6 de ago. de 2016

06/08 – Transfiguração do Senhor

A festa da “Transfiguração do Senhor” acontece no mundo cristão desde o século V. Ela nos convida a dirigir o olhar para o rosto do Filho de Deus, como o fizeram os apóstolos Pedro, Tiago e João, que viram a Sua transfiguração no alto do monte Tabor, localizado no coração da Galiléia. O episódio bíblico é relatado distintamente pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Assim, segundo São Mateus 9,2-10, temos: “Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia fazer assim tão brancas. Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. Pedro tomou a palavra: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados. Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-O”. E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles. Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos. E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os mortos”. A intenção de Jesus era a de fortalecer a fé destes três apóstolos, para que suportassem o terrível desfecho de Sua paixão, antecipando-lhes o esplendor e glória da vida eterna. Também foi Pedro, que depois, recordando com emoção o evento, nos afirmou: “Fomos testemunhas oculares da Sua majestade” (2 Pd 1, 16). O significado dessa festa é, e sempre será, o mesmo que Jesus pretendeu, naquele tempo, ao se transfigurar para os apóstolos no monte, ou seja, preparar os cristãos para que, em qualquer circunstância, permaneçam firmes na fé no Cristo. Melhor explicação, só através das inspiradas palavras do Papa João Paulo II, quando nesta solenidade em 2002, nos lembrou que: “O rosto de Cristo é um rosto de luz que rasga a obscuridade da morte: é anúncio e penhor da nossa glória, porque é o rosto do Crucificado Ressuscitado, o único Redentor da humanidade, que continua a resplandecer sobre nós (cf. Sl 67, 3)”. Somente em 1457, esta celebração se estendeu para toda a cristandade, por determinação do Papa Calisto III, que quis enaltecer a vitória, do ano anterior, das tropas cristãs sobre os turcos muçulmanos que ameaçavam a liberdade na Europa.


Cléofas

05/08 Nossa Senhora das Neves: Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior

Memória facultativa

– Origem do templo dedicado a Santa Maria, Mãe de Deus, em Roma.

– Mãe de Deus e Mãe nossa.

