7 de nov. de 2015

Meu corpo, minhas regras?

estrategiaabortoe1439316025184Não podemos ser omissos. Eliminar a vida é um pecado que brada justiça aos Céus!
Alguns atores da Rede Globo gravaram um vídeo promovendo o aborto, o assassinato de crianças inocentes e indefesas. O vídeo, de extremo mal gosto, extremamente forçado e artificial, espalha mentiras sobre o que ensina a fé cristã e insiste na tese criminosa de que o aborto é um ato legítimo, quando nossas leis e nosso povo em sua maioria o condenam.
A vida humana começa com o embrião; e isso é um dado científico. Segundo o maior geneticista do século XX, Dr. Jérôme Lejeune, que descobriu a Síndrome de Down, o embrião é um ser humano pois nele já estão todas as informações genéticas da vida desta pessoa.aborto
É triste verificar que alguns artistas, usando de sua imagem popular para penetrar nos lares, utilizem de um meio tão poderoso como a mídia para difundir a morte de seres inocentes, indefesos, que um dia poderiam caminhar, pensar, sorrir e abraçar seus pais.
Argumentam falsamente que a mulher tem direito a seu corpo; tem sim, e deve cuidar bem dele, afinal ele é Templo sagrado da Santíssima Trindade, mas jamais isso pode lhe dar o direito de tirar a vida de uma criança no seu ventre, que não faz parte do seu corpo; é um outro corpo; uma vida independente; uma nova vida.
Será que é papel de um(a) artista defender o assassinato de crianças no ventre das próprias mães? A vida de um bebê deve ser protegida em todas as circunstâncias. Sabemos que hoje uma criança que nasce prematura, com 12 semanas de gestação já sobrevive. É bom papel de artista difundir uma “cultura de morte”?
Gostaria que, sobretudo, os atores que participaram da gravação deste vídeo, pensassem um pouco na grandeza da mulher que gera um filho; nada há de mais belo e importante na face da terra. Um filho é imagem do Deus Criador, por isso ele pensa, ama, sorri, abraça, chora, canta, estuda, raciocina, faz planos… Um dia Deus vai lhes perguntar o que vocês fizeram destas vidas que Ele quis que viessem a este mundo.
Vocês sabiam que “Mulheres que se submetem a abortos têm 30% mais chance de terem problemas mentais do que as mulheres que nunca passaram por isso, segundo uma pesquisa publicada na última edição da publicação científica British Journal of Psychiatry? (http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid286567,0.htm).

Vocês sabiam que “65% das mulheres que abortam sofre sintomas de estresse pós-traumático depois de submeter-se à operação, conforme manifestou a psiquiatra e membro do Comitê de Direito a Viver (DAV), Carmen Gómez-Lavín? (ACI).
Sabiam que 68% defendem que aborto continue crime no Brasil Segundo Datafolha? “Sua Pesquisa revela que taxa dos que querem que o aborto continue sendo crime está em ascensão: era de 63% em 2006, ante 65% em 2007.” (Folha de São Paulo, 06/04/2008 – Cotidiano).

Sabiam que a “Pioneira do aborto”, nos EUA, Jane Roe, que foi usada em 1973 para aprovar o aborto, pela Suprema Corte, se arrependeu profundamente do que fez? (cf. Jornal “El Mundo”, “A pioneira do aborto arrependida”, dezembro de 2003).
Se você não aceita o crime do aborto, em qualquer circunstância, assine esta Campanha para mostrar seu repúdio a este lamentável vídeo; e acesse a página do vídeo para marcar a opção “não gostei”. Basta acessar este link: https://www.youtube.com/watch?v=CafzeA-9Qz8
Além disso, Sábado, 7/11, às 14h, haverá uma MANIFESTAÇÃO CONTRA O ABORTO no “Vão do Masp”, na Av. Paulista, em São Paulo, em apoio ao PL 5069, que protege a mulher e incrimina o estuprador. Na última semana, as feministas reuniram 3.000 mulheres, e fecharam a Av. Paulista. É preciso dar uma resposta a isso! Participe, esteja lá, em defesa dos bebês, das mulheres e das famílias!!! ESPALHE ESTE COMUNICADO O QUANTO MAIS PUDER!naovosconformeis
Não podemos nos calar diante de tanto sangue inocente derramado! Eliminar a vida é um pecado que brada justiça aos Céus. Nossa Pátria não pode ter as bênçãos de Deus ofendendo tanto o Criador, sobretudo naquilo que é mais sagrado, o dom inviolável da vida.

Não se omita, não caia nesse pecado; participe, proteste contra o extermínio de milhões de crianças por suas próprias mães.

Via Cléofas 

6 de nov. de 2015

Qual é o sentido das peregrinações?

max1282059608Alvorecer_Peregrino__Claudio_ReinkeQuem faz peregrinações “reza” com os pés e experimenta com todos os sentidos que a sua vida é um grande caminho para Deus. [1674]

Frequentes vezes se lê que no Antigo Testamento o povo peregrinava para Jerusalém. Trata-se de um sinal cristão a ter em conta. Na Idade Média, esta antiga tradição concretizou-se em vastas e famosas peregrinações às cidades santas de Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela. As peregrinações são sinal de penitência, e são também um modo de libertação de maus pensamentos, dispondo-se deste modo o homem a aproximar-se de Deus. Hoje em dia, assistimos a um renascimento deste costume de peregrinar. Os cristãos querem dizer através deste sinal que procuram a paz e que o poder da graça de Deus os seduz.
FONTE: Youcat

