23 de jan. de 2016

23/1 – Santo Ildefonso

Ildefonso é a forma original de Afonso, em espanhol, palavra de origem visigótica parecendo significar “pronto para a batalha”. Nascido em Toledo, de sangue real, a 8 de dezembro de 606. Foi pela intercessão de Nossa Senhora que seus pais obtiveram do céu este filho. Crê-se que estudou com santo Isidoro em Sevilha e aí aprendeu a desprezar o espírito do mundo. Voltando para a casa dos pais, pediu-lhes para fazer-se monge no mosteiro de Agalia, perto de Toledo. Tendo se tornado pela morte dos pais, herdeiro de rica fortuna, empregou toda a sua herança na fundação de um mosteiro para religiosas. Heládio, bispo de Toledo, ordenou-o diácono. Os monges de Agalia, após a morte de seu abade, elegeram-no para sucedê-lo no cargo abacial. Participou nessa qualidade dos Concílios de Toledo de 653 e 655. Em 657, morrendo Eugênio, bispo de Toledo, foi escolhido pelo clero e os fiéis como sucessor. Não querendo aceitar, escondeu-se, mas foi achado, e levado escoltado para a cidade para a consagração episcopal. Investido em seu cargo, Ildefonso não negligenciou coisa alguma para manter seu rebanho na pureza dos costumes e na integridade da fé.
Às funções apostólicas da pregação juntou a elaboração de diversas obras, das quais a mais famosa é seu livro sobre a virgindade perpétua de Maria, contra Joviniano, Helvécio e um judeu, na qual se nota a sua piedade. No dia de Santa Leocádia (9 de dezembro), esta célebre mártir, cujas relíquias desejava encontrar, se dignou manifestar-se a ele indicando o local onde repousava seu corpo. Santo Ildefonso foi um ardente propagador da festa da Expectação do divino parto de Maria. Certo ano, antes das Matinas dessa solenidade, aconteceu que a Santíssima Virgem lhe apareceu sentada sobre o trono pontificial, rodeada de um grupo de virgens executando cantos celestiais e o revestiu com magnífica casula enviada por Jesus. Assim conta o livro das Lendas de Maria, que esteve em grande voga nos séculos XII e XIII. Morreu Ildefonso a 23 de janeiro de 667. Seu corpo inumado na igreja de Santa Leocádia, foi transferido, por medo dos mouros, para Zamora, onde o veneraram até 888. Em 1400, foi tirado de sob ruínas e novamente exposto à veneração dos fiéis.

Cléofas 

22 de jan. de 2016

22/1 – São Vicente

O Diácono espanhol, São Vicente, é o mártir mais célebre da Península Ibérica. Um século após o seu martírio Santo Agostinho dedicava-lhe o dia 22 e nesse dia, fazia um sermão sobre ele. Os atos de seu martírio, em grande parte apócrifos, têm também muita verdade. Nasceu sob Diocleciano, esteve preso em Valência, foi processado junto com seu bispo diante do governador Daciano e, em Valência mesmo, sofreu o martírio. Estas lacônicas notícias são preenchidas com os coloridos dos atos. O bispo de Saragoza não era um pregador, era um pouco gago. Providencialmente apareceu Vicente, com bastante cultura e muita facilidade de expressão. Ordenado diácono, Vicente foi encarregado da pregação do Evangelho. Explodia a cruel perseguição por todo o império romano. Em Valência o governador Daciano mandou prender os mais célebres representantes, os líderes da Igreja espanhola. Com seu bispo foi obrigado a ir a pé, de Saragoza até Valência. Não sucumbiu.
Chegando à presença do governador refutou-lhe as acusações e ainda expôs-lhe a mensagem evangélica. O governador ordenou que fosse torturado. O diácono de Saragoza, todo ferido e inchado, foi atirado a uma cela escura, cujo piso estava forrado de cacos de vidro para atormentá-lo. Vicente, porém, com voz forte entoava hinos de agradecimento a Deus. O governador para rebaixá-lo ordenou que o colocassem numa cama muito confortável, mas ele estava morto. Jogaram seu corpo para ser comido pelos animais selvagens. Uma grande água não deixava os animais se aproximarem. Daciano então fez jogarem seu corpo no rio depois de tê-lo amarrado a uma pedra. O corpo não afundou. Voltou à margem e os cristãos o sepultaram. No local os cristãos erigiram-lhe uma igreja como túmulo.

