3 de jan. de 2015

04 Jan Santa Ângela de Foligno

Santa Ângela de FolignoNasceu na Itália, no ano de 1248, em Foligno, próximo a Roma, numa família muito abastada. Mas, infelizmente, não vivia a maior riqueza, que é o amor a Deus. Dentro deste ambiente indiferente a Deus e à Igreja, a menina foi crescendo. Ela foi para o sacramento do matrimônio, teve vários filhos, mas, infelizmente, tanto os filhos e depois o esposo faleceram. Imagine como estava o coração dessa mulher! Mas, deixando-se levar por uma vida distante de Deus, entregava-se às festas, às vaidades, cada vez mais longe de Deus e dela mesma, até que sentiu o toque da misericórdia do Senhor. Ela tocou o seu vazio existencial. Foi quando recorreu à Virgem Maria e buscou o sacramento da reconciliação.
Ela tinha 40 anos quando se abriu para esse processo maravilhoso que se chama conversão. Numa peregrinação a Assis, ela fez uma profunda experiência com o amor de Deus. Doou todos os seus bens aos pobres, entrou para a família franciscana na ordem terceira, viveu uma vida reclusa e saía para peregrinações em Assis.
Santa Ângela foi instrumento de conversão a partir do momento em que se abriu e levou muito a sério sua vida de conversão.
Santa Ângela de Foligno, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova 

EPIFANIA DO SENHOR (REFLEXÃO DO EVANGELHO)

04/01/15 Ano A

Liturgia do domingo

Is 60, 1-6
Sl 71.
Ef 3, 2-3a. 5-6
Mt 2, 1-12.

"Nos vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo". 

Hoje queridos irmãos, Mãe Igreja celebra a última festa do tempo do Natal: A Epifania ou seja a "MANIFESTAÇÃO" de Deus ao mundo. Neste dia irmãos Deus que nasceu entre os Judeus, foi adorado pelos pagão. Pagãos aqui significa aqueles que não são da raça de Israel, daqueles que antes estavam sem Deus, e assim sem nenhuma esperança. Deus nesta festa irmãos, em Jesus manifesta a sua grandeza, e também a sua humildade. Um Deus que ser revela na imensidade do Céu, em um sinal de astro, mas também se monstra na pequena e pobre gruta. Menino frágil e envolto em faixas, tão cheio de humildade, mas também tão cheio de glória. 

Irmãos o Reino deste novo Rei não depende de dinheiro, esse Reino só depende tão somente do desejo de amar e servir ao outro. Os reis magos, Melquior, Gaspar e Baltazar oferecem a Jesus presentes: OURO (a realeza de Jesus),INCENSO (a divindade de Jesus),e a MIRRA (a humanidade e o sofrimento de Jesus).Hoje irmãos nos somos chamados a dobrar os joelhos diante de Jesus. Cristo nos chama a abandonar os idosos do poder, do ter, e do prazer, das paixões do mundo, que só nos escravizam. Hoje irmãos devemos lindar com ameaças que partem tanto de fora como de dentro, é  preciso lutamos contra todo ataque do mal. E assim como os magos volta por outro caminho. Ou seja, o caminho da nossa convenção.    Deus abençoe a todos!

Por Leandro 

03 JAN Santa Genoveva - Virgem Consagrada


Santa GenovevaSanta Genoveva nasceu em Nanterre, próximo de Paris, na França, no ano de 422, dentro de uma família muito simples. Desde cedo, ela foi discernindo o chamado de Deus a seu respeito. Quando tinha apenas 8 anos, um bispo chamado Dom Jermano estava indo da França para a Inglaterra em missão. Passou por Nanterre para uma celebração e, ao dar a bênção para o povo, teve um discernimento no Espírito Santo e chamou aquela menina de oito anos para a vida consagrada. A resposta dela foi de que não pensava em outra coisa desde pequenina.
Santa Genoveva queria ser totalmente do Senhor. Não demorou muito tempo, ela fez um voto a Deus para viver a virgindade consagrada. Com o falecimento dos pais, dirigiu-se a Paris para morar na casa de uma madrinha. Ali, vida de oração, penitência de oferta a Deus para a salvação das almas. Então, ela foi ficando conhecida pelo seu ardor, pelo seu amor e pelo desejo de testemunhar Jesus Cristo a todos os corações.
Incompreendida pelas pessoas, ela chegou ao ponto de de ser defendida pelo mesmo Bispo que a chamou para a vida de consagração. Em Paris, ela ficou gravemente enferma; na doença, na dificuldade, chegou a ficar 3 dias em coma. Mas, em tudo, entregava-se à vontade de Deus. E o seu coração ia se dilatando e acolhendo a realidade de tantos. Uma mulher de verdade.
Por causa da invasão do Hunos em várias regiões, chegou, em Paris, uma história que estava amedrontando toda gente: os Hunos estava chegando para invadir e destruir a capital. Não era verdade e ela o soube. Então, fez questão de falar a verdade para o povo. Eles a perseguiram e quiseram queimá-la como feiticeira. Mas a sua fidelidade a Deus sempre foi a melhor resposta.
Numa outra ocasião, de fato, os Hunos estavam para invadir e destruir Paris. Santa Genoveva chamou o povo para a oração e penitência; e não aconteceu aquela invasão. A sua fama de santidade e sua humildade para comunicar Cristo Jesus iam cada vez mais longe. Santa Genoveva ia ao encontro de povos, e a influência que tinha era para socorrer os doentes, os famintos, uma mulher de caridade, uma santa. Quantas jovens puderam ser despertadas para uma vocação de virgindade consagrada a partir do testemunho de santa Genoveva! Ela faleceu com quase 90 anos.
Santa Genoveva, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova 

Por que um católico não deve consultar horóscopo?

