11 de abr. de 2015

A Festa a Divina Misericórdia

O Papa São João Paulo II em Maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domingo da Divina Misericórdia
O bem-aventurado Papa João Paulo II beatificou e canonizou, no ano 2000, sua conterrânea Santa Faustina Kowalska, uma santa religiosa que recebeu visões e revelações de Nosso Senhor a respeito da Divina Misericórdia. Em seu famoso diário, Santa Faustina relata o momento em que Jesus lhe pediu a instituição da festa da Sua Misericórdia:
“A Minha imagem já está na tua alma. Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia.” 
Atendendo ao apelo do próprio Jesus pelas palavras de Santa Faustina, João Paulo II estabeleceu o segundo domingo da Páscoa – tradicionalmente conhecido como Dominica in Albis – como a festa da Divina Misericórdia. 

Mas, o que é verdadeiramente a misericórdia de Deus? Qual a teologia que está por trás dessa bela festa da Igreja?
O padre Reginald Garrigou-Lagrange, ao explicar por que “Mãe de misericórdia é um dos maiores títulos de Maria”, distingue a “misericórdia, que é uma virtude da vontade, e a piedade sensível, que não passa de uma louvável inclinação da sensibilidade”. Esta última – que “nos leva a nos compadecer dos sofrimentos do próximo, como se nós o sentíssemos em nós mesmos” – é própria apenas dos seres humanos, não de Deus, “já que [Ele] é um espírito puro”. Nas palavras de Santo Tomás de Aquino, “não é próprio de Deus contristar-se com a miséria de outrem”. Mas, é própria de Deus a misericórdia, que é fundada na vontade. Ao dirigir-se às criaturas, Ele sempre as ama misericordiosamente.
Em nenhuma outra obra divina essa realidade é mais palpável que na Redenção. O homem, que já era um nada diante de Deus pela simples condição de criatura, após o pecado, ficou, por assim dizer, “abaixo do nada”. E foi por este homem que o próprio Deus se encarnou e manifestou a Sua misericórdia.
Quanto à questão se a Encarnação teria acontecido, mesmo que o homem não tivesse pecado, alguns teólogos escolásticos – como Duns Escoto – são da posição afirmativa: ainda se o homem não tivesse pecado, Deus teria se encarnado. O Aquinate, ao contrário, responde deste modo:
“As obras puramente voluntárias de Deus, sem haver nenhum débito para com a criatura, nós não as podemos conhecer, senão enquanto manifestadas pela Sagrada Escritura, que nos torna conhecida a vontade divina. Ora, como a Sagrada Escritura, sempre dá como razão à Encarnação o pecado do primeiro homem, mais convenientemente se diz que a obra da Encarnação foi ordenada por Deus como remédio do pecado, de modo que, se o pecado não existisse, a Encarnação não teria lugar. Embora por aí não fique limitado o poder de Deus; pois, Deus teria podido encarnar-se mesmo sem ter existido o pecado.”
Tomás destaca que a Encarnação é um ato da soberana liberdade de Deus. Quando Ele decidiu encarnar-Se, em seu plano de amor, fê-lo como realidade que pressupunha a queda do homem. Não se deve ficar construindo hipóteses, como se Deus pudesse caber em raciocínios humanos, nem limitar o poder de Deus, que “teria podido encarnar-se mesmo sem ter existido o pecado”.
Então, a misericórdia infinita de Deus se mostra eminentemente na Redenção. Por isto é coerente dizer que do peito aberto de Jesus, trespassado pela lança, brotam os rios “da misericórdia divina” – a água e o sangue: porque, de fato, é na Redenção que Ele manifesta de modo mais elevado a Sua misericórdia. Muito mais que na Criação, a propósito. Nesta, Deus faz as criaturas do nada; naquela, porém, Ele faz muito mais: transforma um réprobo, uma pessoa que merecia o inferno, em um salvo, em um eleito.
“De dois modos podemos dizer que uma obra é grande. – Quanto ao modo de agir e então a maior obra é a da criação, em que o ser foi feito do nada. – Ou quanto à grandeza da obra. E neste sentido maior obra é a justificação do ímpio, que termina pelo bem eterno da participação divina, do que a criação do céu e da terra, que termina no bem da natureza mutável. Por isso, Agostinho, depois de ter dito, que maior obra é fazer do ímpio um justo, que criar o céu e a terra, acrescenta: O céu e a terra passarão; porém a salvação e a justificação dos predestinados permanecerão.”
Mas, pergunta-se, como é possível conciliar a misericórdia de Deus com a Sua justiça? Garrigou-Lagrange, ao falar desses dois atributos divinos, escreve que, se a justiça é um “galho” da árvore do amor de Deus, esta árvore não é senão a sua misericórdia e a sua bondade, sempre desejosa de comunicar-se aos homens e “irradiar-se”. Em outras palavras, a justiça divina sempre se manifesta na vida dos homens como demonstração de Seu amor e de Sua misericórdia. Quando somos acometidos por doenças e sofrimentos, podemos certamente dizer que elas não passam de “penas medicinais”, “remédios de Deus”, a fim de que nos convertamos e nos voltemos a Ele. Em meio às cruzes deste “vale de lágrimas”, urge que enxerguemos, em nossas vidas, a ação onipotente de Deus, que é capaz de tirar o bem do mal – e verdadeiramente o faz.
