22 de abr. de 2016

12 Ensinamentos do santos doutores sobre a misericórdia

1 – Ninguém se sinta seguro nesta vida, que é uma contínua tentação. Não aconteça que quem conseguiu ser melhor torne-se pior. Minha única esperança, minha única confiança, minha única firmeza é a misericórdia de Deus. (Santo Agostinho)
2 – Agrada sumamente a Deus, a nossa confiança em sua misericórdia, porque assim honramos e exaltamos aquela sua infinita bondade que Ele quis manifestar ao mundo nos criando. (Santo Afonso de Ligório)
3 – A oração constante obtém a misericórdia de Deus, mesmo para os que não são seus amigos. (Santo Afonso)cpa_na_escola_dos_santos
4 – O desprezo voluntário à Minha misericórdia constitui pecado mais grave que todos os anteriores. É o pecado que não será perdoado nem aqui nem no além. (Deus a Santa Catarina, Diálogos)
5 – Por falta de confiança na Minha misericórdia, corre-se o risco de cair no desespero, um dos enganos a que o demônio pode conduzir meus servidores. (Santa Catarina, Diálogos)

6 – Conservai o coração aberto ao Meu incomensurável perdão. (Santa Catarina, Diálogos)
7 – Nunca desanimes de pedir Meu auxílio. Não abaixes a voz ao suplicar a Minha misericórdia para o mundo. (Santa Catarina, Diálogos)
8 – O pecado de desespero desagrada-Me e prejudica os homens mais do que todos os outros males. (Santa Catarina, Diálogos)

9 – Quem desespera, despreza minha misericórdia e julga que seu pecado é maior que minha bondade. (Santa Catarina, Diálogos)
10 – É o pecado do desespero que conduz o homem ao inferno. (Santa Catarina, Diálogos)ensinamentodossantos
11 – Minha misericórdia é infinitamente maior do que todos os pecados que o homem possa cometer. Entristece-Me o fato de que alguém considere suas faltas maior que o Meu perdão. Esse é o pecado que não será perdoado nem neste século, nem no outro (Mt 12, 32). (Santa Catarina, Diálogos)
12 – Quanto mais nos sentimos miseráveis, tanto mais devemos confiar na misericórdia de Deus. Porque, entre a misericórdia e a miséria, há uma ligação tão grande que uma não pode se exercer sem a outra. (São Francisco de Sales)

Fonte: Cléofas 

22/4 – Santa Maria Egipcíaca

Nasceu no Egito no século V, e com apenas 12 anos tomou a decisão de sair de casa, em busca dos prazeres da vida. Providencialmente, conheceu um grupo de cristãos peregrinos que ia para o Santo Sepulcro, e os acompanhou, apenas movida pelo interesse no passeio.
Por três vezes quis entrar na Igreja, mas não conseguiu. E uma voz interior lhe fez perceber o quanto ela era escrava do pecado. Ela recorreu a Virgem Maria, representada numa imagem que ali estava, e em oração se comprometeu a um caminho de conversão. Ingressou na Igreja e saiu de seu sepulcro.
Com a graça do Senhor ela pôde se arrepender e se propor a um caminho de purificação.
Ela foi levada ao deserto de Judá, onde ficou por quarenta anos, e nas tentações recorria sempre a Virgem Maria. Perto de seu falecimento, padre Zózimo foi passar seus últimos dias também nesse deserto e a conheceu, levou-lhe a comunhão e ela faleceu numa sexta-feira. O padre ao encontrar seu corpo, enterrou-a como a santa havia pedido em um recado.
Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!

Fonte: Cléofas 

Papa: cristão não pode calar o anúncio de Jesus

22/04/2016

Cidade do Vaticano (RV) - Anúncio, intercessão, esperança. É o trinômio sobre o qual o Papa Francisco meditou na manhã desta sexta-feira (22/04) em sua homilia. O Pontífice ressaltou a figura do cristão como uma pessoa de esperança, “porque espera que o Senhor retorne”, e exortou também a termos coragem para anunciar, como os Apóstolos, que testemunharam a Ressurreição de Jesus, arriscando a vida.



