18 de jul. de 2015

Os Quatro “Nãos” da história

Não_O saudoso D. Estêvão Bettencourt, se referia muitas vezes ao que chamava de “Os Quatro Nãos da história”, que segundo ele foram responsáveis pela situação de descrença, materialismo, ateísmo, relativismo moral e religioso que vivemos hoje.
Segundo o mestre de muitos anos, o primeiro golpe foi o “Não à lgreja Católica”, dito pela Reforma protestante (séc. XVI). Muitos homens continuaram a crer no Evangelho e em Jesus Cristo; não, porém, na Igreja fundada por Cristo. Os princípios subjetivos do “livro exame”, “sola Scriptura”, não à Igreja e ao Papa, não à Tradição Apostólica, estabelecidos por Lutero e seus seguidores, promoveu um esfacelamento crescente da Cristandade pela multiplicação de novas “igrejas”. Cristo foi mutilado. Segundo Teilhard de Chardin, “sem a Igreja Cristo se esfacela”. A  túnica inconsútil do Mestre foi estraçalhada.
cpa_nao_vos_conformeisAté esta época da História, o mundo Ocidental girava em torno do ensinamento da Igreja, assistida e guiada pelo Espírito Santo. A Reforma “quebrou o gelo”, e inaugurou a contestação à doutrina ensinada pela Igreja, depois de quinze séculos. A partir daí muitas outras contestações foram inevitáveis. É preciso lembrar que após o início da Reforma, a Igreja realizou o mais longo Concilio Universal, o de Trento (1545-1563), por dezoito anos, e nada mudou da doutrina que recebeu de Cristo e dos Apóstolos.
 O segundo golpe foi dado no século XVIII: foi dito um “Não a Cristo”. Não à religião Revelada por Cristo. Surgiu por parte do Racionalismo, que teve a sua expressão mais forte na Revolução Francesa (1789). Os iluministas, positivistas, introduziram a deusa da razão na Catedral de Notre Dame de Paris. Muitos pensadores passaram a professar o deísmo (crença em Deus como ser reconhecido pela razão natural apenas), em lugar do teísmo (crença em Deus que se revelou pelos profetas bíblicos e por Jesus Cristo).
Depois do Não à Igreja, veio o Não a Cristo.
O  terceiro golpe foi dado no século XIX:  o “Não ao próprio Deus” oriundo do ateísmo em suas diversas modalidades ateístas. A tomada de consciência da história e da sua influência, tal como Darwin e os evolucionistas a propuseram, contribuiu para disseminar o historicismo que coloca a história acima de Deus. Daí surgiu o relativismo e o ceticismo, que impregnaram muitas correntes de pensamento de então até os nossos dias. Hoje o Papa Bento XVI fala de uma “ditadura do relativismo”; que tenta negar a verdade objetiva.
Infelizmente assistimos hoje o triste espetáculo de  pesquisadores que escrevem livros ensinando o ateísmo; difundindo isso nas universidades e afastando os jovens de Deus, como se crer fosse um subdesenvolvimento cultural ou mental.

A mudança de mentalidade foi se realizando em velocidade crescente, principalmente a partir de meados do século passado (1850): o desenvolvimento das ciências e da técnica deixou os homens mais ou menos atordoados diante de perspectivas inéditas, sem que soubessem, de imediato, fazer a síntese dos novos valores com os clássicos.
O quarto Não é dito ao homem. Depois do Não à Igreja, à Cristo, à Deus, agora, como consequência, assistimos ao triste Não dito ao homem. São Tomás de Aquino dizia que “quanto mais o homem se afasta de Deus, mais se aproxima do seu nada”. É o que acontece hoje. Sem Deus o homem é um nada. O Papa João Paulo II disse na  primeira encíclica que escreveu – “Jesus Cristo Redentor do Homem” – afirmou que “o homem sem Jesus Cristo permanece para si mesmo um desconhecido, um enigma indecifrável, um mistério insondável”. Quer dizer, sem Deus, sem Jesus Cristo, o homem é um desorientado; não sabe de onde veio, não sabe quem é, não sabe o que faz nesta vida, não sabe o sentido da vida, da morte, do sofrimento. E na agonia desse mistério insondável vive muitas vezes no desespero, como muitos filósofos ateus que desorientaram a muitos.
Esse Não dito  ao homem, consequência dos Não anteriores,  se manifesta hoje na perda dos valores transcendentes da pessoa humana, o desprezo pela sua dignidade humana, o desaparecimento do seu valor intrínseco. Isto se manifesta nas aprovações aberrantes de tudo que há 20 séculos ninguém tinha dúvida em condenar: aborto, eutanásia, manipulação e destruição de embriões, “camisinhas”, sexo livre, “família alternativa”, “casamentos alternativos”, e tudo o mais que a Igreja continua a condenar como práticas ofensivas a Deus e ao homem.
cpa_jesus_sinal_de_contradi_oMas em nossos dias nota-se um retorno aos valores eternos, que a Igreja guardou fielmente através das tempestades. Muitos se dão por desiludidos do cientificismo e do tecnicismo, e procuram de novo no transcendental os grandes referenciais do seu pensar e viver. A busca do ateísmo cede lugar de novo à consciência de Deus e dos valores místicos, sem os quais a vida humana se auto-destrói. O homem moderno percebe que os frutos da tecnologia por si só não lhe satisfazem;  a prova disso é que crescem as mazelas humanas: depressão, guerras, injustiças, imoralidade…
A sociedade moderna decaiu. O Modernismo, o Relativismo e o Indiferentismo Religioso dominaram o mundo. Os dogmas foram desprezados; a fé e a moral calcados aos pés. Em lugar de Deus o homem idolatra-se a si mesmo, o dinheiro, a Ciência, o prazer da carne,… o pecado.
O mundo moderno não deu atenção ao Papa Pio IX quando este apontou os erros que lhe levariam ao caos em seu Syllabus; não quis ouvir a voz da Igreja no Concilio Vaticano I, quando este mostrou a harmonia entre fé e razão e a suprema autoridade do Papa. Não ouviu também o apelo dos Papa Leão XIII, Pio X, Pio XI, Bento XV, Pio XII…  quando eles  apontaram os males do mundo moderno em suas encíclicas de fundo moral e social.
O resultado de tudo isso é a decadência moral, ética e sobretudo religiosa que assistimos hoje, razão de tantas desordens, crises e sofrimentos. Tudo nos faz lembrar a máxima de São Paulo: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6,23). Por tapar os ouvidos à voz de Deus anunciada ao mundo pelos últimos Papas, o mundo experimentou duas terríveis guerras mundiais com mais de 60 milhões de mortos, e depois a tragédia do nazismo e comunismo com mais de 100 milhões de vítimas.
A sociedade moderna, enfim, rejeitou a voz da Igreja e dos Papas e preferiu dar ouvidos aos hereges. Hoje querem destruir a Igreja com um programa laicista em escala mundial.
Por isso tudo, o homem moderno mergulha no caos do pecado e nas sombras da desesperança e da morte. Eis que surge mais uma vez o Vigário de Cristo a falar da Esperança que nasce em Deus (Salvi Spes). Será que será ouvido?
Somente abandonando os “valores” modernistas e deixando-se guiar pela Igreja é que a nossa Civilização poderá superar suas  crises e dores. Está na hora da Civilização Ocidental voltar-se novamente a  Jesus Cristo, que a espera de braços abertos.
A Igreja terá novamente de salvar a nossa Civilização, que começa a desabar,  como há 13 séculos quando ela desabou com o Império Romano. Estejamos preparados.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

