2 de abr. de 2016

Francisco: a misericórdia nos impele a abraçar o necessitado

02/04/2016


Cidade do Vaticano (RV) - “A misericórdia é, antes de mais nada, a proximidade de Deus ao seu povo. Uma proximidade que se manifesta principalmente como ajuda e proteção”: disse o Papa Francisco na vigília da misericórdia, na Praça São Pedro, durante a qual o Pontífice rezou ao Pai da misericórdia a fim de que estenda a todo homem o dom da salvação.
Rezou-se também para que Deus envolva com sua misericórdia os cristãos perseguidos, aqueles que vacilam na fé, aqueles que perderam a esperança ou que não sabem amar, os cristãos prisioneiros da mentalidade mundana.
Francisco convidou os milhares de fiéis e peregrinos presentes a partilharem com alegria e gratidão estes momentos de oração que nos introduzem no Domingo da Misericórdia, tão desejado por São João Paulo II, satisfazendo a um pedido de Santa Faustina Kowalska – apóstola da misericórdia.
Muitas são as faces da misericórdia com que Deus vem ao nosso encontro, disse o Papa.
“São verdadeiramente muitas; é impossível descrevê-las todas, porque a misericórdia de Deus cresce sem cessar. Deus nunca Se cansa de a exprimir, e nós não deveríamos jamais recebê-la, procurá-la e desejá-la por hábito. É sempre algo de novo que gera surpresa e maravilha à vista da imaginação criadora de Deus, quando vem ao nosso encontro com o seu amor.”


Francisco enfatizou que não temos um Deus que não saiba compreender e compadecer-Se das nossas fraquezas. Pelo contrário, observou. Foi precisamente em virtude da sua misericórdia que Deus Se fez um de nós:
“Pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano.”
Após lembrar que Jesus fez-Se igual a nós em tudo, menos no pecado, acrescentou que no Filho “podemos não só palpar a misericórdia do Pai, mas somos impelidos a tornar-nos nós mesmos instrumentos da sua misericórdia. Falar de misericórdia pode ser fácil; mais difícil é tornar-se suas testemunhas na vida concreta. Trata-se dum percurso que dura toda a vida e não deveria registar interrupções”.
Muitas são as faces com que a misericórdia de Deus se apresenta, disse.
“É-nos dada a conhecer como proximidade e ternura, mas, em virtude disto, também como compaixão e partilha, como consolação e perdão. Quem dela mais recebe, mais é chamado a oferecer, a partilhar; não pode ser mantida oculta nem retida só para nós mesmos.”
“É algo que faz arder o coração e o desafia a amar”, continuou, “reconhecendo a face de Jesus Cristo, sobretudo em quem está mais longe, fraco, abandonado, confuso e marginalizado”.
Francisco ressaltou que a misericórdia vai à procura da ovelha perdida e, quando a encontra, irradia uma alegria contagiosa. “A misericórdia sabe olhar cada pessoa nos olhos; cada uma delas é preciosa para ela, porque cada uma é única.”
O Santo Padre lembrou ainda que a misericórdia nos irrequieta, jamais pode deixar-nos tranquilos.
“É o amor de Cristo que nos «inquieta» enquanto não tivermos alcançado o objetivo; que nos impele a abraçar e estreitar a nós, a envolver quantos necessitam de misericórdia, para permitir que todos sejam reconciliados com o Pai.”
“Não devemos ter medo”, observou; “é um amor que nos alcança e envolve de tal maneira que se antecipa a nós mesmos, permitindo-nos reconhecer a sua face na dos irmãos.”
Deixemo-nos conduzir docilmente por este amor, e tornar-nos-emos misericordiosos como o Pai, exortou o Pontífice.
Francisco concluiu com um convite a tornar-nos dóceis às sugestões do Espírito:
“Para isso é bom que seja o Espírito Santo a guiar os nossos passos: Ele é o Amor, Ele é a misericórdia que é comunicada aos nossos corações. Não ponhamos obstáculos à sua ação vivificante, mas sigamo-Lo docilmente pelas sendas que nos aponta. Permaneçamos de coração aberto, para que o Espírito possa transformá-lo; e assim, perdoados e reconciliados, nos tornemos testemunhas da alegria que brota de ter encontrado o Senhor Ressuscitado, vivo no meio de nós.”
(RL)
    Fonte: Rádio Vaticano 

2 de abril, véspera da Festa da Misericórdia: em um dia como hoje, faleceu São João Paulo II

REDAÇÃO CENTRAL, 02 Abr. 16 / 07:30 am (ACI).- Era dia 2 de abril de 2005, véspera do Domingo da Divina Misericórdia – assim como o dia de hoje. Naquela noite, os olhares do mundo todo se voltaram para o Vaticano, quando o então Papa João Paulo II partiu para a casa do Pai.
O Papa polonês, que liderou a Igreja Católica por 26 anos e 5 meses, ficou conhecido como o “Papa peregrino”, defensor das famílias, amigo dos jovens e foi quem, no ano 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia.
Ele faleceu às 21h37, horário em que, para a Igreja, já era celebrada a liturgia do domingo seguinte, ou seja, a festa instituída pelo mesmo Pontífice em honra à misericórdia divina, conforme o próprio Jesus Cristo apresentou à também polonesa Santa Faustina Kowalska.