Três dimensões da vida cristã: anúncio, intercessão e esperança”. O Papa se inspirou nas leituras do dia para refletir sobre este trinômio que deve marcar a vida de quem crê. O coração do anúncio, para os cristãos, é que Jesus morreu e ressuscitou por nós, por nossa salvação.
Anunciar Jesus a custo de dar a vida, como faziam os Apóstolos
“Jesus está vivo! Este – recordou – é o anúncio dos Apóstolos ais judeus e pagãos de seu tempo, e que foi testemunhado também com a sua vida, com o seu sangue”.
“Quando João e Pedro foram levados ao Sinédrio, depois da cura do paralítico, e os sacerdotes os proibiram de falar do nome de Jesus, da Ressurreição; eles, com toda a coragem e a simplicidade diziam: ‘Não podemos nos calar sobre o que vimos e ouvimos, o anúncio. E nós, cristãos pela fé, temos o Espírito Santo dentro de nós, que nos faz ver e escutar a verdade sobre Jesus, que morreu por nossos pecados e ressuscitou. Este é o anúncio da vida cristã: Cristo é vivo! Cristo ressuscitou e está entre nós na comunidade, nos acompanha no caminho”.  
Muitas vezes, comentou, “fadigamos em receber este anúncio, mas Cristo ressuscitado é uma realidade e é necessário dar testemunho disso”, como afirma João. 
Jesus intercede por nós mostrando as Suas chagas ao Pai
Depois da dimensão do anúncio, Francisco dirigiu seu pensamento à intercessão. Durante a Ceia da Quinta-feira Santa, afirmou, os Apóstolos estavam tristes e Jesus lhes diz: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Vou preparar um lugar para vós”:
“Que isso quer dizer? Como Jesus prepara o lugar? Com a sua oração por cada um de nós. Jesus reza por nós e esta é a intercessão. Jesus trabalha neste momento com a sua oração por nós. Assim como disse a Pedro uma vez, “Pedro rezei por ti’, antes da Paixão, também agora Jesus é o intercessor entre o Pai e nós”.
Jesus é realmente a nossa esperança?
E como Jesus reza?, questionou Francisco, que responde: “Eu acredito que Jesus faça ver as chagas ao Pai, porque ele as levou consigo depois da Ressurreição: mostra as chagas ao Pai e nomeia cada um de nós”. Esta é a oração de Cristo, acrescentou. “Neste momento, Jesus intercede por nós: é a intercessão”. Por fim, o Papa falou da terceira dimensão do cristão: a esperança. “O cristão – disse ele – é uma mulher e um homem de esperança, que espera a volta do Senhor”. Toda a Igreja, prosseguiu, “aguarda a vinda de Jesus: Ele voltará. E esta é a esperança cristã”:
“Podemos nos perguntar, cada um de nós: como é o anúncio na minha vida? Como é a minha relação com Jesus que intercede por mim? E como é a minha esperança? Acredito realmente que o Senhor ressuscitou? Acredito que o Pai reza por mim? Toda vez que o chamo, Ele está rezando por mim, intercede. Acredito realmente que o Senhor voltará, virá? Nos fará bem perguntar isso sobre a nossa fé: acredito no anúncio? Acredito na intercessão? Sou um homem ou uma mulher de esperança?”

(AG/CM/BF)
Rádio Vaticano 

Papa Bergoglio completa 43 anos de profissão religiosa

22/04/2016

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco comemora, nesta sexta-feira (22/04), 43 anos de Profissão religiosa. Em 22 de abril de 1973, Jorge Mario Bergoglio fez sua Profissão perpétua na Companhia de Jesus, com a idade de 36 anos.
O dia 22 de abril é uma data clássica em que os Jesuítas professam seus últimos votos religiosos, ao final de um longo período de formação religiosa. Nesse dia, em 1542, Santo Inácio de Loyola e seus primeiros companheiros fizeram a Profissão solene, em Roma, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, depois da aprovação  do Papa Paulo III da nova Ordem nascente.
Jorge Mário Bergoglio estudou Farmácia, em sua adolescência, antes de despertar sua vocação para a vida religiosa. Cursou o seminário em Villa Devoto e entrou para a Companhia de Jesus aos 19 anos de idade. Estudou Teologia e Filosofia na Universidade de San Miguel.
Jorge Mário Bergoglio foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969, em San Miguel; nomeado arcebispo de Buenos Aires, em 1997; criado Cardeal, em 2001, pelo Papa João Paulo II; e eleito Papa em 13 de março de 2013. (MT)

