28 de nov. de 2015

Reflexão do Evangelho: 1° Domingo do Advento 29/11/15 Ano: C

Liturgia do Domingo

Jr 33, 14-16
Sl 24 (25)
1Ts 3,12-4,2
Evangelho: Lc 21, 25-28,34-36


É preciso oração e vigilância na entrega a Deus




A vida no Espírito, a vida em Deus, é uma eterna vigilância, porque Ele nos convida a estarmos atentos e orarmos a todo momento para permanecermos de pé
Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem” (Lucas 21, 36).

Amados irmãos e irmãs, se a Palavra de Deus nos mostra realidades duras, difíceis e preocupantes em relação a tantas coisas que hão de acontecer e acontecem na natureza, no mundo em que vivemos, onde estamos, algumas precauções são importantes para não nos abatermos, não nos abalarmos e não nos levarmos pela sensação do terror em qualquer situação da vida.
O primeiro é óbvio: evitar a sensibilidade diante das causas da vida, ter cuidado com o excesso de alimento e bebida, não deixar que a preocupação nos roube o essencial. Por isso, saber vigiar, saber viver com prudência na relação com as coisas é fundamental para mantermos a vida no Espírito, a vida em Deus! É uma eterna vigilância, porque Ele nos convida a estarmos atentos e orarmos a todo momento para permanecermos de pé.
Quantas tribulações nos jogam por terra, quantas situações difíceis, quantos momentos angustiantes nos deixam desanimados, para baixo ou revoltados! É preciso vigilância: “Não vou me entregar a essa ou aquela tribulação que vem para tirar a paz de espírito!”.
A segunda coisa: permanecer de pé, permanecer orante, seja de joelhos ou sentado, pois o importante não é a disposição física, mas a disposição da alma e do coração, que mantêm a comunhão, a sintonia com Deus em qualquer circunstância. O importante é pedir que o Senhor nos dê essa graça de ficarmos de pé diante de qualquer situação.
Que Deus nos faça vitoriosos e que nenhuma tribulação tire de nós o sabor de viver!
Deus abençoe você! 

Por Padre Roger Araújo 
Via: Canção Nova 

29/11 – São Francisco Antônio Fasani

santo antonio francisco fasaniO santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.
“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Jesus Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.
São Fasani apresenta-se nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.
Como Religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.
São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!

Via: Cléofas 

A oração do Ângelus: sua história, seu significado e como rezá-lo



Uma singela e riquíssima tradição de contemplação do Mistério da Encarnação confiado ao Sim generoso de Maria Virgem.
O Ângelus é uma oração da Igreja que honra a Encarnação do Salvador e, ao mesmo tempo, reconhece os méritos de fé e humildade da Virgem Maria: ela disse Sim a Deus quando o Anjo Gabriel (o próprio “Ângelus“, ou Anjo, que dá nome à oração) lhe anunciou que Deus a convidava para ser a Mãe de Jesus.
O Sim de Maria dá cumprimento ao anúncio dos profetas: “Uma Virgem conceberá e dará à luz o Salvador“. É um dos momentos cruciais da História da Salvação, porque marca o início da Redenção com a Encarnação de Cristo, celebrada pela Igreja no dia 25 de março, nove meses antes do Natal.
A composição da oração do Ângelus é atribuída ao beato papa Urbano II (pontífice de 1088 a 1099). Já a tradição de rezá-la três vezes ao dia foi iniciada pelo rei Luis XI, da França, em 1472.
Reza-se o Ângelus, tradicionalmente, às 6 horas, ao meio-dia e às 18 horas. Muitas localidades preservam o costume de tocar os sinos das igrejas para destacar a popularmente chamada “hora da Ave-Maria“.
Angelus (1859), de Jean-François Millet
O Ângelus é composto por três invocações, cada uma com a sua devida resposta, e as três juntas descrevem o mistério da Encarnação do Filho de Deus. As invocações são acompanhadas de uma jaculatória, uma breve oração e três Glórias.
COMO SE REZA O ÂNGELUS:
Guia: O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
Todos: E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco! Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
Guia: Eis aqui a escrava do Senhor.
Todos: Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria…
Guia: E o Verbo se fez carne.
Todos: E habitou entre nós.
Ave Maria…
Guia: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus!
Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Guia: Oremos. Derramai, ó Deus, a Vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por Sua Paixão e Cruz, à glória da Ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
(Repete-se o Glória mais duas vezes)
O ÂNGELUS EM LATIM:
Ángelus Dómini nuntiávit Mariæ,
Et concépit de Spiritu Sancto.
Ave Maria, gratia plena, Dóminus técum. Benedicta tu in muliéribus et benedictus fructus ventris tui, Jesus.
Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatóribus, nunc et in hora mortis nóstræ. Amen.
Écce Ancílla Dómini.
Fiat míhi secúndum Verbum túum.
Ave Maria, gratia plena…
Et Verbum caro factum est.
Et habitávit in nobis.
Ave Maria, gratia plena…
Ora pro nobis, Sancta Déi Gènetrix.
Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.
Orémus: Gratiam tuam quæsumus, Dómine, méntibus nostris infúnde; ut qui, angelo nuntiánte, Christi Fílii tui Incarnatiónem cognóvimus, per passiónem éius et crucem ad resurrectiónis gloriam perducámur. Per eúndem Christum Dóminum nostrum. Amen.
Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto.
Sicut erat in principio et nunc et semper et in saecula saeculorum. Amen.
(Repete-se o Gloria Patri mais duas vezes)
Via: Aleteia

O TEMPO DO ADVENTO


“João veio à frente a preparar os caminhos.”

