29 de nov. de 2014

Ano da paz, novo advento

A Igreja Católica decidiu, durante a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promover um Ano da Paz. Essa decisão importante fundamenta-se na urgência de unir esforços para transformar a realidade e lutar, incansavelmente, na promoção da paz, que é um dom de Deus, entregue aos homens e mulheres de boa vontade pelo Príncipe da Paz, Jesus Cristo, Salvador e Redentor.

Ao investir na promoção do Ano da Paz, a Igreja, a partir de sua tarefa missionária de anunciar Jesus Cristo e seu Reino, empenha-se e busca sensibilizar outros segmentos da sociedade para enfrentar a violência, que atinge de modo arrasador a vida, a dignidade humana e as culturas. Uma fonte de sofrimento que ameaça o futuro da humanidade, com graves consequências para diferentes povos e sociedades. Ao promover o Ano da Paz, a CNBB aciona a grande rede de comunidades de fé que forma a Igreja no Brasil para que, em parceria com outras instituições, seja cultivada uma consciência cidadã indispensável na construção de uma sociedade sem violência. Para isso, conforme ensina Jesus no Sermão da Montanha, é necessária a vivência de uma espiritualidade que capacite melhor os filhos de Deus, tornando-os construtores e promotores da paz.
Trata-se de um percurso longo a ser trilhado, uma dinâmica complexa a ser vivida, para que o coração humano torne-se coração da paz. O Papa Francisco, na sua Exortação Apostólica Alegria do Evangelho, sublinha que, enquanto não se eliminarem a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos, será impossível erradicar a violência que, venenosamente, consome vidas, mata sonhos e atrasa avanços.
A vivência do Ano da Paz é uma tarefa que deve ser assumida pelos homens e mulheres de boa vontade, empenhados no trabalho de contribuir para que cada pessoa se reconheça como um coração da paz. Esse serviço deve ser vivido de modo criativo, sem enrijecimentos ou complicações, valendo-se de estruturas, instituições, especialmente as educativas e os meios de comunicação. No exercício dessa tarefa, é preciso cultivar uma espiritualidade que determina rumos. Ao mesmo tempo, torna-se imprescindível exercitar a intrínseca dimensão política de nossa cidadania, lutar pelo estabelecimento de dinâmicas e processos que ajudem a avançar na erradicação dessa assombrosa e crescente onda de violência que se abate sobre nossa sociedade, provocada, de certo modo, pela mesquinhez que caracteriza o mundo atual.
A vivência do Ano da Paz, ainda que sem impactantes eventos, é a esperança de que as ações simples e cotidianas, de cada pessoa, podem provocar grandes mudanças, especialmente as culturais, que contribuem para a manutenção da violência. No Brasil, por exemplo, as estatísticas mostram que, anualmente, o número de homicídios é equivalente ao de guerras pelo mundo afora. Não se pode abrir mão de análises profundas com força sensibilizadora, capaz de despertar certa indignação sagrada e cidadã. Também são importantes os debates em congressos, seminários e outras modalidades, aproveitando oportunidades variadas para se falar do tema da violência e suas consequências, que acabam com tudo – inclusive com a possibilidade de se partilhar ocasiões festivas.
A ausência da paz inviabiliza, por exemplo, que os diferentes partilhem momentos de festa nos estádios de futebol, de modo saudável, alegre e fraterno. Infelizmente, prevalecem situações de selvageria nos estádios e nas ruas. A violência se faz presente também no ambiente das empresas, escritórios e, abominavelmente, no sacrossanto território da família, pela agressividade contra as mulheres. A ausência da paz nos lares, o desrespeito às mulheres, impede que crianças e jovens desfrutem do direito insubstituível de ter uma família, escola do amor e humanização.
Que o Ano da Paz comece sempre pelo exercício eficaz de se silenciar, em comunhão com os membros da própria família, nos escritórios, salas de aulas, nas igrejas, nas reuniões e em outros grupos. Um minuto de silêncio pode fazer diferença no cultivo da paz no próprio coração, tornando-o um coração da paz. Nesse caminho, cada pessoa se qualifica para atuações mais comprometidas na mudança de cenários, valorizando os pequenos gestos e as pequenas mudanças na construção da grande e urgente transformação cultural, um “passo a passo” para vencer a violência. Do tempo do Advento - preparação para o Natal deste ano - até a celebração do Natal em 2015, vamos vivenciar o Ano da Paz, oportunidade para cultivar uma densidade interior. Essa experiência permitirá a todos, no dia a dia, em diferentes oportunidades, com gestos e ações, contribuir para o novo advento, a paz entre nós.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Fonte: CNBB 2014 