Cléofas 

Papa: comunicar a verdade com misericórdia, criar pontes e não exclusões

22/01/2016 


A comunicação deve construir pontes, sanar as feridas e tocar os corações das pessoas – é uma das passagens da Mensagem do Papa Francisco para o 50° Dia Mundial das Comunicações Sociais, sob o tema: "Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo". No documento publicado esta sexta-feira (22/01) o Papa reafirma que o verdadeiro poder da comunicação é a "proximidade" e pede aos cristãos para comunicarem a verdade com amor, sem julgar as pessoas. Em seguida, o Papa Francisco exorta a converter mesmo as redes sociais em lugares de misericórdia, onde se promovem relações e partilha.
"Aquilo que dizemos e como dizemos, cada palavra e cada gesto deveria poder exprimir a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para com todos". No Ano Santo da Misericórdia, o Papa Francisco recorda  antes de tudo que "o amor, por sua natureza, é comunicação", e por isso "somos chamados a comunicar como filhos de Deus com todos, sem excluir ninguém". Em particular, lê-se na mensagem, "faz parte da linguagem e das acções da Igreja transmitir a misericórdia de Deus, tocar os corações das pessoas". E depois o Papa convida a difundir  o "calor da Igreja Mãe", aquele "calor que dá substância às palavras da fé" e acende "a faísca que as torna vivas".
A comunicação – sublinha ainda Francisco na mensagem - "tem o poder de construir pontes, de facilitar o encontro e a inclusão". E o Papa se alegra por "ver pessoas empenhadas na escolha cuidadosa de palavras e gestos para superar mal-entendidos, curar a memória ferida e construir a paz e a harmonia". As palavras, insiste Francisco, "podem construir pontes", e isto tanto no ambiente físico como no digital". Daí o convite do Papa a usar as palavras para "sair dos círculos viciosos das condenações e vinganças, que continuam a encadear indivíduos e nações". A palavra do cristão, reitera o Papa, "propõe-se fazer crescer a comunhão”.
Para o Papa, é "desejável que mesmo a linguagem da política e da diplomacia se deixe inspirar pela misericórdia" e faz apelo "àqueles que têm responsabilidades institucionais" para que "sejam sempre vigilantes" na sua maneira de se exprimir. É fácil, diz Francisco, "ceder à tentação" de alimentar "as chamas da desconfiança, do medo e do ódio" . Precisamente por isso, devemos ter a coragem de "orientar as pessoas para processos de reconciliação".
O estilo da nossa comunicação, lê-se ainda na mensagem “deve  estar à altura de superar  a lógica que separa  nitidamente os pecadores dos justos”. Nós, esta é a sua convicção “podemos e devemos julgar a situação do pecado”, mas “não podemos julgar  as pessoas, porque só Deus  pode ler na profundidade do coração”. Deve-se admoestar quem erra, denunciando a maldade e a injustiça de certos comportamentos”, mas recordando-se sempre de que a verdade é Cristo, “cuja humilde misericórdia é a medida  da nossa maneira de anunciar a verdade e de condenar a injustiça”. Portanto (diz Francisco) a verdade deve ser afirmada “com amor”, porque só assim “se tocam os corações de nós pecadores”. “Palavras e gestos duros ou moralistas (adverte Francisco) correm o perigo  de afastar ulteriormente aqueles  que gostaríamos de levar à conversão e à  liberdade, reforçando  o seu sentido de  negação e de defesa”.
É fundamental escutar o outro, continua o Papa, sem presunção de omnipotência. Aqui Francisco mete o acento nas relações  na família,  para responder a quantos “pensam que uma sisão da sociedade radicada na misericórdia” seja “ idealista ou “ indulgente”. Os Pais nos amaram e nos apreciaram  mais pelo que somos do que pelas nossas capacidades e os nossos sucessos”. O Papa encoraja “a pensar  na sociedade humana”  precisamente como “uma família  onde  a porta  está sempre aberta e se procura acolher-se  mutuamente”. “Comunicar - evidencia a Mensagem -  significa partilhar, e a partilha supõe a escuta, e o acolhimento.
Também nas redes sociais, comunicar com misericórdia. Relativamente aos social network o Papa debruça-se sobre  a comunicação digital. Também o e-mail, o SMS, as redes sociais, o chat – diz Francisco – podem ser formas de comunicação completamente humanas. Para o Papa não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem” e convida a fazer  com que os social network favoreçam as relações e não conduzam  “a uma ulterior polarização  e divisão  entre as pessoas”.