Fonte: Rádio Vaticano 

21 de abr. de 2016

21/4 – Santo Anselmo

Bispo e Doutor da Igreja. É dele a frase: “Não quero compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada.” O santo de hoje é chamado de teólogo-filósofo.
Nasceu em Piamonte no ano de 1033. Seu pai era Conde e devido ao mau relacionamento com ele, saiu de casa, apenas com um burrinho e um servo.
Foi em busca da ciência, mas também se entregando aos prazeres. Era cristão, mas não de vivência. Devido aos estudos, ‘bateu’ no Mosteiro de Bec e conheceu Lanfranc, um religioso e mestre beneditino. Através dessa amizade edificante, descobriu um tesouro maior: Jesus Cristo.
Nesse processo de conversão, abriu-se ao chamado à vida religiosa e entrou para a família beneditina. Seu mestre amigo foi escolhido para ser bispo em Cantuária e Anselmo ocupou o lugar do Mestre, chegando a ser também Superior. Um homem sábio, humilde, um formador para as autoridades, um pai. Um verdadeiro Abade.
Por obediência à Mãe Igreja, foi substituir seu amigo, que havia falecido, no Arcebispado de Cantuária. Viveu grandes desafios lá, retornando a Piamonte, onde faleceu, com esta fama de santidade e testemunho de fidelidade e amor à Cristo e à verdade.
Santo Anselmo, rogai por nós!


Cléofas 

Papa: "Quando Jesus entrou em nossa vida?"

21/04/2016


Cidade do Vaticano (RV) – O cristão deve sempre se recordar do modo e da circunstância em que Deus entrou em sua vida, porque isso reforça seu caminho de fé. Este foi o pensamento central do Papa Francisco na homilia da missa matutina celebrada quinta-feira, (21/04), na Casa Santa Marta.




A fé é um caminho que, enquanto se percorre, deve fazer memória constante daquilo que foi: das ‘coisas belas’ que Deus realizou ao longo do percurso, e também dos obstáculos e recusas, porque Deus – assegurou o Papa – “caminha conosco e não se assusta com nossas maldades”.
Fazer memória de Deus que salva
Francisco voltou a tocar um tema já abordado, inspirando-se na Primeira leitura do dia, em que Paulo entra, sábado, na sinagoga de Antioquia e começa a anunciar o Evangelho a partir dos primórdios do povo eleito; passando por Abraão e Moisés, o Egito e a Terra prometida, até chegar a Jesus. “É uma pregação histórica, a que os discípulos adotam, e é fundamental – sublinhou o Papa – porque consente recordar os momentos salientes e os sinais da presença de Deus na vida do homem”.



“Voltar atrás para ver como Deus nos salvou, percorrer – usando o coração e a mente – o caminho com a memória até chegar a Jesus. E foi o próprio Jesus, no momento maior de sua vida – Quinta e Sexta-feira, na Ceia -  a dar-nos o seu Corpo e o seu Sangue, dizendo ‘Façam isso em minha memória’. A memória de Jesus; ter na memória que Deus nos salvou”.
“O Senhor respeita”
A Igreja chama o Sacramento da Eucaristia de “memorial”, assim como – lembrou o Papa – o livro de Deuteronômio na Bíblia é o ‘Livro da memória de Israel’. Nós também – afirmou – devemos fazer o mesmo em nossa vida pessoal, porque cada um de nós percorre um caminho, acompanhado por Deus, perto de Deus, ou “afastado do Senhor”.
“Faz bem ao coração do cristão fazer memória do próprio caminho: como o Senhor me conduziu até aqui, como me trouxe, pelas mãos; e as vezes que eu disse ao Senhor ‘Afasta-te, não o quero’ e o Senhor respeitou. Ele é respeitoso! Fazer memória, recordar-se da própria vida e do próprio caminho; retomar isso e fazê-lo sempre. ‘Naquele tempo, Deus me deu aquela graça... eu respondi assim, fiz isso, aquilo... Ele me acompanhou...’. E assim, chegamos a um novo encontro, ao encontro da gratidão”.
Memória das coisas belas
Do coração – prosseguiu o Pontífice – deve nascer um ‘obrigado’ a Jesus, que nunca deixa de caminhar em nossa história. Quantas vezes – admitiu Francisco – nós lhe fechamos a porta na cara, quantas vezes fizemos de conta de não vê-lo, de não acreditar que Ele estava conosco. Quantas vezes renegamos a sua salvação...’ Mas Ele estava ali”.
“A memória nos aproxima de Deus. A memória daquela obra que Deus fez em nós; na recriação, na regeneração, que nos leva além do antigo esplendor de Adão na primeira criação. Eu lhes aconselho, simplesmente a fazer memória! Como foi a minha vida, como foi o meu dia hoje ou como foi este último ano? Memória. Como foi a minha relação com o Senhor. Memória das coisas belas, grandes, que o Senhor fez na vida de cada um de nós”. 
(AdC/CM)

