4 de abr. de 2015

Uma carta de mais de mil anos dá testemunho: os cristãos são a alma do mundo.

Maior joia da literatura cristã primitiva, a Carta a Diogneto nos conta como viviam os primeiros cristãos. 



Durante muitos e longos séculos, um elegante manuscrito composto em grego permaneceu ignorado no mais abissal dos silêncios. O texto, de origens até hoje misteriosas, só foi encontrado, e por acaso, no longínquo ano de 1436, em Constantinopla, junto com vários outros manuscritos endereçados a um certo “Diogneto”.
 
Se não há certeza sobre o seu autor, sabe-se que o destinatário do escrito era um pagão culto, interessado em saber mais sobre o cristianismo, aquela nova religião que se espalhava com força e vigor pelo Império Romano e que chamava a atenção do mundo pela coragem com que os seus seguidores enfrentavam os suplícios de uma vida de perseguições e pelo amor intenso com que amavam a Deus e uns aos outros.
 
O documento que passou para a posteridade como "a Carta a Diogneto" descreve quem eram e como viviam os cristãos dos primeiros séculos. Trata-se, para grande parte dos estudiosos, da “joia mais preciosa da literatura cristã primitiva”.
 
Confira a seguir os seus parágrafos V e VI, que compõem o trecho mais célebre deste tesouro da história cristã:
 
“Os cristãos não se distinguem dos outros homens nem por sua terra, nem por sua língua, nem por seus costumes. Eles não moram em cidades separadas, nem falam línguas estranhas, nem têm qualquer modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, nem se deve ao talento e à especulação de homens curiosos; eles não professam, como outros, nenhum ensinamento humano. Pelo contrário: mesmo vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes de cada lugar quanto à roupa, ao alimento e a todo o resto, eles testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal.
 
Vivem na sua pátria, mas como se fossem forasteiros; participam de tudo como cristãos, e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é sua pátria, e cada pátria é para eles estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Compartilham a mesa, mas não o leito; vivem na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm a sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas, com a sua vida, superam todas as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, ainda assim, condenados; são assassinados, e, deste modo, recebem a vida; são pobres, mas enriquecem a muitos; carecem de tudo, mas têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, recebem a glória; são amaldiçoados, mas, depois, proclamados justos; são injuriados e, no entanto, bendizem; são maltratados e, apesar disso, prestam tributo; fazem o bem e são punidos como malfeitores; são condenados, mas se alegram como se recebessem a vida. Os judeus os combatem como estrangeiros; os gregos os perseguem; e quem os odeia não sabe dizer o motivo desse ódio.
 
Assim como a alma está no corpo, assim os cristãos estão no mundo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo; os cristãos, por todas as partes do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não pertencem ao mundo. A alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são visíveis no mundo, mas a sua religião é invisível. A carne odeia e combate a alma, mesmo não tendo recebido dela nenhuma ofensa, porque a alma a impede de gozar dos prazeres mundanos; embora não tenha recebido injustiça por parte dos cristãos, o mundo os odeia, porque eles se opõem aos seus prazeres desordenados. A alma ama a carne e os membros que a odeiam; os cristãos também amam aqueles que os odeiam. A alma está contida no corpo, mas é ela que sustenta o corpo; os cristãos estão no mundo, como numa prisão, mas são eles que sustentam o mundo. A alma imortal habita em uma tenda mortal; os cristãos também habitam, como estrangeiros, em moradas que se corrompem, esperando a incorruptibilidade nos céus. Maltratada no comer e no beber, a alma se aprimora; também os cristãos, maltratados, se multiplicam mais a cada dia. Esta é a posição que Deus lhes determinou; e a eles não é lícito rejeitá-la”.
sources: ALETEIA

CELEBRAÇÃO DA VIGÍLIA PASCAL 04/04/2015

Liturgia

Gênesis 1,1-2,2;
Salmo 103;Gênesis 22,1-18;
Salmo 15; Êxodo 14,15-15,1;i
:Êxodo 15,1-2.3-4.5-6.17-18;
Isaías 54,5-14; Salmo 29;
Isaías 55,1-11;
Isaías 12,2-3.4.5-6; 
Baruc 3,9-15.32-4,4;
Salmo 18; 
Ezequiel 36,16-28; 
Salmo 41; Romanos 6,3-11;
Salmo 117; 
Marcos 16,1-7.






"Jesus não esta mais no túmulo, Ele ressuscitou segundo as escrituras".



 Irmãos com esta celebração da Vigília Pascal, a Mãe Igreja nos põe em espera pela ressurreição do seu Senhor. Nossa história foi uma história de trevas e de morte,até parecia não ter saída.Porém meus irmãos, da tumba vazia surge a luz,da morte surge a luz da ressurreição. Pela luz do fogo abençoado nesta noite  o Círio   Pascal é aceso. Ele  que simboliza a luz do ressuscitado em nosso meio.

 Nesta santa vigília irmãos, as leituras nos conduz da experiência da criação da tumba vazia.A Páscoa é vive como o povo de Israel a experiência da saída da escravidão a liberdade. 

 As diferentes leituras do Antigo Testamento nos permitem contemplamos através da história de Israel,como se propagou a luz salvífica desde a criação.

  A celebração da ressurreição de Jesus tem lugar também no dia de lua cheia:a ressurreição é  a festa da luz.Com os cristão de todos os tempos queremos ver o amanhecer nesta data o projeto de Jesus de Nazaré,que é o evangelho.Deus é  o funcionamento da permanência da vida ainda que a partir da morte, de uma forma que não conhecemos e que não podemos expressar.  Deus os abençoe!   