Rádio Vaticano 

Rezar pelos bispos que são as colunas da Igreja - Papa em Santa Marta

22/01/2016


O Evangelho do dia (São Marcos) fala da escolha dos doze Apóstolos por Jesus: escolhe-os “para que estejam com Ele e para os mandar pregar e expulsar demónios”. Os doze – afirmou o Papa - “são os primeiros bispos”. Depois da morte de Judas é eleito Matias: é “a primeira ordenação episcopal da Igreja”. “Os bispos são colunas da Igreja”, chamados a ser testemunhos da Ressurreição de Jesus:
Nós bispos temos esta responsabilidade de ser testemunhos: testemunhos de que o Senhor Jesus está vivo, que o Senhor Jesus ressuscitou, que o Senhor Jesus caminha connosco, que o Senhor Jesus nos salva, que o Senhor Jesus deu a sua vida por nós, que o Senhor Jesus é a nossa esperança, que o Senhor Jesus nos acolhe sempre e nos perdoa. O testemunho. A nossa vida deve ser isto: um testemunho. Um verdadeiro testemunho da Ressurreição de Cristo.”
Os bispos – continuou o Papa – têm duas tarefas:
A primeira tarefa do bispo é estar com Jesus na oração. A primeira tarefa dos bispo não é fazer planos pastorais… não, não! Rezar: esta é a primeira tarefa do bispo. A segunda, é ser testemunho, isto é pregar. Pregar a salvação que o Senhor Jesus nos trouxe. Duas tarefas não fáceis, mas são precisamente essas tarefas que tornam fortes as colunas da Igreja. Se estas colunas se enfraquecerem porque os bispos não rezam ou rezam pouco; ou porque os bispos não anunciam o Evangelho, ocupando-se doutras coisas, a Igreja também se enfraquece, sofre. O povo de Deus sofre, porque as colunas são fracas
A Igreja sem os bispos não pode andar” – afirmou o Papa. Por isso, "a oração de todos nós para os nossos bispos é uma obrigação, mas uma obrigação de amor, uma obrigação dos filhos perante o Pai, uma obrigação dos irmãos, para que a família permaneça unida na confissão em Jesus Cristo, vivo e ressuscitado”.
Por isso, quero hoje convidar a rezar por nós, os bispos, porque nós também somos pecadores, nós também temos fraquezas, nós também corremos o perigo de Judas; ele também tinha sido eleito coluna; nós também corremos o perigo de não rezar, de fazer coisas que não sejam anunciar o Evangelho e expulsar demónios… Rezar, a fim de que os bispos sejam como Jesus queria, que todos nós demos testemunho da Ressurreição de Jesus. O povo de Deus reza pelos bispos. Em todas as Missas se reza pelos bispos: reza-se por Pedro, o chefe do Colégio Episcopal, e reza-se pelo bispo do lugar. Mas isto não basta: diz-se o nome, e muitas vezes diz-se simplesmente por hábito, e vai-se para a frente. Rezar pelo bispo com coração, pedir ao Senhor: Senhor, cuida do meu bispo; cuida de todos os bispos e manda-nos os bispos que são verdadeiros testemunhos, bispos que rezam e bispos que nos ajudem, com as suas pregações, a compreender, a estarmos seguros de Ti, Senhor, estás vivo, está entre nós” 

Rádio Vaticano 

Não confundir a família com outras formas de união - Papa

22/01/2016


No discurso aos membro do Tribunal da Rota Romana, o Papa Francisco recomendou que não se confunda a família com outras formas de união…
O Papa relançou esta prerrogativa histórica ligando-a ao magistério mais recente focalizado pela Igreja sobre o tema da família e sublinhando uma certeza que não mudou:
No percurso sinodal sobre o tema da família, que o Senhor nos concedeu realizar nos dois anos transactos, pudemos fazer, em espírito e estilo de efectiva colegialidade, um discernimento sapiencial, graças ao qual a Igreja mostrou ao mundo que não pode haver confusão entre a família desejada por Deus e qualquer outros tipo de união”.
Depois retomando palavras do Papa Pio XII que considerava o Tribunal da Rota Romana, o Tribunal da Família, o Papa Francisco acrescentou que deve ser também o “Tribunal da Verdade do Vinculo Sagrado”. À Igreja toca mostrar tanto o “amor misericordioso de Deus em relação às famílias, de modo particular as feridas pelo pecado e pela provações da vida”, como também proclamar  - disse – a “a irrenunciável verdade do matrimónio segundo o desígnio de Deus”, segundo “o sonho de Deus”, aquele sonho  que atribui ao matrimónio a missão de transmitir a vida e o amor recíproco e legítimo entre homem e a mulher, chamados “a completar-se reciprocamente numa doação mútua não só física, mas sobretudo espiritual”.
Por isso, concluiu, a Igreja com renovado sentido de responsabilidade continue a ajudar a compreender isso e a propor o matrimônio nos seus elementos essenciais: prole, bem dos cônjuges, unidade, indissolubilidade, sacramentalidade”. 

Fonte: Rádio Vaticano 

21 de jan. de 2016

Rito do Lava-pés: também as mulheres poderão ser escolhidas

2016-01-21


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco decidiu fazer uma mudança nas rubricas do Missal Romano relativas ao Rito do “Lava pés” contido na Missa da Santa Ceia: de agora em diante, entre as pessoas escolhidas pelos pastores poderão ser incluídas também as mulheres.


O Papa explica sua decisão numa Carta endereçada ao prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah. Por conseguinte, o referido Dicastério vaticano emitiu um Decreto a propósito.
Expressar a caridade sem limites de Jesus
“Expressar plenamente o significado do gesto realizado por Jesus no Cenáculo, o seu doar-se ‘completamente’, para a salvação do mundo, a sua caridade sem limites”: com essas palavras, o Papa Francisco explica, na Carta ao Cardeal Sarah, a decisão de modificar a rubrica do Missal Romano que indica as pessoas escolhidas para receber o “Lava-pés” durante a Missa da Santa Ceia, na Quinta-feira Santa.
Incluídas as mulheres entre os fiéis escolhidos
A decisão do Papa, tomada “após atenta ponderação”, explica o próprio Pontífice, faz de modo que “de agora em diante os pastores da Igreja possam escolher os participantes para o rito entre todos os membros do povo de Deus”.
Efetivamente, se antes estes deviam ser homens adultos ou jovens, agora – explica o decreto da Congregação para o Culto Divino – poderão ser quer homens, quer mulheres, “convenientemente jovens e idosos, sadios e doentes, clérigos, consagrados e leigos”, incluídos casados e solteiros.
“Esse pequeno grupo de fiéis deverá representar a variedade e a unidade de cada porção do povo de Deus”, ressalta o Dicastério, sem especificar o seu número.
Explicar adequadamente aos escolhidos o significado do rito
Ademais, o Santo Padre recomenda que “seja dada aos escolhidos uma adequada explicação do significado do próprio rito”. Cabe a estes – escreve o secretário da Congregação para o Culto Divino, Dom Arthur Roche, num artigo para o L’Osservatore Romano – oferecer com simplicidade a sua disponibilidade.
“Cabe a quem cuida das celebrações litúrgicas preparar e dispor todo necessário para ajudar todos a participar frutuosamente deste momento: a vida de todo discípulo do Senhor é memorial (anamnesi) do ‘mandamento novo’ ouvido no Evangelho.”
Gesto já realizado pelo Papa Francisco
Vale recordar que o Papa Francisco já realizou o rito do Lava-pés com a participação de algumas mulheres, por exemplo, na Quinta-feira Santa do ano passado, quando celebrou, em Roma, a missa da Ceia do Senhor no Cárcere de Rebibbia. (RL)