formacao_horoscopoO diabo não busca outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus
A astrologia pretende definir a vida humana a partir da posição ocupada pelos astros no dia do nascimento da pessoa. A astrologia e o horóscopo são cultivados desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C.. Nessa época, os estudiosos pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em geral.
Segundo o grande mestre D. Estevão Bettencourt, tal “ciência” é falsa por diversos motivos:
1 – Baseia-se na cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas, entre os quais é enumerado o Sol;
2 – A existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal;
3 – Os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhece-se interferências deles no espaço que outrora se ignorava. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição no espaço. Por que então a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?;
4 – A astrologia incute uma mentalidade fatalista e alienante, que deve ser combatida, pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem. Registram-se erros flagrantes de astrólogos. (Revista PR, Nº 266 – Ano 1983 – Pág. 49).
Uma pesquisa realizada nos EUA mostra que seguir os horóscopos “pode fazer mal à saúde mental”. O estudo foi publicado na revista “Journal of Consumer Research” e descobriu que pessoas que leem o horóscopo diariamente são mais propensas a um comportamento impulsivo ou a serem mais tolerantes com seus “desvios” quando a previsão do zodíaco é negativa. Cientistas das universidades Johns Hopkins e da Carolina do Norte recrutaram 188 indivíduos, que leram um horóscopo desfavorável. Os resultados mostraram que para as pessoas que acreditam que podem mudar o seu destino, um horóscopo desfavorável aumentou a probabilidade de elas caírem em alguma “tentação”. “Acreditava-se que, para uma pessoa que julga poder mudar o seu destino, o horóscopo deveria fazê-la tentar modificar alguma coisa em seu futuro”, disseram os autores da pesquisa. No entanto, viu-se o oposto: aqueles que acreditam no horóscopo, quando veem que a previsão é negativa, acabam cedendo às suas “tentações”, levando-os a um comportamento impulsivo e, eventualmente, irresponsável.( Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/horoscopo-faz-mal-saude-mental-11063132)
Uma prova do erro da astrologia é a desigualdade de sortes de crianças nascidas no mesmo lugar e no mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Veja por exemplo caso de Esaú e Jacó (Gen 25). Se os astros regem a vida dos homens, como não a regem uniformemente nos casos citados? Quem conhece os gêmeos sabem muito bem disso.
Santo Agostinho, já no século IV, combatia veementemente as superstições e a astrologia. No seu livro ‘A doutrina cristã’ escreve: “Todo homem livre vai consultar os tais astrólogos, paga-lhes para sair escravo de Marte, de Vênus ou quiçá de outros astros”.
Querer predizer os costumes, os atos e os eventos baseando-se sobre esse tipo de observação, é grande erro e desvario. O cristão deve repudiar e fugir completamente das artes dessa superstição malsã e nociva, baseada sobre maléfico acordo entre homens e demônios. Essas artes não são notoriamente instituídas para o amor de Deus e do próximo; fundamentam-se no desejo privado dos bens temporais e arruínam assim o coração.
Em doutrinas desse gênero, portanto, deve-se temer e evitar a sociedade com os demônios que, juntamente com seu príncipe, o diabo, não buscam outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus.”
“Os astrólogos dizem: a causa inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são os responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as culpas ao Criador, àquele que rege os céus e os astros” (Confissões, I, IV, c. 3).
“Um astrólogo não pode ter o privilégio de se enganar sempre”, dizia o sarcástico Voltaire.
“O interesse pelo horóscopo como também por Tarô, I Ching, Numerologia, Cabala, jogo de búzios, cartas etc. é alimentado por mentalidade que se pode dizer “mágica”. Quem se entrega à prática de tais processos de adivinhação, de certo modo, acredita estar subordinado a forças cegas e misteriosas; o cliente de tais instâncias se amedronta e dobra diante de poderes fictícios – o que não é cristão.” (D. Estevão)
São Tomás de Aquino, em sua obra “Exposição do Credo”, afirma que o demônio quer ser adorado, por isso se esconde atrás dos ídolos. E São Paulo diz que “as coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam aos demônios e não a Deus” (1 Cor 10,21). Então, é preciso cuidado para não prestar um culto que não seja a Deus.
Prof. Felipe Aquino

Fonte: Cléofas 

2 de jan. de 2015

O céu são os outros

Porque somos chamados a realizar a vontade de Deus nas mínimas circunstâncias do dia a dia, temos de considerá-Lo o nosso melhor amigo


Jean-Paul Sartre abriu as portas da humanidade para o terceiro milênio, apresentando, em uma sentença, um modelo de vida intrinsecamente contrário ao cristianismo: “O inferno são os outros”. Essa expressão cheia de significado resume a lógica do individualismo. Na era da modernidade, em que a técnica se torna cada vez mais avançada, ao ponto de muitos a confundirem com o próprio infinito, o homem contemporâneo é constantemente pressionado a isolar-se em suas conquistas materiais, pelo que se esquece de suas responsabilidades pessoais e comunitárias [1]. Neste jogo de interesses egoístas, o dom da amizade é solapado nas bases.

Resumidamente, o existencialismo de Sartre considera “os outros” como todos aqueles que, no contato diário conosco, revelam as nossas fraquezas e defeitos. Eles são “o inferno” porque nos julgam com sua presença. Tiram a nossa máscara de piedade. Com efeito, a vida comunitária, na visão existencialista, é um fardo angustiante, mesmo que exista um esforço para suportar a presença indesejada do outro.

Não é preciso dizer o quão daninha é essa visão distorcida da realidade. A vida social é uma exigência natural do ser humano. Não se trata simplesmente de algo acessório, mas de uma necessidade básica para o desenvolvimento das capacidades do homem, a fim de que — conhecendo-se a si mesmo por meio da relação com os demais, do serviço mútuo e do diálogo com seus irmãos — ele responda satisfatoriamente à sua vocação [2]. Ora, a presença dos “outros”, longe de ser uma consciência julgadora — como descreve Sartre —, é uma autoestrada para a autêntica liberdade e conquista do Sumo Bem, pois, no trato com as dificuldades e diferenças de temperamento do próximo, cada um é chamado a crescer em caridade. Diz São Josemaría Escrivá [3]:

Chocas com o caráter deste ou daquele... Tem de ser assim necessariamente; não és moeda de ouro que a todos agrade.

Além disso, sem esses choques que se produzem ao lidar com o próximo, como havias de perder as pontas, as arestas e saliências — imperfeições, defeitos — do teu temperamento, para adquirires a forma cinzelada, polida e energicamente suave da caridade, da perfeição?

Se o teu caráter e o caráter dos que convivem contigo fossem adocicados e moles como gelatina, não te santificarias.

Neste sentido, o existencialismo nada mais é que a filosofia do desespero. Sartre é incapaz de amar; por isso, vê o inferno onde, na verdade, está o céu. Quando não se está convencido pelo amor cristão, torna-se evidentemente impossível a convivência fraterna, já que “uma verdadeira fraternidade entre os homens” — recorda-nos o Papa Francisco — “supõe e exige uma paternidade transcendente” [4]. Ainda mais: é “a partir do reconhecimento desta paternidade, (que) se consolida a fraternidade entre os homens, ou seja, aquele fazer-se ‘próximo’ para cuidar do outro” [5]. Caso contrário, o ser humano é reduzido a uma mera engrenagem do organismo social, uma peça que se pode descartar a qualquer momento. O “outro” é tão somente um obstáculo na lei da “seleção natural”. Só os mais fortes sobrevivem.