O perigo da caridade sem a verdade

hands-699486_1280Há hoje uma forte tentação de se colocar a caridade sem viver a verdade; e isso a desvirtua. Deus é amor, mas também é justiça.
A verdade é a caridade são duas virtudes fundamentais para a nossa salvação. Uma não pode ser vivida sem a outra, desprezando a outra, pois uma perde o seu valor se não observar a outra. Sem verdade não há verdadeira caridade e não pode haver salvação.
São Paulo disse que “a caridade é o vínculo da perfeição” (Col 3, 14); “A ciência incha mas a caridade edifica” (1Cor 8,1); “A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei” (Rom 13, 10); “Tudo o que fazeis, fazei-o na caridade” (1 Cor 16, 14); “Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef 4, 15)
Jesus disse: “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6). O Antigo Testamento atesta: Deus é fonte de toda verdade (Pr 8,7; 2Rs 7,28). Sua Palavra é a verdade. Deus é “veraz” (Rm 3,4). Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou plenamente. “Cheio de graça e verdade” (Jo 1,14).
São Paulo disse a S. Timóteo que “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. O nosso Catecismo afirma com todas as letras:
“A salvação está na verdade.” (Catecismo n. 851)
“A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15). Sem a Igreja o edifício da verdade não fica de pé.
amoralcatolicaSão Paulo recomenda a São Tito: “… firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem.” (Tito 1,9). “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina.” (Tito 2,1). “… e mostra-te em tudo modelo de bom comportamento: pela integridade na doutrina, gravidade” (Tito 2,7).
Os discípulos viviam segundo esta verdade de Deus. “Perseveravam eles na doutrina dos Apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações”. (At 2, 42)
Jesus mostrou toda a força da verdade. “Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus.” (Jo 3, 21)
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,23).
Jesus mostrou aos discípulos na última Ceia, que o Espírito Santo é a fonte da Verdade; e é Ele que conduzirá a Igreja `a “plenitude da verdade” em relação à doutrina. “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13).

A verdade de Jesus santifica: “Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade” (Jo 17,17). “Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade” (Jo 17,19). Por tudo isso, Jesus veio ao mundo para dar testemunho da verdade: “Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18,37).
ocatecismorespondeMuitos querem apenas o “Deus que é Amor”, mas se esquecem do Deus que é também a Verdade. Esta é uma “porta estreita” que muitos não querem entrar, mas é a “porta da vida” (Mt 7,13). A Igreja é muitas vezes criticada exatamente porque não abre mão da verdade. Não aceita fazer a caridade sem observar a verdade. Paulo VI disse que o mal do mundo é “propor soluções fáceis para problemas difíceis”. São soluções que não resistem a uma análise ética e moral porque não respeitam a verdade revelada.
Santo Agostinho recomendava com sua sabedoria e santidade: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade”. Muitos querem ser bonzinhos e sacrificam a verdade em nome da caridade; é o relativismo moral, que passa por cima do que a Igreja ensina no Catecismo.
A caridade sem observar a verdade é ser maquiavélico; isto é, aceitar que “os fins justificam os meios’. São Tomás disse que a base da moral é esta: “Não é lícito fazer o bem por meios maus”. Bento XVI disse na sua encíclica “Caritas in veritate” que: “a caridade sem a verdade é sentimentalismo”.
Não posso, por exemplo, querer fazer caridade com dinheiro roubado, ou tirado do narcotráfico. Não posso ajudar os pobres usando da corrupção. Não posso, “por caridade” dizer a um casal de segunda união que podem comungar, ou dizer a uma dupla de homossexuais que o amor deles justifica a sua vida sexual. Não se pode dizer aos jovens que namoram que o amor deles justifica o sexo antes do casamento. Não se pode recomendar o uso da “camisinha” para evitar a AIDS, porque é um meio é mau, imoral, que estimula o sexo fora do casamento. Não se pode promover a justiça através da luta de classes, e do desrespeito às leis. Não se pode invadir terras e casas dos outros para promover a justiça. Os fins não justificam os meios. E isto acontece quando a caridade é vivida sem observar a verdade. E assim por diante, vemos hoje muitos sacrifícios da verdade de Deus em nome de uma “falsa caridade”.
A verdade norteia o bom uso da caridade, para que ela não se desvirtue. Não se pode “fazer o bem através de um fim mal”. Sem a verdade a caridade é falsa, e não pode haver salvação.

