12 de set. de 2015

Reflexão do Evangelho. 24° DOMINGO DO TEMPO COMUM 13/09/2015

Leituras

Isaias 50,5-9;
Salmo 114; 
Tiago 2,14-18 ;
 Marcos 8,27-35.



     "Primeiro anuncio da paixão"....O Messias Servo.  




     Irmãos e irmãs, hoje a nossa Santa Mãe Igreja, nos revela o Messias como o servo sofredor, aquele que ira pelo seu supremo amor, salva a humanidade do mal. Como será essa vitória do servo? pela espada? com milhares de soldados? Não irmãos, a vitória deste servo será pela "misericórdia", isso mesmo, as almas de Cristo e a misericórdia de Deus para salva aos homens. Vejamos que é  na Cruz que Deus derrama todo o seu amor misericordioso para todos nós, que como nos fala São Paulo: Cristo morreu quando ainda éramos "inimigos dele". Aqui vemos logo que essa salvação passa por um símbolo que se perpetua por todos os tempos: A CRUZ. É  na cruz que Cristo mostra a misericórdia de Deus para todos nós. Vejamos bem na segunda leitura de hoje a nossa fé, não pode fica apenas no fala, é  preciso que se frutifique nas nossas obras, como dom de Deus na vida das pessoas que estão a nossa volta, sofrendo as injustiças deste mundo. Vejamos que para uma fé pura, é necessário que ela gere obras,  ou será  algo morto. O Evangelho deste dia nos coloca diante de uma pergunta, e logo depois uma missão; Sabemos quem  é Jesus, e depois assumir a responsabilidade desta resposta. Veja bem que Cristo faz a pergunta a dois grupos O POVO e aos APÓSTOLOS. Achei pertinente colocar nesta reflexão um trecho do Angelus do dia 23 de agosto de 2013. Onde o Papa nos convida a diariamente nos fazer está pergunta: Quem é Jesus para mim? E diante desta pergunta surge muitas outras perguntas. Leia: 


Quem é Jesus para mim?

"É um nome? Uma ideia? É apenas uma figura histórica? Ou é realmente aquela pessoa que me ama, que deu sua vida por mim e caminha comigo. Para você quem é Jesus? Você está com Jesus? Procura conhecê-lo na sua palavra? Lê o Evangelho todos os dias, uma passagem do Evangelho para conhecer Jesus? Carrega um pequeno Evangelho em seu bolso, bolsa, para lê-lo em qualquer lugar? Porque quanto mais nós estamos com ele mais cresce o desejo de permanecer com ele”  

Papa Francisco


No ver do povo Jesus é  apenas mais um que veio fala bonito, mais aos olhos dos seus é  preciso não apenas uma simples resposta, mas também um ensino sobre a realidade do seguimento de Jesus. É muito bom que assim como Pedro reconheçamos Jesus como o Messias de Deus, mas agora a realidade desta resposta será posta a prova. Todos estavam felizes em seguir um Jesus que realizava milagres, mas quando Jesus mostra o seu caminho de dor e Cruz, logo a alegria inicial se transformar em tristeza e fuga. Veja que muitas vezes ficamos parados em um Cristo que É  mais nosso empregado do que nosso, Irmão, que foi enviado pelo Pai . Para nos salvar, e não para nos servir, conforme nossas vontades.  Este Jesus que ira passa pela cruz; para indiciar  o caminho para a nossa salvação: Nossa  atitude para alcançar a salvação é  fazer pouco caso desta vida, para já aqui assumir a vida nova no Cristo. Toma a cruz de cada dia, e seguir o Cristo significa guarda nossa vida para a união definitiva com Deus. Que possamos assim como nós ensina São Paulo a "realiza na nossa vida aquilo que falta a paixão do Senhor.


Um Santo Domingo a Todos! Todos na Santa Missa!!!