A medida do cristianismo é diferente. No Evangelho de São João, Jesus se refere aos seus discípulos pela palavra “amigo”: “ Non iam servos, sed amicos — Já não vos chamo servos, mas amigos” (Jo 15, 15). Com esta expressão, Cristo convida os apóstolos a não somente se relacionarem com Deus-Todo Poderoso, mas também com Deus-Conosco: o Deus que é amigo e se faz presente para o homem a todo momento. Assim explicava o futuro Papa João Paulo I, Cardeal Albino Luciani: “O nosso Deus é tão pouco rival do homem que quis fazer-se seu amigo, levando-o a participar da sua própria natureza divina e da sua própria felicidade eterna” [6]. Assim, porque somos chamados a realizar a vontade de Deus nas mínimas circustâncias do dia a dia, temos de considerá-Lo o nosso melhor amigo, “levando uma vida segundo o Evangelho, com coragem e fidelidade” [7]. Ademais, a palavra amigo também exprime um convite à abertura ao próximo, para fazer-se companheiro em suas necessidades. Um antigo adágio nos lembra que a verdadeira amizade consiste nisto: Idem velle, idem nolle — querer as mesmas coisas e não querer as mesmas coisas. Isso indica que a amizade é uma comunhão do pensar e do querer. E, em última instância, significa a capacidade de entregar a vida pelo irmão (Jo 15, 13; 10, 15).

Há uma advertência de São Gregório Magno capaz de resumir tudo: “Se tendeis para Deus, tende cuidado que não O alcanceis sozinhos” [8]. Ora, a caminhada para o céu nunca pode ser realizada individualmente, uma vez que a fé “não é uma relação isolada entre o ‘eu’ do fiel e o ‘Tu’ divino, entre o sujeito autônomo e Deus; mas, por sua natureza, abre-se ao ‘nós’, verifica-se sempre dentro da comunhão da Igreja” [9]. Por isso, a missão evangelizadora dos cristãos se concretiza mediante o interesse pela vida do outro, por seus dramas e felicidades, por suas derrotas e conquistas, estendendo-lhe a mão amiga e consoladora de Deus. De fato, dizia Bento XVI aos jovens da Espanha certa vez, Jesus “não deixa de infundir alento nos corações, e leva-nos continuamente à arena pública da história, como no Pentecostes, para darmos testemunho das maravilhas de Deus” [10]. Jesus quer contar com a nossa amizade. Seremos amigos d’Ele na amizade com “os outros”.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

Pio XII, Os perigos do Tecnicismo. Radiomensagens de Natal. 1953.
Catecismo da Igreja Católica, n. 1879
Caminho, n. 20
Francisco, Mensagem para o dia mundial da Paz (8 de dezembro de 2013), n.1
Ibidem
Albino Luciani, Ilustríssimos senhores, págs 18-19
Discurso do Papa Bento XVI aos jovens da Arquidiocese de Madri, 2 de abril de 2012
H Ev 1, 6, 6: PL 76, 1097s.
Discurso do Papa Bento XVI aos jovens da Arquidiocese de Madri, 2 de abril de 2012
Ibidem.


https://padrepauloricardo.org

Saiba quais serão as atividades mais importantes na vida da Igreja em 2015

Vaticano, 02 Jan. 15 / 01:26 pm (ACI/EWTN Noticias).- Um novo ano acaba de começar e com este uma série de atividades e aniversários na vida da IgrejaUniversal, que comemorou ontem, dia 1º de janeiro, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.

Em primeiro lugar é preciso destacar que o ano de 2015 está dedicado à Vida Consagrada, decisão anunciada pelo Papa Francisco em 29 de novembro de 2013 ao final do encontro com a União de Superiores Gerais, assim –informou a Rádio Vaticano-, espera-se que o Santo Padre publique uma nova Constituição Apostólica sobre a vida contemplativa depois da Sponsa Christi promulgada pelo Papa Pio XII em 1950.

O Santo Padre terá em janeiro a sua primeira viagem do ano. Os destinos serão: Sri Lanka entre os dias 12 e 15 de janeiro e as Filipinas de 15 a 19 de janeiro. Depois, em setembro, o Papa viajará à Filadélfia (Estados Unidos) para participar do Encontro Mundial das Famílias.

Além disso, em 2015, serão celebrados os 60 anos do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), que reúne 22 conferências episcopais e que foi instituído em 1955 por Pio XII.

Do mesmo modo, durante 2015 será celebrado o Bicentenário do nascimento de São João Bosco, fundador da família salesiana. Os eventos foram apresentados em uma conferência de imprensa internacional em 6 de fevereiro de 2014.

Além disso, a Igreja recordará o décimo aniversário da morte de São João Paulo II. Na Polônia, seu país natal, o Parlamento decidiu no último dia 5 de dezembro consagrar o ano de 2015 ao Papa Wojtyla.

Também acontecerá a XIV Assembleia Geral Ordinária - Sínodo da Família - que acontecerá entre os dias 4 e 25 de outubro sobre o tema "A vocação e a missão da família na Igreja e o mundo contemporâneo".

Finalmente, este ano a Igreja na Irlanda comemora 1.400 anos da morte de São Columbano, evangelizador da ilha. Para isso, os bispos e religiosos irlandeses têm previsto uma série de eventos para promover as vocações nesta nação, sob o título de “Empreende a viagem. Seja a alegria do Evangelho”.

Fonte: http://www.acidigital.com/

Um Ano Novo!