Entretanto, quando Deus nos perdoa e não nos pune por nossos pecados, não está, de certo modo, cometendo uma “injustiça”? Segundo Tomás, não:
“Deus age misericordiosamente, quando faz alguma coisa não em contrário, mas, além da sua justiça. Assim, quem desse duzentos dinheiros ao credor, ao qual só deve cem, não pecaria contra a justiça, mas agiria liberal ou misericordiosamente. O mesmo se daria com quem perdoasse a injúria, que lhe foi feita; pois, quem perdoa, de certo modo dá; e por isso o Apóstolo chama ao perdão, doação (Ef 4, 32): Perdoai-vos uns aos outros como também Cristo vos perdoou. Donde resulta que, longe de suprimir a justiça, a misericórdia é a plenitude dela. Donde, o dizer a Escritura (Tg 2, 13): A misericórdia triunfa sobre o justo.”
O perdão misericordioso concedido aos pecadores não está “abaixo” da justiça – como que a contrariando –, mas “além” dela. Em Deus, não existe “justiça comutativa” – dar a alguém aquilo que se lhe deve –, já que Ele não deve nada a ninguém. O que há é a “justiça distributiva”, em que Ele distribui seus dons aos homens, dons que não lhes eram devidos; obras, portanto, de Sua misericórdia.
Pergunta-se, ainda, como conciliar a misericórdia divina com a existência do inferno. Para resolver esse problema, é preciso entender que o inferno existe não por uma deficiência do amor de Deus – que é, por essência, infinito –, mas por um abuso da liberdade humana. Quando um católico, por exemplo, que recebeu a graça de ser incorporado à Igreja, ter acesso aos Sacramentos, à vida dos santos e à Palavra de Deus, se fecha aos apelos do céu e endurece o seu coração, está vivendo uma realidade chamada “remorso”. O remorso, longe de ser uma dor pela ofensa cometida contra Deus, é um “remordimento” de si mesmo, como um animal que se põe a lamber as próprias feridas. Nessa atitude, percebe-se uma rebelião contra Deus, uma atitude de orgulho que impede que a misericórdia divina aja efetivamente sobre a alma. Por isso, é necessário sempre pedir a Deus a graça do verdadeiro arrependimento de nossos pecados.
Quem não chegou ao conhecimento do Evangelho deve acolher os apelos de Deus em sua consciência para que se salve por caminhos que só Ele conhece. No caso de um católico, todavia, privilegiado por estar na Santa Igreja, desprezar o grande dom dos Sacramentos – sobretudo, o da Confissão e o da Eucaristia – seria uma grande ingratidão. “A quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, dele mais se há de exigir”, diz Nosso Senhor. Eis o coração da festa da Divina Misericórdia: como alguém, incorporado ao Corpo Místico de Cristo e consciente do amor infinito que Jesus manifestou por si na Cruz, pode deixar de corresponder a essa atitude, devolvendo com amor a um Deus tão bondoso?
A tal ponto chegou a bondade de Deus que, não se contentando em compadecer-Se e encarnar-Se para nos salvar, quis deixar-nos o precioso dom da Eucaristia, a fim de que, comungando quotidianamente de Seu próprio Corpo e Sangue, nos santificássemos. Então, como Ele nos deu tanto, devemos respondê-Lo com muito, ao invés de presumirmos de nossa salvação e afundarmo-nos no pecado. Diz Nosso Senhor a Santa Faustina: “A falta de confiança das almas dilacera-Me as entranhas. Dói-Me ainda mais a desconfiança da alma escolhida. Apesar do Meu amor inesgotável, não acreditam em Mim, mesmo a Minha morte não lhes é suficiente. Ai da alma que deles abusar!”.
Ora, não se disse, no começo do programa, com o Aquinate, que “não é próprio de Deus contristar-se”? Como, então, entender a mensagem de Jesus, que diz sentir dilaceradas as Suas entranhas pela “falta de confiança das almas”? Que se entenda: Nosso Senhor verdadeiramente sofreu, ao encarnar-Se e experimentar a Paixão. Mas, considerando que agora está no Céu, em corpo glorioso, e não pode mais sentir dor, dizer que Deus “se entristece” ou “sente dor” não é nada mais que um recurso metafórico e pedagógico para fazer as pessoas compreenderem o quanto Ele ama os homens. Não se pode atribuir paixões a Deus: Ele realmente nos amou, nos ama e nos amará eternamente, porque não revoga seus decretos de amor. Entretanto, a dor propriamente dita só aconteceu no coração humano de Cristo em seu suplício terreno.
Por isso, a festa da Divina Misericórdia e a devoção a Jesus misericordioso são uma forma de renovar a tradicional devoção ao Sagrado Coração de Jesus; de celebrar o coração humano de Cristo que amou a Deus infinitamente e fez-Se vítima para salvar a humanidade.
 Fonte: padrepauloricardo.org