Por Leandro e Fabiana

A Igreja Nasce

1438331_40237841O ambiente
Diz São Paulo que Cristo nasceu “na plenitude dos tempos”(Gl 4,4; Ef 1,10). Isto significa que a humanidade foi preparada pelo Senhor Deus para receber o Salvador. A fim de esboçar os termos dessa preparação, distinguiremos o mundo greco-romano e o mundo judeu.
O mundo greco-romano
O Império Romano, que se estendia desde a Síria até a Espanha e do rio Nilo ao rio Danúbio, criou uma vasta organização política. Nesta desapareceram as barreiras que dividiram povos outrora inimigos entre si: a mesma língua grega, o mesmo sistema jurídico e administrativo suscitavam certa unidade nas condições de vida desses povos. O comércio intenso por mar e por terra tornava possível o intercâmbio de bens materiais e de ideias. O Imperador Otávio Augusto (30 a.C. – 14 d.C.), pode-se dizer, instaurou a paz (Pax Romana) e a normalidade dentro das suas fronteiras. Tais características, por certo,aminhaigreja haveriam de facilitar a propagação  do Evangelho: os Apóstolos e discípulos de Cristo se beneficiaram grandemente das estradas, dos meios de comunicação e da cultura do Império para difundir a Boa-Nova; São Paulo recorreu, mais de uma vez, aos seus direitos de cidadão romano no exercício de sua missão apostólica (ver At 16,35-39; 22,25-29; 25,10-12). Em conseqüência, podia o cristão Orígenes de Alexandria escrever por volta de 248: “Deus preparou os povos e fez que o Império Romano dominasse o mundo inteiro… porque a existência de muitos reinos teria sido um obstáculo à propagação da doutrina de Deus sobre a terra” (Contra Celso II 30).
Todavia no plano da filosofia e da moral, registrava-se decadência. O pensamento grego chegou ao seu auge com Platão (428-348 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.). Depois foi declinando até o ceticismo de Pirro, o cinismo de Diógenes e o ecleticismo. A razão deste declínio foi a frustração que a Filosofia acarretou para os seus cultores: Platão e Aristóteles conceberam um deus que era “amado” pelos homens, mas não retribuía o amor precisamente por ser Deus ou ser perfeito; após Aristóteles, a confiança do homem na razão para descobrir as respostas aos seus anseios foi-se esvaindo. Substituindo o intelectualismo, a partir do século I a.C., apareceram as chamadas “religiões de mistérios”, que apelavam não para o raciocínio, mas para a pureza de coração e a mística como vias de encontro com a Divindade; não o acume intelectual do homem provocaria a descoberta da Divindade, mas esta é que se revelaria  a quem se lhe abrisse mediante um processo de iniciação ascética e ritual; essas religiões falavam de culpa, expiação, renascimento, imortalidade, vida feliz no além-túmulo…; seus sacerdotes praticavam a direção espiritual e a instrução dos devotos para que chegassem à salvação.
Sem dúvida, as religiões de mistérios suscitavam nos seus devotos uma atitude muito propícia para receber o Messias Jesus e sua graça; excitavam no homem a consciência (aliás, já despertada pela própria experiência dos séculos anteriores) de que a criatura não pode, por si só, chegar até Deus, mas precisa de que Este lhe venha ao encontro gratuitamente. Esta noção é básica na mensagem do Evangelho. – Deve-se conhecer também que a própria Filosofia grega, embora nas suas linhas gerais não tenha podido satisfazer às aspirações fundamentais do homem, forneceu todavia aos pensadores cristãos um valioso instrumento para ilustrar as verdades da fé cristã; o  platonismo com sua sede do transcendental e Invisível foi muito valorizado pela tradição teológica grega e latina até a Idade Média ou até São Boaventura (? 1274); o aristotelismo, que nos primeiros séculos pareceu racionalista a muitos mestres cristãos, foi na Idade Média assumido por S. Tomás de Aquino (? 1274), entrando assim na Escolástica medieval e moderna; o estoicismo, representado principalmente por Sêneca (? 65 d.C.), Epicteto (? 138 d.C.) e o Imperador Marco Aurélio (? 180 d.C.), influiu na formulação da Ética cristã; esta encontrava ecos antecipados em certos princípios ascéticos do estoicismo, na aceitação da lei natural, no reconhecimento de que todos os homens são iguais e devem ser solidários entre si; a proximidade de normas do estoicismo e do Cristianismo deu ocasião a que um cristão anônimo escrevesse em latim uma correspondência epistolar apócrifa entre Sêneca e São Paulo (há oito cartas atribuídas a Sêneca, pretensamente convertido ao Cristianismo, e seis cartas ditas do Apóstolo, que abordam a “conversão” de Sêneca e a missão deste filósofo como pregador do Evangelho na corte imperial).
Em suma, alguns autores cristãos dos séculos II e III quiseram ver na cultura grega a preparação do Evangelho; assim, por exemplo, Clemente de Alexandria (? 214) chamava a filosofia “um dom que Deus concedeu aos gregos”(Stromata I 2,20); dizia outrossim: “A filosofia educou o mundo grego como a Lei de Moisés educou os hebreus (Gl 3,24), orientando-os para Cristo” (Stromata I 5,28).
O mundo judaico
Entre os demais povos da terra nos tempos anteriores a Cristo, distinguia-se o povo judaico por seu monoteísmo ou pelo culto estrito de um só Deus.
Os estudiosos têm procurado explicar o surto e a persistência do monoteísmo no povo de Israel desde Abraão (século XIX a.C.); não encontram elucidação sociológica ou psicológica para tal fenômeno, pois Israel era um povo militar e culturalmente inferior aos seus vizinhos politeístas; tendia a adotar os deuses e os costumes dos pagãos…; não obstante, à revelia de todas as influências politeístas, Israel professou constantemente o monoteísmo, suplantando assim, no plano da religião, os grandes reinos e impérios que o cercavam. Este fato só se entende se Deus quis  intervir na história, suscitando e conservando Ele mesmo o monoteísmo em Israel (como, aliás, professa a Bíblia). Desta maneira a história de Israel é um portento, que a Providência Divina quis realizar a fim de preparar a vinda do Messias ou do Senhor Jesus. Este é o Prometido a Israel desde os tempos de Abraão.