Igreja em estado de advento

A Igreja realiza sua missão evangelizadora no tempo e no espaço que a Providência de Deus lhe concede. Compete a ela a busca contínua da fidelidade ao seu Senhor, pois a visibilidade dos sinais da graça de Deus lhe foi entregue, enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo. Seu Mistério Pascal de Morte e Ressurreição e o final dos tempos, quando virá para julgar os vivos e os mortos, são dois polos de tensão, com os quais buscamos a fidelidade ao Evangelho, praticando o amor a Deus e ao próximo, somos fermento de vida e esperança para o mundo e continuamos a anunciar o nome de Jesus Cristo, único e suficiente Salvador de todos os homens e mulheres que vierem a esta terra.
A sabedoria de Deus concedida à sua Igreja suscitou um caminho formativo amadurecido no correr dos séculos, o Ano Litúrgico, para manter viva esta tensão positiva, que gera testemunho de vida cristã e realização profunda para as pessoas. Tudo começou com o dia da Ressurreição, o Domingo, Páscoa semanal. A cada semana, tornar presente a Morte e a Ressurreição de Cristo, quando a Comunidade Cristã, reunida em torno da Palavra de Deus e da Mesa Eucarística, se edifica como Corpo de Cristo. À Eucaristia de Domingo os cristãos levam suas lutas e seus trabalhos, louvam ao Senhor e encontram o sustento para a fé, na vida quotidiana. As gerações que se sucederam começaram a celebrar anualmente a Páscoa do Senhor, hoje realizada de modo solene no que chamamos Tríduo Pascal, de quinta-feira santa ao cair da tarde até o Domingo de Páscoa, com seu ponto mais alto na grande Vigília Pascal. É Páscoa anual! Quando celebramos a Missa em qualquer tempo do ano, acontece a Páscoa diária. É o mesmo e único mistério de Cristo. Não fazemos teatro, mas realizamos a presença do Senhor, que entregou à Igreja a grande tarefa: “Fazei isto em memória de mim” (1 Cor 11, 24-25).
Como é grande o Mistério, o Ano Litúrgico veio a se compor pouco a pouco, contemplando anualmente todos os grandes eventos de nossa Salvação, enriquecendo com abundância de textos bíblicos as grandes celebrações, valorizando as orações que foram compostas e expressam a vivência da fé, recolhendo nos diversos ritos a grandeza da vida que o Senhor oferece. O Ano da Igreja, que começa no Primeiro domingo do Advento, em 2014 celebrado no dia 30 de novembro, tem dois grandes ciclos, o do Natal e o da Páscoa, com os quais somos pedagogicamente conduzidos a aperfeiçoar a vida cristã, de forma que o Senhor nos encontre, a cada ano, não girando em torno de um mesmo eixo, mas crescidos, como uma espiral que aponta para a eternidade, enquanto clamamos “Vem, Senhor Jesus”!
E o Tempo do Advento, que agora iniciamos, é justamente marcado pela virtude da esperança, que somos chamados a testemunhar e oferecer ao nosso mundo cansado, pois só em Jesus Cristo, única esperança, encontrará seu sentido e realização a vida humana. A Igreja nos propõe quatro semanas de intensa vida de oração e de exercício das virtudes. O primeiro olhar é para a vinda definitiva do Senhor, que um dia virá ao nosso encontro, cercado de glória e esplendor. É hora de refletir sobre a relatividade das coisas e preparar-nos para o encontro pessoal com o Senhor, quando nos chamar à sua presença. Em seguida, durante duas semanas a Igreja nos faz olhar para o tempo presente de nossa fé. Ouvimos o convite à conversão, somos levados a arrumar a casa de nossa vida para a grande presença do Senhor. Aquele que um dia virá, vem a nós nos dias de hoje. Para ajudar-nos, a Igreja apresenta duas figuras, que podem ser chamadas de “padrinhos” de Advento, o Profeta Isaías e São João Batista. Na última semana antes do Natal, aí, sim, nosso olhar se volta para Belém de Judá, Presépio, Pastores, Reis Magos. É a oportunidade para preparar a celebração do Natal. Quem nos toma pela mão na etapa final do Advento, para acompanhar os acontecimentos vividos em primeira pessoa, é a Virgem Santa Maria, Mãe de Deus e nossa. Daí a necessidade de corrigir com delicadeza nosso modo de viver este período. Maior do que o dia de Festa no Natal é a realidade do Senhor Jesus que virá, vem a nós e um dia veio! Torna-se vazia uma festa sem a presença daquele que é o coração da história humana, nosso Senhor Jesus Cristo.
Uma Igreja em estado de Advento é o que queremos oferecer-nos mutuamente e dar de presente ao nosso mundo. Estimulemos uns aos outros na vivência da esperança, certos da necessidade da redenção de Cristo, que nos diz “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Cresça nossa abertura, cheia de esperança, a Cristo e à sua Palavra Salvadora. Caiam todos os obstáculos e defesas, venha a graça da fidelidade ao Senhor. E a vida cristã não tenha receio de olhar para a eternidade, onde Cristo está sentado, à direita do Pai (Cf. Ef 1, 20-23). Temos uma eternidade inteira para viver na Comunhão com a Santíssima Trindade, os Anjos e os Santos. É nossa vocação e nosso ponto de chegada. Com esta luz, os cristãos são chamados a serem homens e mulheres capazes de iluminar com a esperança todos os recantos da humanidade. A graça da vocação cristã nos faça responsáveis pelo anúncio do Evangelho e pela salvação dos outros (Cf. Rm 8, 29). Ninguém fique desanimado, desde que encontre um cristão autêntico, mesmo que este saiba ser limitado, tantas vezes frágil e marcado pelo pecado, mas nunca derrotado.
As pessoas que tiverem contato com os cristãos neste período, descubram-nos rezando mais e rezando melhor. As Novenas de Natal, celebradas em grupos de famílias, são um excelente testemunho de vida de oração. Seja uma oração cheia de humildade, sinceridade, abertura maior para Deus e obediência às suas promessas.
E como falamos de esperança, temos o direito e o dever de sonhar com um mundo mais justo e fraterno. Queremos antecipá-lo, em estado de Advento, na experiência da caridade e da partilha dos bens. Em nossa Arquidiocese de Belém, realizamos durante o Advento o projeto “Belém, Casa do Pão”. Cresce a cada ano, ao lado do compromisso de nossas Paróquias, a adesão da sociedade ao nosso modo de comprometer as pessoas com a partilha dos bens, realizando a vocação que se encontra em nosso nome, Belém!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará (PA)

Fonte CNBB 

2014 

29/11 – São Francisco Antônio Fasani

santo antonio francisco fasaniO santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.
“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Jesus Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.
São Fasani apresenta-se nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.
Como Religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.
São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!
Fonte: Cléofas 

28 de nov. de 2014

Papa viaja a Turquia para defender diálogo e paz no Oriente Médio

A viagem pode ser considerada delicada, já que a Turquia, com 76 milhões de habitantes, tem 99% da população muçulmana e passa por um momento de tensão.


papa Francisco iniciou nesta sexta-feira uma viagem de três dias à Turquia para defender o diálogo entre as religiões e a paz no Oriente Médio, em um país que abriga dois milhões de refugiados, incluindo muitos cristãos do Iraque e da Síria.

A viagem começa por Ancara e prosseguirá em Istambul, onde o pontífice visitará o Museu de Santa Sofia e a Mesquita Azul, lugares emblemáticos para os muçulmanos, como fez em 2006 Bento XVI.