    (Leandro)

3 de abr. de 2015

Papa no Coliseu: cristãos assassinados com o nosso silêncio

03/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – Nesta Sexta-feira Santa (03/04), o Papa Francisco presidiu a tradicional Via-Sacra no Coliseu romano, com a participação de milhares de fiéis.
Ao final da 14a estação, o Papa leu a seguinte oração:   
“A tua via-sacra é a síntese de tua vida, ícone de tua obediência à vontade do Pai. É a prova de tua missão. O peso da tua cruz nos liberta de todos os nossos fardos. Na tua obediência à vontade do Pai, nós nos damos conta da nossa rebelião e desobediência. Em ti vendido, traído e crucificado pela tua gente, nós vemos nossas cotidianas traições e infidelidades. Na tua inocência, vemos a nossa culpa; no teu rosto desfigurado, vemos a brutalidade dos nossos pecados. Na crueldade da tua paixão, vemos a crueldade do nosso coração e das nossas ações. Ao sentir-te abandonado, vemos todos os abandonados pelos familiares, pela sociedade. No teu corpo sacrificado, vemos os corpos dos nossos irmãos abandonados nas ruas, desfigurados pela nossa negligência e indiferença. Em ti, divino Amor, vemos ainda hoje os nossos irmãos perseguidos, decapitados e crucificados pela sua fé em ti, sob nossos olhos ou com frequência com nosso silêncio cúmplice. Imprime em nosso coração sentimentos de fé, esperança, caridade, de dor pelos nossos pecados e leva-nos a nos arrepender pelos nossos pecados que te crucificaram. Leva-nos a transformar a nossa conversão feita de palavras em conversão de vida e de obras. Jesus Crucificado, reaviva em nós a esperança, para que não se perca seguindo as seduções do mundo; guarda em nós a caridade, que não se deixe enganar pela corrupção e a mundanidade. Ensina-nos que a Santa-feira Santa é a estrada para a Páscoa da ressurreição. Ensina-nos que Deus jamais esquece nenhum de seus filhos e jamais se cansa de nos perdoar e de abraçar. E ensina-nos a não nos cansar de pedir perdão e de acreditar na misericórdia sem limites do Pai.”
Depois da benção final, Francisco acrescentou uma saudação: “Voltemos a nossas casas com a lembrança de Jesus, de sua paixão, do seu grande amor, e também com a esperança da sua jubilosa ressurreição".
Este ano, as meditações foram confiadas ao Bispo emérito de Novara, Dom Renato Corti. O texto que acompanhou as 14 estações foi publicado também em português.
Os temas foram os dramas familiares do mundo de hoje, a presença feminina na Igreja e a “tristeza no abisso” de tantas almas feridas pela solidão, o abandono, a indiferença, as doenças, a morte de um ente querido; o risco de ser “cristãos mornos”, dramas coletivos como o tráfico de seres humanos, a condição das crianças-soldado, o trabalho em regime de escravidão, os jovens roubados de si mesmos, feridos em sua intimidade e barbaramente profanados com abusos sexuais; a pena de morte ainda praticada em muitos países, e toda forma de tortura e opressão violenta de inocentes. 
Dom Corti enriqueceu as meditações utilizando textos do Papa Paulo VI, do Cardeal Carlo Maria Martini e do Ministro paquistanês Shahbaz Bhatti, assassinado em 2011.
Dois brasileiros estavam entre as pessoas que carregaram a cruz de Jesus durante a Via-Sacra: os irmãos Rafaela e Vitor, adotados no Brasil por um casal de italianos, participaram da cerimônia ao lado dos pais na terceira estação. Além deles, também levaram a cruz duas religiosas iraquianas e pessoas provenientes de Síria, Nigéria, Egito e China, entre outras.
(BF/CM)

Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Brasileiros levarão a cruz na Via Sacra no Coliseu

03/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – Nesta Sexta-feira Santa, (03/04), o Papa Francisco preside a tradicional Via Sacra no Coliseu, percorrendo as 14 estações a partir do anfiteatro que marca os sofrimentos dos primeiros cristãos, continuando pela frente do Arco de Trajano, até a colina do Palatino.
Às 21h25, o Papa deixa o Vaticano de carro e se dirige ao Coliseu. Este ano, as meditações foram confiadas ao bispo emérito de Novara, Dom Renato Corti. O texto que acompanhará as 14 estações já está publicado no site www.vatican.va.
Os temas serão o recente martírio do ministro cristão paquistanês Shahbaz Bhatti (2011), os dramas familiares do mundo de hoje, a presença feminina na Igreja e a “tristeza no abisso de tantas almas feridas pela solidão, o abandono, a indiferença, as doenças, a morte de um ente querido; o risco de ser ‘cristãos mornos’, dramas coletivos com o tráfico de seres humanos, a condição das crianças-soldado, o trabalho em escravidão, os jovens roubados de si mesmos, feridos em sua intimidade e barbaramente profanados com abusos sexuais; a pena de morte, ainda praticada em muitos países, e toda forma de tortura e opressão violenta de inocentes.