Poucos minutos após o falecimento, Dom Leonardo Sandri, que na época era o Substituto da Secretaria de Estado da Santa Sé, anunciou a notícia para as milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro e ao resto do mundo, que acompanhava as últimas horas do Pontífice através dos meios de comunicação.
Desde aquela noite até o dia 8 de abril, dia em que foram celebradas as exéquias do falecido Pontífice, mais de três milhões de peregrinos homenagearam o Papa polonês, permanecendo inclusive 24 horas na fila para poder entrar na Basílica de São Pedro.
Em 28 de abril, Bento XVI dispensou o tempo de cinco anos de espera após a morte para iniciar a causa de beatificação e canonização de João Paulo II. A causa foi aberta oficialmente pelo Cardeal Camillo Ruini, Vigário Geral para a Diocese de Roma, em 28 de junho de 2005.
Bento XVI o beatificou em 1º de maio de 2011 e ele foi canonizado pelo Papa Francisco em 27 de abril de 2014, junto com São João XXIII.
São João Paulo II liderou o terceiro pontificado mais longo nos mais de 2.000 anos de história da Igreja, realizando 104 viagens apostólicas fora da Itália e 146 nesse país.
Promoveu as Jornadas Mundiais da Juventude nas quais se reuniu com milhões de jovens de todo o mundo e inaugurou os Encontros Mundiais das Famílias.

Fonte: ACI Digital 

Abra-se à Misericórdia!

Para ler e meditar após rezar o Terço da Misericórdia
Jesus pediu a santa Faustina Kowalska que rezássemos o Terço da Misericórdia as 15h, diante do Sacrário, e, em seguida fizéssemos uma meditação sobre a sua Paixão. Jesus lhe pediu: “As três horas da tarde, implora a Minha Misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que me encontrei no momento da agonia…” (Diário n. 1320).
Eu costumo fazer esta meditação:
Compadeço-me, Senhor Jesus, de Tua agonia mortal no Horto das Oliveiras naquela Quinta-feira santa, e naquele abandono terrível que sentiu na carne até diante do Pai, ao assumir todos os nossos pecados diante da Justiça Divina. O peso desta culpa sobre Ti foi tão grande, que o Senhor sentiu uma tristeza mortal. Compadeço-me do Sangue que o Senhor derramou ali nesta agonia, vislumbrando todo sofrimento que enfrentaria. Compadeço-me da consolação do Teu anjo da Guarda. O Senhor humanamente precisou dele, e também lhe agradeço pelo meu Anjo protetor.
E logo Judas chegou com os soldados para prendê-lo. Foste vendido pelo preço de um escravo: trinta moedas de prata. Um bando de criminosos veio prender o Inocente, o Santo dos Santos. Compadeço-me, Senhor, do beijo amargo de Judas. O amaste tanto e foste traído exatamente no dia em que mais nos amaste deixando para nós a Tua Presença na Eucaristia, para sempre. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, os amastes até o fim” (Jo 13,1).
O Senhor já sabia – “Um de vós que come comigo, vai me trair” (Mc 14,18). O mal se paga com o bem, nos ensinaste isso no Monte das Oliveiras, e viveste isso no monte do Horto. Ali o Senhor pagava pelos nossos pecados à Justiça Divina. Satanás cobrava-lhe uma culpa e uma pena que não devias, por isso, nos libertastes cumprindo por nós toda Justiça. O Senhor não lhe devia nada, então, como foi cobrado de uma pena que não devia, pagou assim toda a nossa culpa. Assim o Pai enganou a Satanás, como ele tinha enganado a Adão. O inimigo foi vencido no mesmo campo de batalha. Satanás acorrentou Adão, mas o Senhor acorrentou Satanás, como disse S. Agostinho.
Compadeço-me, Senhor, da Tua prisão, e dos maus tratos que sofreste nas mãos dos soldados ali no Horto, nos caminhos, na casa de Anás e Caifás, e aquela noite terrível no calabouço na casa de Caifás, depois daqueles insultos e maus tratos. Que noite pavorosa meu Senhor! Me deste a graça de um dia estar nessa cova branca que o acolheu naquela última noite. Na manhã de sexta-feira foste levado a Herodes e a Pilatos. O interrogaram por curiosidade e o desprezaram. O Rei do Céu foi desprezado pelos reis da Terra. O desprezo para contigo Jesus, foi completo. Completaste a medida do aniquilamento que esvazia a culpa de Adão. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, da Tua flagelação, preso na coluna, Tuas carnes foram rasgadas, Teu Sangue derramado, Tuas chagas abertas. Pagaste os nossos pecados da carne. Nosso corpo é Teu Templo, e no entanto, é tão profanado pela prostituição, pornografia, homossexualidade e tantas impurezas. O Rei, ao invés de ser coberto de um manto de púrpura, foi coberto por um manto de Sangue. Vendo-Te despedaçado, Senhor, imagino quão grandes são os pecados de todos nós, cometidos com nosso corpo! Sinto que ali o Senhor foi como que esmagado no moinho, como o trigo, para se tornar a farinha que daria o Pão da Eucaristia. Ali teu Sangue foi derramado, e o Senhor esmagado como as uvas no lagar, para se transformar no Vinho da Eucaristia. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, daquela dolorosa, humilhante e sangrenta coroação de espinhos! Quem pode suportar isso? Tua santa Cabeça foi perfurada por muitos espinhos para reparar os nossos muitos pecados de pensamentos, palavras, malícias, maus desejos, maledicências, provocações, invejas, ira, ciúme… Que abismo de tantos pecados é esse de toda a humanidade, Senhor?! O Rei ao invés de ser coroado com uma coroa de belos brilhantes, é coroado com uma coroa de grandes espinhos! Os soldados zombaram do Senhor, e lhe colocaram uma cana na mão, simulando um cetro de rei, e um manto púrpura. Sei que zombaram de Ti, Senhor, bateram em Sua cabeça coroada de espinhos e cuspiram em Teu Rosto santo. Pagavas assim os nossos pecados de soberba, orgulho, maus desejos, apegos desordenados, ira, inveja, maledicências, respeito humano, mentiras… Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, da Tua condenação à morte por Pilatos, em um julgamento iníquo; ele se acovardou diante das autoridades judias que Te entregaram por inveja. Pilatos sabia que eras inocente, mas foi covarde e o entregou para ser crucificado, e assim agradou o povo. Não permita Senhor, que para agradar o povo eu negue a Tua doutrina! Deus Pai soube, na Sua Sabedoria perfeita, usar da covardia de Pilatos, da inveja dos doutores da Lei e da traição de Judas, para cumprir Seu Plano misterioso de nossa Redenção. Ninguém foi obrigado a Te trair e negar, eles agiram livremente e por maldade. E o Senhor não abriu a boca, não se defendeu, foi como “uma ovelha muda levada ao matadouro”, como profetizou Isaias, para cumprir todo o plano do Pai. Obrigado, Senhor, porque bebeste este Cálice até a última gota, para que as portas do Céu se abrissem para nós! Submeteste-te a autoridade de Pilatos, e lhe revelaste a Tua divindade. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, da cruz pesada colocada em seus ombros flagelados, derrubando-o por terra. Teu cansaço era tão grande que obrigaram Simão Irineu a Te ajudar a levar a cruz. E Tu aceitaste Senhor. Vejo que eu também preciso ser ajudado quando a minha cruz pesar demais e me jogar por terra. Compadeço-me, Senhor, das vezes que o Senhor caiu sob o peso do lenho pesado dos nossos pecados. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, do Teu encontro doloroso com Nossa Senhora das Dores. Foi o encontro da Paixão com a Compaixão, das lágrimas com o Sangue. Aquela Espada predita por Simeão atravessou-lhe a alma por ser o Senhor um “Sinal de contradição”, um NÃO dito ao pecado, ontem, hoje e sempre! Tua Mãe guardou aquelas palavras no coração com toda atenção, esperando a sua hora. Eis que ela chegou! Que a Virgem nos acompanhe também, Senhor, nas horas amargas de nossa vida, pois Tu a deste para ser também nossa Mãe. Que Ela nos ajude a aceitar a Tua santa vontade em nossa vida, qualquer que seja. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!


