17 de set. de 2016

17/09 – São Roberto Belarmino

Nascido em Montepulciano de uma rica e numerosa família toscana, sobrinho de um papa (sua mãe era irmã de Marcelo II), Roberto Belarmino ingressou em 1560 na Companhia de Jesus, renunciando a toda esperança de carreira humana. E foi muito longe. Estudou teologia em Pádua e Lovaina e em 1576 tornou-se o primeiro titular da cátedra de apologética isto é, de defesa da ortodoxia católica na Universidade Gregoriana, que naquela época se chamava Colégio Romano. Naqueles anos teve como aluno são Luís Gonzaga. Feito cardeal e arcebispo de Cápua em 1599, provavelmente para afastá-lo de Roma no momento da controvérsia sobre a graça, com a morte de Clemente VIII pôde voltar a cidade de Pedro, onde exerceu uma grande influência como teólogo oficial da Igreja, com a sua doutrina e com o exemplo de sua caridade e simplicidade de vida, que o povo admirava. Escreveu muitas obras exegéticas, pastorais e ascéticas. Morreu em Roma a 17 de setembro de 1621 e o processo de beatificação, logo iniciado, protelou-se por nada menos que três séculos. Foi em 1930 que teve a tríplice glorificação: bem-aventurado, santo e doutor da Igreja. Levados instintivamente a admirar o polemista em suas hábeis argumentações da palavra e da escrita, mas não a amá-lo porque o representamos como um homem de inteligência superior descobrimos com espanto no douto jesuíta os lados humaníssimos. Nos três primeiros anos de vida religiosa sofreu horríveis dores de cabeça que não o impediram de estudar teologia e defender sua própria tese por três dias consecutivos, diante de um público literalmente fascinado. Os compromissos escolásticos nunca o distraíram da oração. Chamado novamente a Roma, entre os vários encargos teve também o de diretor espiritual, e como tal esteve ao lado de são Luís Gonzaga até os últimos instantes de vida. Se a sua vasta erudição e a vigorosa dialética colocadas a serviço da doutrina católica valeram-lhe o título de martelo dos hereges, uma obra simples na estrutura mas rica de sabedoria como o seu Catecismo mereceu-lhe o título de mestre de tantas gerações de meninos que, nesse livrinho em forma de diálogo, têm aprendido as verdades fundamentais da fé professadas no batismo. Após ter enchido uma estante inteira de obras teológicas, escreveu A arte de bem morrer, isto é, o modo de despedir-se da vida com serenidade e desapego.


Cléofas 

11 conselhos de Santa Teresa para uma vida de oração Dicas simples e eficazes para quem deseja crescer em intimidade com Deus

Dicas simples e eficazes para quem deseja crescer em intimidade com Deus.



1. Dirige a Deus cada um dos teus atos; oferece-os e pede-lhe que seja para Sua honra e glória.


2. Oferece-te a Deus cinquenta vezes por dia, e que seja com grande fervor e desejo de Deus.


3. Em todas as coisas, observa a providência de Deus e Sua sabedoria, em tudo, envia-Lhe o teu louvor.


4. Em tempos de tristeza e de inquietação, não abandone nem as obras de oração, nem a penitência a que está habituado. Antes, intensifica-as, e verá com que prontidão o Senhor te sustentará.


5. Nunca fale mal de quem quer que seja, nem jamais escute. A não ser que se trate de ti mesmo. E terá progredido muito, no dia em que se alegrar por isso.


6. Não diga nunca, de você mesmo, algo que mereça admiração, quer se trate do conhecimento, da virtude, do nascimento, a não ser para prestar serviço. Mas então, que isso seja feito com humildade, e considerando que esses dons vêm pelas mãos de Deus.

7. Não veja em você senão o servo de todos, e em todos contempla Cristo Nosso Senhor; assim O respeitará e O venerará.


8. A respeito de coisas que não lhe diz respeito, não se mostre curioso, nem de perto, nem de longe, nem com comentários, nem com perguntas.


9. Mostrai sua devoção interior só em caso de necessidade urgente. Lembra do que diziam São Francisco e São Bernardo: “Meu segredo pertence a mim”.

10. Cumpra todas as coisas como se Sua Majestade estivesse realmente visível; agindo assim, muito ganhará a sua alma.


11. Que seu desejo seja ver Deus. Seu temor, perdê-Lo. A dor, não comprazer na Sua presença, a satisfação, o que pode conduzi-lo a Ele. E viverá numa grande paz.
(Santa teresa D´Ávila)

Retirado do livro: “Orações de todos os tempos da Igreja”.Prof.Felipe Aquino (org). Ed. Cléofas.

