhar fixo no cumprimento do Reino de Deus” e a “construir o futuro sobre esta terra, trabalhando para evangelizar o presente”.
Após a oração do Angelus o Papa Francisco referiu-se ao crucifixo do século XIV que foi restaurado tendo sido restituído à Basílica Vaticana para a devoção dos fiéis.
Destaque para as saudações do Papa aos peregrinos do Rio de Janeiro (Brasil) e das cidades italianas de Salerno, Piacenza, Veroli e Acri.
Francisco a todos desejou um bom domingo e um bom almoço.
(RS)

Rádio Vaticano 

Papa: não olhar o excluído é “virar a face a Deus”

13/11/2016

Domingo, 13 de novembro: Jubileu das pessoas sem-abrigo e em situação de pobreza e precariedade. Na Basílica de S. Pedro, Francisco denunciou a esclerose espiritual que se concentra no produzir e não nas pessoas a amar.
“…nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação” – partindo destas palavras do profeta Malaquias o Papa no início da sua homilia colocou algumas questões: onde procuro a minha segurança? No Senhor ou noutras seguranças que desgostam a Deus? Para onde está direcionada a minha vida? Está dirigida ao Senhor da vida ou para coisas que passam e não saciam?
Questões semelhantes a estas aparecem na passagem  evangélica deste domingo” – referiu o Papa: “Jesus encontra-se em Jerusalém, para a última e mais importante página da sua vida terrena: a sua morte e ressurreição. As pessoas estavam a falar das belezas exteriores do templo, quando Jesus lhes disse «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído».
Perante estas afirmações de Jesus, as pessoas colocaram perguntas ao Mestre” – disse o Santo Padre: «Quando acontecerão estas coisas e qual será o sinal?». Somos sempre levados pela curiosidade – disse o Papa – uma curiosidade da qual não gosta Jesus, pois quem o segue “não dá ouvidos aos profetas da desventura, à vaidade dos horóscopos”, assim como, aos “pregadores apocalípticos”.
Segundo Francisco Jesus convida-nos a não termos medo perante as dificuldades e as mudanças de cada época, nem sequer perante “as provas mais graves e injustas que acontecem aos seus discípulos”. Jesus pede-nos de “perseverar no bem e de pôr plena confiança em Deus” porque há duas riquezas que não desaparecem nunca” e que têm verdadeiro “valor na vida”: “o Senhor e o próximo”. Em particular, o Papa falou das “pessoas concretas”, pessoas excluídas:
“A pessoa humana, colocada por Deus no cume do criado, é muitas vezes descartada, porque são preferidas as coisas que passam. E isto é inaceitável, porque o homem é o bem mais precioso aos olhos de Deus. E é grave que se habituem a este descarte”.
Neste Jubileu dos excluídos, das pessoas sem-abrigo e em situação de precariedade, Francisco denunciou que não olhar o excluído é “virar a face a Deus”. Uma “esclerose espiritual” – afirmou:
“ É um sintoma de esclerose espiritual quando o interesse se concentra nas coisas a produzir, e não nas pessoas a amar. Assim, nasce a trágica contradição dos nossos tempos: quanto mais aumentam o progresso e as possibilidades, o que é um bem, tanto mais são aqueles que não lhe podem aceder.”
O Papa recordou que neste domingo se encerram as Portas da Misericórdia nas Catedrais e nos Santuários de todo o mundo e pediu para não fecharmos “os olhos perante Deus que nos olha e perante o próximo que nos interpela”, o “irmão excluído” para quem deve ser direcionada a nossa atenção deixando para trás “interesses”, “privilégios” e “poder” – sublinhou Francisco no final da sua homilia.
(RS)