O motivo oficial da visita de Francisco é um encontro com Bartolomeu I, o patriarca ortodoxo ecumênico de Constantinopla, com o qual mantém laços de amizade, apesar de ser uma igreja separada de Roma desde o século XI.

Francisco, que tem grande popularidade entre católicos, judeus e muçulmanos, pretende mostrar com fatos que o diálogo é possível entre as religiões e que é possível trabalhar juntos pela paz.

A viagem pode ser considerada delicada, já que a Turquia, com 76 milhões de habitantes, tem 99% da população muçulmana e passa por um momento de tensão pelos conflitos no Iraque e na Síria, o que motivou confrontos internos entre curdos e turcos.

Espero que a viagem à Turquia "dê frutos de paz e de sincero diálogo entre religiões", desejou o papa na quarta-feira durante a audiência geral.

"Convido todos a rezar para que esta visita de Pedro ao irmão André dê frutos de paz, diálogo sincero entre as religiões e harmonia na nação turca", disse Francisco em referência aos fundadores da igreja Católica e da igreja do Oriente.

Francisco defenderá o respeito entre o cristianismo e o islã e pedirá uma maior cooperação entre católicos e ortodoxos, uma mensagem que espera que chegue também à Ucrânia.

A visita estará marcada por grandes medidas de segurança e não foram programados passeios de papamóvel.

O Papa desembarcou em Ancara, onde se encontrou com o presidente islamita moderado Recep Tayyip Erdogan em seu luxuoso palácio.

O pontífice visitou ainda o mausoléu de Kemal Ataturk, fundador em 1923 e primeiro presidente da moderna República da Turquia, após a queda do Império otomano ao fim da Primeira Guerra Mundial.

No sábado, dia 29, viaja a Istambul, onde percorrerá o Museu de Santa Sofia e a Mesquita Azul.

Depois celebrará uma missa na catedral católica do Espírito Santo e participará de uma oração com o patriarca ortodoxo de Constantinopla.

No domingo, Francisco participará da festa de Santo André na Igreja Patriarcal de São Jorge que terminará com a bênção ecumênica e a assinatura de uma declaração conjunta com o patriarca.

Na ocasião provavelmente lembrará a histórica visita de Paulo VI àTurquia em 1967, a primeira de um Papa a este país.

Como orar? 2° parte

Não importa se, em algum momento, eu for assaltado pelas distrações; o melhor é não lhes dar atenção e voltar serenamente à presença de Deus.
Assim, no silêncio da intimidade com Deus, permaneço todo o tempo possível, sabendo que, ainda que eu não sinta nada, Deus está transformando a minha vida.

Preciso procurar não me deixar vencer pela pressa ou pela vontade de terminar. A intimidade com Deus requer tempo, tempo suficiente para que o orvalho da sua presença me empape totalmente. Por isso, evito a pressa e o desejo de acabar, permanecendo em sua presença com a certeza de que, neste momento, isso é o mais importante.

5. Exame

Antes de terminar a oração, é conveniente analisar como foi meudiálogo com Deus. Primeiramente, vejo a maneira como realizei minha tarefa: se me coloquei na presença de Deus, se mantive o recolhimento interior, a atitude interior de escuta, se estive em oração o tempo suficiente etc.

Juntamente com esse exame, eu deveria colher o fruto da oração: a paz, a luz que recebi sobre algum aspecto em particular, alguma inspiração etc. Pode ser útil anotar esses frutos para lembrar depois.

6. Vida

Uma vez terminada a oração, não posso voltar à vida cotidiana como se deixasse uma atividade para começar outra que não tem nada a ver. É imprescindível levar à minha vida concreta a presença de Deus, a paz e a luz que vivi na oração.

Para isso, posso procurar não começar as atividades cotidianas de qualquer jeito, mas conservando esse eco da Palavra de Deus que deixei que me empapasse; atualizando e recordando com frequência o que vivi na oração, por meio de uma frase do Evangelho, uma jaculatória ou a simples lembrança do momento de oração.

Textos para orar

Para começar a orar: Escutai, Senhor, a voz de minha oração, tende piedade de mim e ouvi-me (Salmos 26,7).

Para sentir a presença do Senhor: Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo (Mateus 28,20).

Para chegar ao Pai: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14,6).

Para reconhecer-me amado por Cristo: Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gálatas 2,20).

Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos (João 15,9.13).

Para ter paz: Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! (João 14,27).

Para chegar a Jesus: Mas tudo isso, que para mim eram vantagens, considerei perda por Cristo. Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo e estar com ele (Filipenses 3,7-8).

Para sentir o chamado do Senhor: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína? (Lucas 9,23-25)

Para pedir com confiança:  Eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á (Lucas 11,9).

Para pedir a salvação: Estando ele numa cidade, apareceu um homem cheio de lepra. Vendo Jesus, lançou-se com o rosto por terra e lhe suplicou: Senhor, se queres, podes limpar-me. Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero; sê purificado! No mesmo instante desapareceu dele a lepra (Lucas 5,12-13).

