18 de jun. de 2016

Com que disposições devemos comungar?

São necessárias disposições interiores (as mais importantes) e exteriores, sinais do respeito devido a este Sacramento.
Disposições interiores:
Estar em estado de graça, isto é, com a consciência de não se ter nenhum pecado mortal na alma. Se alguém sabe que está em pecado mortal deve, antes de aproximar-se da Sagrada Comunhão, receber a absolvição no Sacramento de Reconciliação. É importante e oportuno confessar-se, de quando em quando (em média, pelo menos uma vez por mês, e na pior das hipóteses ao menos uma vez por ano), mesmo quando se tem apenas pecados veniais, para eliminar o véu de névoa de pó, de claro-escuro que o pecado venial traz consigo, atenuando desse modo a esplêndida beleza e a maravilhosa riqueza da nossa relação filial com Deus.

Disposições exteriores:
Espírito de recolhimento e de oração, para ajudar a participação interior durante a Santa Missa, especialmente em certos momentos (tempos de silêncio, oração pessoal depois da Comunhão);

Modo digno e comunitário ao aclamar ou pronunciar em coro as partes comuns da Santa Missa;

Atitude do corpo (gesto e vestuário dignos e decorosos, tom de voz adequado, todo o nosso comportamento) como sinal de respeito e de fé para com Cristo que se recebe na Santa Comunhão;
Observância do jejum prévio de ao menos uma hora.
Retirado do livro: A Eucaristia, Pão da vida Eterna, Raffaello Martinelli

Via: Editora Cléofas 

18/06 – São Gregório Barbarigo

O Santo de hoje nasceu no ano de 1625 em Veneza, numa nobre família que lhe proporcionou ótima formação ao ponto possuir a profissão de diplomata europeu. São Gregório Barbarigo tinha toda uma próspera carreira diplomática, mas teve a graça e coragem de abandonar tudo por causa do chamado ao Sacerdócio. Com profunda ligação ao Papa Alexandre VII, São Gregório foi escolhido pelo mesmo, como assessor, pois tinha muitas qualidades morais e intelectuais. Nomeado bispo de Bérgamo fez um lindo trabalho pastoral na sua diocese, e da mesma forma se esforçou, para com Deus evangelizar em Pádua, onde foi transferido, a fim de reorganizar os estudos e reativar o seminário. Na diocese de Pádua São Gregório Barbarigo primou pelo saber e formação do clero, já que, como ninguém, havia interiorizado as conclusões do Concílio de Trento. Promoveu a cultura científica e religiosa em todos os meio possíveis, a fim de ganhar não só Católicos, mas a todos para Cristo, até que fadigado pela missão morreu de tanto trabalho com 72 anos.



Cléofas 

Catequese do Papa na audiência jubilar: "Misericórdia e conversão"

18/06/2016 



Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado (18/6), na Praça São Pedro, milhares de peregrinos e fiéis, provenientes de diversas partes da Itália e do mundo, para a audiência jubilar.

Em sua catequese o Papa refletiu sobre a passagem evangélica onde diz que “depois da sua ressurreição, Jesus apareceu diversas vezes aos discípulos, antes de ser elevado à glória do Pai”.
Em uma destas aparições, o Senhor indica o conteúdo fundamental da pregação que os apóstolos deveriam oferecer ao mundo, que o Papa assim classificou:
“Podemos sintetizá-la em duas palavras: ‘conversão’ e ‘perdão dos pecados’. São dois aspectos que classificam a misericórdia de Deus, que, com amor, cuida de nós”.
Hoje, porém, em sua catequese, o Santo Padre explicou apenas a primeira palavra: “conversão”, que está presente em toda a Bíblia, de modo particular na pregação dos profetas, que convidavam, continuamente, o povo a “voltar para Deus”, para pedir-lhe perdão e mudar seu estilo de vida:
“Converter-se, segundo os profetas, significa mudar de direção e dirigir-se novamente ao Senhor, na certeza de que ele nos ama e o seu amor é sempre fiel”.
De fato, conversão foi a primeira palavra da pregação de Jesus: “Convertam-se e acreditem no Evangelho”. Com este anúncio, disse Francisco, Jesus se apresenta ao povo, pedindo que acolha a sua palavra, como última e definitiva que o Pai dirige à humanidade.
Em relação à pregação dos profetas, Jesus insiste ainda mais sobre a dimensão interior da conversão, com a qual toda a pessoa é envolvida, coração e mente, para se tornar criatura nova. E o Papa ponderou:
“Quando Jesus convida à conversão, não o faz para julgar as pessoas, mas a partir da proximidade, da partilha da condição humana e, portanto, da estrada, da casa, da mesa. A misericórdia com os que tinham necessidade de mudar de vida acontecia com a sua presença amável, envolvendo cada um na sua história de salvação”.
Com este seu comportamento, Jesus tocava a profundidade do coração das pessoas, que se sentiam atraídas pelo amor de Deus e impelidas a mudar de vida. Aqui Francisco citou algumas conversões, como a de Mateus e Zaqueu, que aconteceram precisamente assim, porque se sentiram amados por Jesus e, por meio dele, pelo Pai. E o Papa insistiu:
“A verdadeira conversão, insistiu o Papa, acontece quando acolhemos o dom da graça e o claro sinal da sua autenticidade é quando percebemos das necessidades dos irmãos e nos sentimos prontos a ir ao seu encontro”.
O Santo Padre concluiu a sua catequese desta audiência jubilar dizendo: “Quantas vezes sentimos a exigência de uma mudança que envolve toda a nossa vida!” Por isso, exortou os fiéis a seguir este convite do Senhor sem obstinação, porque somente abrindo-nos à sua misericórdia podemos encontrar verdadeira vida e verdadeira alegria.
Após a sua catequese, Francisco passou a cumprimentar os diversos grupos de peregrinos presentes na Praça São Pedro. Eis a sua saudação que fez aos presentes de  língua portuguesa:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sejam bem vindos! Saúdo a todos convidando-os a pedir ao Senhor uma fé grande para verem a realidade com o olhar de Deus e uma grande caridade para se aproximarem das pessoas com coração misericordioso. Confiem em Deus, como a Virgem Maria! Sobre vocês e suas famílias, desça a bênção do Senhor”.
Assim, o Papa concedeu a todos a sua Bênção Apostólica(MT)

