25 de jul. de 2015

O Sangue de Jesus tem o poder de transformar nossas famílias

“Jesus é o Cordeiro que resgata nossas famílias com Seu Sangue. Clamemos o Sangue de Jesus sobre as nossas famílias, irmãos e parentes”
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Márcia Corrêa e diácono Nelsinho. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Diácono Nelsinho: Muitas vezes, no jogo de futebol, eles usam a expressão “vamos dar o sangue!”. O sangue é a vida do ser vivo. O homem é constituído de carne e sangue e, por essa razão, é proibido, no Antigo Testamento, nutrir-se com sangue. Tirar a vida significa derramar sangue.
Jesus nos deu a vida por meio de Seu Sangue. Antigamente, isso era chamado de ‘bode expiatório’. A pessoa cometia pecado e matava o carneiro para pagar a culpa. No Antigo Testamento, o sangue era bebido. Já no Novo Testamento, o Sangue de Cristo é aquele que foi derramado.
Márcia Corrêa: Jesus nos mostra que, no Antigo Testamento, era como que “olho por olho, dente por dente”, mas, no Novo Testamento, Jesus dá um novo sentido ao nos mostrar que este Sangue tem o poder de transformar as nossas famílias. O Sangue de Jesus é a Nova Aliança para expiar os nossos pecados.
Diácono Nelsinho: Na Missa, o padre diz: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Jesus é este Cordeiro inocente, sem mancha, que não tem culpa, mas se entrega por nós.
Pelo Sangue de Cristo, nós e nossa família somos justificados. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados. O amor de Jesus é maior do que os seus pecados. Se você se afastar da Eucaristia, por causa dos seus pecados, você o coloca acima de Jesus.
Quando eu fiz essa música ‘Sacramento da Comunhão’, ia à procissão da comunhão e dizia para Deus: “Senhor, eu pequei, mas eu vou comungar”. Depois confessava e comungava.
Como você vai reagir com as pessoas da sua família? Como atitudes do Antigo Testamento ou do novo? Vai pagar mal com mal? Você quer o Sangue do seu irmão ou você quer que o Sangue de Cristo, que perdoa todos os pecados? Por que há muitos irmãos que não falam com o outro irmão? Às vezes, é briga por causa de terra e de dinheiro. Quando fazemos isso, estamos dizendo que não queremos o Sangue de Cristo, mas o sofrimento do outro.
Quantos pais amaldiçoaram seus filhos! “Você morreu para mim!” ou “Você é uma maldição!”. Quantos filhos não conversam com os pais há anos! Pelo Sangue de Cristo a nossa família é justificada.
Se você não perdoa os seus parentes, como Jesus vai perdoar você? “Quem odeia seu irmão é assassino”, (João 3,15). Outro dia, uma moça disse para mim: “Meu irmão morreu para mim”. Eu perguntei para ela: “O seu coração é cemitério?”. O cemitério é terra contaminada, infectada. Será que está assim a terra do seu coração?
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Fiéis participam da Quinta-feira de adoração na Canção Nova. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
“Pelo Sangue de Jesus obtemos a redenção e perdão de nossas faltas”,(Ef 1,7).
Jesus derramou Seu Sangue inocente, mas o que ele fez para morrer? Nós estávamos longe de Deus e, por meio do Sangue dele,  voltamos para ele. Nós temos irmãos árabes que são muçulmanos e não são todos que aprovam. Em muitos lugares, cristãos e muçulmanos vivem tranquilos. Estamos na ignorância de viver “sangue por sangue, olho por olho”.
Márcia Corrêa: É dentro da Igreja que você vai poder rezar com seus filhos. Deus está confiando a você esta missão hoje. Você é a pessoa que o Senhor escolheu para estar perto d’Ele para trazer os que estão afastados para perto dele. Às vezes, é um pai ou uma mãe, seus filhos que estão longe de Deus. Mas hoje Deus chama você para estar perto do Senhor, para arrebanhar toda a sua família para perto dele. São José em sonho sabia levar a sua família para perto de Deus. Isto também é função do homem, do pai.
Diácono Nelsinho: Pais, não peguem a Bíblia nem fiquem dando lição de moral. A bíblia precisa chegar ao coração das pessoas. A minha vó dizia: “Edução é como rapadura, doce, mas é dura”. O mundo está confundido os nossos filhos. Os filhos estão sem referência de pai e mãe. A correção é necessária, mas com amor.
Márcia Corrêa: Você precisa levar os seus filhos para perto de Deus, ensinar a eles o que é certo e o que é errado. Hoje, tudo é muito relativo. Na conversa com seus filhos, ensine o que é importante, o que não dá futuro.
Diácono Nelsinho: Se você serve na Igreja, mas não em casa, que exemplo você dá aos seus filhos? Quando faz uma comida gostosa, eles sabem que você os ama. Quando o pai vai buscar o filho na escola, este pensa: “Filho, eu estou com você!”. Qual é o seu jeito de mostrar carinho para os seus filhos? O importante é amá-los e amar a Deus. São Francisco disse: “Evangelize sempre! Às vezes, use as palavras”.
Já tem ódio demais no mundo! Cristãos sendo metralhados e crucificados como Jesus. Voltemos à paz! Não queira derramar o sangue do outro. Jesus quer a paz, e Ele já deu o Seu Sangue para nos restabelecer. Jesus quer estabelecer a paz.
Márcia: Às vezes, é preciso ficar quietinho até passar a turbulência. Quando você perceber que dá para falar, peça a Deus o discernimento sobre o que deve dizer.
Diácono: Jesus é o Cordeiro que resgata as nossas famílias com o Seu Sangue. Clamemos o Sangue de Jesus sobre as nossas famílias, os nossos irmãos e todos os parentes, inclusive as pessoas com as quais nos relacionamos. Clame o Sangue de Cristo.
Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio.
 23 de julho de 2015