Fontes ARQUIDIOCESE DE MADRI e ALETEIA


Carta do Papa Francisco aos consagrados e consagradas

28/11/14

Na carta o Papa Francisco, partindo das indicações contidas na Exortação Apostólica sobre a Vida Consagrada de S. João Paulo II, elenca três objectivos prioritários para a celebração deste novo Ano da Vida Consgrada: antes de mais a necessidade de “olhar para o passado com espírito de gratidão” por forma a fazer permencer viva a própria identidade sem nunca fechar os olhos perante as incoerências, frutos da fraqueza humana, mas também fruto do oblio de alguns aspectos essenciais do carisma da vida consagrada.
O Segundo objectivo indicado pelo Papa Francisco é a “necessidade de viver o presente com paixão” vivendo plenamente o Evangelho no espírito de comunhão. Finalmente, o terceiro obectivo consiste em “abraçar o futuro com esperança” sem nunca deixar-se desencorajar pelas inúmeras dificuldades que afetam a vida consagrada, a começar pela crise das vocações. Neste sentido, advertiu o Santo Padre, dirigindo-se de modo particular aos mais jóvens, “não cedais à tentação dos números  e da eficiência, nem tão pouco à tentação de confiar esclusivamente nas vossas experiências pessoais”.
A fantasia da caridade, escreve ainda o Papa Farncisco, não conhece limites e precisa de entusiasmo para levar o Evangelho às culturas e aos diversos âmbitos sociais. Saber transmitir a alegria  e a felicidade da fé vivida na comunidade, faz crescer a capacidade de atração da Igreja. Neste sentido, recordou o Santo Padre, é o testemunho do amor fraterno, da solidariedade e da partilha a conferir um valor à Igreja. Essa mesma Igreja que deve ser a “mó” ou “laboratório” dos profetas que como tais devem ser capazes de discernir a história na qual vivem e de interpretar os eventos, denunciando o mal, o pecado e as injustiças.
A expetativa, não é portanto, segundo o Papa Francisco,  manter vivas as utopias, mas sim saber criar “outros lugares” nos quais poder viver segundo a lógica do Evangélica do dom, da fraternidade, da diversidade e do amor recíproco. Neste sentido, recorda o Papa Francisco, o lugar ideal para que tudo isso possa ser realizado permanecem os Institutos de vida consagrada a que cada um pertence e que não devem ser transformados numa realidade isolada, numa espécie de ilha.
Neste sentido o Papa Francisco faz votos para que este ano da Vida Consagrada possa ser uma ocasião propícia para se estabelecer uma maior e renovada colaboração entre as diferentes comunidades de vida consagrada e mesmo entre Igrejas diferentes, no acolhimento dos emigrantes, dos refugiados, na cura dos pobres, no anúncio do Evangelho e na iniciação à vida da oração.
Nesta carta aos consagrados e consagradas, o Papa Francisco evoca também o papel importante dos leigos, que juntamente aos consagrados partilham os ideais, o espírito e a missão da Igreja. Neste sentido o Santo Padre exorta os seus irmãos no episcopado a serem solícitos na promoção dos diversos carismas, sustentando, animando e ajudando no discernimento por forma a fazer resplandecer a beleza e a santidade da vida consagrada na Igreja nas respetivas comunidades.    
Fonte:http://pt.radiovaticana.va/

Muçulmanos, judeus e cristãos "irmãos e companheiros": Papa no encontro com autoridades turcas

28/11/14

Muçulmanos, judeus e cristãos reconheçam-se como “irmãos e companheiros de viagem” e assumam o “compromisso de construir uma paz sólida”. Há que “renovar sempre a coragem da paz”! É urgente promover o “diálogo inter-religioso e intercultural, a fim de banir toda a forma de fundamentalismo e de terrorismo”. “Ao fanatismo e ao fundamentalismo, às fobias irracionais que incentivam incompreensões e discriminações, é preciso contrapor a solidariedade de todos os crentes”.
    Estas as afirmações fundamentais da primeira intervenção do Papa em terras turcas, no encontro com as autoridades do país. O Santo Padre congratulou-se com a oportunidade que de prosseguir nesta visita “um diálogo de amizade, estima e respeito”, na senda traçada pelos antecessores, Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI; diálogo aliás preparado e favorecido pela acção do então Delegado Apostólico Mons. Ângelo Roncalli, mais tarde João XXIII, e pelo Concílio Vaticano II.
O Papa recordou a necessidade de “prosseguir, com paciência, o compromisso de construir uma paz sólida, assente no respeito pelos direitos fundamentais e deveres ligados com a dignidade do homem”. Só assim se poderão “superar preconceitos e falsos temores”.
Para isso, é fundamental que os cidadãos muçulmanos, judeus e cristãos … gozem dos mesmos direitos e respeitem os mesmos deveres. Assim, hão-de mais facilmente reconhecer-se como irmãos e companheiros de viagem, afastando cada vez mais as incompreensões e favorecendo a colaboração e o acordo.
Referindo-se em particular ao Médio Oriente, “há demasiado tempo teatro de guerras fratricidas, que parecem nascer uma da outra, como se a única resposta possível à guerra e à violência tivesse de ser sempre uma nova guerra e outra violencia”, exclamou o Papa:
Quanto tempo deverá sofrer ainda o Médio Oriente por causa da falta de paz? Não podemos resignar-nos com a continuação dos conflitos, como se não fosse possível mudar a situação para melhor! Com a ajuda de Deus, podemos e devemos sempre renovar a coragem da paz! 
Uma importante contribuição nesse sentido – considerou o Papa – “pode vir do diálogo inter-religioso e intercultural, a fim de banir toda a forma de fundamentalismo e de terrorismo, que humilha gravemente a dignidade de todos os seres humanos e instrumentaliza a religião”.
Ao fanatismo e ao fundamentalismo, às fobias irracionais que incentivam incompreensões e discriminações, é preciso contrapor a solidariedade de todos os crentes – que tenha como pilares o respeito pela vida humana, pela liberdade religiosa, que é liberdade do culto e liberdade de viver segundo a ética religiosa –, o esforço por garantir a todos o necessário para uma vida digna, e o cuidado do meio ambiente. 
Referindo expresamente os “graves conflitos” que afetam a Síria e o Iraque – onde “a violência terrorista não dá sinais de diminuir”, Papa Francisco recordou as perseguições de que são vítimas nomeadamente os cristãos destas terras:
Regista-se a violação das normas humanitárias mais elementares contra prisioneiros e grupos étnicos inteiros; verificaram-se, e continuam ainda, graves perseguições contra grupos minoritários, especialmente – mas não só – cristãos e yazidis: centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas e a sua pátria, para poderem salvar a sua vida e manter-se fiéis ao próprio credo.
Especialmente tocada por esta situação a Turquia, que acolhe tão grande número de refugiados. A comunidade internacional tem a obrigação moral de a ajudar a cuidar dos refugiados. Juntamente com a assistência humanitária necessária, não se pode permanecer indiferente àquilo que provocou estas tragédias. Se “é lícito deter o injusto agressor – sempre no respeito pelo direito internacional – não se pode contudo confiar a resolução do problema somente à resposta militar” – advertiu o Papa .
Que o Altíssimo abençoe e proteja a Turquia e a ajude a ser uma válida e convicta artífice de paz!
(Texto integral do discurso do Papa na secção Documentos e Mensagens)
    Concluído há pouco o encontro com as Autoridades turcas, no Palácio presidencial, o Santo Padre teve um breve coloquio com o primeiro ministro, Ahmed Davutoglu. O Papa Francisco desloca-se seguidamente ao Departamento para as Questões Religiosas, onde pronunciará o segundo discurso desta viagem, último momento público do programa de hoje.
Amanhã, sábado, a transferência para Istambul, com o encontro com a pequena comunidade católica da Turquia e, sobretudo, com o Patriarca Ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu I, com o qual celebrará, domingo, a festa de Santo André, patrono do patriarcado ecuménico.
Esta viagem coloca-se no âmbito de anteriores visitas dos Bispos de Roma, sempre ligadas à relação especialíssima com o Patriarcado de Constantinopla. Começou Paulo VI, em 1967, seguindo-se-lhe João Paulo II, em 1979, e Bento XVI em 2006. Antes ainda, como figura tutelar que preparou o terreno a um clima cordial de diálogo ecuménico e mesmo inter-religioso, há que recordar Angelo Roncali, depois Papa João XXIII, que ao longo de dez anos foi Delegado Apostólico na Turquia e na Grécia, deixando a sua marca de respeito por todos e de amizade e testemunho cristão.
O encontro com o Patriarca Bartolomeu, em Istambul, sábado à tarde e domingo de manhã, culminará com a assinatura de uma Declaração conjunta e a bênção final da varanda do Palácio patriarcal, após a Divina Liturgia da festa de Santo André, celebrada pelo Patriarca na presença do Papa. Embora desde há muito reinem boas relações eclesiais entre Roma e Constantinopla, é de sublinhar a especial cordialidade e amizade pessoal que se estabeleceu desde o primeiro momento entre o Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu.
Fonte:http://pt.radiovaticana.va/