Rádio Vaticano 

17 de jun. de 2016

Papa visita sacerdotes idosos e enfermos dentro das "Sextas-feiras da Misericórdia"

17/06/2016


Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde desta sexta-feira (17/06) o Papa Francisco deu prosseguimento à iniciativa jubilar “Sexta-feira da misericórdia”, dedicando desta vez sua atenção aos sacerdotes idosos e enfermos.


Precisamente no mês em que celebrou o Jubileu dos Sacerdotes, a eles dirigindo três longas meditações nas Basílicas papais em 2 de junho e presidindo  a Eucaristia na Praça São Pedro na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o Papa quis expressar sua proximidade e atenção também àqueles sacerdotes que não puderam participar fisicamente das celebrações jubilares, mas que estiveram presentes com a oração.
Neste sentido, o Pontífice escolheu não uma, mas duas comunidades que acolhem sacerdotes idosos e enfermos. De fato, Francisco deixou o Vaticano pouco antes das 16 horas, em uma tarde rica de emoções, encontros, momentos de oração e alegria espiritual.
A primeira comunidade visitada foi a “Monte Tabor”, onde residem oito sacerdotes com diversos tipos de problemas, provenientes de diferentes dioceses. Eles são acompanhados por um Diácono permanente, Ermes Luparia, ex-Coronel da Aeronáutica, agora especializado em psicologia e dedicado ao serviço de acompanhamento no espírito dos Padres Salvatorianos. O Papa encontrou-se com os sacerdotes na pequena capela da comunidade, ouvindo-os e rezando com eles.
A seguir, o Papa visitou a “Casa São Caetano”, que acolhe os sacerdotes idosos da Diocese de Roma, e que ficou conhecida como “Os cem padres”. Atualmente 21 sacerdotes idosos, alguns deles muito doentes, são assistidos por três religiosas. O “Diretor” da casa, Padre Antonio Antonelli, foi pároco por muitos anos e agora também ele enfermo. Em sua maioria, trata-se de sacerdotes diocesanos, mas não faltam alguns religiosos.
Com a visita, o Santo Padre quis demonstrar a cada sacerdote seu afeto, rico de consolação e encorajamento, dando assim um exemplo eficaz de misericórdia, atenção e gratidão a toda a comunidade de Roma e à Igreja.
O Jubileu, precisamente, consiste em um equilíbrio essencial das obras de misericórdia, ao mesmo tempo corporais e espirituais.
O gesto desta sexta-feira foi o sexto sinal de misericórdia realizado pelo Papa Francisco durante o Jubileu. Em janeiro visitou uma Casa de Repouso para idosos e doentes em estado vegetativo; em fevereiro, uma comunidade de toxicômanos em Castel Gandolfo; em março, na Quinta-feira Santa, o Centro de Acolhida para os refugiados (CARA) de Castelnuovo di Porto; em abril a visita aos refugiados e migrantes na Ilha grega de Lesbos e por fim, a comunidade “Chicco” em Ciampino, para pessoas com graves problemas mentais. (JE)