Papa: pescados pelo amor de Deus para guiar o seu Povo

17/09/2016 



O Papa Francisco recebeu em audiência no final da manhã desta sexta-feira (16/09), cerca de 170 bispos nomeados durante o último ano.
Em um denso discurso, após saudar a Congregação para os Bispos e a Congregação para as Igrejas Orientais que organizaram o encontro, Francisco se disse feliz por estar diante daqueles que foram “pescados” pelo coração de Deus para guiar o seu Povo Santo.
“Sim  – disse o Papa –, Deus os precede no seu amoroso conhecimento. Ele os “pescou” com o anzol da sua surpreendente misericórdia. Suas redes foram misteriosamente apertando e vocês não puderam fazer mais nada a não ser deixarem-se capturar. Eu sei que ainda um calafrio atravessa vocês quando pensam no seu chamado que veio na voz da Igreja, Sua Esposa. Vocês não são os primeiros a sentirem essa emoção. Aconteceu também com Moisés, que acreditava estar sozinho no deserto e se descobriu, ao invés, encontrado e atraído por Deus que lhe confiou o seu Nome, não para ele, mas para o seu povo. Hoje continua a subir a Deus o grito de dor do seu povo, e saibam que desta vez é o nome de vocês que o Pai quis pronunciar.
Caminho de Deus
Também os Apóstolos, disse o Santo Padre sentiram esse calafrio quando, revelados “os pensamentos de seus corações”, com fadiga descobriram o acesso ao secreto caminho de Deus, que habita nos pequenos e se esconde de quem é autossuficiente. Não se envergonhem das vezes em que também vocês tocaram levemente este distanciamento dos pensamentos de Deus.
É muito bonito, continuou o Pontífice, deixar-se traspassar pelo conhecimento amoroso de Deus. É consolador saber que Ele verdadeiramente sabe quem somos e não se perturba com a nossa pequenez. Tantos hoje colocam máscaras e se escondem. Gostam de construir personagens e inventar perfis. Tornam-se escravos dos míseros recursos que recolhem e aos quais se agarram como se fosse suficiente para comprar o amor que não tem preço. Não suportam a emoção de saber serem conhecidos por Alguém que é maior e não despreza a nossa pequenez, é mais Santo e não culpa as nossas fraquezas, é realmente bom e não se escandaliza com as nossas feridas. Não seja assim para vocês: deixem que este calafrio percorra vocês, não o remova e não o silencie.
Reconciliação
O Papa convidou os novos bispos que no próximo domingo irão passar a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia a viver intensamente uma pessoal experiência de gratidão, de reconciliação, de entrega total, sem reservas, da própria vida ao Pastor dos Pastores.  “A maior riqueza que vocês podem levar de Roma no início de seu ministério episcopal – disse Francisco -, é a consciência da misericórdia com a qual vocês foram olhados e chamados”. Recordou ainda que eles são bispos da Igreja, partícipes de um único Episcopado, membros de um indivisível Colégio.
O Santo Padre disse ainda aos novos bispos que eles peçam a Deus, que é rico de misericórdia, o segredo para tornar pastoral a sua misericórdia nas suas dioceses. “Não tenham medo de propor a Misericórdia como síntese daquilo que Deus oferece ao mundo, porque nada maior pode o coração do homem aspirar”.
Misericórdia
Para que a Misericórdia, no ministério episcopal, seja tangível, são necessárias – segundo indicou o Papa – alguns requisitos.
O primeiro é que os bispos sejam capazes de encantar e atrair; mas sem seduzir o coração dos homens a eles mesmos, pois o mundo está cansado de ‘encantadores mentirosos’. As pessoas reconhecem os narcisistas, manipuladores, defensores de seus interesses.
A segunda recomendação de Francisco é que os bispos devem ser capazes de ‘iniciar aqueles que lhes foram confiados’ no abismo do amor.
“Sua única perspectiva seja ver seus fiéis em sua unicidade, fazendo de tudo para chegar até eles e não poupar nenhum esforço para recuperá-los. Pensem na emergência educativa, na transmissão de conteúdos e valores, no analfabetismo afetivo, nos caminhos vocacionais, no discernimento nas famílias, na busca da paz. Tudo isso requer iniciação e percursos guiados com perseverança, paciência e constância, que são os sinais que distinguem o bom pastor de um mercenário”.
Vocações
O Pontífice aconselha ainda aos novos bispos a manterem a sua intimidade com Deus e a cuidarem com atenção especial das estruturas de iniciação das Igrejas, especialmente dos seminários. “Não se deixem tentar pelos números e a quantidade das vocações, mas procurem a qualidade; não privem os seminaristas da firme e carinhosa paternidade; cresçam-nos até que se sintam ‘tranquilos como crianças nos braços de suas mães’; livres de acatar o desejo de Deus, mesmo quando não lhes parece doce como estar no ventre materno”.
Enfim, o Papa apontou uma última consideração para tornar pastoral a Misericórdia: o verbo ‘acompanhar’. “Acompanhar primeiramente, e com paciência e solicitude, o clero; tentando reavivar nos sacerdotes a consciência que Cristo é a ‘sua parte e fonte de herança’”.
Famílias
“Acompanhar também, com prudência e responsabilidade, o acolhimento de candidatos à incardinação em suas Igrejas. “A relação ente uma Igreja local e seus sacerdotes é incindível, não se aceita o ‘clero vagante’, que transita de um lugar para outro”.
Enfim, o acompanhamento de todas as famílias, principalmente as mais feridas, sem ‘passar além’ de suas fragilidades. “Aproximem-se sem medo, façam-lhes companhia no discernimento e com empatia.
O discurso aos novos bispos se encerrou com a bênção do Papa, pai e irmão. “Pedirei a Deus que caminhe com vocês”, concluiu Francisco.
(SP-CM)