Papa Francisco no Diyanet: denunciar e servir pelo diálogo inter-religioso

28/11/14

O primeiro dia da Visita do Papa Francisco à Turquia na tarde desta sexta-feira teve como ponto alto um encontro inter-religioso no Diyanet que é o Departamento dos Assuntos Religiosos da Turquia. Na ocasião o Santo Padre salientou que “as boas relações e o diálogo entre líderes religiosos revestem-se de grande importância. Constituem uma mensagem clara dirigida às respetivas comunidades” pois vivemos “num tempo de crises” em particular em algumas áreas do mundo onde acontecem “verdadeiros dramas para populações inteiras.” “Guerras que semeiam vítimas e destruições, tensões e conflitos interétnicos e inter-religiosos, fome e pobreza…” – declarou o Papa Francisco referindo-se às centenas de milhões de vítimas.
“Verdadeiramente trágica é a situação no Médio Oriente, especialmente no Iraque e na Síria. Todos sofrem com as consequências dos conflitos, e a situação humanitária é angustiante. Penso em tantas crianças, nos sofrimentos de tantas mães, nos idosos, nos deslocados e refugiados, nas violências de todo o gênero.”
O Papa Francisco considerou particularmente preocupante a ação de um “grupo extremista e fundamentalista” que está a fazer sofrer comunidades inteiras “especialmente de cristãos e yazidis” e não só, “por causa da sua identidade étnica e religiosa”.
“Foram expulsos à força das suas casas, tiveram de abandonar tudo para salvar a sua vida e não renegar a fé. A violência abateu-se também sobre edifícios sagrados, monumentos, símbolos religiosos e o património cultural, como se quisessem apagar todo o vestígio, qualquer memória do outro.”
O Santo Padre afirmou então que a responsabilidade dos chefes religiosos é a de “denunciar todas as violações da dignidade e dos direitos humanos”. O Papa Francisco considerou ainda que “a denúncia deve ser acompanhada pelo trabalho comum para se encontrarem soluções adequadas. Isto requer a colaboração de todas as partes: governos, líderes políticos e religiosos, representantes da sociedade civil e todos os homens e mulheres de boa vontade.”
Citando S. João Paulo II no discurso proferido à comunidade católica de Ancara em 1979 o Papa Francisco afirmou que: “Reconhecer e desenvolver esta convergência espiritual – através do diálogo inter-religioso – ajuda-nos também a promover e defender, na sociedade, os valores morais, a paz e a liberdade”. Neste particular o Santo Padre citou o exemplo do povo turco:
“A este respeito, queria exprimir o meu apreço por quanto está a fazer o povo turco inteiro, muçulmanos e cristãos, pelas centenas de milhares de pessoas que fogem dos seus países por causa dos conflitos. São dois milhões -isto é um exemplo concreto de como trabalhar em conjunto para servir os outros, um exemplo que deve ser incentivado e apoiado.”
No final do seu discurso o Papa Francisco declarou a sua satisfação a propósito das boas relações e da cooperação entre o Diyanet e o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso fazendo votos para que continuem e se consolidem como autêntico sinal de esperança para um mundo tão necessitado de paz, segurança e prosperidade. (RS)
Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

