18 de abr. de 2015

Compaixão é o maior dom de Deus, diz Papa à fundação dos EUA

17/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa concluiu sua série de audiências nesta sexta-feira (17/04) recebendo, no Vaticano, mais de 200 membros da Papal Foundation – uma organização com sede em Filadélfia, nos Estados Unidos, que há 25 anos financia a educação e a formação de jovens sacerdotes, religiosos e leigos em vários países.
Para o Pontífice, a ampla variedade de projetos financiados pela Fundação testemunha os esforços incessantes da Igreja em promover o desenvolvimento integral da família humana. “Desejo confirmar a minha gratidão pelo trabalho desafiador e o sacrifício que comporta, como também garantir minhas orações aos envolvidos neste projeto”, disse o Pontífice.
O Papa concluiu seu discurso falando do Jubileu da Misericórdia, que será inaugurado no dia 8 de dezembro. “Possa cada um de vocês fazer a experiência da cura e da liberdade que vêm do encontro com o perdão e o amor gratuito oferecidos nos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia". 

Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa irá a Turim para venerar o Sudário e visitar os Salesianos

17/04/2015

Turim (RV) – O Papa vai visitar a sede dos Salesianos, em Valdocco, Turim, no próximo dia 21, terça-feira: foi o que informou o Reitor-mor da grande Família Salesiana, Padre Angel Fernandez Artime.
O Reitor-mor expressou a imensa satisfação e gratidão, em nome de todos os Salesianos, pela decisão do Santo Padre de participar das celebrações do bicentenário do nascimento de São João Bosco.
“A visita de Bergoglio, afirmou o Superior dos Salesianos, é para toda a Família salesiana um ulterior motivo para sermos fiéis ao nosso trabalho pastoral e educativo em favor dos jovens, especialmente daqueles mais necessitados”. Os jovens, de fato, explica o Padre Artime, “são a parte mais preciosa da sociedade”, segundo o fundador dos Salesianos.
Por isso, diz ainda o Reitor-mor, “as decisões que tomamos devem sempre em vista deles”. Esta é a chave da atração que sentimos por Don Bosco na família salesiana. O coração e o amor deste “bom pastor” foram tão grandes a ponto de dar a sua própria vida pelos jovens”.
A presença do Santo Padre a Valdocco se insere no âmbito da sua Visita pastoral a Turim, para venerar o Santo Sudário, que será exposto, de modo extraordinário, na Catedral de 19 a 24 de junho próximo.
A exposição do Sudário é caracterizada pelo tema: “Juventude e sofrimento”, extraído do Evangelho de São João (15, 13), “Amor maior”, para destacar a profunda ligação entre todos os aspectos do amor, até ao sacrifício da própria vida com a morte de Cruz.
A última exposição do Santo Sudário deu-se em 2013. Em 2010, durante a penúltima exposição, o Papa emérito Bento XVI fez uma visita pastoral a Turim.
Em 1998, durante um breve momento de veneração diante do Santo Sudário, São João Paulo II afirmou: “O Sudário é uma provocação à inteligência. Ele requer, antes de tudo, o empenho de cada homem, em particular do investigador, para captar com humildade a sua mensagem profunda, enviada à razão e à vida. O fascínio misterioso do Santo Sudário nos impele a formular interrogativos sobre a sua relação com as vicissitudes da vida de Jesus”. 

Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Francisco pode incluir etapa em Cuba durante visita aos EUA

17/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – “O Papa levou em consideração a ideia de realizar uma etapa em Cuba por ocasião da sua próxima viagem aos Estados Unidos”: palavras do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, respondendo aos jornalistas depois das indiscrições publicadas pelo jornal The Wall Street Journal.
Todavia, acrescentou Pe. Lombardi, os contatos com as autoridades do país ainda estão num estágio demasiado inicial para que hoje se possa falar desta etapa como uma “decisão tomada e um projeto operativo”.
O Papa Francisco irá aos Estados Unidos na segunda quinzena de setembro para participar do Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia. Antes, porém, o Pontífice passará por Washington, para se encontrar com o Presidente Barack Obama e discursar no Congresso estadunidense, e por Nova Iorque, para um pronunciamento na sede das Nações Unidas.
Reaproximação
Francisco e a Santa Sé tiveram um papel decisivo na reaproximação entre Estados Unidos e Cuba. O Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin, participou nos dias passados da reunião da Organização dos Estados Americanos, no Panamá – ocasião em que Obama e Raul Castro se encontraram.
Além disso, o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Beniamino Stella, que foi Núncio em Cuba, visitará a ilha de 22 a 28 de abril. Este ano, Cuba e Santa Sé celebram 80 anos de relações diplomáticas. (BF)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa na missa: "Imitar Jesus e abrir o coração à humildade"