Cléofas 

17 de jul. de 2015

Os ladrões roubaram 351 hóstias, mas Deus quis mostrar seu poder

E este é apenas um dos mais de 130 milagres eucarísticos documentados no mundo



A tal respeito, opinou o cientista Enrico Medi:

“Esta intervenção direta de Deus é o milagre (...), realizado e mantido enquanto tal milagrosamente durante séculos, para testemunhar a realidade permanente de Cristo no Sacramento Eucarístico”.O milagre aconteceu no dia 14 de agosto de 1730. A mais antiga memória escrita do evento foi redigida no mesmo ano e assinada por um certo Macchi.

Nesse mesmo dia, ladrões se infiltraram na basílica e roubaram o cibório, que continha 351 partículas consagradas.

Três dias depois, ou seja, em 17 de agosto, todas as 351 partículas apareceram no cofre de esmolas do santuário de Santa Maria de Provenzano, onde haviam sido jogadas. Elas, porém ficaram misturadas com o pó acumulado no fundo do cofre.

O povo acorreu para comemorar a recuperação das santas hóstias, que foram levadas de volta em procissão à Basílica de São Francisco.

Transcorreram os anos e não se percebia sinal algum das alterações que naturalmente deveriam ocorrer.

Em 14 de abril de 1780, o Superior Geral da Ordem Franciscana, Frei Carlo Vipera, consumiu uma das hóstias e comprovou que estava fresca e incorrupta. Como algumas delas haviam sido distribuídas em anos anteriores, o Superior ordenou então que as 230 restantes fossem guardadas num novo cibório e não fossem mais distribuídas.



Visando deitar luz no fenômeno inexplicável, em 1789 o arcebispo de Siena, D. Tibério Borghese, guardou algumas hóstias não consagradas numa caixa em condições análogas às das hóstias consagradas.

Após dez anos, uma comissão de cientistas escolhidos especialmente para estudar o caso abriu a caixa e só encontrou vermes e fragmentos putrefatos.

Enquanto isso, as hóstias consagradas se conservavam como podem ser vistas até hoje, contrariando todas as leis físicas e biológicas.

Em 1850 foi feito um teste similar com os mesmos resultados.

Em diversas ocasiões, as hóstias foram analisadas por pessoas de confiança ou ilustres pelo seu saber e as conclusões sempre eram as mesmas: “As sagradas partículas ainda estão frescas, intactas, fisicamente incorruptas, quimicamente puras e não apresentam nenhum início de corrupção”.

A mais importante verificação aconteceu em 1914, quando o Papa São Pio X autorizou um exame no qual participaram numerosos professores de bromatologia, higiene, química e farmacêutica.

Os cientistas concluíram que as hóstias foram preparadas sem nenhuma precaução científica e que haviam sido guardadas em condições comuns, fatores que deveriam tê-las levado a se deteriorarem naturalmente. Porém, elas estavam em tão bom estado que podiam ser consumidas 184 anos depois do milagre.

Siro Grimaldi, professor na Universidade de Siena e diretor do Laboratório Químico Municipal, foi o principal cientista da comissão de 1914.

Ele escreveu um livro com detalhes preciosos sobre o milagre, intitulado Uno Scienziato Adora. Em 1914 declarou que “a farinha em grão é o melhor terreno de cultura de microrganismos, parasitas animais e vegetais, e fermentação láctica. As partículas de Siena estão em perfeito estado de conservação, contra as leis físicas e químicas, não obstante as condições de tudo desfavoráveis em que foram encontradas e conservadas. Um fenômeno absolutamente anormal: as leis da natureza foram invertidas. O vidro em que foram encontradas possui mofo, enquanto a farinha se revelou mais refratária do que o cristal”.

Em 1922 foram realizadas novas análises, por ocasião da transferência das hóstias para um cilindro de cristal de roca puro, na presença no Cardeal Giovanni Tacci e do Arcebispo de Siena, de Montepulciano, de Foligno e de Grosseto. Os resultados foram os mesmos. Ainda houve novas análises em 1950 e 1951.


Em 5 de agosto de 1951, cinco dias antes da festa do milagre, o tabernáculo foi alvo de um novo atentado, desta vez com um objetivo bem definido: acabar com as hóstias conservadas de modo sobrenatural.

Os profanadores subtraíram o relicário de ouro e espalharam as partículas do milagre pelo chão da capela. Porém, o dano foi nulo, e menos de um ano depois foram expostas novamente num novo relicário especial, onde hoje podem ser adoradas.

Durante uma visita pastoral efetuada à cidade de Siena, em 14 de setembro de 1980, assim se manifestou João Paulo II diante das prodigiosas hóstias: “É a Presença!”

As milagrosas partículas permanecem na capela Piccolomini durante os meses de verão, e na capela Martinozzi nos meses de inverno.

Os cidadãos de Siena realizam numerosos atos em louvor das Santas Hóstias. Entre elas, a homenagem das Contradas, o obséquio oferecido pelas crianças que fazem a Primeira Comunhão, a solene procissão na festa de Corpus Christi, o septenário eucarístico de fim de setembro e a adoração eucarística no dia 17 de cada mês, em lembrança da recuperação acontecida em 17 de agosto de 1730.