Dois brasileiros estão entre as pessoas que carregarão a cruz de Jesus Cristo durante a Via Sacra.
Os irmãos Rafaela e Vitor, adotados no Brasil pelos italianos Francesco e Palma Serra, participarão da cerimônia ao lado dos pais na terceira estação, logo no início da procissão. Além deles, também levarão a cruz duas religiosas iraquianas e pessoas provenientes de Síria, Nigéria, Egito e China, entre outras.   
No ano passado, participaram da cerimônia um operário, imigrantes, internos de um centro de reabilitação, presidiários e sem-teto. 
Na tarde desta Sexta-feira, às 17h de Roma (12h de Brasília), o Papa celebra a Missa da Paixão na Basílica de São Pedro.
A RV transmite ambos os eventos com comentários em português, a partir das 11h55 e 16h05, hora de Brasília, 

Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Sexta-feira Santa: homilia do Frei Cantalamessa

03/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) - Segue, na íntegra, a homilia do Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, proferida nesta Sexta-feira Santa, na Basílica de São Pedro.
"Eis o homem!”
Acabamos de ouvir o relato do julgamento de Jesus perante Pilatos. Há nele um momento que nos pede uma atenção especial.
“Pilatos mandou então flagelar Jesus. Os soldados teceram de espinhos uma coroa, puseram-na sobre a sua cabeça e o cobriram com um manto de púrpura. Aproximavam-se dele e diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação. Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: Ecce homo! Eis o homem!” (Jo 19,1-5).
Entre as muitas pinturas que retratam o Ecce Homo, há uma que sempre me impressionou. É de Jan Mostaert, pintor flamengo do século XVI, e está na National Gallery de Londres. Tentarei descrevê-la. Ela nos ajudará a imprimir melhor na mente o episódio, já que o pintor transcreve fielmente, em cores, os dados do relato evangélico, especialmente do relato de Marcos (Mc 15,16-20).
Jesus tem na cabeça uma coroa de espinhos. Um feixe de arbustos espinhosos que estava no pátio, talvez para fazer fogo, deu aos soldados a ideia dessa cruel zombaria da sua realeza. Da cabeça de Jesus descem gotas de sangue. Sua boca está semiaberta, como que lutando para respirar. Sobre os ombros, sulcados pelos golpes recentes da flagelação, um manto pesado e desgastado, mais próximo da lata que da estopa. Ele tem os pulsos amarrados por uma corda grosseira; em uma das mãos, eles colocaram um pedaço de pau a fazer as vezes de cetro e, na outra, um feixe de varetas, símbolos que ridicularizavam a sua majestade. Jesus não pode mover sequer um dedo; é o homem reduzido à total impotência, o protótipo de todos os algemados da história.
Meditando sobre a Paixão, o filósofo Blaise Pascal escreveu certa vez estas palavras: "Cristo está em agonia até o fim do mundo: não podemos dormir durante este tempo"viii. Há um sentido em que estas palavras se aplicam à pessoa de Jesus mesmo, ou seja, à cabeça do corpo místico e não apenas aos membros. Não apesar de Ele ter ressuscitado e estar vivo, mas justamente porque Ele ressuscitou e está vivo. Deixemos de lado, no entanto, este significado misterioso demais para nós e falemos do sentido mais claro daquelas palavras. Jesus está em agonia até o fim do mundo em cada homem ou mulher submetidos aos mesmos tormentos. "Vós o fizestes a mim" (Mt 25, 40): Ele não disse esta frase apenas sobre quem acredita nele; ele a disse sobre cada homem e cada mulher famintos, nus, maltratados, presos.
Ao menos por uma vez, não pensemos nos males sociais, coletivos: a fome, a pobreza, a injustiça, a exploração dos fracos. Desses males já se fala muitas vezes, embora nunca o suficiente, e há o risco de se tornarem abstrações. Categorias, não pessoas. Pensemos agora no sofrimento dos indivíduos, das pessoas com nome e identidade concreta; nas torturas decididas a sangue frio e infligidas voluntariamente, neste exato momento, por seres humanos contra outros seres humanos, inclusive crianças.
Quantos "Ecce homo" no mundo! Meu Deus, quantos "Ecce homo"! Quantos prisioneiros na mesma condição de Jesus no pretório de Pilatos: sozinhos, algemados, torturados, à mercê de soldados ásperos e cheios de ódio, que se entregam a todo tipo de crueldade física e psicológica, divertindo-se em ver sofrer. "Não podemos dormir, não podemos deixá-los sós!".
A exclamação "Ecce homo!" não se aplica somente às vítimas, mas também aos carnífices. Ela quer dizer: eis aqui do que o homem é capaz! Com temor e tremor, digamos ainda: eis do que somos capazes nós, homens! Muito distante da marcha inexorável do Homo sapiens sapiens, o homem que, segundo alguns, nasceria da morte de Deus e tomaria o seu lugarviii.
* * *
Os cristãos não são, certamente, as únicas vítimas da violência homicida que há no mundo, mas não se pode ignorar que, em muitos países, eles são as vítimas marcadas e mais frequentes. Jesus disse um dia aos seus discípulos: "Chegará uma hora em que aqueles que vos matarem julgarão estar honrando a Deus" (Jo 16, 2). Talvez estas palavras nunca tenham achado na história um cumprimento tão pontual quanto hoje.
Um bispo do século III, Dionísio de Alexandria, nos deixou o testemunho de uma Páscoa celebrada pelos cristãos durante a feroz perseguição do imperador romano Décio: "Eles nos exilaram e, sozinhos entre todos, fomos perseguidos e lançados à morte. Mas, ainda assim, celebramos a Páscoa. Todo lugar em que se sofria tornou-se para nós um lugar de celebração da festa: fosse um acampamento, um deserto, um navio, uma pousada, uma prisão. Os mártires perfeitos celebraram a mais esplêndida das festas pascais ao ser admitidos no banquete celeste"viii. Será assim para muitos cristãos também na Páscoa deste ano, 2015 depois de Cristo.
Houve alguém que teve a coragem de denunciar, como leigo, a indiferença perturbadora das instituições mundiais e da opinião pública em face de tudo isto, lembrando a quais consequências essa indiferença já levou no passadoviii. Corremos todos o risco, tanto instituições quanto pessoas do mundo ocidental, de ser Pilatos que lavam as mãos.
A nós, no entanto, não é permitido fazer qualquer denúncia neste dia. Trairíamos o mistério que estamos celebrando. Jesus morreu gritando: "Pai, perdoa-os, porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34). Esta oração não é simplesmente murmurada; é gritada para ser bem ouvida. Na verdade, não é sequer uma oração, mas uma exigência imperativa, feita com a autoridade de quem é Filho: "Pai, perdoa-os!". E como Ele mesmo disse que o Pai escuta todas as suas orações (Jo 11,42), devemos acreditar que Ele ouviu também esta última feita na cruz, e que, portanto, aqueles que crucificaram o Cristo foram perdoados por Deus (é claro que não sem antes se arrependerem de alguma forma) e estão com Ele no paraíso, testemunhando para toda a eternidade o ponto até o qual pode chegar o amor de Deus.
Essa ignorância, como tal, estava só nos soldados. Mas a oração de Jesus não se limita a eles. A grandeza divina do seu perdão consiste no fato de que o perdão também é oferecido aos seus inimigos mais ferozes. É para eles que Jesus alega a desculpa da ignorância. Mesmo que eles tenham agido com astúcia e malícia, eles realmente não sabiam o que faziam, não pensavam que estavam crucificando um homem que era de fato o Messias e Filho de Deus! Em vez de acusar os seus adversários, ou de os perdoar confiando ao Pai Celestial o cuidado de vingá-lo, Ele os defende.
Seu exemplo sugere aos discípulos uma generosidade infinita. Perdoar com a sua mesma grandeza de alma não pode envolver simplesmente uma atitude negativa, de renunciar a querer o mal para quem faz o mal; deve traduzir-se, em vez disso, em uma vontade positiva de lhes fazer o bem, mesmo que apenas com uma oração dirigida a Deus em seu favor. "Orai por aqueles que vos perseguem" (Mt 5, 44). Esse perdão não deve procurar compensação nem sequer na esperança de um castigo divino. Deve ser inspirado por uma caridade que desculpa o próximo, mesmo sem fechar os olhos para a verdade, e que tenta parar os maus para que eles não façam mais mal aos outros nem a si mesmos.
Quereríamos dizer: "Senhor, o que nos pedes é impossível!", mas Ele nos responderia: "Eu sei. E morri para vos dar o que vos peço. Não vos dei apenas o mandado de perdoar, nem apenas um exemplo heroico de perdão; com a minha morte, eu vos dei a graça que vos torna capazes de perdoar. Eu não deixei ao mundo apenas um ensinamento sobre a misericórdia, como tantos outros também deixaram. Eu sou Deus e, para vós, fiz brotarem da minha morte rios de misericórdia. Deles podeis beber a mãos cheias no Ano Jubilar da Misericórdia que tendes pela frente".
Então, indagará alguém, seguir a Cristo é sempre um resignar-se passivamente à derrota e à morte? Pelo contrário! "Tende coragem", disse Ele aos apóstolos antes da Paixão: "Eu venci o mundo" (Jo 16, 33). Cristo venceu o mundo vencendo o mal do mundo. A vitória definitiva do bem sobre o mal, que se manifestará no fim dos tempos, já aconteceu, de fato e de direito, na cruz de Cristo. "Esta é hora do juízo deste mundo" (Jo 12, 31). Desde aquele dia, o mal é o perdedor: tanto mais perdedor quanto mais parece triunfar. O mundo já foi julgado e condenado em última instância, com sentença inapelável.
Jesus derrotou a violência sem opor a ela uma violência maior ainda, e sim sofrendo-a e revelando toda a sua injustiça e inutilidade. Ele inaugurou um novo tipo de vitória, que Santo Agostinho resumiu em três palavras: “Victor quia victima” – “vencedor porque vítima”. Foi ao "vê-lo morrer assim" que o centurião romano exclamou: "Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!" (Mc 15, 39). Os outros se perguntavam o que significava o alto brado que Jesus tinha dado ao morrer (Mc 15, 37). O centurião, que era experiente em lutas e lutadores, reconheceu de imediato que aquele era um grito de vitóriaviii.
O problema da violência nos persegue, nos choca, inventando formas novas e espantosas de crueldade e de barbárie. Nós, cristãos, reagimos horrorizados à ideia de que se possa matar em nome de Deus. Alguém poderia objetar: mas a Bíblia também não está cheia de histórias de violência? Deus mesmo não é chamado de "Senhor dos Exércitos"? Não é atribuída a Ele a ordem de exterminar cidades inteiras? Não é Ele quem decreta, na Lei mosaica, numerosos casos de pena de morte?
Se tivessem dirigido a Jesus, durante a sua vida, esta mesma objeção, Ele certamente teria respondido o que respondeu sobre o divórcio: "Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas no princípio não foi assim" (Mt 19,8). Também sobre a violência, "no princípio não foi assim". O primeiro capítulo do Gênesis mostra um mundo onde a violência não é sequer pensável, nem dos seres humanos entre si, nem entre homens e animais. Nem sequer para vingar a morte de Abel, e assim punir um assassino, é lícito matar (cf. Gn 4, 15).
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Paixão do Senhor: Quantos prisioneiros na mesma condição de Jesus!