Fonte: Rádio Vaticano 

16/06 – Santos Julita e Ciro

Santa Julita vivia em Icônio com seu filho Ciro, nascido havia três anos, quando o governador de Licaônia, Domiciano, iniciou a aplicação dos editos perseguidores de Diocleciano. Julita procurou primeiro refúgio em Selêucia e depois em Tarso. Em Tarso, Julita foi detida por ordem do governador da Cilícia, Alexandre. Ela se declarou cristã; começou aí o martírio. Possuímos várias narrativas do martírio de santa Julita e de são Ciro, alguns muito diferentes entre si.
O Martirológio Jeronimiano anunciava: “Em Antioquia, os santos Ciro e Julita, sua mãe, e com eles quatrocentos e quatro mártires”, enquanto as Atas de seu martírio colocam a morte deles em Tarso. Seja como for, tendo Julita se declarado cristã, o governador tomou-lhe o filho e mandou que ela fosse flagelada. Em meio aos tormentos, ela não se cansava de repetir: “Eu sou cristã”, e o pequeno Ciro se debatia para escapar aos braços do governador e voltar para junto de sua mãe, gritando: “Eu também sou cristão!” Furioso, Alexandre pegou o menino por um pé e o jogou violentamente sobre os degraus do tribunal, tendo então se quebrado o seu crânio. Julita, em vez de chorar e lamentar-se, agradeceu a Deus por ter visto seu filho morrer aureolado pela coroa do martírio. Os suplícios que, em seguira, lhe foram infligidos não abalaram sua confiança e sua constância. Enfim, ela foi decapitada.
O culto de são Ciro é um dos mais misteriosos, pois espalhou-se por toda a cristandade, mas se referindo sempre a Ciro apenas. É assim que encontramos muitas igrejas dedicadas em sua honra na Síria, na Palestina, no Ponto, na Lídia, na Itália, na França, na Espanha etc., mas sempre só, sem nenhuma menção à santa Julita. Embora muito se discuta sobre o seu país de origem, assim como sobre o seu relacionamento com santa Julita, o fato é que a devoção a ele é muito grande em vários países e seu nome, derivado de “Kyrios”, Senhor; em grego, é muito usado.

Fonte: Cléofas 

Francisco: o Pai-Nosso é a pedra angular da oração

16/06/2016

Cidade do Vaticano (RV) - Rezando o Pai Nosso sentimos o Seu olhar sobre nós. Foi o que afirmou o Papa na missa matutina na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, (16/06).
Francisco ressaltou que, para um cristão, as orações não são palavras mágicas e recordou que ‘Pai’ é a palavra que Jesus profere sempre nos momentos fortes de sua vida.
Não desperdiçar palavras como os pagãos, não pensar que as orações são palavras ‘mágicas’. O Pontífice se inspirou no Evangelho do dia, quando Jesus ensina a oração do ‘Pai Nosso’ a seus discípulos e refletiu sobre o valor de rezar ao Pai na vida do cristão. Jesus, disse, “indica o espaço da oração em uma só palavra: ‘Pai’”.
Jesus se dirige sempre ao Pai nos momentos fortes de sua vida
Este Pai, observou, “sabe do que precisamos antes que lhe peçamos”. É um Pai que “nos escuta às escondidas, no segredo, como Ele, Jesus, nos aconselha a rezar: no segredo”.


“Este Pai nos dá a identidade de filhos. Eu digo ‘Pai’, mas chego às raízes da minha identidade: a minha identidade cristã é ser filho e esta é uma graça do Espírito. Ninguém pode dizer ‘Pai’ sem a graça do Espírito. ‘Pai’ é a palavra que Jesus usava quando era cheio de alegria, de emoção: “Pai, te louvo porque revelas estas coisas as crianças”; ou chorando, diante do túmulo de seu amigo Lázaro. “Pai, te agradeço porque me ouvistes”; ou ainda, nos momentos finais de sua vida, no fim”.
“Nos momentos mais fortes”, evidenciou Francisco, Jesus diz: ‘Pai’. “É a palavra que mais usa; Ele fala com o Pai. É o caminho da oração e por isso – reiterou – eu me permito dizer, é o espaço de oração”. “Sem sentir que somos filhos, sem dizer ‘Pai’ – advertiu o Papa – a nossa oração é pagã, é uma oração de palavras”.
Rezar ao Pai, Ele conhece as nossas necessidades
Certo, acrescentou, podemos rezar a Nossa Senhora, aos anjos e Santos, mas a pedra angular da oração é o ‘Pai’. Se não formos capazes de iniciar a oração com esta palavra, “a oração não vai dar certo”: 
“Pai. É sentir o olhar do Pai sobre mim, sentir que aquela palavra “Pai” não é um desperdício como as palavras das orações dos pagãos: é um chamado para Aquele que me deu a identidade de filho. Este é o espaço da oração cristã – “Pai” - e, em seguida, rezamos a todos os Santos, os Anjos, fazemos também as procissões, as peregrinações... Tudo bonito, mas sempre começando com “Pai” e na consciência de que somos filhos e que temos um Pai que nos ama e que conhece todas as nossas necessidades. Este é o espaço”.
Francisco em seguida dirigiu o pensamento à parte onde na oração do “Pai Nosso”, Jesus refere-se ao perdão do próximo como Deus nos perdoa. “Se o espaço da oração é dizer Pai - observou -, a atmosfera da oração é dizer ‘nosso’: somos irmãos, somos uma família”.
Então o Papa recordou o que aconteceu com Caim, que odiou o filho do Pai, odiou seu irmão. O Pai nos dá a identidade e a família. “Por isso - disse o Papa - é tão importante a capacidade de perdoar, de esquecer, de esquecer as ofensas, a saudável habitude, mas, deixemos para lá... que o Senhor faça, e não carregar o rancor, o ressentimento, o desejo de vingança”.
Faz-nos bem fazer um exame de consciência sobre como rezar ao Pai
“Rezar ao Pai perdoando todos, esquecendo os insultos - disse -, é a melhor oração que você pode fazer":
“É bom que às vezes façamos um exame de consciência sobre isso. Para mim, Deus é Pai, e eu o sinto Pai? E se não o sinto assim, mas peço ao Espírito Santo que me ensine a senti-lo assim. E eu sou capaz de esquecer as ofensas, de perdoar, de deixar para lá e se não, pedir ao Pai, ‘mas também estes são seus filhos, eles me fizeram uma coisa ruim ... ajude-me a perdoar’?. Façamos esse exame de consciência sobre nós e nos fará bem, muito bem. ‘Pai’ e ‘nosso’": nos dão a identidade de filhos e nos dão uma família para “caminhar” juntos na vida”. (CM-SP)