10806328_886821688014929_5775348437032475976_nResumo da palestra do dia 01 de janeiro de 2015 na Canção Nova
Quando termina um ano as empresas fecham uns dias para balanço, a fim de recomeçar o novo ano com tudo em ordem, contabilizado, contado e planejado. Sem isso não há progresso.
Da mesma forma a nossa vida material e espiritual; precisamos dar um balanço; com clareza, e sem medo, olhar o que foi feito de bom e de errado. Continuar o que foi bem e melhorar; eliminar ou corrigir o que não foi bem.
Há um provérbio que diz que “um homem motivado vai a Lua, sem motivação não atravessa a rua!”. Então, para que possamos ter um Ano fecundo é preciso ter motivação; saber onde se quer chegar, ter uma meta, um ideal permanente.  O cristão sabe que está nesta vida para amar e servir a Deus de todo coração e viver com Ele eternamente a vida bem-aventurada na comunhão dos anjos e dos santos. Ele não se engana, sabe que foi feito para o Infinito.
Jesus ensina como o cristão deve viver cada dia do ano: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33). Isto quer dizer, “Deus em primeiro lugar” no Ano Novo. “Amar a Deus sobre todas as coisas” é o Mandamento mais importante.
É hora de agradecer a Deus as graças que recebemos e pedir perdão por nossos erros; e continuar a caminhada em busca da perfeição querida por Deus. E para isso não há “receitas novas”; é o mesmo que  a Igreja sempre nos ensina. O “caminho da perfeição” é o da realização da  vontade de Deus, expressa nos seus Mandamentos, nos Evangelhos e na voz da Igreja. Nada de novo. Não podemos ser felizes sem ouvir e obedecer a voz da Igreja; pois Jesus disse aos Apóstolos: “Quem vos ouve, a Mim ouve; quem os rejeita, a Mim rejeita…” (Lc 10,16)
Deus nos leva à perfeição que deseja (“Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito! – Mt 5,48) nos acontecimentos da vida, guiando-nos para Ele. Muitas vezes são caminhos de dores e lágrimas, mas conduzidos por Sua mão bondosa que corta e opera para curar. São Paulo diz que “o justo vive pela fé” (Rom 1,17); e “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6). E nos lembra que “o corpo vai desfalecendo, mas o espírito se renova. A nossa tribulação presente, momentânea e ligeira, nos prepara um peso eterno de glória sem medidas” (2 Cor 4,16).
Para viver bem é preciso uma luta permanente contra os pecados, pois eles fazem a nossa infelicidade. Santo Agostinho disse: “Teus pecados são tua tristeza, deixe que a santidade seja a tua alegria”.
Para a busca da perfeição é preciso contar sempre com o sacramento da Confissão, para arrancar, como Sangue de Cristo, as ervas daninhas do jardim de nossa alma. Não é a erva que mata a planta, é preguiça do lavrador. Não podemos ser preguiçosos. E precisamos alimentar a alma com o sagrado Corpo de Cristo na Eucaristia, “remédio e sustento para a nossa vida”. Sem isso nossa alma não fica de pé.
Ela precisa também do alimento diário da Palavra de Deus, “viva e eficaz” (Hb 4,14), transformadora. “Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos. E uma luz em meu caminho” (Sl 118, 105), canta o Salmista. “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para persuadir, para corrigir e formar na justiça” (2Tm 3,16), ensinou o Apóstolo.
Não podemos viver bem o Ano novo sem uma vida de oração diária, com qualidade, com meditação e devoção, conversa íntima com Deus, com o coração, sem pressa. Não importa a quantidade, mas a qualidade.
E para tudo isso precisamos pedir a Deus a virtude da perseverança. Santa Teresa de Jesus aconselhava: “Importa muito, em tudo, uma grande e muito determinada força de não parar até chegar à meta, venha o que vier, suceda o que suceder, custe o que custar, murmure quem murmurar”.
Nossas metas para um Ano novo não podem ser apenas temporárias e materiais: ganhar dinheiro, comprar um carro,  trocar os móveis, emagrecer, viajar mais, comer melhor, e assim por diante. Essas aspirações, se não forem tomadas como um fim, mas como um meio, não são erradas, mas insuficientes para satisfazer a nossa alma; pois ela tem sede do Infinito.
Deus tem planos mais elevados para nós! Não se preocupe com o futuro, viva bem o presente, na comunhão permanente com Deus que habita em nossa alma no estado de graça. Não somos  dignos disso, mas Ele o quer assim.
Não há como ser feliz também, sem trabalhar; pois é da vontade de Deus; é por meio dele que acabamos a obra da Criação que Deus apenas começou e nos entregou para completar. O trabalho é redentor. É um antídoto ao pecado. É a sentinela da virtude. Trabalhando com honestidade e competência, hoje, você prepara o seu futuro  e da sua família, sem estresse. Uma orientação segura é esta que São Paulo nos deixou:
“Tudo o que fizerdes, fazei de bom coração, não para os homens, mas para o Senhor, certos de que recebereis a recompensa das mãos do Senhor. Servi a Cristo Senhor!” (Col 3,23)
Faça tudo “para o Senhor”: a casa que você limpa, a roupa que você lava, a comida que prepara, o bebê que você alimenta, o marido que você consola, o filho que você educa, o doente que você opera… E terás um Ano Novo Feliz! Trabalhar faz bem, e fazer o bem faz bem. Servir com alegria e com um sorriso, é uma receita de felicidade. “Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos.” (Fil 4,4).
Santa Teresinha recomendava o caminho da “infância espiritual” para chegar à perfeição. “É o caminho da confiança e do completo abandono” em Deus; e “lançar a Jesus as flores dos pequenos sacrifícios” (Últimos colóquios). “Em todas as circunstâncias dai graças…” (1 Ts 5,17).
O Ano Novo começa com a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. Não podia começar melhor. A ela precisamos nos consagrar todos os dias do Ano novo. Como Mãe de Deus ela é a “onipotência suplicante”, disse o doutor da Igreja, São Bernardo. O que ela não pode? O que Deus pode por natureza, ela pode por graça. Jesus a deu a nós aos pés da cruz (Jo 19,25), para ser nossa mãe espiritual, nossa “formadora para o céu”. Assim como ela formou Jesus no seu seio, pelo Espírito Santo, ela forma Jesus em nossa alma por seu Divino Esposo. Não podemos ter um ano feliz sem caminhar todos os dias com ela. Ela é Aquela que “avança como a aurora, brilhante como o Sol e temível como um exército em ordem de batalha…”
Ano Novo, mas nada de novo; tudo conforme Jesus e a Igreja nos ensinam. Feliz Ano Novo!
 Prof. Felipe Aquino