Papa: triste ver padres e bispos apegados ao dinheiro

06/11/2015 

Bispos e sacerdotes vençam a tentação de “uma vida dupla”, a Igreja deve servir aos outros e não servir-se dos outros”. Esta é uma das passagens da homilia do Papa Francisco na manhã desta sexta-feira (6/11), na Casa Santa Marta. O Pontífice chamou atenção para os “carreiristas, apegados ao dinheiro”.
Servir, servir-se. O Papa desenvolveu a sua homilia sobre dois personagens de servos, apresentados na liturgia do dia. Antes de tudo, a figura de Paulo que “se doou todo ao serviço, sempre” para terminar em Roma “traído por alguns dos seus” e terminando por ser “condenado”. De onde vinha a grandeza do Apóstolo dos Gentios, se pergunta o Pontífice. De Jesus Cristo e “ele se orgulhava de servir, de ser eleito, de ter a força do Espírito Santo”.
Era o servo que servia, reiterou, “administrava, lançando as bases, ou seja, anunciando Jesus Cristo” e “nunca parava para ter a vantagem de um lugar, de uma autoridade, de ser servido. Ele era ministro, servo para servir, não para servir-se”:
“Eu digo-vos quanta alegria tenho, eu, que me comovo, quando alguns padres vêm a esta missa e me cumprimentam: ‘Oh padre, vim aqui para encontrar os meus, porque há 40 anos sou missionário na Amazónia’. Ou uma religiosa que diz: ‘Não, eu trabalho há 30 anos num hospital em África’. Ou quando encontro uma irmãzinha que há 30, 40 anos trabalha na sessão do hospital com os portadores de necessidades especiais, sempre sorridente. Isto se chama servir, esta é a alegria da Igreja: ir além, sempre; ir além e dar a vida. Isto é aquilo que Paulo fez: servir”
No Evangelho, continuou o Papa, o Senhor nos mostra a imagem de outro servo, “que em vez de servir os outros se serve dos outros”. E, sublinhou, “lemos o que fez este servo, com quanta astúcia se moveu, para permanecer no seu lugar”.
“Também na Igreja, há aqueles que em vez de servir, de pensar nos outros, de estabelecer as bases, se servem da Igreja: os carreiristas, os apegados ao dinheiro. E quantos sacerdotes, bispos vimos assim. É triste dizer isso, não? A radicalidade do Evangelho, do chamamento de Jesus Cristo: servir, estar ao serviço de, não parar, ir ainda mais longe, esquecendo-se de si mesmo. E o conforto do status: eu atingi um status e vivo confortavelmente sem honestidade, como os fariseus de que fala Jesus, que passeavam pelas praças, para serem vistos pelas pessoas”.
Duas imagens, destacou Francisco: “Duas imagens de cristãos, duas imagens de sacerdotes, duas imagens de religiosas. Duas imagens”. Jesus, reiterou o Papa, “nos faz ver esse modelo em Paulo, esta Igreja que nunca está parada, que sempre cria bases, que vai sempre para a frente e nos faz ver que esse é o caminho”.
“Mas quando a Igreja é morna, fechada em si mesma, também muitas vezes mercantil, não se pode dizer, que é uma Igreja que ministra, que está ao serviço, mas sim que se serve dos outros. Que o Senhor nos dê a graça que deu a Paulo, o ponto de honra para ir sempre para a frente, sempre, renunciando às próprias comodidades tantas vezes, e nos livre das tentações, dessas tentações que, são fundamentalmente, as tentações de uma vida dupla: apresento-me como ministro, como quem serve, mas no fundo eu me sirvo dos outros”.
Fonte:  Rádio Vaticano 

5 de nov. de 2015

O sacramento do amor

EucharistSebastianDudaDPC“O coração de Jesus sofre da doença chamada amor. A sua maior agonia é a carência do amor das suas criaturas!”
Aquele que ama anseia estar junto da pessoa amada; e o seu maior sofrimento é não ser correspondido no seu amor. Para comprovar isto, basta ver como fica desesperado, um jovem ou uma jovem, quando o namorado que tanto ama, lhe abandona. A dor e a angústia é ainda maior quando ela é trocada por outra.
A dor mais forte é a “dor do amor”. A pior doença é o amor não correspondido. Conheci uma moça que, ao tomar conhecimento que o seu namoro tinha terminado, não queria mais nada, e nada podia consolá-la; não queria mais comer, dormir, estudar…nada. Era a dor do amor. Queria morrer…osegredodasagradaeucaristia
Jesus mostrou e provou o seu amor por nós de inúmeras maneiras: assumiu a nossa natureza, “vestiu a nossa carne”, fez-se obediente até a morte, morte de cruz, para nos salvar da morte eterna, e ficou conosco para sempre na Eucaristia.
Neste Sacramento do seu próprio Corpo, o Senhor nos dá a revelação máxima do seu amor. Fez o milagre da Eucaristia para estar junto de nós, individualmente, com cada um, de modo “particular”, e inteiramente. Fez-se pão, “prisioneiro dos nossos sacrários”, para estar sempre conosco, a cada dia, e todos os dias. Ele se entregou totalmente a nós no Pão.
Ele que é Onipotente, se fez fraco no pão; Ele que é o Soberano, se fez pobre; Ele que é o Infinito de Tudo, se fez limitado num pedacinho de pão.
E por que tudo isso, meu irmão? Por amor a cada um de nós. Para estar a nosso lado e ser o nosso remédio e o nosso alimento. Ele deu-se todo a nós, sem reservas; é por isso que nós também temos que nos dar a Ele com a mesma radicalidade. Na Eucaristia Ele é nosso, como dizia santa Terezinha: “agora Jesus, o Senhor é meu!”
É impressionante como Jesus preparou os seus discípulos para anunciar-lhes a Eucaristia. São João narra isto no capítulo 6 do seu Evangelho. De início, às margens do mar da Galiléia, circundado de montanhas, no final do dia, Jesus realiza o milagre da multiplicação dos pães. O povo come até se saciar e ainda sobram doze cestos. Jesus mostrava assim, de maneira vivencial, que “ele era Deus” e que tinha “poder sobre o pão”. Este se multiplicava sob a sua ordem.
Em seguida, na madrugada do mesmo dia, vai ao encontro dos discípulos, “andando sobre as águas”. Mostrava-lhes assim, também de maneira visível, que era Deus e que tinha “poder sobre o seu corpo” e sobre as leis da natureza.
Portanto, se Ele tem o poder total sobre o pão, que multiplicara, e sobre o seu corpo, que não afundava na água, então, poderia agora transformar o pão no seu próprio corpo, para ser o nosso sustento e remédio espiritual.
Na manhã do dia seguinte, na Sinagoga de Cafarnaum, Jesus faz então o célebre “discurso da Eucaristia”, depois que o povo tinha visto, pedagogicamente, o seu poder sobre o pão e sobre o seu próprio corpo. Entre tantas promessas maravilhosas do discurso eucarístico, Jesus disse:
“Eu sou o pão descido do céu; quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo 6, 51).
Esta é a primeira promessa que Jesus encerra na Eucaristia: a vida eterna. Ele é a vida eterna; e quem o recebe no seu Corpo tem a garantia desta vida que começa já neste mundo.
“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes, o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).
A união com Jesus na Eucaristia garante a vida incriada, a vida divina e eterna, em nós. O “pão da vida” é o alimento desta vida eterna, que começou com o batismo.comocomungar
A segunda afirmação de Jesus é a de que pela Eucaristia Ele permanece em nós:
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6, 56).
Em outra ocasião Jesus disse aos discípulos:
“Permanecei em mim, como eu em vós. Eu sou a videira e vós os ramos, aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto; porque, sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 4-5).
No discurso eucarístico Ele deixou claro como os seus discípulos “permaneceriam nele”, para pode dar muito fruto. E fez questão de enfatizar a importância desta união conosco na Eucaristia:
“Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que come a minha carne viverá por mim” (Jo 6,57).