Papa Francisco em Santa Marta: A inveja e o ciúme matam

21/01/2016

PAPA MISSA 
Na homilia da Missa de hoje,  21 de Janeiro, em Santa Marta, o Papa Francisco  afirmou que a inveja e o ciume matam. Disse o Pap evocando o caso da inveja do Rei Saul para com o jovem Rei, David. Depois da vitória contra os filisteus, as mulheres cantam com alegria dizendo: “Saul matou mil, mas Davi 10 mil”. Assim, a partir daquele dia – destacou o Papa Francisco – Saul passou a olhar com desconfiança para David, pensando que poderia  tirar-lhe o poder e matá-lo. Depois, Saul seguiu o conselho do filho e reviu a sua decisão. Mas depois, retomou os  seus pensamentos negativos. O ciúme – relevou o Papa – é “uma doença" que volta e leva à inveja:
“Que coisa feia é a inveja! É uma atitude, um pecado feio. E no coração, o ciúme ou a inveja crescem como a erva daninha: cresce, mas não deixa a erva boa crescer. Tudo o que pensa que pode ofuscá-lo, lhe faz mal. Não está em paz! É um coração atordoado, é um coração feio! Mas também o coração invejoso – ouvimos aqui – leva a matar, leva à morte. E a Escritura o diz claramente: por inveja do diabo, a morte entrou no mundo”.
A inveja mata também nas nossas comunidades, disse mais adiante o Papa: a inveja  “mata” e não tolera que o outro tenha algo que eu não possua. E sempre sofre, porque o coração do invejoso ou do ciumento sofre. É um coração sofredor!”. É um sofrimento que deseja  a morte dos outros. Mas quantas vezes, (disse o papa: nas nossas comunidades – não devemos ir muito longe para ver isso) por ciúme se mata com a língua. Alguém tem inveja daquele, daquele outro e começam os murmúrios : e os murmúrios !”:
“E eu, pensando e refletindo sobre estre trecho da Escritura, convido a mim e a todos a entender se em meu coração existe algo de ciumento, de invejoso, que sempre leva à morte e não me faz feliz; porque esta doença leva sempre a ver o que o outro tem de bom como se fosse contrasi. Isto é um pecado muito feio! É o início de muitas criminalidades. Peçamos ao Senhor que nos dê a graça de não abrir o coração aos ciúmes, de não abrir o nosso coração às invejas, porque estas coisas causam a morte”.
 Ao terminar Francisco recordou como è que  até o proprio Jesus foi entregue por Pilatos por inveja.
 “A inveja – segundo a interpretação de Pilatos, que era muito inteligente, mas cobarde – é que levou Jesus à morte. Peçamos também a graça de não entregarmos nunca, por inveja, à morte, um irmão, uma irmã da paróquia, da comunidade, e nem um vizinho do bairro. 