Fonte: Canção Nova 

Os quatro tipos de casais e as estações do ano

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Padre Chrystian Shankar. Foto: Arquivo Canção Nova
Jesus ensina, por meio do Evangelho, que há quatro tipos de casais 
Deus quer fazer algo grande no seu casamento, esteja aberto e atento à graça de Deus. Esteja atento àquilo que Deus quer dizer a você.
Quero dividir a minha fala em dois pontos. Primeiramente, o Evangelho e o segundo ponto, as estações do ano. Ouvimos Jesus explicando, no Evangelho de hoje, sobre a parábola do semeador que todos conhecem muito bem. Esta é uma parábola para os casais e Jesus ensina que há quatro tipos de casais.
O primeiro deles é o casal cabeça dura. A pessoa que tem cabeça dura ouve a Palavra, mas ela não entra. A terra batida à beira do caminho simboliza o casal duro de coração que não tem sensibilidade para as coisas de Deus.
Quando experimentamos algo bom, queremos que o outro também experimente. Portanto, uma das coisas difíceis no relacionamento é quando um dos dois é quente e o outro é frio.
O segundo é o casal superficial que tem uma atração pela Palavra, ouve e acolhe com alegria, mas não deixa ela entranhar na sua vida, não permite com que a Palavra crie raiz.
O terceiro tipo é o casal secular que é muito arraigado no mundo e não caminham para o reino dos céus. A semente cai na terra, vai germinando, mas quando chega a hora dela crescer vem a preocupação com o shopping, com a posição social e com tantas outras coisas. Esse tipo de casal tem tempo para tudo, mas não tem tempo para Deus.
Não se reza quando sobra tempo, é preciso reservar tempo para estar na presença de Deus. Casal que reza unido, permanece unido e na presença de Deus. Vocês precisam rezar juntos! Caso contrário vão se tornando um casal cabeça dura, em que um não entende o outro ou se tornarão um casal superficial, que vive de aparências. Sendo ainda pior o casal secular que conversa somente sobre carros, negócios, falam apenas sobre coisas.
Os casais ‘cabeça dura’, ‘superficiais’, ‘seculares’, ouvem a Palavra de Deus, mas não assumem a Palavra.
O quarto é o casal com espiritualidade. A semente é a mesma, mas o terreno é que faz a diferença acolhendo a Palavra e tomando posse daquilo que foi dito. A comunhão com o Espírito Santo fornece sol, umidade e todos os elementos necessários para que a semente germine e cresça dando frutos. Deus espera isso de nós.
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“A comunhão com o Espírito Santo fornece sol, umidade e todos os elementos necessários para que a semente germine e cresça dando frutos”, disse padre Chrystian. Foto: Arquivo Canção Nova
Para a semente germinar, crescer e dar frutos é preciso saber em qual estação plantar, esperar e colher. Em Cântico dos Cânticos 2, 11-13 lemos: “Eis que o inverno passou, cessaram e desapareceram as chuvas. Apareceram as flores na nossa terra, voltou o tempo das canções. Em nossas terras já se ouve a voz da rola. A figueira já começa a dar os seus figos, e a vinha em flor exala o seu perfume; levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem.”
Primavera, verão, outono e inverno são as estações do ano. Com qual estação você e seu esposo se parecem?
primavera está representada no versículo 12, “Apareceram as flores na nossa terra, voltou o tempo das canções. Em nossas terras já se ouve a voz da rola”. É a estação marcada pelas flores e cântico dos pássaros, dia de sol e muito perfume. Todos os relacionamentos começam com uma primavera romântica que é vivida pelo casal romântico que não perdeu o carinho um pelo outro ou que é vivida pelos recém casados. Primavera é o romantismo e ela sempre volta. Ainda há flores no seu casamento?
Terminando a primavera vem o verão que é marcado pelo calor, pelas chuvas, tempo de férias e temporais inesperados. Os problemas, enfermidades, dívidas, aparecem. No entanto, assim como a chuva que começa e termina, são também as dificuldades. É o tempo de passear, tirar férias, tempo do casal se curtir e manter não somente a relação quente, em termos sexuais, mas quente com a presença do Espírito Santo. Você é um casal quente de Deus?
Depois do verão vem o outono que é o tempo das frutas e tempo em que as folhas caem. O ar torna-se árido e é preciso tomar mais água. Os filhos chegam, que são os frutos.
E a quarta estação é o inverno que pode ser um tempo ruim se seu casamento esfria. Quando, por exemplo, a esposa diz ao marido, “vá dormir na sala!”. Mas, o inverno não é tempo do casal se distanciar, pelo contrário, é tempo de aproximação.
Há muitos casais que buscam filmes pornográficos para esquentarem a relação, transformando a cama conjugal em um leito de perdição. Há casais que não procuram Deus, não procuram a Palavra. Quando o inverno chega é preciso que vocês busquem um ao outro e busquem Deus. E se você não colocar limites no seu casamento, o inverno não passará.
Não sei em qual estação você está, mas Deus quer fazer algo em você, Ele quer fazer algo em seu casamento.
Transcrição e adaptação: Míriam Bernardes