Nos séculos anteriores próximos a Cristo, o povo israelita se achava em fase de declínio. Após o apogeu de sua história sob Salomão (? 932 a.C.), as tribos de Israel conheceram duas deportações (721 e 587 a.C.) após esta última, viveram sempre sob domínio estrangeiro. Nos tempos de Cristo estavam sob os romanos desde Pompeu e a tomada de Jerusalém em 63 a.C. A esperança de Israel se voltava para o Messias prometido como Filho de Davi; todavia o ideal messiânico era assaz desvirtuado pelo nacionalismo de Israel, que concebia um messianismo fortemente político, apto a restaurar a potência e a grandeza temporal do povo de Deus (ver Lc 24,21; At 1,6).
A facção dos Fariseus predominava no país e inspirava ao povo uma observância escrupulosa da Lei de Moisés e das respectivas tradições, ao mesmo tempo que incutia forte espírito nacionalista; os fariseus “separavam-se” (tal é o sentido do nome perushim) de tudo o que fosse estrangeiro ou impuro. – Ao lado dos fariseus, havia os Saduceus, grupo de elite, que se voltava para a cultura grega, seguindo orientação racionalista (negavam a ressurreição dos mortos e os anjos, At 23,7s). – Fora das cidades encontravam-se em colônias isoladas no deserto ( principalmente à margem ocidental do Mar Morto) os Essênios, que esperavam a vinda do Messias para breve, observando celibato e renúncia à propriedade particular; é possível que São João Batista e alguns dos discípulos de Jesus tenham tido contato com os Essênios em Qumram (N.O. do Mar Morto). O nascimento judaico chegava ao extremo nas correntes dos Zelotas (zelosos de suas tradições pátrias e religiosas) e dos Sicários (dispostos a empreender a guerrilha).
Nos tempos do nascimento de Jesus, a Judéia era governada por Herodes o Grande (37-4 a.C.), estrangeiro idumeu, rei vassalo de Roma. No ano 6 d.C. a Judéia foi incorporada à província romana da Síria, cuja administração competia a um Procurador que residia em Cesaréia (Palestina).
Fora da sua terra-mãe, os israelitas se achavam esparsos na Diáspora (= Dispersão). Com efeito, após as deportações para a Assíria (em 721) e para Babilônia (em 587), muitos permaneceram no estrangeiro, formando comunidades que não se misturavam com outros povos e mantinham contato com Jerusalém mediante peregrinações freqüentes. Especialmente no Egito constituiu-se próspera colônia judaica, com sua sede principal em Alexandria; nesta cidade viveram grandes pensadores judeus, dos quais o mais famoso é Filon ( ? 40 d.C.), filósofo que procurou fundir a Bíblia e a filosofia grega numa síntese harmoniosa. Embora se mantivessem segregados, os judeus não deixaram de exercer influência sobre o mundo pagão; o monoteísmo e moral de Israel impressionavam os greco-romanos, de modo que estes se aproximavam da religião judaica… uns como prosélitos, At 2,11 (aceitavam a circuncisão e a Lei de Moisés), outros como tementes a Deus, At 10,2; 13,50; 16,14 (abraçavam o monoteísmo e apenas algumas práticas do judaísmo como repouso do sábado, a distinção de alimentos, certas abluções rituais…)
Neste contexto de pagãos e judeus teve origem o Cristianismo
Jesus e a Igreja
Jesus nasceu em Belém, cidade do rei Davi, como descendente de estirpe régia. A data de seu nascimento foi calculada pelo monge Dionísio o Pequeno (? 556), que se enganou fixando-a no ano 753 (25 de dezembro) da fundação de Roma; para tanto, baseou-se em Lc 3,1 e 3,23, que afirmam: “No décimo quinto ano do Império de Tibério César… Jesus tinha aproximadamente trinta anos”; foi então batizado e iniciou-se seu ministério público. Ora o 15º ano do Imperador Tibério corresponde ao ano 782 da fundação de Roma; Dionísio entendeu que Jesus tinha 29 anos completos quando começou a pregar; daí o cálculo 782-29 = 753. Jesus então teria nascido em 25/12/753 da era de Roma; consequentemente, o ano de 754 foi o primeiro da era cristã. Todavia este cálculo de Dionísio é falho, pois atribuiu a Lc 3,23 um sentido errôneo; Lucas apenas queria dizer que Jesus tinha a idade exigida pelos judeus para exercer uma função pública (= 30 anos). Na verdade, Jesus nasceu antes de 753 de Roma, pois nasceu antes da morte de Herodes (cf. Mt 2,1-22), que se deu em 4 a.C. Jesus devia ter talvez dois anos quando Herodes provocou a matança dos inocentes (cf. Mt 2,16), o que quer dizer que nasceu em 6 ou 7 “antes de Cristo” (pois Herodes deve ter vivido um pouco, depois do morticínio dos inocentes).
Após três anos de vida pública (27-30, provavelmente), Jesus morreu e ressuscitou, como havia predito. Tinha chamado doze seguidores imediatos ou Apóstolos, dos quais Judas desertou (entrando em seu lugar Matias; ver At 1,21-26); Pedro foi constituído chefe desse Colégio e da Igreja inteira (ver Mt 16, 16-19; Lc 22,31s; Jo 15, 15-17).
A existência histórica de Jesus foi negada por autores como A. Kalthoff, P. Jensen, A. Drews, P. L. Couchoud…, que quiseram equiparar Jesus a personagens místicos do Oriente antigo. Tal tese, porém, não encontra ressonância mesmo nos ambientes mais racionalistas, pois a realidade histórica de Jesus é atestada por autores romanos e judeus, além dos cristãos (ver Curso de Iniciação Teológica por Correspondência, módulo 3, onde são citados os textos de Tácio, ? 116, Suetônio, ? 120, e Plínio o Jovem, ? 112; são outrossim transcritos testemunhos do Talmud dos judeus e de Flávio José, historiador israelita, ? 95).
A Igreja teve sua origem plena em Pentecostes, quando o Espírito Santo se deu aos Apóstolos reunidos com Maria em oração no Cenáculo de Jerusalém. Os Apóstolos, pregando em diversas línguas sob a ação do Espírito, fizeram a primeira proclamação de que se iniciava o Reino de Deus; daí resultou a conversão de 3.000 judeus (cf. At 2). Anocoracaodaigreja Igreja era movida pelo Espírito, de sorte que o número de fiéis aumentava de dia para dia (cf. At 2,47); os Atos dos Apóstolos atestam que levavam vida fraterna, com desapego de seus bens, como se fossem um só coração e uma só alma (cf. At 4,32s). A princípio, os cristãos freqüentavam o Templo de Jerusalém, participando da oração dos judeus e observando costumes israelitas; nas casas particulares, porém, “partiam o pão”, isto é, celebravam a Eucaristia, como lhes mandara o Senhor. Não pareciam ser mais do que um ramo dissidente do judaísmo oficial, o que lhes valeu perseguições da parte das autoridades judaicas (cf. At 4, 1-31). Em breve, porém, se evidenciaria a grande novidade trazida pelo Evangelho e assim formulada por São Paulo: “Quando ainda éramos fracos, Cristo no tempo marcado morreu pelos ímpios. Dificilmente alguém dá a vida por um justo; por um homem de bem talvez haja alguém que se disponha a morrer. Mas Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristoter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5, 6-8).