03/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu, nesta Sexta-feira Santa (03/04), na Basílica de São Pedro, a Celebração da Paixão do Senhor. Nesse dia, não se celebra a Santa Missa, mas as funções da Sexta-feira da Paixão com a Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.
A homilia da celebração foi feita pelo Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, que baseou a sua reflexão nas palavas de Pilatos: “Eis o homem”, recordando os muitos “Eis o homem” de nossos dias vítimas da fome, pobreza, injustiça e exploração.
“Desses males já se fala muitas vezes, embora nunca o suficiente, e há o risco de se tornarem abstrações. Categorias, não pessoas. Pensemos agora no sofrimento dos indivíduos, das pessoas com nome e identidade concreta; nas torturas decididas a sangue frio e infligidas voluntariamente, neste exato momento, por seres humanos contra outros seres humanos, inclusive crianças”, frisou Frei Cantalamessa.
“Quantos "Eis o homem" no mundo! Meu Deus, quantos Eis o homem”! Quantos prisioneiros na mesma condição de Jesus no pretório de Pilatos: sozinhos, algemados, torturados, à mercê de soldados ásperos e cheios de ódio, que se entregam a todo tipo de crueldade física e psicológica, divertindo-se em ver sofrer. "Não podemos dormir, não podemos deixá-los sós!", disse ainda o capuchinho.
“A exclamação "Eis o homem!" não se aplica somente às vítimas, mas também aos carnífices. Ela quer dizer: eis aqui do que o homem é capaz! Com temor e tremor, digamos ainda: eis do que somos capazes nós, homens! Muito distante da marcha inexorável do Homo sapiens sapiens, o homem que, segundo alguns, nasceria da morte de Deus e tomaria o seu lugar”, frisou.
Recordando o sofrimento dos cristãos, Frei Cantalemessa destacou que eles “não são, certamente, as únicas vítimas da violência homicida que há no mundo, mas não se pode ignorar que, em muitos países, eles são as vítimas marcadas e mais frequentes. Jesus disse um dia aos seus discípulos: "Chegará uma hora em que aqueles que vos matarem julgarão estar honrando a Deus". Talvez estas palavras nunca tenham achado na história um cumprimento tão pontual quanto hoje”, disse ele.
“Os mártires perfeitos celebraram a mais esplêndida das festas pascais ao ser admitidos no banquete celeste. Será assim para muitos cristãos também na Páscoa deste ano, 2015 depois de Cristo.”
Disse ainda o capuchinho, "então, indagará alguém, seguir a Cristo é sempre um resignar-se passivamente à derrota e à morte? Pelo contrário! "Tende coragem", disse Ele aos apóstolos antes da Paixão: "Eu venci o mundo". Cristo venceu o mundo vencendo o mal do mundo. 
“Os verdadeiros mártires de Cristo não morrem com os punhos cerrados, mas com as mãos juntas. Tivemos tantos exemplos recentes”, disse Frei Cantalamessa, recordando que foi Cristo quem deu aos 21 cristãos coptas mortos pelo Estado Islâmico na Líbia, em 22 de fevereiro passado, a força para morrerem murmurando o seu nome. (MJ)