É essencial entender esse “viverá por mim”. Quer dizer, com a Sua presença em nós, Ele agirá em nós; Ele será a nossa força; Ele será a nossa paz; Ele será tudo em nós! A nossa miséria será trocada pela Sua força.
É aquilo que São Paulo experimentou:
“Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20).
É interessante notar que quando Jesus terminou o discurso eucarístico, muitos o abandonaram por não aceitar o que ele acabara de revelar (Jo 6,66). Nem por isso Jesus voltou atrás ou deu mais explicações. Chamou os Doze e perguntou também a eles:
“Não quereis também partir ?” (Jo 6,67), provando-lhes a fé. Ao que Pedro, iluminado por Deus, responde:
“Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que és o Santo de Deus”(Jo 6,69).
Pedro também não tinha entendido como seria aquilo de “comer a minha carne e beber o meu sangue”, mas acreditou, porque sabia que Jesus era o “Santo de Deus”, e que para Ele nada é impossível. O milagre da multiplicação dos pães e do caminhar sobre o mar estavam ainda vivos na mente de Pedro…
Também de cada um de nós Jesus exige a mesma fé na sua palavra, acima do que possamos sentir ou entender diante da Hóstia viva, que será sempre um desafio à nossa inteligência.
A Eucaristia é um milagre. É o maior de todos os milagres. É o milagre de Deus que se faz pão para poder saciar o seu amor por nós e poder estar unido a cada um de nós, individualmente. É o milagre do amor de um Deus apaixonado por sua criatura, e que não suporta ficar longe dela.
Que resposta daremos a esse amor de Jesus por nós?
Amor só se paga com amor, dizem os santos.entraipelaportaestreita
Jesus espera o nosso amor. Jesus sofre de amor, amor não correspondido. Quantos são os que se lembram de que Ele está vivo, ressuscitado, verdadeiro, em nossos sacrários? Quantos são os que chegam até ali, diariamente, para fazer-lhe companhia, ao menos por alguns minutos, e saciar a sua sede de amor por nós?
Ali, “prisioneiro dos nossos sacrários”, ele nos espera com as mãos cheias de graças. Vamos buscá-las.
Prof. Felipe Aquino
Retirado do livro: Entrai pela Porta Estreita, Ed. Cléofas.

Papa: o cristão inclui, não fecha as portas, o fariseu exclui

05/11/2015 

Quinta-feira, 5 de Novembro – na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco afirmou que o cristão inclui, não fecha portas, mesmo que isso traga resistências. Ao contrário os fariseus excluem: acreditam serem melhores, geram conflitos e divisões.
Na sua homilia o Santo Padre comentou a Carta aos Romanos, em que S. Paulo exorta a não julgar e a não desprezar o irmão. No Evangelho do dia que nos apresenta S. Lucas aproximam-se de Jesus os publicanos, ou seja , os excluídos, os que estavam e fora e “os fariseus e os escribas murmuravam”:
“A atitude dos escribas e dos fariseus é a mesma, excluem: ‘Nós somos os perfeitos, nós seguimos a lei. Eles são pecadores, são publicanos’. E a atitude de Jesus é incluir. Existem dois caminhos na vida: o caminho da exclusão das pessoas da nossa comunidade e o caminho da inclusão. O primeiro pode ser pequeno, mas é a raiz de todas as guerras: todas as calamidades, todas as guerras, começam com uma exclusão. Exclui-se da comunidade internacional, mas também das famílias, entre os amigos, quantos conflitos... E o caminho que Jesus nos mostra e nos ensina é contrário ao outro: é incluir”.
“Não é fácil incluir as pessoas – observou o Papa – porque há resistência, há aquela atitude seletiva”. Por isso, Jesus conta duas parábolas: a da ovelha perdida e a da mulher que perde uma moeda. Seja o pastor, seja a mulher fazem de tudo para encontrar aquilo que perderam. E quando conseguem, enchem-se de alegria:
“Estão alegres porque encontraram aquilo que estava perdido e vão ter com os amigos, com os vizinhos, porque estão muito felizes: ‘Encontrei, incluí’. Isto é a inclusão de Deus, é contra a exclusão de quem julga, que expulsa o povo, as pessoas... ‘não, este não, aquele não...’ e constrói um pequeno círculos de amigos que é o seu ambiente. É a dialética entre exclusão e inclusão. Deus incluiu todos nós na salvação, todos! Este é o início.”
Fonte: Rádio Vaticano 