Rádio Vaticano 

20 de abr. de 2016

Papa na Audiência: distinguir entre pecado e pecador

20/04/2016



Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira é dia de Audiência Geral no Vaticano. O Papa Francisco recebeu milhares de fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro e, antes de sua catequese, os saudou a bordo do seu papamóvel. Do Brasil, havia inúmeros membros da Comunidade Obra de Maria.


Neste Ano Jubilar, o Pontífice tem feito suas catequeses sobre o tema da misericórdia. Nesta quarta, ele comentou o trecho bíblico lido no início da Audiência, extraído do Evangelho de Lucas. Trata-se do episódio da mulher pecadora que chorou seus pecados aos pés de Jesus, quando Ele Se encontrava à mesa na casa de um fariseu chamado Simão.
Este, embora tenha convidado Jesus, não quer comprometer nem arriscar a reputação com o Mestre, enquanto a mulher se confia plenamente a Jesus com amor e veneração. Esta atitude é típica de um certo modo de entender a religião, explicou Francisco, e è motivada pelo fato de que Deus e o pecador se opõem radicalmente. Mas a Palavra de Deus nos ensina a distinguir entre o pecado e o pecador.

“Entre o comportamento do fariseu e o da pecadora, o Senhor escolhe a mulher. Livre de preconceitos que impeçam a misericórdia de se expressar, o Mestre deixa que ela faça o que lhe diz o coração: Ele Se deixa tocar por ela, sem medo de ser contaminado. Jesus é livre, porque está próximo de Deus. E esta proximidade ao Pai Misericordioso, dá a Cristo a liberdade”, acrescentou.
Dirigindo-Se à mulher, Jesus diz: “Os teus pecados estão perdoados”. Assim, acaba com aquela condição de isolamento a que pecadora foi condenada pelos juízos de Simão e os fariseus. Francisco explicou:
“De um lado, está a hipocrisia dos doutores da lei. De outro, a sinceridade, a humildade e a fé da mulher. Todos somos pecadores, mas muitas vezes caímos na tentação da hipocrisia, de acreditar que somos melhores que os outros. Todos devemos olhar os nossos pecados, as nossas caídas, os nossos erros. E olhemos para o Senhor. Esta é a linha da salvação entre o pecador e o Senhor. Se me sinto justo, esta relação de salvação não existe.”
Agora, a mulher pode ir “em paz”, pois o Senhor viu a sinceridade da sua fé e da sua conversão. Em Jesus, habita a força da misericórdia de Deus, capaz de transformar os corações. Neste texto, prosseguiu o Papa, o termo “graça” é praticamente sinônimo de misericórdia, e vai além da nossa expectativa. E concluiu:
“Queridos irmãos, devemos agradecer ao Senhor pelo seu amor tão grande e imerecido! Deixemos que o amor de Cristo se espalhe sobre nós” e, assim, poderemos “comunicar aos outros a misericórdia do Senhor”.
Equador e Chernobyl
Ao final da catequese, o Pontífice se dirigiu aos fiéis para saudá-los. Em espanhol, manifestou sua proximidade e oração à população do Equador, que vivem "um momento de dor" depois do terromoto que devastou o país. Francisco saudou também um grupo oriundo da Ucrânia e de Belarus, presente na Praça para recordar os 30 anos da tragédia de Chernobyl. “Enquanto renovamos a oração pelas vítimas daquele desastre, expressamos nosso reconhecimento aos socorredores e por todas as iniciativas com as quais se buscou aliviar os sofrimentos e os danos", disse. 
Coleta em prol da Ucrânia
Francisco renovou ainda seu apelo pela Ucrânia, recordando a coleta programada para o próximo domingo, (24/04), em todas as Igrejas na Europa em prol da população.
“A população da Ucrânia sofre há muito tempo pelas consequências de um conflito armado, esquecido por muitas pessoas. Como sabem, convidei a Igreja na Europa a apoiar a iniciativa convocada por mim para ir ao encontro desta emergência humanitária. Agradeço antecipadamente aos que contribuirão generosamente a esta iniciativa.”
(bf)