Fonte: http://br.radiovaticana.va/

CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR 03/04/15

Liturgia

Isaias 52,13-53,12 ;
 Salmo 30 ; 
Hebreus 4,14-16;5,7-7 
; João 18,1-19,42.  



 " Pai em tuas mãos entrego o meu espírito".  

"Mas um soldado perfurou lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água".(Jo 19,34). Este meus irmãos, foi o ultimo ato da paixão de Jesus, a abertura do seu lado ,explica e resume toda a  vida do Salvador.  Cristo morreu porque Ele quis, foi o seu amor por todos nos que o matou.  Cristo no fim da sua paixão permitiu o golpe da lança para chama a nossa atenção para o seu coração, para pensamos no seu amor. Na celebração de hoje a um rito da apresentação da cruz, lenho da vida que vence a morte. A Igreja ergue, diante dos fiéis, o sinal do triunfo do Senhor, que havia dito:"Mas um soldado perfurou lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água".(Jo 19,34). 
 Este meus irmãos, foi o ultimo ato da paixão de Jesus, a abertura do seu lado ,explica e resume toda a  vida do Salvador.  Cristo morreu porque Ele quis, foi o seu amor por todos nos que o matou.  Cristo no fim da sua paixão permitiu o golpe da lança para chama a nossa atenção para o seu coração, para pensamos no seu amor. Na celebração de hoje a um rito da apresentação da cruz, lenho da vida que vence a morte. A Igreja ergue, diante dos fiéis, o sinal do triunfo do Senhor, que havia dito: "QUANDO LEVANTAREM O FILHO DO HOMEM SABERÃO QUE EU SOU".(Jo 8,28).Jesus, meus irmãos, morre no mesmo momento em que no tempo, se imolam os cordeiros destinados a celebração da  Páscoa . A pascoa de Cristo focaliza o significado do sofrimento de Jesus, que culmina em sua morte na cruz.  Irmãos, é um amor em plenitude  que  é  assumido na cruz. Mas é  importante lembrar que antes de assumir a  cruz de madeira, Jesus assumiu outras grandes difíceis cruzes. Podemos ver neste dia meus irmãos, outras cruzes levadas por nosso Senhor : uma, é  a cruz da traição, de Judas e outra é  a negação de Pedro . Há a cruz da condenação por Pilatos e por parte do povo. E outras cruzes são as minhas e as suas  meus irmãos. Celebra a sexta -feira da paixão, nos faz pensa sobre as cruzes que ainda hoje colocamos sobre os ombros de Jesus, através da injustiça, do egoísmo, da impiedade, da violência etc. Por fim meus irmãos, não esqueçamos do mais importante :a cruz nos leva a glória da manhã  da ressurreição.   Deus os abençoe a todos!   