28 Nov São Tiago da Marca, dedicou sua vida para a causa do Evangelho

São Tiago da MarcaO santo de hoje morreu dizendo “Jesus, Maria, bendita Paixão de Jesus”, isto porque sua vida toda foi dedicada para a causa do Evangelho. Tiago da Marca nasceu no ano 1391 numa aldeia da Marca de Ancona, Itália. Recebeu no Batismo o nome de Domingos. Tendo morrido seu pai e sua mãe, ficou aos cuidados de um homem rico que o encaminhou para trabalhos administrativos. Desta forma, São Tiago conheceu a iniquidade do mundo, tomando a decisão de se retirar para um convento.
Quando despertou para a vocação à vida Consagrada, São Tiago pensou em entrar para os Cartuxos, mas ao viajar para Babiena, na Toscana, ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis. Recebeu o hábito, tomando o nome de Tiago, no Convento de Nossa Senhora dos Anjos, perto de Assis, onde, pouco tempo depois, fez profissão.
Dormia apenas três horas por noite; e passava o restante da noite na meditação das coisas celestes. Nunca comia carne, jejuava inviolavelmente as sete quaresmas de S. Francisco. Todos os dias se disciplinava com rigor. A única pena que sentia era não poder dedicar-se à pregação, único emprego que desejava na sua Ordem. Para conseguir o que tanto desejava, foi a Nossa Senhora do Loreto, celebrou a Santa Missa e, depois da consagração, a Santíssima Virgem apareceu-lhe a dizer que a sua oração tinha sido ouvida.
Começou a pregar com tanto fervor que nunca subia ao púlpito sem tocar os corações mais endurecidos, fazendo muitas conversões miraculosas. Foi associado a São João Capistrano para pregar a Cruzada contra os turcos que, tendo-se apoderado de Constantinopla, enchiam de terror toda a cristandade. Foi tal o seu zelo por esta ocasião que se lhe pode atribuir em grande parte o sucesso desta gloriosa empreitada.
Como sacerdote dedicou-se nas pregações populares onde, de modo simples, vivo e eficaz, evangelizava e espalhava a Sã Doutrina Católica em diversas regiões da Europa. São Tiago anunciava, mas também denunciava toda opressão social, pois os negociantes e mercadores tiranizavam o povo com empréstimos de juros sem fim, por causa disso o santo fundou os bancos populares que emprestavam com juros mínimos. Por fim, São Tiago se instalou em Nápoles onde teve a revelação que aí terminaria seus dias, como de fato aconteceu a 28 de novembro de 1476, isto depois de ser atingido por uma doença mortal. Foi canonizado em 1726 pelo Papa Bento XIII.
São Tiago da Marca, rogai por nós!
Canção Nova 

Qual o caminho para as surpresas de Deus?

Muitos caminham, mas nem todos percebem as delicadezas e as surpresas de Deus em seu caminhar
Todo caminho é uma ponte que nos liga ao próximo. Caminhar é preciso, porém há de se ter o cuidado necessário para contornar as pedras sem se ferir. É preciso a delicadeza de alma para contemplar as belezas da vida sem se perder de si mesmo. Cada passo é sempre uma oportunidade de fazermos do hoje o mais belo dia de se viver.
O caminho para as surpresas de Deus - 940x500
Muitos caminham, mas nem todos percebem as delicadezas e as surpresas de Deus em seu caminhar. Vivemos em uma sociedade altamente veloz. Tudo é muito rápido e, ao mesmo tempo, líquido. Estabelecemos relações de amizade que se desfazem com um clique. A vida está passando por nós e com ela os recados de Deus que se perdem em nosso tumultuado caminhar. É tempo de pararmos de correr e seguir a vida sem fazer do tempo o nosso inimigo.
Na maratona da vida, é necessário cultivarmos a delicadeza interior de parar para descobrirmos os recados de Deus. Há cada instante de nosso caminhar, o Senhor fala conosco. No entanto, é preciso que estejamos com o coração livre e aberto para acolhermos esta voz que se comunica conosco no cotidiano da vida.
Em cada acontecimento: alegre ou triste, trágico ou glorioso, Deus tem um recado para nós. Sábio será aquele que acolher com sensibilidade o sopro do Espírito Santo em seu coração. Como uma brisa suave, a voz de Deus chega mansamente à nossa alma. Longe do tumulto da vida, Ele se manifesta no silêncio da oração.
Não pensemos descobrir as surpresas de Deus em meio às agitações da vida. Será preciso redescobrirmos em nosso caminhar o tempo da oração. Colocar-se na presença do Senhor, despoluir a alma das agitações supérfluas e acolher o divino mensageiro que com Seu sopro de amor traz a voz serena e mansa de um Deus que se comunica sem pressa, mas no tempo que lhe oferecemos.
O caminho para as surpresas de Deus é fruto do silêncio que se alimenta de nossos tempos de oração. Parar um pouco e descansar a vida em Deus é deixar que Ele se revele a nós na serenidade por onde nossos passos estão a caminhar.
Ouvir a voz de Deus é descobrir no ordinário da vida o extraordinário. É contemplarmos a flor daquele jardim que floresce sem aplausos, mas louva o Senhor pela sua delicadeza e beleza escondida das multidões que passam todos os dias por ela. É fazermos de nossos pequenos gestos uma oportunidade para a prática do bem. É compartilhar amor em gestos concretos, que não necessitam de curtidas e comentários no mundo virtual. É sermos um com toda a beleza da vida que revela em cada momento a sempre nova surpresa de sermos amador por Deus.
Enquanto a nossa vida não recuperar o tempo como espaço para a manifestação de Deus, continuaremos a buscar a Sua presença em quintais sem vida e caminhos sem chegada.
Por 

Padre Flávio Sobreiro

Fonte: Canção Nova 

Como orar? 1° Parte

Sugestões práticas para começar a dialogar com Deus e um guia com passagens bíblicas para cada momento da vida. 


oração é algo simples, tão simples como respirar. É a respiração da alma. Não precisa de muita preparação. Certamente, a oração vocal (Pai-Nosso, Ave-Maria etc.) é uma forma de orar, mas só tem seu verdadeiro sentido quando serve para nos levar a uma oração interior e profunda ou é expressão dela.

1. Preparo meu coração para orar

O mais importante é a atitude de busca de Deus e o silêncio interior, que é um pouco difícil, porque estamos cheios de barulho; mas é imprescindível para entrar em oração.

Para começar, tento deixar de lado as preocupações, angústias, estresse, inquietudes etc., para ir percebendo que estou com o Senhor, quem me escuta e fala comigo. E, nesse momento, isso é o mais importante e o único que conta.