17/04/2015 

Cidade do Vaticano (RV) - A humilhação por si mesma é masoquismo, mas a que sofremos e suportamos em nome do Evangelho nos faz assemelhar a Jesus. Foi o conceito expresso pelo Papa na homilia da Missa matutina na Casa Santa Marta. O Papa convidou os cristãos a jamais cultivarem sentimentos de ódio e a descobrirem dentro de si, com o tempo, sentimentos e comportamentos que agradam a Deus: amor e diálogo.
“É possível que um homem reaja a situações difíceis usando os modos de Deus?” Sim, confirmou o Papa, “é só questão de tempo. O tempo de se deixar permear pelos sentimentos de Jesus”. Francisco o explica analisando o episódio contido na leitura dos Atos dos Apóstolos, quando eles estão sendo julgados no Sinédrio, acusados de pregar o Evangelho, que os doutores não queriam nem ouvir. Todavia, um fariseu, Gamaliel, aconselha a deixar os Apóstolos, porque ‘se a doutrina deles tivesse origens humanas, seria destruída, o que não aconteceria se viesse de Deus’. O Sinédrio aceita a sugestão, ou seja – destaca o Papa – decide ganhar ‘tempo’. Não reage seguindo o instintivo sentimento de ódio, e isto – segundo o Papa – é um ‘remédio’ certeiro para todo ser humano: 
Harmonia
“Dê tempo ao tempo. Isto é útil para nós, quando temos pensamentos negativos sobre os outros, sentimentos ruins. Quando temos antipatia, ódio, não deixem que cresçam, parem, deem tempo ao tempo. O tempo coloca as coisas em harmonia e nos faz ver o lado justo delas. Mas se reagirmos no momento da fúria, é certo que seremos injustos. Injustos. E faremos mal a nós mesmos. Este é um conselho: o tempo, o tempo, no momento da tentação”. 
Quando guardamos um ressentimento, nota Francisco, é inevitável que exploda. “Explode no insulto, na guerra”, observa, e “com estes sentimentos ruins contra os outros, lutamos contra Deus”, enquanto “Deus ama os outros, a harmonia, ama o amor, o diálogo, ama caminhar juntos”. “Acontece comigo também”, admite o Papa: “Quando não gostamos de alguma coisa, o primeiro sentimento não é de Deus, é sempre ruim. Ao contrário, devemos parar – exclama Francisco – dar espaço ao Espírito Santo para que nos faça ir ao justo, à paz”. Como os Apóstolos, que são flagelados e deixam o Sinédrio “felizes” por terem sido insultados pelo nome de Jesus”: 
Orgulho
“O orgulho dos primeiros leva a querer matar os outros, já a humildade, também a humilhação, leva a se parecer com Jesus. E isso é algo que nós não pensamos. Neste momento, em que tantos irmãos e irmãs são martirizados em nome de Jesus, eles estão neste estado, têm neste momento a felicidade de sofrer insultos, inclusive a morte, pelo nome de Jesus. Para fugir do orgulho dos primeiros, há somente a estrada de abrir o coração à humildade, e a ela jamais se chega sem a humilhação. Esta é uma coisa que não se entende naturalmente. É uma graça que devemos pedir”.
A graça, concluiu Francisco, “da imitação de Jesus”. Uma imitação testemunhada não somente pelos mártires de hoje, mas também por aqueles “tantos homens e mulheres que sofrem humilhações todos os dias e pelo bem da própria família” e “fecham a boca, não falam, suportam por amor de Jesus”:
“E esta é a santidade da Igreja, esta alegria que dá a humilhação, não porque a humilhação é bela, não, isso seria masoquismo, não: porque com aquela humilhação se imita Jesus. Duas atitudes: a do fechamento que leva ao ódio, à ira, a querer matar os outros; e a da abertura a Deus no caminho de Jesus, que faz receber as humilhações, inclusive as mais fortes, com esta felicidade interior porque estamos certos de caminhar na estrada de Jesus”.