  (LEANDRO)

Jesus Cristo, o único Salvador!

jesus-nosso-salvadorO que diferencia o Cristianismo das demais religiões é a salvação eterna de cada pessoa, conquistada pela Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Isto é o “essencial”; aquilo que os Apóstolos pregavam com todo ardor: Cristo morto e ressuscitado, a nossa salvação!
São Pedro, em Jerusalém, deixa bem claro aos judeus:
“Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devemos ser salvos” (At 4,12).
Essa palavra do príncipe dos Apóstolos precisa ser repetida hoje em todos os lugares, para que ninguém seja enganado:
“Em nenhum outro há salvação”. Jesus é o único Salvador, pois “nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual devemos ser salvos”.
São Pedro explica-nos que essa salvação eterna foi conquistada “não por bens perecíveis, como a prata e o ouro… mas pelo precioso sangue de Cristo, o Cordeiro imolado” (1Pe 1,18).
“Carregou os nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro, para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados” (1 Pe 2,24).
A salvação que Cristo nos conquistou, custou o preço da sua vida divina e humana. Era necessário um sacrifício de valor infinito para reparar a ofensa infinita que o pecado provoca contra a Majestade (infinita) de Deus e a Sua justiça. Foi preciso a oferta, a oblação, de uma vida divina (mas também humana) para satisfazer a justiça divina.
Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador, não teve dúvidas em oferecer ao Pai o sacrifício teândrico (humano-divino) de sua Pessoa, para resgatar todos aqueles que pela sua Encarnação fez seus irmãos. É a maior prova de amor que já existiu. Esta verdade levou São Paulo a exclamar, quando escreveu aos romanos:
“Eis uma prova maravilhosa do amor de Deus para conosco: quando ainda éramos pecadores Cristo morreu por nós” (Rom 5,8).
É pela fé no sangue do Senhor que somos justificados perante Deus Pai, para vivermos uma vida nova, aqui e na eternidade. A nossa conta com a justiça foi paga por Jesus.
“Se confessares bem alto com tua boca que Jesus é o Senhor, e se creres em teu coração que Deus o ressuscitou entre os mortos, serás salvo. Porque é crendo com o coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação” (Rom 10,9-10).
O Senhor quis que a salvação chegasse até nós pela sua Santa Igreja Católica, o seu Corpo Místico, “Sacramento universal da salvação da humanidade” (LG, 5). Ao se despedir dos discípulos, antes da sua Ascensão ao céu, Jesus colocou as condições para a salvação: “Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado”(Mc 16,16).
Apesar de toda essa prova extraordinária do amor de Deus por nós, muitos batizados renegam essa fé e vão buscar a salvação onde ela não existe. Abandonando o verdadeiro e único Salvador, e a verdadeira e única Igreja, vão buscar refúgio espiritual em tudo que é abominável a Deus, como nos ensina a Bíblia (Deut 18,10-13). Quem busca a salvação fora de Cristo e da Sua Igreja, trai a sua fé, abandona Jesus Cristo, despreza a sua santa Cruz, as suas santas chagas, os seus méritos e o seu imenso amor por nós. É verdade que muitos o fazem por ignorância… Mas já é hora de acordar desse sono de morte!
A palavra de Deus nos adverte severamente de que tudo isto causa uma contaminação espiritual perigosa. “Não vos voltareis para os necromantes (consulta aos mortos) nem consultareis os adivinhos; pois eles vos contaminariam”(Lev 19,31).
Essa contaminação consiste numa certa influência que o Tentador exerce sobre a pessoa que vai buscar conhecimento, poder, etc, “fora” de Deus e contra as suas Leis e Sua vontade.
“Se alguém se dirigir aos necromantes ou aos adivinhos para fornicar com eles, voltarei o meu rosto contra esse homem…” (Lev 20,6).
São palavras severas do Senhor sobre esta questão.
Só há uma salvação e um único salvador: Jesus Cristo! Só há uma Igreja, a qual Jesus incumbiu de levar a salvação, através dos sete Sacramentos, a Igreja Católica. “Fora da Igreja não há salvação”, nos ensina o Catecismo da Igreja; isto é, “toda salvação vem de Cristo-Cabeça através da Igreja que é o seu Corpo” (n. 846). Aqueles que, conscientemente rejeitarem a Igreja, rejeitarão também a salvação. São Paulo alertou os coríntios:
“As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas aos demônios e não a Deus. Não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1 Cor 10,20-22).
Todo culto prestado a qualquer Entidade, que não seja Deus, quem o recebe é o demônio e, aquele que presta esse culto faz comunhão com ele. Aí está o perigo das práticas esotéricas e supersticiosas.
São Paulo chama a Igreja de “Casa de Deus” e diz que ela é “a coluna e o sustentáculo da verdade” (1Tm3,15).
Falando a S.Timóteo, ele diz que: “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”(1Tm2,4).
É importante notar que o Apóstolo relaciona diretamente a salvação com o “conhecimento da verdade”. Essa verdade, Jesus confiou à sua Igreja, para que levasse a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares.
“Quem vos ouve, a Mim ouve, quem vos rejeita, a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita aquele que Me enviou” (Lc10,16).”Não temas pequeno rebanho, foi do agrado do Pai dar-vos o Reino” (Lc 12,32). Só a eles o Senhor confiou o encargo de ensinar, sem erro, com a assistência do Espírito Santo: “Ide pelo mundo inteiro, pregai o Evangelho a todas as nações, ensinando-as a observar tudo o que eu prescrevi”(Mt28,18).Não arrisque a tua salvação eterna. Salva a tua alma!
Prof. Felipe Aquino

Cleofas 

Sexta-feira Santa

small_shutterstock_136421594Neste dia celebramos a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.
Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.
Ofício das Trevas
Trata-se de um conjunto de leituras, lamentações, salmos e preces penitenciais. O nome surgiu por causa da forma que se utilizava antigamente para celebrar o ritual. A igreja fica às escuras tendo somente um candelabro triangular, com velas acesas que se apagam aos poucos durante a cerimônia.
Sermão das Sete Palavras
Lembra as últimas palavras de Jesus, no Calvário, antes de sua morte. As sete palavras de Jesus são: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem…”, “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”, “Mulher, eis aí o teu filho… Eis aí a tua Mãe”, “Tenho Sede!”, “Eli, Eli, lema sabachtani? – Meu Deus, meus Deus, por que me abandonastes?”, “Tudo está consumado!”, “Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”. Neste dia, não se celebra a Santa Missa.
Por volta das 15 horas celebra-se nas igrejas católicas a Solene Ação Litúrgica comemorativa da Paixão e Morte de Jesus Cristo. À noite as paróquias fazem encenações da Paixão de Jesus Cristo com o Sermão do Descendimento da Cruz e em seguida a Procissão do Enterro, levando o esquife com a imagem do Senhor morto.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