Rádio Vaticano 

Papa: religiosidade popular forma genuína de evangelização

21/01/2016

Ao fim da manhã desta quinta-feira (21/01) o Papa Francisco recebeu em audiência na Aula Paulo VI do Vaticano cerca de 3 mil participantes no Jubileu dos Operadores de Peregrinações e Reitores de Santuários. Na sua mensagem o Papa sublinhou a importância da peregrinação, uma das expressões mais eloquentes – disse – da fé do povo de Deus e que manifesta a piedade de gerações de pessoas que, com simplicidade, acreditaram e confiaram na intercessão da Virgem Maria e dos Santos. E acrescentou:
“Esta religiosidade popular é uma forma genuína de evangelização, que precisa ser cada vez mais promovida e valorizada, sem minimizar a sua importância. Nos santuários, de facto, a nossa gente vive a sua profunda espiritualidade, aquela piedade que durante séculos moldou a fé com devoções simples, mas muito significativas”.
Seria, portanto, um erro – reiterou em seguida Francisco – pensar que aqueles que vão em peregrinação vivem uma espiritualidade não pessoal, mas "de massa", pois o peregrino leva consigo a própria história, a própria fé, luzes e sombras da própria vida, porque o santuário é realmente um espaço privilegiado para encontrar o Senhor e tocar com as mãos a sua misericórdia, disse Francisco reiterando a centralidade da palavra acolhimento:
“Com o acolhimento, por assim dizer, ‘jogamos tudo’: um acolhimento afectuoso, festivo, cordial e paciente! Os Evangelhos apresentam-nos Jesus sempre acolhedor para com aqueles que se aproximam dele, especialmente os doentes, os pecadores, os marginalizados”.
E o Papa lembrou que Jesus falou, sim, do acolhimento mas sobretudo o praticou, e quando nos dizem que os pecadores - como Mateus e Zaqueu – acolhiam Jesus nas suas casas e à sua mesa, é porque antes de tudo eles se tinham sentido acolhidos por Jesus, e isso tinha mudado as suas vidas. Por isso o acolhimento é realmente decisivo para a evangelização e por vezes basta apenas uma palavra, um sorriso, para que uma pessoa se sinta acolhida e amada, sublinhou Francisco:
“É importante que o peregrino que cruza o limiar do santuário se sinta tratado como um familiar e não como um hóspede; deve sentir-se em casa, esperado, amado e olhado com olhos de misericórdia; seja ele quem for, jovem ou velho, rico ou pobre, doente e atribulado ou turista curioso, possa encontrar o acolhimento devido, porque em cada um existe um coração que busca a Deus, por vezes sem se dar conta plenamente”.
.E o Papa convidou aos presentes a fazerem com que cada peregrino tenha a alegria de finalmente se sentir compreendido e amado para que, assim, voltando a casa, sinta a nostalgia daquilo que experimentou e tenha o desejo de voltar e, sobretudo, de querer continuar o caminho de fé na sua vida ordinária.
.Por último, o acolhimento especial oferecido pelos ministros do perdão de Deus. Francisco reiterou que o santuário é a casa do perdão, onde cada um se encontra com a ternura do Pai, que tem misericórdia para com todos, sem excluir ninguém. E convidou os sacerdotes que exercem ministério nos santuários a terem um coração impregnado de misericórdia e a adoptarem atitudes próprias de um pai.
E a terminar o Papa convidou a todos a viverem com fé e alegria este Jubileu, e a vivê-lo como uma única grande peregrinação. De modo especial eles, como Operadores de Peregrinações, vivam o seu serviço como uma obra de misericórdia corporal e espiritual. E concluiu confiando-os à intercessão da Virgem Maria e pedindo-lhes por favor para que o acompanhem com a oração na sua peregrinação.

Rádio Vaticano 

20 de jan. de 2016

Audiência: cristãos unidos pelo Batismo

20/01/2016

Logo no início da sua alocução o Santo Padre fez referência à leitura bíblica introdutória da audiência retirada da Primeira Carta de S. Pedro (1, Pe 2, 9-10) que foi escolhida, precisamente, por um grupo ecuménico da Letónia que dessa tarefa foi encarregado pelo Conselho Ecuménico das Igrejas e pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A este propósito o Papa Francisco recordou a pia batismal da Catedral Luterana da cidade de Riga, capital da Letónia:
“No centro da Catedral Luterana de Riga há uma pia batismal do século XII, do tempo em que a Letónia foi evangelizada por S. Mainardo. Aquela pia batismal é sinal eloquente de uma origem de fé reconhecida por todos os cristãos da Letónia, católicos, luteranos e ortodoxos. Tal origem é o nosso Batismo em comum.”
“O Concílio Vaticano II afirma que ‘o Batismo constitui o vínculo sacramental da unidade que vigora entre todos aqueles que através dele foram regenerados’ (Unitatis redintegratio, 22).”
“A Primeira Carta de Pedro é dirigida à primeira geração de cristãos para toná-los conscientes do dom recebido com o Batismo e das exigências que ele comporta. Também nós, nesta Semana de Oração, somos chamados a redescobrir tudo isto, e a fazê-lo juntos, indo para além das nossas divisões.”
O Papa Francisco sublinhou, assim, que durante esta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, somos convidados a redescobrir a importância do dom recebido no Batismo, vínculo sacramental da unidade que vigora entre todos os discípulos de Cristo. Todos nós, católicos, ortodoxos e protestantes recebemos o mesmo e único Batismo.
Fazemo-lo porque estamos conscientes de que somos pecadores e necessitamos da salvação – afirmou o Santo Padre – e compartilhamos a experiência de sermos chamados das trevas ao encontro com o Deus vivo e cheio de misericórdia.
Refletir sobre a nossa origem comum na fonte batismal significa, portanto, saber que somos todos irmãos e formamos o povo santo sacerdotal; somos filhos de um único Deus, cuja misericórdia atuante no Batismo é mais forte do que as nossas divisões – observou o Papa.
Por tudo isto o Papa Francisco afirmou que todos os cristãos, podem e devem anunciar a força do Evangelho, comprometendo-se juntos na realização das obras de misericórdia. É uma missão comum a todos os cristãos transmitir aos outros a misericórdia que recebem de Deus, começando pelos mais pobres e abandonados – disse o Papa Francisco na conclusão da sua catequese deixando uma prece para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos:
“Durante esta Semana de Oração, rezemos para que todos nós discípulos de Cristo encontremos o modo de colaborar juntos para levar a misericórdia do pai a cada parte da terra.”
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa aqui presentes. Nesta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, imploremos a graça de viver os nossos compromissos batismais, numa adesão mais profunda ao Rosto da Misericórdia divina que é Jesus, nossa esperança e nossa paz. Que Deus vos abençoe!”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!