Fonte: http://br.radiovaticana.va/

16 de abr. de 2015

A importância da ação de graças após a Comunhão

1427662_57297177A Igreja nos ensina que após receber a Sagrada Hóstia, Presença real de Jesus: corpo, sangue, alma e divindade; Ele está substancialmente presente em nós até que nosso organismo consuma as espécies do trigo; isto pode levar cerca de 15 minutos. Depois disso, Jesus passa a estar em nossa alma pela ação do Espírito Santo e de Sua graça.
O grande São Pedro Julião Eymard, em seu livro FLORES DA EUCARISTIA (Ed. Palavra Viva, Sede Santos!, Distribuidora Loyola, pgs 131-135), nos ensina a importância da Ação de Graças. Transcrevo aqui alguns de seus ensinamentos para a sua meditação:
“O momento mais solene de vossa vida é o da Ação de Graças, em que possuis o Rei da Terra de do Céu, vosso Salvador e Juiz, disposto a vos conceder tudo o que Lhe pedirdes”.
“A Ação de Graças é de imprescindível necessidade, a fim de evitar que a Santa Comunhão degenere num simples hábito piedoso.”
“Nosso Senhor permanece pouco tempo em nossos corações, após a Santa Comunhão, porém os efeitos de Sua Presença se prolongam. As santas espécies são como que um invólucro, o qual se rompe e desaparece para que o remédio produza seus salutares efeitos no organismo. A alma se torna então como um vaso que recebeu um perfume precioso.”
“Consagrai à Ação de Graças meia hora se for possível, ou, pelo menos, um rigoroso quarto de hora (15 minutos). Dareis prova de não ter coração e de não saber apreciar devidamente o que é a Comunhão, se, após haver recebido Nosso Senhor, nada sentísseis e não Lhe soubésseis agradecer.”
“Deixai, se quiserdes, que a Santa Hóstia permaneça um momento sobre a vossa língua a fim de que Jesus, verdade e santidade, a purifique e santifique. Introduza-a depois em vosso peito, no trono do vosso coração, e, adorando em silêncio, começai a Ação de Graças” (pg. 131).cpa_segredo_da_sagrada_eucaristia
“Adorai Jesus sobre o trono de vosso coração, apoiando-vos sobre o Dele, ardente de amor. Exaltai-Lhe o poder… proclamai-o Senhor vosso, confessai–vos ser feliz servo, disposto a tudo para Lhe dar prazer.”
“Agradecei-Lhe a honra que vos fez, o amor que vos testemunhou, e o muito que vos deu nesta Comunhão! Louvai a Sua bondade e o seu amor para convosco, que sois tão pobre, tão imperfeito, tão infiel! Convidai os anjos, os santos, a Imaculada Mãe de Deus para louvá-Lo e agradecer-Lhe por vós. Uni-vos às ações de graças amantes e perfeitas da Santíssima Virgem.”
“Agradeçamos por meio de Maria, pois quando um filho pequeno recebe alguma coisa cabe à mãe agradecer por ele. A Ação de Graças identificada com a de Maria Santíssima será perfeita e bem aceita pelo Coração de Jesus.”
“Na Ação de Graças de Comunhão, chorai os vossos pecados aos pés de Jesus com Madalena (Jo 12,3), prometei-lhe fidelidade e amor, fazei-Lhe o sacrifício de vossas ações desregradas, de vossa tibieza, de vossa indolência em empreender o que vos custa. Pedi-Lhe a graça de não mais O ofender, professar-Lhe que preferis a morte ao pecado.”
“Pedi tudo o que quiserdes; é o momento da graça, e Jesus está disposto a vos dar o próprio Reino. É um prazer que Lhe proporcionamos, oferecer-Lhe ocasião de distribuir seus benefícios.”
“Pedi-lhe o reinado da santidade em vós, em vossos irmãos, e que a sua caridade abrase todos os corações.”
cpa_como_comungarNa Ação de Graças podemos e devemos orar pela Igreja, pelas necessidades, intenções e saúde do Papa e de nossos bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados, coordenadores de comunidades, missionários, catequistas, vocações sacerdotais e religiosas, etc.
É o momento privilegiado para pedir a Jesus, pelo Seu Sacrifício, o sufrágio das almas do Purgatório (dizendo-Lhe os nomes), de pedir por cada pessoa de nossa família e de todos os que se recomendaram às nossas orações e por todos aqueles por quem somos mais obrigados a rezar. E supliquemos a Jesus todas as graças necessárias para podermos cumprir bem a missão que Ele nos deu nesse mundo, seja familiar, profissional ou apostólica. É também o momento de nossa cura interior, pelo Sangue de Jesus.
Não nos esqueçamos nunca do que Ele disse: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira” (Jo 15, 1-6). É melhor não Comungar do que Comungar mal.
Prof. Felipe Aquino

17/4 – Santo Aniceto

17_04 - S AnicetoAniceto nasceu na Síria e foi sucessor do papa São Pio I, em 155, no tempo em que Antonio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo. A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcion, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros. Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todos eles formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo, que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.
Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas. Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja. Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome. O seu corpo aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma, foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália.

Cléofas 

O caminho para aproveitar as próprias faltas

Para subir a escada da perfeição, é importante distinguir a boa e a má tristeza pelos pecados cometidos.

Há um chamado universal para o homem: o da santidade. Nenhuma pessoa humana está excluída dessa vocação cristã, seja judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos  somos "um em Cristo" (cf. Gl 3, 28). O Verbo Divino encarnou-se para manifestar a perfeita humanidade, a qual todos podemos e devemos almejar: "Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra" (Cl 3, 2).