Penitência e Mortificação: Introdução (I) estudo sobre a prática das penitências:

O parágrafo 2015 do Catecismo da Igreja Católica nos ensina que "O CAMINHO DA PERFEIÇÃO PASSA PELA CRUZ E NÃO EXISTE SANTIDADE SEM RENÚNCIA E SEM COMBATE ESPIRITUAL". Sempre a cruz deve se tomada livremente, em primeiro lugar, a que Deus nos envia sem nós a procurarmos e em seguida outras cruzes que depende totalmente da nossa decisão e da nossa generosidade, ou seja, dos sacrifícios voluntários. Se quisermos, podemos sacrificar um fim de semana para dar assistência aos pobres, ou deixar de ao cinema para visitar um doente, assumir os trabalhos mais pesados, mas ninguém nos impõe e se não queremos: nada disso fazemos. As Penitencias visam "MANTER O HOMEM VELHO SOB DOMÍNIO E DAR LIBERDADE AO HOMEM NOVO", pois ambos travam uma BATALHA SEM FIM DENTRO DE NÓS. O Homem velho modelado pelos parâmetros mundanos e pagãos e o homem novo modelado conforme a IMAGEM DE CRISTO PELA GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO. O Homem velho é mantido sob domínio quando decidimos "CRUCIFICAR A CARNE COM SUAS PAIXÕES E CONCUPISCÊNCIAS" ( Gálatas 5,24),ou seja, uma vida de penitência e mortificação, pois esta "carne" que aqui significa os maus desejos ,o homem egoísta é afastado da graça de Deus, mergulhado num materialismo e "CUJO deus É O VENTRE ENCONTRANDO PRAZER NO QUE É TERRENO" (Filipenses 3,19),precisa ser controlado e colocado no seu devido lugar. O parágrafo 1430 do Catecismo, nos mostra que a penitência é mortificação visam a CONVERSÃO INTERIOR, pois sem essa conversão interior as penitências e mortificações se tornam estéreis e enganadoras. A FORMAÇÃO CRISTÃ NÃO VISA APENAS UM CONHECIMENTO DA VERDADE E DA DOUTRINA, UM ACÚMULO DE CONHECIMENTO, "MAS SIM CRIAR MEIOS E MECANISMOS QUE AJUDEM NA PURIFICAÇÃO, NA LIMPEZA E NA PODA DOS NOSSOS HÁBITOS ORIUNDOS DO PECADO.
Por : Leandro (Catequista )

24 de jul. de 2015

Como discernir o que é sinal de Deus?

