30 de mai. de 2015

O que é o mistério da Santíssima Trindade?

holy_trinity-1Quem é Deus?
Antes de tudo é preciso explicar que a palavra mistério não quer dizer algo que seja impossível de existir ou de acontecer; mistério é apenas algo que a nossa inteligência não compreende. Se você, por exemplo, não é físico, a teoria da relatividade de Einstein é um mistério para você, mas não é para os físicos. Se você não é biólogo a complexidade da célula, dos cromossomos e dos gens pode ser um mistério, mas não é para aquele que estudou tudo isso.
Ora, Deus é um Mistério para todos nós, porque a Sua grandeza infinita não cabe na nossa inteligência limitada de criatura. Se entendesse Deus, este não seria o verdadeiro Deus. O Criador não pode ser plenamente entendido pela criatura; isto é lógico, é normal e é correto. Depois de tentar de muitos modos desvendar o Mistério da Santíssima Trindade, Santo Agostinho (+430) abdicou: ‘Deus não é para se compreendido, mas para ser adorado!”
A criatura adora o seu Criador, mesmo sem o compreender perfeitamente. O pecado dos demônios foi não querer adorar a Deus seu Criador; quiseram ser deuses.
O Mistério da Santíssima trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode-se dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Jesus sobretudo quem revelou o Pai, Ele como Deus, e o Espírito Santo; isto não foi invenção da Igreja.
A verdade revelada da Santíssima Trindade está nas origens da fé viva da Igreja, principalmente através do Batismo. “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós” (2Cor 13,13; cf. 1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6) já pronunciavam os Apóstolos.
Deus é o Infinito de todas as potencialidades que possamos imaginar. Ele é Incriado; não foi feito por ninguém, não teve principio e não terá fim; isto é, é Eterno. A criatura não é eterna, pois um dia ela começou a existir; não era, e passou a ser, porque o Incriado a criou num ato de liberdade plena e de amor. O fato de você existir já é uma grande prova do amor de Deus por você; Ele quis que você existisse e o criou.
Deus é espírito (Jo 4, 24) não é feito de matéria criada, pois foi ele quem criou toda matéria que existe fora do nada; logo não poderia ter sido feito de matéria. Muitos têm dificuldade de entender a existência de um ser não carnal, espiritual, como os Anjos, Deus e a nossa alma; mas eles existem de fato. Ora, você não vê a onda eletromagnética que leva o sinal do rádio e da tv, mas você não duvida de que ela exista. Da mesma forma você não pode ver os anjos e a alma, mas eles existem.
Deus é Perfeitíssimo; Nele não há sombra de defeito ou de erro; Ele não pode se enganar e não pode enganar ninguém; não pode fazer o mal. Ninguém pode acusar Deus de fazer o mal; Ele só pode fazer o bem. Ele pode “permitir” que o mal nos atinja para a nossa correção (Hb 12, 4ss) e mudança de vida; mas Ele nunca pode criar o mal e nos mandar o mal. O mal vem da nossa imperfeição como criatura e do nosso pecado (Rm 6,23).
Deus é Onipotente (Gn 17,1; 28,3; 35,11; 43,14; Ex 6,3; Ap 1,8; 4,8; 11,17; 16,14; 21,22); pode tudo; nada lhe é impossível. “A Deus nada  é impossível” (Lc 1, 37) disse o Arcanjo Gabriel a Maria na Anunciação. Não há alguma coisa que você possa imaginar que Deus não possa fazer simplesmente com o seu querer. Basta um pensamento Seu, uma Palavra, e tudo será feito porque Ele tem poder Infinito. Por isso só Deus pode criar, só Ele pode “tirar algo do nada”; só Ele pode chamar à existência um ser que não existia; a partir do nada. Para fazer um bolo a cozinheira precisa da matéria prima; Deus não precisa. A cozinheira “faz” o bolo, Deus “cria” a partir do nada.
Deus também é Onisciente; quer dizer sabe tudo; ninguém consegue esconder nada de Deus; Ele tudo vê. Deus é Onipresente (Sl 139,7; Sb 1,7; Eclo 16,17-18; Jr 23,24; Am 9,2-3; Ef 1,23); está em toda parte, porque é puro espírito. Diz o Salmista: “Senhor, Vós me perscrutais e me conheceis. Sabeis tudo de mim, quando me sento e me levanto… Para onde irei longe de teu Espírito? Para onde fugirei apartado de tua face? Se subir até os céus, Vós estais ali, se descer para o abismo eu Vos encontro lá.” (Sl 138,1-7)
E Deus é muito mais; Deus é nosso Pai amoroso com ensinou Jesus. É Amor (1Jo 4,8.) É fonte de vida e santidade (Rm 6,23; Gl 6,8; Ef 1,4-5; 1Ts 4,3; 2Ts 2,13-17). É ilimitado ( 1Rs 8,27; Jr 23,24; At 7,48-49). É misericordioso (Ex 34,6; 2Cr 30,9; Sl 25,6; 51;1; Is 63,7; Lc 6,36; Rm 11,32; Ef 2,4; Tg 5,11). É o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis (Gn 1,1; Jó 26,13; Sl 33,6; 148,5; Pv 8,22-31; Eclo 24,8; 2Mc 7,28; Jo 1,3; Cl 1,16; Hb 11,3). É o Juiz do universo (1Sm 2,10; 1Cr 16,33; Ez 18,30; Mt 16,27; At 17,31; Rm 2,16; 2Tm 4,1; 1Pd 4,5).
Deus é uno (Dt 32,39; Is 43,10; 44,6-8; Os 13,4; Ml 2,10; 1Cor 8,6; Ef 4,6); não pode haver mais de um Deus simplesmente pelo fato de que se houvesse dois deuses, um deles seria inferior ao outro; e Deus não pode ser inferior a nada; Ele é absoluto.cpa_os_dogmas_da_f_
A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial”, ensinou o II Concílio de Constantinopla em 431 (DS 421 ). As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Concílio de Toledo, em 675, DS 530).
“Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).
“Deus é único, mas não solitário” disse o Papa Dâmaso (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804). A Unidade divina é Trina.
“Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).
O Símbolo Quicunque de Santo Atanásio assim explicava: “A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, outra, a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade”(DS 75).
A Santíssima Trindade e inseparável naquilo que são, e da mesma forma o são naquilo que fazem. Mas na única operação divina cada uma delas manifesta o que lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo.
Pela graça do Batismo “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, mesmo na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna. Esta é a nossa magnífica vocação.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!
Prof. Felipe Aquino