4 de nov. de 2015

Viúvo: entenda como não viver na solidão

Viúvo entenda como não viver na solidãoProfessor Felipe Aquino testemunha como ser viúvo e não viver a solidão

Fiquei viúvo há três anos. Nunca antes eu tinha pensado como seria a minha vida sem minha esposa, depois de 40 anos casados e quatro de namoro e noivado. No fim da vida, ela me disse que tinha medo de me deixar sozinho.
Quando já dava para pressentir que sua morte estava próxima, depois de um câncer de seis anos, fui pedindo a Deus que me preparasse para viver a viuvez. Cada vez mais, em minhas orações, eu pedia ao Senhor que me desse a graça de aceitar toda a vontade d’Ele e pudesse continuar a viver para Ele. Penso que essa seja a primeira coisa que um viúvo precisa fazer: aceitar a vontade de Deus, pois é Ele quem conduz a nossa vida e sabe o que é melhor para nós a cada dia. Nessa fé, é preciso entregar a Deus e agradecer – claro que com lágrimas! – o cônjuge querido que Ele nos deu como um presente durante tantos anos. O que melhor cura a ferida que fica na alma é entregar a pessoa ao Senhor, agradecendo a Ele todo o tempo bom que essa pessoa esteve ao nosso lado.

Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Em nossa fé, precisamos oferecer a Deus as Missas e as indulgências pela alma da pessoa amada que agora reza por nós. Eu procuro fazer isso todos os dias. Às segundas-feiras, vou ao túmulo dela levar minha prece e uma flor.
É preciso também viver para a família. No meu caso, são cinco filhos, um genro, quatro noras e onze netos (agora, mais um a caminho). Eles precisam de nós e suprem a falta da pessoa amada. Nunca dei tanto valor a uma família numerosa como agora. Antes de ela morrer, disse aos filhos: “Cuidem do seu pai!”. Então, todo cuidado comigo agora é pouco.

Não cair na solidão, depressão e tristeza

Deus nos dá a chamada “graça de estado” para que possamos viver bem cada etapa da vida; de modo especial, eu sinto essa graça de estado da viuvez, que me ajuda a viver como Ele quer. No meu caso, faço isso com uma vida intensa na Igreja, na Canção Nova, escrevendo livros, pregando, dando formação e aulas, viajando pelo Brasil etc. Prefiro não buscar um novo casamento.
Sinto em Deus que é melhor eu viver o celibato e uma vida meio parecida como de um monge da cidade, meio mergulhado no barulho. No meu “eremitério” isolado, partilho minha vida com o Senhor, com os familiares e amigos. Sempre estou mobilizado para ajudar algum deles. Isso dá um grande sentido à minha vida e não me deixa cair na solidão, depressão ou tristeza.

Não buscar satisfação sexual de maneiras pecaminosas

É claro que não é fácil viver sem uma esposa, sem a vida sexual com a qual estávamos acostumados; mas a graça de estado nos ajuda. O viúvo não pode ficar buscando satisfação sexual de maneiras pecaminosas; seja por pornografia ou outros meios. Deus nos chama a viver a castidade em qualquer estado de vida, casado ou solteiro. Isso é mais difícil para o homem do que para a mulher, mas, com a graça de Deus, os sacramentos da Igreja e a oração, é possível. É preciso consagrar-se a Nossa Senhora e a São José, os patronos da castidade, e seguir o conselho de Jesus: “Vigiai e orai!”. O viúvo, então, que não deseja se casar, tem de fazer uma oblação a Deus do seu estado de vida.
Sei que nem todos os viúvos podem ou querem viver assim; então, a Igreja autoriza que se casem novamente, desde que o façam na Igreja, recebendo o sacramento do matrimônio. Sabemos que a morte extingue o vinculo matrimonial, então, o viúvo é solteiro novamente. São Paulo disse: “A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver. Mas se morrer o marido, ela fica livre e poderá casar-se com quem quiser, contanto que seja no Senhor” (1 Cor 7,39). “Quero, pois, que as viúvas jovens se casem, cumpram os deveres de mãe e cuidem do próprio lar, para não dar a ninguém ensejo de crítica” (I Tm 5,14)”. “Mas a que verdadeiramente é viúva e desamparada, põe a sua esperança em Deus e persevera noite e dia em orações e súplicas” (1 Tm 5,5).
São Lucas nos mostra o caso daquela bela viúva de 84 anos, Ana. Ela, com o velho Simeão, adoravam o Menino Jesus. Depois de ter vivido sete anos com seu marido, desde a sua virgindade, ficara viúva; agora, com oitenta e quatro anos, não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. (cf. Lc 2,37).