Ao longo da história da Igreja, muitos cristãos foram capazes de renunciar às riquezas temporais, a fim de ganhar uma morada no céu. Porque a santidade não é uma teoria abstrata, mas um dom de Deus àqueles que acolhem a sua graça e se esforçam para identificar-se totalmente com a pessoa de Cristo, também hoje é possível falar em perfeição cristã. A santidade é possível porque se trata da expressa vontade de Deus para o homem. Por isso, repetiu insistentemente o Concílio Vaticano II: "Todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade, segundo a palavra do Apóstolo: 'esta é a vontade de Deus, a vossa santificação' (1 Ts 4,3; cf. Ef 1,4)".

A santidade, todavia, não é uma graça barata. Exige esforço. Eis o conselho de São Paulo aos colossenses: "Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a devassidão, a impureza, as paixões, os maus desejos, a cobiça, que é uma idolatria" ( Cl 3, 5). Devido à chaga causada pelo pecado, o homem é constantemente levado a praticar o mal que não quer, pelo que deve recorrer a uma espécie de terapia das doenças espirituais [1]. Com efeito, é preciso, em primeiro lugar, que o homem se abra à graça de Deus, uma vez que não se sobe nenhum degrau da escada da perfeição sem a ajuda divina.

Por causa de uma má compreensão sobre este ponto, muitos têm se perdido no caminho da santidade, deixando-se levar por um neopelagianismo, isto é, a vontade de alcançar o céu pelos próprios esforços [2]. Trata-se de uma artimanha do demônio para minar nossa esperança. Ele nos faz acreditar que já alcançamos grande avanço espiritual e que, por isso, somos irrepreensíveis aos olhos de Deus. Por conseguinte, ao sermos pegos em falta, surpreendemo-nos, pois "pensávamos ser pessoas firmes, decididas e sólidas e, ao ver que não somos nada disso e que demos com o nariz em terra, sentimo-nos perturbados, magoados e descontentes com nossa fragilidade" [3].

Quando a alma se encontra em uma situação como essa, deve saber distinguir entre a boa e a má tristeza causada pela falta cometida. Conforme diz São Paulo à comunidade de Corinto, "a tristeza que é segundo Deus produz uma penitência estável para a salvação; a tristeza do mundo produz a morte" ( 2 Cor 7, 10). Na mesma linha, São Francisco de Sales alerta [4]:

A tristeza pode, pois, ser boa ou má, conforme os efeitos que produza em nós. Mas, em geral, produz mais efeitos maus que bons, porque os bons são apenas dois: a misericórdia — o pesar pelo mal dos outros — e a penitência — a dor de ter ofendido a Deus —, ao passo que os maus são seis: medo, preguiça, indignação, ciúme, inveja e impaciência.
Na jornada pela santidade, portanto, o peregrino deve sempre ter em mente a sua profunda dependência de Deus. É exatamente o que exorta São Josemaría Escrivá: "Deixa que o teu coração transborde em efusões de Amor e de agradecimento ao considerar como a graça de Deus te liberta todos os dias dos laços que te arma o inimigo" [5]. De fato, a consciência de que não somos nada sem o auxílio de Deus e que, longe d'Ele, estaríamos invejando a comida dos porcos, tal qual o filho pródigo, liberta-nos de toda presunção demoníaca e faz-nos enxergar nossos pecados com serenidade e paz de espírito. Essa é a arte de aproveitar as próprias faltas para a edificação de nossa humildade.

O amor próprio, comenta o escritor cristão Joseph Tissot, é o principal impedimento para o progresso na vida cristã. O autor diz [6]:

Essa excessiva ansiedade da pessoa não tanto por curar-se como por saber que está curada, para ficar satisfeita consigo mesma; esses secretos despeitos que a impedem de fazer as pazes com sua consciência, porque é mais cômodo abandoná-la como incorrígivel; essas melancolias em que mergulha; essa incessante e obsessiva contemplação das faltas cometidas e de si própria; essa necessidade de lamentar-se mais diante dos homens do que diante de Deus, com o imperceptível desejo de despertar compaixão… 'todas essas penas se devem a um mesmo pai espiritual que se chama amor-próprio'.
Ora, o caminho da perfeição cristã é como aquele descrito por um monge a um jovem curioso, que desejava saber o que os religiosos faziam dentro do mosteiro: Aqui dentro se cai e se levanta, cai e se levanta, cai e se levanta, até o dia em que seremos definitivamente levantados por Nosso Senhor. Esperamos em Cristo o dia em que Ele nos limpará de toda impureza: "Dar-vos-ei um coração novo e em vos porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne" ( Ez 36, 26). Essa é a virtude da esperança cristã; a esperança da santidade eterna.


Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Divulgadas datas oficiais da viagem do Papa à América Latina

16/04/2015


Cidade do Vaticano (RV) - A Sala de Imprensa da Santa Sé confirmou na manhã desta quinta-feira (16/04), as datas da viagem do Papa à América Latina, em julho deste ano.
A visita de Francisco incluirá três países, acolhendo o convite dos presidentes e dos episcopados locais: Equador, de 6 a 8 de julho; Bolívia, de 8 a 10; e Paraguai, de 10 a 12.
De acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé, o programa completo da viagem será divulgado em breve.
Assim, o Pontífice regressará pela segunda vez ao seu continente. A primeira foi em 2013, ao Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Na ocasião, visitou também o Santuário Nacional, em Aparecida.
Em 2016, está prevista outra viagem à América Latina, quando visitará – entre outras etapas – sua terra natal.
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa pede união para denunciar violência em nome de Deus

16/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – Bispos do Quênia, liderados pelo Presidente da Conferência episcopal do país e Arcebispo de Nairóbi, Cardeal John Njue, completaram a visita Ad Limina nesta quinta-feira (16/04), ao serem recebidos em audiência pelo Papa Francisco.
Ao reiterar que a Igreja no Quênia deve ser sempre fiel à sua missão de ser instrumento de reconciliação, justiça e paz, Francisco convidou os prelados a reforçarem o compromisso de trabalharem junto às lideranças religiosas, sejam elas cristãs ou não, na promoção da paz e justiça por meio do diálogo, da fraternidade e da amizade. Assim, destacou o Papa, “será possível denunciar de maneira mais unificada e corajosa toda a forma de violência, especialmente aquela perpetrada em nome de Deus”.
O Pontifice afirmou rezar por todos aqueles que foram mortos em atos terroristas ou durante hostilidades étnicas ou tribais no continente. “Penso especialmente nos estudantes mortos na Sexta-feira Santa na Universidade de Garissa. Possam suas almas descansar em paz e seus entes queridos, consolados. Possam aqueles que cometeram tal atrocidade arrepender-se e pedir misericórdia”, escreveu Francisco.
Vocações na África
Francisco reconheceu como um “sinal eloquente” de Deus à Igreja o grande número de seminaristas que atualmente está em preparação para o apostolado no Quênia. “Eles nos recordam o grande recurso que vocês tem em mãos nas igrejas locais, assim como da vossa grande responsabilidade em auxiliá-los a responder ao chamado ao sacerdócio”.
O Anuário Estatístico da Igreja revela que, em 2013, o Quênia era o quinto país da África em número de candidatos ao sacerdócio, com quase 4 mil seminaristas, atrás da Nigéria, Tanzânia, Uganda e República Democrática do Congo.
O Papa também recordou, neste Ano da Vida Consagrada, os homens e as mulheres que renunciaram ao mundo para o bem do Reino de Deus e que, com isso, trouxeram muitas bênçãos para a sociedade e para a Igreja no Quênia. “Levem, por favor, a eles, a minha gratidão, afeto e a certeza da minha proximidade em oração".
Comunidade em crescimento
Atualmente, mais da metade dos quenianos professa-se cristã. Em particular, a Igreja católica, no arco de pouco mais de um século, registrou um grande crescimento e, hoje, os fiéis católicos representam 31% da população. Essa realidade deve-se, antes de tudo, ao grande número de missionários de diversos institutos religiosos, tanto masculinos como femininos: Jesuítas, Combonianos, Oblatos, Camilianos, Missionários de Maryknoll, por exemplo. A liberdade religiosa - garantida por constituição - também é um alicerce para o crescimento do número de católicos no Quênia. 

Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa: ser obediente é estar aberto à vontade de Deus