Alguns ensinamentos sobre a Santíssima Trindade

SantissimaTrindadeResumo da palestra: “Deus se revela como Comunhão perfeita” , nesta Quinta-feira de Adoração na Canção Nova(28/05/15)
DOGMA:
“Numa visão subjetiva da teologia, o dogma é muitas vezes considerado como uma camisa-de-força intolerável, um atentado à liberdade do estudioso, individualmente considerado. Perdeu-se de vista o fato de que a definição dogmática é , ao contrário, um serviço à verdade, um dom oferecido aos crentes pela autoridade querida por Deus. Os dogmas, disse alguém, não são muralhas que nos impedem a visão, mas ao contrário, janelas abertas que dão para o infinito.” (Papa Bento XVI)
A Bênção e o Batismo são dados em nome da SS. Trindade: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!” (2 Cor 13,13).
CATECISMO:
“O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária” (§88).
“Há uma conexão orgânica entre nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé”. (§89)
“O Povo de Deus, sob a direção do sagrado Magistério, (…) adere indefectivelmente à fé ‘uma vez para sempre transmitida aos santos'; e, com reto juízo, penetra-a mais profundamente e na sua vida a coloca mais perfeitamente em obra.” (§93)
DEUS EXISTE:
“A mesma Santa Mãe Igreja sustenta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser reconhecido com certeza pela luz natural da razão humana partindo das coisas criadas.” ( DZ. 1785).
SANTO AGOSTINHO:
“Interroga a beleza da terra, interroga a beleza do mar, interroga a beleza do ar que se dilata e se difunde, interroga a beleza do céu… interroga todas estas realidades. Todas elas te respondem: olha-nos, somos belas. Sua beleza é um hino de louvor. Essas belezas sujeitas à mudança, quem as fez senão o Belo, não sujeito à mudança?” (Sermão 241,2).
PODEMOS SABER QUE DEUS EXISTE:
“O que se pode conhecer de Deus é manifesto entre eles, pois Deus lho revelou. Sua realidade invisível – seu eterno poder e sua divindade – tornou-se inteligível desde a criação do mundo através das criaturas” (Rm 1,19-20).
SÃO TOMÁS DE AQUINO:
“Não podemos apreender de Deus o que Ele é, mas apenas O que ele não é e de que maneira os outros seres se situam em relação a ele” (Suma contra os gentios, 1,30).
DEUS É ÚNICO:
O Concílio Vaticano I (1869-1870) declarou: “A Santa Igreja Católica Apostólica e Romana, crê e confessa que existe um único Deus Verdadeiro” (DZ. 1782).
DEUS É ESPÍRITO, PERFEITÍSSIMO, ETERNO, ONIPOTENTE, ONISCIENTE, ONIPRESENTE, CRIADOR DE TODAS AS COISAS VISÍVEIS E INVISIVEIS. É AMOR, VERDADE, JUSTO, SANTO, MISERICORDIOSO…
NA SUA PROFISSÃO DE FÉ DISSE O PAPA PAULO VI:
“Cremos que este Deus único é tão absolutamente uno em sua essência santíssima como em todas as suas demais perfeições: na sua onipotência, na sua ciência infinita, na sua providência, na sua vontade e no seu amor. Ele é Aquele que é, conforme Ele próprio revelou a Moisés (cf. Ex 3,14); Ele é Amor como nos ensinou o Apóstolo São João (cf. 1Jo 4,8); de tal maneira que estes dois nomes – Ser e Amor – exprimem inefavelmente a mesma divina essência Daquele que se quis manifestar a nós e que, habitando uma luz inacessível (cf 1Tm 6,16), está, por si mesmo, acima de todo nome, de todas as coisas e de todas as inteligências criadas. Só Deus pode dar-nos um conhecimento exato e pleno de si mesmo, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo, de cuja vida eterna somos pela graça chamados a participar, aqui na terra, na obscuridade da fé, e, depois da morte, na luz sempiterna. As relações mútuas, que constituem eternamente as Três Pessoas, sendo, cada uma delas, o único e mesmo Ser Divino, perfazem a bem-aventurada vida íntima do Deus Santíssimo, infinitamente acima de tudo o que podemos conceber à maneira humana. Entretanto, rendemos graças à Bondade divina pelo fato de poderem numerosíssimos crentes dar testemunho conosco, diante dos homens, sobre a unidade de Deus, embora não conheçam o mistério da Santíssima Trindade”. (SPF, 9)

