10 de jan. de 2015

O terrível atentado terrorista na França

bandeira-da-françaA ação mais lastimável que pode existir entre os homens é a rivalidade em nome de Deus, pois “Deus é amor”, é Pai de todos os homens, e o Seu Reino é um reino de paz, amor, justiça, verdade, liberdade e santidade, tudo que revela não – violência.
O Papa Francisco tem andado corajosamente pelo mundo, clamando humildemente que não se faça violência em nome de Deus. Mas, infelizmente, o mundo das trevas ainda domina o coração de muitos que não respeitam as crenças dos outros. O triste atentado terrorista da França, praticado friamente, calculado e premeditado, uma represália, feriu a humanidade em muitos dos seus valores, mas sobretudo naquele dom que é o mais excelente que recebemos de Deus, e que nos faz a Sua imagem sobretudo, a liberdade!
Sobretudo a liberdade religiosa precisa ser respeitada, esta significa em primeiro ligar o respeito pela pessoa humana. Cada um tem o direito de agir segundo a norma reta da sua consciência.
Deus quer ser amado e adorado por todos os homens, mas não quer que isso se faça a liberdade da pessoa. Amar a Deus é um ato livre, uma decisão amorosa do coração e da vontade.
A infundada justificativa dos terroristas foi que o Semanário Charlie Hebdo teria zombado de Maomé.
De fato isso não deveria ter sido feito, mas jamais justificaria a morte fria de doze pessoas. É de todo lamentável que a Revista atingida se dedique, desde 1970, a fazer charges de personalidades politicas e religiosas com pornografia e muito mau gosto. Quem faz o que não deve, está se arriscando a receber o que não deseja. Mas, de forma alguma isso justifica eliminar vidas humanas friamente.
Nada pode justificar tamanha violência, que golpeia a liberdade de expressão, elemento fundamental da sociedade como disseram os bispos franceses.
Mais do que nunca é preciso trabalhar para fortalecer a fraternidade fragilizada e construir a paz nos corações das pessoas e das nações. Não há outra solução correta.
O Papa fez sua condenação veemente ao atentado e exortou a todos a se oporem à propagação do ódio e da violência, que prejudicam a fundamental convivência pacifica entre as pessoas e os povos.
É relevante o fato da imprensa árabe ter condenado o atentado de Paris. O jornal argelino “El Wattan” teme, inclusive uma maior discriminação contra o islamismo. E, de fato, isso piora a situação dos mulçumanos que vivem no Ocidente. Sem dúvida é do meio muçulmano que deve partir essa reação, de modo a coibir os extremistas agirem desta forma.
É interessante o que disse o jornal tunisiano Àssabah, o terrorismo destrói a liberdade de expressão e esfaqueia o Islã.
Esta tomada de posição pela imprensa árabe é fundamental, e sem dúvida pode ser o principal antidoto contra o terrorismo dos radicais.
Que fique deste triste fato as suas lições. A imprensa não pode zombar de valores humanos e religiosos em nome da liberdade de expressão e de consciência, mas está também não pode ser amordaçada pela força das armas e da morte.
Prof. Felipe Aquino

Fonte: Cléofas 

Papa: somente o Espírito Santo torna o coração dócil à liberdade do amor

09/01/15

Só o Espírito Santo abre o nosso coração tornando-o dócil a Deus e à liberdade – esta a mensagem principal do Papa Francisco na Missa em Santa Marta nesta sexta-feira dia 9 de janeiro.  
Uma sessão de yoga não poderá ensinar um coração a “sentir” a paternidade de Deus, nem um curso de espiritualidade zen o tornará mais livre de amar. Somente o Espírito Santo tem este poder. Na sua homilia, o Papa Francisco inspirou-se no episódio da liturgia do dia retirado do Evangelho de Marcos: a multiplicação dos pães e o assombro dos discípulos ao verem Jesus caminhar sobre as águas. Os apóstolos “não entenderam o milagre dos pães porque o coração deles estava endurecido” – afirmou o Papa Francisco.
Vida dura e muros de proteção
 “Construir um mundo em si mesmo, fechado. Em si mesmo, na sua comunidade ou na sua paróquia, mas sempre fechamento. E o fechamento pode girar em torno de tantas coisas: pensemos no orgulho, na suficiência, pensar que eu sou melhor que os outros, inclusive a vaidade! Existem o homem e a mulher-espelho, que estão fechados em si mesmos por olharem continuamente para si mesmos. Esses narcisistas religiosos! Mas têm o coração duro, porque estão fechados, não estão abertos. E tentam defender-se com esses muros que constroem ao seu redor”.
A segurança da prisão
Há também quem se esconda atrás da lei, seguindo “literalmente” o que os mandamentos estabelecem. Neste caso – observou o Santo Padre – o que endurece o coração é um problema de “insegurança”. E quem busca solidez no ditado da lei sente-se seguro como ‘um homem ou uma mulher na cela de uma prisão atrás das grades: é uma segurança sem liberdade’. O contrário daquilo que Jesus nos trouxe, ou seja, a liberdade – afirmou o Papa Francisco:
“O coração, quando endurece, não é livre e se não é livre é porque não ama: assim terminava o Apóstolo João na primeira leitura. O amor perfeito expulsa o temor: no amor não há temor, porque o temor supõe castigo, e quem teme não é perfeito no amor. Não é livre. Tem sempre o temor de que aconteça algo de doloroso, triste, que me faça ir mal na vida ou arriscar a salvação eterna ... São tantas as imaginações, porque não ama. Quem não ama não é livre. E o seu coração estava endurecido, porque ainda não aprendeu a amar”.
O Espírito torna-nos livres e dóceis
Então, “quem nos ensina a amar? Quem nos liberta dessa dureza?” – pergunta o Papa Francisco. Esta é a sua resposta: “Somente o Espírito Santo”.
“Você pode fazer mil cursos de catequese, mil cursos de espiritualidade, mil cursos de yoga, zen, e todas essas coisas. Mas tudo isso nunca vai ser capaz de lhe dar a liberdade de filho. Somente o Espírito Santo move o seu coração para dizer 'Pai'. Somente o Espírito Santo é capaz de afastar, de quebrar essa dureza de coração e tornar um coração macio ... Não sei, eu prefiro a palavra... “dócil”. Dócil ao Senhor. Dócil à liberdade do amor”.
(RS/BF/SP)

Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

9 de jan. de 2015

09/1 – Santo André Corsini

Nasceu no século XIV, dentro de uma família muito conhecida em Florença: a família Corsini. Nasceu no ano de 1302. Seus pais, Nicolau e Peregrina não podiam ter filhos, mas não desistiam, estavam sempre rezando nesta intenção até que veio esta graça e tiveram um filho. O nome: André.
Os pais fizeram de tudo para bem formá-lo. Com apenas 15 anos, ele dava tanto trabalho e decepções para seus pais que sua mãe chegou a desabafar: “Filho, você é, de fato, aquele lobo que eu sonhava”. Ele ficou assustado, não imaginava o quanto os caminhos errados e a vida de pecado que ele estava levando, ainda tão cedo, decepcionava tanto e feria a sua mãe. Mas a mãe completou o sonho: “Este lobo entrava numa igreja e se transformava em cordeiro”. André guardou aquilo no coração e, sem a mãe saber, no outro dia, ele entrou numa igreja. Aos pés de uma imagem de Nossa Senhora ele orava, orava e a graça aconteceu. Ele retomou seus valores, começou uma caminhada de conversão e falou para o provencial carmelita que queria entrar para a vida religiosa. Não se sabe, ao certo, se foi imediatamente ou fez um caminho vocacional, o fato é que entrou para a vida religiosa na obediência às regras, na vida de oração e penitência. Ele foi crescendo nessa liberdade, que é dom de Deus para o ser humano.
Santo André ia se colocando a serviço dos doentes, dos pobres, nos trabalhos tão simples como os da cozinha. Ele também saía para mendigar para as necessidades de sua comunidade. Passou humilhação, mas sempre centrado em Cristo.
Os santos foram e continuam a ser pessoas que comunicaram Cristo para o mundo. Mas Deus tinha mais para André. Ele ordenou-se padre e como tal continuava nesse testemunho de Cristo até que Nosso Senhor o escolheu para Bispo de Fiesoli. De início, ele não aceitou e fugiu para a Cartuxa de Florença e ficou escondido; ao ponto de as pessoas não saberem onde ele estava e escolher um outro para ser bispo, pela necessidade. Mas um anjo, uma criança apareceu no meio do povo indicando onde ele estava escondido. Apareceu também uma outra criança para ele dizendo-lhe que ele não devia temer, porque Deus estaria com ele e a Virgem Maria estaria presente em todos os momentos. Foi por essa confiança no amor de Deus que ele assumiu o episcopado e foi um santo bispo. Até que em 1373, no dia de Natal, Nossa Senhora apareceu para ele dizendo do seu falecimento que estava próximo. No dia da Epifania do Senhor, ele entrou para o céu.
Santo André Corsini, rogai por nós!
Cleofas 

Os cabelos de Sansão

SA1E521Qual a explicação da perda das forças de Sansão, ao serem cortados os seus cabelos?
A cabeleira de Sansão era, segundo um costume israelita, símbolo da consagração (nazireato) deste varão ao Senhor. Conservar a cabeleira, portanto, vinha a ser em Sansão sinal de amor e devotamento a Javé. Enquanto Sansão era cioso de seus cabelos (cioso de seu voto de nazireato), o Senhor lhe concedia auxílio e forças extraordinárias para debelar os filisteus, inimigos de Israel – missão esta que Deus mesmo atribuíra a Sansão.
Aconteceu, porém, que o valente guerreiro, vencido pela paixão, revelou o seu segredo a uma mulher, dando ocasião a que lhe cortassem os cabelos; por esse feito, ele violou o seu voto ou a fidelidade ao Senhor e desmereceu a proteção que lhe era dada; tomou-se então incapaz de lutar, sucumbindo finalmente nas mãos dos adversários.
Não se julgue, portanto, que eram os cabelos como tais que faziam a força de Sansão.
Veja-se, a propósito, E. Bettencourt, “Para entender o Antigo Testamento” 226-231.
Dom Estêvão Bettencourt (OSB)

8 de jan. de 2015

Papa sobre o atentado em França: abominável violência homicida

08/01/14

Três homens armados entraram nesta quarta-feira dia 7 na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, França, e causaram pelo menos doze vítimas mortais e quatro feridos muito graves, bem como outros sete feridos ligeiros. Os mortos são dez jornalistas e dois agentes da polícia.
O Papa Francisco exprimiu através de comunicado a sua mais firme condenação destes atentados. Foi o Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a revelar esta comunicação do Papa:
“O Santo Padre exprime a sua mais firme condenação pelo horrível atentado que atingiu esta manhã a cidade de Paris com um alto número de vítimas, semeando a morte, consternando a inteira sociedade francesa, perturbando profundamente todas as pessoas amantes da paz, para além das fronteiras da França.”
“O Papa participa através da oração no sofrimento dos feridos e das famílias dos defuntos e exorta todo o mundo a opor-se com todos os meios à propagação do ódio e de todas as formas de violência, física e moral, que destrói a vida humana, viola a dignidade das pessoas, prejudica radicalmente o bem fundamental da coabitação pacífica entre as pessoas e os povos, apesar das diferenças de nacionalidade, religião e cultura”.
“Qualquer que possa ser a motivação, a violência homicida é abominável, jamais justificável, a vida e a dignidade de todos devem ser garantidas e protegidas com decisão, toda a instigação ao ódio deve ser recusada, o respeito do outro deve ser cultivado. O Papa exprime a sua proximidade, a sua solidariedade espiritual e o seu apoio para todos os que, de acordo com as suas responsabilidades, continuam comprometidos com a paz, a justiça e o direito, para curar completamente as causas do ódio, neste momento doloroso e dramático, em França e em todas as partes do mundo marcadas por tensões e violências”. (RS)
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