Rádio Vaticano 

16 de set. de 2016

16/09 – Santos Cornélio e Cipriano

Vítimas ilustres da perseguição de Valeriano, respectivamente em junho de 253 e a 14 de setembro de 258, são o papa Cornélio e o bispo de Cartago, Cipriano, cujas memórias aparecem em conjunto nos antigos livros litúrgicos de Roma desde a metade do século IV. Cipriano nasceu em Cartago, mais ou menos no ano 210, era ainda pagão quando ensinou filosofia e advogou. Converteu-se em 246, e três anos depois foi escolhido para o episcopado. Havia apenas tomado posse na diocese de Cartago, quando estourou a perseguição de Décio. Os cristãos deviam apresentar-se ao magistrado e requerer o libellus, isto é, um certificado que os declarasse bons e honestos cidadãos, precedendo naturalmente a simples formalidade de jogar alguns grãos de incenso no braseiro diante de um ídolo. A essa apostasia obrigatória muitos fugiram com astúcia corrompendo os funcionários, que davam certificados mediante o mercado negro. Estes cristãos foram chamados de libelados. Existiram também os que renegaram a fé e foram apelidados de lapsi (= decaídos). O bispo Cipriano escolheu o caminho da clandestinidade, refugiando-se no campo. Passada a borrasca, Cipriano concedeu o perdão aos libelados, e não fechou o caminho de volta aos decaídos, que podiam ser absolvidos na hora da morte. Sua atitude moderada foi aprovada pelo papa Cornélio, com quem Cipriano tinha se aliado contra o anti-papa Novaciano, escrevendo, na oportunidade, o seu tratado mais importante: A Unidade da Igreja. Cornélio tinha sido eleito papa em 251, após um longo período de sede vacante, por causa da terrível perseguição de Décio. Sua eleição foi impugnada por Novaciano, que acusava o papa de ser um libelado. Cipriano, e com ele os bispos africanos, ficaram do lado de Cornélio. O imperador Galo mandou o Papa para Civitavecchia, onde Cornélio morreu. Foi sepultado nas catacumbas de Calisto. Por sua vez, Cipriano foi exilado para Capo Bom, mas quando percebeu que tinha sido condenado à pena capital, reentrou em Cartago, porque ele queria dar o testemunho de amor a Jesus Cristo na presença do seu rebanho. Foi decapitado a 14 de setembro de 258. Os cristãos de Cartago tinham estendido sob sua cabeça paninhos brancos para depois guardarem, molhados no seu sangue, como preciosas relíquias. O imperador Valeriano fazendo decapitar o Bispo Cipriano e o Papa Estevão, tinha posto fim, involuntariamente, a uma disputa surgida entre os dois sobre a validade do batismo administrado pelos hereges, contestada por Cipriano e afirmada pelo Papa.