Fonte: Cléofas 

1 de jan. de 2015

O Papa durante o Te Deum: defender os pobres e não defender-se dos pobres

01/01/14


No último dia do ano de 2014 o Papa Francisco presidiu na Basílica de São Pedro as primeiras Vésperas da Solenidade da Virgem Maria Mãe de Deus, com o canto do Te Deum e a Bênção do Santíssimo Sacramento. Um momento para “agradecer e pedir perdão”, disse o Papa na sua densa reflexão. Ao final da celebração, o Pontífice dirigiu-se ao Presépio montado na Praça São Pedro, onde deteve-se em oração diante do Menino Jesus na manjedoura, enquanto a banda da Guarda Suíça entoava o “Noite Feliz”. Mesmo com a temperatura de 2°C, Francisco saudou longamente os presentes, eufóricos com a oportunidade de estarem próximos do Papa.
Eis a reflexão do santo Padre na íntegra:
“Queridos irmãos e irmãs,
A Palavra de Deus nos introduz hoje, de modo especial, no significado do tempo, no entender que o tempo não é uma realidade estranha a Deus, simplesmente porque Ele quis revelar-se e salvar-nos na história. O significado de tempo, a temporalidade, é a atmosfera da epifania de Deus, ou seja, da manifestação de Deus e de seu amor concreto. De facto, o tempo é o mensageiro de Deus, como dizia São Pedro Fabro.
A liturgia de hoje nos recorda a frase do apóstolo João: “Filhinhos, já chegou a última hora” (1 Jo 2,18), e a de São Paulo que nos fala da “plenitude dos tempos” (Gal 4,4). Assim, o dia de hoje nos manifesta como o tempo foi – por assim dizer –“tocado” por Cristo, o Filho de Deus e de Maria, e dele recebeu significados novos e surpreendentes: tornou-se o “tempo salvífico”, isto é, o tempo definitivo de salvação e de graça.
E tudo isto nos leva a pensar no fim do caminho da vida, no fim do nosso caminho. Houve um início e haverá um fim, “um tempo para nascer e um tempo para morrer” (Ecle 3,2). Com esta verdade, tão simples e fundamental e tão negligenciada e esquecida, a santa mãe Igreja nos ensina a concluir o ano e também os nossos dias com um exame de consciência, através do qual repassamos o que aconteceu; agradecemos ao Senhor por todo bem que recebemos e que pudemos realizar e, ao mesmo tempo, repensamos as nossas faltas e os nossos pecados. Agradecer e pedir perdão.
É o que fazemos também hoje ao fim de um ano. Louvamos o Senhor com o hino Te Deum e ao mesmo tempo lhe pedimos perdão. A atitude de agradecer nos predispõe à humildade, em reconhecer e acolher os dons do Senhor.
O apóstolo Paulo resume, na Leitura destas Primeiras Vésperas, o motivo fundamental do nosso dar graças a Deus: Ele nos fez seus filhos, nos adoptou como filhos. Este dom imerecido nos enche de uma gratidão plena de estupor! Alguém poderia dizer: “Mas nós já não somos todos filhos de Deus, pelo simples facto de sermos homens?”. Certamente, porque Deus é Pai de cada pessoa que vem ao mundo. Mas sem esquecer que fomos afastados dele por causa do pecado original que nos separou do nosso Pai: a nossa relação filial é profundamente ferida. Por isto Deus mandou o seu Filho para nos resgatar, com o preço do seu sangue. E se existe um resgate, é porque existe uma escravidão. Nós éramos filhos, mas nos tornamos escravos, seguindo a voz do Maligno. Nenhum outro nos resgata desta escravidão substancial se não Jesus, que assumiu a nossa carne da Virgem Maria e morreu na Cruz para nos libertar da escravidão do pecado e nos restituir a condição filial perdida.
A liturgia de hoje recorda também que, “no princípio (antes do tempo) existia o Verbo ... e o Verbo se fez homem” e por isto afirma Santo Irineu: “Este é o motivo pelo qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: porque o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo assim a filiação divina, torna-se filho de Deus”.
Contemporaneamente o próprio dom pelo qual agradecemos, é também motivo de exame de consciência, de revisão da vida pessoal e comunitária, de nos perguntarmos: como é o nosso modo de viver? Vivemos como filhos ou como escravos? Vivemos como pessoas baptizadas em Cristo, ungidas pelo Espírito, resgatadas, livres? Ou vivemos segundo a lógica mundana, corrupta, fazendo aquilo que o diabo nos faz acreditar que seja de nosso interesse? Existe sempre no nosso caminho existencial uma tendência em resistir à libertação; temos medo da liberdade e paradoxalmente, preferimos mais ou menos conscientemente a escravidão. A liberdade nos assusta porque nos coloca diante do tempo e diante da nossa responsabilidade de vivê-lo bem. A escravidão reduz o tempo em “momentos” e assim nos sentimos mais seguros, isto é, nos faz viver momentos desligados do seu passado e do nosso futuro. Por outras palavras, a escravidão nos impede de viver plenamente e realmente o presente, porque o esvazia do passado e o fecha diante do futuro, da eternidade. A escravidão nos faz acreditar que não podemos sonhar, voar, esperar.
Um grande artista italiano dizia há alguns dias, que para o Senhor foi mais fácil tirar os israelitas do Egipto do que o Egipto do coração dos israelitas. Foram, “sim, libertados “materialmente” da escravidão, mas durante a marcha no deserto com as várias dificuldades e com a fome começaram então a sentir saudades do Egipto quando “comiam cebolas e alho” (cfr Nm 11,5); se esqueciam porém que as comiam na mesa da escravidão. No nosso coração se aninha a saudade da escravidão, porque aparentemente traz mais segurança, mais que a liberdade, que é muito mais arriscada. Como nos agrada estarmos engaiolados por tantos fogos de artifício, aparentemente belos mas que na realidade duram somente poucos instantes!
Deste exame de consciência depende também, para nós cristãos, a qualidade do nosso agir, do nosso viver, da nossa presença na cidade, do nosso serviço pelo bem comum, da nossa participação nas instituições públicas e eclesiais.
Por tal motivo, e sendo também Bispo de Roma, gostaria de deter-me sobre o nosso viver em Roma, que representa um grande dom, porque significa habitar na cidade eterna, significa para um cristão sobretudo fazer parte da Igreja fundada no testemunho e no martírio dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. E portanto também por isto agradecemos ao Senhor. Mas ao mesmo tempo representa uma grande responsabilidade. E Jesus disse: “ A quem muito foi dado, muito será pedido” (Lc 12,48). Assim perguntemo-nos: nesta cidade, nesta Comunidade eclesial, somos livres ou somos escravos, somos sal e luz? Somos fermento? Ou somos apagados, insípidos, hostis, desconfiados, irrelevantes, cansados?
Sem dúvida, os graves acontecimentos de corrupção, surgidos recentemente, pedem uma séria e consciente conversão dos corações para um renascimento espiritual e moral, como também para um renovado compromisso para construir uma cidade mais justa e solidária, onde os pobres, os fracos e os marginalizados estejam no centro da nossas preocupação e do nosso agir quotidiano. É necessário um grande e quotidiano comportamento de liberdade cristã para ter a coragem de proclamar na nossa cidade, que é necessário defender os pobres e não defender-se dos pobres, que é necessário servir os mais fracos, e não servir-se dos mais fracos!
O ensinamento de um simples diácono romano nos pode ajudar. Quando pediram a São Lourenço para levar e mostrar os tesouros da Igreja, levou simplesmente alguns pobres. Quando numa cidade os pobres e os fracos são cuidados, socorridos e promovidos na sociedade, eles se revelam o tesouro da Igreja e um tesouro na sociedade. Ao contrário, quando uma sociedade ignora os pobres, os persegue, os criminaliza, os obriga a “mafiarem-se”, esta sociedade se empobrece até a miséria, perde a liberdade e prefere “o alho e as cebolas” da escravidão, da escravidão do seu egoísmo, da escravidão da sua cobardia e esta sociedade cessa de ser cristã.
Queridos irmãos e irmãs, concluir o ano é voltar a afirmar que existe uma “última hora” e que existe a “plenitude do tempo”. Ao concluir este ano, ao agradecer e ao pedir perdão, nos fará bem pedir a graça de poder caminhar em liberdade para poder assim reparar os tantos danos feitos e poder defendermo-nos das saudades da escravidão, de não “nostalgiar” a escravidão.
A Virgem Santa, que é justamente o coração do tempo de Deus, quando o Verbo – que era no princípio – se fez um de nós no tempo; Ela que deu ao mundo o Salvador, nos ajude a acolhê-lo com coração aberto, para sermos e vivermos realmente livres como filhos de Deus”. (BS/JE)
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

O Papa durante o Angelus: a paz é sempre possível, a oração é a sua raiz.