Compadeço-me, Senhor, daquele encontro com as outras mulheres, que certamente estavam com a Tua Mãe, Maria Madalena, Maria de Cléofas e outras, que te consolaram e foram consoladas pelo Senhor. “Orem, não por mim, mas pelos teus filhos…”. Meu Senhor, que mesmo nas amarguras da dor eu saiba consolar quem me consola, que a auto piedade não tome nunca conta de meu espirito. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, daquele lenço suave de Verônica que enxugou o Teu rosto ensanguentado. Que gesto bonito e caridoso! Era tudo que aquela mulher podia fazer por Ti naquela hora. E Tu a recompensaste deixando Teu rosto divino e humano gravado no seu pano. Oh, Jesus, deixa tua Face bendita marcada em minha alma todas as vezes que eu enxugar o Teu rosto sofrido na face de um irmão! Que eu veja em cada um deles, Senhor, um verdadeiro irmão, onde Tu estás sofrendo. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, da Tua chegada ao Calvário. Ali te arrancaram as vestes já coladas em Teu corpo, e o Sangue verteu novamente em dores renovadas. E crucificaram-Te. Pregaram Tuas mãos e Teus pés, violentamente, sem piedade, e o levantaram no madeiro entre o Céu e a terra em dores indizíveis, inimagináveis, inenarráveis. O cirurgião Pierre Barbet as conheceu bem e se desconcertou… Ele estudou a Tua Paixão por vinte e cinco anos, e escreveu o livro “A Paixão de Cristo segundo cirurgião”. Enquanto gemias de dor, os soldados dividiam suas vestes e sorteavam o Teu manto. O Senhor entregou-nos tudo, morreu sem nada, nem mesmo as roupas… Por este gesto concede-nos a graça do desprendimento de tudo nesta vida. Que eu possa caminhar entre as coisas que passam abraçando somente as que não passam. Que eu me apegue somente a Ti, Senhor, esvaziando-me do resto. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, das Tuas ultimas palavras e orações por nós na cruz. Sentiste o profundo abandono de todos os pecadores que se afastam de Deus. Perdoaste os inimigos que o matavam, cumprindo o que mandou-nos: “perdoar os inimigos e orar pelos que nos perseguem”. Tu és coerente Jesus, por isso vencestes o mundo. “Quando Eu for levantado no madeiro, atrairei todos a Mim”. Sim, Senhor, atraíste todos a Ti. Por isso, toda humanidade Te respeita e nós te adoramos. Assumiste na cruz a culpa de todos nós e sentistes o abandono do pecador que foge da Justiça divina – “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste!”.
Teu coração misericordioso acolheu a Dimas que te implorou estar em Teu Reino. Tua misericórdia de fato é infinita! Que graça extraordinária ele recebeu de confiar em Ti! Certamente Tua Mãe rezava pelos que eram condenados contigo. Foi o primeiro a receber o bilhete do Céu. Oh, Jesus, lembra-te de cada um de nós no Reino de Tua glória. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Depois de nos ter dado tudo, a Tua vida, Teu Sangue, Teu Amor, ainda nos destes a Tua Mãe. Certamente porque precisamos dela para chegar ao Céu, como ensinaram os santos doutores. “Filho, eis ai a tua Mãe!”. É impressionante que São João logo “a levou para a sua casa”. Eu também já a trouxe para a minha. Que Ela nos guarde, proteja e interceda por nós sem cessar diante de Ti. Sei que a Ela o Senhor nada pode negar.
Compadeço-me, Senhor, do vinagre que lhe deram para aplacar a dor, mas que o rejeitaste, para estar lúcido até o fim, e poder dizer conscientemente ao Pai – “Tudo está consumado!”. Tua sede física era cruel, por causa da perda de todo Teu Sangue, mas era também – como viram os Padres da Igreja – “a sede de Tua alma” pela salvação das nossas almas. És o bom Pastor que não quer perder nenhuma ovelha para o Lobo. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Compadeço-me, Senhor, de Tua Morte, que matou a nossa morte eterna e nos abriu o Céu. Vestiste a nossa natureza para poder experimentar a morte em nossa defesa contra ela. Pelo Batismo fomos sepultados nela e ressuscitados para uma vida nova (cf. Rom 6,4 s). Obrigado, Senhor, a eternidade será insuficiente para Te agradecer tão grande amor por nós! Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós!
Mesmo depois de morto, ainda te rasgaram o peito com a lança, e do Teu sagrado Coração perfurado saiu Sangue e Água; dai nasceu a Igreja, Tua esposa, “como Eva nasceu do lado aberto de Adão”, como nos ensinaram os santos Padres. Daí brotaram os sete Sacramentos de nossa redenção.breviariodaconfianca
E Tua Mãe o recebeu destruído, em Seus braços maternos. Que dor no coração desta Mãe, que recebeu nos Seus braços o Filho de Deus humanado e destruído como jamais foi um ser humano! E ela o depôs, as pressas, no túmulo novo de José de Arimateia, esse bom amigo. E ali Ela viveu a soledade, a solidão do Sábado do silêncio, em que o Rei dormiu. Pela dolorosa Paixão de Teu Filho, Pai, tende piedade de nós! Nós te adoramos e bendizemos, Senhor Jesus, porque pela Vossa Santa Cruz, remistes o mundo!
Encerro essa meditação com uma frase de São Boaventura, que resume o quanto essa prática faz bem para a nossa alma:
“Se quereis progredir no amor de Deus, meditai todos os dias a Paixão do Senhor. Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo”.
Medite sempre a Paixão de Jesus Cristo e abra-se a Sua MISERICÓRDIA!
Prof. Felipe Aquino