Fontes:  CIÊNCIA CONFIRMA A IGREJA E Aleteia

Comunidade muçulmana dedica festa do fim do Ramadã ao Papa

16/07/2015

Milão (RV) – Será dedicada ao Papa Francisco a festa de Eid al-Fitr, que será organizada nesta sexta-feira (17/7), em Milão, para celebrar o fim do Ramadã, período sagrado de jejum para milhões de muçulmanos no mundo inteiro.


O anúncio foi feito pelo presidente da Comunidade do mundo Árabe na Itália (Co-mai), Foad Aodi, que explicou: “Dado o momento crítico em nível internacional, decidimos homenagear o Papa Francisco, que há duas semanas nos recebeu no Vaticano, para reiterar os seus contínuos apelos para o diálogo e a paz”.
Integração ameaçada
O diálogo e a paz, para Aodi, são “as únicas soluções capazes de derrotar o terrorismo, o mal do século”.  “Devemos nos unir – defendeu o presidente da Co-mai – para reforçar o diálogo e a paz”. O que precisa ser feito na Itália para o bem da comunidade muçulmana “é criar um registro dos Imãs, fazer um censo das mesquitas oficialmente reconhecidas e fechar aquelas irregulares”, porque “a ilegalidade prejudica em primeiro lugar os próprios muçulmanos”.
É preciso, antes de tudo, “não baixar a guarda, mas ao mesmo tempo valorizar a grande história de integração que caracteriza a Itália”. Ou seja, “não confundir imigração com suspeitas e insegurança”.
A mensagem vai particularmente para os políticos e os meios de comunicação: “a estes – disse Aodi – pedimos mais responsabilidade nas declarações, para não difundir falsos alarmismos”. Porque “quem está pagando o preço mais alto são as crianças que nas escolas são cada vez mais alvo de atos discriminatórios”.

Fonte: Rádio Vaticano 

A missa do sábado vale para o domingo?

missaO tempo litúrgico do domingo começa no sábado depois do meio dia; por isso a Missa do sábado vale para o domingo, pois segue a sua liturgia.

Prof. Felipe Aquino

Aquele que recorre à Virgem Maria não deve se desesperar

virgem-maria11O temor e a esperança nunca devem andar desacompanhados um do outro, pois se o temor não for acompanhado de esperança, não é temor, mas desespero, e a esperança sem temor é presunção. Todo o vale será preenchido (Lc 3,5): urge, pois, encher de confiança, e ao mesmo tempo de temor de Deus, esses vales de desânimo que se formam quando conhecemos as nossas imperfeições e os pecados cometidos?”.
arte_de_aproveitar_menorSão Francisco de Sales, como se depois da morte ainda quisesse continuar a guerra que declarara ao desalento, arrancou do próprio demônio uma confissão repleta de estímulo até para as almas mais criminosas: certa vez um jovem de Chablais, que há cinco anos estava possuído pelo espírito maligno, foi levado para junto do túmulo do santo Bispo de Genebra, no tempo em que corria o processo da sua beatificação. Tardou vários dias até esse jovem ver-se curado.
Nesse meio tempo, ele foi submetido pelo bispo Charles Auguste de Sales e pela Madre de Chaugy a vários interrogatórios junto dos restos mortais do Santo. Relata uma testemunha ocular que, numa dessas ocasiões, o demônio gritava com mais furor e confusão, dizendo: “Por que hei de sair?”, e a Madre de Chaugy exclamou com aquela veemência que lhe era peculiar: “Ó Santa Mãe de Deus, rogai por nós! Maria, Mãe de Jesus, socorrei-nos!”. Com essas palavras, o espírito infernal redobrou os seus horríveis gritos, bradando: “Maria, Maria! Ah! E eu, que não tenho Maria! Não pronuncieis esse nome, pois que me faz estremecer!

Se houvesse uma Maria para mim, como a tendes para vós, eu não seria o que sou. Mas eu não tenho Maria!”. Todos choravam. “Ah! continuou o demônio, se eu tivesse um só instante dos muitos que desperdiçais… Sim, um só instante e uma Maria, eu não seria um demônio… !”.
Pois bem. Nós que vivemos (SI 113,18) temos o momento presente para regressar a Deus e temos Maria para nos obter essa graça. Quem, pois, há de se desesperar?
Joseph Tissot
Retirado do livro: A Arte de aprender com as próprias faltas, Ed. Cléofas e Ed. Cultor de Livros

15 de jul. de 2015

Por que os judeus odiavam os samaritanos?

parabola-do-bom-samaritanoOs samaritanos eram discriminados no tempo de Jesus, e odiados pelos judeus da Judeia, por uma razão muito antiga, que passo a explicar.
Após a morte do rei Salomão, cerca de 900 anos antes de Cristo, o seu filho Roboão e Jeroboão se desentenderam e dividiram o povo judeu em dois reinos: 10 tribos ficaram no norte do país sob o reinado de Jeroboão, com a capital em Samaria, e duas tribos (Judá e Benjamin) ficaram no sul, sob o reinado de Roboão, filho de Salomão, com capital em Jerusalém.
No ano de 722 antes de Cristo, o reino da Samaria foi vencido pelo rei da Assíria, Assurbanipal, e o povo foi levado para a Assíria em cativeiro.