O Advento que ocorre no dia 30 de Novembro ou no dia mais próximo e termina com as Vésperas do Natal do Senhor, é um tempo de preparação para o Natal e marca o início do Ano Litúrgico.
A palavra Advento tem o mesmo significado que "vinda". O Advento prepara a "vinda" da Senhor :
1. Em cada tempo litúrgico ou em cada festa, "a Santa Igreja celebra a obra salvadora de Cristo", num tríplice (3) plano : no passado, no presente e no futuro. Deste modo, a Igreja Católica se reúne no Advento e celebra :
* A vinda na carne do Filho de Deus e o nascimento em Belém no tempo do Imperador César Augusto, d'Aquele que os Profetas anunciaram ao povo de Israel como Messias.
* A presença misteriosa, viva, actuante de Cristo na Sua Igreja, Seu Corpo, de modo especial, nos Sacramentos, na Palavra, na Assembleia cristã e no testemunho dos baptizados, intervindo, por Ela na história dos homens e penetrando, progressivamente, por intermédio dela, no mundo.
* A vinda gloriosa de Cristo (a "Parusia") no fim dos tempos, em que conheceremos plenamente o Seu amor, o esplendor do nosso destino, e em que verificaremos como a história humana, tão marcada pelas lágrimas e pelo sofrimento, termina num êxito total.
2. Ao reunir-se neste tempo santo, a Assembleia cristã :
* Professa que Deus é Amor e, por isso, vem para salvar o Seu Povo, para comunicar aos homens a vida nova que nos diviniza, vivendo a esperança do Povo eleito e a grande esperança da humanidade na vinda de tempos melhores.
* Procura na fé tomar uma consciência, cada vez mais profunda de que o anúncio da salvação se cumpriu já e o Salvador veio, ressuscitou, está connosco e vive e nos faz viver, abrindo assim a alma à alegria e à paz, nascidas da certeza de que o Senhor está em nós e nos outros.
* Assume uma atitude de vigilância, na expectativa da vinda gloriosa de Jesus, para estabelecer «uma terra nova e céus novos».(Ap.21,1), sem se deixar resvalar para o materialismo dos que sonham com paraísos na Terra, mas, por outro lado, compartilhando «as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem» (GS 1) e trabalhando na construção dum mundo que se inaugura com a Parusia e se começa a edificar no presente.
O Tempo do Advento, em que a Assembleia Cristã se deve preparar convenientemente para a vinda do Salvador, deve ser um tempo de vigilância como nos aconselha o Catecismo da Igreja católica.
Com as alegrias e porventura euforias do Natal, muitas vezes nos podemos esquecer de que precisamos de nos preparar espiritual e emocionalmente para ele por uma sóbria vigilância largamente ultrapassada por uma abundância excessiva que se manifesta de muitas maneiras na celebração das Festas Natalícias. Agora, no Tempo do Advento, é tempo de preparação, é tempo de vigilância.