2° DOMINGO DA PÁSCOA (DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA) 12/04/2015

Liturgia do domingo

Atos dos Apóstolos 4,32-35; 
Salmo 117 ;
 1 João 5,1-6 ; 
João 20,19-31.

  " A paz esteja convosco"


Queridos irmãos, hoje a Igreja celebra  o DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA, festa instituída por São João Paulo II. Nesta festa, São João Paulo quis nos lembra que nunca devemos ter medo, porque Jesus derrama sobre nós o rio do seu divino amor. Nas dificuldades da vida, no peso dos pecados, não é fácil para nós, meus irmãos acreditamos na misericórdia de Deus, formos educados a uma imagem de um Deus duro, austero. Ninguém mais do que Deus quer que estejamos junto Dele no céu. A misericórdia de Deus é  infinita, mesmo com os nossos pecados, sempre que o buscamos arrependidos, Ele esta disposto a nos perdoa. Para nós os cristãos a páscoa é  esse grito de misericórdia para com Deus, que nos ama até a MORTE,E MORTE DE CRUZ, para que pela sua Ressurreição tenhamos uma vida nova.


 Hoje no  evangelho vemos Tomé que recebe a misericórdia de Jesus Ressuscitado, que retira a sua falta de fé mostrando as mãos e o lado aberto. Tomé faz a sua experiência com o Ressuscitado no interior da comunidade. Ele no DIA DO SENHOR (o domingo) volta a esta com a comunidade. Neste texto fica claro a reunião dos cristãos no primeiro dia da semana, o dia onde a comunidade é convocada para celebrar a Eucaristia. O cristão a exemplo de Cristo deve  também transmitir, a misericórdia de Cristo para o irmão. 


Assumamos meus irmãos, o compromisso de retirar da cruz, os vários irmãos crucificados pela falta de pão e de justiça. Sejamos meus irmãos continuadores da presença de Jesus misericordioso no meio em que vivemos, fazendo chega aos irmãos a luz da misericórdia divina. A paz de Cristo Ressuscitado não isentou os discípulos da cruz, mas ofereceu a eles força para carrega-la. Por fim meus irmãos,  com a ressurreição de Jesus a vida divina entrou na vida humana e assim a boa nova da misericórdia de Deus chegou ao mundo inteiro.  Deus abençoe a todos!      


  (LEANDRO)

Ano Santo: a misericórdia é a essência do Evangelho

10/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) - Este sábado, às 17h30 locais, o Papa Francisco presidirá à cerimônia solene de publicação da Bula de convocação do Jubileu da Misericórdia.
Após a leitura, diante da Porta Santa da Basílica Vaticana, de alguns trechos da Bula – intitulada “Misericordiae vultus” –, o Santo Padre presidirá à celebração das primeiras Vésperas da Divina Misericórdia, durante a qual entregará uma cópia do documento a seis representantes da Igreja no mundo.
A festa da Divina Misericórdia está indissoluvelmente ligada a São João Paulo II, que a introduziu, e ao carisma de Santa Faustina Kowalska, que dela foi apóstola. A Rádio Vaticano entrevistou o reitor do Santuário da Divina Misericórdia de Roma, Pe. Jozef Bart. Eis o que disse:
Pe. Jozef Bart:- “A Divina Misericórdia sempre trouxe uma extraordinária alegria nos corações de todos os fiéis, porque dela brotam graças, graças infinitas. Mas este ano vivemos a festa da Divina Misericórdia no anúncio, por porte do Papa Francisco, da convocação do Ano Santo, e a alegria é ainda maior com a convocação feita com as primeiras Vésperas da Divina Misericórdia.”
RV: Em que o impressionou a decisão do Papa de convocar um Ano da Misericórdia?
Pe. Jozef Bart:- “Quando o Papa Francisco anunciou a decisão de abrir o Ano Santo da Misericórdia, imediatamente fiz referência ao Pontificado de João Paulo II, o qual fez de seu Pontificado a imagem da misericórdia, e não só: João Paulo II, com a sua morte, com as primeiras Vésperas da Divina Misericórdia, deu um início ao caminho de misericórdia neste terceiro milênio. João Paulo II deixou-nos uma grande herança e essa herança está contida no ato de consagração à Divina Misericórdia que João Paulo II realizou em 17 de agosto de 2002 em Cracóvia – capital do culto à Divina Misericórdia. Nesse ato de consagração, João Paulo II pede que toda a humanidade, todos os habitantes da terra façam a experiência dessa misericórdia. Pois bem, a proclamação do Papa Francisco do Ano da Misericórdia é uma resposta a esse ato de consagração, porque o Jubileu da Misericórdia fará de modo que essa mensagem realmente chegue aos homens de boa vontade desta terra.”
RV: Há muitos anos o senhor está a serviço, neste Santuário, do carisma de Santa Faustina Kowalska, que João Paulo II quis mostrar ao mundo inteiro. A seu ver, de que modo esse carisma enriqueceu a Igreja, a vida dos fiéis?
Pe. Jozef Bart:- “João Paulo II, na “Dives in misericórdia”, escreveu que a Igreja, a missão da Igreja, em todos os momentos da sua história, é proclamar a mensagem da Divina Misericórdia e introduzir os homens nesta misericórdia. Essa misericórdia é a essência do Evangelho. O Papa Francisco diz que a misericórdia é o melhor do ensinamento de Jesus, mas com Santa Faustina, com a sua canonização, primeira Santa do Grande jubileu – em 30 de abril de 2000 –, esta Santa, esta mística traz uma nova luz para a Igreja, para o anúncio da misericórdia da Igreja, para a celebração, para a prática dessa misericórdia. E são as cinco formas do culto que a Irmã Faustina nos oferece: trata-se da festa da misericórdia, da novena da misericórdia, da hora da misericórdia, da imagem da misericórdia, e da difusão deste culto no mundo, em meio às pessoas que são tocadas por multiformes misérias espirituais e materiais.”
RV: Fazer a experiência da misericórdia de Deus, fazer a experiência de Seu perdão significa também redescobrir o Sacramento da Reconciliação...
Pe. Jozef Bart:- “Sim. A misericórdia abre o coração do homem ao Sacramento da Reconciliação. Essa misericórdia pode ser experienciada concretamente e todo pecador, todo homem marginalizado, já condenado humanamente falando, ao invés, tem a possibilidade de reerguer-se e de se tornar santo propriamente porque a Misericórdia de Deus perdoa todos os pecados. É bom recordar que justamente na Festa da Misericórdia – o que depois ocorrerá durante o Jubileu – a Igreja concede a indulgência, o perdão pelos pecados, as penas pelos pecados cometidos, segundo as condições requeridas pela Igreja para a indulgência.” (RL)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Publicada Bula que oficializa o Ano Santo da Misericórdia