2 de abr. de 2015

SOLENIDADE DA CEIA DO SENHOR 02/04/2015

Liturgia

".  Êxodo 18,1-8.11-14;
 Salmo 115 ;
 1 Corintios 11,23-26 ;
 João 13,1-15.    



 "Se não lava vossos pés, não terás parte comigo".



Hoje meus irmãos queridos, iniciamos o tríduo pascal  da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.  Jesus  em todo o seu ministério, se entregou aos pobres e sofredores todos receberão de Jesus uma mão amiga. Hoje irmãos, vemos um Deus que ser  entrega ,que entrega todo tudo que  é, tudo o que tem. Um verdadeiro rei vestido de pobreza. Hoje Jesus realiza a atividade de um escravo: lava os pés dos apóstolos um a um. Em Cristo a única maneira de reinar é o serviço, sedo o último o primeiro. Lava os pés significa irmãos, inclinar-se diante do outro, aceita que o serviço é a única entrega. A quinta-feira santa é o inicio do tríduo sacro ,marca o início da caminhada pascal do Senhor. Hoje Jesus institui a Sagrada Eucaristia, ela que é o sacramento do amor. Jesus "parte e reparte" o seu corpo e o seu sangue dizendo: Façam isto em memória de mim. Celebra a Eucaristia, meus irmãos, será sempre mais do que "ouvir a missa" cada vez que comemos deste pão .... anunciamos a morte do Senhor até que ele venha. Celebremos bem meus  irmãs irmãos em nossas Igrejas o sagrado mistério do amor de Jesus por nós. Deus os abençoe!  

     (Leandro)

Lava-pés: o Papa no "porão" da humanidade

02/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O complexo penitenciário de Rebibbia, na periferia leste de Roma, foi o local escolhido para a Missa da Ceia do Senhor, presidida pelo Papa Francisco. Esta celebração, com o rito do Lava-pés, abre o Tríduo Pascal.
Não é a primeira vez que o Pontífice celebra esta Missa no cárcere. Em 2013, pouco tempo depois de ser eleito, a prisão para menores de Casal del Marmo recebeu Francisco. No ano passado, foi a vez do Centro Santa Maria da Providência, que acolhe enfermos. Desta vez, o Papa lavou os pés de 12 detentos, seis mulheres e seis homens, dos quais um é brasileiro.
Na Igreja do Pai-Nosso dentro do complexo penitenciário, o Pontífice se encontrou também com 150 mulheres detentas, das quais 15 mães com seus filhos.
No capítulo 13 do Evangelho de João, narra-se este gesto simples de Jesus, que antes de entregar a sua vida lava os pés dos discípulos para mostrar a eles que quem celebra a Eucaristia tem que se colocar a serviço, e a serviço de modo humilde, a serviços dos humildes.
É o que faz o Papa Francisco lavando os pés a mulheres e homens detentos. Sobre o significado deste gesto, o Programa Brasileiro entrevistou a Ir. Petra Pfaller, vice-coordenadora da Pastoral Carcerária no Brasil, que define os cárceres como os "porões" da humanidade.
A missionária afirma que no Brasil há cerca de 35 mil mulheres presas. Destas, 10% são mães com seus bebês nos cárceres.
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa aos sacerdotes: cheiro de ovelha sim, e sorriso de pai

02/04/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa celebrou, na manhã desta Quinta-feira Santa (02/04), a Missa do Crisma, na Basílica Vaticana. Francisco abençoou os santos óleos que serão utilizados ao longo do ano nos sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.