– Maria é o aqueduto pelo qual nos chegam todas as graças.
Depois da proclamação do dogma da Maternidade divina de Maria no Concílio de Éfeso (ano 431), o Papa Sixto III consagrou em Roma uma Basílica em honra da Virgem, chamada posteriormente Santa Maria Maior. É a mais antiga igreja dedicada a Nossa Senhora.
A festa de hoje também é conhecida como de Nossa Senhora das Neves, devido a uma antiga lenda segundo a qual um casal romano, que pedia à Virgem luzes para saber como empregar a sua fortuna, recebeu em sonhos a mensagem de que Santa Maria desejava que lhe fosse erigido um templo precisamente num lugar do monte Esquilino que aparecesse coberto de neve. Isto aconteceu na noite de 4 para 5 de agosto, em pleno verão: no dia seguinte, o terreno onde hoje se ergue a Basílica amanheceu inteiramente nevado.
I. CELEBRAMOS HOJE a Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior de Roma, a mais antiga igreja do Ocidente consagrada à Virgem Maria, onde se deram tantos acontecimentos relacionados com a história da Igreja; especialmente, relaciona-se com essa igreja a definição dogmática da Maternidade divina de Maria, proclamada pelo Concílio de Éfeso. O templo foi construído sob essa invocação no século IV, sobre outro já existente, pouco tempo depois de encerrado o Concílio. O povo da cidade de Éfeso celebrou com grande entusiasmo a declaração dogmática dessa verdade, na qual, aliás, acreditava desde sempre. Essa alegria estendeu-se por toda a Igreja, e foi então que se construiu em Roma a grandiosa Basílica. Esse júbilo chega-nos hoje através desta festa em que louvamos Maria como Mãe de Deus.
Segundo uma piedosa lenda, certo patrício romano chamado João, de comum acordo com a sua esposa, resolveu dedicar os seus bens a honrar a Mãe de Deus, mas não sabia ao certo como fazê-lo. No meio da sua perplexidade, teve um sonho – como também o teve o Papa – pelo qual soube que a Virgem desejava que se construísse um templo em sua honra no monte Esquilino, que apareceu coberto de neve – coisa insólita – no dia 5 de agosto. Embora a lenda seja posterior à edificação da Basílica, deu lugar a que a festa de hoje seja conhecida em muitos lugares como de Nossa Senhora das Neves e a que os alpinistas a tenham por Padroeira.
Em Roma, desde tempos imemoriais, o povo fiel honra a nossa Mãe nesse templo sob a invocação de Salus Populi Romani. Todos acorrem ali para pedir favores e graças, na certeza de estarem num lugar onde sempre são ouvidos. João Paulo II também visitou Nossa Senhora nesse templo romano, pouco depois de ter sido eleito Papa. “Maria – disse o Sumo Pontífice nessa ocasião – tem por missão levar todos os homens ao Redentor e dar testemunho dEle, mesmo sem palavras, apenas mediante o amor, com o qual manifesta a sua índole de mãe. É chamada a aproximar de Deus mesmo os que lhe opõem mais resistência, aqueles para quem é mais difícil crer no amor […]. É chamada a aproximar todos – quer dizer, cada um – do seu Filho”. E aos seus pés fez a dedicação de toda a sua vida e de todos os seus anseios à Mãe de Deus, com palavras que nós podemos repetir, imitando-o filialmente: “Totus tuus ego sum et omnia mea tua sunt. Accipio Te in me omnia; sou todo teu, e todas as minhas coisas são tuas. Sê o meu guia em tudo”1. Com a proteção da Virgem, caminhamos bem seguros.
II. O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO permitiu que a Igreja penetrasse e esclarecesse cada vez melhor o mistério da Mãe do Verbo encarnado. Nesse processo de aprofundamento, o Concílio de Éfeso desempenhou um papel de particular importância (ano 431)2. Conta São Cirilo que a proclamação deste dogma mariano comoveu todos os cristãos de Éfeso, como hoje nos comove pensar que a Mãe de Deus é também Mãe nossa. Esse Santo Padre descreveu assim aqueles acontecimentos: “Todo o povo da cidade de Éfeso, desde as primeiras horas da manhã até à noite, permaneceu ansioso à espera da resolução […]. Quando se soube que o autor das blasfêmias (Nestório) tinha sido deposto, todos começaram unanimemente a glorificar a Deus e a aclamar o Sínodo, porque tinha caído o inimigo da fé. Quando saímos da Igreja, fomos acompanhados com tochas até às nossas casas. Era noite: toda a cidade estava alegre e iluminada”3. Como vibravam pela sua fé aqueles cristãos dos primeiros tempos! Como devemos vibrar todos nós!
O próprio São Cirilo, numa homilia pronunciada naquele Concílio, louvou a Maternidade de Nossa Senhora com estas palavras: “Ave, Maria, Mãe de Deus, Virgem Mãe, Estrela da manhã… Ave, Maria, a Jóia mais preciosa de todo o orbe…”4 Por “ser Mãe de Deus, a Virgem tem uma dignidade de certo modo infinita, devido ao bem infinito que é Deus. E nessa linha não se pode imaginar uma dignidade maior, como não se pode imaginar nada maior que Deus”5, afirma São Tomás de Aquino. Maria está por cima de todos os anjos e de todos os santos. Depois da Santíssima Humanidade do seu Filho, é o reflexo mais puro da glória de Deus. Nela brilha como em nenhuma outra criatura a participação nos dons divinos: a Sabedoria, a Beleza, a Bondade… Não se pode encontrar nEla a menor impureza, porque Ela é o clarão da luz eterna, o espelho sem mácula da majestade de Deus e a imagem da sua bondade6.
Não deixemos hoje de recordar-lhe muitas vezes a sua Maternidade divina, da qual procedem todas as graças, virtudes e perfeições que a adornam e embelezam: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós… Não largueis a nossa mão, cuidai de nós como as mães cuidam dos seus filhos mais fracos e necessitados.
 III. SÃO BERNARDO AFIRMA que Santa Maria é para nós o aqueduto por onde nos chegam todas as graças de que necessitamos diariamente. Devemos procurar constantemente o seu auxílio, “porque esta é a vontade do Senhor, que quis que recebêssemos tudo por Maria”7, especialmente quando nos sentimos mais fracos, nas dificuldades, nas tentações…, e tanto nas necessidades da alma como nas do corpo.
No Calvário, junto do seu Filho, a maternidade espiritual de Maria atingiu o seu cume. Quando todos desertaram, a Virgem permaneceu junto à cruz de Jesus8, em perfeita união com a vontade divina, sofrendo e padecendo com o seu Filho, corredimindo. “Deus não se serviu de Maria como de um instrumento meramente passivo. Ela cooperou para a salvação humana com livre fé e obediência”9. Esta maternidade da Virgem perdura sem cessar, e agora, no Céu, “não abandonou esta missão salvífica, mas pela sua múltipla intercessão continua a obter-nos os dons da salvação eterna”10.
Temos de agradecer muito a Deus que tenha querido dar-nos uma Mãe a quem recorrer na Vida da graça; e que essa Mãe tenha sido a sua própria Mãe. Maria é nossa Mãe não só porque nos ama como uma mãe ou porque faz as suas vezes; a sua maternidade espiritual é muito superior e mais efetiva que qualquer maternidade legal ou baseada no afeto. É Mãe porque realmente nos gerou na ordem sobrenatural. Se recebemos o poder de chegarmos a ser filhos de Deus, de participarmos da natureza divina11, foi graças à ação redentora de Cristo, que nos tornou semelhantes a Ele. Mas esse influxo passa por Maria. E assim, do mesmo modo que Deus Pai tem um só Filho segundo a natureza, e inúmeros segundo a graça, por Maria, Mãe de Cristo, chegamos a ser filhos de Deus. Das mãos de Maria recebemos todo o alimento espiritual, a defesa contra os inimigos, o consolo no meio das aflições.
Para a nossa Mãe do Céu, “jamais deixamos de ser pequenos, porque Ela nos abre o caminho para o Reino dos Céus, que será dado aos que se fazem crianças (cfr. Mt 19, 14). De Nossa Senhora não devemos separar-nos nunca. Como a honraremos? Procurando a sua intimidade, falando-lhe, manifestando-lhe o nosso carinho, ponderando no coração as cenas da sua vida na terra, contando-lhe as nossas lutas, os nossos êxitos e os nossos fracassos.
“Descobrimos assim – como se as recitássemos pela primeira vez – o sentido das orações marianas, que sempre se rezaram na Igreja. Que são a Ave-Maria e o Angelus senão louvores ardentes à Maternidade divina? E no Santo Rosário […] passam pela nossa cabeça e pelo nosso coração os mistérios da conduta admirável de Maria, que são os mesmos mistérios fundamentais da fé […].
“Nas festas de Nossa Senhora, não andemos regateando as manifestações de carinho. Levantemos com mais freqüência o coração, pedindo-lhe aquilo de que precisamos, agradecendo-lhe a sua solicitude maternal e constante, recomendando-lhe as pessoas que estimamos. Mas, se pretendemos comportar-nos como filhos, todos os dias serão ocasião propícia de amor a Maria, como todos os dias o são para os que se querem de verdade”12.
Dizemos-lhe hoje com um antigo hino da Igreja: Monstra te esse matrem!, “mostra que és Mãe, e que por ti nos atenda Aquele que tomou o sangue das tuas veias para nos redimir”13.
(1) João Paulo II, Homilia em Santa Maria Maior, 8-XII-1978; (2) idem, Enc. Redemptoris Mater, 25-III-1987, n. 4; (3) São Cirilo de Alexandria, Epistolas, 24; (4) idem, Louvor a Santa Maria Mãe de Deus; (5) São Tomás, Suma Teológica, I, q. 25, a. 6, ad 3; (6) cfr. Sab 7, 25-26; (7) São Bernardo, Sermão na Natividade de Santa Maria, 4-7; (8) Jo 19, 25; (9) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 56; (10) cfr. ib., 62 ; (11) cfr. 2 Pe 1, 4; (12) Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, Quadrante, São Paulo, 1978, ns. 290-291; (13) Hino Ave Maris Stella.