11/04/2015


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu, na tarde deste sábado (11/04), na Basílica Vaticana, às Primeiras Vésperas do Domingo da Divina Misericórdia, por ocasião da convocação oficial do Jubileu extraordinário da Misericórdia.
A cerimônia teve início no átrio da Basílica Vaticana, diante da ”Porta Santa”, com a entrega da Bula “Misericordiae Vultus” (“O rosto da Misericórdia”) aos quatro Cardeais-Arciprestes das Basílicas papais de Roma. O Regente da Casa Pontifícia, Mons. Leonardo Sapienza, leu, na presença do Papa Francisco, alguns trechos do Documento oficial de convocação do Ano Santo extraordinário da Misericórdia.
O longo documento divide-se, a grosso modo, em três partes. Na primeira, o Papa Francisco aprofunda o conceito de misericórdia e explica o porque da escolha da data de início em 8 de dezembro, Solenidade de Maria: “para não deixar a humanidade sozinha à mercê do mal” e por coincidir com o 50º aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II, que que derrubou as muralhas, “que por muito tempo, mantiveram a Igreja fechada em uma cidadela privilegiada”. “Na prática – disse o Papa – todos somos chamados a viver de misericórdia, porque conosco, em primeiro lugar, foi usada a misericórdia”.
Na segunda parte, o Santo Padre oferece algumas sugestões práticas para celebrar o Jubileu, como realizar uma peregrinação, não julgar e não condenar, mas perdoar e doar, permanecendo afastado das fofocas e das palavras movidas por ciúmes e invejas, tornando-se “instrumentos de perdão”; abrir o coração às periferias existenciais, realizar com alegria obras de misericórdia corporal e espiritual e incrementar nas dioceses a iniciativa de oração e penitência “24 horas para o Senhor”, entre outros.
Por fim, na terceira parte, Francisco lança alguns apelos contra a criminalidade e a corrupção - dirigindo-se aos membros de grupos criminosos e aos corruptos; exorta ao diálogo inter-religioso e explica a relação entre justiça e misericórdia. A Bula se conclui com a invocação a Maria, testemunha da misericórdia de Deus.
Como expressão do seu desejo, de que o Ano Santo extraordinário da Misericórdia seja celebrado em Roma e em todo o mundo, o Papa Francisco entregou uma cópia da Bula também ao Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet; ao Prefeito da Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni e ao Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri. Como representante de todo o Oriente, o Santo Padre entregou ainda uma cópia do documento ao Arcebispo de Hong-Kong, Dom Sávio Hon Tai-Fai, Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos. O continente africano foi representado pelo Arcebispo do Benin, Dom Barthélemy Adoukonou, Secretário do Pontifício Conselho para a Cultura. O documento foi entregue, enfim, ao Mons. Khaled Ayad Bishay, da Igreja Patriarcal de Alexandria dos Coptas.
Após a leitura do Documento oficial de convocação do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, o Pontífice presidiu à celebração das Primeiras Vésperas do II Domingo da Páscoa, dedicado à Divina Misericórdia.
A Bula de convocação do Jubileu extraordinário da Divina Misericórdia, que será exposta na Porta das Basílicas, indica os tempos, as datas de abertura e encerramento, e as modalidade principais do desenvolvimento.
O documento de convocação do Ano Santo da Misericórdia constitui um documento fundamental para reconhecer o espírito, com o qual é convocado, as intenções e os frutos esperados pelo Papa Francisco.

Clique para ler a Bula na íntegra em português.
Fonte : http://br.radiovaticana.va/

Papa explica por que convocou Jubileu Extraordiário

11/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) - Durante sua homilia neste sábado, na Basílica Vaticana, após a leitura da apresentação oficial do Jubileu Extraordinário do Ano Santo da Misericórdia, o Papa explicou por que decidiu antecipar em dez anos a convocação de um novo Jubileu.
Foco no essencial
"Simplesmente porque a Igreja é chamada, neste tempo de grandes mudanças epocais, a oferecer mais vigorosamente os sinais da presença e proximidade de Deus. Este não é o tempo para nos deixarmos distrair, mas para o contrário: permanecermos vigilantes e despertarmos em nós a capacidade de fixar o essencial", disse o Papa.
Francisco ainda advertiu: "É o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia de Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai (cf. Jo 20, 21-23). Por isso o Ano Santo deverá manter vivo o desejo de individuar os inúmeros sinais da ternura que Deus oferece ao mundo inteiro, e sobretudo a quantos estão na tribulação, vivem sozinhos e abandonados, e também sem esperança de ser perdoados e sentir-se amados pelo Pai".
Ao lado dos que sofrem
O Papa refletiu ainda como deverá ser vivido o Jubileu. "Um Ano Santo para sentirmos intensamente em nós a alegria de ter sido reencontrados por Jesus, que veio, como Bom Pastor, à nossa procura, porque nos tínhamos extraviado. Um Jubileu para nos darmos conta do calor do seu amor, quando nos carrega aos seus ombros e nos traz de volta à casa do Pai".
Aqueles que se colocarem no caminho do Senhor e abrirem seus corações à luz do Cristo, poderão, conclui o Papa, ser "transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas de misericórdia. Eis o motivo do Jubileu: porque este é o tempo da misericórdia". (RB)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