“Cremos, portanto, em Deus Pai que desde toda a eternidade gera o Filho; cremos no Filho, Verbo de Deus que é eternamente gerado; cremos no Espírito Santo, Pessoa incriada, que procede do Pai e do Filho como Amor sempiterno de ambos. Assim nas três Pessoas Divinas que são igualmente eternas e iguais entre si, a vida e a felicidade de Deus perfeitamente uno superabundam e se consumam na superexcelência e glória próprias da Essência incriada; e sempre se deve venerar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade” (CPD, 10).
O XI CONCÍLIO DE TOLEDO, EM 675:
“Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho”. São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (DS 530)
JESUS:
“Eu E o Pai somos um” (Jo 10,30). “O Pai está em mim e eu no Pai” (10,38). “Eu não estou só, mas comigo está o Pai que me enviou” (Jo 8,16). “E quem me enviou está comigo. Não me deixou sozinho; porque faço sempre o que lhe agrada” (Jo 8,29).
“Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece O Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11,27).
A PROFISSÃO DE FÉ DO PAPA DÂMASO (366-384):
“Deus é único, mas não solitário” (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804).
O SIMBOLO QUICUNQUE, DE SANTO ATANÁSIO (295-373), de Alexandria, resume:
“A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, outra, a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade”.
CONSEQUÊNCIAS DE CRER EM DEUS: Catecismo:
§223. Significa conhecer a grandeza e a majestade de Deus. “Deu, é grande demais para que o possamos conhecer” (Jó 36,26).
E por isso que Deus deve ser o “primeiro a ser servido”(Santa Joana d’Arc).
§224. Significa viver em ação de graças. “Que é que possuis que não tenhas recebido?” (1Cor 4,7). “Como retribuirei ao Senhor todo o bem que me fez?” (Sl 116,12).
§225. Significa conhecer a unidade e a verdadeira dignidade de todos os homens. Todos eles são feitos “à imagem e à semelhança de Deus” (Gn 1,27).
§226. Significa usar corretamente das coisas criadas. “Meu Senhor e meu Deus, tirai-me tudo o que me afasta de vós. Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo o que me aproxima de vós. Meu Senhor e meu Deus, desprendei-me de mim mesmo para doar-me por inteiro a vós”. (S. Nicolau de Flue)
§227. Significa confiar em Deus em qualquer circunstância, mesmo na adversidade.
Santa Teresa: “Nada te perturbe, Nada te assuste, Tudo passa ,Deus não muda, A paciência tudo alcança, Quem a Deus tem Nada lhe falta. Só Deus basta.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

Reflexão do Evangelho SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

31/05/15


Liturgia do Domingo


Deuteronômio 4,32-34.39-40 ;~
Salmo 32 ; 
Romanos 8,14-17 ; 
Mateus 28,16-20.

"Batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".




Caros irmãos,hoje a Mãe Igreja celebrar a festa da Santíssima Trindade. E Deus,meus irmãos, que é o protagonista da história da salvação dos homens,mas não um Deus abstrato e solitário, Deus é uma comunidade de amor.O Pai é o que ama,O Filho é o amado,e o Espírito Santo é o amor.


A Santíssima Trindade é um mistério, uma realidade que supera absolutamente toda compreensão do homem. Irmãos é no seio da Trindade que esta o nosso futuro. Só ela pode assegurar ao homem um plano de vida sem limites. 