Como discernir o que é sinal de Deus?
Deus se utiliza de vários meios para transmitir Seus sinais e Sua pessoa 
Desde o início, Deus se comunica com o ser humano de forma a não somente transmitir mensagens, mas fazendo doação de Si mesmo a nós. “Por uma vontade absolutamente livre, Deus revela-se e dá-se ao homem” (Catecismo da Igreja Católica, art. Nº 50).
O Senhor usa de vários meios para nos transmitir Seus desígnios e Sua Pessoa. Temos como exemplo os anjos, que são Seus mensageiros; os dons do Espírito Santo; a Sagrada Escritura e também a Eucaristia, sacramento de máxima entrega.

Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com 
Não bastasse tudo isso, ainda há a “comunicação do amor de Deus” por meio de sinais. São acontecimentos que significam algo mais que o simples andamento ou consequência de fatos. Deus nos fala nas entrelinhas das ocorrências incomuns ou da rotina. Até mesmo Jesus percebeu cada passo de Seu ministério em eventos comuns que poderiam passar despercebidos, desde a falta de vinho numa festa de casamento (cf. Jo 2,1-12) até quando se aproximava o tempo certo da “Sua entrega na cruz”. Porém, é necessário ter cuidado e discernir sinceramente se estamos diante do que é um apontamento do Senhor ou se estamos nos aproveitando de um acontecimento qualquer para justificar algo que temos no coração.
Preferimos nos enganar, nomeando forçosamente simples ocorrências como resposta do Alto, dada a grandiosidade do desejo. Desviamo-nos de uma verdadeira leitura da orientação divina, deixando-nos levar por ideias fixas e obstinação de coração. Quando estamos com a mente e os sentimentos tomados, parece que tudo conspira e confirma na direção tanto do objeto de desejo como para traumas, complexos e impressões que trazemos. Assim, no futuro, só nos decepcionaremos com o Senhor e buscaremos culpar os homens que não nos pareceram favoráveis.
Para interpretar corretamente a fala de Deus, é importante, primeiramente, desfazermo-nos dos nossos apegos e conceitos tendenciosos, estarmos livres para aceitar aquilo que não nos é agradável, as exortações e a direção do que Ele quer consertar em nossa vida.
Outro ponto é cultivar uma íntima amizade com o Senhor. Peça a graça de amá-Lo independente dos favores, gaste tempo em Sua companhia e saiba que a iniciativa de sinais será sempre d’Ele; o que não nos isenta da necessidade de termos uma constância na oração e de nos relacionarmos com o Senhor.
Depois que Deus mesmo se encarrega do sucesso do empreendimento e da graça que Ele quer conceder, Jesus ordena a dois de Seus discípulos: “Ide a essa aldeia que está defronte de vós. Entrando nela, achareis um jumentinho atado, em que nunca montou pessoa alguma; desprendei-o e trazei-mo. Partiram os dois discípulos e acharam tudo como Jesus tinha dito”(Lc 19,30-32). Os fatores do outro lado, no campo da missão, encontram elementos correspondentes à ordem dada por Jesus, mas isso não significa que essa providência se manifeste no primeiro momento. Deus enviou Moisés ao faraó, mas o soberano do Egito foi resistente em libertar o povo do Senhor. Podemos encontrar barreiras que o Altíssimo sinaliza como sendo Sua vontade para nós.
Na verdade, aprenderemos a interpretar corretamente os sinais com um treinamento. Com o passar do tempo, se mantivermos uma amizade verdadeira com Deus e nos exercitarmos nesse processo de intuir, empreender na ordem divina e prestar atenção aos resultados, aprenderemos a olhar um fato, desde o início, e saber se é realmente um sinal do Senhor.
O Deus a quem seguimos é bondoso e quer fazer aquilo que é o melhor para nós, por isso está em constante comunicação.
Ele é fiel e nos conduz. “Se o seu projeto ou a sua obra provém de homens, por si mesma se destruirá” (At 5, 38).