01/01/15

Na sua reflexão para a oração mariana do Angelus neste primeiro dia do ano, e ainda na atmosfera festosa do Natal, o Papa Francisco começou por dizer que a Igreja nos convida a fixar o nosso olhar de fé e amor na Mãe de Jesus, a humilde mulher de Nazaré na qual "o Verbo se fez carne e habitou entre nós", reiterando que, por isso, é impossível separar a contemplação de Jesus e a contemplação de Maria, que lhe deu o seu amor e a sua carne humana.
Escutamos hoje, prosseguiu o Papa, as palavras de S. Paulo: "Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher" e aquele "nascido de uma mulher", nos diz de maneira essencial e por isso ainda mais forte sobre a verdadeira humanidade do Filho de Deus, ou seja, que o "nosso Salvador foi verdadeiramente homem e disso veio a salvação de toda a humanidade". E acrescentou:
Mas São Paulo também acrescenta: "nascido sob a lei". Com esta expressão ele sublinha que Cristo assumiu a condição humana libertando-a da mentalidade legalista fechada. A lei, de facto, sem a graça, torna-se um jugo insuportável e, em vez de fazer-nos bem nos faz mal. Eis, pois, a finalidade pela qual Deus envia o seu Filho ao mundo para se tornar homem: uma finalidade de libertação, ou melhor, de regeneração. Libertação, "para resgatar os que estavam sob a lei"; e o resgate veio com a morte de Cristo na cruz. Mas, sobretudo de regeneração "para que recebêssemos a adopção de filhos".
De facto, explica o Papa, incorporados os homens tornam-se verdadeiramente filhos de Deus, e esta maravilhosa passagem tem lugar em nós pelo Baptismo que nos transforma em membros vivos em Cristo e nos incorpora na sua Igreja, tendo ainda reiterado que Que agora, no início de um novo ano, nos faz lembrar o dia do nosso Baptismo para redescobrirmos o presente recebido neste sacramento que nos regenerou para uma vida nova, isto é, a vida divina. E tudo isto acontece através da Mãe Igreja, que tem como modelo a Mãe Maria e, graças ao baptismo, fomos introduzidos na comunhão com Deus, e não já estamos à mercê do mal e do pecado, mas recebemos o amor, a ternura, a misericórdia do Pai celeste. E prosseguiu ainda o Santo Padre:
Essa proximidade de Deus à nossa existência  dá-nos a verdadeira paz, o dom divino que queremos implorar especialmente hoje, Dia Mundial da Paz. "Não mais escravos, mas irmãos": eis a Mensagem deste Dia. Uma mensagem que afecta a todos nós. Todos nós somos chamados a combater todas as formas de escravidão e a construir a fraternidade. Todos, cada qual segundo a sua responsabilidade.
E a todos o Papa convidou a apresentar a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, os bons propósitos, pedindo para que ela estenda sobre nós e sobre todos os dias do novo ano o manto da sua protecção maternal. E convidou aos fiéis presentes a invocar a Maria com o título:
Santa Mãe de Deus!
Depois do Angelus o Papa dirigiu aos milhares de fiéis reunidos na Praça de S. Pedro e aos peregrinos provenientes de Roma e de vários Países do mundo uma cordial saudação com os melhores votos de um feliz e sereno ano novo. E a propósito do Dia Mundial da Paz, acrescentou:
Neste momento estamos ligados com Rovereto, região do Trentino, onde se encontra o grande sino chamado "Maria Dolens", realizado em homenagem aos caídos de todas as guerras e benzido pelo Beato Paulo VI em 1965. Em breve ouviremos o toque daquele sino. Que ele seja a esperança de que nunca mais haja guerras, mas sempre desejo e empenho de paz e fraternidade entre os povos.
             (Toque do sino em ligação com con Rovereto, através do CTV)
E o Papa concluiu com os votos de um bom ano para todos, um ano de paz no abraço de ternura do Senhor e com a protecção materna de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe.
Bom almoço e … arrivederci
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

Papa Francisco: Cristo e a sua Mãe, Cristo e a Igreja são inseparáveis

01/01/15


Neste 1º dia de 2015, o Papa Francisco presidiu na Basílica de São Pedro a Missa por ocasião da Solenidade da Mãe de Deus e do Dia Mundial da Paz. Na sua homilia, o Papa recordou que “nenhuma criatura viu brilhar sobre si a face de Deus como Maria, que deu uma face humana ao Verbo eterno, para que todos nós O pudéssemos contemplar”. O Papa reiterou que “assim como Cristo e sua Mãe são inseparáveis”, “igualmente são inseparáveis Cristo e a Igreja”.
O Papa Francisco observou que entre Cristo e sua Mãe existe uma relação estreitíssima, como entre cada filho e sua mãe: “ A carne de Cristo, disse ele, foi tecida no ventre de Maria”. Maria, escolhida para ser a Mãe do Redentor, compartilhou intimamente toda a sua missão, até o calvário:
“Maria está assim tão unida a Jesus, porque recebeu d’Ele o conhecimento do coração, o conhecimento da fé, alimentada pela experiência materna e pela união íntima com o seu Filho. A Virgem Santa é a mulher de fé, que deu lugar a Deus no seu coração, nos seus projetos; é a crente capaz de individuar no dom do Filho a chegada daquela «plenitude do tempo» (Gl 4, 4) na qual Deus, escolhendo o caminho humilde da existência humana, entrou pessoalmente no sulco da história da salvação. Por isso, não se pode compreender Jesus sem a sua Mãe”.
Igualmente inseparáveis são Cristo e a Igreja – disse o Papa – observando que não se pode compreender a salvação realizada por Jesus sem considerar a maternidade da Igreja:
“Separar Jesus da Igreja seria querer introduzir uma «dicotomia absurda», como escreveu o Beato Paulo VI. Não é possível «amar a Cristo, mas sem amar a Igreja, ouvir Cristo mas não a Igreja, ser de Cristo mas fora da Igreja». Na verdade, é precisamente a Igreja, a grande família de Deus, que nos traz Cristo. A nossa fé não é uma doutrina abstracta nem uma filosofia, mas a relação vital e plena com uma pessoa: Jesus Cristo, o Filho unigénito de Deus que Se fez homem, morreu e ressuscitou para nos salvar e que está vivo no meio de nós. Onde podemos encontrá-Lo? Encontramo-Lo na Igreja. É a Igreja que diz hoje: «Eis o Cordeiro de Deus»; é a Igreja que O anuncia; é na Igreja que Jesus continua a realizar os seus gestos de graça que são os sacramentos”.
A acção e missão da Igreja, observou o Santo Padre, exprimem a sua maternidade:
“Na verdade, ela é como uma mãe que guarda Jesus com ternura, e O dá a todos com alegria e generosidade. Nenhuma manifestação de Cristo, nem sequer a mais mística, pode jamais ser separada da carne e do sangue da Igreja, da realidade histórica concreta do Corpo de Cristo. Sem a Igreja, Jesus Cristo acaba por ficar reduzido a uma ideia, a uma moral, a um sentimento. Sem a Igreja, a nossa relação com Cristo ficaria à mercê da nossa imaginação, das nossas interpretações, dos nossos humores”.
Maria, disse o Papa, é “aquela que abre a estrada da maternidade da Igreja e sempre sustenta a sua missão materna destinada a todos os homens. O seu testemunho discreto e materno caminha com a Igreja desde as origens. Ela, Mãe de Deus, é também Mãe da Igreja e, por intermédio dela, é Mãe de todos os homens e de todos os povos”.
Ao concluir, o Pontífice recordou o Dia Mundial da Paz, celebrado no 1º dia do ano, pedindo que “o Senhor dê paz a estes nossos dias: paz nos corações, paz nas famílias, paz entre as nações”. Ao recordar que o tema deste ano «Já não escravos, mas irmãos», Francisco disse:
“Todos somos chamados a ser livres, todos chamados a ser filhos; e cada um chamado, segundo as próprias responsabilidades, a lutar contra as formas modernas de escravidão. Nós todos, de cada nação, cultura e religião, unamos as nossas forças. Que nos guie e sustente Aquele que, para nos tornar irmãos a todos, Se fez nosso servo”. (JE/BS).
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