Via: Portal de Catequese, Catequista Bruno Velasco, MEJ

Uganda: Discurso do Papa Francisco na Casa da Caridade de Nalukolongo

28/11/2015 

CAMPALA: DISCURSO DO PAPA FRANCISCO NA CASA
DA CARIDADE DE NALUKOLONGO
 No Uganda o Papa Francisco visitou, na tarde deste sábado, 28 de Novembro a Casa da caridade de Nalukolongo. Trata-se de uma estrutura fundada em 1978 e que foi confiada às Irmãs do Bom Samaritano. Sob a designação de casa de Mapeera Bakateyamba abriga, atualmente, 100 pessoas, dentre idosos, portadores de deficiências e pessoas sem-tecto, independentemente da sua religião.
 A iniciativa da fundação dessa casa de caridade partiu  do falecido cardeal ugandês Dom Emmanuel Kikwanuda Nsubuga, por muitos anos arcebispo de Campala e que o Papa Francisco recordou no seu discurso que em seguida sintetizamos.
“Queridos amigos!
São essas as palavras com que o papa Francisco iniciou o seu discurso tendo prosseguido nestes termos:
Obrigado pela vossa calorosa recepção. Grande era o meu desejo de visitar esta Casa da Caridade, que o Cardeal Nsubuga fundou aqui em Nalukolongo. Este lugar sempre apareceu associado com o empenho da Igreja a favor dos pobres, dos deficientes e dos doentes. Aqui, nos primeiros tempos, foram resgatadas da escravidão mulheres e crianças que aqui receberam uma educação religiosa. Saúdo as Irmãs do Bom Samaritano, que continuam esta obra estupenda, e agradeço os seus anos de serviço silencioso e feliz no apostolado.
Em seguida o Papa Francisco dirigiu-se aos diversos grupos de apostolado ai presentes com essas palavras:
Saúdo também os representantes de muitos outros grupos de apostolado, que cuidam das necessidades dos nossos irmãos e irmãs na Uganda. Penso, em particular, no grande e frutuoso trabalho feito com as pessoas doentes de aids. Saúdo de modo especial a quem habita nesta Casa e noutras como esta, e a quantos beneficiam das obras da caridade cristã. É que esta é mesmo uma casa! Aqui pode-se encontrar carinho e solicitude; aqui pode-se sentir a presença de Jesus, nosso irmão, que ama cada um de nós com o amor próprio de Deus.
Mais adiante o Papa Francisco dirigiu um apelo a todas as paroquias ugandesas, nestes termos
 A partir desta Casa, quero hoje dirigir um apelo a todas as paróquias e comunidades presentes na Uganda e no resto da África – para que não esqueçam os pobres. O Evangelho impõe-nos sair para as periferias da sociedade a fim de encontrarmos Cristo na pessoa que sofre e em quem passa necessidades.
O Papa prosseguiu em tom grave naquilo que tem sido uma constante nos seus discursos, isto é, o cuidado dos anciãos, os pobres e a nova escravatura de trafico de seres humanos, nestes termos: 
O Senhor nos diz, em termos inequívocos, que nos julgará sobre isto. É triste quando as nossas sociedades permitem que os idosos sejam descartados ou esquecidos. É reprovável quando os jovens são explorados pela escravidão actual do tráfico de seres humanos.
Se olharmos atentamente para o mundo ao nosso redor, parece que em muitos lugares prevalecem o egoísmo e a indiferença. Quantos irmãos e irmãs são vítimas da cultura actual do ‘usa e bota fora’, que gera desprezo, sobretudo para com crianças nascituras, jovens e idosos.
Como cristãos, não podemos ficar simplesmente a olhar. Alguma coisa tem de mudar! As nossas famílias devem tornar-se em sinais ainda mais evidentes do amor paciente e misericordioso de Deus não só pelos nossos filhos e os nossos idosos, mas por todos aqueles que passam necessidades.
As nossas paróquias não devem fechar as portas e os ouvidos ao grito dos pobres. Trata-se da via-mestra do discipulado cristão. É assim que damos testemunho do Senhor que veio, não para ser servido, mas para servir. Assim mostramos que as pessoas contam mais do que as coisas, e que aquilo que somos é mais importante do que o que possuímos. De fato, é justamente naqueles que servimos que Cristo Se nos revela cada dia a Si mesmo e prepara a recepção que esperamos ter um dia no seu Reino eterno.
Queridos amigos, com gestos simples, com actos simples e devotos que honram a Cristo nos seus irmãos e irmãs mais pequeninos, façamos entrar a força do seu amor no mundo, para mudá-lo realmente.
 Ao terminar o seu discurso o Papa agradeceu a generosidade e caridade dos ugandeses e a todos estendeu a Sua bênção com estas palavras:
Mais uma vez agradeço a vossa generosidade e caridade. Lembrar-me-ei de vós nas minhas orações e peço, por favor, que rezeis por mim. Confio-vos a todos à ternurenta protecção de Maria, nossa Mãe, e concedo a todos a minha bênção. Omukama Abakuume! (Que Deus vos proteja!)”.
Via: Rádio Vaticano 