Fonte: Rádio Vaticano 

Papa reencontra sacerdote preso 28 anos pelo regime albanês

20/04/2016

Cidade do Vaticano (RV) – Foi com um beijo na mão que o Papa Francisco acolheu na manhã desta quarta-feira, na Praça São Pedro, o sacerdote albanês Padre Ernest Simoni, que passou 28 anos na prisão durante a perseguição comunista na Albânia. O Santo Padre já o havia abraçado comovido em 21 de setembro, em Tirana, após ter ouvido a história da sua perseguição.
“Por 11 mil dias Padre Ernest foi submetido a torturas e trabalhos forçados”, conta ao L’Osservatore Romano Mimmo Muolo, jornalista do “Avvenire”, que escreveu o livro “Padre Ernest Simoni. Da perseguição ao encontro com Francisco”. E foi precisamente o sacerdote que entregou esta manhã uma cópia do livro ao Papa. Ele estava acompanhado pela Ir. Marisa, representante das Edições Paulinas, responsável pela publicação da obra.
A prisão
“A minha perseguição – afirmou Padre Simoni ao jornal da Santa Sé – teve início na noite do Natal de 1963 quando, pelo simples fato de ser sacerdote, fui preso e colocado na cela de isolamento, torturado e condenado à morte”. Seu companheiro de cela recebeu a ordem de registrar “a previsível raiva” do sacerdote contra o regime, mas Padre Ernest pronunciou somente palavras de perdão e de oração aos seus algozes. Assim, a pena prescrita foi de 25 anos de trabalhos forçados, a ser cumprida nas minas e nos esgotos de Scutari. “Na prisão – recorda  ele – celebrei a missa em latim de cor e também distribuí a comunhão”.
A liberdade
Finalmente, em 5 de setembro de 1990, chegou a liberdade e Padre Ernest recomeçou sua atividade pastoral que – confia – em realidade nunca havia interrompido, “mas somente vivido em um contexto especial”. E o seu primeiro ato foi o de confirmar o perdão aos seus algozes: “para eles – precisou – invoco constantemente a misericórdia do Pai”.
Oração
À inevitável pergunta sobre como pode resistir a tal perseguição sem curvar-se, o sacerdote respondeu com um sorriso antes de revelar o seu segredo: “Mas eu não fiz nada de extraordinário, sempre rezei a Jesus, sempre falei de Jesus”.
Perseguição será temas de mais dois livros
A edição do L’Osservatore Romano dedica uma página inteira ao tema das perseguições contra a Igreja na época da União Soviética. Em 21 de abril, às 17h30min, de fato, será apresentado o livro organizado por Jan Mikrut intitulado “A Igreja e o comunismo na Europa Centro-oriental e na União Soviética” (San Pietro in Cariano, Gabrielli Editori, 2016, 797 páginas, 48 euros). Entre as pessoas que se pronunciam no livro estão o Cardeal Miloslav Vkl, Arcebispo Emérito de Praga, que assinou o Prefácio; Dom Cyril Vasil, Secretário da Congregação para as Igrejas Orientais; o historiador jesuíta Nuno da Silva Gonçalves e o curador da obra, de quem são publicados trechos da apresentação.
O projeto editorial prevê outros dois livros que analisarão “a refinada e multiforme batalha dos comunistas contra a religião em geral e, de modo particular, contra a Igreja Católica”. Em particular, o segundo volume será dedicado aos testemunhos dos cristãos na Europa Centro-oriental, enquanto o terceiro tratará inteiramente da Igreja Católica em território da União Soviética. (JE)