Fonte: Cléofas 

4 de ago. de 2016

Sou padre e feliz

O sacerdócio é um caminho de realização e felicidade, por isso sou padre e sou feliz

Certa ocasião, Jesus estava falando sobre as verdades do Reino de Deus para os seus discípulos. Ele dizia que era preciso renunciar, aceitar os desafios e enfrentar a cruz. Em Suas palavras, explicava valores eternos como a ternura, a sensibilidade para com os pobres, a simplicidade e a fidelidade. De repente, o atrevido Pedro tomou a palavra e perguntou: “Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós?”. Jesus respondeu: “Todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna” (Mt 19,27-29).

Isso tem a ver com a Ladainha da Felicidade que Jesus pronunciou no conhecido Sermão da Montanha: “Felizes os pobres, porque deles é o céu; felizes os que choram, porque serão consolados; felizes os mansos, porque possuirão a terra […]; felizes sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.” (Mt 5,1-12). Deixar tudo para seguir Jesus não é um caminho de frustração e tristeza, mas de realização e felicidade. Por isso, sou padre e sou feliz.

Jesus prometeu aos Seus seguidores a felicidade já na terra e a garantia de um lugar no céu. Isso nos deixa totalmente seguros e felizes. Mas atenção! O mestre de Nazaré não vendeu um pacote de ilusões. Ele avisou – como disse o poeta – que, no meio da caminho, haveria uma pedra: “Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna” (Mc 10,29-31).

Caminho de felicidade e riscos

A vida do sacerdote é um caminho de felicidade entre riscos. O profeta tem que estar preparado para colher os frutos de sua profecia. Podem ser elogios ou críticas; admiração ou incompreensão. Se o padre vai à casa das pessoas, muitos dirão que é popular; outros dirão que é populista, vive passeando, escolhe as pessoas etc. Se o padre é mais místico e prefere ficar na casa paroquial em oração e estudo, dirão que é antissocial. Se faz um sermão mais social, dirão que é metido em política. Se a homilia é mais espiritual, alguém dirá que ele é alienado. Se é zeloso com a liturgia, haverá quem o critique por ritualismo. Se é criativo, dirão que não prepara seus sermões. Se fala o básico, alguém dirá o mesmo: não prepara seus sermões.
Nem Jesus agradou a todos. João Batista era um profeta dedicado à ascese e foi criticado como antissocial e possesso por um demônio. Jesus ia à casa das pessoas e comia do que Lhe ofereciam. Foi chamado de guloso e beberrão (cf. Mt 11,18-19). Não tem jeito. O coração maldoso das pessoas teima em criticar quem faz o bem. O padre, no entanto, não toma como parâmetro as palavras malditas. A sua referência é a promessa das palavras benditas de Jesus. Ser padre traz imensa felicidade nesta terra e a certeza de que o meu lugar é o céu.
Tenho muitos irmãos sacerdotes que são criticados injustamente. Nenhum deles é perfeito, mas vivem o que é possível da sua vocação. Cheguei à conclusão de que ninguém joga pedras em uma árvore sem frutos. Os sacerdotes mais criticados normalmente são os que mais frutificam. Continuamos nosso caminho apesar desses rumores. Ser padre sempre passou pela cruz e pela renúncia,pela cruz e pela renúncia, mas posso lhe garantir: é muito bom! Sou padre e sou feliz.

Por Padre Joãozinho SCJ
Fonte: Canção Nova 

Papa na Porciúncula: perdoar porque nós também fomos perdoados

04/08/2016
Quinta-feira, dia 4 de agosto. Nesta tarde o Papa Francisco fez uma breve visita à Porciúncula, em Assis, por ocasião dos 800 anos do “Perdão de Assis”. Na sua catequese aos presentes, centrada no texto de Mt 18, 21-35, o Papa começou por recordar as palavras de São Francisco “quero mandar-vos todos para o paraíso”, palavras com as quais pedia o dom da salvação e da vida eterna para todos.
O paraíso – disse Francisco – é este mistério de amor que nos liga para sempre a Deus numa contemplação sem fim, uma fé que a Igreja professa desde sempre quando afirma que acredita na comunhão dos santos:
“Na vivência da fé, nunca estamos sozinhos; fazem-nos companhia os Santos, os Beatos e também os nossos queridos que viveram com simplicidade e alegria a fé e a testemunharam na sua vida. Há um vínculo invisível – mas não por isso menos real – que, em virtude do único Baptismo recebido, faz de nós «um só corpo» animados por «um só Espírito»”
E São Francisco quando pediu ao Papa Honório III o dom da indulgência para os que viessem à Porciúncula, tinha em mente as palavras de Jesus aos discípulos: «Na casa de meu Pai há muitas moradas …», esclareceu o Papa, sublinhando que a via mestra para alcançar a tal morada no paraíso é o perdão. E porque deveremos perdoar a uma pessoa que nos fez mal? Porque antes fomos perdoados nós mesmos… e infinitamente mais. É isto mesmo que nos diz a parábola: tal como Deus nos perdoa a nós, assim também devemos perdoar a quem nos faz mal – disse Francisco.
E Francisco prosseguiu ressaltando que, como o senhor da parábola, Deus também se compadece, isto é, experimenta um sentimento de piedade combinada com ternura, uma expressão para indicar a sua misericórdia para connosco. O problema surge, porém, quando nos encontramos com um irmão que nos fez um pequeno agravo, e reagimos como o devedor da parábola: «Paga o que me deves!», observou Francisco:
“Neste gesto temos todo o drama das nossas relações humanas: quando estamos em dívida com os outros, pretendemos misericórdia; mas, quando são os outros em dívida connosco, invocamos justiça. Esta não é a reacção do discípulo de Cristo, nem pode ser este o estilo de vida dos cristãos. Jesus ensina-nos a perdoar, e a fazê-lo sem limites: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete».
E o Papa concluiu a sua catequese dizendo que o perdão de que São Francisco se fez «canal» na Porciúncula, continua hoje a «gerar paraíso» e neste Ano Santo da Misericórdia se torna ainda mais evidente que a estrada do perdão pode renovar a Igreja e o mundo.
“Oferecer o testemunho da misericórdia, no mundo actual, é uma tarefa a que nenhum de nós pode subtrair-se. O mundo tem necessidade de perdão; demasiadas pessoas vivem fechadas no rancor e incubam ódio, porque incapazes de perdão, arruinando a vida própria e a dos outros, em vez de encontrar a alegria da serenidade e da paz”, concluiu o Papa exortando a todos a pedir a intercessão de São Francisco para sejamos sempre sinais humildes de perdão e instrumentos de misericórdia.