Papa aos religiosos: 'sim' a Jesus e um 'sim' ao seu povo

28/11/2015


Depois de um intenso dia de actividades, o Papa Francisco terminou o seu segundo dia no Uganda encontrando o clero, religiosos e seminaristas. O Papa manifestou-se feliz por este encontro, também por se realizar na véspera do Advento, tempo que convida a olhar para um novo começo, e tempo em que iniciará o Ano do Jubilar extraordinário da Misericórdia.
A propósito do Jubileu, o Papa fez-lhes duas perguntas sobre a sua identidade e missão: quem sois vós e a que mais sois chamados a fazer na vivência da vossa vocação? Certamente sois homens e mulheres cujas vidas foram moldadas por um encontro pessoal com Jesus Cristo, disse Francisco, para O seguirdes, de coração indiviso, ao serviço do seu povo santo. E Francisco convidou-os a continuar a herança de tantas testemunhas (fiéis leigos, catequistas, sacerdotes e religiosos) que deixaram tudo, e outros até a própria vida, para seguir Jesus:
“Na vossa vida gasta tanto no ministério sacerdotal como na consagração religiosa, sois chamados a continuar esta grande herança, sobretudo através de actos simples de serviço humilde. Jesus quer servir-Se de vós para continuar a tocar os corações de cada vez mais pessoas: quer servir-Se da vossa boca para proclamar a sua palavra de salvação, dos vossos braços para abraçar os pobres que Ele ama, das vossas mãos para construir comunidades de autênticos discípulos-missionários. Oxalá nunca esqueçamos que o nosso «sim» a Jesus é um «sim» ao seu povo”.
As nossas portas, portanto, e as portas das nossas igrejas e dos nossos corações devem permanecer sempre abertas ao povo de Deus, sublinhou Francisco que exortou os religiosos a fazer algo mais, a percorrer mais uma milha no caminho da vivência da vocação. E o Papa dirigiu uma súplica para o povo do Burundi:
“Rezo, antes de mais nada, pelo amado povo do Burundi, para que o Senhor suscite nas Autoridade e em toda a sociedade sentimentos e propósitos de diálogo e colaboração, de reconciliação e paz”.
E Francisco reiterou que o nosso dever é acompanhar os que sofrem e deixar que a força sanadora de Deus passe por nós, e deixarmos que a sua misericórdia nos purifique para podermos levar a mesma misericórdia aos outros, sobretudo aos que se encontram nas periferias geográficas e existenciais.
O Papa falou em seguida da África como continente da esperança. A Igreja nestas terras, disse, é abençoada com a abundância de vocações religiosas e encorajou aos seminaristas e noviços  presentes reafirmando que a  vocação de Deus é uma fonte de alegria e um apelo a servir, e convidando-os a anunciar o Evangelho com integridade de vida e convicção. E concluiu dizendo:
“Na verdade, deixarei a África com grande esperança na colheita que a graça de Deus está a preparar no vosso meio! Peço a cada um de vós para rezar por uma abundante efusão de zelo apostólico, por uma jubilosa perseverança na vocação que recebestes, e sobretudo pelo dom dum coração puro sempre aberto às necessidades de todos os nossos irmãos e irmãs”.
E a todos o Papa prometeu recordar na oração e pediu para que rezem por ele.

Via: Cléofas 

Papa com os jovens do Uganda: sangue dos mártires nas vossas veias

28/11/2015 



Grande momento na tarde deste sábado dia 28 de Novembro em Kampala no Uganda: o encontro do Papa Francisco com milhares de jovens no Kololo Air Strip, um espaço dedicado a grande eventos que já foi um aeroporto.
E foi falando de improviso que a mensagem do Papa Francisco esvoaçou pelos corações do jovens que acolheram o Santo Padre com grande alegria. Disse-lhes para sempre lutarem e a terem esperança. Nas palavras que proferiu o Papa sublinhou que uma experiência negativa pode ser sinal de esperança com a força de Jesus:
“Diante de uma experiência negativa, sempre há a possibilidade de abrir um novo horizonte, de abrir com a força de Jesus. Transformar a amargura em esperança. Isso não é magia, é obra de Jesus, que tudo pode. Ele é o Senhor. Jesus sofreu a experiência mais negativa da história: foi insultado, recusado e assassinado. E Jesus, com o poder de Deus, ressuscitou. Ele pode fazer em cada um de nós o mesmo com cada uma das experiências negativas” – afirmou o Papa que perguntou ainda aos jovens se estão prontos para transformar o ódio em amor.
“Nas vossas veias corre o sangue dos mártires, e por isso têm a fé e a vida que têm agora”. Abram as portas dos vossos corações e deixem Jesus entrar, exortou o Papa.
“Quando Jesus entra na tua vida ele ajuda a lutar contra todos os problemas, contra uma depressão, contra a sida. Pedir ajuda para superar esta situação. Mas sempre lutar. Lutar com meu desejo, e lutar com minha oração” – afirmou o Papa na conclusão do seu discurso aos jovens.