Esta festa de hoje, meus irmãos, despertar em nós o desejo de a Ele responde,porque Deus da sempre o primeiro passo em direção ao homem. Mergulha na profundidade deste mistério,é fazer a experiência da imensidade do amor de Deus, de um Deus que investiu alto no humano, e que para relacionar-se conosco, quis se fazer família:como Pai,nos criou,como Filho,nos redimiu, e como Espírito Santo Ele nós santifica. Nos Irmãos batizados em nome da Trindade Santa, nos tornamos continuidades do anúncio do Reino.


É pelo batismo, que somos inseridos na Igreja, o CORPO MÍSTICO DE CRISTO,tornando-nos membros da família de Deus, a comunidade Trinitária do Pai do Filho e do Espírito Santo. Quem meus irmãos, acolhe em sua vida o convite de Deus, torna-se TESTEMUNHA no meio das outras pessoas, dessa vida nova que Deus oferece. O Deus família torna-se Trindade de pessoas distintas, porém unidas. Um santo domingo a todos!  

(Leandro)

Papa encontrou crianças doentes, na Casa Santa Marta, e meditou sobre o sofrimento.

30/05/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu, na tarde desta sexta-feira (29/5), na Capela da Casa Santa Marta, onde reside, no Vaticano, um grupo de crianças gravemente doentes, acompanhadas pelos pais e alguns voluntários e responsáveis da UNITALSI, um organismo que leva doentes em peregrinação ao Santuário de Lourdes, na França.

O Santo Padre se aproximou, com carinho das crianças, de idade entre os 7 e os 14 anos, mas também de 2 ou 3 anos. Algumas dirigiram sua saudação ao Papa, em nome das demais.
Por sua vez, Francisco aproveitou a ocasião para fazer uma profunda meditação sobre o mistério do sofrimento dos menores, no seio da sociedade, dizendo: “Não há explicação... é um mistério! Imagino a reação de Nossa Senhora, quando puseram em seu colo o corpo morto de seu filho, ensanguentado, maltratado... Sua Mãe o acariciou, apesar de não entender”.
Então, o Pontífice convidou os pais das crianças presentes a não terem medo de interrogar ao Senhor, para receber uma resposta aos seus tantos “por quês”? Por que as crianças sofrem? E o Papa insistiu com os pais:
“Não tenham medo de perguntar ‘por que?’, até mesmo de desafiar o Senhor... a única explicação que ele poderá dar aos seus tantos por quês será ‘também meu Filho sofreu’! O Senhor não responderá com palavras, mas, a coisa mais importante é que sentiremos o seu olhar de ternura sobre nós, que nos dará a força de seguir adiante.
O Papa expressou sua admiração pelos pais, que tiveram a coragem de rejeitar o aborto, que é uma falsa solução do problema do sofrimento, e elogiou o seu “heroísmo” em aceitar o sofrimento dos seus filhos e em se preocupar pelo destino e futuro incertos deles.
Enfim, o Santo Padre prometeu as suas orações a todas as crianças e seus pais, para que o Senhor possa dar-lhes a justa consolação, da qual precisam. E concluiu, encorajando-os, mais uma vez, a dirigir-se ao Senhor, com insistência e confiança.
O encontro com o Papa, na Capela Santa Marta, no Vaticano, terminou, após uma hora, com a oração da Ave Maria e com a sua Bênção Apostólica. Ao se despedir, Francisco se entreteve, mais um pouco, com as  crianças presentes, seus pais e acompanhantes. (MT)
Eis as palavras do Papa na íntegra:

Boa tarde a todos.
Se acomodem, se acomodem...!
Comecemos com uma oração ao Senhor (récita do Pai Nosso)
Quando, na catequese, nos ensinaram sobre a Santíssima Trindade, nos disseram que era um mistério, que sim, tem o Pai, o Filho, o Espírito Santo, mas que não se podia entender tudo. É verdade, temos as provas de que é verdade, mas entende-lo, é outra coisa. As provas as temos. Também aqui, se olhamos Jesus, a Eucaristia, naquele pedaço de pão está Jesus, é verdade. Mas como é isto? Não entendemos como possa...mas é verdade, é Ele. É um mistério, digamos! E assim, se fizermos algumas perguntas da catequese, não se pode explicar profundamente, mas temos as provas.
Também existe uma pergunta que não se aprende a explicação na catequese. É a pergunta que tantas vezes eu me faço e tantos de vocês, e tanta gente faz: “Por que as crianças sofrem?”. E não existem explicações. Também isto é um mistério. Olhando para Deus eu pergunto: ‘Mas por que?”. E olhando para a Cruz: “Por que o teu filho está alí? Por que? É o mistério da Cruz.
Tantas vezes eu penso na Nossa Senhora, quando deram a ela o corpo morto de seu Filho, todo ferido, cuspido, ensanguentado, sujo. E o que fez Nossa Senhora? “Levem-no embora? “. Não, o abraçou e o acariciou. Também Nossa Senhora não entendia, hein! Porque ela, naquele momento, recordou aquilo que o Anjo lhe havia dito: “ Ele será Rei, será grande, será profeta” e dentro de si, seguramente, com aquele corpo assim ferido, com tanto sofrimento antes de morrer, nos braços, dentro dela, seguramente teria tido o desejo de dizer ao Anjo: “Mentiroso! Eu fui enganada”. Também ela não tinha respostas.
Quando as crianças crescem, chegam a uma certa idade que não entendem bem como é o mundo, pelos dois anos, mais ou menos. E começam a perguntar: “Papai, por que? Mamãe, por que? Por que?”. E quando o pai ou a mãe começam a explicar, as crianças não escutam e vem um outro “por que?”, “por que aquilo?”. E elas não querem ouvir a explicação. Somente com este ‘por que’ chama a atenção para si do papai e da mamãe. Nós podemos perguntar ao Senhor: “mas Senhor, por que? Por que as crianças sofrem? Por que esta criança?”. O Senhor não nos dirá palavras, mas sentiremos o seu olhar sobre nós e isto nos dará força.
Não tenham medo de perguntar, mesmo de desafiar o Senhor. “Por que?”. Talvez não virá nenhuma explicação, mas o Seu olhar de Pai te dará força para seguirem em frente. E também te dará aquela coisa estranha da qual falou este irmão na sua experiência: um sentimento diverso, um sentimento estranho (ndr – o Papa se refere ao testemunho recém dado pelo pai de uma criança doente). E talvez este sentimento de ternura pelo teu filho doente será a explicação, porque é o olhar do Pai. Não tenham medo de pedir a Deus “Por que?”, desafiando-o: “Por que?”, sempre que estiverem com o coração aberto para receber o seu olhar de Pai. A única explicação que poderá te dar será: “Também o meu Filho sofreu”. Mas esta é a explicação. A coisa mais importante é o olhar. E a vossa força está alí: no olhar amoroso do Pai.
“Mas o senhor que é Bispo – vocês poderiam perguntar – que estudou tanta teologia, não tem nada a mais para nos dizer?”. Não. A Trindade, a Eucaristia, a graça de Deus, o sofrimento das crianças são um mistério. E somente se pode entrar no mistério se o Pai nos olha com amor. Eu, realmente, não sei o que dizer para vocês, porque tenho tanta admiração pela vossa fortaleza, pela vossa coragem. Tu disseste que te aconselharam o aborto. Disseste: “Não, que venha, tem o direito de viver”. Nunca, nunca se resolve um problema tirando uma pessoa. Nunca. Esta é a regra dos mafiosos. “Existe um problema, demos um jeito nesta pessoa, hein”...nunca!
Eu vos acompanho assim como sou, como sinto. E realmente eu não sinto uma compaixão momentânea, não. Eu vos acompanho com o coração neste caminho, que é um caminho de coragem, que é um caminho de cruz, e também um caminho que a mim faz bem, o vosso exemplo. E vos agradeço por serem assim corajosos. Tantas vezes, na minha vida, fui covarde, e o vosso exemplo me fez bem, me faz bem. Porque as crianças sofrem? É um mistério, é necessário chamar Deus como o filho chama o seu papai e diz: “Por que? Por que?”, atrair o olhar de Deus que é a única coisa que nos dirá: “Mas olha meu Filho, também”.
Que em um mundo onde é tão cotidiano viver a cultura do descarte, aquilo que não está bem se descarta, vocês trazem esta – me permito dizer, mas não quero fazer uma adulação, não, é do coração  que o digo – esta heroicidade. Vocês são pequenos heróis da vida. Eu ouvi tantas vezes a grande preocupação de pais e mães como vocês e estou seguro que é a vossa: que o meu filho não permaneça sozinho na vida, que a minha filha não permaneça sozinha na vida. Talvez é a única ocasião na qual os pais pedem ao Senhor de chamar antes o filho, para que não permaneça sozinho na vida. E isto é amor.
Vos agradeço por vosso exemplo. Não sei o que dizer mais, realmente, porque estas coisas me tocam tanto. Também eu não tenho respostas. “Mas o senhor é o Papa, deve saber tudo!”. Não, para estas coisas não existem respostas, somente o olhar do Pai. E depois, o que faço? Rezo, por vocês, por estas crianças, pelo sentimento de alegria, de dor, tudo misturado, do qual falou nosso irmão. E o Senhor sabe consolar esta dor de modo especial. Que seja ele a dar a consolação justa a cada um de vocês, aquela da qual vocês tem necessidade.
Obrigado pela visita, obrigado, obrigado.
O Padre Joannis (ndr – Mons Gaid, um dos dois secretários particulares do Papa, que acompanhou o grupo), que é um pouco especial, vocês o conhecem, me sugeriu de vos contar uma história. Talvez vos ajudará a olhar o Senhor. Tinha uma criança que brincava, alí. O pai o olhava pela janela do terceiro andar e a criança queria mover uma pedra grande, mas não conseguia, era muito pesada. Depois a criança, inteligente, foi pegar um instrumento de ferro para movê-la e não conseguia, depois chamou seus companheiros e queria movê-la com os companheiros, e não conseguiam porque era uma pedra pesada. E eles queriam movê-la para brincar alí, naquele lugar e por fim, o pai que olhava tudo pela janela desceu, e com muita força e com o instrumento de ferro levou embora a pedra. E a criança repreendeu-o: ‘mas papai, você viu que eu não conseguia?”. “Sim”. ‘E por que não veio antes?”. “Por que não me chamaste”.
Não esqueçam isto: chamar o Senhor. Ele saberá como virá, quando virá e esta será a vossa consolação. Rezem por mim também. Obrigado.
Rezemos para Nossa Senhora....Ave Maria....
Bênção 
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa: "A ciência deve estar a serviço do homem e não vice-versa"