Rádio Vaticano 

Papa: última audiência Jubilar na Praça de S. Pedro

12/11/2016



Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste sábado (12/11), o Santo Padre encontrou, na Praça São Pedro, cerca de 30 mil fiéis e peregrinos, de diversas partes do mundo, para a última audiência Jubilar deste Ano Santo da Misericórdia, que se concluirá no próximo dia 20, festa de Cristo Rei.
Durante as audiências Jubilares, neste Ano Santo extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco encontrou cerca de 450 mil pessoas, provenientes da Itália e de outros países do mundo inteiro.
Na sua catequese desta última audiência Jubilar, o Papa reflectiu sobre um aspecto importante da misericórdia: a inclusão. E explicou: “Deus, de fato, no seu desígnio de amor, não quis excluir ninguém, pelo contrário, incluir todos. Por exemplo, através do Baptismo, nos tornou seus filhos, em Cristo, membros do seu Corpo que é a Igreja. Nós, cristãos, somos convidados a usar o mesmo critério”.
O critério da misericórdia, continuou Francisco, é aquele modo e estilo de agir, que nos permite incluir os outros na nossa vida, evitando de fechar-nos em nós mesmos e nas nossas seguranças egoístas. E citando o Evangelho de hoje, onde Jesus faz um convite realmente universal “Vinde a mim, vós todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, o Papa afirmou:
 “Ninguém está excluído deste apelo, porque a missão de Jesus é a de revelar a todas as pessoas o amor do Pai. Cabe a nós abrir o coração, confiar em Jesus e acolher esta mensagem de amor, que nos faz penetrar no mistério da salvação”.
Este aspecto da misericórdia, a “inclusão”, manifesta-se quando alargamos os braços para acolher os outros, sem excluí-los e sem julgá-los segundo a sua condição social, língua, raça, cultura, religião. Diante de nós, há somente uma pessoa para amar, como Deus a ama. E o Papa sublinhou ainda:
“Quantas pessoas cansadas e sobrecarregadas encontramos também em nossos dias: nas ruas, nos ambientes  públicos, nos ambulatórios médicos... O olhar de Jesus paira sobre cada um desses rostos, também mediante os nossos olhos. Mas, como está o nosso coração? É misericordioso? O nosso modo de pensar e agir é inclusivo?
A estas perguntas, Francisco respondeu dizendo que “o Evangelho nos convida a reconhecer na história da humanidade o desígnio de uma grande obra de inclusão; esta, respeitando plenamente a liberdade de cada pessoa, de cada comunidade e cada povo, exorta todos a formar uma família de irmãos e irmãs, na justiça, na solidariedade e na paz, e a fazer parte da Igreja, Corpo de Cristo. E recordando que Jesus nos convida a ir a Ele para encontrar descanso, o Santo Padre disse:
“Os seus braços alargados sobre a Cruz demonstram que ninguém está excluído do seu amor, da sua misericórdia, do seu perdão. Todos nós temos necessidade de ser perdoados por Deus. Por isso, não excluamos ninguém, Pelo contrário, com humildade e simplicidade sejamos instrumentos da ‘misericórdia inclusiva’ do Pai. A Santa Igreja prolonga, no mundo, o grande abraço de Cristo, morto e ressuscitado!
Francisco concluiu sua catequese nesta última Audiência Jubilar comparando a colunata da Praça São Pedro com um grande abraço, dizendo: “Deixemo-nos envolver neste movimento de inclusão dos outros, sendo testemunhas da misericórdia, com a qual Deus acolheu e acolhe cada um de nós”.
Após a sua catequese, o Papa passou a saudar os peregrinos, presentes na Praça São Pedro. Falando em italiano, cumprimentou e agradeceu, entre outros, todos aqueles que trabalharam para o bom andamento deste Ano Santo da Misericórdia, de modo especial os voluntários:
“Saúdo, com particular afecto, os voluntários do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, provenientes de diversas Nações, e vos agradeço pelo precioso serviço que prestaram aos peregrinos, para que pudessem viver bem esta experiência de fé. Admirei muito a vossa dedicação, paciência e entusiasmo”.
Por fim, após ter saudado também os fiéis do Movimento Shalom, dirigiu a seguinte saudação aos presentes de língua portuguesa:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, desejando-vos que possais experimentar nesta peregrinação jubilar a força do Evangelho da misericórdia que transforma, que faz entrar no coração de Deus, que nos torna capazes de perdoar e olhar o mundo com mais bondade. Que Deus vos abençoe a vós e às vossas famílias”.
Francisco concluiu a sua última Audiência Jubilar, concedendo a todos a sua Bênção Apostólica. (MT)

Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...