Via: Rádio Vaticano 

Papa na Missa no Uganda: homenagem ao ecumenismo de sangue

28/11/2015


Na manhã deste sábado, dia 28 de novembro, o Papa Francisco presidiu à Eucaristia no Santuário de Namugongo na cidade de Kampala, capital do Uganda. Homenageou o ecumenismo de sangue de católicos e anglicanos durante as perseguições aos cristãos.
Nos 50 anos da canonização dos mártires do Uganda, dos quais se destaca S. Carlos Lwanga, o Papa Francisco afirmou que o que dá alegria e paz duradouras são a honestidade e a integridade e não os prazeres mundanos e os poderes terrenos.
Primeiro foi a visita do Santo Padre ao Santuário anglicano onde o Papa prestou homenagem aos mártires torturados e mortos no final do séc. XIX. O abraço ao bispo anglicano e a oração em silêncio. Depois a Missa no Santuário católico consagrado por Paulo VI no lugar onde S Carlos Lwanga foi queimado juntamente com os seus 21 companheiros a 3 de Junho de 1886. Uma herança cristã para levar Cristo ao mundo:
“ Não nos aproximamos desta herança com uma recordação de circunstância ou conservando-a num museu como se fosse uma jóia preciosa, Honrámo-la verdadeiramente e honramos todos os Santos, quando levamos o seu testemunho a Cristo nas nossas casas e aos nossos vizinhos, nos lugares de trabalho e na sociedade civil, quer fiquemos nas nossas casas, quer andemos no mais remoto canto do mundo.”
“Não apenas a sua vida foi ameaçada mas foi-o também a vida dos rapazes mais jovens confiados aos seus cuidados (…) não tiveram temor de levar Cristo aos outros, mesmo com o custo da vida. A sua fé tornou-se testemunho; hoje, venerados como mártires o seu exemplo continua a inspirar tantas pessoas no mundo.”
O testemunho destes mártires – disse o Santo Padre – mostra como não são os prazeres humanos ou os poderes terrenos que nos dão paz e alegria, mas a honestidade e integridade. “Construir uma sociedade mais justa, que promova a dignidade humana, sem excluir ninguém, que defenda a vida, dom de Deus, e proteja as maravilhas da natureza, a criação, a casa comum” – afirmou o Papa na conclusão da sua homilia tendo recordado ainda que tudo começa na família, escola de amor e misericórdia, onde se exprime o cuidado com os idosos, os pobres, viúvas e órfãos.

Via: Rádio Vaticano 

27 de nov. de 2015

28/11 – São Tiago de Marca

25 san_giacomo anonimo do sec 18 refeitorio de sta maria delle grazieSobre este santo, cujo nome está unido ao de São Bernardino de Sena e de São João de Capistrano, que foi seu companheiro nas peregrinações apostólicas por toda a Europa, possuímos muitas notícias, referidas em parte por ele mesmo e em parte pelo humilde irmão leigo, Venâncio de Fabriano, que desde 1463 esteve constantemente ao seu lado. Tiago de Marca, cujo nome no mundo era Domingos Cangali nasceu em Monteprandone (Ascoli Piceno) em 1394. Era ainda muito jovem quando perdeu o pai. Já aos sete anos era pastor, apascentava ovelhas.
Apavorado pela obstinada presença de um estranho lobo, que mais tarde ele chamará de “Anjo de Deus e não lobo como parecia”, abandonando o rebanho fugiu para Offida e foi morar com um padre, parente seu.
Como na escola aprendia com facilidade, os irmãos deixaram-no estudar. Prosseguiu os estudos de direito civil em Perúgia. Tornou-se tabelião. Estabeleceu-se depois em Florença.
Voltando a Marca, para resolver negócios familiares, parou em Assis, e aí após uma conversa com o prior de Santa Maria dos Anjos, decidiu entrar na família franciscana.
Sabemos também a data da sua profissão religiosa: 1º de agosto de 1416. Seis anos depois, com o sacerdócio, tornou-se pregador: “Em 1422, na festa de santo Antônio de Pádua começou a pregar em São Miniato de Florença”. Esta será a ocupação principal de sua vida, até a morte acontecida em 28 de novembro de 1476 em Nápoles.
Por mais de meio século percorreu a Europa oriental e centro-setentrional não só para pregar o nome de Jesus Cristo (tema constante de suas homílias, sob o exemplo do seu mestre, São Bernardino), mas também para cumprir delicadas missões por encargo dos Papas Eugênio IV, Nicolau V e Calisto III.
Este grande comunicador parecia ficar num lugar somente o tempo suficiente para erigir um mosteiro novo ou para restabelecer a observância genuína da regra franciscana nos conventos já existentes. Os últimos dezoito anos da vida passou-os quase inteiramente pregando nas regiões italianas. Encontrava-se em Áquila na morte de São Bernardino de Sena, em 1444, e seis anos depois pôde presenciar em Roma a canonização solene do mesmo. Seguia-o devotamente frei Venâncio, pelo qual sabemos que durante uma missão pregada na Lombardia, foi feita a frei Tiago de Marca a proposta de eleição para bispo de Milão que o humilde frade recusou.
Frei Venâncio, após a morte do mestre, escreveu uma vida na qual conta muitos milagres operados por ele durante a vida e depois da morte.