Fonte: http://cleofas.com.br/a-igreja-nasce/

12/09 – São Guido de Anderlecht

Guidodeanderlecht2Dois séculos antes que o pobrezinho de Assis celebrasse as núpcias com a Senhora Pobreza, outro santo, menos conhecido, tinha advertido sobre o perigo que o dinheiro traz às almas; também quando se reveste de nobres intenções, como o desejo de socorrer os indigentes com as esmolas. Guido de Anderlecht, por uma cronologia um tanto incerta, é colocado entre os anos de 950 e 1012. O seu primeiro biógrafo, que escreve em 1112, no tempo da exumação das suas relíquias, diz que ele era filho de camponeses da região belga de Brabante. Manso e generoso, Guido mostrou desde muito jovem o seu desapego dos bens terrenos, dando tudo o que possuía aos pobres. Desejoso de levar uma vida ascética, deixou também a casa paterna e em Laken, perto de Bruxelas, escolheu o encargo de sacristão do vigário, para se tornar útil ao próximo e ao mesmo tempo se dedicar à oração e às piedosas práticas de ascese cristã. A certa altura da sua vida, não por desejo de lucro, mas para constituir um fundo a favor dos pobres, pôs-se a fazer comércio. Não foi uma feliz escolha. Logo percebeu, pois o primeiro barco que conseguiu carregar afundou com tudo no Sena. Para Guido isso foi uma advertência do céu, não porque a profissão de comerciante seja contrária às leis de Deus – apressava-se a acrescentar o biógrafo – mas porque ele havia preferido o caminho mais comum ao mais árduo que é o da perfeição. Guido vestiu então o hábito de peregrino e por sete anos percorreu as longas e inseguras estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade. Foi a Roma e depois prosseguiu para a Terra Santa. De volta da longa peregrinação, fraco e doente, hospedou-se na casa de um sacerdote de Anderlecht, cidadezinha perto de Bruxelas, da qual tomou o nome e onde pouco depois morreu, sem deixar uma lembrança particular. De fato também seu sepulcro ficou por muito tempo descuidado, até que a frequência de prodígios rejuvenesceu a memória do santo, ao qual foi dedicada uma grande igreja que acolheu suas relíquias. No decorrer dos séculos a devoção a São Guido se difundiu. Assim sob a proteção do humilde sacristão, filho de camponeses, sacristãos, cocheiros. São Guido protege os estábulos, as escuderias e em particular os cavalos, que durante a festa anual de Anderlecht são benzidos ao término de uma procissão folclórica. Como parece ter morrido de disenteria seu nome é invocado pelos que sofrem desse mal.


Fonte: Cléofas 

QUARESMA DE SÃO MIGUEL ARCANJO -25° DIA



ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

ORAÇÃO DE SÃO MIGUEL ARCANJO
“Pequeno Exorcismo do Papa Leão XIII”

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
Sacratíssimo Coração de Jesus (3x)
R.: Tende piedade de nós!

LADAINHA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.


Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.

Oração: Senhor Jesus, santificai-nos por uma bênção sempre nova e concedei-nos, por intercessão de São Miguel, a sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas no Céu e a trocar os bens do tempo presente pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos. Amém.

Ao final, reza-se:

Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
Um Pai Nosso em honra ao Anjo da Guarda

Francisco: todos atentos para não serem hipócritas, mesmo o Papa

11/09/2015

Para sermos misericordiosos com os outros, devemos ter a coragem de nos acusarmos. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa desta sexta-feira (11/9), na Casa Santa Marta. O Pontífice ressaltou que devemos aprender a não julgar os outros, caso contrário, nos tornamos hipócritas. Um risco, advertiu, do qual todos devem se cuidar, “também o Papa”.
“A generosidade do perdão, generosidade da misericórdia”. O Papa Francisco enfatizou que, nestes dias, a Liturgia nos fez reflectir sobre o estilo cristão revestido de sentimentos de ternura, bondade, mansidão e exortou-nos a ajudar-nos mutuamente.
O Senhor, - prosseguiu -, nos fala da “recompensa”: “Não julgueis os outros para não serdes julgados. Não condeneis e não sereis condenados”.
“Mas, nós podemos dizer: ‘Mas, isso é bonito hein?’. E cada um de vós pode dizer: ‘Mas, Padre, é bonito, mas como se faz, como se começa isso? E qual é o primeiro passo para ir por este caminho?’. O primeiro passo o vemos hoje, seja na primeira leitura, seja no Evangelho. O primeiro passo é acusar-se a si mesmo. A coragem de acusar-se a si mesmo, antes de acusar os outros. E Paulo louva o Senhor porque o escolheu e dá graças porque “confiou em mim colocando-me ao seu serviço, porque eu era “um blasfemo, perseguidor e um violento. Foi misericórdia”.
São Paulo, - acrescentou -, “nos ensina a nos acusarmos. E o Senhor, com a imagem do argueiro no olho do irmão, e da trave que está no nosso olho, nos ensina o mesmo”. É preciso primeiro remover a trave do próprio olho, acusar-se. “Primeiro passo - reiterou Francisco – acusar-se a si mesmo” e não se sentir “o juiz para remover o argueiro dos olhos dos outros”:
“E Jesus utiliza a palavra que usa apenas com aqueles que têm duas caras, duas almas: 'hipócrita'. Hipócrita. O homem e a mulher que não aprendem a acusar-se a si mesmos se tornam hipócritas. Todos, hein? Todos. A partir do Papa: todos. Se um de nós não tem a capacidade de acusar-se a si mesmo não é cristão, não faz parte desta obra tão bonita de reconciliação, de pacificação, da ternura, da bondade, do perdão, da generosidade, da misericórdia que nos trouxe Jesus Cristo”.
O primeiro passo, portanto, reiterou é esse: pedir “ao Senhor a graça da conversão” e “quando me ocorre de pensar nos defeitos dos outros, parar":
“Quando me vem a vontade de dizer aos outros os defeitos dos outros, parar. E eu? E ter a coragem que teve Paulo: ‘Eu era um blasfemo, perseguidor, um violento’... Mas quantas coisas podemos dizer de nós mesmos? Poupemos os comentários sobre os outros e façamos comentários sobre nós mesmos. E este é o primeiro passo no caminho da magnanimidade. Porque aquele que sabe olhar somente o argueiro no olho do outro, acaba na mesquinhez: um coração mesquinho, cheio de coisas pequenas, cheio de mexericos”.
Pedimos ao Senhor a graça, disse ainda o Papa, “para seguir o conselho de Jesus: ser generosos no perdão, ser generosos na misericórdia”. Para canonizar “uma pessoa - concluiu - existe todo um processo, há necessidade do milagre, e, depois a Igreja”, a proclama santa. “Mas - observou - se se encontrasse uma pessoa que nunca, nunca, nunca falou mal do outro”, poderia sim ser canonizada imediatamente”.
Fonte: Rádio Vaticano 