Fonte: Rádio Vaticano 


Papa aos Dominicanos: pregar a misericórdia a toda a gente

04/08/2016


Na manhã desta quinta-feira (04/08), o Papa Francisco recebeu em audiência, na Sala Clementina do Vaticano, os participantes do Capítulo Geral dos Frades Pregadores (Dominicanos), que teve lugar em Bolonha, na Itália, por ocasião dos 800 anos da confirmação da Ordem pelo Papa Honório III.
No seu discurso o Papa manifestou comunhão com a família dominicana por esta ocasião e agradeceu a Ordem pela significativa contribuição para a Igreja e a colaboração que tem mantido com a Sé Apostólica das origens aos nossos dias.
O oitavo centenário – sublinhou Francisco – é ocasião para fazermos memória dos homens e mulheres de fé e letras, contemplativos e missionários, mártires e apóstolos da caridade, que levaram nos séculos a carícia e a ternura de Deus em todos os lugares, através dos três pilares da Ordem que mantêm sempre fresco o carisma original: a pregação, o testemunho e a caridade.
Sobre o primeiro pilar, a pregação, o Papa recordou o Fundador, S. Domingos, que dizia: “primeiro contemplar, depois ensinar”. Sem uma forte união pessoal com Deus, reiterou Francisco, a pregação pode ser muito perfeita e fundamentada, e até mesmo admirável, mas não tocará o coração, que é o que deve mudar.
Mas para transmitir  com eficácia a palavra de Deus é necessário o testemunho, segundo pilar da Ordem dominicana. A testemunha encarna o ensinamento, o torna tangível, convocador, e não deixa ninguém indiferente; acrescenta à verdade a alegria do Evangelho, a alegria de se saber amados por Deus e objecto da sua infinita misericórdia – disse ainda Francisco, que também acrescentou que os fiéis não apenas necessitam receber a Palavra na sua integridade, mas também experimentar o testemunho de vida do pregador, falando com a linguagem do coração, que não conhece barreiras e é compreendida por todos.
Por último, o pregador e a testemunha devem sê-lo na caridade, disse Francisco, reiterando que o homem e a mulher de hoje estão sedentos de Deus, são a carne viva de Cristo que nos interpela e portanto devem ser a razão de ser da missão e que dá vida às estruturas e programas pastorais. “Quanto mais se sai para saciar a sede do próximo, tanto mais seremos pregadores da verdade, daquela verdade anunciada por  amor e misericórdia”, ressaltou o Papa.
E Francisco concluiu encorajando-os a prosseguir com alegria o carisma de S. Domingos, vivido de diferentes maneiras por tantos santos e santas da família dominicana, e confiando-os à intercessão e protecção da Virgem do Rosário, “para que sejam pregadores e testemunhas corajosos do amor de Deus”.

Fonte: Rádio Vaticano 

3 de ago. de 2016

Papa Francisco envia mensagem aos brasileiros por ocasião de Jogos Olímpicos



VATICANO, 03 Ago. 16 / 11:30 am (ACI).- Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos brasileiros, por ocasião da Olimpíada que acontecem de 5 a 21 de agosto, no Rio de Janeiro. O Pontífice expressou o desejo de que o espírito olímpico inspire todos a buscar “a realização de uma civilização onde reine a solidariedade”.
“Queria agora dirigir uma saudação afetuosa ao povo brasileiro – disse Francisco –, em particular à cidade do Rio de Janeiro, que acolhe atletas e torcedores do mundo inteiro por ocasião das Olimpíadas”.

O Pontífice indicou que, “diante de um mundo que está sedento de paz, tolerância e reconciliação”, faz votos “de que o espírito dos Jogos Olímpicos possa inspirar a todos, participantes e espectadores, a combater o bom combate e a terminar juntos a corrida, almejando alcançar como prêmio não uma medalha, mas algo muito mais valioso”.
Segundo o Santo Padre este prêmio maior deve ser “a realização de uma civilização onde reine a solidariedade, fundada no reconhecimento de que todos somos membros de uma única família humana, independentemente das diferenças de cultura, cor da pele ou religião”.
Dirigindo-se especificamente aos brasileiros, “que com sua característica alegria e hospitalidade organizam a Festa do Esporte”, Francisco também manifestou o desejo de que “esta seja uma oportunidade para superar os momentos difíceis e comprometer-se a ‘trabalhar em equipe’ para a construção de um país mais justo e mais seguro, apostando em um futuro cheio de esperança e alegria! Que Deus abençoe a todos!”, concluiu.

Fonte: ACI Digital 

Papa Francisco adverte sobre o perigo de cair em uma “espiritualidade gnóstica”

VATICANO, 03 Ago. 16 / 05:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- “A secularização do mundo moderno é forte”, advertiu o Papa Francis durante o encontro com osbispos da Polônia, no dia 27 de julho, no marco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Cracóvia 2016. Mas, assinalou que existe também outro perigo na sociedade de hoje: o da “espiritualidade gnóstica”.
No diálogo publicado na terça-feira, 2, pela Santa Sé, o Arcebispo de Lodz, Dom Marek Jedraszewski, disse que, ao que parece, os cristãos da Europa, pouco a pouco, são uma minoria na cultura contemporânea ateu-liberal, e que na Polónia há “uma enorme luta entre a fé em Deus” e um “pensamento e estilos de vida como se Deus não existisse”.
“É verdade – responde o Papa –, a descristianização, a secularização do mundo moderno é forte. É muito forte. Mas qualquer um diz: Sim, é forte, mas se veem fenômenos de religiosidade, como se o sentido religioso se despertasse. E isso pode ser também um perigo”.