Cléofas 

Papa faz visita-surpresa a pacientes de dois hospitais de Roma

16/09/2016


Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde de hoje, o Papa Francisco fez mais visitas-surpresa no âmbito das ‘sextas-feiras da misericórdia’ deste Ano Jubilar ao ir ao encontro das ‘periferias existenciais’. Há poucos dias da canonização de Madre Teresa, que desenvolveu um importante serviço em favor da vida, o Santo Padre visita duas instituições sanitárias importantes da capital italiana.


Visita aos pequenos pacientes do San Giovanni, no coração de Roma
A primeira delas aconteceu no Pronto Socorro e na Unidade Neonatal do Hospital San Giovanni de Roma, onde estão internadas 12 crianças recém-nascidas com vários tipos de doenças. Cinco desses bebês (dos quais, dois são gêmeos) estão entubados em terapia intensiva e, apesar da situação grave, recebem assistência e cuidados em uma estrutura com equipamentos modernos e adequados a altos padrões. No andar superior do San Giovanni, Papa Francisco visitou também a unidade infantil onde outras crianças estão hospitalizadas.
O Santo Padre foi recebido com surpresa por toda a equipe de médicos e enfermeiros, pais e pequenos pacientes. Como de regra nos hospitais, Francisco precisou usar máscara de proteção, além de se submeter a todas as precauções higiênicas para respeitar o ambiente. Cada incubadora que recebia um paciente, também ganhava o conforto do Papa. Os pais também foram saudados e encorajados pelo gesto simbólico do Pontífice neste Ano Santo da Misericórida. 
O conforto aos doentes em fase terminal do Policlínico Gemelli
Em seguida o Papa foi até o Policlínico Universitário Gemelli de Roma, da Universidade Católica Sacro Cuore. O Pontífice visitou a unidade “Hospice Villa Speranza”, uma estrutura dedicada aos doentes com câncer e que atende 30 pacientes em fase terminal. Na sua chegada, os responsáveis deram as boas vindas ao Santo Padre que desejou saudar cada doente, um por um no seu quarto. Foi uma grande surpresa para todos, pacientes e familiares que viveram em plena sexta-feira à tarde um momento de misericórdia unido a fortes emoções, lágrimas e sorrisos de alegria.
A importância da vida
Com mais essa obra simbólica no Ano da Misericórdia, Papa Francisco quis dar um sinal significativo sobre a importância da vida desde o seu primeiro instante até o seu final natural. Acolher a vida e garantir a sua dignidade em cada momento do seu desenvolvimento é um ensinamento sempre enfatizado pelo Santo Padre.
 Com essa dupla visita, Francisco imprimiu mais uma vez a sua marca concreta e tangível de quanto é fundamental – para viver a misericórdia – a atenção às situações mais frágeis e precárias. (AC)

    Fonte: Rádio Vaticano 

Papa: a “lógica do depois de amanhã”

16/09/2016 


Sexta-feira, 16 de setembro, Missa em Santa Marta com o Papa Francisco: na sua homilia o Santo Padre falou sobre a transformação após a morte.
Partindo da leitura da Primeira Carta de S. Paulo aos Coríntios o Papa que quando recitamos a última parte do Credo fazemo-lo com pressa porque nos amedronta pensar no futuro, pensar na ressurreição dos mortos.
Entrar na “lógica do passado” “é fácil”, “porque é concreta” – observou Francisco – o mesmo acontece com a “lógica do presente” porque vemo-lo. Mas quando olhamos para o futuro pensamos que o melhor é não pensar. Sobretudo, na lógica do depois de amanhã:
“A lógica de ontem é fácil. A lógica do hoje é fácil. A lógica do amanhã é fácil: todos morreremos. Mas a lógica do depois de amanhã, esta é difícil. E isto é aquilo que Paulo quer anunciar hoje: a lógica do depois de amanhã. Como será? Como será isso? A ressurreição. Cristo ressuscitou. Cristo ressuscitou e está bem claro que não ressuscitou como um fantasma. No trecho de Lucas sobre a ressurreição: “Toquem-me”. Um fantasma não tem carne, não tem ossos. “Toquem-me. Deem-me de comer”. A lógica do depois de  amanhã é a lógica na qual entra a carne”.
O Papa recordou que os primeiros cristãos questionavam como Jesus ressuscitou e observou que “na fé da ressurreição da carne, estão enraizadas as mais profundas obras de misericórdia, porque há uma conexão contínua”.
O Santo Padre referiu que S. Paulo sublinha com ênfase que todos seremos transformados, o nosso corpo e a nossa carne serão transformados. E recordou ainda que o Senhor “fez-se ver e tocar e comeu juntamente com os discípulos após a ressurreição”. E esta “é a lógica do depois de amanhã, aquela que temos dificuldade de entender, na qual todos encontramos dificuldades para entrar”:
É um sinal de maturidade entender bem a lógica do passado, é um sinal de maturidade mover-se na lógica do presente, aquela de ontem e aquela de hoje. É também um sinal de maturidade ter a prudência para olhar a lógica do amanhã, do futuro. Mas é preciso uma grande graça do Espírito Santo para entender esta lógica do depois de amanhã, depois da transformação, quando Ele virá e nos levará às nuvens, todos transformados, para permanecer sempre com Ele. Peçamos ao Senhor a graça desta fé”.
(RS)