11 de set. de 2015

QUARESMA DE SÃO MIGUEL ARCANJO -24° DIA




ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

ORAÇÃO DE SÃO MIGUEL ARCANJO
“Pequeno Exorcismo do Papa Leão XIII”

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
Sacratíssimo Coração de Jesus (3x)
R.: Tende piedade de nós!

LADAINHA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.


Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.

Oração: Senhor Jesus, santificai-nos por uma bênção sempre nova e concedei-nos, por intercessão de São Miguel, a sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas no Céu e a trocar os bens do tempo presente pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos. Amém.

Ao final, reza-se:

Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
Um Pai Nosso em honra ao Anjo da Guarda

Aprendendo com as Parábolas de Jesus

Deus semeia “boas sementes” no coração das pessoas, mas veio o mal, e semeou o joio no campo de Deus…
Jesus ensinava as grandes lições em parábolas, porque era uma maneira de explicar os mistérios do Reino de Deus que facilitava o entendimento dos pequenos e dos grandes. Na matemática, parábola é uma curva que se abre ao infinito, como um “V”, não se esgota.
Uma dessas parábolas é a do joio (ou cizânia) e do trigo.
Jesus contou esta parábola para mostrar o embate entre o bem e o mal neste mundo, e que só vai acabar quando Ele voltar.
A parábola do joio e do trigo
“O Reino dos céus é semelhante a um homem que tinha semeado boa semente em seu campo. Na hora, porém, em que os homens repousavam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e partiu. O trigo cresceu e deu fruto, mas apareceu também o joio. Os servidores do pai de família vieram e disseram-lhe: – Senhor, não semeaste bom trigo em teu campo? Donde vem, pois, o joio? Disse-lhes ele: – Foi um inimigo que fez isto! Replicaram-lhe: – Queres que vamos e o arranquemos? – Não, disse ele; arrancando o joio, arriscais a tirar também o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo no meu celeiro. (Mt 13,25-30).
O que Jesus quis nos ensinar com isso?
Que Deus semeia no coração das pessoas “boas sementes”, coisas boas, doutrina verdadeira que Ele encarregou os seus Apóstolos de difundirem no mundo: “Ide, pelo mundo inteiro, pregai o Evangelho a toda criatura…”. Eles foram, e encheram o mundo com a mensagem da salvação. Mas veio o mal, e semeou o joio no meio do trigo, no campo de Deus, isto é, na Igreja, entre os filhos de Deus.
A Igreja lutou contra muitas heresias: arianismo que negava a divindade de Jesus; o macedonismo que negava a divindade do Espirito Santo; o monofisismo que negava a humanidade de Jesus, o monoteletismo que negava que Jesus tivesse uma vontade humana, etc.
Hoje, muitos filhos da Igreja são enganados pelo joio das falsas doutrinas e dos falsos profetas, como Jesus já tinha anunciado desde o principio: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7,15-16).
Jesus destaca que o inimigo ataca na hora que “os homens repousavam”. Ele age na calada da noite; é malvado e traiçoeiro. E mais, é dissimulado, as folhas do joio são parecidas com as do trigo; por isso fica difícil arrancá-las antes da colheita, pois só aí se diferenciam pelo fruto que o trigo dá, e o joio não. “Por seus frutos os conhecereis”. Caso alguém queira arrancar logo o joio, corre o risco de perder muito trigo.
O joio é o símbolo dos fiéis que ouvem a Palavra de Deus; têm dentro de si a “semente de Deus”, a graça e os dons do Espírito Santo. O joio são os pecadores espalhados pelo mundo todo, no meio dos filhos de Deus, vivem lado a lado; são também os cristãos de má vida. Jesus os chama de “Filhos do Maligno” (Jo 8,41;1Jo 3,8-10; At 13,10). O inimigo que semeia o joio é o diabo. A parábola ensina, então, que o mal não vem de Deus. Mas o dono do campo sabia que ainda poderia colher o seu trigo na hora da messe, apesar da maldade do inimigo. Não se desespera, mas espera com paciência.
Embora os filhos do Reino se agitassem, o dono do campo não deixou que arrancassem logo o joio. Isto explica o sentido do mal no mundo. Deus não quer o mal, mas o permite porque não quer tirar a liberdade do homem e nem teleguiar suas criaturas. Mas ele sabe do mal tirar o bem. “Ele julgou melhor tirar o bem do mal do que não permitir mal algum”, disse S. Agostinho (Enquiridio, p. 27).
A parábola ensina que o pecado e o escândalo estarão sempre presentes no mundo e dentro da própria Igreja, pois esta é formada de homens falíveis. Não existe uma Igreja onde só haja trigo, não nos iludamos. Muitos cristãos desanimam por causa disso, mas o Senhor manda ter paciência, e confiança na sabedoria de Deus: Ele sabe porque permite o mal e na medida certa, e sabe a hora de vencê-lo.
Que cada um saiba ser fiel à sua tarefa e santificar-se. Aceitemos o misterioso plano de Deus e não seremos frustrados.
Prof. Felipe Aquino