16/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou a missa matutina desta quinta-feira (16/04) na intenção do seu predecessor, Bento XVI, que completa 88 anos. “Gostaria de lembrar que hoje é o aniversário de Bento XVI. Ofereci a missa para ele (Bento XVI) e também convido todos a rezarem por ele, para que o Senhor o sustente e lhe dê tantas alegrias e felicidades”, disse Francisco. Na homilia, o Pontífice comentou a liturgia do dia, que fala da obediência.
Sinal de coragem
A obediência – observou o Papa – “tantas vezes nos leva a um caminho que não é o que eu penso que deve ser, é outro”. Obedecer é “ter a coragem de mudar de rumo quando o Senhor nos pede”. “Quem obedece tem a vida eterna”, enquanto para “quem não obedece, a ira de Deus permanece sobre ele”. Assim, na primeira leitura extraída dos Atos dos Apóstolos, os sacerdotes e os chefes ordenam aos discípulos de Jesus que não preguem mais o Evangelho ao povo: estão enfuriados, com ciúme, porque na presença deles ocorrem milagres, o povo os segue e “o número de fiéis aumentava”. Os discípulos são encarcerados, mas à noite, o Anjo de Deus os liberta e voltam a anunciar o Evangelho.  Presos e interrogados novamente, Pedro responde às ameaças do sumo sacerdote: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”. O sacerdotes não entendiam:
Teimosia
“Mas estes eram doutores, tinham estudado a história do povo, tinham estudado as profecias, a lei, conheciam assim toda a teologia do povo de Israel, a revelação de Deus, sabiam tudo, eram doutores, e foram incapazes de reconhecer a salvação de Deus. Mas como é possível essa dureza de coração? Porque não é dureza de cabeça, não é simples ‘teimosia”. É a dureza… E pode-se perguntar: como é o percurso desta teimosia, que é total, de cabeça e de coração?”.
“A história desta teimosia, o itinerário – destacou o Papa - é o fechar-se em si mesmo, não dialogar, é a falta de diálogo”:
“Eles não sabiam dialogar, não sabiam dialogar com Deus, porque não sabiam rezar e ouvir a voz do Senhor, e não sabiam dialogar com os outros. ‘Mas por que esta interpretação?’. Somente interpretavam como era a lei para fazê-la mais precisa, mas estavam fechados aos sinais de Deus na história, estavam fechados ao seu povo. Estavam fechados, fechados. E a falta de diálogo, este fechamento do coração, os levou a não obedecer a Deus. Este é o drama desses doutores de Israel, desses teólogos do povo de Deus: não sabiam ouvir, não sabiam dialogar. O diálogo se faz com Deus e com os irmãos”.
Diálogo
E o sinal que revela que uma pessoa “não sabe dialogar”, “não está aberta à voz do Senhor, aos sinais que o Senhor faz no povo”  é a “fúria e a vontade de calar os que pregam, neste caso, a novidade de Deus, isto é, Jesus ressuscitado. Não têm razão, mas chegam a isso. É um itinerário doloroso. Estes são os mesmos que pagaram os guardiões do sepulcro para dizer que os discípulos tinham roubado o corpo de Jesus. Fazem de tudo para não abrirem-se à voz de Deus”:
“E nesta Missa rezemos pelos mestres, pelos doutores, por aqueles que ensinam ao povo sobre Deus, para que não se fechem, para que dialoguem e, assim, se salvem da ira de Deus que, se não mudarem atitude, permanecerá sobre eles”.
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Bento XVI comemora 88 anos e recebe saudação do Papa Francisco

Benedicto XVI / Foto: Alan Holdren de ACI Prensa
VATICANO, 16 Abr. 15 / 12:20 pm (ACI).- O Papa Francisco enviou na manhã de hoje no Vaticano, ao final da Missa que celebrou na capela de Casa Santa Marta, uma especial saudação a Bento XVI, que celebra hoje 88 anos.
O Papa Francisco ofereceu a Missa matutina na Casa Santa Marta ao Papa emérito: "Quero recordar que hoje é o aniversário do Papa Bento XVI. Eu ofereci a missa por ele e também convido a todos a rezar por ele, para que o Senhor lhe sustente e lhe dê muita alegria e felicidade".
O Papa Emérito Bento XVI vive em oração desde que renunciou ao pontificado em fevereiro de 2013. Sua residência está localizada no Vaticano, dentro do monastério Mater Eclesiae.
No dia 19 de abril de este ano, recordaremos o décimo aniversário da sua eleição como 265º sucessor de São Pedro.
Bento XVI nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, cidade do sudeste da Alemanha, na região da Baviera.
Um pouco da sua historia
Entre os importantes trabalhos que desempenhou a serviço da Igreja destaca que em 1962 participou do Concílio Vaticano II como consultor teológico do Arcebispo de Colônia (Alemanha), Cardeal Joseph Frings.
Além disso trabalhou durante anos como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Pontifícia Comissão Teológica Internacional e como Decano do Colégio Cardinalício.
Em 11 de Fevereiro de 2013 anunciou sua renúncia ao pontificado, efetiva na quinta-feira 28 do mesmo mês.
Uma das suas últimas e mais recordadas aparições foi ao lado do Papa Francisco durante a canonização de São João Paulo II e São João XXIII, esse dia foi considerado pela imprensa como “o dia dos quatro Papas”.
Orações, música, poucas visitas, uma vida de ‘monge’, assinala a nota da Rádio Vaticano sobre o Pontífice emérito. “No entanto, o pensamento da morte se faz cada vez mais presente”, revelou seu Secretário, Dom Georg Ganswein. “Falamos sobre isso muitas vezes, mesmo sendo ele pessoa muito discreta e reservada. Sua vida é uma arte cristã, porque preparar-se para a morte significa preparar-se ao encontro com Deus, um encontro decisivo”.
Pouco se sabe de sua agenda diária, mas no último dia 11 de abril, o Papa emérito recebeu a visita de seminaristas das Dioceses de Munique e Freising, assinalou também a nota da Rádio Vaticano sobre o aniversário de Bento XVI. O último Papa a renunciar ao trono de Pedro foi Gregório XII, há quase 600 anos atrás.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/bento-xvi-comemora-88-anos-e-recebe-saudacao-do-papa-francisco-46342/

15 de abr. de 2015

Por que um católico não deve consultar horóscopo?