10 de abr. de 2015

A Boa Nova sobre o Casamento

2013-06-15-6858-2Os casais cristãos de hoje devem ter a possibilidade de receber verdadeiramente a “boa nova” a respeito desta realidade discutida e frágil que é o amor conjugal.
Esta boa nova nos revela que o sacramento do matrimônio está ao serviço do amor, ao serviço da felicidade e ao serviço da santidade. Somente o casamento – sacramento pode satisfazer a dupla aspiração humana de amor e de felicidade e atender a inspiração inscrita no coração do homem e nem sempre percebida: o chamado à santidade. As Equipes querem ser um caminho que leve à descoberta das riquezas do sacramento do matrimônio e da profunda comunhão do casal. Pensamos que é precisamente deste anúncio que o mundo de hoje tem uma grande necessidade. O Senhor espera que o proclamemos por nossas palavras e pelo nosso testemunho.
O casamento ao serviço do amor
“Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele o criou, homem e mulher Ele os criou” (Gn. 1,27)
O homem e a mulher são seres da mesma natureza, mas segundo modalidades diferentes que são complementares; de maneira que, ao se unirem, formem um único ser, o casal. Esta convicção gera atitude de louvor a Deus, que inventou o amor humano; uma atitudes, também, de humildade, na consciência da necessidade que se tem do outro para sentir-se um e uma atitude da vontade, a fidelidade, para formar uma só carne.
Percebe-se, nesta realidade do casal, toda a riqueza da sexualidade querida e criada por Deus. Assim, torna-se importante que os casais cristãos se preocupem com a qualidade ao mesmo tempo humana e cristã de sua relação sexual. A espiritualidade cristã é uma espiritualidade encarnada. A especificidade da espiritualidade conjugal decorre do caráter sexual inscrito no sacramento do matrimônio.
O casamento ao serviço da felicidade
O sacramento do matrimônio nos ajuda a viver os períodos de crise e de deserto. Crises essas, necessárias para crescer no amor, e que permitem romper as barreiras, põem à prova nossa criatividade e levam a situações novas e a comportamentos novos. Tais crises passam a constituir um elemento positivo, na medida em que levam o casal a discernir a vontade de Deus naquele momento de sua vida.
Querer o bem do outro, na sua profissão, na sua maternidade/paternidade, no seu equilíbrio psicológico; preocupar-se com a felicidade do outro, mesmo na sua vida sexual; descobrir que reconciliar-se não é resignar-se mas possibilitar um reencontro; viver numa atitude de doação, tomar a decisão de continuar apaixonados … Tais atitudes, longe de limitar-nos ou oprimir-nos, ao contrário, abrem-no ao outro, aos outro; abrem-nos à felicidade.
O casamento ao serviço da santidadecpa_sereis_uma_s__carne_1
Os cristãos casados são chamados à santidade. Para eles, não se trata apenas de um chamamento individual, ainda que a pessoa sempre conserve algo de irredutível e de incomunicável, mas de um caminho a ser percorrido em casal. Esta é a grande descoberta da espiritualidade conjugal: os dois amores, o amor conjugal e o amor a Deus, não se excluem mas podem conjugar-se e todas as exigência da vida cristã podem ser vividas em casal.
No casamento, a sabedoria consiste em aprender a viver num atitude de “para ti” e não de “para mim”. A comunhão surge deste fluxo recíproco de doação e acolhimento, e esta é a maior forma de unidade que pode existir no casal, porque decorre do fato de que os dois são um em Jesus. A comunhão não é somente o ponto culminante do amor conjugal, é também o grande Dom que o casal pode oferecer. A fecundidade e a educação, a hospitalidade e a amizade, o trabalho e o engajamento São as manifestações deste impulso irresistível que toda comunhão tem, para converter-se em doação.
O casal cristão que conhece este estado de graça conjugal, que se alimenta da Palavra de Deus e do Pão da Vida, participa verdadeiramente da vida eucarística. Transforma toda a sua vida em “hóstia santa”. Marido e mulher são sinais, “sacramento” do amor de Deus uma para o outro e, conjuntos, para seus filhos e para o mundo.
Fonte: “A Segunda Inspiração” – Lourdes, 1988

A Hora da Divina Misericórdia

CRUZ 8“Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós.”
Jesus pediu a Irmã Faustina que propagasse ao mundo a veneração a sua Paixão e Morte às três horas da tarde, hora em que morreu na cruz para nos salvar.
Em 1933, Irmã Faustina teve uma impressionante visão de Sua Misericórdia. A Irmã nos conta:
“Vi uma grande luz, e nela Deus Pai. Entre esta luz e a Terra vi Jesus pregado na Cruz de tal maneira que Deus, querendo olhar para a Terra, tinha que olhar através das chagas de Jesus. E compreendi que somente por causa de Jesus Deus está abençoando a Terra.”
Jesus disse à Santa Irmã Faustina:
“Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão.”
“Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça.
Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela, e adora a meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento.”
“São poucas as almas que contemplam a Minha Paixão com um verdadeiro afeto. Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão.”
Uma invocação que se pode dizer às três horas da tarde é:
“Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós.”
Jesus estabeleceu três condições indispensáveis para atender às orações feitas na hora da Misericórdia:
-A oração deve ser dirigida a Jesus;
-Deve ter lugar às três horas da tarde;
-Deve apelar ao valor e aos méritos da Paixão do Senhor.
Devido a esse pedido de Jesus, é costume dos devotos da Divina Misericórdia rezar o Terço da Misericórdia às 15h, e também às 3h quando possível.

Cléofas 

9 de abr. de 2015

10 Abr Santa Madalena de Canossa, fundadora das 'Filhas da Caridade'

Santa Madalena de CanossaA santa de hoje é fundadora das ‘Filhas da Caridade’, congregação que iniciou em Veneza, Itália. Nasceu em Verona, no ano de 1774 e faleceu com 61 anos. Mas viveu o céu já aqui, acolhendo a salvação e sendo canal dela para muitos. Perdeu cedo seus pais.
Teve seu chamado à vocação religiosa, numa consagração total, mas não foi aceita na primeira tentativa, porém, não parou no primeiro obstáculo. Uma mulher mística. Pela sua vida de oração e seu amor a Jesus Crucificado, galgou degraus para uma mística profunda, sendo muito sensível à dor dos irmãos.
Viveu num tempo difícil, de guerras, precisando refugiar-se em Veneza. Ali, ela discerniu o carisma como fundadora, e na prática – por causa dos órfãos, enfermos e vítimas da guerra – sua caridade era ardente e reconhecida por muitos. Napoleão Bonaparte conhecia seu testemunho e a chamava de ‘anjo da caridade’. Entrou na glória de Deus, porque deixou a glória de Deus a transformar aqui.
Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!