Rádio Vaticano 

Papa: nas múltiplas realidades da família, descobrir a presença de Deus

16/06/2016 

Cidade do Vaticano (RV) - “Cada um de nós teve uma experiência de família. Em alguns casos brota o rendimento de graças com maior facilidade que em outros, mas todos passamos por esta experiência”: disse o Papa Francisco na noite desta quinta-feira (16/06), na Basílica de São João de Latrão, abrindo o Congresso eclesial da Diocese de Roma.
O Santo Padre havia iniciado lembrando o tema em torno do qual os participantes se concentrarão estes dias em seus trabalhos: “A alegria do amor – o caminho das família em Roma”.
O Pontífice disse querer recuperar algumas ideias/tensões-chaves que emergiram durante o caminho sinodal dedicado à família, as quais podem ajudar a compreender melhor o espírito que se reflete na Exortação apostólica “Amoris laetitia” – fruto dos dois últimos sínodos.
Para fazê-lo, Francisco lançou mão de três imagens bíblicas “que nos permitem – afirmou – entrar em contato com a passagem do Espírito no discernimento dos Padres sinodais”.
A primeira imagem bíblica a extraiu do livro do Êxodo (3,5): "Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa" – convite do Senhor a Moisés diante da sarça ardente.
Referindo-se ao caminho percorrido pelos Padres sinodais, o Papa ateve-se à preocupação em dar rosto aos temas sobre os quais se debruçaram durante os dois sínodos. “É a fé que nos impele a não cansarmos de buscar a presença de Deus nas mudanças da história”, ressaltou.
“Nossas famílias, as famílias em nossas paróquias com seus rostos, suas histórias, com todas suas complicações, não são um problema, são uma oportunidade”, ponderou. Oportunidade que nos desafia a suscitar uma criatividade missionária capaz de abraçar todas as situações concretas, em nosso caso, das famílias romanas, acrescentou.
“Isso nos impõe sair das declarações de princípio para adentrar-nos no coração palpitante dos bairros romanos e, como artesãos, colocarmos a plasmar nessa realidade o sonho de Deus, o que pode ser feito somente pelas pessoas de fé, aquelas que não fecham a passagem à ação do Espírito.”
“Refletir sobre a vida de nossas famílias, assim como são e como se encontram, nos pede para tirar nossas sandálias para descobrir a presença de Deus”, frisou o Pontífice.
Como segunda imagem bíblica Francisco tomou a do fariseu, quando rezando dizia ao Senhor: “Ó Deus, eu te dou graças porque não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros, e nem mesmo como este publicano (Lc 18,11).
O Papa advertiu para a tentação de se ter uma lógica separatista. “Cremos ganhar identidade e segurança toda vez que nos diferenciamos ou nos isolamos dos outros, especialmente daqueles que estão vivendo numa situação diferente”, observou.
“Todos precisamos converter-nos, todos precisamos colocar-nos diante do Senhor e renovar sempre a aliança com Ele e dizer com o publicano: meu Deus, sede propício a mim, pobre pecador.”
Com esse ponto de partida, observou Francisco, permanecemos incluídos na mesma “parte” e nos colocamos diante do Senhor com uma atitude de humildade e de escuta.
Voltando-nos para a misericórdia colocamo-nos diante da realidade de modo realista, não porém com um realismo qualquer, mas com o realismo de Deus, continuou o Santo Padre.
“Não se trata de não propor o ideal evangélico, pelo contrário, convida-nos a vive-lo no seio da história, com tudo aquilo que comporta”, observou Francisco acrescentando que “isso não significa não ser claros na doutrina, mas evitar cair em juízos e atitudes que não assumem a complexidade da vida”.
A terceira e última imagem Francisco tomou-a do livro do profeta Joel (3,1): “Os anciãos farão sonhos proféticos”. Francisco disse querer com essa imagem ressaltar a importância que os Padres sinodais deram ao valor do testemunho como lugar em que se pode encontrar o sonho de Deus e a vida dos homens.
Nos sonhos dos nossos anciãos muitas vezes reside a possibilidade que os nossos jovens tenham novas visões, tenham novamente um futuro, um amanhã, uma esperança. (RL)
Rádio Vaticano 