Durante este tempo, povos pagãos, não judeus, vieram para a Samaria, e houve muitos casamentos mistos de judeus  que permaneceram em Samaria (nem todos foram para o exílio) com pessoas pagãs. Isto era proibido pela lei de Moisés; por isso o povo de Jerusalém, chamados de judeus, odiavam os samaritanos. Não os consideravam mais judeus por terem se misturado com povos não judeus.
Prof. Felipe Aquino

Fonte: Cléofas 

15/07 – São Boaventura

imagesSão Boaventura nasceu em Bagnorea, atualmente Bagnoregio, no ano de 1218. Tinha preferência pela Ordem fundada por São Francisco ingressou na Ordem, os filhos de São Francisco, à semelhança dos dominicanos, já estabelecido em Paris, Osford, Cambridge, Estrasburgo e outras universidades européias. Um dia, Frei Egídio em sua simplicidade indagou ao Frei Boaventura como poderia salvar-se, se desconhecia a ciência teológica, que respondeu-lhe: “Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-lo, isso basta… Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia.” São Boaventura foi discípulo de Alexandre de Hales, em Paris, permanecendo nessa cidade inicialmente como professor de teologia e posteriormente como ministro geral dos Frades Menores,tendo sido eleito para este cargo com apenas trinta e seis anos de idade. Recusou a consagração episcopal várias vezes por humildade, mais foi eleito cardeal recebendo a sede de Albano Laziale. São Tomás de Aquino e São Boaventura foram convidados pelo Papa Gregório X a prepararem o segundo Concílio de Lião, mas São Tomás de Aquino faleceu alguns meses antes da abertura do concílio que aconteceu em 7 de maio de 1274. A caridade é o fundamento da doutrina teológica que Frei Boaventura ensinou com sua palavra e escritos. O livro “O intinerário da mente para Deus” esta entre seus livros mais conhecidos. Sempre colocava em seus escritos: Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circuspeção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humanidade, o estudo sem a graça.” São Boaventura morreu no dia 15 de Julho do ano de 1274.

Cléofas 

14 de jul. de 2015

Conhecendo os Evangelhos: Pérolas aos porcos!

Conhecendo os Evangelhos compreende uma série de artigos interpretativos.
Em cada artigo será apresentada uma passagem bíblica e uma reflexão.

Sermão da Montanha
EVANGELHO – Mt 7, 6.12-14
6 Não deis aos cães as coisas santas, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem. 12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei a eles também vós, porque esta é a lei e os profetas. 13 Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; 14 Porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. 

REFLEXÃO 
Nesta pequena parte do Sermão da Montanha, podemos ver que Jesus profere palavras duras para a multidão, mas principalmente para os seus discípulos. Ele sabe que muitos rejeitarão a proposta da construção do Reino de Deus, da forma que Ele apresentava.
 
Quando Jesus disse para "...não lançar pérolas aos porcos, ele queria incentivar os seus discípulos a não desperdiçarem tempo com aqueles que jamais aceitariam o projeto confiado pelo Pai..."
A dureza das palavras de Jesus deve ser lembrada em seu contexto. Os porcos e os cães eram os animais menos apreciados pelos judeus. Em Levítico 11, 7 e em Deuteronômio 14, 8 encontramos proibições severas ao consumo de carne do porco. A tradição sacerdotal foi aquela que mais relegou aos judeus a distinção entre pureza e impureza, por isso mesmo, nos tempos de Jesus, as tradições falavam muito para todos os judeus piedosos.
No primeiro livro de Samuel, capítulo 17, versículo 43, vemos que o gigante filisteu Golias pergunta se ele era um cão para Davi, pois este ia enfrentá-lo com um cajado. Vê-se, claramente, o desprezo pelo cão nesta passagem bíblica. E quando Jesus diz para não dar aos cães as coisas santas e não lançar pérolas aos porcos, ele queria incentivar os seus discípulos a não desperdiçarem tempo com aqueles que jamais aceitariam o projeto confiado pelo Pai e ainda seriam capazes de fazer tudo para destruir o Projeto do Reino.
Por outro lado, o mesmo Jesus jamais deixava de insistir com os seus ouvintes. Ele tinha muita esperança nas pessoas, e por isso fazia questão de resgatar primeiro aqueles que eram considerados cães e porcos pelos dominadores da época. A regra é muito clara para vivermos uma vida santa e justa: fazer às pessoas aquilo que gostaríamos que elas nos fizessem. Ou seja, se eu quero matar, roubar ou falar mal das pessoas, a regra é que eu avalie se seria bom que eu fosse morto, roubado ou caluniado por alguém. Se eu vejo que não é bom passar por essas maldades, também não será bom para os outros. Colocar-se na pele do outro não é somente um jargão, mas uma realidade urgente para os nossos dias.
O caminho da evangelização é muito difícil. O seguimento de Jesus é muito desafiador. A porta é estreita para aqueles que querem segui-lo. O caminho largo das mordomias, do dinheiro, do poder, do prazer é o mais fácil, mas não o mais compromissado com a vida do ser humano.
Talvez, nos dias de hoje, os porcos e os cães mais empedernidos estejam habitando o nosso coração. Se nós não mudarmos de mentalidade, acolhendo o irmão que sofre, o irmão que chora e o irmão que é injustiçado, jamais nos aproximaremos do sonho libertador de Jesus!
Padre Queimado articulista colunista
Fonte: Portal A12 

A missão de profetizar

Fala-se e sente-se muito em relação aos “ossos do ofício” no desempenho das obrigações de quem assume um cargo, um trabalho ou uma missão. A de profetizar inclui, e muito, ousadia, coragem e confiança naquele que dá essa missão. Profetizar é proferir ou falar e comunicar o que Deus manda. Aliás, é missão de toda pessoa que vive sua fé no Filho de Deus. Pelo batismo toda pessoa cristã se torna discípula e missionária de Jesus. Ele mandou: “Ide e ensinai a todos o que vos mando” (Marcos 16,15).  
evangelizar
Acontece que a fala de Deus e suas exigências confrontam com quem possui a mentalidade e a prática de vida mundanas e materialistas. Mesmo quem tem certa base e prática religiosa pode não ser coerente com sua religiosidade e ser quem mostre fé na oração e na liturgia, mas não une fé com vida. Neste caso, fora dessas manifestações religiosas a pessoa não testemunha sua fé. Mostra-se injusta, desonesta e corrupta. Usa de cargos de modo incoerente com a ética.  
 