“Creio que nós, neste mundo assim secularizado, também temos outro perigo, o da espiritualidade gnóstica: esta secularização nos dá a oportunidade de fazer crescer uma vida espiritual um pouco gnóstica”.
Nesse sentido, recordou que essa “foi a primeira heresia daIgreja: o apóstolo João ataca os gnósticos – e como, com que força! – onde há uma espiritualidade subjetiva, sem Cristo. Para mim, o problema mais grave dessa secularização é a descristianização: remover Cristo, remover o Filho. Eu rezo, sinto... e nada mais. Este é o agnosticismo. Encontrar Deus sem Cristo: um Deus sem Cristo, um povo sem Igreja”.
Francisco recordou aos bispos poloneses que “a Igreja é a Mãe, aquela que te dá vida, e Cristo é o Irmãos mais velho, o Filho do Pai”. No entanto, a descristianização causada pelo gnosticismo de hoje leva a “uma Igreja órfão” a “um povo órfão. E devemos fazer o nosso povo ouvir isto”, assinalou.
Para isso, o Papa indicou que é necessária “a prática do evangelho, pois é onde está o ensinamento do Senhor, que é a proximidade”.
“Hoje, nós, servos do Senhor, bispos, sacerdotes, consagrados, leigos, convencidos, devemos estar próximos do povo de Deus”, porque “sem proximidade há somente palavra sem carne”.
“Pensemos – gosto de pensar nisso – nos dois pilares do Evangelho. Quais são os pilares do Evangelho? As bem-aventuranças e depois Mateus 25, o ‘protocolo’ com o qual todos seremos julgados. As coisas concretas. Proximidade. Tocar. As obras de misericórdia, sejam corporais ou espirituais”, expressou.

Fonte: ACI Digital 

Papa denuncia: Países influentes financiam a ideologia de gênero nas escolas


VATICANO, 03 Ago. 16 / 04:00 pm (ACI).- O Papa Francisco criticou que nas escolas se ensine as crianças a ideologia de gênero, uma das “colonizações ideológicas” que se difundem através de livros financiados por certas instituições e inclusive por “países muito influentes”.
O Santo Padre fez esta denúncia durante o encontro que teve com os bisposda Polônia, no dia 27 de julho, na Catedral de Santo Estanislau e São Venceslau, durante a sua viagem para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Cracóvia 2016, e cujo conteúdo foi divulgado em 2 de agosto pela Santa Sé.
Ao responder algumas perguntas dos bispos, o Pontífice aproveitou para denunciar novamente as colonizações ideológicas, entre elas a ideologia de gênero e sua difusão nas escolas.

“Queria concluir com este aspecto, porque por trás estão as ideologias. Na Europa, na América, na América Latina, na África, em alguns países da Ásia, há verdadeiras colonizações ideológicas. E uma destas – digo claramente com nome e sobrenome – é a ideologia de gênero!”.
“Hoje ensinam as crianças – as crianças! –, que estão na escola: que cada um pode escolher o seu sexo. E por que ensinam isto? Porque os livros são das pessoas e instituições que lhes dão dinheiro. São as colonizações ideológicas, sustentadas também por países muito influentes. Isto é terrível”, alertou.
Nesse sentido, recordou que uma vez, “conversando com Bento XVI, que está bem e tem um pensamento claro, ele me disse: ‘Santidade, esta é a época do pecado contra Deus criador’. É inteligente! Deus criou o homem e a mulher, Deus criou o mundo assim, assim, assim… e nós fazemos o contrário”.

Fonte: ACI Digital 


TEXTO COMPLETO: Papa Francisco recorda na catequese sua participação na JMJ 2016




VATICANO, 03 Ago. 16 / 01:00 pm (ACI).- O Papa Francisco presidiu nesta quarta-feira a Audiência Geral depois de uma pausa de um mês e após ter participado da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016. O Pontífice destacou passagens de sua recente visita à Polônia para recorda à Europa que não terá futuro sem seus valores fundamentais e que este mundo em guerra necessita do sinal de esperança da fraternidade.
A seguir, o texto completo da catequese do Papa Francisco:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje gostaria de refletir brevemente sobre a viagem apostólica que realizei nos dias passados à Polônia.