Francisco: Circenses e artistas de rua, semeadores de beleza

16/06/2016

Cidade do Vaticano (RV) – O Vaticano e seus arredores se tingiram com as cores circenses na manhã desta quinta-feira (16/06) com a presença de milhares de artistas itinerantes que estão em Roma para participar de seu Jubileu com o Papa Francisco.

O evento atraiu pessoas que se apresentam em ruas, circos, parques de diversões e feiras, músicos populares e aristas em geral: ‘a grande família do espetáculo ambulante’, como disse Francisco, recebendo-os na Sala Paulo VI.
“Vocês são os ‘artesãos’ da festa, da maravilha, da beleza: com estas qualidades, vocês enriquecem as sociedades do mundo, alimentam sentimentos de esperança e confiança. No Jubileu da Misericórdia, não podia faltar este encontro, porque com suas contínuas locomoções, podem levar a todos o amor de Deus, seu abraço e sua misericórdia”.

O espetáculo itinerante e popular é a forma mais antiga de diversão; está ao alcance de todos e se dirige a todos, pequenos e grandes, especialmente famílias. Difunde a cultura do encontro, segundo o Pontífice, porque os espaços que ocupam se tornam lugares de agregação e fraternidade.
Depois de encorajar os artistas a acolherem as pessoas mais carentes e necessitadas de consolo, o Papa lhes lembrou a importância de ‘cuidar da fé’, mesmo que, por causa da mobilidade, não possam pertencer a uma paróquia fixa.
“Como sabem, a Igreja se preocupa pelos problemas inerentes à sua vida itinerante e quer ajudar vocês a eliminar os preconceitos que por vezes os relegam às margens. Que vocês possam sempre trabalhar com amor e atenção, ser generosos nas obras de caridade e disponíveis em oferecer os recursos e as riquezas de suas artes e profissões”.  

Fonte : Rádio Vaticano 

15 de jun. de 2016

Conselhos para prevenir a infidelidade conjugal

O que começa com uma inocente amizade, facilmente pode derivar na existência de um terceiro que interfere na vida do casal
Ante a evidência de que nossa sociedade é conflituosa para a sobrevivência do matrimônio, a estadunidense Jill Savage, fundou a Hearts at Home (Corações no lugar), um serviço que propõe multiplicar as precauções para fortalecer e proteger o vínculo afetivo matrimonial.
A conselheira familiar e matrimonial adverte sobre o perigo da infidelidade entre os cônjuges e põe como exemplo a história que lhe contou de uma jovem mãe:
“Um pai que convive conosco em nossa comunidade se transformou no meu melhor amigo. Vamos juntos com as crianças para o parque, fazer compras, inclusive cozinhamos juntos uma vez ao mês”, dizia a mulher.
“É evidente ela não teria nem ideia do perigo desta situação aparentemente inofensiva”, escreveu logo Jill Savage em um artigo. “A história é sempre a mesma: o cônjuge infiel fomentou uma relação que começou com uma inocente amizade, com alguém com quem poderia falar, alguém que a escutava, que se preocupava”.
“Cada um é tentado por seus próprios desejos que os atraem e seduzem; estes desejos, uma vez concebidos, gera o pecado, e o pecado, uma vez crescido gera a morte”, cita Jill ( Carta de São Tiago 1,14-15).
PROTEJA-SE
“Necessitamos implantar uma barreira de proteção ao redor do nosso matrimônio, ou seja, tomar decisões que, por precaução, mantenham a tentação longe e façam do matrimônio uma prioridade”, recomenda Jill como assessora familiar e matrimonial.

Na verdade, ela recomenda cinco precauções para proteger a relação pela perspectiva da mulher, mas que também é aplicável ao homem:
1. Não seja inocente demais
A maior parte das pessoas termina tendo uma história que não queria ter; a infidelidade começa com uma relação inocente que termina alcançando uma profundida emocional que cruza a linha da fidelidade.