Rádio Vaticano 

Papa assina Motu Próprio "Concórdia Codici"

15/09/2016 


O Papa Francisco assinou um novo Motu Próprio intitulado “Concordia Codici” com o intento de harmonizar certas normas do Código de Direito Canónico da Igreja latina ao das Igreja orientais.
A necessidade desta harmonização fazia-se sentir em consequência da emigração de numerosos cristãos orientais  (católicos e ortodoxos) para países de rito latino, e diz respeito de modo particular aos sacramentos do baptismo e do matrimónio. Apresenta também algumas novidades no que toca a irregurlaridades para receber ordenações. 
Era necessário encontrar um justo equilíbrio entre a tutela  do direito próprio às minorias orientais e o respeito da tradição canónica da maioria latina.
Estas novas normas tem por objectivo favorecer a colaboração entre os diferentes ritos no seio de um mesmo território eclesiástico e de facilitar o trabalho pastoral.
O documento tornado publico hoje, traz, todavia, a data de 31 de maio deste ano.
(DA) 

Fonte: Rádio Vaticano 

Nóbeis da Paz no Encontro de Oração em Assis com o Santo Padre

Seis Prêmios Nobel da Paz vão tomar parte no encontro internacional de Paz em Assis sob o tema “Sede de Paz, Religiões e Culturas em Diálogo”. O encontro terá lugar de 18 a 20 deste mês de setembro, culminando com a visita do Papa Francisco no dia 20.  Jornada Mundial de Oração pela Paz.
O Papa parte do Vaticano em helicóptero às 10.30 do dia 20, chegando a Assis meia hora depois. Deslocar-se-á imediatamente ao Sacro Convento de Assis, onde estarão já o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, o Patriarca Siro-Ortodoxo de Antioquia, Efrem II, um representante da religião hebraica, um do Islão e o Chefe Supremo do Budismo Tendai (Japão).
Todos juntos chegarão ao Claustro de Sisto IV, onde já estarão presentes os representantes das Igrejas e das religiões mundiais e os bispos da região italiana da Úmbria, que o Papa saudará um por um.
Às 13 horas haverá almoço comum no refeitório do Convento, com a participação de algumas vítimas de guerras. O Presidente da Comunidade de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, evocará o 25º aniversário do Patriarcado de Bartolomeu I.
Às 15.15 o Papa encontrará individualmente o Patriarca Bartolomeu I, o Arcebispo Justin Welby, o Patriarca Efrem II e os representantes da religião hebraica e muçulmana.
Às 16 horas haverá, em diversos lugares, um momento de oração pela Paz. Os cristãos terão uma oração ecuménica na Basílica Inferior de São Francisco.
Às 17.15, terminada a oração, terá lugar, na Praça em frente da Basílica inferior, a cerimónia conclusiva na presença de todos os representantes das várias religiões que lerão uma mensagem. O Papa fará um discurso e depois será lido um Apelo à Paz que será entregue a crianças de várias nacionalidades. Seguirá um momento de silêncio pelas vítimas das guerras, a assinatura do Apelo de Paz, o acendimento de dois candelabros e a troca da saudação de paz.
Às 18.30, o Papa Francisco despede-se e transfere-se de carro para o heliporto de Santa Maria dos Anjos, donde partirá às 19 horas para o Vaticano, estando a chegada prevista para as 19.35.
Os Prémios Nobel que tomam parte no encontro, são Mairead Maguire, Nobel da Paz em 1976, católica, irlandesa; o Presidente emérito da Polónia e líder de Solidarnosh, Lech Walesa, Nóbel da Paz em 1993; a activista americana para os Direitos Humanos e Directora da Campanha Minas Anti-homem, Jody Williams, Nóbel da Paz em 1997; a líder da Primavera Árabe no Iémen, Tawakkul Darman, Nobel a Paz em 2011; Hassine Abassi e Amer Mherzi, membros do quarteto tunisino vencedores do Nobel em 2015.
Os 6 Prémios Nobel participarão no encontro na qualidade de relatores nos principais painéis previstos nos dias 19 e 20, antes da cerimónia plenária na qual tomará parte o Papa Francisco. O terrorismo nega Deus, o futuro da Europa, a Tunísia a cinco anos da Revolução de Jasmins… são alguns dos temas sobre os quais se debruçarão juntamente com os representantes das religiões mundiais e das instituições internacionais.
(DA) 