Via: Editora Cléofas 

1 de abr. de 2016

1/4 – Santo Hugo de Grenoble

Existem uns dezesseis santos com o nome de Hugo. Os dois mais importantes tiveram muitas coisas em comum. Além do nome são quase do mesmo tempo e lugar. Um é Hugo, abade de Cluny (1024-1109) e o outro, bispo de Grenoble (1053-1132). Ambos abraçaram a vida religiosa na flor da idade e tiveram encargos de grande responsabilidade. Hugo de Cluny, com 20 anos apenas, foi ordenado sacerdote e com 25 sucedeu ao abade Odilon e permaneceu no cargo por 60 anos. Hugo de Grenoble estudou em Valência e em Reims onde foi aluno de são Bruno, com 27 anos apenas foi nomeado bispo de Grenoble por Gregório VII e ficou no cargo por 52 anos. Ambos foram excelentes colaboradores dos papas Gregório VII, Urbano II, Pascoal II e Inocêncio II. Ajudaram na reforma da Igreja a dar exemplo de reforma pessoal e interior. Os dois foram propugnadores da vida monástica. Cluny se tornou exemplo de vida monástica para toda a Europa.
O rigoroso são Pedro Damião dá um bonito testemunho de Cluny que visitou em 1063: “Que diremos da severidade, da ascese, da disciplina da Regra, do respeito pelo mosteiro e pelo silêncio? Durante o tempo do estudo, do trabalho ou da leitura da Bíblia, ninguém ousa andar à toa pelos corredores ou falar, senão em caso de verdadeira necessidade. O serviço de Deus enche de tal modo o dia que, além dos trabalhos necessários para os irmãos, fica só uma meia hora para uma conversa e colóquios necessários. Falam só raramente. Durante o silêncio noturno e, em certos lugares (cozinha, sacristia, dormitório, refeitório e claustro) também de dia, só se fala por meio de sinais, que são escolhidos com tanta severidade que não há lugar à leviandade.” Hugo de Grenoble foi um dos artífices na fundação dos cartuxos (Grande Cartuxa). Foi ele que acolheu são Bruno e deu-lhe a montanha da Cartuxa. Aí ele repetiu o milagre de Moisés: fez jorrar água da rocha.