2. Invista no seu lar
Os matrimônios fortes se constroem passando tempo juntos, rindo juntos, jogando juntos. Se não tem momentos com seu cônjuge, planeje para os próximos meses e faça do tempo de convivência juntos uma prioridade.
3. Preste atenção no que pensa
Se todos os dias está pensando nas falhas de seu cônjuge, se o tempo que dedica para pensar nele ou nela se centra nos defeitos e reprovas, é fácil que qualquer outra pessoa possa te parecer melhor e te atraia. Faça uma lista por escrito dos pontos forte que inicialmente te atraíram em seu companheiro (a). Dê mais ênfase em animar e apoiar e diminua as críticas.
4. Não faça comparações
Todos temos maus costumes, manias e defeitos. É muito injusto comparar sua esposa ou esposo com um novo conhecido, porque com o recém-chegado não estamos vivendo num mundo real, num mundo em que temos de compartilhar tudo, cuidar das crianças às três da manhã, cuidar das contar e muito mais.
5. Busque ajuda
Buscar ajuda é um sinal de fortaleza, não de fraqueza. Busca ajuda quem está disposto a travar uma batalha, é o primeiro passo de força. Um terapeuta familiar cristão ou um bom conselheiro te darão uma perspectiva serena, valiosa, para estabelecer novas estratégias para proteger, defender ou reconstruir seu matrimônio.

“Sim, o Padre Cicero. Quero fazer mais por esta causa”, afirmou o Papa Francisco em encontro com Dom Fernando Panico

No dia de hoje, 15 de junho, aconteceu um dos encontros mais esperados para o povo da Diocese de Crato e os romeiros do Padre Cícero Romão Batista: Sua Santidade o Papa Francisco recebeu na Praça San Pietro, na Cidade do Vaticano, em Roma, o Bispo Dom Fernando Panico, que foi agradecer pessoalmente ao Santo Padre o envio da carta histórica que reconciliou a Igreja com o Padre Cícero Romão.
O encontro aconteceu enquanto no Brasil ainda eram 5 horas da manhã, mas em Roma, que tem o fuso horário de cinco horas a mais, eram 10 horas. Junto a Dom Fernando estavam o Padre Cícero José da Silva, pároco da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, e o Frei Raimundo Barbosa Filho, pároco do Santuário São Francisco das Chagas.
Padre Cícero José e Frei Barbosa, sendo abençoados pelo Papa Francisco na Praça São Pietro.
Padre Cícero José e Frei Barbosa, sendo abençoados pelo Papa Francisco na Praça San Pietro.
Com um rosto sereno, alegre e abraço afetuoso de um Bom Pastor o Papa Francisco demonstrou acolhida pastoral e, após o Dom Fernando fazer os agradecimentos pela reconciliação da Igreja com o Patriarca do Nordeste, o Papa afirmou: “Sim, o Padre Cicero. Quero fazer mais por esta causa”.
O coração de todos encheu-se de alegria. “Foi uma experiência muito forte. Sentimos a cordialidade e a proximidade espiritual e pastoral do Pastor universal da Igreja. Pessoalmente, agradeci a Francisco pelos seus ensinamentos e testemunho profético, além de manifestar a imensa gratidão da nação romeira pela simpatia que o Papa tem com a causa do Padre Cícero Romão. Agradeci o Papa, enfim, porque em sua caridade e solicitude pastoral, recentemente doou a mim e a nossa Diocese de Crato um Bispo Coadjutor, na pessoa do querido Dom Gilberto Pastana”, relatou Dom Fernando sobre o encontro.
Como ao Cardeal Parolin, em uma visita realizada dias anteriores, Dom Fernando entregou ao Papa Francisco uma estatueta em madeira do Padre Cicero Romão, CD e um livreto de autoria da Irmã Annette Dumoulin sobre o Padre Cícero e as romarias.

Autor: Assessoria de Comunicação

Fonte : http://diocesedecrato.org/

Audiência: Com Jesus, passamos de mendigos a discípulos

15/06/2016 



Cidade do Vaticano (RV) – A Praça S. Pedro ficou lotada nesta quarta-feira (15/06) para a Audiência Geral com o Papa Francisco.