A ocasião da viagem foi a Jornada Mundial da Juventude, a 25 anos daquela histórica celebrada em Czestochova pouco depois da caída da “cortina de ferro”. Nesses 25 anos a Polônia mudou, a Europa mudou e o mundo mudou, e esta JMJ se tornou sinal profético para a Polônia, para a Europa e para o mundo. A nova geração dos jovens, herdeiros e continuadores da peregrinação iniciada por João Paulo II, deu a resposta ao desafio de hoje, deu o sinal de esperança e este sinal se chama fraternidade. Porque justamente nesse mundo em guerra, é preciso fraternidade, é preciso proximidade, é preciso diálogo, é preciso amizade. E este é o sinal da esperança: quando há fraternidade.
Partamos justamente dos jovens, que foram o primeiro motivo da viagem. Uma vez mais responderam ao apelo: vieram de todo o mundo -alguns deles ainda estão aqui! [indica os peregrinos na Sala] – uma festa de cor, de faces diversas, de línguas, de histórias diversas. Eu não sei como fazem: falam diversas línguas, mas conseguem se entender! E por que? Porque têm essa vontade de caminhar juntos, de fazer pontes, de fraternidade. Vieram também com suas feridas, com suas interrogações, mas sobretudo com a alegria de encontrar-se; e uma vez mais formaram um mosaico de fraternidade. Pode-se falar de um mosaico de fraternidade. Uma imagem emblemática das Jornadas Mundiais da Juventude é o mar multicolorido de bandeiras agitadas pelos jovens: de fato, na JMJ, as bandeiras das nações se tornam mais belas, por assim dizer “se purificam” e também bandeiras de nações em conflito entre elas ficam lado a lado. E isso é belo! Também aqui há bandeiras: façam vê-las!
Assim, neste grande encontro jubilar, os jovens do mundo acolheram a mensagem da Misericórdia, para levá-la a todo lugar nas obras espirituais e corporais. Agradeço todos os jovens que vieram a Cracóvia! E agradeço àqueles que se uniram a nós de toda parte da Terra! Porque em tantos países fizeram pequenas Jornadas da Juventude em ligação com aquela de Cracóvia. O dom que receberam se torne resposta cotidiana ao chamado do Senhor. Uma recordação cheia de afeto vai para Susana, a jovem romana desta diocese que morreu logo depois de ter participado da JMJ, em Viena. O Senhor, que certamente a acolheu no Céu, conforte seus familiares e amigos.
Nesta viagem visitei também o Santuário de Czestochova. Diante do ícone de Nossa Senhora, recebi o dom do olhar da Mãe, que é de modo particular Mãe do povo polonês, daquela nobre nação que sofreu tanto e com a força da fé e a sua mão materna, sempre se levantou. Saudei alguns poloneses aqui [na Sala]. Vocês são bravos, são bravos vocês! Ali, sob aquele olhar, entende-se o sentido espiritual do caminho desse povo, cuja história está ligada de modo indissolúvel à Cruz de Cristo. Ali se toca com a mão a fé do santo povo fiel de Deus, que protege a esperança através das provações; e protege também aquela sabedoria que é equilíbrio entre tradição e inovação, entre memória e futuro. E a Polônia recorda hoje a toda a Europa que não pode haver futuro para o continente sem os seus valores de fundação, os quais, por sua vez, têm no centro a visão cristã do homem. Entre esses valores há a misericórdia, da qual foram apóstolos especiais dois grandes filhos da terra polonesa: Santa Faustina Kowalska e São João Paulo II.
E, enfim, também essa viagem tinha o horizonte do mundo, um mundo chamado a responder ao desafio de uma guerra “aos pedaços” que o está ameaçando. E aqui o grande silêncio da visita a Auschwitz-Birkenau foi mais eloquente que qualquer palavra. Naquele silêncio ouvi, senti a presença de todas as almas que passaram por lá; senti a compaixão, a misericórdia de Deus, que algumas almas santas souberam levar naquele abismo. Naquele grande silêncio rezei por todas as vítimas da violência e da guerra. E ali, naquele lugar, compreendi mais do que nunca o valor da memória, não somente como recordação de eventos passados, mas como advertência e responsabilidade pelo hoje e o amanhã, a fim de que a semente do ódio e da violência não germine e lance raízes nos sulcos da história. E nesta memória das guerras e de tantas feridas, de tantas dores vividas, há também tantos homens e mulheres de hoje, que sofrem as guerras, tantos irmãos e irmãs nossos. Olhando para aquela crueldade, naquele campo de concentração, pensei logo nas crueldades de hoje, que são similares: não assim concentradas como naquele lugar, mas em todo lugar no mundo; este mundo que está doente de crueldade, de dor, de guerra, de ódio, de tristeza. E por isso sempre vos peço a oração: que o Senhor nos dê a paz!
Por tudo isso, agradeço ao Senhor e à Virgem Maria. E exprimo novamente a minha gratidão ao presidente da Polônia e a outras autoridades, ao cardeal arcebispo de Cracóvia e a todo o episcopado polonês e a todos aqueles que, de mil modos, tornaram possível este evento, que ofereceu um sinal de fraternidade e de paz à Polônia, à Europa e ao mundo. Gostaria de agradecer também aos jovens voluntários, que durante mais de um ano trabalharam para levar adiante esse evento; e também aos meios de comunicação, aqueles que trabalham na mídia: muito obrigado por terem feito com que esta Jornada fosse vista em todo o mundo. E aqui não posso esquecer Anna Maria Jacobini, uma jornalista italiana que perdeu a vida ali, de repente. Rezemos também por ela: ela se foi no desenvolvimento do seu trabalho.
Obrigado!
Com tradução de Canção Nova

Fonte : ACI Digital 

2 de ago. de 2016

Como viver o tempo de espera com paciência?

Ser paciente e saber esperar não é uma tarefa fácil, mas é preciso aprender a lidar com esse tempo

Se você for como eu e a maioria das pessoas, provavelmente não gosta de esperar. Parece que, em geral, temos mais o que fazer em um dia do que talvez possamos concluir, por isso andamos sempre apressados. Entretanto, não há outra saída quando o assunto é espera, porque ela faz parte da vida humana, e praticamente todos nós estamos à espera de alguma coisa.
A Palavra de Deus, em muitas passagens, fala da espera e nos diz inclusive como devemos fazê-la: “Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência” (Salmo 37,7).

Aprendendo como esperar

Porém, em nenhum momento, prometeu que seria fácil esperar. E não é fácil mesmo! Eu travo uma verdadeira luta interior quando estou em uma fila, por exemplo, e vejo o atendente fazendo tudo com muita calma. No entanto, já percebi que não adianta ficar agitada, isso só aumenta meu sofrimento e, mesmo assim, eu terei de continuar esperando. Aliás, já está provado, que quando não há o que fazer, a melhor opção é se render à espera. Porém, a grande questão é: como esperar?
Tenho aprendido que, durante o tempo de espera, devemos evitar a comparação. Apesar de que ela seja algo quase que “natural” em nós, o fato é que todas as vezes que nos comparamos com outras pessoas, estamos deixando nossa vida de lado e querendo viver a vida do outro. E isso não agrada a Deus, uma vez que Ele tem planos específicos para cada um de nós e nos ama por aquilo que somos, não por aquilo que gostaríamos de ser ou até mesmo fazer.