Por Sandro Arquejada 
Fonte: Canção Nova 

Nas coisas pequenas e simples que Deus age

23/07/25


O reino de Deus é para os simples, é feito de coisas simples e Deus age na simplicidade
Nesse tempo, temos acompanhado a história de Moisés, que fez uma longa caminhada com seu povo em busca da terra prometida. Quantos de nós também fomos escravos e quantos ainda estamos escravos! Mas a grande promessa que Deus tem para nós é que Ele nos quer pessoas livres. Somos filhos amados do Senhor e, continuamente, precisamos retomar essa verdade.
Nós precisamos escutar o Senhor, pois somos nós quem precisamos d’Ele, temos de dar o passo para escutá-Lo, para sermos instruídos por Ele.
Deus tinha uma novidade para Moisés: não somente ele escutaria a voz do Senhor, mas todo o seu povo. O Altíssimo se manifestou para libertar aquele povo, dando-lhes água e comida, a fim de que se alimentassem. Aquele povo viu a manifestação do Senhor.
Hoje, vemos também esse Deus que se manifesta a Seu povo. Muitas vezes, até sentimos inveja de cantores, pregadores, de pessoas que conduzem momentos de oração, e dizemos: “Como eu gostaria de ser como ele!”. Aquele povo também sentia certa inveja de Moisés. Por que só ele podia ouvir Deus?
Na leitura de hoje, vemos isso, o Senhor dizendo que ia Se revelar a Moisés e também a seu povo. Moisés era um homem de Deus, mas para estar com o Senhor face a face era exigido dele uma preparação e, antes de tudo, fé. Moisés precisava da fé para ir ao encontro do Pai.
Se você tem o desejo de ser melhor, de ser mais de Deus, Ele vai em seu socorro. Você não é o pior pecador do mundo, há sim pessoas melhores que você, mas você não é a pior delas. Mas é importante que você se coloque a caminho, em marcha. Não desista, não olhe para trás. Deus olha para você, acredita e investe em você!
Abra-se ao Senhor, que se comunicou com todo o Seu povo. Nós podemos cultivar o encontro com o Senhor com passos na fé. Embora sejamos pecadores, peçamos provas de amor a Deus, nós somos escolhidos e muito amados por Ele.
Precisamos nos convencer desse amor divino por nós, precisamos investir no amor do Pai. Podemos observar esse amor na história da Igreja. Quantos momentos difíceis nós passamos, quantas dificuldades vivemos em nossa casa, com nossa família, sem que Deus deixasse de se comunicar conosco!
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“É necessário lavarmos as nossas vestes, arrependermo-nos dos nossos pecados e abandonarmos os ídolos. É preciso deixarmos Deus ser Deus.”, disse padre Márcio. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
A Palavra proclamada é sempre nova; e, hoje, Deus está dizendo que Ele se revela a Moisés, mas Ele se revela também a seu povo. Para cada um, que é povo de Deus, Ele tem um comunicado. E quantas maravilhas Ele pode realizar na vida de Seus filhos! É necessário lavarmos as nossas vestes, arrependermo-nos dos nossos pecados e abandonarmos os ídolos. É preciso deixarmos Deus ser Deus.
Corremos o risco de, ao longo da caminhada, adquirirmos ídolos. Além do passo na fé, devemos nos arrepender dos nossos pecados, das nossas falhas, daquilo que não foi bom em nossa caminhada. Continuamente, precisamos retomar a fé e o pedido de perdão a Deus, agradecer-Lhe, porque Ele sempre quer falar conosco.
A Palavra de Deus e a Eucaristia são nossos alimentos. Precisamos amar Nosso Senhor na Eucaristia, precisamos amá-Lo na Palavra, abrindo nosso coração para que ela penetre em nossa vida. Deus nos fala de maneira muito simples, para que possamos compreender.
Comece lendo sobre a vida de Jesus nos Evangelhos. É no Novo Testamento que se cumprem as profecias. Abra os ouvidos e o coração para escutá-Lo. Ele falava e continua falando de maneira muito simples a nós.  O reino de Deus é para os simples, é feito de coisas simples.
Você tem escutado o Evangelho na sua paróquia? Tem visto a lição que Papa Francisco tem nos dado, de maneira simples? Por que será que não mudamos de vida, por que não nos convertemos? Todos nós podemos viver as obras de misericórdia, visitar um enfermo ou um encarcerado. São coisas pequenas, simples, que Jesus fazia, assim como o Papa Francisco, que imita Nosso Senhor e quer ser essa grande voz para nós.
Moisés, na simplicidade, mas com muita fé, falava com o Senhor. Deus, na simplicidade, falou e fala conosco. Que possamos refletir: “O que posso fazer para o outro, mesmo que na simplicidade?”.
Transcrição e adaptação: Míriam Bernardes
Padre Márcio Prado
Missionário da Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção Nova 