Canção Nova 

A função do salmista

salmistas
Por ser de suma importância o ministério litúrgico do salmista, ele merece um artigo à parte. Tão importante quanto a do leitor, que proclama a Palavra de Deus, a função de cantar o Salmo Responsorial, após a primeira leitura, é também um gesto sacramental, sinal sensível da presença de Deus. É uma leitura-proclamação, que deve ser cantada de preferência, como um prolongamento meditativo da leitura proclamada. O salmista coloca-se a serviço de Deus, emprestando-lhe sua voz, sua comunicação, seus gestos, sua pessoa. E coloca-se a serviço da comunidade reunida em assembleia para ouvir a Palavra. Trata-se, portanto, de um conjunto de atitudes a serem assumidas por quem canta o salmo, para que seja expressão do Deus vivo que fala à comunidade, e ao mesmo tempo, resposta orante do povo à Palavra ouvida: o modo como se dirige ao ambão, seu olhar, seus movimentos, sua dicção, o tom e a modulação da voz, enfim todo o modo de cantar e de ser, toda a postura do corpo. Movido (a) pelo Espírito, o (a) salmista proclama com os lábios e o coração a mensagem do texto bíblico, para que o povo escute e acolha o que a Igreja lhe diz naquele dia. Da parte da assembleia, ela deve ter "os olhos fixos" em quem proclama cantando o Salmo (Lc 4, 20), sem acompanhá-lo, assim como as demais leituras, pelo folheto ou mesmo pela Bíblia. Ele deve ser proclamado do Lecionário Dominical, nossa "Bíblia Litúrgica", segundo Dom Clemente Isnard.
 
O salmista coloca-se a serviço de Deus, emprestando-lhe sua voz, sua comunicação, seus gestos, sua pessoa.
O livro "O canto cristão na tradição primitiva", de Xabier Basurko, publicado pela Paulus, dedica páginas e páginas ao canto do salmo e à sua importância na vida do cristão, como uma escola de oração. De fato, através dele aprendemos a suplicar e agradecer, a pedir perdão e louvar, a confiar, rezar e cantar... Herança rica recebida do judaísmo, o salmo é um dos mais antigos cantos que foram incorporados à liturgia cristã, reinterpretado à luz do Mistério Pascal de Jesus Cristo pelas comunidades primitivas, alimentando nossa fé e nossa espiritualidade. Esquecido por séculos, felizmente foi resgatado pelo Concílio Vaticano II, como  "parte integrante da liturgia da palavra", não devendo ser substituído por outro canto qualquer, porque tem valor de leitura bíblica.
Dois são os modos de executá-lo: 1) a forma responsorial, em que o salmista propõe o refrão, cantando-o sozinho, a seguir repetido pela comunidade, e cantando as estrofes, geralmente em forma livre, numa espécie de recitativo, ouvidas e acolhidas pela assembleia, que participa  no refrão; 2) a forma direta, em que o salmo é todo cantado pelo solista, sem interferência nem participação da assembleia, que só escuta. De preferência seja usada a primeira forma, por promover uma participação ativa (canto) e passiva (escuta) da comunidade celebrante.
Em diversos encontros de liturgia e canto pastoral já foi colocada a seguinte questão: poderia o próprio instrumentista, lá do seu lugar, onde está o grupo de canto, tocar e cantar o salmo? Não é liturgicamente o mais adequado, primeiro, porque os documentos da Igreja insistem em que"Cada um, ao desempenhar sua função, faça tudo e só aquilo que pelas normas litúrgicas lhe compete." (Sacrosanctum Concilium). Salmodiar requer um dom especial e é um ministério próprio. Depois, porque o Salmo Responsorial deve ser proclamado do ambão ou da estante da Palavra, como as demais leituras.
 
Salmodiar requer um dom especial e é um ministério próprio. 
 Algum instrumento que acompanhe o salmista, seja discreto e suave, servindo apenas de apoio, nunca se sobrepondo à mensagem do texto, que tem a primazia. Requer-se do salmista formação bíblico-litúrgica, espiritual e musical, bem como prática no manuseio do Lecionário e outros livros litúrgicos. "Cantar no Espírito" supõe preparação anterior, evitando-se a improvisação.
"Devemos cantar, salmodiar e louvar ao Senhor mais com o espírito do que com a voz ... O servo de Cristo cante de tal forma que não se deleite na voz, mas nas palavras que canta."(São Jerônimo)
*Ir. Miria Kolling é Religiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria, compositora da música litúrgica e religiosa, musicista, pedagoga, gravou mais de 30 trabalhos em LPs e CDs, como também livros sobre canto e liturgia.
Ir. Miria T. Kolling*,
Fonte: Portal A12 

“Ver com os olhos de Deus”

Usar a riqueza que temos
Quem acompanha mais de perto as atividades do Papa Francisco vê que insiste sobre o que toca os grandes desafios da sociedade. Ele viveu no meio do povo e sabe falar a língua do povo. Não bastam belos documentos. Francisco vê a situação concreta. Não resolvemos os problemas do mundo com teorias.