Rádio Vaticano 

Embaixador de Angola Junto da Santa Sé: Papa e paz em África

20/01/2016

A  paz é um dos motivos que levou o Papa Francisco à África, este é um dos argumentos que o Embaixador de Angola Junto da Santa Sé Dr. Armindo Fernandes do Espirito Santo Vieira também Decano dos Embaixadores Junto da  Sé Apostólica aborda na entrevista que deixou à Rádio Vaticano. O embaixador faz esta consideração na sequência  do recente encontro do Papa Francisco  com o corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé e no âmbito  da habitual  troca de augúrios de boas festas e feliz ano entre o Santo padre e o Corpo diplomatico acreditado Junto da Santa Sé. Para o também decano dos embaixadores Junto da Santa Sé a primeira abertura da Porta  Santa do Ano Santo da Misericordia em Bangui, na República Centro Africana , diz o Embaxador, tem a ver com a paz que o Papa quer levar à Africa e ao Mundo e recorda, a esse proposito, que a relgião, tal como o disse o Papa, não pode ser causa de confrontos,  mas um elemento fundamental da promoção da paz  em todo o mundo. O embaixador  não deixou de evocar o caso de Angola que tem estado na linha da frente  em levar a paz para além das próprias fronteiras,  no momento em que Angola assume pela segunda vez  a direcção  da Comissão para a busca da paz para a Região dos Grandes Lagos. 


Rádio Vaticano

A morte de São José: misteriosa, mas a mais sublime que se pode imaginar

Pode haver melhor passagem para a vida eterna do que entre os braços de Jesus e de Maria?
Não há registros documentais da morte de São José, mas é comumente aceito que ele faleceu antes do início da vida pública de Jesus.
Nos primeiros séculos da Igreja, conforme narra Isidoro de Isolanis, costumava-se ler nas igrejas do Oriente, todo dia 19 de março, uma narração solene da morte do pai adotivo do Filho de Deus:
“Eis chegado para São José o momento de deixar esta vida. O Anjo do Senhor lhe apareceu e anunciou ter chegado a hora de abandonar o mundo e ir repousar com seus pais. Sabendo estar próximo o seu último dia, quis ele visitar, pela última vez, o Templo de Jerusalém, e lá pediu ao Senhor que o ajudasse na hora derradeira.
Voltou a Nazaré e, sentindo-se mal, recolheu-se ao leito, agravando-se em breve o seu estado. Entre Jesus e Maria, que o assistiam com carinho, expirou suavemente, abrasado no Divino Amor.

Oh, morte bem-aventurada! Como não havia de ser doce e abrasada no Divino Amor a morte daquele que expirou nos braços de Deus e da Mãe de Deus?
Jesus e Maria fecharam os olhos de São José.

E como não havia de chorar Aquele mesmo Jesus que choraria sobre a sepultura de Lázaro? ‘Vede como ele o amava!’, disseram os judeus. São José não era tão só um amigo, mas um pai querido e santíssimo para Jesus”.
A Igreja, que venera com carinho este santo de tão grande devoção dos cristãos, o reconhece como o padroeiro da boa morte.
Pode haver, afinal, melhor passagem para a vida eterna do que entre os braços de Jesus e de Maria?

19 de jan. de 2016

Papa: não há Santo sem pecado, nem pecador sem futuro

19/01/2016

Cidade do Vaticano (RV) – Deus não fica nas aparências, mas vê o coração. Foi o que afirmou Francisco na missa matutina na Casa Santa Marta nesta terça-feira (19/01), centralizada na primeira Leitura, que narra a eleição do jovem Davi como rei de Israel. O Papa destacou que também na vida dos Santos há tentações e pecados, como demonstra a própria vida de Davi, mas jamais se pode usar Deus para vencer uma causa própria.