"A dignidade de quem tem grandeza de caráter e realiza a missão de cooperar com a vida digna do semelhante é muito maior e duradoura". 
Profetizar no meio político exige fibra moral e tenacidade, bem como estrita coerência para não se deixar corromper. Sua preparação se dá não só no campo intelectual e acadêmico ou na prática de liderança em seu meio. Requer espiritualidade para ser testemunha da verdade, da coerência no querer servir o povo que o elegeu, ter ideal, desprendimento e retidão moral. O profeta Amós foi advertido pelo sacerdote Amasias: “Sai e procura refúgio em Judá, onde possas ganhar teu pão e exercer a profecia, mas em Betel não deverás insistir em profetizar, porque aí fica o santuário do rei e a corte do reino” (Amós 7, 12-13). Apesar disso, Amós obedeceu ao mandato que Deus lhe deu. Não vacilou e foi profetizar, para dizer aos mandatários que superassem as atitudes contrárias ao bem do povo, para a implantação da verdade e da justiça. É assim que deveria ser a atitude das pessoas que exercem o verdadeiro profetismo e têm moral para defender a causa da verdade e do bem do povo. Os políticos eleitos para todos os cargos deferiam ter a hombridade de realmente fazer leis e administrar a coisa pública conforme o que é justo moral e socialmente, não aceitando fazer leis e não administrando contrariamente aos valores humanos e éticos. Cobrar propinas para fazer essa ou aquela lei, dar propina para aprovarem o que o administrador quer fazer, até em detrimento do bem público, deveriam ser combatidos por todos os que têm dignidade moral.  
Quem assume a missão de profetizar, ou seja, dar o exemplo de vida coerente com os valores humanos, éticos e cristãos, bem como defendê-los e apresentá-los aos outros, no seu contexto de família, trabalho, cargo e missão, sabe ter disponibilidade para servir e até se sacrificar em bem da causa abraçada. Jesus orientou seus discípulos para irem e comunicarem a todos os valores de quem quer viver uma vida de sentido e depois receber de Deus o prêmio de seu esforço. Aliás, o prêmio já vem aqui na terra, com a alegria de ter cooperado com o bem do semelhante. Ele advertiu que nem todos estão dispostos a aceitar o enunciado profético dos discípulos, em detrimento dos próprios interesses, que rejeitam a verdade e o bem do que é comunicado: “Se em algum lugar não vos receberem nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles” (Marcos 6, 11). De fato, o Filho de Deus é exigente, mas apresenta o caminho único que dá o resultado da realização humana plena. O tesouro por Ele prometido vale muito mais do que o dinheiro e a glória efêmera de quem é louvado. A dignidade de quem tem grandeza de caráter e realiza a missão de cooperar com a vida digna do semelhante é muito maior e duradoura. O ganho material e de louvor efêmero humano é muito fugaz. O galardão de quem deixa marca de justiça e de amor na vida presente, tem repercussão eterna. Isso também é profetizar!  
Dom José Aberto Moura, CSS
Arcebispo Metropolitano de Montes Claros (MG)
Fonte: Arquidiocese de Montes Claros.

Para que precisamos do Espírito Santo quando oramos?

A Bíblia diz: <<O Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.>> (Rm 8,26)


Orar a Deus só se consegue fazer com Deus. Não é, primeiramente, um resultado nosso que a nossa oração atinja realmente Deus. Nós, cristãos, recebemos o Espírito de Jesus, que anseia totalmente ser um com o Pai: totalmente amor, totalmente escuta recíproca, total compreensão mútua, totalmente desejo do que o outro quer. Quando oramos, este Espírito Santo de Jesus está em nós e fala a partir de nós. No fundo, orar significa que, do profundo do nosso coração, Deus fala com Deus. O Espírito Santo ajuda o nosso espírito a orar. Por isso, devemos dizer continuamente: <<Vem Espírito Santo! Vem e ajuda-me a orar!>>