A luz de tua face foi marcada sobre nós

luzPor que voltas o rosto? Julgamos que Deus vira o rosto, quando estamos em qualquer aflição, de modo que as trevas se espalham sobre nossos afetos e, assim impedidos, não conseguimos encher os olhos com o fulgor da verdade. De fato, se Deus olhar para nosso espírito e se dignar visitar nossa mente, podemos estar certos de que coisa alguma nos envolverá de escuridão. Na verdade, se o rosto do homem brilha mais do que todas as partes do corpo e, fitando-o, ficamos conhecendo alguém antes desconhecido ou reconhecemos o já conhecido, que não se furta a nosso olhar, quanto mais o rosto de Deus iluminará a quem olha!
so_por_ti_menorTambém nisto, como em tantas outras coisas, o Apóstolo, verdadeiro intérprete de Cristo, é muito claro para iluminar nossas mentes com melhor palavra e sentido. Assim diz: Porque Deus, que ordenou à luz resplandecer nas trevas, refulgiu em nossos corações para o esclarecimento da ciência da glória do Senhor na face do Cristo Jesus. Sabemos, pois, onde Cristo em nós refulge. É o fulgor eterno das mentes, que o Pai enviou à terra para que em seu rosto resplandecente possamos contemplar as realidades eternas e celestes, nós que éramos antes presa da escuridão terrena.
Por que falo de Cristo, quando até o apóstolo Pedro disse ao paralítico de nascimento: Olha para nós? Olhou para Pedro e foi iluminado com a graça da fé; não teria recuperado a saúde se não fosse fiel em acreditar.
Tamanha glória já enchia os apóstolos, mas Zaqueu, tendo ouvido dizer que o Senhor Jesus passaria, subiu a uma árvore, pois era pequeno e não podia vê-lo no meio da multidão. Viu Cristo e encontrou a luz. Viu, portanto, aquele que tirava dos outros e dá do que é seu.
sedesantosPor que voltas o rosto? – quer dizer: mesmo que afastes, Senhor, teu rosto de nós, no entanto, foi marcada em nós a luz de tua face, Senhor. Guardamos tal luz em nossos corações e no íntimo da alma ela refulge. Na verdade, ninguém pode subsistir se desviares o rosto.
Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Ambrósio, bispo (século VI)
(Ps 43,89-90: CSEL 64,324-326)
Retirado do ofício das horas (23.07)

23 de jul. de 2015

10 coisas surpreendentes que acontecem quando você faz Adoração com frequência

adoracaoO progresso interior vai refletir a sua maravilhosa transformação!
A Eucaristia é descrita no Catecismo como fonte e ápice da nossa fé. Encontrar tempo para fazer Adoração Eucarística pode ser difícil, mas, se você conseguir, poderá perceber resultados surpreendentes!
“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção, o partiu e deu a eles, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. Em seguida, tomou o cálice, deu graças, o entregou a eles e todos beberam. E Ele disse: Isto é o meu sangue, o sangue da aliança derramado por muitos” (Marcos 14, 22-24).
Na cultura de hoje, a ideia de progresso interior é drasticamente desvalorizada como “desperdício de tempo” ou “coisa dos antigos e ??ingênuos”. Só o progresso exterior parece palpável. Mas o progresso material permanece fora de nós: ele até nos oferece alguns sentimentos positivos, mas é sempre efêmero e sem substância. Já o progresso interior significa que você está se transformando e tornando-se melhor!
O tempo que você dedica à Adoração pode surpreendê-lo de muitas maneiras. Veja aqui dez delas:
1. Você desenvolve um sentimento de admiração e maravilha
Não há nada como a atmosfera de uma capela ou igreja tranquila! O odor do incenso e o esplendor do ostensório ajudam a compreender a verdade do que está acontecendo na Adoração. Estamos realmente diante de Jesus Cristo! Seu Corpo, Seu Sangue, Sua Alma, Sua Divindade. Quanto mais se emerge no silêncio diante da Hóstia Santa, mais se compreende que a única resposta à grandeza de Deus é a maravilha, a admiração e o amor.
2. Você experimenta a paz em outras áreas da sua vida
Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (João 14, 27). A paz exterior que podemos experimentar na Adoração (a quietude e o silêncio) vai muito mais a fundo e nos leva a uma paz interior que abraça todas as áreas da nossa vida. Isto não significa que tudo ficará perfeito e sem sofrimento, mas essa paz nos fortalecerá para enfrentarmos com mais firmeza e serenidade as tempestades da vida.
3. Você começa a olhar mais para fora de si mesmo
Jesus nos disse: “Como eu vos amei, assim também vós amai-vos uns aos outros” (João 13, 34). A Adoração nos conecta ao próximo e ao mundo – afinal, estamos dedicando tempo ao Criador de tudo o que existe! Mais tempo para louvar e adorar a Deus significa mais tempo para ir além das nossas próprias preocupações e para enxergarmos as necessidades dos outros e do mundo em que vivemos.
4. Às vezes, você fica entediado…
Haverá momentos em que a Adoração parecerá “insossa”, “árida”… Você vai se distrair, a sua mente vai começar a divagar… A Adoração regular pode se estabilizar e deixar de parecer especial, mas isso não desvaloriza nem diminui a verdade da Adoração. Nossa fé é muito mais do que sentimentos e Deus continuará trabalhando em você mesmo que você não o “sinta” ou passe por momentos mais “secos”. Ainda que a sua mente divague, você está dando a Deus o melhor que pode: o seu tempo, o seu empenho e a sua companhia!