Papa Francisco visita Sri Lanka e Filipinas – o programa da viagem

08/01/15

A próxima viagem apostólica internacional do Papa Francisco será a sétima do seu Pontificado: o Santo Padre vai ao Sri Lanka e depois às Filipinas, de 12 a 19 deste mês de janeiro. Nesta quarta-feira o Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou aos jornalistas o programa desta viagem:
“No que se refere às Filipinas, sabemos que foi também a insistência dos bispos filipinos de receber o Papa, inclusive como conforto após o desastre imenso do tufão de um ano atrás, que causou danos imensos. Fala-se de oito mil mortos, 15 milhões de pessoas atingidas nas destruições provocadas pelo tufão, cinquenta mil casas destruídas. É considerado um dos piores tufões da história, pelo menos que se recorde. E tudo isso levou naturalmente a pedir a presença do Papa como conforto, como compaixão por um povo muito sofrido. Também no Sri Lanka havia o desejo de receber o Papa, o desejo da Canonização do Padre Vaz, de receber a sua contribuição para a pacificação do país. Em suma, toda uma série de motivos que deram ao Papa – com toda essa sua atenção particular pela Ásia – razões suficientes para a viagem.”
O Papa passará dois dias no Sri Lanka, 13 e 14 de janeiro. Entre os momentos mais importantes o encontro inter-religioso na capital Colombo. Na quarta-feira, a missa da Canonização de José Vaz, religioso oratoriano que viveu entre os séculos XVII e XVIII, que realizou uma importante obra de evangelização no Sri Lanka. De seguida, será a oração mariana no Santuário de Nossa Senhora do Rosário em Madhu, o mais frequentado do país, localizado ao norte, de maioria Tâmil. O Padre Lombardi ressaltou que nessa ocasião o Papa se fará presente também tendo em conta o processo de reconciliação no Sri Lanka, após o longuíssimo e terrível conflito entre cingaleses e tâmiles. Um período de conflito que durou trinta anos e que terminou em 2009.
No dia 15 o Santo Padre partirá para as Filipinas, que se preparam para os 500 anos de evangelização em 2021. Na sexta-feira, 16, de destacar os encontros previstos para Manila sobretudo com as famílias, realidade central nas Filipinas, o maior país asiático de maioria católica. O Padre Lombardi sublinhou este aspeto:
“É preciso considerar também a importância que a cultura familiar tem na cultura filipina, importância fundamental, o modo muito intenso como se vive a realidade da família e os seus laços por parte da cultura filipina.”
O Santo Padre visitará as zonas atingidas pelo tufão Haiyan e celebrará Missa em Tacloban; em Palo almoçará com alguns sobreviventes e abençoará o “Centro Papa Francisco” dedicado aos pobres, construído com contribuições do Conselho Pontifício Cor Unum.
No domingo, 18 de janeiro, na capital filipina será o encontro com os líderes religiosos locais, com os jovens e a missa no dia do “Santo Niño”. Na segunda-feira, dia 19, na parte da tarde, será o regresso ao Vaticano, após ter sobrevoado vários países, entre os quais a China. (RS)
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

Papa dedica Missa em S. Marta às vítimas de Paris: o amor é o caminho para conhecer Deus

08/01/14

Quinta-feira, 8 de janeiro, primeira missa em Santa Marta neste ano de 2015. O Santo Padre recordou as vítimas da crueldade do atentado terrorista de Paris de quarta-feira dia 7 de janeiro:
 “O atentado de ontem em Paris faz-nos pensar na tamanha crueldade humana; em tanto terrorismo, seja o terrorismo isolado, seja o terrorismo de Estado. A crueldade de que é capaz o homem! Rezemos, nesta Missa, pelas vítimas desta crueldade. Muitas! E peçamos também pelos cruéis, para que o Senhor transforme seus corações”. 
Também a Secretaria de Estado do Vaticano, na pessoa do Cardeal Pietro Parolin, se pronunciou através de um telegrama, enviado ao Cardeal-arcebispo de Paris, André Vingt-Trois e nele informa que o Papa está unido na oração e na dor das famílias atingidas pelo luto e a tristeza de todos os franceses. O Santo Padre expressa a sua profunda proximidade às pessoas feridas e às suas famílias
 Na homilia da Missa em Santa Marta o Papa Francisco destacou que o amor é o caminho para conhecer Deus. Nestes dias depois do Natal, destacou o Papa, a palavra- chave na liturgia é “manifestação”. Jesus se manifesta: na festa da Epifania, no Batismo e nas bodas de Caná. Mas como podemos conhecer Deus? O apóstolo João dá-nos a resposta na leitura desta quinta-feira dizendo que somente pelo caminho do amor podemos conhecer Deus – afirmou o Papa Francisco.
O Santo Padre pediu ainda na sua meditação para que o Senhor, “nestes dias em que a Igreja nos faz pensar na manifestação de Deus, nos dê a graça de conhecê-lo através do caminho do amor”. 
Fonte:http://pt.radiovaticana.va/ 