Dirijo um olhar ao sacrário, onde Jesus está presente, ou ao crucifixo; e digo ao Senhor que Ele está aqui, junto a mim, amando-me, escutando-me, acolhendo-me. É muito bom entrar na experiência de que Deus me ama, sabendo que é algo delicado (não difícil), porque é mais fácil amar que deixar-nos amar.

Reconheço minhas dificuldades, problemas, misérias e pecados – não para ficar só pensando nisso, mas para tomar consciência da minha pobreza. Sei que não posso me encontrar com Deus sendo tão pobre assim, mas confio na sua graça. Coloco nas suas mãos tudo o que sou e tenho e me abandono em sua misericórdia. Peço ao Espírito Santo que me ajude a orar, porque sou fraco (cf. Romanos 8, 23).

2. Leitura da Palavra de Deus

Pego um texto da Bíblia, de preferência dos Evangelhos, das cartas de São Paulo, dos Salmos ou dos profetas. Talvez o mais simples seja ler alguma das leituras da missa do dia, especialmente do Evangelho.

Sou consciente de que não se trata de qualquer leitura: esse livro é muito diferente de qualquer outro; as palavras que contém são Palavra de Deus, a palavra que Deus dirige à Igreja e a mim, neste momento.

Não preciso correr. Faço uma leitura serena, sem pressa. O importante não é ler muito, mas mergulhar no que leio, chegando a descobrir o que Deus quer me dizer.

Depois de ler algumas frases, convém voltar a lê-las várias vezes, como se quiséssemos memorizá-las.

Mantendo sempre a paz interior, vamos prestando atenção no mais importante do que lemos: talvez uma expressão, ou até uma simples palavra. Repetimos isso muito devagar, para guardar no coração, tentando captar todo o mistério que possui e que mal consigo vislumbrar nesse momento. Vou descobrindo então o que o Senhor me diz.

Se não tenho a Bíblia ou um missal à mão, posso utilizar algum dos textos que aparecem no final deste artigo, procurando prestar atenção em apenas um deles.

3. Meditação

Pouco a pouco, vai permanecendo no meu coração uma espécie de eco da palavra que li e captei. Tento acolhê-la para descobrir o que o Senhor me diz. Para isso, procuro imaginar o que o Senhor sente e como agiria no meu lugar. Tento encontrar o eco concreto que sua Palavra tem na minha vida, evitando moralizar ou fazer propósitos agora, procurando sintonizar meus sentimentos e atitudes com os do Senhor.

Em clima de paz interior, tento responder à Palavra sobre a qual medito. É o momento de ver o que quero dizer ao Senhor. Entramos em um verdadeiro diálogo interior que tem de ir se realizando com poucas palavras, na intimidade da comunicação de coração a coração.

4. Contemplação

Cada vez vai havendo mais silêncio, até que me encontro, com tudo o que sou e tenho, diante do Senhor. A Palavra de Deus, que li e sobre a qual meditei, fica como um eco que ressoa no coração. Tudo vai ficando em silêncio, e esse eco vai se gravando no meu interior, como orvalho suave que empapa a terra. Vou me deixando empapar por Deus, sempre em paz e silêncio.

Fontes: Arquidiocese de Madri e Aleteia 

27 de nov. de 2014

Homilia matutina: "A pior corrupção é a mundanidade"

2014-11-27 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Mesmo em meio às dificuldades o cristão não cede à depressão. Este foi o centro da homilia do Papa na missa celebrada na manhã desta quinta-feira, 27/141, na Casa Santa Marta. Francisco advertiu que a corrupção e a distração nos afastam do encontro com o Senhor.
Babilônia e Jerusalém: Estas duas cidades, citadas no Apocalipse e no Evangelho de São Lucas, atraem a nossa atenção para o fim deste mundo. O Papa meditou sobre “a ruína destas duas cidades que não acolheram o Senhor”. Elas caíram por motivos diferentes: Babilônia é o símbolo do mal, do pecado, caiu por causa da corrupção, porque se sentia dona do mundo e de si mesma. “E quando se acumulam pecados, perde-se a capacidade de reagir e começa-se a apodrecer”. “O mesmo acontece com as pessoas corruptas, que não têm força para reagir”:
“A corrupção dá alguma felicidade, dá poder e faz você se sentir satisfeito de si mesmo: não deixa espaço para o Senhor, para a conversão... a cidade corrupta... esta palavra, ‘corrupção’, hoje nos diz muito: não só corrupção econômica, mas corrupção com muitos pecados: com o espírito pagão, com o espírito mundano. A pior corrupção é o espírito da mundanidade”. 
Esta “cultura corrupta”, acrescentou, “faz com que nos sintamos aqui como se estivéssemos no Paraíso: plenos, abundantes”, mas “ por dentro essa cultura corrupta é uma cultura podre”. No símbolo dessa Babilônia, disse ainda Francisco, “está toda sociedade, toda cultura, toda pessoa distante de Deus, distante também do amor ao próximo, que acaba por apodrecer”. Jerusalém, prosseguiu, “cai por outro motivo”. Jerusalém é a esposa do Senhor, mas não percebe a visita do Esposo, “fazendo com que o Senhor chorasse”:
“Babilônia cai por corrupção; Jerusalém, por distração, por não receber o Senhor que vem salvá-la. Não sentia a necessidade de salvação. Tinha os escrituras dos profetas, de Moisés e isso era lhe era suficiente. Mas era escrituras fechados! Não deixavam lugar para a salvação: tinha a porta fechada para o Senhor! O Senhor batia à porta, mas não havia disponibilidade para recebê-lo, ouvi-lo, deixar-se salvar por Ele. E cai…”
Estes dois exemplos, observou, “podem nos ajudar a pensar na nossa vida”: somos parecidos com “a Babilônia corrupta e autossuficiente” ou com “distraída” Jerusalém? Todavia, destacou o Papa, “a mensagem da Igreja não acaba com a destruição: nos dois textos, há uma promessa de esperança”. Jesus nos exorta a levantar a cabeça, a não deixar-se assustar pelos pagãos. Eles têm seu tempo e devemos ampará-los com paciência, como fez o Senhor com a sua Paixão”:
“Quando pensamos no fim, com todos os nossos pecados, com toda a nossa história, pensamos no banquete que gratuitamente nos será dado e levantamos a cabeça. Nada de depressão: esperança! Mas a realidade é má: há muitos, muitos povos, cidades e pessoas que sofrem; tantas guerras, tanto ódio, inveja, mundanidade espiritual e corrupção. Sim, é verdade! Tudo isso ruirá! Mas peçamos ao Senhor a graça de estarmos preparados para o banquete que nos espera, com a cabeça sempre erguida”. (BF/CM)
(from Vatican Radio)