5. Você se emociona na Adoração!
Quanto mais tempo você dedica a adorar a Deus, mais você descobre que Ele ama você e quer passar tempo com você. E mais você começa a realmente querer viver esse tempo com Ele! Se a Adoração antes parecia rotina, aos poucos você percebe que deseja fazê-la! Como dizemos na missa, “é justo e necessário” dar graças ao Senhor! A Adoração a Deus está inscrita em nosso coração, e “o nosso coração está inquieto enquanto não repousa nele” (Santo Agostinho)!
6. A graça entra na sua vida
É incrível como um simples ato de compromisso com Deus, ainda que seja num curto período de Adoração, faz diferença para o resto da sua vida! Você pode manter a certeza de continuar na presença dele mesmo depois de ter saído da igreja ou da capela. A graça o apoia em todos os momentos, especialmente nos de tentação. Fica mais fácil resistir à tentação quando se dedica mais tempo à Adoração.
7. Você percebe o quanto é felizardo
Há pessoas que gostariam de passar mais tempo com Jesus em Adoração, mas não podem porque estão doentes ou têm mil tarefas necessárias no cotidiano. Há pessoas, em muitas regiões do mundo, que arriscam a vida pela Eucaristia e são perseguidas por causa da fé. Há pessoas que enfrentam situações extremamente perigosas para ficar com Jesus! E você tem o presente de poder adorá-lo abertamente, sem falar no fato de ter um sacerdote por perto para lhe administrar os sacramentos!
8. Você compreende que Deus tem senso de humor!
Quanto mais você permite que Deus lhe fale, em vez de gastar todo o seu tempo falando para Ele, mais você nota que Deus tem um grande senso de humor! Há até momentos em que você quer rir em voz alta! Talvez isto pareça surpreendente, mas os melhores pais e padres não demonstram o seu amor com bom humor?
9. Você vai querer se confessar mais vezes
Pode parecer intimidador, mas não é. A confissão nos permite experimentar o oceano ilimitado da misericórdia de Deus! Sua misericórdia engolfa todos os nossos pecados e nos dá uma liberdade real, uma liberdade sem medo, que nos permite entrar no seu Amor e na sua Bondade! A confissão fortalece a consciência de que estamos nos braços de um Pai que nos ama muito e que “nunca se cansa de perdoar” (Papa Francisco).
10. Você se apaixona!
Quando você dedica tempo de coração aberto a adorar a Deus e permitir que Cristo lhe mostre o Seu Amor, você também se apaixona! E o amor dele revela você a você mesmo e permite que você seja você mesmo! “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (João 10, 10).
Então, o que você está esperando? Dedique um tempo à Adoração Eucarística e deixe Deus transformar a sua vida!
RUTH BAKER