Ajudar no Reino de Deus

Li na internet, no site acidigital.com, em 3 de maio de 2012, que na Espanha, um viúva de 70 anos, de Valença, mãe de três filhos e avó de cinco netos, entrou para um convento de irmãs franciscanas Clarissas contemplativas (fundada em 1212 por Santa Clara de Assis), onde fez votos perpétuos. Seu nome religioso é Célia de Jesus; antes de se consagrar, ela vivia para ajudar os pobres. Seus filhos e netos assistiram. Muitas viúvas se tornaram santas e ajudaram muito o Reino de Deus: Santa Isabel de Hungria, Santa Isabel de Portugal, Santa Angela de Foligno, Santa Luzia, Santa Paula, Santa Brígida; Santa Rita de Cássia, Santa Helena etc. Essas mulheres foram muito importantes para a Igreja.

Não enterre sua vida dentro de casa

Portanto, os viúvos não têm que enterrar as suas vidas apenas dentro de casa.
Sei que muitos viúvos e viúvas não desejam um segundo casamento; então, é preciso continuar a viver bem. Para os que são cristãos, fica sempre a oportunidade de ajudar os filhos e a família, especialmente se já não precisam trabalhar profissionalmente. Nossos filhos e netos precisam de nossa ajuda. A vida moderna é dinâmica e exige muito deles; então, se temos tempo, é um bom serviço prestado a eles e a Deus.
A Bíblia fala muito das viúvas e de como Deus as ama. Um exemplo é o caso da viúva de Naim, e Jesus ressuscita seu filho (cf. Lc 7,12). Vemos o caso maravilhoso da viúva Judite, que salvou o povo de Israel de um massacre: “Judite ficara viúva havia três anos e meio” (Jd 8,4). “Despiu o seu vestido de viúva, para consolação dos que sofriam em Israel. Ungiu o rosto com essência perfumada…” (16,7), e que assim salvou o seu povo da morte.

Para a Igreja não existem aposentados

Uma coisa importante a entender é que, na Igreja, não existem aposentados nem desempregados. Sempre há trabalho no Reino de Deus para quem quer “servir ao Senhor com alegria” (Sl 99,2). Os viúvos e viúvas são pessoas maduras, muitos têm uma boa formação intelectual e podem ajudar a Igreja nas pastorais, sobretudo no batismo, na primeira comunhão, crisma e matrimônio. Os viúvos não podem “enterrar os seus talentos”; pois Deus vai nos cobrar isso. A Igreja precisa de nossa experiência, nossos lábios e mãos. Quando nos colocamos à disposição de Deus, para servi-L, logo Ele nos dá um trabalho adequado à nossa condição. E isso nos faz felizes.
Hoje, posso dizer que trabalho ainda mais do que no tempo que eu não era ainda viúvo; pois hoje tenho mais tempo para as coisas de Deus. E isso me dá forças, alegria e vida.
O tempo da viuvez, em que normalmente se têm mais tempo, é uma oportunidade de viver mais a vida espiritual, aproveitando o silêncio e a meditação. Nunca como hoje eu posso me dedicar a isso; pois sem isso não é possível servir a Deus com alegria e eficácia. Jesus disse: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Então, gaste seu tempo estudando a Bíblia, meditando com bons livros, fazendo caridade a quem pode, etc.. Se as pernas do corpo já não são ágeis, lembre-se de que o espírito não tem pernas. Este é o melhor tempo para nossa vida espiritual crescer.

Por que desfalecemos?

São Paulo nos dá um ensinamento preciso na Carta aos coríntios: “É por isso que não desfalecemos. Ainda que exteriormente se desconjunte nosso homem exterior, nosso interior renova-se de dia para dia” (2 Cor 4,16). O mais importante é que nosso espírito cresça para Deus; pois todos nós vamos um dia para Ele. É verdade que, nessa idade, os sofrimentos podem aumentar por causa da idade avançada, mas o apóstolo também nos lembra que “a nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, proporciona-nos um peso eterno de glória incomensurável. Porque não miramos as coisas que se veem, mas sim as que não se veem . Pois as coisas que se veem são temporais e as que não se veem são eternas”. (2 Cor 4,17).
Afinal, todos nós temos de nos preparar para a morte, que não é uma tragédia, mas um encontro com o Senhor que nos ama. Santa Teresinha dizia: “Eu não morro, entro para a vida”. A Carta aos Hebreus nos lembra uma coisa muito importante: “Procurai a paz com todos e a santidade sem a qual ninguém pode ver o Senhor” (Heb 12,14). Isso quer dizer que ninguém entra no Céu sem ser santo; pois Deus é Santo, Santo, Santo. Então, devemos aproveitar essa bela idade dos cabelos brancos para buscar com mais determinação a santidade que nos abre as portas do céu.

Cuidado com a saúde

Eu cuido da minha saúde para viver bem. Faço ginástica, caminhada, ouço boas músicas, alimento-me bem para poder estar saudável e servir melhor a Deus e aos outros, não apenas para viver mais.
Agora, é tempo de rezar mais, eliminar os pecados que ainda não vencemos (soberba, orgulho, exibicionismo, gula, ira, inveja, maledicência, mentiras…) e amar mais as pessoas, porque a “caridade é o vínculo da perfeição”. Não há nada mais triste do que um ancião sem juízo ou um jovem sem alegria.

Caminhão de mudança atrás do enterro

Nada podemos levar para a outra vida; então, é tempo também de desapego das coisas materiais, do dinheiro. O Papa Francisco disse um dia que nunca viu um caminhão de mudança atrás de um enterro. Então, esse é um tempo, como disse Jesus, de “dar de graça o que recebemos de graça” (Mt 10,10).
Qualquer que seja o nosso estado de vida, podemos ser felizes se vivermos em Deus e para Deus.