Oração
"É o olhar do discípulo que se nutre da luz e da força do
Espírito Santo (Eg 50)".
O que se sente dele é que vê a realidade com os olhos de Deus, cujas lentes são o Evangelho. Os grandes projetos são necessários e úteis quando chegam ao gesto concreto e personalizado. As pessoas não são teorias, são olhos que nos olham com esperança. O Papa diz que sua apreciação se situa “na linha do discernimento evangélico.
É o olhar do discípulo que ‘se nutre da luz e da força do Espírito Santo’”(Eg 50). Não compete ao Papa saber tudo e dar todas as soluções. O que faz é estimular as comunidades a estarem vigilantes procurando interpretar os sinais dos tempos.
Temos um grande tesouro: O Reino de Deus está entre nós. Nós o compomos e continuamos a missão que nos foi confiada por Jesus. Se não tomarmos atitudes concretas haverá um grande prejuízo para a humanidade.
Está em jogo, não projetos, mas o homem e a mulher vivos e necessitados. Há males que estão sendo preconizados como solução quando na verdade são exploração da pessoa e da natureza. É o egoísmo pecaminoso.
É por isso que se procura abafar o cristianismo e reduzi-lo a uma religião intimista. Essa não cria problemas. Quando Paulo VI escreveu a Humanae Vitae foi uma grito universal.
Mas já há quem diga que, se tivéssemos ouvido Paulo VI, não estaríamos na situação atual. O convite a ouvir Francisco é saber utilizar as riquezas humanas que possuímos.
Desafios que nos cercam
A humanidade sempre disse que: “Nesses tempos difíceis em que vivemos”. Não diz, nas soluções procuramos, pudemos dar esses passos. O mundo atual deu grandes avanços nas áreas da saúde, educação, comunicação etc...
Mas há muita necessidade a ser solucionada. São males crônicos da comunidade internacional: alimento, água, migração, saúde, prisões, moradia, condições mínimas de vida.
Curiosamente são esses os itens sobre os quais seremos julgados no fim dos tempos, como lemos no discurso de Jesus sobre o juízo final (Mt 25,31-43).
Estão como a dizer: “cuide dos outros, que Deus cuida de você”! Ficamos nos pecadinhos íntimos e deixamos o pecado estrutural. Esta era a preocupação de Jesus.
Não podemos fazer uma religião sem o Evangelho, mesmo que seja piedosa. O Papa enumera então esses desafios referentes à economia que exclui na qual o ser humano é explorado, descartado.
Junto a esta, a idolatria do dinheiro. É bonito ter mais, quando o que faz viver é ser mais. Este é para servir. Segue-se a desigualdade social que gera violência. Vale a pena analisar a fundo estes temas propostos. Ainda seguem outros.
Não espere pelos outros
Dizemos: Não maldiga a escuridão, acenda um fósforo! Há muita prosa e pouca ação. Sempre pensamos numa solução global que alguém faça a mudança.
Ela começa como pequenas fagulhas que podem incendiar tudo. A grande frustração é a gente não fazer nada. Tudo começa pelo respeito ao pequeno, pela acolhida aos simples.
Aqui entra a função das comunidades que não deixem fora os que pouco valem. Quem é que vale? Ter ou ser? Temos entre os fracos, grandiosas personalidades. Uma mulher, abandonada que, sozinha, sem recursos conseguiu formar os filhos, vale muito.
A capacidade econômica de viver e ser feliz com um salário apertado. Isso é ser doutor em economia e administração etc... Essa gente magnífica que não aparece na telinha, essa sim, vale. 
Padre Luiz Carlos de Oliveira, CSsR
Fonte: Portal A12 

A Igreja vive da e na Eucaristia

Eucaristia
O Concílio Ecumênico Vaticano II reafirmou o conceito de Eucaristia como sendo a fonte e o ápice da vida cristã. Uma expressão muito rica de significados. Dando assim à Eucaristia seu valor dinâmico e cósmico. Podemos dizer que dela tudo nos vem e nela tudo ganha consistência. É o canto do livro do Apocalipse, pois a Eucaristia é a própria presença consumada e resumida de todo o mistério cristão. Dom supremo que alimentou e continua a alimentar tantas vidas e a vida de tantos santos, sobretudo os mais ativos em nosso tempo e também nos tempos passados. Com esta afirmação do Concílio Vaticano II, podemos até dizer que toda a vida cristã, quando vivida em autenticidade e plenitude é profundamente eucarística, pois, como bem nos lembrou o Papa São João Paulo II, “a Igreja vive na Eucaristia e através da Eucaristia”.
 
"A Eucaristia é o cume e a fonte da Igreja, seu centro fundamental". 
A Eucaristia é o cume e a fonte da Igreja, seu centro fundamental. Tudo veio do Pai, tudo a Ele retorna como um cântico espiritual. Tudo Nele ganha consistência. E este laço de amor trinitário se mostrou visível na vida do Filho amado de Deus, a Verdadeira e Única Eucaristia do Pai.
O padre De Lubac percebe que é válido ainda hoje o adágio da Igreja antiga: “Lex orandi instituit Lex credendi” (A lei da oração constitui a lei do crer), em palavras simples, a Igreja crê naquilo que ela reza e como ela reza. Neste sentido, o padre De Lubac observa que quase todas as orações eucarísticas antigas trazem sempre o sentido de uma dinâmica ao seu interno, que pede que tanto o pão quanto o vinho transubstanciados sejam a causa de nossa real transformação no Corpo de Cristo, que é a Igreja. Esta intuição permitiu ao padre De Lubac distinguir e aprofundar a própria noção de Eucaristia e de Igreja. A Eucaristia, na compreensão da Igreja antiga era mais mística e espiritual. O termo místico, que, naquela época não possuía o mesmo significado que hoje lhe atribuímos, fazia ver a Eucaristia como um dom autêntico de Deus, capaz de nos colocar em relação profunda com Deus.
Estes termos e conceitos do primeiro milênio tornavam possível perceber o claro sentido e a função da Eucaristia, que era a de nos conduzir para a nossa transformação, a transformação de nossa humanidade no corpo de Cristo.
Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) 
Fonte: CNBB.