Cléofas 

31 de mar. de 2016

A vitória na Páscoa

“Onde abundou o pecado, sobreabundou a graça” (Rom 5,20).
Nenhum homem poderia, sozinho, com as suas forças, sair do reino do pecado e da morte. O Senhor Jesus, crucificado e ressuscitado, comunica-nos o poder do Seu Espírito e despedaça as cadeias que nos mantêm prisioneiros. Regenera-nos para uma vida nova, como filhos de Deus.pecadooriginal1
Claro que, mesmo depois da regeneração, permanece a inclinação interior desordenada e a influencia exterior negativa, mas estas já não são irresistíveis. Deve continuar-se a combater, mas pode-se vencer. Assim também o sofrimento e a morte se mantêm, mas mudam de sentido e tornam-se ocasiões de crescimento espiritual. A vida divina elimina o pecado e transfigura as suas consequências. Introduz-nos na condição pascal, superior à própria condição paradisíaca original, na medida em que nos dá a possibilidade de alcançar uma perfeição mais elevada: “Onde abundou o pecado, sobreabundou a graça” (Rom 5,20).
O pecado primordial da humanidade impediu a transmissão da justiça original e da condição paradisíaca e deu início a uma solidariedade negativa.jesus_cristo_deus
O pecado original, presente em cada homem que vem ao mundo, é privação da graça santificante, incapacidade de entrar em diálogo filial com Deus e de vencer a inclinação para cometer os pecados pessoais.
O pecado original é suprimido na justificação, através da comunicação da graça divina da parte do Senhor, crucificado e ressuscitado, redentor de todos os homens.
Retirado do livro: A verdade vos tornará livres, Ed. Gráfica de Coimbra

Via: Editora Cléofas 


Como surgiu o terço da Divina Misericórdia?

‘Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.’
Jesus ensinou a Santa Faustina o Terço da Misericórdia e pediu que o espalhasse pelo mundo; graças a Deus se espalhou; é uma fonte de graça e de misericórdia, especialmente para os moribundos.
Segundo o Diário de Santa Faustina, a partir de uma visão em 13 de setembro de 1935, Irmã Faustina escreveu:  “Eu vi um anjo, o executor da cólera de Deus […] a ponto de atingir a terra […] Eu comecei a implorar intensamente a Deus pelo mundo, com palavras que ouvia interiormente. À medida em que assim rezava, vi que o anjo ficava desamparado, e não mais podia executar a justa punição […]”.
No dia seguinte, uma voz interior lhe ensinou esta oração nas contas do rosário: “Primeiro reze um ‘Pai Nosso’, uma ‘Ave Maria’, e o ‘Credo’. Então, nas contas maiores diga as seguintes palavras:
‘Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.

Nas contas menores, diga as seguintes palavras: ‘Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro’.
Conclua dizendo estas palavras três vezes: ‘Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.’

Mais tarde, Jesus disse a Irmã Faustina: “Pela recitação desse Terço agrada-me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz.oracoesdetodosostemposdaigreja
Escreve isto para as almas atribuladas: Quando a alma vê e reconhece a gravidade dos seus pecados, quando se desvenda diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não desespere, mas se lance com confiança nos braços da minha Misericórdia, como uma criança nos braços da mãe querida. Estas almas têm sobre meu Coração misericordioso um direito de precedência. Dize que nenhuma alma que tenha recorrido a minha Misericórdia se decepcionou nem experimentou vexame […]”
” […] Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso.”