formacao_horoscopoO diabo não busca outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus
A astrologia pretende definir a vida humana a partir da posição ocupada pelos astros no dia do nascimento da pessoa. A astrologia e o horóscopo são cultivados desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C.. Nessa época, os estudiosos pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em geral.
Segundo o grande mestre D. Estevão Bettencourt, tal “ciência” é falsa por diversos motivos:
1 – Baseia-se na cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas, entre os quais é enumerado o Sol;
2 – A existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal;
3 – Os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhece-se interferências deles no espaço que outrora se ignorava. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição no espaço. Por que então a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?;
4 – A astrologia incute uma mentalidade fatalista e alienante, que deve ser combatida, pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem. Registram-se erros flagrantes de astrólogos. (Revista PR, Nº 266 – Ano 1983 – Pág. 49).
Uma pesquisa realizada nos EUA mostra que seguir os horóscopos “pode fazer mal à saúde mental”. O estudo foi publicado na revista “Journal of Consumer Research” e descobriu que pessoas que leem o horóscopo diariamente são mais propensas a um comportamento impulsivo ou a serem mais tolerantes com seus “desvios” quando a previsão do zodíaco é negativa. Cientistas das universidades Johns Hopkins e da Carolina do Norte recrutaram 188 indivíduos, que leram um horóscopo desfavorável. Os resultados mostraram que para as pessoas que acreditam que podem mudar o seu destino, um horóscopo desfavorável aumentou a probabilidade de elas caírem em alguma “tentação”. “Acreditava-se que, para uma pessoa que julga poder mudar o seu destino, o horóscopo deveria fazê-la tentar modificar alguma coisa em seu futuro”, disseram os autores da pesquisa. No entanto, viu-se o oposto: aqueles que acreditam no horóscopo, quando veem que a previsão é negativa, acabam cedendo às suas “tentações”, levando-os a um comportamento impulsivo e, eventualmente, irresponsável.( Fonte:http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/horoscopo-faz-mal-saude-mental-11063132)
Uma prova do erro da astrologia é a desigualdade de sortes de crianças nascidas no mesmo lugar e no mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Veja por exemplo caso de Esaú e Jacó (Gen 25). Se os astros regem a vida dos homens, como não a regem uniformemente nos casos citados? Quem conhece os gêmeos sabem muito bem disso.
Santo Agostinho, já no século IV, combatia veementemente as superstições e a astrologia. No seu livro ‘A doutrina cristã’ escreve: “Todo homem livre vai consultar os tais astrólogos, paga-lhes para sair escravo de Marte, de Vênus ou quiçá de outros astros”.
Querer predizer os costumes, os atos e os eventos baseando-se sobre esse tipo de observação, é grande erro e desvario. O cristão deve repudiar e fugir completamente das artes dessa superstição malsã e nociva, baseada sobre maléfico acordo entre homens e demônios. Essas artes não são notoriamente instituídas para o amor de Deus e do próximo; fundamentam-se no desejo privado dos bens temporais e arruínam assim o coração.
Em doutrinas desse gênero, portanto, deve-se temer e evitar a sociedade com os demônios que, juntamente com seu príncipe, o diabo, não buscam outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus.”
“Os astrólogos dizem: a causa inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são os responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as culpas ao Criador, àquele que rege os céus e os astros” (Confissões, I, IV, c. 3).
“Um astrólogo não pode ter o privilégio de se enganar sempre”, dizia o sarcástico Voltaire.
“O interesse pelo horóscopo como também por Tarô, I Ching, Numerologia, Cabala, jogo de búzios, cartas etc. é alimentado por mentalidade que se pode dizer “mágica”. Quem se entrega à prática de tais processos de adivinhação, de certo modo, acredita estar subordinado a forças cegas e misteriosas; o cliente de tais instâncias se amedronta e dobra diante de poderes fictícios – o que não é cristão.” (D. Estevão)
São Tomás de Aquino, em sua obra “Exposição do Credo”, afirma que o demônio quer ser adorado, por isso se esconde atrás dos ídolos. E São Paulo diz que “as coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam aos demônios e não a Deus” (1 Cor 10,21). Então, é preciso cuidado para não prestar um culto que não seja a Deus.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

Como surgiram os símbolos da fé?

santissima trindadeOs símbolos da fé remontam a Jesus, que exortou os discípulos a batizar. Estes deveriam, então, confirmar se as pessoas confessavam uma determinada fé, nomeadamente no Pai, no Filho e no Espírito Santo (Trindade). [188-191]
A célula primitiva de todos os símbolos posteriores é a “confissão do Senhor Jesus” e o Seu encargo missionário, isto é, <<Ide, fazei discípulos de todas as nações; batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo!>> (Mt 28,19) Todos os símbolos da fé da Igreja são desdobramentos da fé neste Deus trino. Cada um deles começa com a confissão do Pai, Criador e sustendo do mundo, referem-se depois ao Filho, através do qual o mundo e nós mesmos encontramos a redenção, e desembocam na confissão do Espírito Santo, que é a presença e Deus na Igreja e no mundo.