11/09 – Santo João Gabriel Perboyre

João Gabriel Perboyre nasceu em 05 de janeiro de 1802, em Mongesty, na diocese de Cahors, França, numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Era o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai. Mas o menino era muito piedoso demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim aos catorze anos, junto com dois de seus irmãos: Luiz e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote. Ingressou na Congregação da Missão fundada por São Vicente de Paulo, para se tornar um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem. Depois, também, duas de suas irmãs ingressam na Congregação das Filhas da Caridade. Uma outra irmã, logo após entrar para as Carmelitas, adoeceu e morreu. João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos Seminários Vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e recentemente o Padre Clet fôra martirizado. Em 1832, seu irmão, Padre Luiz foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar nas Missões na China. Foi assim, que João Gabriel pediu para substitui-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, ele chegou na cidade de Macau, deixando assim registrado: ” Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe”. Na Missão, aprendeu a se disfarçar de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé. Entretanto foi denunciado e preso, na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado à uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840. Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado Santo, pelo Papa João Paulo II, em 1996. Festejado no dia de sua morte, ele se tornou o primeiro missionário da China a ser declarado Santo pela Igreja.

Cléofas 

Papa aos novos bispos: sede no mundo testemunhas do Ressuscitado

10/09/2015

O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira 10/09 na Sala Clementina os novos bispos que agora participam, em Roma, em sessões de aprofundamento e partilha organizadas pela Congregação para os Bispos e a Congregação para as Igrejas Orientais. O Papa começou por saudá-los com as mesmas palavras de Cristo ressuscitado aos discípulos, reunidos no Cenáculo na tarde daquele dia, depois do sábado.
Passada definitivamente a noite da cruz”, disse Francisco, e também o tempo de silêncio de Deus, veio o Ressuscitado, atravessando as  portas dos temores dos discípulos, mostrou-lhes os sinais do seu sacrifício de amor e deu-lhes  a missão que Ele mesmo havia recebido do Pai, para que dispensassem no mundo o perdão e a misericórdia de Deus. E acrescentou:
“Então os discípulos voltaram a si. Por um breve mas obscuro intervalo eles tinham-se deixado dispersar pelo escândalo da cruz: perdidos, envergonhados da sua fraqueza, esquecendo a sua identidade de seguidores do Senhor. Agora, ao ver o rosto do Ressuscitado se recompõem os fragmentos das suas vidas, abalados pelo sopro dos seus lábios percebem agora que a missão que estão a receber não os poderá esmagar”.
Vós sois bispos da Igreja recentemente chamados e consagrados – continuou Francisco – viestes de um encontro irrepetível com o Ressuscitado e, atravessando os muros das vossas limitações Ele vos alcançou com a sua presença e, mesmo conhecendo as vossas negações e abandonos, as fugas e traições. E recordou-lhes de serem antes de tudo testemunhas do Ressuscitado, dizendo que é esta sua tarefa primordial e insubstituível, a única riqueza que a Igreja transmite muito embora por meio de mãos frágeis:
“A vós a tarefa de pregar a realidade que sustenta todo o edifício da Igreja: Jesus Ressuscitou! Aquele que subordinou a sua vida ao amor, não podia permanecer na morte. Deus Pai ressuscitou Jesus! Também ressuscitaremos com Cristo!”
Não se trata de uma proclamação óbvia e fácil, reconheceu o Papa, pois o mundo está tão feliz com o seu presente, pelo menos na aparência, do que ele é capaz de assegurar e lhe parece útil, ao ponto de sufocar a questão sobre o definitivo e continuar a adiar o futuro. Entretanto, somos invadidos por perguntas cujas respostas só podem vir do futuro definitivo, disse Francisco. Perguntas tão importantes que não saberíamos como responder se prescindimos do horizonte da eternidade limitando-nos à lógica amputada de um presente fechado e que nos mantem prisioneiros e sem a luz daquele “dia depois do sábado”:
“Como poderíamos enfrentar com o infeliz presente se se obscura em nós o sentimento de pertença à comunidade do Ressuscitado? Como poderíamos dar ao mundo o que temos de mais precioso? Seríamos capazes de recordar a grandeza do destino humano, se se enfraquecesse em nós a coragem de subordinar a nossa vida ao amor que não morre?”
E o Papa recordou os principais desafios dos nossos dias, recordando aos novos bispos que nenhum sector da vida dos homens deve ser excluído do interesse do coração do pastor:
“Penso nos desafios dramáticos, como a globalização, que aproxima o que é distante e, por outro lado, separa as pessoas próximas; penso no fenómeno epocal das migrações que perturba os nossos dias; penso no ambiente natural, jardim que Deus deu ao ser humano e às outras criaturas e que é ameaçado pela exploração míope e, muitas vezes predatória; penso na dignidade e o futuro do trabalho humano, do qual estão excluídas inteiras gerações, reduzidas a estatísticas; penso na desertificação das relações, na generalizada desresponsabilização, no desinteresse pelo amanhã, no crescente e temível  fechamento; na perda de tantos jovens e a solidão de não poucos idosos. Estou certo que cada um de vós poderia completar este catálogo de problemas”.
E Francisco exortou os bispos a não correr o risco de negligenciar as múltiplas e singulares realidades do seu rebanho, a não renunciar aos encontros, a não poupar a pregação da Palavra viva do Senhor e a convidou a todos para a missão. Para os que são de casa e frequentam as comunidades, o Papa convidou os bispos a serem pedagogos, guias espirituais e catequistas, sempre capazes de pegá-los pela mão para guiá-los ao conhecimento que professam, se se esquecerem de cuidar pelos sacerdotes para que despertem o amor de Deus nas pessoas.
Em seguida o Papa recordou também as pessoas baptizadas mas que não vivem as exigências do baptismo, convidando os bispos a interceptarem o seu caminho e, mais do que com palavras, a aquecerem o seu coração com a escuta humilde e interessada para o seu verdadeiro bem, para que se abram os seus olhos e possam voltar àquele de quem se afastaram:
“Ajudai-os a reconhecer o seu Senhor, para que tenham a força de regressar a Jerusalém. E a fé da comunidade será enriquecida e confirmada pelo testemunho do seu regresso. E sede vigilantes para que não se verifique perigosamente nas vossas comunidades aquele orgulho dos ‘filhos mais velhos’, incapaz de se alegrar com quem "estava perdido e foi encontrado".
E por último, os bispos são também pastores missionários da gratuita salvação de Deus, disse Francisco, e como tais, o Papa exortou-os a a procurarem também aqueles que não conhecem Jesus ou sempre o recusaram. Não é verdade, reiterou Francisco, que nos podemos desinteressar desses irmãos distantes, e não nos é consentido remover a inquietação pelo seu destino. Antes pelo contrário, concluiu o Papa, ocupar-nos do seu autêntico e definitivo bem poderia abrir uma brecha no muro com o qual eles  protegem zelosamente a sua auto-suficiência e vendo em nós o Senhor que os interpela  poderão, talvez, responder ao convite divino.
Aos novos bispos e às suas Igrejas o Papa deu a sua Bênção apostólica, extensiva aos Cardeais Marc Ouellet e Leonardo Sandri, às Congregações que eles presidem e aos seus colaboradores.
Fonte: Rádio Vaticano 