Antes de se dirigir à multidão, o Pontífice a saudou a bordo do seu papamóvel, recebendo e retribuindo o carinho dos peregrinos. O tema de sua catequese foi a cura do cego de Jericó, “um episódio que nos toca diretamente”, afirmou o Papa.
Naqueles tempos – mas até pouco tempo atrás – um cego só podia viver de esmolas. “A figura deste cego representa tantas pessoas que, também hoje, se encontram marginalizadas por causa de um problema físico e ou de outro gênero”, acrescentou Francisco. Na beira da estrada, o cego é apartado e reprovado pela multidão, porque clama por Jesus. “Não sentem compaixão por ele; pelo contrário, se sentem incomodados com seus gritos.
Indiferença e hostilidade
“Quantas vezes vemos nas ruas pessoas doentes, sem comida... e nos sentimos incomodados. Vemos refugiados e isso nos incomoda. É uma tentação que tomos temos, até eu. E por vezes, a indiferença e a hostilidade se transformam em agressão e insulto... ‘Mandem embora essa gente’...” A indiferença e a hostilidade tornam cegos e surdos, impedem de ver os irmãos e não permitem reconhecer neles o Senhor”, completou o Papa.
Mas sem se deixar intimidar, o cego clama várias vezes, reconhecendo Jesus como Filho de Davi, o Messias aguardado. Diferentemente da multidão, este cego vê com os olhos da fé. Graças a ela, a sua súplica tem uma eficácia poderosa. Jesus então tira o cego da margem da estrada e o coloca no centro da atenção dos seus discípulos e da multidão. “Pensemos em nossas situações ruins, de pecado: Jesus segura a nossa mão e nos conduz ao caminho da salvação”.
O excluído no centro
Deste modo, obriga todos a se conscientizarem de que a boa nova implica colocar no centro do próprio caminho quem está excluído. “A passagem do Senhor é um encontro de misericórdia que reúne todos em volta Dele para permitir reconhecer quem necessita de ajuda e de consolação”, disse ainda o Papa.
Quando Jesus passa, há libertação e salvação
“É a ‘passagem’ da páscoa, o início da libertação: quando Jesus passa sempre há libertação, sempre há salvação! Também em nossa vida Jesus passa e quando percebemos, é um convite a sermos melhores, a segui-Lo”, improvisou ainda.
Como um servo humilde, Jesus pergunta o que o cego deseja. Este por sua vez responde chamando-o não mais de “Filho de Davi”, mas “Senhor” e pedindo para recuperar a visão. O seu desejo é atendido com essas palavras: “Vê; a tua fé te salvou”.
De mendigo a discípulo
Graças à fé, o cego recupera a visão e, sobretudo, se sente amado por Jesus. Por isso, decide segui-Lo, se faz discípulo. “De mendigo a discípulo. Todos nós somos mendicantes, passamos de mendigos a discípulos”. Quem queriam calar, agora testemunha em alta voz o seu encontro com Jesus de Nazaré. Verifica-se então um segundo milagre: a cura do cego permite que também a multidão veja além das aparências. “Assim Jesus derrama a sua misericórdia sobre todos os que encontra: os chama, os reúne, os cura e os ilumina, criando um novo povo que celebra as maravilhas do seu amor misericordioso. Mas deixemos que Jesus nos cure, nos perdoe e sigamo-Lo”, concluiu o Papa.
(BF/CM)
Rádio Vaticano 

14 de jun. de 2016

Você conhece a vida da Beata Nhá Chica?

Conheça um pouco da história dessa simples e importante Beata brasileira…
Ainda pequena Francisca de Paula de Jesus, que nasceu em Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João del Rei (MG), chegou em Baependi (MG),acompanhada por sua mãe e por seu irmão, Teotônio. Dentre os poucos pertences, trouxeram uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.
Em 1818, com apenas 10 anos de idade, a mãe de Nhá Chica faleceu deixando aos cuidados de Deus e da Virgem Maria as duas crianças, Francisca de Paula de Jesus, com 10 anos e seu irmão, com então 12 anos. Órfãos de mãe, sozinhos no mundo, Francisca de Paula e Teotônio, cresceram sob os cuidados e a proteção de Nossa Senhora, que pouco a pouco foi conquistando o coração de Nhá Chica. Esta, a chamava carinhosamente de “Minha Sinhá” que quer dizer: “Minha Senhora”, e nada fazia sem primeiro consultá-la.
Nhá Chica soube administrar muito bem e fazer prosperar a herança espiritual que recebera da mãe. Nunca se casou. Rejeitou com liberdade todas as propostas de casamento que lhes apareceram. Foi toda do Senhor. Tinha bom relacionamento com os pobres, ricos e com os mais necessitados. Atendia a todos os que a procuravam, sem discriminar ninguém e, para todos tinha uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração. Ainda muito jovem, era procurada para dar conselhos, fazer orações e dar sugestões para pessoas que lidavam com negócio. Muitos, não tomavam decisões sem primeiro consultá-la, e para tantas pessoas, ela era considerada uma “santa”, todavia em resposta para quem quis saber quem ela, realmente, era, respondeu com tranquilidade: “… É porque eu rezo com fé”.
Sua fama de santidade foi se espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram a visitar Baependi para conhecê-la, conversar com ela, falar-lhe de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações. A todos, atendia com a mesma paciência e dedicação, mas nas sextas-feiras, não atendia a ninguém. Era o dia em que lavava as próprias roupas e se dedicava mais à oração e à penitência. Isso porque sexta-feira é o dia que se recorda a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos nós. Às Três horas da tarde, intensificava suas orações e mantinha uma particular veneração à Virgem da Conceição, com a qual tratava familiarmente como a uma amiga.