A espera traz frutos

Existem muitas coisas boas a serem feitas enquanto passamos pela espera. Viver
intensamente cada instante como se fosse o último e o único, por exemplo, nos levará a ser melhor, amar mais e dar mais importância aquilo que realmente vale a pena. Também é importante fugir da irritação e impaciência e procurar ser agradável, acolhedor, e interessar-se pelas pessoas que estão ao seu lado. Sabia que tem muita gente morrendo espiritualmente falando, por falta do amor que você pode dar? Ouse sair de si mesmo e ir ao encontro de quem precisa! É dando amor que você aprende a amar e amando passará pela espera sem nem perceber.
Cultivar boas amizades também é uma boa dica. Um verdadeiro amigo tem o poder de nos devolver a nós mesmos. E é isso que nós mais precisamos em meio as provas. Isso porque o amigo acredita no outro, consegue ver suas capacidades muitas vezes escondidas atrás dos medos e das marcas do passado, ajuda-o a dar a volta por cima e reencontrar sua essência.
Portanto, se você é do tipo que fica muito chateado ou até mesmo arrasado quando as coisas não acontecem no tempo em que planejou, experimente analisar a situação com calma e pedir para Deus lhe mostrar uma nova perspectiva de vida, a partir dos planos d’Ele e não simplesmente dos seus. Se viver a experiência com fé e coragem, tenho certeza que vai se surpreender, pois, uma vez que optamos por andar nos caminhos de Deus, Ele nos proporciona graças abundantes, mas é preciso saber esperar seu tempo, pois este, às vezes, é diferente do nosso. Lembre-se que a vida costuma oferecer novas oportunidades a cada amanhecer; e se você estiver agitado demais, corre o risco de não perceber a felicidade que está chegando de mansinho, aproximando-se cada vez mais de você!

Por Dijanira Silva 
Fonte: Canção nova 

Papa cria Comissão de estudo sobre Diaconado das mulheres

02/08/16


O Papa Francisco, como havia dito no passado dia 12 de maio no encontro com as Superioras Gerais na Sala Paulo VI, “instituiu oficialmente uma Comissão encarregada de estudar a questão do Diaconado das mulheres"," sobretudo em relação aos primeiros tempos da Igreja”
Como presidente, Francisco nomeou o arcebispo Luis Francisco Ladaria Ferrer, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé. Os membros da Comissão são 12, seis mulheres e seis homens. Aqui estão os seus nomes:
Rev.da Irmã Nuria Calduch‑Benages, M.H.S.F.N., Membro da Pontifícia Comissão Bíblica;
Prof.ra Francesca Cocchini, Docente  na Universidade «La Sapienza» e no Instituto Patrístico «Augustinianum» de Roma;
Rev.do Mons. Piero Coda, Decano do Instituto Universitário "Sophia", Loppiano, e Membro da Comissão Teológica Internacional;
Rev.do P. Robert Dodaro, O.S.A., Decano do Instituto Patrístico «Augustinianum» de Roma, e Docente de Patrologia;
Rev.do P. Santiago Madrigal Terrazas, S.I., Docente de Ecclesiologia na Universidade Pontifícia «Comillas» de Madrid;
Rev.da Irmã Mary Melone, S.F.A., Reitor  Magnífico da Pontifícia Universidade «Antonianum» de Roma;
Rev.do Karl‑Heinz Menke, Docente emérito de Teologia dogmática na Universidade de Bonn e Membro da Comissão Teológica Internacional;
Rev.do Aimable Musoni, S.D.B., Docente de Ecclesiologia na Pontifícia Universidade Salesiana de Roma;
Rev.do P. Bernard Pottier, S.I., Docente no «Institut d'Etudes Théologiques», Bruxelles, e Membro da Comissão Teológica Internacional;
Prof.ra Marianne Schlosser, Docente de Teologia espiritual na Universidade de Viena e Membro da Comissão Teológica Internacional;
Prof.ra Michelina Tenace, Docente de Teologia fundamental na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma;
Prof.ra Phyllis Zagano, Docente na  «Hofstra University», Hempstead, em New York.

Fonte: Rádio Vaticano 

1 de ago. de 2016

10 Ensinamentos de Santo Afonso de Ligório, fundador dos Redentoristas

Santo Afonso era filho de uma das mais antigas e nobres famílias de Nápoles, Itália. Desde pequeno foi menino prodígio pela facilidade em aprender as línguas, as ciências, a arte e a música. Escreveu mais tarde muitas canções religiosas de devoção popular.
Aos 19 anos já era advogado formado. Mas sofreu uma grande decepção profissional. Depois de ter feito uma exaltada defesa de um acusado, foi-lhe apresentado um documento que demonstrava que ele havia, embora involuntariamente, sustentado a falsidade. Esse fato mudou a sua vida. No entanto, antes mesmo do ocorrido já pensava em abandonar sua profissão. Inclusive escreveu em uma de suas cartas: “Amigo, nossa profissão é muito cheia de dificuldades e perigos; levamos uma vida infeliz e corremos o risco de morrermos infelizes. No meu caso, vou largar esta carreira, que não me serve; pois desejo assegurar a salvação da minha alma”. Ele, realmente, abandonou o Direito e se pôs a serviço de Deus. Aos trinta anos foi ordenado sacerdote e passou a desenvolver as suas missões de evangelização entre os mendigos da periferia de Nápoles e os camponeses. Já aos 36 anos, com a colaboração de um grupo de leigos, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor (redentoristas), aprovada no ano 1749 pelo Papa Bento XIV.
Faleceu aos 91 anos de idade tendo chegado ao fim da existência cego e surdo.
Seu lema de vida era: “Não perder tempo jamais”. Mesmo no final da vida escreveu muitos livros. Entre os seus quase cem livros, encontramos vários citados na Bibliografia deste livro.
Foi devotíssimo de Nossa Senhora, tendo escrito o clássico “As Glórias de Maria”. A sua “Teologia Moral” exerceu grande influência na formação do clero, obra que foi uma importante reação ao pessimismo religioso criado pelo rigor do Jansenismo de sua época.
Foi declarado “Doutor da Igreja” e patrono dos confessores e teólogos de teologia moral.
Conheça alguns de seus muitos ensinamentos:
1. Se estivermos unidos à vontade divina em todas as tribulações, é certo, vamos nos tornar santos e seremos os mais felizes do mundo.
2. Feliz aquele que vive inteiramente unido e abandonado à vontade de Deus. Não fica orgulhoso com seus sucessos, nem fica desanimado com os fracassos, pois sabe que tudo vem da mesma mão de Deus.
3. É no sofrer e no abraçar com alegria as coisas desagradáveis e contrárias ao nosso amor próprio que se conhece quem ama de verdade a Jesus Cristo.