Papa aos autarcas: Laudato Sí é uma encíclica social

22/07/2015

Terminou nesta quarta-feira dia 22 na Sala do Sínodo no Vaticano, uma conferência promovida pelas Academias Pontifícias da Ciência e das Ciências Sociais sobre as “mudanças climáticas e as novas formas de escravidão”. Duas emergências sociais às quais se refere o Papa Francisco na sua Encíclica ‘Laudato Si’.
O Santo Padre não quis deixar de estar presente neste encontro que juntou mais de 70 autarcas vindos de todo o mundo, de Nova Iorque a Paris, de S. Paulo a Buenos Aires. Presentes também os cardeais Francesco Montenegro de Agrigento na Itália e o brasileiro Claudio Hummes, prefeito emérito da Congregação para o clero e muito empenhado na proteção das populações da Amazónia.
O Papa visitou os autarcas na terça-feira e, falando de improviso em língua espanhola, começou por considerar que aquilo que se pede no cuidado com o ambiente é muito mais do que uma simples atitude verde, mas sim uma atitude de ecologia humana, salientou o Papa recordando a sua Encíclica ‘Laudato Sí’:
“ Essa atitude de cuidar do ambiente, não é uma atitude verde é muito mais; cuidar do ambiente significa uma atitude de ecologia humana, a ecologia é total é humana. E isso é o que eu quis desenvolver na Encíclica ‘Laudato Si’.”
Neste sentido, o Papa Francisco reforçou a ideia de que a ‘Laudato Sí’ não é uma encíclica verde mas uma encíclica social:
“Não é uma encíclica verde é uma encíclica social, porque da vida social dos homens não podemos separar o cuidado com o ambiente, que é uma atitude social.”
De seguida o Santo Padre elogiou a oportunidade do convite aos autarcas de todo o mundo para este encontro no Vaticano, porque eles conhecem o governo local e as periferias.
O Santo Padre referiu-se na ocasião ao fenômeno do crescimento desmesurado das cidades baseado em fenômenos migratórios que comportam consequências negativas de exclusão. Estes fatores, juntamente com a idolatria da tecnocracia, têm levado à falta de trabalho e ao desemprego – afirmou o Papa:
“ A idolatria da tecnocracia que leva à falta de trabalho e ao desemprego.”
Deste modo, o Papa falou dos problemas do trabalho sem contrato e das novas formas de escravidão que se transformam em formas de sobrevivência:
“… são fontes de trabalho para poder sobreviver…”
Por tudo isto o Santo Padre reafirmou a sua esperança no encontro de Paris no final deste ano e afirmou que tudo isto interessa às Nações Unidas:
“ Isto tem que interessar às Nações Unidas. Tenho muita esperança no encontro de Paris, para que se chegue a um acordo… tenho muita esperança!”
“E as Nações Unidas têm que se interessar muito fortemente por este fenômeno do tráfico de pessoas provocado pelo fenômeno
ambiental.”
O Papa Francisco terminou o seu discurso pedindo o contributo dos autarcas, para que o verdadeiro trabalho de difusão de uma consciência ecológica venha da periferia para o centro das decisões. Senão não terá efeito – concluiu o Papa:
“ A Santa Sé ou um país pode fazer um belo discurso nas Nações Unidas, mas se o trabalho não é feito das periferias para o centro não tem efeito.” 

Fonte: Rádio Vaticano 

Dia da Vida na Inglaterra. Papa: defendê-la do início ao fim

23/07/2015


O Papa Francisco enviou as suas felicitações e apoio à Igreja da Inglaterra e País de Gales, por ocasião do Dia da Vida, que se celebra domingo, (26/7) dedicado este ano ao fim da vida com o título “Cultivar a vida, aceitar a morte”. O anúncio foi feito pela agência da Conferência Episcopal local.
A mensagem recebida pelo Núncio na Grã-Bretanha, Dom Antonio Mennini, foi entregue ao bispo responsável pela celebração, Dom John Sherrington. No texto, o Santo Padre concede a sua bênção apostólica “a todas as pessoas que participam neste significativo evento e que trabalham de várias maneiras para a promoção da dignidade de cada pessoa humana desde a concepção até à morte natural”.
Suicídio assistido
O tema escolhido para este ano insere-se na vasta Campanha de conscientização promovida pelos bispos ingleses e galeses em vista do debate e da votação na Câmara dos Comuns sobre o projecto de lei relativo ao suicídio assistido, previstos para 11 de setembro. Apresentada por Rob Marris, a proposta visa tornar possível, para os doentes terminais adultos, a escolha de pôr fim à própria vida com uma específica assistência médica. Se aprovada pelo Parlamento, os médicos podem, portanto, injectar fármacos letais aos pacientes terminais para ajudá-los a morrer.
Não acelerar a morte
Na mensagem para o Dia da Vida divulgada em junho passado, os bispos ingleses procuraram enfatizar dois pontos-chave para a Igreja sobre o fim da vida: de um lado, que é errado “acelerar ou provocar a morte”, porque “Deus vai nos chamar no tempo certo”; do outro o não à terapia obstinada “quando os tratamentos não têm nenhum efeito, ou até mesmo prejudicam os pacientes”. (BS/SP)

Fonte: Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...