SOLENIDADE DE SANTA MARIA MÃE DE DEUS

01/01/15

Liturgia

Num 6,22-27
Sl 66;
 Gal 4,4-7
Lc 2,16-21.

 "Encontraram Maria e José e o recém-nascido. Oito dias depois deram-lhe o nome de Jesus".


Feliz 2015 a todos! Hoje juntos com a Mãe Igreja celebramos a primeira festa do ano civil, a festa de Maria a Mãe de Deus. Foi em 431 que a Mãe Igreja confirmou esta verdade de fé, que Maria é a verdadeira Mãe de Deus, por ser a Mãe do Filho de Deus que com o Pai e o Espírito é  Deus. Sabemos bem irmãos que algumas pessoas de outras religiões (não todos )tem verdadeira aversão a pessoa de Maria. Eles vem em Maria uma mulher qualquer.  


Isso não  é verdade irmãos, a importância de Maria no projeto de Deus foi muito grande. Maria gerou em seu próprio corpo o Filho de Deus vivo. Maria carregou em seu corpo aquele que veio pra salvar a humanidade do pecado. Maria foi aquela que conseguiu que Jesus fizesse o seu primeiro milagre, embora não sendo a hora. Hoje vemos no evangelho que os pastores, vão ao encontro do Menino e lá o encontraram  com Maria. Eles saem proclamado que aquele Menino é  Deus, o Deus verdadeiro. Aquele Menino não é  apenas um bebê frágil, naquele Menino esta um Deus forte feito pequeno para que nos possamos se aproximar e ama-lo. Cristo irmãos é a nossa paz, aquele que nos dará uma paz solida, a que almejamos ,a paz tão sonhada, a paz para o mundo, para a nossa vida, só Jesus poderá nos dá .Em Cristo nem as tristezas, nem as desilusões, nem as privações poderão nos fazer perder a paz! Que todos vocês irmãos sobre a proteção de Mãe tenham um ano cheio da graça de Deus. Lembrem que para tem um ano feliz não é  começando ele com o pé direito, e sim começando o seu ano com o coração na Igreja na Santa Missa do Senhor!    Amem!   (Reflexão: Leandro)



01/01 Santa Maria Mãe de Deus

A maternalidade de Maria resplandece com tão virginal fulgor, que todas
as virgens, diante dEla, são como se não o fossem. Somente Ela é a 
imaculada, a Virgem entre as virgens, a única que perfuma
e torna perfeita a castidade de todas.
No primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor". Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!
Salus Populi Romani..jpg
 Vós tendes, ó Maria, autoridade de Mãe para com Deus,
e por isso alcançais também o perdão aos mais 
abjetos pecadores. Em tudo vos  reconhece
o Senhor por sua verdadeira Mãe e não
pode deixar de atender a cada
desejo vosso.

(Santo Afonso Maria de Ligório, As Glórias de Maria)
Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido.
Num certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela solenidade da Anunciação, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém.
Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o Céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como registram alguns autores.
O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos.
Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal.
A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, Nosso Senhor Jesus Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia de nossa Mãe, Maria Santíssima. Nos tempos sofridos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança!

A predestinação de Maria a maternidade divina
A predestinação com que a Santíssima Virgem foi eleita é especial, única entre todas, não somente pelo grau, mas pelo gênero. Se Maria é, na verdade, a primeira criatura predestinada com a mais perfeita imagem de seu Filho, é, além disso e a outro título, a única predestinada em qualidade de Mãe sua.
Para demonstrar a afirmação de que desde toda a eternidade Deus predestinou a Santíssima Virgem Maria para ser a Mãe do Verbo encarnado, o insigne dominicano Fr. Royo Marín evoca a pura voz da infabilidade pontifícia:
Nossa Senhora com Menino Jesus - Pro Catedral Hamilton Canada.jpg
Contemplamos hoje Maria, mãe sempre virgem do
Filho unigênito do Pai; aprendemos d'Ela a
receber o Menino que nasceu
para nós em Belém...
Trecho da Homilia de Bento XVI na Solenidade
da Mãe de Deus, 1° de Janeiro de 2008
"Na Bula Ineffabilis Deus, com a que Pio IX definiu o dogma da Imaculada Conceição, leêm-se expressamente estas palavras: "Elegeu e assinalou (Deus), desde o princípio e antes dos tempos, para seu Unigênito uma Mãe, na qual Ele se encarnaria, e da qual, depois, na ditosa plenitude dos tempos, nasceria; e em tal grau A amou acima de todas as criaturas, que somente nEla se comprouve com singularíssima benevolência."
Nada sucede, nem pode suceder no tempo que não tenha sido previsto ou predestinado por Deus desde toda a eternidade. Logo, se a Virgem Maria é, de fato, a Mãe do Verbo encarnado, claro está que foi predestinada para isso desde toda a eternidade. É uma verdade tão límpida e evidente que não necessita demonstração alguma.
A maternidade divina de Maria
Todos os títulos e grandezas de Maria dependem do fato colossal de sua maternidade divina. Maria é imaculada, cheia de graça, Co-redentora da humanidade, Rainha dos Céus e da Terra e Medianeira universal de todas as graças, etc., porque é a Mãe de Deus. A maternidade divina A coloca a tal altura, tão acima de todas as criaturas que São Tomás de Aquino, tão sóbrio e discreto em suas apreciações, não hesita em qualificar sua dignidade como sendo de certo modo infinita. E seu grande comentarista, o Cardeal Caietano, diz que Maria, por sua maternidade divina, alcança os limites da divindade. Entre todas as criaturas, é Maria, sem dúvida alguma, a que tem maior afinidade com Deus.
Assim, no dizer de outro eminente mariólogo "o dogma mais importante da Virgem Maria é sua maternidade divina". É o primeiro alicerce sobre o qual se levanta o edifício da grandeza mariana. É este um fato que excede de tal modo a força cognoscitiva do homem que deve ser enumerado entre os maiores mistérios de nossa fé. 