Rádio Vaticano 

15 de set. de 2016

Papa: neste mundo "órfão" temos uma Mãe que nos acompanha e defende

15/09/2016



Cidade do Vaticano (RV) - "Neste mundo que sofre a crise da grande orfandade, nós temos uma Mãe que nos acompanha e nos defende": foi o que afirmou o Papa na missa da manhã, presidida na Casa Santa Marta, no dia em que a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora das Dores.


O Evangelho do dia (15/09) propõe uma cena no Calvário. Todos os discípulos fugiram, com a exceção de João e algumas mulheres. Aos pés da Cruz, ficou Maria, a Mãe de Jesus.
“Todos olhavam para ela. ‘Aquela é a mãe do delinquente; aquela é a mãe deste subversivo!’, diziam.
"Maria ouvia tudo e sofria uma humilhação terrível. Ouvia também os ‘grandes’, alguns sacerdotes que ela respeitava por serem sacerdotes. ‘Mas tu, que és tão bom, desça!’. Com seu Filho, nu, ali. Maria tinha um sofrimento tão grande, mas não foi embora; não renegou seu Filho! Era a sua carne”.
O Papa Francesco recordou quando visitava os detentos nos cárceres, em Buenos Aires, e via sempre em fila as mulheres que aguardavam para entrar:
“Eram mães, mas não se envergonhavam. A carne delas estava lá dentro. Estas mulheres sofriam não só com a vergonha de estar ali. ‘Olha aquela!... o que será que seu filho fez?’, mas também sofriam com a humilhante revista que lhes faziam antes de entrar. Mas eram mães e iam visitar a própria carne. Assim Maria estava ali com seu Filho, com aquele sofrimento tão grande”.
Jesus – afirmou o Papa – prometeu não nos deixar órfãos, e na Cruz nos doou a sua Mãe como nossa Mãe: 
“Nós, cristãos, temos uma Mãe, a mesma de Jesus; temos um Pai, o mesmo de Jesus. Não somos órfãos! E Ela nos dá à luz naquele momento com tanta dor: é realmente um martírio. Com o coração traspassado, aceita dar à luz a todos naquele momento de dor. E a partir daquele momento, Ela se torna a nossa Mãe, a partir daquele momento Ela é nossa Mãe, aquela que cuida de nós e não tem vergonha de nós, nos defende”.
Os místicos russos dos primeiros séculos – recordou o Papa Francisco –, aconselhavam a se refugiar sob o manto da Mãe de Deus no momento das turbulências espirituais: "Ali o diabo não pode entrar. Porque Ela é Mãe e como Mãe defende. Em seguida, o Ocidente acolheu este conselho e fez a primeira antífona mariana 'Sub tuum' praedisum - '! Sob o seu manto, sob a sua custódia, oh Mãe'. Ali, estamos seguros”.
“Em um mundo que podemos chamar “órfão” - concluiu o Papa - neste mundo que sofre com a crise de uma grande orfandade, talvez a nossa ajuda é dizer “Olhe para sua mãe!”. Nós temos uma que nos defende, nos ensina, nos acompanha; que não tem vergonha dos nossos pecados. Não se envergonha, porque Ela é mãe. Que o Espírito Santo, este amigo, este companheiro de viagem, este Paráclito advogado que o Senhor nos enviou, nos faça compreender este mistério tão grande da maternidade de Maria”. (CM-SP)
Fonte: Rádio Vaticano 

Motu Proprio do Papa para harmonizar dois Códigos da Igreja

15/09/2016


Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicada nesta quinta-feira (15/09) uma Carta Apostólica do Papa Francisco em forma de Motu Proprio. Trata-se do documento “De concordia inter Codices”, que nasceu da necessidade de harmonizar alguns pontos do Código de Direito Canônico e do Código dos Cânones das Igrejas Orientais.