30/05/2015 

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu em audiências sucessivas, na manhã deste sábado (30/5), no Vaticano, o Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os Bispos, e o arcebispo de Trujillo, no Peru, Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte.

A seguir, na Sala Clementina, recebeu cerca de 400 participantes no encontro, promovido pela Associação Ciência e Vida, por ocasião dos seus dez anos de atividades, que se conclui, neste sábado, em Roma, sobre o tema: “Que tipo de ciência para qual tipo de vida”!
Em sua saudação aos presentes, o Papa disse, inicialmente, que esta Associação “presta um serviço importante e encorajador em prol da pessoa humana”. De fato, a tutela e a promoção da vida representam uma tarefa fundamental, sobretudo em uma sociedade marcada pela lógica negativa do descarte.
Para tutelar a pessoa, explicou o Pontífice, vocês colocam ao centro das suas atividades dois aspectos essenciais: “sair para encontrar” e “encontrar para sustentar”. Trata-se de um dinamismo que vai do centro para as periferias: o centro é Cristo e dele partem as diversas ações, que vão ao encontro da vida humana. E o Papa ponderou:
“O amor de Cristo nos impele a tornar-nos servidores dos pequenos e idosos, de cada homem e mulher, dos quais devem ser tutelados o direito primordial à vida. A existência da pessoa humana, à qual vocês dedicam a sua solicitude, é o princípio constitutivo da sua Associação: a vida, na sua imperscrutável profundidade, cria e acompanha todo o caminho científico. Eis o milagre da vida, que coloca em crise a presunção científica, restituindo-lhe beleza e maravilha”!
Desta forma, Cristo, Luz do homem e do mundo, ilumina a estrada, para que a ciência esteja sempre a serviço da vida, desde a sua concepção até ao seu fim natural. Neste sentido, o Bispo de Roma convidou os membros da Associação “Ciência e Vida” a manter o olhar à sacralidade de cada pessoa humana, para que a ciência esteja realmente a serviço do homem e não homem a serviço da ciência. E o Santo Padre sugeriu:
“Portanto, reconhecendo o valor inestimável da vida humana, devemos refletir também sobre o uso que fazemos dela. A vida é, antes de tudo, um dom. Esta é uma realidade que pode gerar esperança e futuro se for vivificada por elos fecundos, pro relações familiares e sociais, que abrem a novas perspectivas”.
Enfim, quando nos referimos ao homem, recordou o Papa, jamais devemos esquecer todos os atentados perpetrados contra a sacralidade da sua vida: o aborto, a exclusão dos mais necessitados, a morte no trabalho, a morte por desnutrição, o terrorismo, a guerra, a violência, a eutanásia.
Ao se despedir dos numerosos presentes na Sala Clementina, Francisco os convidou a “cultivar e respeitar a dignidade transcendente do homem”, como também a relançar “uma renovada cultura da vida”, que saiba oferecer horizontes de paz, de misericórdia, de comunhão e de diálogo profundo com o mundo da ciência! 
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa às crianças: Não deixem de sonhar

30/05/2015

Cidade do Vaticano (RV) – Às 11h 42 min deste sábado chegou à Estação ferroviária da Cidade do Vaticano o Trem das Crianças, transportando 200 crianças, filhos de detentos e detentas, provenientes de Bari e Trani, numa iniciativa do Pátio dos Gentios. Logo após a chegada, as crianças e seus acompanhantes puderam encontrar o Santo Padre na Sala Nervi: “Não deixem nunca de sonhar”, disse Francisco aos pequenos.