Prof  Felipe Aquino 
Fonte: Canção Nova 

04 NOV São Carlos Borromeu

São Carlos BorromeuSão Carlos Borromeu procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os santos sacramentos
Carlos, o segundo filho de Gilberto, nasceu em 2 de outubro de 1538. Menino ainda, revelou ótimo talento e uma inteligência rara. Ao lado destas qualidades, manifestou forte inclinação para a vida religiosa, pela piedade e o temor a Deus. Ainda criança, era seu prazer construir altares minúsculos, diante dos quais, em presença dos irmãos e companheiros de idade, imitava as funções sacerdotais que tinha observado na Igreja. O amor à oração e o aborrecimento aos divertimentos profanos, eram sinais mais positivos da vocação sacerdotal.
O ano de 1562 veio a Carlos com a graça do sacerdócio. No silêncio da meditação, lançou Carlos planos grandiosos para a reorganização da Igreja Católica. Estes todos se concentraram na ideia de concluir o Concílio de Trento. De fato, era o que a Igreja mais necessitava, como base e fundamento da renovação e consolidação da vida religiosa. Carlos, sem cessar, chamava a atenção do seu tio (que era Cardeal e foi eleito Papa, com o nome de Pio IV) para esta necessidade, reclamada por todos os amigos da Igreja. De fato, o Concílio se realizou, e Carlos quis ser o primeiro a executar as ordens da nova lei, ainda que por esta obediência tivesse de deixar sua posição para ocupar outra inferior.
Carlos sabia muito bem que a caridade abre os corações também à religião. Por isto foi que grande parte de sua receita pertencia aos pobres, reservando ele para si só o indispensável. Heranças ou rendimentos que lhe vinham dos bens de família, distribuía-os entre os desvalidos. Tudo isto não aguenta comparação com as obras de caridade que o Arcebispo praticou, quando em 1569-1570, a fome e uma epidemia, semelhante à peste, invadiram a cidade de Milão. Não tendo mais o que dar, pedia ele próprio esmolas para os pobres e abria assim fontes de auxílio, que teriam ficado fechadas.
Quando, porém, em 1576, a cidade foi atingida pela peste, e o povo abandonado pelos poderes públicos, visto que ninguém se compadecia do povo, ainda procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os santos sacramentos. Tendo-se esgotado todas as fontes de recurso, Carlos lançou mão de tudo o que possuía, para amenizar a triste sorte dos doentes. Mais de  cem sacerdotes tinham pago com a vida, na sua dedicação e serviço aos doentes. Deus conservava a vida do Arcebispo, e este se aproveitou da ocasião para dizer duras verdades aos ímpios e ricos esquecidos de Deus.
Gregório XIII, não só rejeitou as acusações infundados feitas ao Arcebispo, mas ainda recebeu Carlos Borromeu em Roma, com as mais altas distinções. Em resposta a este gesto do Papa, o governador de Milão, organizou no primeiro domingo da Quaresma de 1579, um indigno préstito carnavalesco pelas ruas de Milão, precisamente à hora da missa celebrada pelo Arcebispo. O mesmo governador, que tanta guerra ao Prelado movera, e tantas hostilidades contra São Carlos estimulara, no leito de morte reconheceu o erro e teve o consolo da assistência do santo Bispo na hora da agonia. Seu sucessor, Carlos de Aragão, duque de Terra Nova, viveu sempre em paz com a autoridade eclesiástica. O Arcebispo gozou deste período só dois anos.
Quando em outubro de 1584, como era de costume, se retirara para fazer os exercícios espirituais, teve fortes acessos de febre, aos quais não deu importância e dizia: “Um bom pastor de almas, deve saber suportar três febres, antes de se meter na cama”. Os acessos renovaram-se e consumiram as forças do Arcebispo. Ao receber os santos sacramentos, expirou aos 03 de novembro de 1584. Suas últimas palavras foram: “Eis Senhor, eu venho, vou já”. São Carlos Borromeu tinha alcançado a idade de 46 anos.
O Papa Paulo V, canonizou-o em 1610 e fixou-lhe a festa para o dia 04 de novembro.
São Carlos Borromeu, rogai por nós!

Canção Nova 

Audiência: perdoar os pecados na família

04/11/2015

Quarta-feira, 4 de Novembro, audiência geral na Praça de S. Pedro com o Papa Francisco. Tema da catequese: perdoar os pecados na família. O Santo Padre começou por afirmar que durante o Sínodo dos Bispos sobre a Família foi produzido um documento que foi publicado e sobre o qual o Papa assegurou que irá meditar. Entretanto, nesta audiência o Papa falou sobre a “família como um grande ginásio, onde se treina para o dom e o perdão recíproco.”
Desde logo, o Papa Francisco deixou claro que o perdão é uma característica fundamental da vida em família:
“Não se pode viver sem nos perdoarmos, ou pelo menos não se pode viver bem, especialmente em família.“
No dia-a-dia, não faltam ocasiões em que nos portamos mal e somos injustos com os outros. Então o que temos de fazer é procurar imediatamente curar as feridas que causamos. Porque, se adiarmos demasiado, tudo se torna mais difícil – afirmou o Santo Padre que voltou a recordar um conselho essencial para a vida conjugal e familiar:
“E há um segredo simples para curar as feridas e para diluir as acusações: não deixar terminar o dia sem pedir desculpa, sem dar paz entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmão e irmã, entre nora e sogra!”
Se aprendemos a pedir logo desculpa e a darmo-nos reciprocamente o perdão – continuou o Papa – as feridas curam, o matrimónio robustece e a família torna-se uma casa sempre mais sólida, que resiste aos abalos das nossas pequenas e grandes maldades.
Verdadeiramente as famílias cristãs podem ajudar muito a sociedade actual e a própria Igreja – afirmou ainda o Santo Padre que declarou o seu desejo de que no Jubileu da Misericórdia as famílias descubram o tesouro do perdão.
“Por isso desejo que, no Jubileu da Misericórdia, as famílias descubram, de maneira nova e mais profunda, o tesouro do perdão recíproco.”
Na verdade, é recebendo o perdão de Deus que somos capazes de, por nossa vez, perdoarmos aos outros – referiu o Papa Francisco na conclusão da sua homilia sublinhando que foi para sermos capazes de perdoar que Jesus nos faz repetir isso mesmo na oração do Pai-Nosso: “perdoai-nos os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido.”
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Com cordial afecto, saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, em especial o grupo brasileiro de Mogi das Cruzes. O Senhor vos abençoe, para serdes em toda a parte farol de luz do Evangelho para todos. Possa esta peregrinação fortalecer nos vossos corações o sentir e o viver com a Igreja. Nossa Senhora acompanhe e proteja a vós todos e aos vossos entes queridos.”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção!