Os dois Códigos possuem, de um lado, normas comuns e, de outro, peculiaridades próprias que os tornam reciprocamente autônomos. Mas é necessário que nas normas peculiares haja suficiente concordância. De fato, explica o Papa no documento, as discrepâncias podem incidir negativamente na práxis pastoral.
Isso se verifica de modo especial nos dias de hoje, em que a mobilidade da população determinou a presença de um número notável de fiéis orientais em territórios latinos. Esta nova situação, afirma Francisco, gera múltiplas questões pastorais e jurídicas, as quais requerem ser resolvidas com normas apropriadas. Deve-se recordar que os fiéis orientais têm a obrigação de observar o próprio rito onde quer se encontrem, portanto a autoridade eclesiástica competente tem a responsabilidade de oferecer a eles os meios adequados para que possam cumprir com esta obrigação.
A finalidade das normas introduzidas com este Motu Proprio é alcançar uma disciplina comum, que oferece certeza no modo de agir pastoral nos casos concretos.

O Pontifício Conselho para os Textos Legislativos identificou as questões cruciais, como por exemplo o batizado dos filhos de pais pertencentes a ritos diferentes, matrimônios mistos, educação da prole e a função dos leigos. OMotu Proprio está disponível em italiano e latim.

Fonte: Rádio Vaticano 

Papa: o homem perde a sua dignidade quando as riquezas tomam o lugar de Deus

15/09/2016



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu no final da manhã desta quinta-feira, 15, no Vaticano, os membros da Associação Bíblica Italiana por ocasião da Semana Bíblica Nacional.


O tema desta semana é “Sejamos seres humanos ... masculino e feminino: declinações da polaridade homem-mulher nas Escrituras”. Os participantes aprofundaram nestes dias alguns aspectos da relação entre homem e mulher, a partir de alguns textos bíblicos básicos.
Primeira narração da criação
“Sobre este assunto, - disse o Papa no seu breve discurso – refletiu muito São João Paulo II em um memorável ciclo de Catequeses na primeira parte do seu Pontificado. Eu, também, durante uma catequese no ano passado, comentando a primeira narração da criação, tive a ocasião de salientar como ‘Deus, tendo criado o universo e todas as coisas vivas, criou a obra-prima, ou seja o ser humano, feito à sua imagem: “à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. (Gn 1:27)
Compreensão da dignidade
 “Refletir sobre como fomos criados, formados à imagem e semelhança do Criador, diferentemente de outras criaturas e com toda a criação é essencial”, disse Francisco. Isto nos ajuda a compreender a dignidade que todos nós temos, homens e mulheres, dignidade que tem suas raízes no mesmo Criador. Sempre me chamou a atenção que a nossa dignidade é justamente o de sermos filhos de Deus, e no andamento da Escritura tal relação se manifesta no fato que Ele nos guia como um Pai faz com um filho.
“Na segunda narração da criação, - continuou o Papa - vemos como Deus nos fez de modo “artesanal”, moldando o barro da terra, ou seja, as mãos de Deus se comprometeram com a nossa vida. Ele nos criou não só com a sua palavra, mas também com as suas mãos e o seu sopro vital, quase como se dissesse que todo o ser de Deus se envolveu ao dar vida ao ser humano”.
Fazer "gol contra"
Mas existe a possibilidade de que essa dignidade, que nos foi conferida por Deus, possa degradar-se. Para dizer em termos futebolísticos, - disse Francisco - o homem tem a capacidade de fazer um “gol contra”. “Isso acontece quando negociamos a dignidade, quando abraçamos a idolatria, quando damos espaço em nossos corações à experiência dos ídolos. Durante o êxodo do Egito, quando o povo estava cansado porque Moisés tardava em descer do monte, foi tentado pelo demônio, e construiu um ídolo (cf. Ex 32). E o ídolo era de ouro: isso nos faz pensar na força de atração das riquezas, ao fato que o homem perde a sua dignidade quando no seu coração as riquezas tomam o lugar de Deus”.
Contagiar dignidade
Ao invés, Deus nos deu a dignidade de sermos seus filhos. Daqui deriva também uma pergunta, acrescentou o Santo Padre: “como posso compartilhar essa dignidade, para que se desenvolva em uma reciprocidade positiva? Como posso fazer de modo que o outro se sinta digno? Como posso "contagiar" dignidade? Quando alguém despreza, segrega, discrimina, não contagia dignidade, faz o contrário”. Irá nos fazer bem nos perguntarmos com frequência, concluiu Francisco: como assumo a minha dignidade? Como a faço crescer? Também será bom nos examinarmos para descobrirmos se e quando não contagiamos dignidade no nosso próximo. (SP)

Rádio Vaticano 

As 7 promessas e as 4 graças aos devotos de Nossa Senhora das Dores

Antes chamada Sete Dores de Maria, esta é a devoção com que honramos o sofrimento de Maria acolhido livremente na redenção mediante a cruz.