Trecho retirado do livro: YOUCAT

13 de jul. de 2015

12 pensamentos de Santa Teresinha da América Latina

Santa Teresa de Jesus dos Andes.O Carmelo, com seus santos que passaram a vida escondidos, surpreende ao mundo e a Igreja. Quando estava viva, ninguém conhecia Teresa dos Andes, também conhecida como Santa Teresinha da América Latina. Logo depois que morreu, sua fama foi se espalhando, seus escritos tornaram-se conhecidos. Com apenas 20 anos, foi para junto de Deus, tendo vivido no Carmelo por menos de um ano.
Santa Teresa dos Andes foi uma santa jovem, que espalhava alegria, cheia de vida e que com muito amor, soube doar a Deus o melhor de si. É verdadeiro exemplo de fidelidade, alegria e de amor ao Senhor; e que todos nós precisamos seguir.
Sua beatificação foi realizada pelo Papa João Paulo II quando este visitou o Chile em 1987. Depois, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice em 1993, em Roma. Nesta ocasião ele a chamou de Santa Teresa de Jesus “dos Andes” e declarou que era a primeira chilena e a primeira carmelita latino-americana a ser elevada à honra dos altares da Igreja, para ser festejada no dia 13 de julho. O Santuário de Santa Teresa dos Andes, como ficou popularmente conhecida, se tornou um centro espiritual no Chile, visitado por milhares de peregrinos anualmente. Sua fama de intercessora pelas graças e milagres concedidos correu logo, principalmente entre os jovens católicos. Santa Teresa dos Andes continua assim cumprindo a missão reconhecida como sua: despertar fome e sede de Deus nos jovens deste nosso mundo moderno tão materializado.
cpa_ensinamento_dos_santosConheça alguns de seus pensamentos:
1.Vejo que, quando o amor de Deus se apodera do coração, faz com que o amor humano se transforme, se divinize, por assim dizer (c 44).
2.Deus está sedento do amor de suas criaturas. O próprio Deus mendiga por nós. Demo-nos a Ele. Não sejamos mesquinhos, porque Deus é todo bondade e generosidade para conosco (c 102).
3.Quanto vale uma boa amiga! Sentia verdadeiramente a necessidade de expandir-me com alguém que me compreendesse e que sentisse o mesmo que sinto. Quanto bem me fizeste! Agradeço-te de todo o coração (c 31).
4.Imagina o amor maior da terra, o que é em comparação com o de um Deus infinito?… Deus é amor, o que busca nas almas senão amor? Antes de cada ação devemos dar-lhe uma olhada. Ele está em nossa alma, com quem podemos estar mais unidas? (c 40).
5.(Aqueles que se dedicam ao apostolado) precisam ter muita vida interior para que sua obra produza fruto, pois têm de dar Deus às almas e ficarem eles com Deus, do contrário, não têm nada para dar (c 46).
6.Depositemos no sacrário a amarga queixa de nossos corações: “Senhor, as almas que tanto amais estão enfermas”. Continuemos repetindo isto a Jesus, até que se enterneça e venha ressuscitar as almas que lhe encomendamos (c 113).
7.O Céu é a posse de Deus. No céu contempla-se a Deus, adora-se e ama-se a ele. Mas para chegar ao céu é preciso desprender-se da terra (d 58).
cpa_ora_es_de_todos_os_tempos_da_igreja8.Deus conta e recolhe os espinhos de seu caminho para mudá-los e transforma-los em pedras preciosas com que um dia o coroará no céu. Que importa sofrer no desterro uns anos para merecer uma felicidade eterna? (c 118).
9.A confiança é o que mais agrada a Jesus. Se confiamos no coração de um amigo que nos ama, como não confiar no coração de um Deus no qual reside a bondade infinita, da qual a bondade das criaturas é uma pálida sombra? Desconfiar do coração de um Deus que se fez homem, que morreu como um malfeitor na cruz, que se dá em alimento a nossas almas diariamente para fazer-se um com suas criaturas não é um crime? (c 143).
10.Abandono-me à vontade de Deus. Ele sabe melhor do que eu o que me convém (c 39)
11.Quando o amor é verdadeiro, nem o tempo nem as distâncias separam (c 134).
12.Quem pode fazer-me mais feliz do que Deus? Nele encontro tudo (c 81).