Fonte: Cléofas 

Mons. Viganò: homilias de Francisco levam-nos ao coração do Evangelho

31/03/2016


Cidade do Vaticano (RV) - A Livraria Editora Vaticana acaba de publicar o livro “Pensamentos para o Ano Santo”, de autoria do especialista em mídia Gianpiero Gamaleri, cujo volume foi apresentado esta quarta-feira (30/03) na Sala Marconi da Rádio Vaticano.
A obra reúne os comentários sobre as homilias do Papa Francisco na Casa Santa Marta, que o autor escreve para a rubrica semanal “Meu Papa”. Esteve presente na apresentação, entre outros, o prefeito da Secretaria vaticana para Comunicação, Mons. Dario Edoardo Viganò.
Em entrevista à emissora pontifícia, o prefeito se deteve sobre a peculiaridade destas homilias e sobre o estilo comunicativo de Francisco:
Mons. Dario Viganò:- “Minha impressão é de que essas homilias se tornaram propriamente um gênero literário. O Papa Francisco nos introduz no Evangelho proclamado ou na leitura do Antigo Testamento contando novamente aquilo que foi proclamado e, sobretudo, fazendo perguntas a si e a quem naquele momento está ouvindo a homilia acerca daquilo que disse Jesus ou daquilo que um personagem do Evangelho pôde dizer a Jesus ou pensou sobre Jesus. Por conseguinte, leva-nos ao âmago dos pensamentos, dos sentimentos que dizem respeito à cena em questão. Desse modo, leva nossa vida para dentro daquela passagem da Palavra de Deus na qual esta diz algo a mim. Assim, o texto se torna familiar, se assume esse aspecto de proximidade ao texto que permite lançar um olhar para o mundo, para os eventos, para as relações com o olhar de Deus.”
RV: O modelo comunicativo de Francisco é muito seu, de certo modo irrepetível. Porém, há algum ensinamento, alguma lição que, de modo geral, podemos tirar todos nós comunicadores não só no Vaticano?
Mons. Dario Viganò:- “Parece-me que um aspecto reside no fato que o Papa – como diria um estudioso – é um “storyteller”, ou seja, não fala utilizando conceitos ou abstrações, mas conta as histórias. Quando encontra os jovens conta episódios, anedotas, parábolas... Por conseguinte, é um grande narrador. Este é um modo mediante o qual torna compreensível, familiar, próximo às pessoas que o escutam, aquele conteúdo da mensagem evangélica da tradição da Igreja. Outra característica é o estilo da conversação: basta pensar nas interpelações que faz durante o Angelus, ou então quando faz repetir, todos juntos, alguma palavra. Isso torna cada pessoa que o está escutando alguém da família, faz-nos sentir partícipes daquilo que passa no coração e na mente do Papa. Desse modo midiático muito conclamado, excepcional, ele consegue também catalisar a atenção provavelmente pela descontinuidade porque tem uma voz baixa, um ritmo muito pacato, usa muitas pausas. Certamente, é uma palavra que tem o afã, o suor, o pó da estrada, de todos os quilômetros que percorreu durante anos primeiro como vigário-geral, depois como arcebispo de Buenos Aires. Efetivamente, cada palavra sua tem o peso da verdade de uma vida.”
RV: Essas homilias tão aguardadas por crentes e não-crentes chegam ao coração de tantas pessoas mediante a Rádio Vaticano, o Centro Televisivo Vaticano, sucessivamente, através do L’Osservatore Romano. De certo modo, é também um exemplo de convergência sobre algo tão precioso como – propriamente – as homilias feitas na Casa Santa Marta...
Mons. Dario Viganò:- “Podemos dizer que neste momento é um exemplo sobre como pode haver uma convergência editorial. A convergência é outra coisa: é aquilo que todos faremos juntos como reforma, propriamente encontrando uma linguagem específica para o que será o único grande portal da Secretaria vaticana para a Comunicação.” (RL)
Fonte: Rádio Vaticano 

"Amoris laetitia": Exortação do Papa será publicada em 8 de abril

31/03/2016

Cidade do Vaticano (RV) - “Amoris laetitia” (Sobre o amor na família) é o título da Exortação Apostólica Pós-Sinodal sobre a família do Papa Francisco.
O texto será publicado na sexta-feira, 8 de abril, e estará disponível em seis línguas, entre as quais o português. A Exortação será apresentada aos jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Card. Lorenzo Baldisseri, e pelo Arcebispo de Viena (Áustria), Card. Christoph Schönborn.
Também participa da coletiva um casal italiano de professores, docentes de Filosofia: Prof. Francesco Miano, que leciona na Universidade de Roma Tor Vergata e a Professora Giuseppina De Simone, da Faculdade Teológica de Nápoles.
A Exortação Apostólica “Amoris laetitia” será publicada quase seis meses após a conclusão do Sínodo Ordinário sobre a Família convocado pelo Papa Francisco em outubro passado. Um ano antes, em 2014, o Pontífice convocou um Sínodo Extraordinário sobre o mesmo tema.
Depois de dois anos de intenso trabalho dos bispos que participaram dos dois Sínodos, o texto do Papa Francisco é aguardado pelas dioceses do mundo inteiro por oferecer diretrizes e linhas de ação sobre temas práticos que dizem respeito à família.
Fonte: Rádio Vaticano 

30 de mar. de 2016

30/3 – São João Clímaco

O Monte Sinai está historicamente ligado ao cristianismo. Foi o lugar indicado por Deus para entregar a Moisés as tábuas gravadas com os Dez Mandamentos. É uma serra rochosa e árida que, não só pela sua geografia, mas também pelo significado histórico, foi escolhida pelos cristãos que procuravam a solidão da vida eremítica. Assim, já no século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram ali construídos por numerosos monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco. João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo num dos mais renomados mosteiros, do venerável ancião Raiuthi.
Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes para sua parca refeição e só se reunia aos demais monges nos fins de semana, para um culto coletivo. Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procura-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma bênção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai. Nesse período ele escreveu muito e o que dele se conserva até hoje é um livro importantíssimo que teve ampla divulgação na Idade Média, “Escada do Paraíso”. Livro que lhe trouxe também o sobrenome Clímaco que, em grego, significa “aquele da escada”.
No seu livro ele estabeleceu trinta degraus necessários à subir para alcançar a perfeição da alma. Trata-se de um verdadeiro manual, a síntese da doutrina monástica e ascética, para os noviços e monges, onde descreveu, degrau por degrau, todas as dificuldades a serem vividas, a superação da razão e dos sentidos, e que as alegrias do Paraíso perfeito serão colhidas no final dessa escalada, após o transito para a eternidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento.