À pergunta do Papa “Quando é que um coração é de gelo ou de  pedra?” alguns dos pequenos responderam: “Quando se fica desiludido”, enquanto outros disseram “quando não sonhamos ou não rezamos”. Após, uma criança respondeu: “quando não escutamos a Palavra de Deus e de Jesus”. A este ponto o Papa a chamou e disse: “tu disseste uma coisa bonita, repitamos juntos: não deixem nunca de sonhar e de escutar a Palavra de Jesus, porque Jesus alarga o coração e ama a todos”.
Francisco quis saudar uma a uma, com seus acompanhantes e familiares e recebeu o abraço de muitos, assim como muitos foram os pedidos para fazer selfies. As crianças doaram ao Papa alguns braceletes feitos por suas mães na prisão, assim como desenhos, pequenas águias.
Quando os pequenos chegaram ao Vaticano, soltaram pipas na forma de águias, num gesto que simboliza o tema escolhido este ano pelo Pátio das Crianças – Voo - porque, como explicado, quer oferecer aos pequenos que vivem com suas mães uma cotidianidade marcada pela prisão e afastamento de seus irmãos e para aqueles que vivem a separação de suas mães detidas, um dia para voar e soltar a fantasia, sair da dura realidade a que são obrigados a viver.
O Trem das Crianças é promovido pela Ferrovia do Estado em colaboração com o Pátios das Crianças, uma iniciativa da Santa Sé dedicada aos pequenos, no âmbito do Pátio dos Gentios. O tema do ‘Voo’ foi escolhido pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura,  Cardeal Gianfranco Ravasi. A iniciativa chegou a sua terceira edição, após aquela de Nápoles, em 2014, dedicada aos jovens com abandono escolar e a de Milão, voltada aos jovens que acolhidos em casas de família. 
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

O que é o discernimento dos espíritos?

O discernimento é um dom “protetor da comunidade e de todos os outros dons”
O discernimento é uma habilidade ou a capacidade dada por Deus de se reconhecer a identidade (e, muitas vezes, a personalidade e a condição) dos “espíritos” que estão por trás de diferentes manifestações ou atividades. Este dom, essencial à Igreja, é geralmente concedido aos pastores do rebanho de Deus e aos que estão em posição de guardar e guiar os santos.
O que é o discerniemto dos espíritos
Como podemos ver na definição acima, esse dom de Deus nos ajuda a perceber a origem de uma intuição, de um pensamento, a causa de um comportamento, especialmente quando este se nos apresenta de forma estranha.
Como dom [discernimento dos espíritos], não procede das capacidades simplesmente humanas nem das deduções científicas que possamos ter adquirido. “O discernimento é intuição pela qual sabemos o que é, verdadeiramente, do Espírito Santo”.
O discernimento também pode ser visto como uma espécie de visão ou sensibilidade; é uma revelação espiritual da operação de diferentes tipos de espíritos numa pessoa ou numa situação; é o meio pelo qual Deus faz os cristãos tomarem consciência do que está acontecendo.
Após todas estas definições, podemos nos perguntar: Qual o benefício esse dom nos traz ao ser usado de forma adequada? Como utilizá-lo? Como deve ser utilizado pelas pessoas, quando estas vivem situações complexas? Como elas devem proceder a partir da orientação certa e segura que o discernimento lhes deu?
O uso do dom do discernimento
O carisma em estudo nos permite agir de forma correta em um fato ou situação que temos em mãos, no momento. Permite-nos identificar a causa dessa situação especial, podendo, assim, nos levar à raiz, ao princípio que a move, que a origina, encaminhando à situação acertada e feliz.
O uso do dom nos ajuda, portanto, a conhecer o espírito, isto é, o princípio animador (anima = o que anima, move, movimenta, etc.). Com ele, podemos chegar, com facilidade, à origem de uma inspiração e confirmar de onde esta pode vir:
– Se provém de Deus (ou de Deus por meio de Seus anjos, os Seus mensageiros);
– Se tem origem na mente humana (a qual pode estar sã, doentia, desequilibrada ou alterada);
– Se provém dos espíritos maus (do demônio ou de influências espirituais maléficas).
O discernimento ajuda-nos, ainda, a distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, orientando nossas vidas na fé e doutrina de Jesus Cristo. O Senhor tem para nós esse grande dom, esse precioso dom, que é o discernimento dos espíritos. Embora ele seja um dom, embora nos seja dado gratuitamente, é resultado, também, da nossa caminhada. Precisamos caminhar e amadurecer e o que nos torna maduros é a perseverança, a oração, a Palavra de Deus e a docilidade. E com a maturidade vem também o discernimento dos espíritos.
Que Deus dê a você esse grande dom. Você pode orar agora: Senhor Jesus, peço o discernimento dos espíritos. Preciso muito desse dom para não confundir todas as coisas. Não quero saber de nada de mau, não quero saber confundir. Quero ser guiado, conduzido, orientado pelo Senhor. Dá-me, Senhor, o dom do discernimento dos espíritos. Amém!
Peço para você a graça da caminhada, do crescimento, para que venha a trilhar o seu caminho com perseverança. Peço que, amadurecido, crescido e arraigado em Jesus, que você tenha todo discernimento para poder servir ao Senhor cada vez melhor; como bom e prudente e a quem o Senhor pode confiar o que tem de mais precioso.
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos o dom de discernir.
Por Padre Luizinho 
Fonte: Canção Nova 