Via Cléofas 

Papa agradece catequistas ugandeses por ensinarem a rezar

27/11/2015


Eis na íntegra as palavras do Papa no encontro com catequistas e professores
"Queridos catequistas e professores,
Queridos amigos!
Com afecto, vos saúdo a todos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e Mestre.
«Mestre»: como é belo este título! O nosso primeiro e maior mestre é Jesus. Diz-nos São Paulo que Jesus deu à sua Igreja não só apóstolos e pastores, mas também mestres, para edificar o Corpo inteiro na fé e no amor. Juntamente com os bispos, os presbíteros e os diáconos, que foram ordenados para pregar o Evangelho e cuidar do rebanho do Senhor, vós, como catequistas, tendes parte relevante na missão de levar a Boa Nova a todas as aldeias e lugares do vosso país.
Quero, antes de mais nada, agradecer-vos pelos sacrifícios que fazeis, vós e as vossas famílias, e pelo zelo e devoção com que realizais a vossa importante tarefa. Ensinais o que Jesus ensinou, instruís os adultos e ajudais os pais a fazer crescer os seus filhos na fé e, a todos, levais a alegria e a esperança da vida eterna. Obrigado pela vossa dedicação, pelo exemplo que dais, pela proximidade ao povo de Deus na sua vida quotidiana e pelos mais variados modos como plantais e cultivais as sementes da fé em todo este vasto território. Obrigado especialmente por ensinardes as crianças e os jovens a rezar.
Sei que o vosso trabalho, embora gratificante, não é fácil. Por isso vos encorajo a perseverar, pedindo aos vossos bispos e sacerdotes que vos ajudem com uma formação doutrinal, espiritual e pastoral capaz de vos tornar mais eficazes na vossa acção. Mesmo quando a tarefa se apresenta gravosa, os recursos pouquíssimos e os obstáculos enormes, far-vos-á bem lembrar que o vosso é um trabalho santo. O Espírito Santo está presente onde o nome de Cristo é proclamado. Está entre nós sempre que elevamos os corações e as mentes para Deus na oração. Ele dar-vos-á a luz e a força de que precisais. A mensagem, que transmitis, enraizar-se-á tanto mais profundamente no coração das pessoas quanto mais fordes não só mestres, mas também testemunhas. Que o vosso exemplo faça ver a todos a beleza da oração, o poder da misericórdia e do perdão, a alegria de partilhar a Eucaristia com todos os irmãos e irmãs.
A comunidade cristã no Uganda cresceu enormemente graças ao testemunho dos mártires. Eles deram testemunho da verdade que nos liberta; estavam prontos a derramar o seu sangue, para permanecer fiéis àquilo que sabiam ser bom, belo e verdadeiro. Estamos hoje aqui em Munyonyo, no lugar onde o rei Mwanga decidiu eliminar os seguidores de Cristo. Mas o seu objectivo faliu, tal como o rei Herodes não conseguiu matar Jesus. A luz brilhou nas trevas, e as trevas não prevaleceram (cf. Jo 1, 5). Depois de ter visto o corajoso testemunho de Santo André Kaggwa e seus companheiros, os cristãos do Uganda tornaram-se ainda mais convictos das promessas de Cristo.
Que Santo André, vosso padroeiro, e todos os catequistas mártires ugandeses vos obtenham a graça de serdes mestres sábios, homens e mulheres cujas palavras sejam cheias de graça, dando testemunho convincente do esplendor da verdade de Deus e da alegria de Evangelho. Ide sem medo por cada cidade e aldeia deste país espalhar a boa semente da Palavra de Deus e tende confiança na sua promessa de que voltareis, em festa, carregando os feixes duma seara abundante.
Peço-vos para rezardes por mim e que peçais às crianças para rezarem por mim 
Omukama Abawe Omukisa! [Deus vos abençoe!]