Nhá Chica era analfabeta, pois não aprendeu a ler nem escrever, desejava somente ler as Escrituras Sagradas, mas alguém as lia para ela, e a fazia feliz. Compôs uma Novena à Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem de Nossa Senhora da Conceição que era de sua mãe e, diante da qual, rezava piedosamente para todos aqueles que a ela se recomendavam. Essa Imagem, ainda hoje, se encontra na sala da casinha onde ela viveu, sobre o Altar da antiga Capela.
Em 1954, a Igreja de Nhá Chica foi confiada à Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor. Desde então teve início bem ao lado da Igreja, uma obra de assistência social para crianças necessitadas que vem sendo mantida por benfeitores devotos de Nhá Chica. Hoje a Associação Beneficente Nhá Chica (ABNC) acolhe mais de 150 crianças entre meninas e meninos.
A “Igrejinha de Nhá Chica”, depois de ter passado por algumas reformas, é hoje o “Santuário Nossa Senhora da Conceição” que acolhe peregrinos de todo o Brasil e de diversas partes do mundo. Muitos fiéis que visitam o lugar, pedem graças e oram com fé. Tantos voltam para agradecer e registram suas graças recebidas. Atualmente, no “Registro de graças do Santuário”, podem-se ler aproximadamente 20.000 graças alcançadas por intercessão de Nhá Chica.
Nhá Chica morreu no dia 14 de junho de 1895, estando com 87 anos de idade, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída. As pessoas que ali estiveram sentiram exalar-se de seu corpo um misterioso perfume de rosas durante os quatro dias de seu velório. Tal perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiásticas e por membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e, também, pelos pedreiros, por ocasião da exumação do seu corpo. Os restos Mortais da Venerável se encontram hoje no mesmo lugar, no interior do Santuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, protegidos por uma Urna de acrílico colocada no interior de uma outra de granito, onde são venerados pelos fiéis.

Papa: "rezar pelos inimigos, a perfeição da vida cristã"

14/06/2016

Cidade do Vaticano (RV) - Saber rezar por quem não nos quer bem melhora os nossos inimigos e nos torna mais ‘filhos do Pai’.
Com esta reflexão, o Papa encerrou a homilia da missa da manhã da terça-feira, (14/06), celebrada na Casa S. Marta.
Francisco descreveu o trecho do Evangelho em que Jesus exorta os discípulos a buscarem a perfeição de Deus, que leva o seu sol aos bons e aos maus.
“Vocês entenderam o que foi dito, mas eu lhes digo”. A Palavra de Deus e dois modos inconciliáveis de interpretá-la: uma lista árida de deveres e proibições ou o convite a amar o Pai e os irmãos com todo o coração, chegando ao ponto de rezar pelo próprio adversário.
É a dialética do confronto entre os doutores da lei e Jesus; entre a Lei proposta de modo esquemático ao povo hebraico e a seus líderes e a plenitude daquela mesma Lei que Cristo afirma trazer.
Adversários
O Papa reafirma uma convicção já expressa outras vezes. Quando Jesus inicia a sua pregação, hostilizado por seus adversários, ‘a explicação da lei naquele tempo estava em crise’:
“Era uma explicação teórica demais, casuística. Digamos que era uma lei na qual não existia o coração próprio dela, que é o amor de Deus, que Deus nos deu. Por isso, o Senhor repete o que estava no Antigo Testamento: qual é o maior Mandamento? Amar a Deus, com todo o coração, com todas as forças, com toda a alma; e ao próximo como a ti mesmo. E na explicação dos Doutores da Lei isto não constava muito. No centro estavam os casos: isto se pode fazer? Até que ponto se pode fazer aquilo? E se não se pode?... A casuística própria da Lei. E Jesus toma isto e retoma o verdadeiro sentido da Lei para leva-lo à sua plenitude”.
Cura
O Papa coloca em evidência como Jesus oferece “muitos exemplos” para mostrar os Mandamentos sob uma nova luz. “Não matarás”, afirma, também pode significar não insultar um irmão e assim por diante, até a enfatizar como o amor é “mais generoso das palavras da lei”, do manto acrescentado como um presente para aquele que pediu o vestido e os dois quilômetros feitos com aquele que pediu para ser acompanhado somente por um:
“É um trabalho que não é apenas um trabalho para o cumprimento da Lei, mas é um trabalho de cura do coração. Nesta explicação que Jesus faz sobre os Mandamentos – no Evangelho de Mateus, em particular – há um caminho de cura: um coração ferido pelo pecado original – todos nós temos o coração ferido pelo pecado, todos – deve seguir este caminho de cura e curar para assemelhar-se ao Pai, que é perfeito: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Um caminho de cura para ser filhos como o Pai”.
Passo mais difícil
E a perfeição que Jesus indica é aquela contida na passagem de hoje do Evangelho de Mateus. “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”. “É o último passo” desta estrada, afirma o Papa, o mais difícil. Francisco lembra que, quando era jovem, pensando em um dos grandes ditadores da época, era costume rezar para que Deus lhe reservasse em breve o inferno. Em vez disso, conclui, Deus pede um exame de consciência:
“Que o Senhor nos dê a graça, apenas esta: rezar por nossos inimigos; rezar por aqueles que nos desejam o mal, que não nos querem bem; rezar por aqueles que nos ferem, que nos perseguem. E cada um de nós sabe o nome e o sobrenome: rezar por isso, por isso... Garanto a vocês que esta oração vai fazer duas coisas: ele vai melhorar, porque a oração é poderosa, e nós seremos mais filhos do Pai”.
(CM-SP)

Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...