Rádio Vaticano 

20/4 – Santa Inês de Monte Pulciano

Lembramos, neste dia, de uma flor da Ordem Dominicana, Santa Inês, que nasceu em Monte Pulciano, no centro da Itália, numa família de posses. Graças a Deus, ao sentir-se chamada à vida religiosa nada sofreu de oposição. Inês, inclinada à vida de oração e meditação, consagrou-se na vida religiosa e se destacou na obediência e variadas virtudes. Após uma linda caminhada, foi nomeada ainda jovem como superiora, já que era conhecida como modelo de penitência, recolhimento, jejum, vida mística. Ocupada com a salvação das almas, desejava ardentemente a conversão de mulheres de uma casa em que funcionava um prostíbulo. Sendo assim Inês – que bem sabia que a tudo pode ser mudado pela oração – investiu e alcançou de Deus a mudança de todas e a transformação do lugar de pecado numa casa religiosa, lugar de graça. Santa Inês entrou no céu com 40 anos, depois de dizer: “Milhas filhas, amai-vos umas as outras, pois a caridade é o sinal dos filhos de Deus”
Santa Inês de Monte Pulciano, rogai por nós!


Cléofas 

19 de abr. de 2016

A Besta do Apocalipse

Um dos símbolos mais mal entendidos no livro do Apocalipse é a besta que surge do mar no capítulo 13 (há também uma besta da terra, mas este artigo não focará nela).
São excessivas as especulações sobre a identidade da besta. Os anticatólicos frequentemente a identificam com um futuro “Império Romano restaurado”, o qual eles também querem conectar, de um modo ou de outro, com a Igreja Católica.
Para descobrir quem é a besta realmente, é preciso olhar seriamente para o texto em questão.
Frequentemente, as pessoas raciocinam assim: A besta tem dez chifres e surge do mar (13,1). Em Daniel 7, o profeta Daniel viu uma série de quatro bestas ascendendo do mar, a última das quais tinha dez chifres (Dn 7,7). Logo, a besta de João é a mesma que a quarta besta de Daniel. Aquela besta simbolizava o Império Romano. Logo, esta besta simboliza o Império Romano.
Um problema com este raciocínio é que ele foca somente na parte do simbolismo no Apocalipse 13. Não apenas a besta que João vê tem dez chifres, como a quarta besta de Daniel; ela tem também um corpo como de leopardo (13,2a), como a terceira besta de Daniel (7,6); pés como de um urso (13,2b), como a segunda besta de Daniel (7,5); e uma boca como um leão, como a primeira besta de Daniel (7,4). A besta que João vê, desta maneira, incorpora o simbolismo de todas as quatro bestas de Daniel, tornando impossível simplesmente identificá-la com a quarta da série.

Esta é parte da “fusão de imagens” que o Apocalipse contém. Assim como João viu anjos em torno do trono de Deus (4,6-8) que incorporavam elementos de ambos o serafim de Isaías (Is 6,2-3) e o querubim de Ezequiel (Ez 10,10-14), agora ele vê uma besta que incorpora elementos de todas as bestas de Daniel 7. Isso sugere que a nova besta seja como aquelas quatro – o mesmo tipo de coisa que elas são – mas não sejam identificadas com qualquer uma delas.
Um outro problema é que a quarta besta de Daniel não simboliza o Império Romano – pelo menos não como seu referente primário. Ao contrário, o seu referente central é o reino que resultou quando o reino de Alexandre o Grande desmoronou.
Entre os chifres da quarta besta de Daniel, surgiu um pequeno chifre particular que blasfemava contra Deus (7,8). Este pequeno chifre simboliza Antíoco IV (“Antíoco Epífanes”), o rei selêucida que conquistou Jerusalém, blasfemou contra Deus e profanou o templo, e introduziu a primeira “abominação da desolação” (Dn 11,31; 12,11; 1 Mac 6,7) instalando um ídolo de Júpiter Olimpo no lugar sagrado. (Há outros tempos que uma “abominação de desolação” foi introduzida, cf. Mt 24,15-16; Lc 21,20-21).