Fonte: YOUCAT

Francisco quer reconciliação dos povos turco e armênio

15/04/2015


Cidade do Vaticano (RV) - A celebração presidida pelo Papa no último domingo na Basílica Vaticana, em ocasião do centenário do “Martírio Armênio”, suscitou reservas por parte do presidente da Turquia, Recep Erdogan.
Francisco, ao citar textualmente a Declaração Comum assinada em 2001 por João Paulo II e o Patriarca de todos os Armênios, Karekin II, falou sobre o massacre dos armênios, iniciado em 1915 e que, geralmente, é definido como o “primeiro genocídio do século XX”.
O Papa tinha, portanto, expressado seu desejo pela retomada do caminho de reconciliação entre o povo armênio e o povo turco. Neste contexto, nota-se que o presidente turco, apesar das suas fortes críticas ao Papa, também renovou a sua proposta à Armênia para instituir uma comissão conjunta de historiadores para estudar os arquivos dos países envolvidos na questão. (Sedoc/RB)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa identifica retrocesso na teoria do gênero

15/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – A Praça S. Pedro ficou lotada de fiéis nesta quarta-feira (15/04) para a Audiência Geral com o Papa Francisco. Antes de tomar a palavra, o Pontífice saudou os cerca de 30 mil peregrinos a bordo do seu papamóvel, acenando para a multidão e beijando as crianças. Prosseguindo o ciclo de catequeses sobre a família, o Papa falou de um tema que ele considera central: a complementariedade entre homem e mulher.

“Deus criou o ser humano à sua imagem: criou-os homem e mulher.” Esta afirmação do Gênesis, explicou Francisco, diz que nem só o homem nem só a mulher são imagem de Deus, mas ambos, como casal, são imagem do Criador. A diferença entre eles tem em vista a comunhão e a geração, e não a contraposição nem a subordinação. “Somos feitos para nos ouvir e nos ajudar reciprocamente. Sem esse enriquecimento recíproco, não se pode entender profundamente o que significa ser homem e mulher”, disse o Papa.
Retrocesso
Todavia, a cultura moderna e contemporânea abriu novos espaços para a compreensão dessa diferença, introduzindo dúvidas e ceticismo.
“Pergunto-me, por exemplo, se a chamada teoria do gênero não seja expressão de uma  frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Sim, corremos o risco de retroceder”, afirmou Francisco, advertindo que a remoção da diferença é o problema, e não a solução.
Se o homem e a mulher têm divergências, as mesmas devem ser resolvidas com o diálogo, para amarem-se mais e conhecerem-se melhor. “O elo matrimonial e familiar é algo sério, e o é para todos, não só para os fiéis. Gostaria de exortar os intelectuais a não abandonarem este tema, como se tivesse se tornado um empenho secundário a favor de uma sociedade mais livre e mais justa.”
Francisco recordou que Deus confiou a terra à aliança do homem e da mulher: a falência desta aliança gera a aridez dos afetos no mundo e obscurece o céu da esperança. Os sinais são visíveis e preocupantes, disse, indicando duas reflexões que merecem atenção.
Complementaridade
A primeira é a certeza de que se deve fazer muito mais a favor da mulher para reforçar a reciprocidade entre os dois gêneros.  
“De fato, é necessário que a mulher não seja só mais ouvida, mas que a sua voz tenha um peso real, que seja reconhecida na sociedade e na Igreja. Ainda não entendemos em profundidade o que pode nos dar o gênio feminino, por saber ver as coisas com outros olhos que complementam o pensamento do homem. Trata-se de um caminho a percorrer com mais criatividade e audácia”, afirmou Francisco, citando como exemplo o modo como o próprio Jesus considerou as mulheres num período em que eram relegadas ao segundo plano.
O segunda reflexão diz respeito ao tema do homem e da mulher criados à imagem de Deus. “Pergunto-me se a crise de confiança coletiva em Deus não esteja relacionada à crise de aliança entre homem e mulher, já que a comunhão com Deus se reflete na comunhão do casal humano.”
Responsabilidade
Eis então a grande responsabilidade da Igreja e de todos os fiéis para redescobrir a beleza do projeto criador.
“A terra enche-se de harmonia e confiança quando a aliança entre o homem e a mulher é vivida no bem. Jesus nos encoraja explicitamente ao testemunho desta beleza”, concluiu o Papa.
Ao saudar os numerosos grupos na Praça, aos de língua árabe pediu esforços para que, na Igreja e na sociedade, a igualdade entre os gêneros seja respeitada, rejeitando toda forma de abuso e de injustiça, em especial contra as mulheres.

Veja a íntegra da catequese do Papa em nosso canal no YouTube.
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...