O tema central da homilia do Papa foi o cansaço dos sacerdotes. “Sabem quantas vezes penso nisto, no cansaço de todos vocês?”, perguntou Francisco. E disse: “Penso muito e rezo com frequência, especialmente quando sou eu que estou cansado. Rezo por vocês que trabalham no meio do povo fiel de Deus, que foi confiado a vocês; e muitos fazem isso em lugares tão isolados e perigosos. E o nosso cansaço, queridos sacerdotes, é como o incenso que sobe silenciosamente ao Céu. O nosso cansaço eleva-se diretamente ao coração do Pai”, disse o Papa.
Nossa Senhora
Francisco encorajou os sacerdotes a perceberam também que Nossa Senhora está ciente deste cansaço e que imediatamente faz nota-lo ao Senhor. “Como Mãe, sabe compreender quando os seus filhos estão cansados, e só disso se preocupa. ‘Bem-vindo! Descansa, meu filho. Depois falamos... Não estou aqui eu, que sou tua Mãe?’”,  refletiu Francisco.
Repouso merecido
Ao citar uma chave da fecundidade sacerdotal que, de acordo com o Papa, está na forma como os sacerdotes repousam e como o Senhor cuida do cansaço deles, Francisco afirmou: “Como é difícil aprender a repousar”, e prosseguiu: “Nisto transparece a nossa confiança e a consciência de que também nós somos ovelhas”.
Contudo, Francisco convidou os sacerdotes ao discernimento: “Sei repousar recebendo o amor, a gratidão e todo o carinho que me dá o povo fiel de Deus? Ou, depois do trabalho pastoral, procuro repousos mais refinados: não os repousos dos pobres, mas os que oferece a sociedade de consumo?”, ponderou Francisco.
Compromissos dos sacerdotes
O Papa prosseguiu sua reflexão falando sobre os deveres dos sacerdotes, os quais repassou brevemente: “levar a Boa-Nova aos pobres, anunciar a libertação aos cativos e a cura aos cegos, dar a liberdade aos oprimidos e proclamar o ano de graça do Senhor. Isaías diz também cuidar daqueles que têm o coração despedaçado e consolar os aflitos”, recordou Francisco. De maneira espontânea, o Papa quis compartilhar suas reflexões acerca de três tipos de cansaço sobre os quais o pontífice meditou:
O cansaço do povo, das multidões
Este é um “cansaço bom e saudável”, disse o Papa, e acrescentou “É o cansaço do sacerdote com o cheiro das ovelhas, mas com o sorriso de um pai que contempla os seus filhos ou os seus netinhos. Isto não tem nada a ver com aqueles que conhecem perfumes caros e te olham de cima para baixo”.
O cansaço dos inimigos
Francisco alertou que o diabo e os seus sectários não dormem e, uma vez que os seus ouvidos não suportam a Palavra de Deus, trabalham incansavelmente para silenciar ou distorcer. Aqui o cansaço de enfrentá-los é mais árduo. Não se trata apenas de fazer o bem, com toda a fadiga que isso implica, mas é preciso também defender o rebanho e defender-se a si mesmo do mal (cf. Evangelii Gaudium, 83).
“O maligno é mais astuto do que nós e é capaz de destruir num instante aquilo que construímos pacientemente durante muito tempo. Aqui é preciso pedir a graça de aprender a neutralizar: neutralizar o mal, não arrancar a cizânia, não pretender defender como super-homens aquilo que só o Senhor deve defender”, advertiu o Papa.
O cansaço de nós próprios
Ao concluir, Francisco citou este cansaço que, para ele, é o mais perigoso uma vez que os anteriores derivam do fato dos sacerdotes estarem expostos, de terem saído deles mesmos para ungir e servir. “Este cansaço é mais auto-referencial...Trata-se do cansaço que resulta de ‘querer e não querer’”, finalizou o Papa, ao exortar a todos os sacerdotes para que possam aprender a estar cansados, “mas com um cansaço bom”.
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Papa aos detentos : “Eu também preciso ser lavado pelo Senhor"

02/04/2015

Roma (RV) - Aplausos, beijos e abraços acolheram no final da tarde desta Quinta-feira Santa o Papa Francisco no complexo penitenciário de Rebibbia, zona leste de Roma, onde celebrou a Missa da Ceia do Senhor, com o rito do Lava-pés. Francisco chegou à Penitenciária pouco depois das 17h locais (meio-dia no Brasil) e se deteve por alguns momentos na parte interna do complexo, antes de entrar para celebrar a Santa Missa. No pátio o aguardavam mais de 300 detentos, o pessoal da polícia penitenciária, pessoal administrativo, os voluntários e capelães. O Pontífice cumprimentou quase um por um dos detentos, abraçando-os e beijando-os.
“Agradeço a todos vocês pela acolhida tão calorosa e sincera, muito obrigado!”, disse Francisco antes de entrar na Igreja do Pai-Nosso dentro do complexo penitenciário.
Na igreja, o Papa encontrou outros 300 detentos; 150 mulheres, incluindo 15 mães com as crianças, e 150 homens. Durante a celebração lavou os pés de doze deles: seis mulheres e seis homens, dos quais um brasileiro. Um dos momentos mais emocionantes foi quando Francisco lavou inclusive os pés de uma criança que estava no colo da mãe detenta.
“Eu também preciso ser lavado pelo Senhor, e por isso rezem durante esta Missa para que o Senhor lave também as minhas sujeiras”: foi o que disse o Papa Francisco, momentos antes de para lavar os pés dos doze detentos concluindo a sua breve homilia.
Na época de Jesus, disse Francisco pronunciando uma homilia sem texto escrito, “era costume, era hábito” lavar os pés dos hóspedes, “porque as pessoas quando chegavam em uma casa tinham os pés sujos de pó da estrada. Não existiam - disse -, os paralelepípedos naquele tempo. E na entrada da casa, se lavava os pés. Mas isso não era feito pelo dono da casa, eram os escravos que faziam isso: era trabalho de escravo. E Jesus lava como escravo os nossos pés, os pés dos discípulos. E por isso diz a Pedro: o que eu estou fazendo agora você não entende, você vai entender mais tarde.
Jesus é tanto amor que se fez escravo para nos servir, para nos curar, para nos limpar. Hoje nesta Missa – continuou Francisco - a Igreja quer que o sacerdote lave os pés de doze pessoas, em memória dos doze apóstolos. Mas no nosso coração devemos ter a certeza, devemos estar certos de que o Senhor, quando lava os nossos pés, nos lava totalmente, nos purifica. Nos faz sentir novamente o seu amor.
Na Bíblia há uma frase, no Profeta Isaías, muito bonita: pode uma mãe se esquecer do seu filho? Se uma mãe se esquecesse de seu filho eu jamais me esquecerei de você. Assim é o amor de Deus por mim. E eu vou lavar hoje os pés de doze de vocês, disse em seguida o Papa. Mas nestes irmãos e irmãs estão todos vocês, todos, todos, todos os que vivem aqui. Vocês representam eles. Mas eu também preciso ser lavado pelo Senhor, e por isso rezem durante esta Missa, para que o Senhor lave também as minhas sujeiras, para que eu me torne mais escravo de vocês, mais escravo no serviço das pessoas, como foi Jesus”, finalizou Francisco. (SP)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...