Via: Rádio Vaticano 

Papa: bom governo e desenvolvimento integral para todos

27/11/2015


No Uganda o Papa Francisco teve um encontro com as autoridades e o Corpo Diplomático. No seu discurso Francisco disse que objectivo da visita era comemorar os 50 anos da canonização dos Mártires do Uganda e também como sinal de amizade, estima e encorajamento para todos.
Os Mártires ugandenses, disse em seguida Francisco, tanto católicos como anglicanos, são verdadeiros heróis nacionais que deram a vida por Deus e pelo próprio País:
“Lembram-nos a importância que a fé, a rectidão moral e o serviço ao bem comum desempenharam e continuam a desempenhar na vida cultural, económica e política do país. Recordam-nos também que, apesar das nossas crenças religiosas e convicções diferentes, somos todos chamados a procurar a verdade, a trabalhar pela justiça e a reconciliação, e a respeitar-nos, proteger-nos e ajudar-nos uns aos outros como membros da única família humana”.
Estes ideais, sublinhou ainda Francisco, são pedidos particularmente a homens e mulheres como vós que tendes o dever de assegurar com critérios de transparência um bom governo, um desenvolvimento humano integral, uma ampla participação na vida pública da nação e também uma sábia e justa distribuição dos recursos que o Criador derramou tão abundantemente sobre estas terras.
Um outro objectivo da visita ao Uganda é chamar a atenção para a África no seu todo, para a promessa que representa, as suas esperanças, as suas lutas e as suas conquistas. “O mundo olha para a África como o continente da esperança”, disse ainda Francisco, e o Uganda foi abençoado por Deus com abundantes recursos naturais que os ugandenses devem administrar como guardiões responsáveis. E acrescentou:
Mas a nação foi abençoada sobretudo no seu povo: através das suas famílias sólidas, da sua juventude e dos seus idosos. Anseio pelo meu encontro de amanhã com os jovens, a quem dirigirei palavras de encorajamento e estímulo. Como é importante que lhes sejam oferecidas a esperança, a oportunidade de receber uma instrução adequada e um trabalho remunerado e sobretudo a oportunidade de participar plenamente na vida da sociedade!”
E Francisco falou também dos idosos, memória viva de cada povo. A sua sabedoria e experiência – sublinhou o Santo Padre - deveriam ser sempre valorizadas como uma bússola capaz de permitir que a sociedade encontre a orientação certa para enfrentar os desafios do presente com integridade, sabedoria e clarividência.
Por fim, o Papa manifestou o desejo de encorajar, com a sua presença no Uganda, os muitos e silenciosos esforços realizados no País para dar assistência aos pobres, os doentes e às pessoas em dificuldade, de modo particolar os refugiados:
“Aqui na África Oriental, o Uganda demostrou um empenhamento excepcional na recepção dos refugiados, permitindo-lhes reconstruir as suas vidas em segurança e experimentar a dignidade que provém de ganhar a própria subsistência com um trabalho honesto. O nosso mundo, imerso em guerras, violência e várias formas de injustiça, é testemunha dum movimento migratório de povos sem precedentes. O modo como enfrentamos este fenómeno é um teste da nossa humanidade, do nosso respeito pela dignidade humana e, acima de tudo, da nossa solidariedade para com os irmãos e irmãs necessitados”.
Deste modo, finaliza o Papa, a visita será um forte sinal de solidariedade num mundo caracterizado pela globalização da «cultura do descarte», que nos torna cegos aos valores espirituais, endurece os nossos corações à vista das necessidades dos pobres e priva os jovens da esperança.
O Papa concluiu com a esperança e oração para todo o amado povo do Uganda para que esteja sempre à altura dos valores que moldaram a alma da nação. E sobre todos invocou a abundância das bênçãos do Senhor: Mungu awubariki! (Deus vos abençoe!).

Via: Rádio Vaticano 


Papa Francisco já está no Uganda

27/11/2015

O Papa Francisco já está no Uganda. A acolhe-lo estava o Presidente Kaguta Museveni. São estes os principais encontros e momentos que o Santo Padre viverá no Uganda:
Sexta-feira dia, 27 de novembro
- Visita de cortesia ao Presidente da República do Uganda pelas 15.30 horas de Roma.
- pelas 16 horas está previsto o protocolar encontro com as autoridades do Uganda e com o Corpo Diplomático no Salão das Conferências do Palácio Presidencial; presentes também personalidades da economia e da cultura do país;
- no final do encontro com as autoridades, o Papa Francisco viaja até à cidade de Munyonyo a 38 quilómetros da capital. Trata-se do lugar onde o rei Mwanga em 1886 tomou a decisão de exterminar os cristãos. A 25 e 26 de maio desse ano foram mortos os primeiros quatro mártires do Uganda, entre eles Santo André Kaggwa. Em Munyonyo o Santo Padre será acolhido pelos franciscano conventuais, Ordem a quem está confiado o Santuário onde todos os anos se encontram catequistas e educadores, que saudarão e se encontrarão com o Papa.
- pelas 18 horas o regresso a Kampala e o jantar na Nunciatura Apostólica;
Sábado, dia 28 de Novembro
- na manhã do dia 28 o Santo Padre terá uma agenda muito intensa de encontros: começa por visitar o Santuário anglicano dos Mártires de Namugongo – lugar onde jazem os restos mortais dos 25 mártires do Uganda;
- pelas 9 horas locais (7 horas em Roma) o Papa visita o Santuário Católico de Namugongo dedicado a S. Carlos Lwanga, o mais famoso dos mártires ugandeses, que era o chefe dos pajens do rei da corte de Buganda Mwanga e que foi morto durante as perseguições anti-cristãs de finais do século XIX;
- de seguida será a Santa Missa presidida pelo Papa Francisco naquele Santuário;
- na tarde deste sábado dia 28 de Novembro destaque para o encontro com os jovens no Kololo Air Strip de Kampala, onde antes era um aeroporto é agora um espaço para grandes eventos;
- de seguida o Santo Padre segue para Nalukolongo on de visitará a Obra “Casa da Caridade”;
- depois encontra-se com os bispos do Uganda na Catedral de Kampala;
- no final do dia 28, na mesma Catedral dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, o Santo Padre encontra-se com o clero, os religiosos e religiosas e os seminaristas do Uganda.
- o Papa Francisco parte já no dia 29 de Novembro, domingo, para a República Centro-Africana.