Cléofas 

Audiência: Deus é maior que os nossos pecados

30/03/2016

Cidade do Vaticano (RV) – Mais de 30 mil pessoas participaram da Audiência Geral desta quarta-feira (30/03), na Praça S. Pedro, ainda enfeitada com as flores para o dia de Páscoa.



Em sua catequese, o Papa Francisco encerrou a série sobre a misericórdia no Antigo Testamento, meditando sobre o Salmo 51, chamado Miserere.
Trata-se de uma oração penitencial, precedida de uma confissão de culpa, na qual o orante deixa-se purificar pelo amor de Deus que o torna uma nova criatura. A tradição atribui este Salmo ao Rei Davi que, após ter cometido adultério com Betsabeia, fazendo que o marido desta, Urias, fosse morto, é ajudado pelo profeta Natã a reconhecer a sua culpa diante de Deus.
O Salmo tem início com palavras de súplicas: “Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua misericórdia; no teu grande amor cancela o meu pecado. Lava-me de toda a minha culpa, e purifica-me de meu pecado”.

Verdade
Nesta oração, manifesta-se a verdadeira necessidade do homem: a única coisa de que realmente necessitamos na nossa vida é ser perdoados, libertados do mal e das suas consequências.
Assim, neste Salmo, somos convidados a ter os mesmos sentimentos de Davi, reconhecendo a nossa miséria, certos da misericórdia do Senhor. “Deus é maior que os nossos pecados”, afirmou Francisco, repetindo esta frase inúmeras vezes e convidando a multidão a fazer o mesmo.
Fidelidade do Pai
“Deus, que nunca nos abandona, ao perdoar, cancela os nossos pecados, faz de nós novas criaturas.” E o Papa se dirigiu aos fiéis para perguntar se havia alguém que não tinha pecados.
Portanto, nós, pecadores perdoados, podemos até mesmo ensinar aos outros a não pecarem mais. “A dignidade que o perdão de Deus nos dá é levantar-se depois de um pecado”, explicou o Pontífice, citando o Salmista: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto. Quero ensinar teus caminhos aos que erram e a ti voltarão os pecadores”.
O Papa então concluiu: “Todo pecador perdoado é chamado a compartilhar com cada irmão e irmã que encontra este dom, pois todos são, como nós, necessitados da misericórdia de Deus. O perdão purifica o coração e transforma a vida”. (BF)


Fonte: Rádio Vaticano 

Francisco visita Bento XVI durante a Semana Santa

30/03/2016


Cidade do Vaticano (RV) – Uma visita estritamente particular com o intuito de levar pessoalmente suas felicitações de Páscoa ao Papa emérito. Assim Francisco foi ao mosteiro Mater Ecclesia, nos Jardins do Vaticano, onde Bento XVI vive desde a sua renúncia.


Durante a Semana Santa – cita a agência Ansa – o Papa emérito presidiu a Liturgia da Paixão e também alguns rituais pascais. Joseph Ratzinger completará 89 no próximo dia 16 de abril.
Apesar de privada, a visita marcou o reencontro entre Francisco e Bento XVI após a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro.
Encontros públicos
O primeiro – histórico – foi o encontro em Castel Gandolfo, no dia 23 de março de 2013, quando Bento XVI e Francisco rezaram juntos por alguns momentos.
Depois disso, em 5 de julho de 2013, Bento XVI apareceu novamente ao lado de Francisco durante a inauguração de um monumento a São Miguel, nos Jardins Vaticanos.
Em 22 de fevereiro de 2014, durante o consistório para a criação de novos cardeais, a Basílica Vaticana teve pela primeira vez na história a presença de dois papas.
Ratzinger voltaria a encontrar o público – e Bergoglio – em 27 de abril de 2014, quando da canonização de São João Paulo II e São João XXIII, na Praça São Pedro.
Dois meses mais tarde, em 28 de setembro, a convite de Francisco, Bento XVI voltou à Praça São Pedro, onde participou do encontro com a terceira idade. O Papa emérito aparecera bem disposto, apesar de caminhar muito devagar e com a ajuda de uma bengala.
Sempre a convite do Papa Francisco, Bento XVI esteve novamente na Praça São Pedro em 19 de outubro de 2014, quando concelebrou o rito de beatificação do Papa Paulo VI.
Em 2015, Bento XVI voltou à Basílica de São Pedro, onde participou do consistório no qual Francisco criou 20 novos cardeais em 14 de fevereiro.
No final de 2015, Bento XVI passou a Porta Santa da Misericórdia da Basílica de São Pedro, aberta pelo Papa Francisco para o Jubileu, em 8 de dezembro.
Fonte: Rádio Vaticano 

28 de mar. de 2016

Papa no Regina Coeli: “Cristo nos dá força para nos levantarmos”

28/03/2016

Cidade do Vaticano (RV) – Na primeira recitação do Regina Coeli deste ano, a oração mariana que substitui o Angelus até a Festa de Pentecostes, o Papa disse que “nossos corações ainda estão repletos da alegria pascal” nesta segunda-feira depois da Páscoa, chamada “Segunda-feira do Anjo”.