O Senhor vê o coração, não fica nas aparências
O Senhor rejeita Saul “porque tinha o coração fechado, não havia obedecido ao Senhor” e pensa, portanto, em escolher outro rei. Uma escolha distante dos critérios humanos, já que Davi era o menor dos filhos de Jessé, um rapaz. Mas o Senhor faz entender ao profeta Samuel que para ele não conta a aparência, “o Senhor vê o coração”:
“Nós somos tantas vezes escravos das aparências, escravos das coisas que aparecem e nos deixamos levar por essas coisas: ‘Mas isso parece …’ Mas o Senhor sabe a verdade. É assim esta história. Passam os sete filhos de Jessé e o Senhor não escolhe ninguém, os deixa passar. Samuel se encontra um pouco em dificuldade e diz ao Pai: ‘'A este tampouco o Senhor escolheu'?’ ‘'Estão aqui todos os teus filhos?’ ‘'Resta ainda o mais novo, que está apascentando as ovelhas'’. Aos olhos dos homens, este jovem não contava”.
Davi reconhece seu pecado e pede perdão
Não contava para os homens, mas o Senhor o escolhe e ordena a Samuel de ungi-lo, e o Espírito do Senhor “se apoderou de Davi”. E, a partir daquele dia, “toda a vida de Davi foi a vida de um homem ungido pelo Senhor, eleito pelo Senhor”. “Então – se pergunta Francisco – o Senhor o fez santo?” Não, é a sua resposta, “o Rei Davi é o santo Rei Davi, isso é verdade, mas Santo depois de uma longa vida”, mas também uma vida com pecados:
“Santo e pecador. Um homem que soube unir o Reino, soube levar adiante o povo de Israel. Mas tinha as suas tentações... tinha seus pecados: foi também um assassino. Para encobrir sua luxúria, o pecado de adultério, mandou... comandou que matassem. Ele! ‘Mas o santo Rei Davi matou?’ Mas quando Deus enviou o profeta Natã para que visse esta realidade, porque ele não tinha se dado conta da barbárie que havia ordenado, reconheceu: ‘pequei’. E ‘pediu perdão’”.
Assim, prosseguiu o Papa, “a sua vida seguiu adiante. Sofreu na carne a traição do filho, mas nunca usou Deus para vencer uma causa própria”. Assim, recordou que, quando Davi deve fugir de Jerusalém, devolve a Arca e declara que não usará o Senhor em sua defesa. E quando era insultado Davi, em seu coração, pensava: “eu mereço”.
Não existe Santo sem passado, tampouco um pecador sem futuro
Depois, destacou Francisco, “vem a magnanimidade”: poderia matar Saul “mas não o fez”. Eis o Santo rei Davi, grande pecador, mas arrependido. “Me comove – confessou o Papa – a vida deste homem”, que nos faz pensar em nossa vida.
“Todos fomos escolhidos pelo Senhor para o Batismo, para estar no seu povo, para ser Santos; fomos consagrados pelo Senhor neste caminho da santidade. Foi lendo esta vida, de um menino – aliás, não um menino, um rapaz – de um rapaz a um idoso, que fez tantas coisas boas e outras nem tanto, que me ocorre que no caminho cristão, no caminho que o Senhor nos convidou a percorrer, não há nenhum Santo sem passado, tampouco um pecador sem futuro”.

Fonte: http://br.radiovaticana.va/news/2016/01/19/papa_n%C3%A3o_h%C3%A1_santo_sem_pecado,_nem_pecador_sem_futuro/1202065

Como fazer um bom momento de ação de Graças?

Conheça os conselhos de um santo…
No momento de comungar, não vos preocupeis mais com os vossos pecados, o que, além de ser uma perigosa tentação, lançar-vos-ia na tristeza e desassossego, inimigos da piedade.
Com a tranquilidade da consciência e um suave sentimento de confiança na bondade de Jesus que vos convida e vos espera, ide receber o vosso Deus de amor.
Dirigi-vos para a Santa Mesa de olhos baixos, com um andar grave e modesto, e ajoelhai-vos impressionados de alegria e felicidade do coração.
Deixai, se quiserdes, que a Santa Hóstia permaneça um momento sobre a vossa língua a fim de que Jesus, verdade e santidade, a purifique e santifique. Introduzia depois em vosso peito, no trono de vosso coração, e, abandonado em silêncio, começai a ação de graças.comocomungar
A conversação interior depois da Comunhão não requer um estado de vida espiritual muito elevado. Tendes boa vontade? Jesus vos falará então e compreender-lhe-eis a linguagem.
O momento mais solene de vossa vida é o de ação de graças, em que possuis o Rei do Céu e da Terra, vosso Salvador e Juiz, disposto a vos conceder tudo o que Lhe pedirdes.
Nosso Senhor permanece pouco tempo em nossos corações, após a Santa Comunhão, porém os efeitos de sua presença se prolongam. As santas espécies são como o invólucro de um remédio, o qual se rompe e desaparece no organismo. A alma se torna então como um vaso que recebeu um perfume precioso.
Consagrai à ação de graças meia hora se vos for possível, ou, pelo menos, um rigoroso quarto de hora. Daríeis prova de não ter coração e de não saber apreciar devidamente o que é a Comunhão, se, após haver recebido Nosso Senhor, nada sentísseis e não Lhe soubésseis agradecer.

E, durante o dia, sede como um santo que tivesse passado uma hora no Céu; não vos esqueçais da visita régia de Jesus.
A ação de graças é imprescindível necessidade, a fim de evitar que a Santa Comunhão degenere num simples hábito piedoso.
Haveis de colher frutos servindo-vos dos fins do Sacrifício.
Adorai Jesus sobre o trono de vosso coração, apoiando-vos sobre o d’Ele, ardente de amor. Extrai-lhe o poder, oferecei-Lhe, em homenagem de adoração e de total submissão, as chaves de vossa morada. Proclamai-O, Senhor vosso, confessai-vos seu feliz servo, disposto a tudo para Lhe dar prazer.osegredodasagradaeucaristia
Agradecei-Lhe a honra que vos fez, o amor que vos testemunhou, e o muito que vos deu nessa Comunhão! Louvai a sua bondade e o seu amor para convosco, que sois tão pobre, tão imperfeito, tão infiel! Convidai os anjos, os santos, a divina Mãe de Jesus para louvá-Lo, bendizê-Lo e agradecer-Lhe por vós. Uni-vos às ações de graças amantes e perfeitas da Santíssima Virgem.
Agradeçamos por intermédio de Maria, pois quando um filho recebe alguma coisa cabe à mãe agradecer por ele. A ação de graças identificada com a de Maria Santíssima será perfeita e bem aceita pelo Coração de Jesus.
Texto retirado do livro: Flores da Eucaristia