Via: Rádio Vaticano 

Nairobi: Papa Francisco aos jovens quenianos

27/11/2015

Um dos momentos mais significativos da visita do Papa ao Quénia, foi o encontro com os Jovens quenianos, que teve lugar na manhã desta sexta-feira às 10 horas locais, 8 horas de Roma no Estádio de Kasarani. No discurso, em forma de diálogo, o Papa Francisco pediu aos 70 mil jovens presentes que se dessem as mãos, de modo a formar uma grande corrente humana, em representação de toda a nação Queniana. Em seguida o Papa exortou os jovens a rejeitarem aquilo que chamou de “açúcar da corrupção” que dissipa a alegria e a paz interior.
Disse aos jovens que deveriam ter sempre esperança: E para melhor ilustrar o seu pensamento, o Santo Padre tirou do bolso o rosário e um livrinho preto com as 14 estações da Via Sacra, e disse que aqueles eram instrumentos que dão sempre esperança”.
Em seguida, e como resposta ao testemunho pessoal de dois jovens que lhe fizeram algumas perguntas sobre as dificuldades sociais que a juventude de hoje atravessa, o Papa Francisco deixou aos jovens os seguintes interrogativos: “Porque é que os jovens, cheios de ideais, se deixam arrastar pelo radicalismo religioso? Porque se distanciam da família, dos amigos, da pátria e da vida? Porque aprendem a matar?
E perguntou ainda: “Se um jovem ou uma jovem não tiver trabalho e não puder estudar o que é que poderia fazer?” E retorquiu: “Poderia correr o risco de cair na dependência da droga, praticar actividades criminosas e até suicidar-se”.
 Na sequência desses interrogativos e ilustração de algumas respostas a dar aos problemas dos jovens Francisco disse-lhes  que a primeira coisa que um jovem deveria fazer, para evitar cair em tais erros, é “ter uma boa educação e um trabalho”. Se não tiver trabalho (disse o Papa) qual futuro terá? Se não tiver educação ou qualquer actividade qual será o seu fim? Eis o perigo social que depende de um sistema injusto, cujo centro não é Deus, mas o dinheiro, disse.
Via: Rádio Vaticano 

No bairro de lata de Kangemi o Papa pede água, casa e trabalho

27/11/2015 

Nairobi, 27 de Novembro – um início de manhã especial para o bairro de Kangemi, um dos 7 bairros de lata de Nairobi: grande entusiasmo entre os habitantes; presentes também muitas pessoas vindas de outros bairros da capital. O Papa Francisco foi à Igreja Paroquial de S. José Operário, animada por uma comunidade de jesuítas.
O Santo Padre ouviu os testemunhos de alguns dos habitantes do bairro e de uma religiosa que vive naquele lugar. Destaque para um filme que foi apresentado ao Papa onde se podem ver esgotos a céu aberto, barracas e estradas na lama, os pequenos negócios com que as pessoas vivem, e também as comunidades em oração e as crianças que jogam à bola.
Nas palavras que proferiu o Papa não poderia ter sido mais direto: “sinto-me em casa” – disse:
“Sinto-me em casa, partilhando este momento com irmãos e irmãs que têm um lugar preferencial na minha vida e nas minhas opções, não me envergonho de o dizer. Estou aqui porque quero que saibais que as vossas alegrias e esperanças, as vossas angústias e as vossas dores não me são indiferentes. Conheço as dificuldades que encontrais dia-a-dia! Como podemos não denunciar as injustiças?”
O Papa denunciou as injustiças e a marginalização promovida por “minorias que concentram o poder e a riqueza” e declarou ainda “que todas as famílias tenham um teto digno, acesso à água potável, instalações sanitárias, energia segura para iluminar, cozinhar, que possam melhorar as suas casas, que todos os bairros tenham estradas, praças, escolas, hospitais”.
O Papa Francisco denunciou ainda a “apropriação de terras por parte de investidores privados sem rosto, que pretendem mesmo apoderar-se do pátio das escolas”. Ao mesmo tempo denunciou a criminalidade organizada que usa os mais jovens nas suas actividades ilícitas.
O Santo Padre recordou também que o mundo tem uma “grave dívida social” para com os pobres que não têm acesso à água potável, criticando quem acaba por lucrar com a exploração daquele que é um direito universal.
Mas o Papa quis colocar em realce um aspeto nem sempre reconhecido e que é a sabedoria dos bairros populares: uma sabedoria que provêm de uma “obstinada resistência daquilo que é autêntico”, e que uma frenética sociedade de consumo parece ter esquecido:
“Reconhecer estas manifestações de vida boa que crescem cada dia entre vós, não significa, de modo algum, ignorar a terrível injustiça da marginalização urbana. São as feridas provocadas pelas minorias que concentram o poder, a riqueza e perduram egoisticamente, enquanto a crescente maioria tem que refugiar-se em periferias abandonadas, poluídas e descartadas.”
O Papa Francisco fez um apelo especial a todos os cristãos, em particular aos pastores, a renovarem o  ímpeto missionário e a tomarem iniciativas contra as tantas injustiças e a envolverem-se nos problemas dos cidadãos e a acompanhá-los nas suas lutas, a apoiarem os frutos do seu trabalho colectivo e a celebrarem com eles cada pequena ou grande vitória.
Via: Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...