“A vida venceu a morte. A Misericórdia e o amor venceram o pecado! Há necessidade de fé e de esperança para se abrir a este novo e maravilhoso horizonte. E nós sabemos que a fé e a esperança são um dom de Deus, e devemos pedir a Ele: 'Senhor, doai-me a fé, doai-me a esperança! Precisamos tanto!' Deixemo-nos invadir pelas emoções que ressoam na sequência pascal: ‘Sim, estamos certos: Cristo ressuscitou verdadeiramente. Ele está vivo no meio de nós’”, recordou Francisco.
Cristo, força para se reerguer
“Esta verdade marcou indelevelmente as vidas dos Apóstolos – continuou o Pontífice – que, depois da ressurreição, sentiram novamente a necessidade de seguir o seu Mestre e, recebido o Espírito Santo, saíram sem medo para anunciar a todos o que tinham visto com seus próprios olhos e experimentado pessoalmente”.
“Se Cristo ressuscitou, podemos olhar com olhos e corações novos a todos os eventos da nossa vida, até mesmo aqueles mais negativos. Os momentos de escuridão, de fracasso e pecado podem se transformar e anunciar um caminho novo. Quando chegamos ao fundo da nossa miséria e da nossa fraqueza, Cristo ressuscitado nos dá a força para levantarmos”, encorajou o Papa.
O silêncio de Maria
“O Senhor crucificado e ressuscitado é a plena revelação da misericórdia – afirmou ainda o Papa – presente e ativa na história. Esta é a mensagem pascal que ainda ressoa hoje e que vai ressoar em todo o tempo da Páscoa até Pentecostes”.
Ao falar novamente do silêncio e da espera de Maria pela ressurreição, que permaneceu aos pés da Cruz e não se dobrou diante da dor, ao contrário, a fé de Nossa Senhora a tornou ainda mais forte, Francisco disse:
“No seu coração dilacerado de mãe permaneceu sempre acesa a chama da esperança. Peçamos a Ela que também nos ajude a aceitarmos plenamente o anúncio pascal da Ressurreição, para encarná-lo na realidade de nossas vidas diárias”, pediu o Papa, para então concluir:
“Que a Virgem Maria nos dê a certeza da fé que, cada passo sofrido do nosso caminho, iluminado pela luz da Páscoa, se tornará bênção e alegria para nós e para os outros, especialmente para aqueles que sofrem por causa do egoísmo e da indiferença”. (rb/sp)

Fonte:  
Rádio Vaticano 

27 de mar. de 2016

Reflexão do Evangelho Domingo de Páscoa 27/03/2016 Ano C

Liturgia

1° leitura At 10. 34a. 37-45
Salmo 117
2° leitura Cl 3, 1-4
Evangelho Jo 20. 1-9


Contemplemos o Cristo vivo entre nós



Acenda essa chama em seu coração, contagie sua mente, sua casa e família por essa verdade maravilhosa: Cristo está vivo e no meio de nós!

“De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos” (João 20, 9).


Hoje, contemplamos um túmulo que está vazio, porque, ali, depositaram o corpo de Jesus, mas, na manhã de domingo, quando foram buscar o corpo do Senhor para cuidá-Lo, ungi-Lo e contemplá-Lo, não estava mais lá.
Alguns disseram que os discípulos roubaram o corpo, mas como pode um corpo roubado fazer tanto bem, ressuscitar tantas vidas, levantar a vida de tantas pessoas? O fato é que esse corpo não foi roubado, mas ressurgiu, ressuscitou de forma gloriosa e única!
Cristo Jesus não permaneceu no túmulo, porque lá estava perdida toda a esperança da humanidade, tudo estava enterrado. Ele levantou-se dos mortos, ressuscitou do túmulo e trouxe vida nova a cada um de nós.
É verdade que muitos de nós ainda temos a mente e o coração fechados para compreender as Escrituras, para podermos compreender que Ele haveria de ressuscitar dos mortos e trazer a vida nova a cada um de nós.
Abramos nossa mente e coração, contemplemos o Cristo que está vivo no meio de nós! Isso não é só uma verdade histórica, mas, de fé; não é um simples dogma, é o sentido fundamental da nossa fé. Se Cristo Jesus não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé, perda de tempo seria celebrar a Eucaristia e tantas outras coisas. Tudo aquilo que celebramos é para proclamar que Cristo Jesus está vivo e no meio de nós!
Acenda essa chama em seu coração, contagie sua mente, sua casa e sua família com essa verdade maravilhosa: Cristo está vivo e no meio de nós! Ele acende nossos corações para que nenhuma desesperança, desespero, desânimo, doença, tristeza e morte falem mais alto em nossos corações.
Contemplar o Cristo vivo e ressuscitado, no meio de nós, é ter a certeza de que a palavra final não é a da morte, da dor nem do sofrimento. A palavra final é a de Deus, é a da vida!
Queremos celebrar a vida no ardor da ressurreição, que acontece, todos os dias, quando deixamos morrer o homem velho para brotar em nós o Cristo vivo e ressuscitado!
Uma feliz Páscoa para você e toda a sua família!


Por Padre Roger Araújo

Fonte: Canção Nova

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...