Papa: Jesus é misericordioso, quem não perdoa não é cristão

10/09/2015

Paz e reconciliação. Papa Francisco desenvolveu a sua homilia na missa da manhã desta quinta-feira na Casa Santa Marta, a partir deste binómio. O Pontífice condenou os que produzem armas para matar nas guerras, mas também chamou a atenção para os conflitos dentro das comunidades cristãs. O Papa fez mais uma nova exortação aos sacerdotes para serem misericordiosos como é o Senhor.
Jesus é o Príncipe da Paz, porque gera paz nos nossos corações. O Papa Francisco inspirou-se nas leituras do dia para se deter no binómio paz e reconciliação. E imediatamente se perguntou se “nós agradecemos muito” por “este dom da paz que recebemos em Jesus”. A Paz, disse, “foi feita, mas não foi aceite”.
Também hoje, todos os dias, “nos noticiários, nos jornais - constatou com amargura -, vemos que há guerras, destruições, ódio, inimizade”.
“Também há homens e mulheres que trabalham muito - trabalham muito! - para fazer armas para matar, armas que no fim se banham no sangue de tantas pessoas inocentes, de tanta gente. Há guerras! Há guerras e existe a maldade na preparação da guerra, de produzir armas contra os outros, para matar! A paz salva, a paz te faz viver, te faz crescer; a guerra te aniquila, te leva para baixo”.
No entanto, acrescentou, a guerra não é só essa, “mas ela também está nas nossas comunidades cristãs, entre nós”. E este, ressaltou, é o “conselho” que hoje nos dá a liturgia”: fazei a paz entre vós”. O perdão, acrescentou, é a “palavra-chave”: “Como o Senhor vos perdoou, assim fazei entre vós”.:
“Se tu não sabe perdoar, não és cristão. Se tu não perdoas, não podes receber a paz do Senhor, o perdão do Senhor. E todos os dias, quando rezamos o Pai Nosso: "Perdoai-nos assim como nós perdoamos ... '. é um condicional'. Procuramos convencer Deus de que somos bons, como nós somos bons perdoando. Palavras, não?
Há necessidade de “paciência cristã”, disse o Papa. “Quantas mulheres heróicas existem no nosso povo - disse – que suportam pelo bem da família, dos filhos tantas brutalidades, tantas injustiças: suportam e vão em frente com a família”. Quantos homens “heróicos existem em nosso povo cristão - continuou ele - que suportam levantar-se de manhã cedo e ir para o trabalho - muitas vezes um trabalho injusto, mal pago - para voltar só à noite, para manter a sua esposa e filhos. Estes são os justos”. Mas, advertiu, há também aqueles que “fazem trabalhar a língua e fazem a guerra”, porque “a língua destrói, faz a guerra!” Há outra palavra-chave, disse em seguida Francisco, dita por Jesus no Evangelho”: “misericórdia”. É importante "compreender os outros, e não condená-los”.
E o Papa convidou por fim aos sacerdotes para serem misericordiosos:

“Se tu é um sacerdote e não te sentes misericordioso, diz ao bispo para te dar um trabalho administrativo, não vás ao confessionário, por favor! Um sacerdote que não é misericordioso faz muito mal no confessionário! Dá pancadas nas pessoas. 'Não, padre, eu sou misericordioso, mas estou um pouco nervoso ...'. “É verdade ... Antes de ir ao confessionário vai ao médico para te dar uma pílula contra os nervos! Mas sí misericordioso!’
Como ensina São Paulo, sublinhou o Papa, é necessário revestir-se de “sentimentos de ternura, bondade, humildade, mansidão e paciência”. Este, disse Francisco, “é o estilo cristão”, “o estilo com o qual Jesus fez a paz e a reconciliação”. “Não é o orgulho, não é a condenação, não é falar mal dos outros”. Que o Senhor, concluiu, nos conceda a todos a graça de nos suportarmos uns aos outros, de perdoar, de sermos misericordiosos, como o Senhor é misericordioso para connosco”. 