Fonte: Cláofas 

Coletiva de imprensa: Papa se compromete a falar também para a classe média

13/07/2015


Cidade do Vaticano (RV) – O tradicional encontro do Papa com os jornalistas durante o voo, neste caso o de retorno de Assunção a Roma, durou cerca de uma hora. Muitos foram os questionamentos, desde a situação grega e a economia mundial, a falta de mensagens direcionadas à classe média, até o crucifixo sobre a foice e o martelo presenteado pelo presidente da Bolívia.
A primeira pergunta questionava o porquê do Paraguai ainda não ter um cardeal. O Papa mesmo disse que o país mereceria ter até dois, mas não por questão de méritos, mas porque “é uma Igreja viva, uma Igreja alegre, uma Igreja lutadora e com uma história gloriosa”.
Sobre a visita no Equador, o Santo Padre foi questionado se simpatizava com o projeto político do presidente Correa, visto que a Sua presença e inclusive uma frase do Pontífice poderia ter sido usada politicamente. A frase é: “O povo do Equador se colocou de pé, com dignidade”. Francisco agradeceu pelo povo ter respeitado a Sua visita em meio a problemas políticos do país.
"Equador não é um país de descarte, ou seja, que se refere a todo o povo e a toda a dignidade desse povo, que depois da guerra de fronteiras, se colocou de pé e tomou cada vez mais consciência da sua dignidade e da riqueza da unidade na variedade que tem. Ou seja, que não pode se atribuir a uma situação concreta. Porque a mesma frase – comentaram comigo, eu não a vi – foi instrumentalizada para explicar ambas situações: que o governo colocou de pé o Equador ou que teriam colocado de pé os opositores ao governo. Uma frase se pode instrumentalizar e, nisso, acredito que se precisa ser muito cuidadoso. [...] É muito importante no trabalho de vocês a hermenêutica de um texto. Um texto não pode ser interpretado com uma frase. A hermenêutica tem que ser em todo o contexto."
Sobre o encontro na Bolívia com os Movimentos Popolares, quando Francisco fez referência ao ‘novo colonialismo’ e à ‘idolatria do dinheiro que submete a economia’, uma pergunta ao Santo Padre foi direcionada à situação atual da Grécia que pode inclusive comprometer a União Europeia.
"Eu tenho uma grande alergia à economia, porque o papai era contador e, quando não terminava o trabalho na fábrica, levava-o para casa. O sábado e o domingo, com aqueles livros, daqueles tempos, com os títulos que se faziam em gótico... e trabalhava, e eu via o papai... e tenho uma alergia. Eu não entendo bem como é a coisa, mas certamente seria simples dizer: a culpa é somente desta parte. Os governantes gregos que levaram adiante essa situação de dívida internacional, têm também uma responsabilidade. Com o novo governo grego se foi em direção a uma revisão um pouco justa. Eu espero, e é a única coisa que posso dizer, porque não sei bem, que encontrem uma estrada para resolver o problema grego e também uma estrada vigilante para não recair em outros países o mesmo problema, e que isso nos ajude a ir adiante, porque aquela estrada do empréstimo e das dívidas no final, não termina nunca."
Sobre o presente recebido pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, o Santo padre reafirmou se tratar de uma obra de Padre Espinal, “uma arte de protesto, mas que não conhecia e não me ofende”. Mas, afinal, o que teria sentido o Papa ao receber aquela foice e martelo com o Cristo em cima?
"Eu, é curioso, não conhecia isso e nem sabia que Padre Espinal era escultor e também poeta. Eu soube nestes dias. Eu o vi e, para mim, foi uma surpresa. […] Primeiro ponto, então, não sabia; segundo, eu o qualifico como arte de protesto que, em alguns casos, pode ser ofensiva, em alguns casos. Terceiro, neste caso concreto: Padre Espinal foi morto em 1980. Era um tempo em que a Teologia da Libertação tinha muitas linhas, uma dessas era com a análise marxista da realidade, e Padre Espinal pertencia a essa. Isso sim, eu sabia, porque naquele tempo, eu era reitor da Faculdade de Teologia e se falava muito sobre isso, das diversas linhas e quais eram seus representantes. […] Espinal é um entusiasta dessa análise da realidade marxista, mas também da teologia, usando o marxismo. Disso surgiu esta obra. Inclusive as poesias de Espinal são daquele gênero de protesto, mas era a sua vida, era o seu pensamento, era um homem especial, com tanta genialidade humana, e que lutava com boa fé. Fazendo uma hermenêutica do gênero, eu entendo essa obra. Para mim não foi uma ofensa. Mas precisei fazer essa hermenêutica e digo para vocês para que não existam opiniões erradas. Este objeto agora eu levo comigo. Vem comigo."
Questionado sobre a falta de mensagens direcionadas para a classe média, já que a maioria dos discursos do Papa são eloquentes para os pobres e também para os ricos e poderosos, o Pontífice respondeu:
"O senhor tem razão, é um erro da parte minha. Devo pensar sobre isso. Farei algum comentário, mas não para me justificar. O Senhor tem razão, devo pensar um pouco. O mundo está polarizado. A classe média está menor. A polarização entre os ricos e os pobres é grande, isso é verdade, e talvez isso me levou a não perceber aquilo. Falo do mundo, alguns países não, vão muito bem; mas, no mundo em geral, a polarização se vê e o número dos pobres é grande. Então, por que falo dos pobres? Mas porque está no coração do Evangelho, e sempre falo do Evangelho sobre a pobreza, ainda que seja sociológica. Depois, sobre a classe média têm algumas palavras que eu disse, mas um pouco ‘em passant’. Mas a gente simples, a gente comum, o operário... aquilo é um grande valor."
Inclusive uma brincadeira foi colocada ao Santo Padre sobre o uso insistente de fotos, como o selfie, nesta era digital e em meio à missa, feitas por jovens, crianças e colegas.
"O que eu penso? É uma outra cultura. Eu me sinto bisavó. Hoje, ao me despedir, um policial, grande, com seus 40 anos, me disse: ‘faço um selfie’. E eu disse: ‘mas você é um adolescente’. Sim, é uma outra cultura, mas eu a respeito."
E ainda, em gênero de curiosidade, um jornalista pediu qual o segredo de tamanha vivacidade do Papa Francisco – confirmada tanto na viagem à America Latina, como nesses últimos dois anos e meio de pontificado:
"Qual é a sua ‘droga’, gostaria de questionar ele... (risos). È, aquela era a pergunta! Ah… a ‘droga’. Mas, o mate me ajuda. Mas não provei a coca. Isso é claro, não?"

Fonte: Rádio Vaticano 

Papa Francisco chega a Roma

13/07/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco chegou, nesta segunda-feira (13/07), ao aeroporto de Roma-Ciampino, por volta das 13h40 locais, depois de doze horas e meia de voo vindo do Paraguai, encerrando sua 9ª viagem apostólica internacional que o levou à América Latina. 
Ao deixar o aeroporto, o Pontífice dirigiu-se à Basílica Santa Maria Maior, centro de Roma, para agradecer a Salus populi romani o bom êxito de sua viagem. Francisco depositou um ramalhete de flores, nas cores branco e amarelo, aos pés da Virgem.
Durante suas viagens internacionais, como de costume, o Santo Padre envia telegramas aos chefes de Estado dos países que o avião sobrevoa. Neste caso, enviou breves mensagens de saudação aos presidentes do Paraguai, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Marrocos e Itália.
Em seu telegrama à Presidenta Dilma Rousseff, Francisco escreve: “Regressando da visita, que me levou a encontrar tantos irmãos no Equador, Bolívia e Paraguai, saúdo vossa Excelência desejando ao Brasil um futuro sereno e feliz para seus filhos, que recordo com saudades e a quem envio uma propiciadora bênção Apostólica”.
Quando o Papa escreve “recordação com saudades”, naturalmente se refere à sua inesquecível viagem que fez ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, em 2013.
O Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, enviou uma mensagem ao Papa Francisco pelo seu retorno da viagem ao Equador, Bolívia e Paraguai.
“Estou confiante de que a sua mensagem forte de esperança tenha tocado os corações dos muitos fiéis que o acolheram com afeto em seus países”, ressalta o presidente na mensagem de boas-vindas.
“Espero que os povos do Equador, Bolívia e Paraguai, países que a Itália sempre olha com carinho e simpatia, saibam encontrar em suas palavras motivo de confiança no futuro e estímulo para relançar o diálogo e a cooperação no âmbito regional”, conclui a mensagem do Presidente Mattarella. 
Fonte: Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...