O espetáculo do Sol

sun-199087_640Se algum dia você se sentir desprezado pelas pessoas, não se aborreça.
Se algum dia você perceber que não valorizam os seus esforços para melhorar, não fique nervoso e aborrecido, isto só lhe faria mal.
Se algum dia você se sentir rejeitado pelos homens e, esquecido, colocado em segundo lugar, não se aborreça, não serás menor por causa disso.
Se algumas pessoas não notarem a beleza da sua inteligência e a grandeza da sua alma, também não fique com raiva delas, você não perderá nada por causa disso.
Se você se levantar todos os dias para fazer o bem aos outros, e mesmo assim ninguém lhe agradecer por isso, não fique aborrecido, você não perdeu o mérito de suas boas obras.
Se você fez um belo trabalho e ninguém o parabenizou e aplaudiu, não fique frustrado, a sua obra continuará grande.
Se você sorri para as pessoas, iluminando a sua caminhada e ajudando-as a viver, mas elas não percebem o valor do seu gesto e não lhe agradecem, não se revolte, a sua grandeza permanece.cpa_sabedoria_em_par_bolas
Se você renova todos os dias, incansável, e gratuitamente, o seu amor às pessoas, e elas não são gratas a isto, não fique triste, pois também o Sol nasce todos os dias, gratuitamente, e a maioria não repara isto.
Todos os dias ele dá um grande espetáculo ao nascer, mas a maioria da plateia está dormindo e não pode lhe aplaudir.
Todos os dias ele se levanta para nos dar a luz, o calor e a vida, e a maioria nem nota tudo isto.
Não fique triste e frustrado, Deus vê todas as coisas e o recompensará, muito mais do que os aplausos dos homens.
Retirado do livro “Sabedoria em Parábolas”

Papa vai entregar bula do Ano Santo às Igrejas no mundo

09/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – Francisco entregará a seis representantes da Igreja no mundo, durante a vigília do Domingo da Misericórdia (11/04), uma cópia da Misericordiae vultus, a bula com a qual o Papa oficializará a convocação do Jubileu Extraordinário.
Além dos quatro arciprestes das Basílicas Papais de Roma, também receberão a cópia da bula os cardeais Ouellet, Filoni e Sandri, respectivamente prefeitos das Congregações para os Bispos, para a Evangelização dos Povos e para as Igrejas Orientais; o Arcebispo Savio Hon Tai-Fai, Secretário de Propaganda Fide, representando todo o Oriente, o Bispo Barthélemy Adoukonou, Secretário do Pontifício Conselho para a Cultura, representando o continente africano, e monsenhor Khaled Ayad Bishay, da Igreja patriarcal de Alexandria do Coptas, representando as Igrejas Orientais. (RB)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa recebe em audiência presidente eslovaco

09/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu em audiência nesta quinta-feira (09/04), o presidente da Eslováquia, Andrej Kiska. Em seguida, o presidente foi recebido pelo Secretário-Adjunto para as Relações com os Estados, Dom Antoine Camilleri.

As audiências acontecem na data em que é comemorado o 25º aniversário da retomada das relações diplomáticas entre a Santa Sé com a então República Federativa Tchecoslováquia. A reaproximação deu-se em 19 de abril de 1990, após a visita de São João Paulo II ao país.
Durante os encontros foi expressa, por ambas as partes, a satisfação pelas bem-sucedidas relações bilaterais, confirmadas pelos acordos em vigor e pelo diálogo profícuo entre Igreja e autoridades civis.
As conversações também incluíram temas sobre o atual contexto internacional, com atenção particular aos desafios enfrentados em diversas partes do mundo, especialmente no Oriente Médio e a importância da tutela da dignidade da pessoa humana. (RB)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/news

Papa recorda interminável êxodo armênio e pede reconciliação

09/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O massacre armênio foi o tema da audiência do Papa Francisco ao receber no Vaticano, na manhã desta quinta-feira (09/04), o Sínodo Patriarcal da Igreja Armênio-Católica. Na delegação, constava o bispo brasileiro Dom Vartan Boghossian, Exarca da comunidade armênia sul-americana.

Já no início do seu discurso, o Pontífice recordou que presidirá a Santa Missa no próximo domingo (12/04), na Basílica Vaticana, em memória das vítimas da perseguição ocorrida 100 anos atrás no então Império Otomano. “Invocaremos a Misericórdia Divina para que nos ajude a todos a curar toda ferida e a acelerar gestos concretos de reconciliação e de paz entre as nações que ainda não conseguem chegar a um consenso razoável sobre a interpretação daqueles tristes fatos”, disse o Papa.
Francisco aproveitou a presença do Sínodo Patriarcal para ressaltar a tradição cristã do povo armênio, o primeiro a se converter ao Cristianismo em 301, e saudar os religiosos e fiéis da diáspora, que hoje vivem em tantos países, inclusive na América Latina. Em especial, saudou os que estão na Síria. Cem anos atrás, recordou, a cidade de Aleppo foi porto seguro para os poucos sobreviventes armênios. Hoje, a presença cristã nesta região está ameaçada.
A comemoração das vítimas de um século atrás, acrescentou o Pontífice, nos coloca diante do mistério do mal. Do íntimo do coração do homem, podem desencadear-se as forças mais obscuras, capazes de programar a aniquilação do irmão, considerá-lo um inimigo, um adversário, e até mesmo alguém desprovido de dignidade humana.
Todavia, para o cristão, o mistério do mal introduz também o mistério da participação à Paixão redentora. Por isso, Francisco encorajou os líderes da Igreja armênia a fazer com que os fiéis não se considerem somente como sofredores em Cristo, mas ressuscitados Nele.
Por fim, durante o “êxodo interminável” sofrido pelos armênios, o Papa citou o papel naquele tempo do Papa Bento XV, que interveio junto ao Sultão Mehmet V para deter o massacre.

Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...