Fonte: Rádio Vaticano

Missionários com espirito sempre renovado, concreto e criativo

10/09/2015

Foi com os olhos postos no próximo Sínodo ordinário dos bispos sobre a Família a ter lugar em Outubro no Vaticano que o Papa Francisco falou hoje a cerca de 400 membros das Equipas de Notre Dâme, ao recebê-los esta manhã em audiência, na Sala Clementina,  por ocasião do seu encontro mundial. 
O Papa começou por lhes pedir para rezarem por ele e pelos padres sinodais que se vão debruçar sobre o tema da família, ameaçada pelo actual contexto cultural difícil.
Sendo as Equipas de Notre Dâme um movimento de espiritualidade conjugal, situa-se – disse o Papa – plenamente na atenção da Igreja pela família, seja promovendo a maturação dos casais que participam nessas equipas, seja com o apoio fraterno a outros casais, em espírito de enviado missionário.
O Papa insistiu, de facto, no papel missionário das Equipas de Notre Dâme, sublinhando que o cristão é um enviado para testemunhar e transmitir quanto recebeu de Cristo e da Igreja. E citando a sua Exortação “Evangeli Gaudium”, Francisco disse que a “nova evangelização implica um novo protagonismo de cada baptizado”, e prosseguiu:
“Aquilo que vós viveis no casal e na família – acompanhado pelo carisma do vosso movimento – esta alegria profunda e insubstituível que o Senhor vos faz experimentar na intimidade doméstica entre as alegrias e tristezas, na felicidade da presença do vosso cônjuge, no crescimento das vossas crianças, na fecundidade humana e espiritual que Ele vos concede, tudo isto deve ser testemunhado, anunciado, comunicado aos outros a fim de que se ponham também nesse caminho”
O Papa foi avante no seu discurso às Equipas de Notre Dâme, indicando três pontos fundamentais.
Antes de mais encorajou todos os casais a pôr em prática e a viver em profundidade, com constância e perseverança, a espiritualidade deste movimento. Para isso indicou a oração conjunta no casal e na família, uma tradição infelizmente abandonada, mas necessária; depois o diálogo, aquele “dever de sentar-se” para um momento de intercâmbio na verdade e perante o Senhor. Por fim a participação fiel numa vida de equipa para a partilha, a ajuda, o conforto, a amizade.
E às equipas, assim fortificadas, o Papa convidou, em segundo lugar, ao empenho missionário. Isto é muito importante hoje, num mundo em que a imagem da família, formada por um homem e uma mulher para a geração de filhos, como Deus a quis, está a ser deformada. Dizendo-lhes que são já de algum modo missionários, enquanto uma família feliz e equilibrada, habitada pela presença de Deus, é já de per si exemplo do Amor de Deus entre os seres humanos, o Papa convidou-os a se empenharem nisso sempre com espírito renovado e de forma concreta e criativa, particularmente em relação aos jovens casais, antes e depois do matrimónio.
“Exorto-vos a continuardes a estar próximos das famílias feridas, que são hoje muito numerosas devido à falta de trabalho, à pobreza, a problemas de saúde, a um luto, a preocupações causadas por uma criança, ao desequilíbrio provocado por um afastamento ou uma ausência, a um clima de violência. Devemos ter a coragem de entrar em contacto com estas famílias, de maneira discreta, mas generosa, humana e espiritualmente, naquelas circunstâncias, em que se sentem vulneráveis”.
Em terceiro lugar o Papa encorajou as Equipas de Notre Dâme a serem instrumentos de misericórdia de Cristo e da Igreja em relação às pessoas cujo matrimónio fracassou, dizendo-lhes para não se esquecerem que a sua felicidade conjugal é um dom de Deus e que em relação a cada um de nós foi usada a misericórdia.  A experiência de casal feliz e unido pode ajudar a comunidade a discernir sobre aqueles que vivem situações de dilaceração e a reencaminhá-los para as vias do Senhor e para a vida da Igreja – disse Francisco – recordando que essas situações de desunião provocam muitos sofrimentos nas crianças.
O Papa concluiu renovando a sua confiança e encorajamento às “Caras Equipas de Notre Dâme” e exprimiu o desejo de que o Espírito Santo ilumine a Igreja na decisão que tomará em relação à causa de beatificação do P. Enrico Caffarel, fundador dessas Equipas que, disse, já chegou a Roma. 

Fonte: Rádio Vaticano 

9 de set. de 2015

10 de Setembro - São Nicolau Tolentino

São Nicolau Tolentino
1245-1305


A prodigiosa notícia que temos de são Nicolau de Tolentino diz que, 40 anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo católico.

Apesar de ter nascido na cidade de Castelo de Santo Ângelo, no ano de 1245, foi do povoado de Tolentino que recebeu o apelido acrescentado ao seu nome. Naquela cidade, viveu grande parte da sua vida. Desde os 7 anos de idade, suas preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua vida: penitência, amor e dedicação aos pobres, aliados a uma fé incondicional em Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos 14 anos, foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo Ângelo, como oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo às Regras. Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi ordenado sacerdote.

Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e na penitência, cheio de alegria em Cristo. Com seu exemplo, levava os fiéis a praticar a penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e a Palavra de Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e alegria.

Em 1275, devido à saúde debilitada, foi para o Convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Lá, veio a tornar-se um dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas repleto de compaixão para com todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e de sua santidade trazia, para a paróquia, fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da Ordem.

No dia 10 de setembro de 1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor antes de completar 60 anos de idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O local tornou-se meta de peregrinação, e os milagres atribuídos a ele não cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias. No ano de 1446, são Nicolau de Tolentino foi finalmente canonizado pelo papa Eugênio IV, cuja festa foi mantida para o dia de sua morte.

Portal paulinas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...