4. Não só devemos receber com resignação as provações vindas diretamente de Deus, tais como as doenças, a nossa limitação, a perda acidental de alguma coisa, mas também tudo o que nos vem indiretamente de Deus e diretamente dos homens: as perseguições, os roubos, as injúrias. Na verdade, tudo nos vem de Deus.
5. As almas fortes e desejosas de pertencer só a Deus não lhe pedem senão luz para discernir a sua vontade e força para a cumprir perfeitamente.
6. Não há coisa mais segura para escapar dos laços do demônio, do que fazer a vontade alheia nas coisas boas.
7. Chama-se pobre quem deseja bens que não possui. Mas quem não deseja nada e está contente com sua pobreza, é perfeitamente rico.
8. Todos os sofrimentos vêm das mãos de Deus, diretamente ou indiretamente através dos homens.

9. Quem não tem Deus, não tem nada; quem tem Deus, tem tudo.
10. Da cruz e das chagas do nosso Redentor sai um grito para nos fazer entender o amor que ele nos tem.

Fonte: Cléofas

No mês das Olímpiadas Papa pede que o esporte seja ocasião de fraternidade



VATICANO, 01 Ago. 16 / 03:17 pm (ACI).- A Santa Sé divulgou esta segunda-feira as intenções de oração do Papa Francisco para o mês de agosto, dedicadas ao esporte como caminho de encontro entre os povos, e para que os cristãos vivam a exigência do Evangelho.
A intenção universal deste mês pede pela Fraternidade no esporte.
“Para que o esporte seja uma oportunidade de encontro fraterno entre os povos e contribua para a causa da paz no mundo”.
A intenção missionária é “para que os cristãos vivam o seguimento do Evangelho dando testemunho de fé, de honestidade e de amor pelo próximo”.
Na página oficial do Apostolado da Oração também está o texto proposto para as preces de todos os cristãos neste mês de agosto.

ORAÇÃO
Deus Pai,
todos os teus filhos são chamados, na sua diversidade,
a colaborar na construção de um mundo melhor.
Não apenas através dos assuntos políticos e econômicos,
mas também nos momentos de encontro e lazer.
Nos grandes eventos desportivos, cria-se um exemplo de comunhão e partilha,
um sinal de que é possível construir a paz.
Também peço para que a minha vida seja um testemunho coerente da minha fé,
em atitudes de honestidade e amor para com o meu próximo.
Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória…

Fonte: ACI Digital 

"O islã não é violento": Papa rejeita o conceito de violência islâmica




AVIÃO PAPAL, 01 Ago. 16 / 09:56 am (ACI).- Na habitual entrevista aos jornalistas presentes do vôo papal, antes de voltar a Roma após sua visita à Polônia e a JMJ Cracóvia 2016, o Papa afirmou que não usa o termo violência islâmica, pois o conceito poderia vincular o islã à violência e nem todos os muçulmanos são violentos. Ao contrário, segundo o Santo Padre, no islã e demais religiões os que incitam ao ódio são grupos pequenos de fundamentalistas.
"Por que quando você fala destes eventos violentos fala sempre de terroristas mas nunca de islã, nunca utiliza a palavra islã, e logo outra sobre a oração e o diálogo, que obviamente são essencialíssimos. Que iniciativa concreta pode propor ou sugerir para contrastar a violência islâmica. Obrigado Santidade".
Esta foi a resposta do Santo Padre:
"Eu não gosto de falar de violência islâmica, porque todos os dias quando leio os jornais, vejo violência, aqui na Itália, alguém que mata a namorada, outro que mata a sogra. E estes são católicos batizados, são católicos violentos.

Se eu falar de violência islâmica, devo falar de violência católica e não, não todos os islâmicos são violentos, não todos os católicos são violentos.
É como a salada de frutas, tem de tudo. Há violentos desta religião… uma coisa é verdade: acredito que em quase todas as religiões há um pequeno grupo fundamentalista. Nós o temos.
Quando o fundamentalismo chega a matar, também se pode matar com a língua -isto diz o Apóstolo Santiago- e também com a faca.
Acredito que não é justo identificar o islã com a violência. Não é justo nem é verdade. Tive um diálogo longo com o grande ímã da universidade Al Azhar, Sei como eles pensam, procuram a paz, o encontro.
O Núncio de um país africano me dizia que na capital do país onde está, sempre há um bom grupo de gente, sempre está cheio na porta Santa pelo jubileu e alguns vão confessar se, católicos, outros vão e rezam, mas a maioria vão rezar ao altar da Virgem. Estes são muçulmanos que querem fazer o jubileu. São irmãos.
Quando estive na República Centroafricana estive com eles, eu andei com o ímã no papamóvel. Pode-se conviver com eles.
São grupinhos fundamentalistas. Eu me pergunto, quantos jovens, que nós europeus, deixamos vazios de ideais, que não têm trabalho e procuram a droga ou o álcool se juntam em grupos fundamentalistas?
Sim podemos dizer que o assim chamado ISIS, é um Estado Islâmico que se apresenta como violento, porque quando se vê seus documentos de identidade. Este é um grupo fundamentalista que se chama ISIS.
Não é verdade nem é justo que o Islã seja terrorista. O terrorismo está em todo lados, pense no terrorismo tribal de alguns países africanos. O terrorismo é também, mas não sei se dizê-lo porque é algo perigoso, o terrorismo cresce quando não há outra opção, quando ao centro da economia mundial está o dinheiro e não a pessoa, o homem e a mulher, isto já é o primeiro terrorismo.
Ignorar a maravilha da criação, que é o homem e a mulher, é um terrorismo de base contra toda a humanidade. Pensemos nisso".

Fonte: ACI Digital 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...