08 JAN São Severino, voz de Deus para o povo

São SeverinoO santo de hoje nasceu e faleceu no século V. Nascido na África, inspirado pelo Espírito Santo, ele foi levado para uma outra região no vale do Danúbio. Isso não quer dizer que o lugar que Deus lhe indicou era o melhor. Pelo contrário, desafios econômicos e políticos, falecimento do rei dos Hunos, Átila; destruição naquele lugar por causa das invasões. Enfim, o povo estava perecendo. Para isso que São Severino foi enviado, para ser sinal desse amor de Deus.
Grande influência ele exerceu pela sua vida de virtudes, de oração e penitência. Fundou vários mosteiros e foi sinal de discernimento para tantas pessoas que queriam se consagrar totalmente a Deus. Ele não fugiu do mundo; pelo contrário, retirou-se por causa do amor de Deus e de toda a humanidade. Quantas vezes, São Severino deixou a sua vida monástica para ir ao encontro de reis, porque, se o rei dos Hunos havia falecido, muitas tribos bárbaras queriam invadir aquelas regiões. Em prol da evangelização, São Severino foi se desdobrando, seus mosteiros se tornaram verdadeiros faróis de uma nova cultura, de uma civilização centrada em Deus. Suas armas: oração e diálogo.
São Severino, voz de Deus nos períodos difíceis do povo. Em 482, faleceu, mas deixou um rastro de santidade para os seus filhos espirituais e para as autoridades.
São Severino, rogai por nós!
Canção Nova 

Um Santo Remédio para as brigas no lar

Um casal rico, apesar de suas riquezas, vivia em constante discórdia e brigas diárias.
O casamento era tudo menos um estado feliz para eles; a esposa especialmente derramava, muitas vezes, lágrimas amargas.
Um dia, ela se deparou com um livro manuscrito intitulado: “Remédios simples para o lar.” Estava escrito com a letra de sua avó.
Ao folhear o livro, seus olhos recaíram, para sua surpresa, num título: “Remédio caseiro para o descontentamento”. Ela o leu ansiosamente.
O texto dizia:
“Toda vez que você se sentir mal ou fora de si, vá até a figura do ‘Ecce Homo’, e ponha-se aos seus pés. Contemple-o com atenção por um período de três minutos, e recite três Pais Nossos antes de se levantar.
Isso lhe restituirá a paz e o contentamento. Meu confessor me sugeriu isso. Eu experimentei o remédio por trinta anos, e ele nunca falhou comigo.”
A senhora lembrou que, por mera coincidência, tinha guardado o quadro em questão, que tinha pertencido à sua avó; estava lá em cima, no sótão. Ela subiu imediatamente, tirou-lhe a poeira cuidadosamente, e o pendurou em seu quarto.
Toda vez que sentia que um desentendimento era iminente, ela experimentava o “remédio”que sua avó recomendara.
Ao contemplar o semblante de Nosso Senhor, tão contristado e, mesmo assim, tão amoroso, ela se tornava tão mais paciente e condescendente que seu marido notou a mudança.
Ela lhe respondeu com um sorriso: “Encontrei um excelente professor”.  Ele quis saber quem era aquele professor. Então ela lhe contou tudo muito francamente.
Em breve seu marido também recorria ao recurso do mesmo remédio, quando ele previa que alguma contrariedade doméstica estava a caminho…
Assim, com o tempo, a paz e a felicidade se estabeleceram naquele
círculo familiar.
*  *  *
Fonte:  Extraído de “Exemplos que Ilustram o Catecismo” (Anecdotes and Examples Illustrating the Catechism) do Rev. Pe. Francis Spirago, Roman Catholic Books, 1903.

repassado por: http://www.aascj.org.br/

Cinco Jesuses: os quatro que nós inventamos, e o Jesus que nós encontramos

Como evitar os mal-entendidos sobre Ele?


"Sem a Igreja, Jesus ficaria à mercê da nossa imaginação, das nossas interpretações, do nosso humor", disse o papa Francisco no dia 1º de janeiro.

Isto, sem dúvida alguma, é verdade. Nós reescrevemos Jesus, como em “O Código Da Vinci”; nós o repensamos sem a fé, como nas obras do cético Bart Ehrman; ou reimaginamos a fé sem a religião, como tentaram fazer, em seus livros recentes, os autores James Carroll e Bill O'Reilly.

Existem vários Jesuses em nossa cabeça e é importante fazer o esforço de separá-los. Eu não pretendo listar aqui todas as respostas erradas para a pergunta "Quem é Jesus?". A verdade é que eu mesmo caio com frequência em cada uma das respostas erradas – e suspeito que mais gente também...

O primeiro Jesus: um vívido e amoroso amigo imaginário

Minha esposa e eu damos aulas para os crismandos em nossa paróquia de Atchison, no Estado do Kansas, EUA, e eu sempre abro a primeira aula dizendo: "Levante a mão quem acha que a seguinte afirmação é verdadeira: Jesus é um amigo imaginário que vai nos dar um abraço toda vez que precisarmos dele".

Normalmente, pelo menos a metade das mãos se joga para cima. Às vezes, quase todas. Mas eu estou orgulhoso dos meus alunos deste ano: eles não só não levantaram mão nenhuma como ainda protestaram: "Ele não é imaginário!".

De qualquer maneira, mesmo a turma deste ano teve dificuldades para entender que nem sempre Jesus nos abraça: algumas vezes, Ele retém o seu amor para nos fazer desejá-lo com mais intensidade.