Rádio Vaticano 

3 de nov. de 2015

03 Nov São Martinho de Lima, cheio do Espírito Santo

São Martinho de LimaSão Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de obras no Amor, conseguia servir a Cristo no próximo, primeiramente pela suas diversas profissões (barbeiro, dentista, ajudante de médico)
Com alegria celebramos a santidade de vida de um santo do nosso chão latino-americano. São Martinho nasceu no Peru em 1579, filho de um conquistador espanhol com uma mulata panamenha.
Grande parte da sociedade de Lima não diferenciava tanto da nossa atual, pois sustentava a hipócrita postura do preconceito racial, por isso Martinho sofreu humilhações, por causa de sua pele escura.
Aconteceu que São Martinho não foi reconhecido portador de sangue nobre, e nem precisava, porque educado de forma cristã pela mãe, descobriu com a vida que o “aspecto mais sublime da dignidade humana está na vocação do homem à comunhão com Deus” (Catecismo da Igreja Católica).
Com idade suficiente, São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de obras no Amor, conseguia servir a Cristo no próximo, primeiramente pela suas diversas profissões (barbeiro, dentista, ajudante de médico), e mais tarde amou Deus no outro e o outro em Deus, como irmão da Ordem Dominicana. Mendigo por amor aos mendigos, São Martinho de Porres, ou de Lima, destacou-se dentre tantos pela sua luta contra o Tentador e a tentação, além da humildade, piedade e caridade. Sendo assim, Deus pôde munir Martinho com muitos Carismas, como o de cura e milagres, sem que estes o orgulhasse e o impedisse de ir para o Céu, onde entrou em 1639.
São Martinho de Lima, rogai por nós!

Canção Nova 

Amor e a sexualidade humana

No contexto humano descubra a sintonia entre amor e a sexualidade

Falar de amor e de sexualidade significa abordar uma única realidade em dois ângulos, os quais, pela sua realidade, envolvem uma dimensão essencial da vida humana.
O amor gera na pessoa decisões, atitudes e reações. O amor virtude é uma realidade que envolve a vida toda, pois não se ama, porque se deve amar, mas porque o amor se torna uma realidade que faz com que a pessoa seja mais humana. À medida que vamos crescendo, nos descobrindo e nos aprofundando em nossa vida, percebemos que somos seres que se relacionam, e que a solidez da nossa própria vida depende, em grande parte, das relações que estabelecemos.
Amor e a sexualidade humana
Ao longo da história da humanidade, constatamos que o caminho a ser realizado por cada pessoa está marcado pelas suas constantes mudanças. De fato, faz um tempo que se fala em mudança de época devido à crise de sentido que envolve, em primeiro lugar, a vida da própria pessoa.

Amar, então, é um dos maiores desafios, pois fazer com que o amor seja conhecido e vivenciado pelas pessoas exige maturidade e compromisso. Aqui entra a sexualidade.
Se afirmarmos que a sexualidade afeta diretamente toda a vida humana, em nós haverá uma força imensa que nos conduzirá a viver esse amor. Cada ato humano, destinado a desvendar o verdadeiro “ser” da pessoa, leva consigo essa força e, precisamente por isso, a pessoa decide amar.

Relacionamento sadio

A sexualidade é feita para o amor, razão pela qual ela não pode ser prostituída nem manipulada. Quando o amor se fortalece, é capaz de sustentar relações que dignificam e deixam a vida mais harmoniosa. Quando somos crianças, vivemos um amor puro, dócil e inocente; à medida que vamos nos tornando adultos, essas qualidades do amor em nós não deveriam desaparecer nem serem trocadas, mas cada vez mais fortalecidas. A pureza vivida no amor nos permite vivenciar a dignidade. A docilidade nos abre o caminho para um relacionamento sadio; a inocência evita que tratemos os outros como objetos. Amor e sexualidade são, mais uma vez, uma única realidade, com a qual cada pessoa fortalece sua vida e revela o seu íntimo.

Dignidade da pessoa humana

São João Paulo II afirmou em suas catequeses sobre o corpo: “O amor humano, quando fortalecido no amor divino, perpassa a vida da pessoa a ponto de fazer dela uma verdadeira construtora de relações sólidas e sadias”. Nossa sexualidade vivida no amor faz que com que cada um sinta a necessidade de comunicar aos outros a beleza de uma corporeidade aceita, de uma personalidade amadurecida e de uma vida moral bem aventurada. Vamos proclamar, sem medo, a evangelização do amor e da sexualidade de forma tal que sejamos todos artífices da sociedade do amor, para a qual o Papa Paulo VI nos convocou alguns anos atrás, cujo ponto de partida é a dignidade da pessoa humana.