Papa à família Paulina: levar o Evangelho com amor e gratuidade

2014-11-27 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu em audiência, na manhã desta quinta-feira, 27/11, milhares de peregrinos daFamília Paulina que vieram ao Vaticano para celebrar os 100 anos de fundação da comunidade.
Francisco destacou a gratuidade com a qual se deve comunicar o Evangelho “aos tantos que ainda esperam a chegada da Palavra”: é preciso comunicar com “gratuidade, não fazer negócios. Gratuidade. A alegria do dom recebido por amor puro se comunica com amor. Gratuidade e amor”, reiterou o Papa. Com estas palavras, Francisco encorajou a Família Paulina para que prossiga no “caminho aberto por Dom Alberione...levando o Evangelho àqueles que ainda não conhecem o Cristo ou sempre o refutaram”.  
A partir desta perspectiva de esperança as pessoas consagradas são testemunhas especiais, sobretudo com um estilo de vida marcado pela alegria. A presença dos religiosos e consagrados é sinal desta alegria, disse o Papa, ao exortar os participantes a realizar um “trabalho cujo zelo apostólico deve estar pleno do amor pela unidade sem que jamais favoreça conflitos, sem que imite aqueles meios de comunicação que fazem espetáculo dos conflitos e promovem escândalo nas almas”. E concluiu: é preciso “favorecer sempre a unidade da Igreja, a unidade que o Cristo pediu ao Pai como dom para a sua Esposa”.
Ao finalizar o seu discurso, o Papa pediu que a Família “testemunhe o Evangelho com a própria vida” neste período no qual a missão é chamada a promover uma incessante conversão pessoal e comunitária. “Somente os corações completamente abertos à ação da Graça terão a capacidade de interpretar o sinal dos tempos e escutar os apelos da humanidade que tanto necessita de esperança e paz”. (RB)
http://www.news.va/

26 de nov. de 2014

A História

No dia 18 de julho de 1830, Catarina Labouré  – Irmã Catarina, uma religiosa de 24 anos no convento das Filhas da Caridade Vicentinas, fundada por São Vicente de Paulo, é acordada por um anjo, que a convida para ir até a capela do convento, a Capela da Comunidade, na rua du Bac, Paris, pois Maria a esperava. Na capela toda iluminada, Nossa Senhora aparece e senta-se em uma cadeira. Catarina ajoelha-se e coloca as mãos em seus joelhos e ouve a Senhora anunciar os acontecimentos que viriam sobre o mundo e a França.
No dia 27 de novembro do mesmo ano, Catarina tem outra visão de Mãe Maria. Vestida de branco, apoiava-se numa metade de globo e pisava uma serpente. Seu rosto é todo beleza. Inesperadamente em seus dedos, surgem anéis com pedras preciosas que emitem raios mais brilhantes uns que os outros e se vão alargando, à medida que descem. Maria baixa os olhos para a terra e estende os braços para o globo em que pisa.
A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. Maria disse: “Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem”.
Maria lhe pede para cunhar uma medalha igual à que lhe apresentava. Na Medalha, Nossa Senhora está sobre o globo terrestre, esmagando com os pés a cabeça de uma serpente. As mãos estendidas projetam feixes de luz, símbolo das graças que quer derramar sobre seus filhos. Em torno da Virgem há a inscrição:
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
No verso da Medalha, está o monograma de Maria, em cima uma cruz e em baixo dois corações: o de Jesus cercado por espinhos, o de Maria transpassado por uma espada. Em torno, uma coroa de 12 (doze) estrelas. E Maria disse:
A quem usar com fé e devoção esta medalha, muitas graças Eu concederei.
As palavras de Maria foram: “Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a usarem, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança”.
Muitos milagres, prodígios e curas de  doentes foram feitas por essa Medalha bendita e o povo cristão deu-lhe o título de Milagrosa. Ela é um rico presente que Maria Imaculada quis oferecer ao mundo no século XIX, como penhor dos seus carinhos e bênçãos maternais.
Por ocasião da morte de Catarina Labouré, em 1876, dois milhões de medalhas já haviam sido cunhadas. Depois de sua morte, seu corpo permanece incorrupto e encontra-se exposto na Capela de Notre Dame, na França.
Prodígios e propagação da Medalha Milagrosa
Quando iam ser cunhadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingia Paris. O flagelo se manifestou em 26 de março de 1832 e se estendeu até meados do ano.  No dia 1 de abril, faleceram 79 pessoas; no dia 2, 168; no dia seguinte, 216, e assim foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no dia 9. No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente; na realidade, esse número foi maior, dado que as estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os números para evitar a intensificação do pânico popular.
No dia 30 de junho, foram entregues as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas à Casa Vachette, e as religiosas Filhas da­ Caridade começaram a distribuí-las entre os flagelados. Na mesma hora refluiu a peste e começaram, em série, os prodígios de conversão, proteção e cura, que em poucos anos tornaram a Medalha Milagrosa mundialmente conhecida.
Catarina também tinha o dom da profecia, e uma das suas profecias, ainda não realizada, refere-se ao grande triunfo de Nossa Senhora: “Oh que maravilha será ouvir: “Maria é a Rainha do universo. Será uma época de paz, gozo e bênçãos, que durará por um tempo bastante longo”.
Em vários países, as pessoas fazem novenas durante o mês de novembro, preparando-se para o dia 27 de novembro.
Fonte: http://catolicos.vialumina.com.br/

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...