Antes, a devoção celebrava as chamadas Sete Dores de Maria. Foi o papa Pio X quem substituiu esse título pelo atual, recordado no dia 15 de setembro: Virgem Dolorosa, ou Nossa Senhora das Dores.
É com este título que nós, católicos, honramos o sofrimento de Maria, acolhido livremente na redenção mediante a cruz. Foi junto à Cruz que a Mãe do Cristo crucificado se tornou a Mãe do Corpo Místico plasmado na Cruz: a Igreja.
A devoção popular, que precede a celebração litúrgica, tinha fixado simbolicamente as sete dores da co-redentora com base nos episódios narrados pelos Evangelhos:


  1. a profecia do velho Simeão,
  2. a fuga para o Egito,
  3. a perda de Jesus no templo,
  4. o caminho de Jesus para o Gólgota,
  5. a crucificação,
  6. a deposição da cruz,
  7. o sepultamento de Jesus.
São episódios que nos convidam a meditar sobre a participação de Maria na Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e que nos dão forças para carregar a nossa própria cruz.
As promessas e graças aos devotos de Nossa Senhora das Dores
Santa Brígida, nas suas revelações aprovadas pela Igreja, afirma que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar todos os dias sete ave-marias em honra das suas principais “sete dores”, meditando a seu respeito. Estas são as promessas:

  • Colocarei a paz em suas famílias.
  • Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
  • Eu os consolarei em suas penas e os acompanharei nos seus trabalhos.
  • Eu lhes concederei tudo o que me pedirem, desde que não se oponha à vontade do meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
  • Eu os defenderei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e os protegerei em todos os instantes da vida.
  • Eu os assistirei visivelmente no momento da morte e eles verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
  • Obtive de meu Filho que aqueles que propagarem esta devoção sejam levados desta vida terrena à felicidade eterna diretamente, pois lhes serão apagados todos os pecados e meu Filho e eu seremos a sua eterna consolação e alegria.
Santo Afonso Maria de Ligório diz que Jesus prometeu aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
  • O devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores conseguirá, antes da morte, fazer verdadeira penitência por todos os seus pecados.
  • Nosso Senhor imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão, dando-lhes o prêmio do Céu.
  • Jesus Cristo os guardará em todas as tribulações, especialmente na hora da morte.
  • Jesus os deixará nas mãos de sua mãe, para que deles disponha a seu agrado e lhes obtenha todos os favores.
Via: Aleteia 

Oração poderosa a Nossa Senhora das Dores

Você está passando por algum sofrimento forte? Aproveite este dia e coloque sua dor no colo de Nossa Senhora das Dores.



Nossa Senhora das Dores, eu te apresento todas as minhas necessidades, mágoas, tristezas, misérias e sofrimentos.
Ó Mãe das dores e rainha dos mártires, que tanto sofreste ao ver teu Filho flagelado, escarnecido e morto para me salvar, acolhe minhas preces.
Mãe amável, concede-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida.
Nossa Senhora das Dores, que estiveste presente no calvário de Nosso Senhor Jesus Cristo, fica também presente nos meus calvários. Eu te suplico esta graça de que tanto necessito:
(Faça seu pedido)
Por piedade, ó advogada dos pecadores, não deixes de amparar a minha alma na aflição e no combate espiritual que a todo momento estou sujeito a travar.
Nossa Senhora das Dores, quando as dores vierem e os sofrimentos chegarem, não me deixes desanimar.
Mãe das dores, envolve-me em teu sagrado manto e ajuda-me a passar pelo vale de lágrimas.
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas. Eia pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de Vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Permanece conosco e dá-nos o teu auxílio, para que possamos converter as lutas em vitórias, e as dores em alegrias.
Roga por nós, ó Mãe, porque não és apenas a Mãe das dores, mas também a Senhora de todas as graças.
Nossa Senhora das Dores, fortalece-me nos sofrimentos da vida. (3x)
Amém.

(Autor desconhecido)


Via: Aleteia 




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