Por Padre Rafael Solano 
Fonte: Canção Nova 

Papa: "quem não vive para servir, não serve para viver"

03/11/2015


Na manhã desta terça-feira dia 3 de novembro o Papa Francisco celebrou na Basílica de S. Pedro uma Eucaristia em memória dos cardeais defuntos durante o último ano. Na sua homilia falou sobre a vida cristã que deve ser serviço.
O Santo Padre na sua homilia reflectiu sobre a escolha de “servir a Igreja” tal como nos diz S. Mateus no capítulo 25: ‘servos bons e fiéis’. Ao mesmo tempo, o Papa recordou a passagem do Evangelho de S. João em que o Senhor, como um servo, lavou os pés aos seus mais diretos colaboradores, para que fizéssemos como ele. Servir e não ser servido – afirmou o Papa Francisco:
“Quem serve e dá, parece um perdedor aos olhos do mundo. Na realidade, precisamente perdendo a vida, encontra-a. Porque uma vida que se despoja de si perdendo-se no amor, imita Cristo: vence a morte e dá vida ao mundo. Quem serve, salva. Ao contrário, quem não vive para servir, não serve para viver.”
A serpente levantada em bronze, no Antigo Testamento, salvava das outras serpentes – referiu o Papa afirmando que essa é a mesma lógica da Cruz, na qual Cristo “nos salva da nossa morte”.
“Na Páscoa de Jesus vemos juntos a morte e o remédio para morte e isto é possível pelo grande amor com que Deus nos amou, pelo amor humilde que se baixa, pelo serviço que sabe assumir a condição de servo.”
Também nesta Eucaristia Deus vem-nos servir e a  “dar-nos a sua vida” – referiu o Santo Padre – “uma vida que nos salva da morte e nos enche de esperança”. Tal como S. Paulo nos exorta – continuou o Papa – poderemos, assim, dirigir o pensamento às coisas de Deus e não àquelas da terra “ao amor de Deus e do próximo, mais do que às nossas necessidades”. Só assim seremos servos segundo o coração de Deus – disse o Papa Francisco concluindo a sua homilia:
“Então seremos servos segundo o seu coração: não funcionários que prestam serviço, mas filhos amados que doam a vida para o mundo.”

Rádio Vaticano 

2 de nov. de 2015

02/11 – Comemoração de todos os fiéis falecidos

25945F_1A todos os que morreram “no sinal da fé” a Igreja reserva um lugar importante na liturgia: há uma lembrança diária na missa, com o Memento (= lembrança) dos mortos, e no Ofício divino com a breve oração (as almas dos fiéis pela misericórdia de Deus, descansem em paz), e existe sobretudo a celebração hodierna na qual cada sacerdote pode celebrar três missas em sufrágio das almas dos falecidos. A comemoração dos falecidos, devida ao abade de Cluny, santo Odilon, em 998, não de todo nova na Igreja, pois em toda parte se celebrava a festa de todos os santos e o dia seguinte era dedicado a memória dos fiéis falecidos. Mas o fato de que milhares de mosteiros beneditinos dependessem de Cluny favoreceu a ampla difusão da comemoração e muitas partes da Europa setentrional. Depois também em Roma, em 1311, foi sancionada oficialmente a memória dos falecidos.
O privilégio das três missas no dia 2 de novembro, concedido a Espanha em 1748, foi estendido a Igreja universal por Bento XV em 1915. Desejava-se assim sublinhar uma grande verdade, que tem o seu fundamento na Revelação: a existência da Igreja triunfante e a militante. Estado intermediário, mas temporário “onde o espírito humano se purifica e se torna apto ao céu”, segundo a imagem de Dante. Na primeira epístola aos coríntios, São Paulo usa a imagem de um edifício em construção.
Os pregadores são os operários que edificam sobre o fundamento colocado pelos primeiros enviados de Cristo, os Apóstolos. Existem os que cumprem um trabalho, caprichado e sua obra fica sem defeitos, outros ao contrário misturam com o bom material um material de segunda, madeira e palha, isto é vanglória e indiferença. Depois vem a vistoria, que São Paulo chama de dia do Senhor, a prova de fogo: a provação apreciará a obra de cada um. Alguns assistirão a resistência do seu edifício, outros verão desabar o seu. “Ora – acrescenta o apóstolo São Paulo – se a obra que alguém edificou permanecer em pé, ele receberá a recompensa, se se queimar, sofrerá prejuízo, mas ele será salvo por meio de fogo.”
A essas almas, que a prova de fogo obriga a purificação, em vista da plena alegria do paraíso, a Igreja dedica hoje, uma memória particular, para ressaltar mediante a caridade do sufrágio aquele vínculo de amor que une perenemente aqueles que morreram no sinal da fé e foram destinados a eterna comunhão com Deus.

Cléofas 

Dia de Fiéis Defuntos: Papa reza pelos pontífices defuntos

02/11/2015


Na atividade da Santa Sé destaque neste dia de Fiéis Defuntos para a visita do Papa Francisco ao túmulo de S. Pedro onde rezará por todos os pontífices defuntos.
Uma viagem no tempo para confirmar a fé dos primeiros cristãos e, assim, a nossa própria fé. Por baixo do atual altar da Basílica de São Pedro estão outros três altares: um do século IV, um outro do século II e o original, do primeiro século depois de Cristo. Ali jazem, numa pequena caixa de madeira, as relíquias de S. Pedro apóstolo, crucificado de cabeça para baixo durante a perseguição aos primeiros cristãos na Roma pagã do imperador Nero. De cabeça para baixo porque a história diz que S. Pedro afirmou não ser digno de ser crucificado como o seu Mestre.
A visita do Papa Francisco terá lugar no final da tarde desta segunda-feira , dia 2 de Novembro.

Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...