         Que uma humilde mulher, descendente de Adão como nós, se torne Mãe de Deus, é um mistério tão sublime de elevação do homem e de condescendência divina, que deixa atônita qualquer inteligência, angélica ou humana, no séculos e na eternidade.

Maria, verdadeira Mãe de Deus
Para que uma mulher possa dizer-se verdadeiramente mãe, é necessário que subministre à sua prole, por via de geração, uma natureza semelhante (ou seja, consubstancial) à sua.
Suposta esta óbvia noção da maternidade, não é tão difícil compreender-se de que modo a Virgem Santíssima possa ser chamada verdadeira Mãe de Cristo, tendo Ela subministrado a Cristo, por via de geração, uma natureza semelhante à sua, ou seja, a natureza humana.
A dificuldade surge, porém, quando se procura compreender de que modo a Virgem Santíssima pode ser chamada verdadeira Mãe de Deus, pois não se vê bem, à primeira vista, de que modo Deus possa ser aqui gerado. Não obstante isso, se se observar atentamente, as duas fórmulas: Mãe de Cristo e Mãe de Deus, se equivalem, pois significam a mesma realidade e são, por isso, perfeitamente sinônimas. Nossa Senhora, com efeito, não é denominada Mãe de Deus no sentido de que houvesse gerado a Divindade (ou seja, a natureza divina do Verbo) e sim no sentido de que gerou, segundo a humanidade, a divina pessoa do verbo.
O sujeito da geração e da filiação não é a natureza, mas a pessoa. Ora, a divina pessoa do Verbo foi unida à natureza humana, subministrada pela Virgem Santíssima, desde o primeiro instante da concepção; de modo que a natureza humana de Cristo não esteve jamais terminada, nem mesmo por um instante, pela personalidade humana, mas sempre subsistiu, desde o primeiro momento de sua existência, na pessoa divina do Verbo. Este e não outro é o verdadeiro conceito da maternidade divina, tal como foi definida pelo Concílio de Éfeso, em 431.
Em suma, "Maria concebeu realmente e deu à luz segundo a carne à pessoa divina de Cristo (única pessoa que há nEle), e, por conseguinte, é e deve ser chamada com toda propriedade Mãe de Deus.
Não importa que Maria não haja concebido a natureza divina enquanto tal (tampouco as outras mães concebem a alma de seus filhos), já que essa natureza divina subsiste no Verbo eternamente e é, por conseguinte, anterior à existência de Maria. Ela, porém, concebeu uma pessoa - como todas as demais mães -, e como essa pessoa, Jesus, não era humana, mas divina, segue-se logicamente que Maria concebeu segundo a carne a pessoa divina de Cristo, e é, portanto, real e verdadeiramente Mãe de Deus.

O testemunho da Escritura
Mae de Bom Conselho de Genazzano_.jpg
 Jamais teve alguém em seus braços tesouro
de igual valor: infinito...! Entretanto, quem foi mais
desejosa  do que Nossa Senhora de atrair outros
para compartilharem de Seu tesouro?


Mons. João Scognamiglio Clá Dias,
Mater Boni Consilii, p. 5)
A Sagrada Escritura nos diz explicitamente que a Virgem Santíssima é verdadeira Mãe de Jesus (Mt, II, 1; Lc. II, 37-48; Jo. II, 1; At. I, 14). Com efeito, Jesus nos é apresentado como concebido pela Virgem (Lc. I, 31) e nascido da Virgem (Lc. II, 7-12). Mas, Jesus é verdadeiro Deus, como resulta do seu próprio e explícito testemunho, pela fé apostólica da Igreja, pelo testemunho de São João, etc. Para se poder negar sua divindade, não há outro caminho senão rasgar todas as páginas do Novo Testamento.
Ora, se Maria é verdadeira Mãe de Jesus e Jesus é verdadeiro Deus, segue-se necessariamente que Maria é verdadeira Mãe de Deus.
São Paulo ensina explicitamente que, "chegada a plenitude dos tempos, Deus mandou seu Filho, feito de uma mulher" (Gal. IV, 4). Por estas palavras, manifesta-se claramente que Aquele que foi gerado ab aeterno pelo Pai é o mesmo que foi, depois, gerado no tempo pela Mãe; mas Aquele que foi geradoab aeterno pelo Pai é Deus, o Verbo. Portanto, também o que foi gerado no tempo pela Mãe é Deus, o Verbo.
Ainda mais clara e explícita, em seu vigor sintético, é a expressão de Santa Isabel. Respondendo à saudação que Maria lhe dirigira. Santa Isabel, inspirada pelo Espírito Santo, disse, cheia de admiração: "E como me é dado que a Mãe de meu Senhor venha a mim?" (Lc I, 43).
A expressão meu Senhor é, evidentemente, sinônimo de Deus, pois que, em seguida, Isabel acrescenta: "Cumprir-se-ão em Ti todas as coisas que te foram ditas da parte do Senhor", ou seja, da parte de Deus. Isabel, portanto, inspirada pelo Espírito Santo, proclamou explicitamente que Maria é verdadeira Mãe de Deus.

A voz da tradição
Toda a tradição cristã, a partir dos tempos apóstolicos, é uma proclamação contínua desta verdade mariológica fundamental. Nos dois primeiros séculos, os Padres ensinaram que Maria concebeu e deu à luz a Deus. No terceiro século, começa o uso do termo que se tornou clássico: Theotokos, ou seja, Mãe de Deus.
No século IV, mesmo antes do Concílio de Éfeso, a expressão Mãe de Deus se tornara tão comum entre os cristãos, que dava nos nervos do Imperador Juliano, o Apóstata, o qual se lamentava de os cristãos não se cansarem nunca de chamar a Maria de Mãe de Deus. João de Antioquia aconselhava a seu amigo Nestório para não insistir demasiado em negar este título, a fim de evitar tumulto do povo. O próprio Alexandre de Hierápolis, cognominado de outro Nestório, reconhecia que a expressão Mãe de Deus estava em uso entre os cristãos desde muito tempo.
A exultação mesma que os fiéis demonstraram, quando a maternidade divina foi definida solenemente como dogma de fé, comprova até à evidência quão profundamente na alma estava radicada essa verdade fundamental na alma daqueles antigos cristãos. Por isso, no sentir do Pe. Terrien, "as definições dos concílios não introduziram um novo dogma, mas foram antes a sanção oficial da fé da Igreja, motivada pelas sacrílegas negações dos inovadores." (Pequeno Ofício da Imaculada Conceição comentado, Monsenhor João Clá Dias, EP, Artpress, São Paulo,1997, p. 365 à 367).

Fonte: http://www.arautos.org/

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...