A verdade é que todos nós, de vez em quando, fazemos de Jesus uma espécie de consolação emocional. Mas isso é perigoso. Jesus mesmo nos disse: "Quem me ama, guardará os meus mandamentos". Ora, se o nosso Jesus é só um amigo imaginário abraçável, guardar os mandamentos dele é uma coisa que não fará sentido nenhum nem terá impacto algum sobre nós. E o mundo vai descartar rapidamente esse Jesus por vê-lo apenas como uma fraqueza psicológica nossa, da qual é melhor não participar.

O segundo Jesus: um embasamento moral para a nossa ideologia

Vivemos em uma sociedade onde as perguntas sobre nós não priorizam mais "Qual é a sua religião?" ou "De que família você é?", mas sim "Qual é o seu partido ou orientação política?".

Numa sociedade assim, corremos o constante perigo de politizar Jesus Cristo. Um lado se convence de que Jesus vota na direita porque os direitistas são pró-vida (ou, pelo menos, são contra o aborto) e avessos à redefinição do casamento. O outro lado tem certeza de que Jesus vota na esquerda porque os esquerdistas se opõem às guerras (exceto quando eles próprios começam as guerras) e se mostram a favor dos pequenos (desde que os pequenos já tenham nascido, não sejam muito velhos e não trabalhem numa fábrica na China).

Como quer que seja, podemos reduzir Jesus, no meio desses mal-entendidos, a um fator entre muitos outros fatores que compõem algo de grande importância para nós: as nossas opiniões políticas (ou aquilo que achamos que são “opiniões políticas”). Este Jesus não tem a nossa permissão para desafiar essas opiniões; nós é que procuramos garantir que esse “nosso” Jesus as reforce sempre.

O terceiro Jesus: um talismã mágico

Este erro na visão que temos de Jesus pode ser cometido tanto por quem o evoca quanto por aqueles que o temem.

Para os religiosos, Jesus pode se tornar um tipo de “gênio da lâmpada” capaz de realizar os seus desejos, bastando repetir esses desejos com insistência e com “sentimento”. Já para os temerosos, Jesus pode virar uma espécie de “bicho-papão”: Ele não é levado muito a sério, mas também é bom não “desrespeitá-lo”, por que vai que isso dá azar ou atrai represálias do além...

Trate-se de religião superficial ou de mera superstição, esta atitude presta a Jesus um terrível desserviço e acaba destruindo a fé nele. Se Deus, para nós, serve apenas para satisfazer os nossos desejos errantes, não vamos demorar a descobrir que Ele não “funciona” do jeito que gostaríamos. E se Jesus é só uma “força do karma” que nos exige tomar cuidado, logo descobriremos que Ele é uma força bem fraquinha...

O quarto Jesus: o da apologética

Outra armadilha em que os católicos ativos, leitores de blogs e defensores da Igreja podem cair facilmente é a de reduzir Jesus a um item-chave para as suas discussões: aquela figura que serve para “dar sentido” aos seus argumentos.

Quando descobrimos a apologética, percebemos que a nossa fé não é um absurdo; que ela dá forças para a nossa vida e melhora o nosso relacionamento com Deus durante algum tempo. O problema é quando tudo acaba por aí mesmo. O fato é que o nosso relacionamento com Deus tem que progredir sempre. Não basta concluir que “Jesus demonstra que a Igreja está certa e que o mundo está errado”; é preciso descobrir que “Jesus é a Verdade, a Beleza, a Bondade e o Mistério, e que o mundo e eu temos que lutar para compreendê-lo melhor”.

Esse Jesus da apologética, no fim das contas, não é tão diferente do "Jesus histórico" sobre o qual os céticos gostam de especular: Ele é um mero objeto de erudição humana, uma figura fascinante, mas remota.

O quinto Jesus: o Deus Filho e o filho de Maria

Eu não vou conseguir resumir o verdadeiro Jesus em poucas frases, mas, na primeira homilia que fez em janeiro, o papa Francisco nos deu uma pista: "A nossa fé não é uma doutrina abstrata ou uma filosofia, e sim uma relação vital e completa com uma pessoa: Jesus Cristo". Jesus é o verdadeiro Deus que realmente compartilhou da nossa humanidade e que realmente está conosco nos sacramentos.

Os mal-entendidos em que caímos quando o assunto é Jesus não são muito diferentes dos enganos que cometemos no tocante a outras pessoas que fazem parte da nossa vida. Tendemos a diminuir, romantizar ou desdenhar a nossa esposa ou o nosso marido em vários aspectos da nossa relação, antes de nos lembrarmos de que ela ou ele é de carne e osso. A melhor maneira de melhorar a nossa compreensão da nossa esposa ou esposo é passando mais tempo com ela ou ele, falando e também ouvindo. A mesma coisa acontece com Jesus.

Em todos estes equívocos, o maior problema é que eles fazem de Jesus um meio para um fim, e não um fim em si mesmo. Nós nunca vamos entender o Jesus real até nos encontrarmos com Ele nos contextos em que Ele pode ser encontrado: nas sagradas escrituras, no tabernáculo, no confessionário, na comunidade dos crentes e nos ensinamentos da Igreja.