Comunhão é reposta ao amor de Deus

Padre Edmilson Dias. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Padre Edmilson Dias. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Jesus faz Sua oração sacerdotal, antes do mistério Pascal, quando reza por nós, que O conheceríamos após um tempo: “Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós” (João 17, 10-11).
A Santíssima Trindade é a base para esta pregação. O Catecismo da Igreja Católica mostra que: “A Trindade é una. Nós não confessamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: «a Trindade consubstancial» (64). As pessoas divinas não dividem entre Si a divindade única: cada uma delas é Deus por inteiro: «O Pai é aquilo mesmo que o Filho, o Filho aquilo mesmo que o Pai, o Pai e o Filho aquilo mesmo que o Espírito Santo, ou seja, um único Deus por natureza» (65). «Cada uma das três pessoas é esta realidade, quer dizer, a substância, a essência ou a natureza divina» (66)” (CIC 253).
O Catecismo esclarece que, quando rezamos “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, nós sempre dizemos “amém” no fim, porque acreditamos que Ele é um Deus Trino. Nós não acreditamos em três deuses, não é um Deus grande, um médio e outro pequenino. São três pessoas num único e mesmo Deus.
“As pessoas divinas são realmente distintas entre Si. «Deus é um só, mas não solitário» (67). «Pai», «Filho», «Espírito Santo» não são meros nomes que designam modalidades do ser divino, porque são realmente distintos entre Si. «Aquele que é o Filho não é o Pai e Aquele que é o Pai não é o Filho, nem o Espírito Santo é Aquele que é o Pai ou o Filho» (68). São distintos entre Si pelas suas relações de origem: «O Pai gera, o Filho é gerado, o Espírito Santo procede»(69). A unidade divina é trina” (CIC 254).
Nós cremos num único Deus, mas não num Deus solitário. São três pessoas distintas num único amor, num único ato de amar, num Altíssimo que é comunhão, que é relação.
O Senhor sempre estará acima da nossa compreensão humana; Ele nunca estará totalmente dentro de nós, porque Ele é muito grande.
Ao olharmos para o mistério da Santíssima Trindade, para a relação do Pai com o Filho, para a relação do Espírito para com o Pai e o Filho, aprendemos a nos relacionar com Deus Uno e Trino, mas também com as pessoas que estão a nossa volta, em nosso relacionamento cotidiano.
A Palavra de Deus, no livro de Gênesis 1, 26-27, diz assim: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher”.
Nós fomos criados deste modo: à imagem e semelhança de Deus. Fomos criados acima de uma realidade maior. O Senhor vai criando todas as coisas; Ele chama à existência os animais, as plantas etc., e acha tudo muito bom. Mas Ele não iguala o ser humano às coisas criadas. Sempre o ser humano estará acima de todo o resto, as outras coisas foram criadas em vista dele.
Peregrino participam da Quinta-feira de Adoração na Canção Nova. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Peregrinos participam da Quinta-feira de Adoração na Canção Nova. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Veja como grande  é o amor de Deus! Ele comunica em cada obra criada o Seu amor, Ele põe de Si mesmo em tudo aquilo que realiza.
Deus expandiu o Seu amor ao nos criar, mas Ele não disse às plantas, aos animais: “Façam-se à minha imagem e semelhança”.
É preciso que nos descubramos criados por Deus, à imagem e semelhança d’Ele. Sabemos que sempre houve a Santíssima Trindade, e essa revelação plena acontece por meio de Jesus. Precisamos fazer uma experiência diária com esse Deus que está presente em nossa criação.
Se quisermos viver bem uns com os outros, precisamos estar unidos ao Pai. Quem se aproxima d’Ele se descobre interiormente; quem se aproxima do Senhor se descobre amado. Quando nos aproximamos do Senhor, descobrimos que somos amados.
Se você não consegue viver bem a sua vida de oração, suplique a ajuda do Espírito Santo. É preciso clamar para que Ele venha. É ele quem nos conduz ao Pai, é ele quem sara o nosso coração. Precisamos ser um povo que clama a Deus, precisamos ser como os apóstolos de Jesus. É hora de deixar que o Espírito Santo transforme a nossa vida.
As pessoas podem acreditar no que você fala, nas músicas de Deus que você canta, mas elas acreditarão muito mais quando sentirem o Espírito Santo em você.
Olhemos para a Santíssima Trindade e aprendamos a lidar com os outros, aprendamos a ser melhores, pois o amor de Deus diz quem nós somos.
Transcrição e adaptação: Karina Aparecida
Fonte: Canção Nova 
Data da pregação: 28/05/15 

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