Via: Cléofas 

A herança que um pai nunca pode deixar faltar para um filho, segundo o Papa Francisco

O pai que transmite ao filho aquilo que “realmente importa na vida” deve buscar constantemente ter algumas características e atitudes essenciais
Não se pode exprimir melhor o orgulho e a emoção de um pai que reconhece ter transmitido ao filho “aquilo que realmente importa na vida”: um coração sábio. Segundo o Papa Francisco, o pai que transmite ao filho um coração sábio é aquele que:
– é presente: está próximo aos filhos em seu crescimento e próximo em tudo à mulher
– ensina o filho a falar, sentir, agir e julgar com retidão
– corrige os erros que o filho não vê

– ajuda o filho a ter um afeto profundo, mas ao mesmo tempo discreto
– sabe dar um testemunho de firmeza, mesmo quando o filho busca apenas cumplicidade e proteção
– dá este testemunho de firmeza sempre com proximidade e doçura
– não é controlador, pois pais controladores anulam os filhos e não os deixam crescer

– sabe vigiar os próprios excessos de sentimento e de ressentimento
– sabe conduzir o peso das inevitáveis incompreensões
– é paciente, sabe esperar e sabe perdoar do fundo do coraçãoeducarpelaconquista
– sabe corrigir sem humilhar e proteger sem se poupar
– procura encontrar as palavras certas para se fazer entender
– sente-se feliz e pleno por ser pai
– enfim, busca transmitir ao filho aquilo que realmente conta na vida: um CORAÇÃO SÁBIO
(fragmentos da catequese do Papa Francisco de 4 de fevereiro de 2015)

18 de jan. de 2016

Papa Francisco em Santa Marta: “Vinho novo em odres novos"

18/01/2016´


  Na homilia  da Missa de hoje 18 de Janeiro, em Santa Marta, o Papa Francisco convidou os cristãos a reconhecer os sinais dos tempos através do silêncio, da oração e da reflexão.
O Papa observou que o mesmo nos ensina Jesus no Evangelho: os doutores da lei o repreendem porque os seus discípulos não jejuavam como havia sido feito até então. E Jesus responde com este princípio de vida: “Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos'!”.
“O Que é que isso isso significa? Que a lei muda? Não! Que a lei está ao serviço do homem, que por sua vez está ao serviço de Deus. Por isso, o homem deve ter o coração aberto. O termo “sempre foi feito assim” é coração fechado e Jesus nos disse: “Eu enviarei o Espírito Santo e Ele vos conduzirá até à verdade plena”. Se você tiver o coração fechado à novidade do Espírito, jamais chegará à verdade plena! E a sua vida cristã será uma vida metade e metade, remendada de coisas novas, mas sobre uma estrutura que não está aberta à voz do Senhor. Um coração fechado, porque não é capaz de mudar os odres”.
“Este foi o pecado do Rei Saul, pelo qual foi rejeitado”, explicou o Papa. "É o pecado de muitos cristãos que se prendem àquilo que sempre foi feito e não deixam que os odres mudem. E acabam com uma vida pela metade, remendada, sem sentido”. O pecado “é um coração fechado” que “não escuta a voz do Senhor, que não está aberto à novidade do Senhor, ao Espírito que sempre nos surpreende”. A rebelião, é o “pecado de divinização”, a obstinação é 
“Os cristãos obstinados no “sempre foi assim”, este é o caminho, esta é a estrada, pecam: pecam por divinização. É como se fossem a uma cartomante. É mais importante o que foi dito e que não muda; aquilo que eu sinto, de mim e do meu coração fechado, do que a Palavra do Senhor. É também pecado de idolatria. E qual é o caminho? Abrir o coração ao Espírito Santo, discernir qual é a vontade de Deus.”
“Era costume, no tempo de Jesus, disse ainda o Papa, que os israelitas bons jejuassem. Mas há outra realidade: Existe o Espírito Santo que nos conduz à verdade plena. Por isso, Ele precisa de corações abertos, de corações que não sejam obstinados no pecado de idolatria de si mesmos, porque é mais importante o que eu penso do que a surpresa do Espírito Santo”:
“Esta é a mensagem que hoje a Igreja nos dá. Isto é, o que Jesus diz muito forte: “Vinho novo em odres novos”. Diante da novidade do Espírito e das surpresas de Deus, os hábitos devem se renovar. Que o Senhor nos dê a graça de um coração aberto, de um coração aberto à voz do Espírito, que saiba discernir o que não deve mais mudar, porque é fundamento, do que deve mudar para poder receber a novidade do Espírito Santo.” 

Fonte Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...