Fonte: Aleteia 

Papa Francisco: o mundo precisa da beleza

07/01/15

 No fim da audiência geral desta quarta-feira 7 de janeiro, os membros da Golden Circus de Liana Orfei exibiram-se diante de um Papa Francisco muito divertido. O Pontífice aplaudiu-os e encorajou-os "a ser não apenas os portadores do sorriso e mensageiros de solidariedade entre os povos e as nações, mas criadores de beleza". Em seguida improvisou uma pequena catequese sobre a beleza:
"As pessoas que fazem o espectáculo no circo criam beleza, são criadores de beleza. E isto é bom para a alma. Como precisamos beleza! É verdade, a nossa vida é muito prática, fazer as coisas, levar para frente o trabalho, isto deve ser feito: o fazer, a linguagem das mãos ... Além disso, a nossa vida é pensar, o raciocínio ... a linguagem da mente. Também somos pessoas que amam, que têm esta capacidade de amar, a linguagem do coração. Existe a linguagem da mente,  pensar; a linguagem do coração, amar; a linguagem das mãos, fazer. E estas três linguagens se unem para fazer a harmonia da pessoa. E lá está a beleza,  e estas pessoas que hoje fizeram este espectáculo, são criadoras de harmonia, criadoras de beleza, e que ensinam aquele caminho superior da beleza. Deus certamente é verdadeiro, Deus certamente é bom, Deus certamente sabe fazer as coisas, criou o mundo, mas sobretudo Deus é belo! A beleza de Deus. E muitas vezes nós nos esquecemos da beleza, hein? A humanidade pensa, sente, faz, mas hoje ela tem muita necessidade de beleza. Não nos esqueçamos disto!”
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/


7 de jan. de 2015

Papa: Ser mãe é dar a vida; o melhor antídoto contra o individualismo

07/01/14

Na primeira audiência geral do Papa Francisco em 2015 o tema da catequese foi o papel das mães na família, na sociedade e na Igreja. O Santo Padre citou o arcebispo Oscar Romero falando de ‘martírio materno’

Quarta-feira, 7 de janeiro, primeira audiência geral do Papa Francisco no ano de 2015. Neste período de Inverno as audiências gerais decorrem na Sala Paulo VI. Catequese do Santo Padre: o papel das mães na família, na sociedade e na Igreja.
Recordando a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus do passado dia 1 de janeiro, o Papa Francisco afirmou logo no início que “é a Mãe de Jesus que depois de O ter gerado, apresenta o Filho ao mundo.”
O Papa Francisco falou do papel central das mães, desde logo, na vida familiar:
“Na família está a mãe. Cada pessoa humana deve a vida a uma mãe e quase sempre deve a ela muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual. A mãe, porém, apesar de ser muito exaltada de um ponto de vista simbólico, é pouco escutada e pouco ajudada na vida quotidiana, pouco considerada no seu papel central na sociedade. Aliás, muitas vezes, aproveita-se da disponibilidade das mães para se sacrificarem pelos filhos, para se poupar nas despesas sociais.”
Segundo o Santo Padre, as mães são o maior antídoto contra o dilagar do individualismo egoístico. “Indivíduo quer dizer que não se pode dividir. Ao contrário as mães dividem-se a partir de quando recebem um filho para dá-lo ao mundo” – recordou o Papa que citou o Arcebispo de San Salvador Oscar Romero que falava do ‘martírio materno’:
“Na homilia no funeral de um padre assassinado pelos esquadrões da morte, ele disse citando o Concílio Vaticano II: ‘Todos devemos estar dispostos a morrer pela nossa fé, mesmo que o Senhor não nos conceda esta honra... Dar a vida não significa só ser mortos; dar a vida, ter espírito de martírio, é dar no dever do silêncio, na oração, no cumprimento honesto do dever; naquele silêncio da vida quotidiana; dar a vida pouco a pouco! Sim, como uma mãe, que sem temor, com a simplicidade do martírio materno, concebe no seu seio um filho, dá-o à luz, amamenta-o, faz crescer e acode com afeto. É dar a vida. É martírio’. Sim ser mãe não siginifica só pôr no mundo um filho, mas é também uma escolha de vida, a escolha de dar a vida.”
O Papa Francisco concluiu a sua catequese afirmando que a também a Igreja é mãe e os cristãos não são “orfãos mas filhos da Igreja, de Nossa Senhora e das nossas mães”.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Caros peregrinos de língua portuguesa, agradecido pelos votos e preces dirigidas a Deus por mim durante as festividades do Natal, de todo o coração desejo a todos um feliz Ano Novo, pedindo a Nossa Senhora, Mãe de Deus e da Igreja, que seja a estrela que protege a vida das vossas famílias. Que Deus vos abençoe!”
No final da audiência alguns membros do Golden Circus di Liana Orfei exibiram-se perante o Papa Francisco que se divertiu muito e que depois de os aplaudir encorajou-os a serem não apenas portadores do sorriso e mensageiros de solidariedade entre os povos e as nações, mas criadores de beleza”.
O Papa Francisco a todos deu a sua benção! (RS)

Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

6 de jan. de 2015

07 Jan São Raimundo de Peñafort, homem de oração

São Raimundo de PeñafortNasceu no castelo de Peñafort, Barcelona, Espanha, no ano de 1175. Desde cedo, muito dedicado aos estudos, ele se especializou em Bolonha, na Itália, na universidade onde se tornou também um reconhecido mestre. Deixou aquela realidade que tanto amava para obedecer ao Bispo de Barcelona que o queria como cônego. Ele prestou esse serviço até discernir seu chamado à vida religiosa, quando entrou para a família dominicana e continuou em vários cargos de formação, mas aberto à realidade e às necessidades da Igreja, onde exerceu o papel de teólogo do Cardeal-bispo de Sabina; também foi legado na região de Castela e Aragão; depois, transferido para Roma, ocupou vários cargos.
Ele não buscava nem tinha em mente um projeto de ocupar este ou aquele serviço, mas foi fiel àquilo que davam a ele como trabalho para a edificação da Igreja. Na Cúria Romana, quantos cargos ligados a Teologia, Direito Canônico! Um homem de prudência, de governo. Seu último cargo foi de penitencieiro-mor do Sumo Pontífice. Quiseram até escolhê-lo como Arcebispo, mas, nesta altura, ele voltou para a Espanha; quis viver em seu convento, em Barcelona, como um simples frade, mas fossem os reis, o Papa e tantos outros sempre recorriam ao seu discernimento.
São Raimundo escreveu a respeito da casuística. Enfim, pelos escritos e pelos ensinos, ele investia numa ação de mestres e missionários, pois tinha consciência de que precisava de missionários bem formados para que a evangelização também fluísse. Ele não fez nada sozinho, contou com a ajuda de São Tomás de Aquino, ajudou outros a discernir a vontade do Senhor, como São Pedro Nolasco, que estava discernindo a fundação de uma nova ordem consagrada a Nossa Senhora das Mercês – os mercedários. Homem humilde que se fez servo, foi escolhido como Superior Geral dos Dominicanos. Homem de pobreza, de obediência e pureza; homem de oração. Por isso, os santos como São Raimundo, um exemplo. Faleceu em Roma, em 1275; cem anos consumindo-se pela obra do Senhor.
São Raimundo de Peñafort, rogai por nós!

Canção Nova 

Devo ir à missa por pura obrigação?

Muitos se perguntam se devem ir à missa no domingo mesmo sem vontade, por pura obrigação. Para responder à essa pergunta é preciso antes entender como é o funcionamento da alma humana e de como se pode prestar culto a Deus.
O homem é constituído de corpo e de alma e é a alma que deve comandar o corpo, mesmo que os 'sentimentos' do corpo não estejam colaborando. É como um pai que leva o seu filho à missa: a alma é o pai e o corpo é o filho. Ora, o filho esperneia e diz que não quer ir, mas o pai é firme e exerce um ato de vontade sobre o filho.
A alma humana possui três áreas: a inteligência, a vontade e a afetividade (sentimentos). Elas devem obedecer a essa hierarquia, deste modo, quando a pessoa sente dificuldade em ir à missa é porque a afetividade está querendo sobrepor-se às demais, porém, a sua inteligência sabe o que é o certo e determina à vontade, ordena à afetividade que vá mesmo assim.
Não se trata de hipocrisia. Quando uma parte do indivíduo não quer ir à missa é justamente nesse momento que se vislumbra a oportunidade de mostrar a Deus o quanto o ama, pois uma oração que é feita na luta é uma oração que tem mais valor porque é feita sem a consolação.
Nenhuma das três áreas da alma devem ser excluídas da vida espiritual, mas elas devem obedecer à hierarquia. A inteligência é a área usada para o ato principal da vida espiritual: a oração. A vontade também pertence à vida espiritual e quando é ela quem comanda, a isso se dá o nome de devoção. Finalmente, quando a afetividade (sentimentos) entram na vida espiritual ocorre a consolação.
Contudo, mesmo que o indivíduo não receba consolações na vida espiritual, ou seja, quando ele está passando por um período de aridez, de deserto, não deve desanimar, pois esta é a área que está mais em contato com o corpo e, portanto, não é tão sublime.
Neste momento, a vontade deve vir em socorro da afetividade e o indivíduo deve perpetrar atos de devoção em que, mesmo não sentindo grande consolação, os gestos concretos de vontade por ele realizados, ajudarão o intelecto, a razão, a parte superior de sua alma a prestar o culto a Deus. Aquele culto referido por São Paulo como logiké latréia, ou seja, uma adoração lógica, do Logos, um culto espiritual em que o indivíduo dobra sua inteligência diante da sabedoria infinita de Deus para pedir a Ele tudo aquilo que convém para a salvação da própria alma e das outras pessoas.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/

Mensagem do Ângelus na solenidade da Epifania do Senhor

06/01/16

Aos cinco mil fiéis e peregrinos congregados na Praça de S. Pedro, vindos de todos os cantos do mundo para assistir a oração mariana do Ângelus neste dia da solenidade da Epifania do Senhor o Papa Francisco começou por recordar que <<hoje solenidade da Epifania a Igreja celebra a memória da chegada dos Reis Magos ao Oriente para adorar o recém-nascido Rei dos Judeus e Salvador do mundo e oferecer-lhe os dons simbólicos>>.

Com o seu gesto de adoração, prosseguiu o Papa, os Magos testemunharam que Jesus veio ao mundo para salvar não só um povo mas todos os povos. Por conseguinte, com a festa hodierna o nosso olhar se alarga para o mundo inteiro para juntos celebrarmos a “manifestação” do Senhor à todos os povos, isto é a manifestação do amor da salvação universal de Deus.

Deus, de facto não reserva o seu amor à alguns privilegiados, em detrimento dos outros. Mas o ofereço-o à todos. Como de Todos Ele é o Criador e o Pai, assim também quer ser salvador de todos. É por isso, disse o Papa, que somos chamados a alimentar sempre grande confiança e esperança em relação à cada pessoa e sobre a possibilidade da sua salvação: também aqueles que nos parecem longe do Senhor são seguidos, “perseguidos” pelo seu amor apaixonado e fiél.

A narração evangélica dos Magos, disse ainda o Papa, descreve a sua viagem para o Oriente como uma viagem da alma, como um caminho em direcção ao encontro com Cristo. Eles são atentos aos sinais que indicam a presença; são infatigáveis em enfrentar as dificuldades da busca; são corajosos em tirar lições da vida derivada do seu encontro com o Senhor.