O que as quatro bestas de Daniel têm em comum é que todas elas são reinos pagãos que perseguiram e dominaram o povo de Deus, Israel. A besta de João é o mesmo tipo de coisa – uma conquista de um império pagão. Visto que vem depois das quatro bestas de Daniel, Roma é a candidata lógica. Mas não é um porvir, “Império Romano restaurado”. É a coisa real, o Império Romano pagão dos primeiros séculos. Isto é confirmado por diversas linhas de evidência.
Primeiro, o livro do Apocalipse é explícito em declarar que diz respeito a eventos que acontecerão “em breve” (1,1; 2,16; 3,11; 22,6; 7; 12; 20). Isso indica que a carga de acontecimentos do livro (aqueles que precedem o Milênio de Ap 20,1-10, no qual estamos vivendo agora) deveria acontecer brevemente depois que o livro fosse escrito, provavelmente na década de 60 d.C.
Segundo, sabemos que o número da besta é 666 e que este é o número do nome de um homem (13,18). Não coincidentemente, o Império Romano pagão perseguidor estava chefiado nos anos 60 depois de Cristo por César Nero, cujo nome somava 666 no sistema de letras e números hebraico. (Em hebraico, “Caesar Nero” = “NRWN QSR” = N 50 + R 200 + W 6 + N 50 + Q 100 + S 60 + R 200 = 666; uma grafia variante do nome, NRW QSR, soma 616, a qual alguns manuscritos têm no lugar de 666).
Terceiro, as sete cabeças da besta são identificadas com sete montanhas (17,9). Embora não seja certo, estas são provavelmente as sete colinas sobre as quais a cidade de Roma foi construída. (A Colina do Vaticano, entretanto, não era uma das sete; está no lado do rio Tibre oposta às sete.)
Assim sendo, há boa evidência de que a besta do mar seja o Império Romano pagão do primeiro século e, em especial, o imperador em sua chefia. Isto, novamente, é como as quatro bestas de Daniel, que foram descritas tanto como quatro reis (Dn 7,17) quanto quatro reinos (cf. Dn 7,23).cdscursobblico
Uma confirmação posterior é encontrada no Apocalipse falando do templo judeu como se ele ainda estivesse operando (11,1), mas logo ser pisoteado pelos gentios, junto com a cidade santa (11,2). Logo depois do reino de Nero, os gentios invadiram Jerusalém, pisotearam-no e destruíram o templo.
Isso sugere não somente que a besta correspondia ao Império Romano em geral e a César Nero em particular, como também que o próprio livro do Apocalipse foi escrito no começo dos anos 60, durante o reino de Nero, pouco antes da Guerra dos Judeus que levou à destruição de Jerusalém e do templo em 70 d.C.
***
Traduzido para o ”Veritatis Splendor” por Marcos Zamith.

Fonte: http://www.catholic.com/thisrock/1998/9812chap.asp
Via: Cléofas 

Papa Francisco: ninguém fica órfão quando atraído por Jesus

19/04/2016

Cidade do Vaticano (RV) - “Um cristão que não se deixa atrair pelo Pai é um cristão que vive como um órfão”. Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã desta terça-feira, (19/04), na capela da Casa Santa Marta.


Francisco inicia sua reflexão partindo da pergunta que os judeus fazem a Jesus, contida no Evangelho do dia: “És tu o Messias?”
Esta pergunta, que escribas e fariseus repetirão várias vezes, observou Francisco, nasce de uma coração cego. Uma cegueira de fé que o próprio Jesus explica: “vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas”. Fazer parte do rebanho de Deus é uma graça, mas é necessário um coração disponível:

“‘As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão’. Essas ovelhas estudaram para seguir Jesus e depois acreditaram? Não. ‘Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos’. É propriamente o Pai que dá as ovelhas ao pasto. É o Pai que atrai os corações para Jesus”.
Como órfãos
A dureza de coração de escribas e fariseus, que veem as obras realizadas por Jesus mas se negam a reconhecer Nele o Messias, é “um drama”, afirmou Francisco, que “vai avante até o Calvário”. Ou melhor, prossegue inclusive depois da Ressurreição, quando sugerem aos soldados que vigiavam o sepulcro para que digam que estavam dormindo e, assim, atribuir aos discípulos o roubo do corpo de Cristo. Nem mesmo o testemunho de quem assistiu à Ressurreição os fez mudar de ideia. “São órfãos”, reiterou Francisco, “porque renegaram o seu Pai”:
“Estes doutores da lei tinham o coração fechado, se sentiam donos de si mesmos e, na realidade, eram órfãos porque não tinham uma relação com o Pai. Falavam, sim, de seus Pais – o nosso pai Abraão, os Patriarcas... – falavam, mas como figuras distantes. Em seus corações eram órfãos, viviam no estado de órfãos, em condições de órfãos, e preferiam isso a deixar-se atrair pelo Pai. E este é o drama do coração fechado destas pessoas”.
“Atrai-me para Jesus”
A importância de se deixar atrair por Deus – enfatiza o Papa ao recordar a Primeira leitura – se percebe na notícia que chegou a Jerusalém de que muitos pagãos se abriam à fé em Cristo graças à pregação dos discípulos. Eles levaram a Palavra até a Fenícia, Chipre e Antioquia onde, num primeiro momento, também tiveram medo, mas o coração aberto os guiou. Um coração como aquele de Barnabé que, enviado a Antioquia, não se escandaliza com a conversão dos pagãos porque, finaliza o Papa, “aceitou a novidade”, se “deixou atrair pelo Pai por Cristo”:
“Jesus nos convida a sermos seus discípulos mas, para sê-lo, devemos nos deixar atrair pelo Pai em direção a Ele. E a oração humilde do filho, que podemos fazer é: ‘Pai, atrai-me para Jesus; Pai, faz-me conhecer Jesus’, e o Pai enviará o Espírito para nos abrir o coração e nos levar até Jesus. Um cristão que não se deixa atrair pelo Pai para Jesus é um cristão que vive em condição de órfão; e nós temos um Pai, não somos órfãos”. 

Fonte: Rádio Vaticano 

Francisco: migrantes são pontes que unem povos distantes

19/04/2016



Roma (RV) – O Papa enviou uma mensagem pelos 35 anos de fundação do Centro Astalli, a sede italiana do Serviço dos Jesuítas para os Refugiados, celebrados nesta terça-feira, (19/04). O vídeo foi exibido durante a apresentação do Relatório Anual da instituição, cuja sede está localizada no centro de Roma.


O número de requerentes de asilo e refugiados que procuraram o CentroAstalli cresceu exponencialmente em 2015: mais de 21 mil migrantes foram atendidos somente na sede romana num ano em que mais de 153 mil migrantes desembarcaram na Itália.
Os migrantes que chegam à Itália são sobretudo africanos, com um pequeno percentual  proveniente do Oriente Médio e da Ásia. Os pedidos de proteção ao governo italiano ultrapassaram 80 mil, com um acréscimo de 20 mil requisições em relação a 2014.
Peregrinos nesta Terra
“Cada um de vocês, refugiados, que bate à nossa porta, tem o rosto de Deus, é carne de Cristo. As suas experiências de dor e de esperança nos recordam que somos todos estrangeiros e peregrinos nesta Terra, acolhidos por alguém com generosidade e sem nenhum mérito. Quem, como vocês, fugiu da própria terra por causa da opressão, da guerra, de uma natureza desfigurada pela poluição e pela desertificação, ou da injusta distribuição dos recursos do planeta, é um irmão com quem compartilhar o pão, a casa, a vida”, disse o Papa no início da mensagem.
“Muitas vezes nós não vos acolhemos!” – destacou o Papa: “Perdoem o fechamento e a indiferença das nossas sociedades que temem a mudança de vida e de mentalidade que a vossa presença pede”, reconheceu Francisco.
Refugiados são pontes
“Tratados como um peso, um problema, um custo, vocês são, ao contrário, um dom”,  disse o Pontífice.
“Vocês são o testemunho de como nosso Deus clemente e misericordioso sabe transformar o mal e a injustiça que vocês padecem em um bem para todos. Porque cada um de vocês pode ser uma ponte que une povos distantes, que torna possível o encontro entre culturas e religiões diversas, uma estrada para redescobrir a nossa comum humanidade”.

Por fim, Francisco encorajou todos os envolvidos no trabalho do Centro Astalli, “exemplo concreto e diário de acolhida nascido da visão profética do Padre Pedro Arrupe”. “Vocês demonstram com os fatos que se se caminha juntos a estrada é menos amedrontadora. Continuem a caminhar com coragem ao lado dos migrantes: eles conhecem os caminhos que levam à paz porque conhecem o odor acre da guerra”, finalizou o Papa.

Fonte: Rádio Vaticano 

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