<<A experiência dos Magos evoca o caminho de cada homem em direcção à Cristo. Como para os Magos, também para nós procurar Deus quer dizer caminhar, fixar o céu tentando descobrir no sinal visível da estrela, o Deus invisível que fala ao nosso coração. A estrela capaz de guiar cada homem para Cristo é a Palavra de Deus: essa é luz que orienta o nosso caminho, alimenta e regenera a nossa fé>>.

De facto, prosseguiu o Papa Francisco, é a Palavra de Deus que renova continuamente os nossos corações, e as nossas comunidades. Por isso, advertiu, o Papa Francisco, não esqueçamos de ler e meditar quotidianamente a Palavra de Deus, por forma a que ela possa tornar numa luz que ilumina os nossos passos e também os passos vitais de todos aqueles que diáriamente caminham ao nosso lado.

Finalmente o Santo Padre manifestou a sua aproximação e uma saudação aos irmãos e irmãs do Oriente, católicos e ortodoxos que celebram amanhã, dia 7 de Janeiro a festa do Natal do Senhor. Ao mesmo tempo o Papa Francisco recordou aos presentes que hoje  se celebra também a Jornada Mundial da Infância Missionária. <<É, disse o Papa, a festa das crianças que vivem com alegria o dom da fé e rezam para que a luz de Jesus chegue à todas as crianças do mundo>>. E a todos, o Papa convidou a apresentar a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, os bons propósitos, pedindo para que ela possa difundir no mundo inteiro o Evangelho de Cristo, Lumen Gentium, luz de todos os povos.

Depois do Angelus o Papa dirigiu aos 50 mil fiéis e peregrinos reunidos na Praça de S. Pedro uma cordial saudação e de modo particular à procissão histórico-folcrorística que este ano é dedicado aos territórios das Comunas italianas de Segni, Artena, Carpineto Romano e  Gorga. E o Papa concluiu com os votos de um bom domingo e bom almoço para todos,
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

Papa na Missa da Epifania: - Os Magos são modelo de conversão à verdadeira fé

06/01/15

Na homilia da Missa da Epifania o Papa Francisco afirmou que os Reis Magos representam a humanidade em busca de Deus. Eles resistem às tentações e convertem-se adorando o Menino Jesus
6 de janeiro, Festa da Epifania – Missa na Basílica de S. Pedro presidida pelo Papa Francisco. Na sua homilia o Santo Padre começou por referir que os Reis Magos presentes na manifestação de Deus no Menino de Belém representam toda a humanidade. E é precisamente sobre o caminho destes homens sábios vindos do Oriente à procura do Messias que a Igreja nos convida neste dia a meditar – afirmou o Papa Francisco:
“Os Magos representam os homens e as mulheres à procura de Deus nas religiões e nas filosofias do mundo inteiro: uma busca que jamais terá fim. Homens e mulheres que procuram.”
Recordando um hino litúrgico da Epifania, que alude precisamente à experiência dos Magos o Santo Padre indicou o título desse hino: ‘Lumen requirunt lumine’ que quer dizer: seguindo uma luz, eles buscam a luz. Nessa procura da luz os magos encontram muitas dificuldades. “Quando chegam a Jerusalém, vão ao palácio do rei, porque consideram óbvio que o novo rei nasceria no palácio real.” – observou o Papa.
Mas nesse encontro com Herodes perdem mesmo de vista a estrela e só a reencontram quando percebem que o Messias nascerá em Belém, a cidade de David. Herodes queria eliminar o Menino e não adorá-Lo – advertiu o Santo Padre. Os magos retomam viagem e encontram “o menino com Maria, sua mãe” (Mt 2, 11). E aí, após terem superado a tentação de Jerusalém junto do rei Herodes, conseguem superar uma segunda tentação não rejeitando a simplicidade do Menino no presépio de Belém:
“Depois da tentação em Jerusalém, apareceu aqui a segunda grande tentação: rejeitar esta pequenez. Mas não o fizeram; em vez disso, “prostrando-se, adoraram-No”, oferecendo-Lhe os seus preciosos e simbólicos dons. É sempre a graça do Espírito Santo que os ajuda: aquela graça que, por meio da estrela, os chamara e guiara ao longo do caminho, agora fá-los entrar no mistério. Guiados pelo Espírito, chegam a reconhecer que os critérios de Deus são muito diferentes dos critérios dos homens, já que Deus não Se manifesta no poder deste mundo, mas vem até nós na humildade do seu amor. Assim os Magos são modelo de conversão à verdadeira fé, porque acreditaram mais na bondade de Deus do que no brilho aparente do poder.”
Deste modo, podemos interrogar-nos – continuou o Papa Francisco: Qual é o mistério onde Deus Se esconde? Onde posso encontrá-Lo?
O Santo Padre reafirmou que “o presépio propõe-nos um caminho diferente do sonhado pela mentalidade mundana: é o caminho do abaixamento de Deus, a sua glória escondida na manjedoura de Belém, na cruz do Calvário, no irmão e na irmã que sofre.”
“Os Magos entraram no mistério. Passaram dos cálculos humanos ao mistério: esta foi a sua conversão. E a nossa? Peçamos ao Senhor que nos conceda fazer o mesmo caminho de conversão vivido pelos Magos. Que nos defenda e livre das tentações que escondem a estrela. Que sintamos sempre a inquietação de nos interrogarmos “onde está a estrela”, quando a perdermos de vista no meio dos enganos do mundo.”
O Papa Francisco concluiu a sua homilia exortando os cristãos a não se escandalizarem com o “sinal”, da indicação de “um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura” e a terem a humildade de pedir à Mãe que nos mostre o Menino Jesus para que com ele encontremos a coragem de nos libertarmos “das nossas ilusões” e “das nossas presunções” e possamos, assim,  encontrar a Luz “como fizeram os santos Magos.” (RS)

Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...