4 de out. de 2014

04 0ut São Francisco de Assis, o santo que desposou a pobreza

São Francisco de Assis
Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.
Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.
Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.
Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.
Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.
São Francisco de Assis, rogai por nós!
Canção Nova 

Qual era a relação entre Maria e José?

O noivado, na época bíblica, representava um acordo que tinha inclusive mais peso legal que o próprio casamento.


Maria Santíssima e São José eram noivos e só foram morar juntos após o casamento. São um exemplo para os noivos da nossa sociedade.
 
De fato, a Virgem Maria manteve sua virgindade inclusive durante sua vida matrimonial: “José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus” (Mateus 1, 24-25)
 
Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo” (Mateus 1, 18-20).
 
Segundo a cultura judaica, José e Maria ainda não haviam se casado e, por conseguinte, não moravam juntos quando Maria engravidou de Jesus.
 
O Evangelho explica que Maria estava desposada com José. Mas o que isso significa?
 
Ainda que a palavra “desponsório” hoje signifique compromisso matrimonial (ou o noivado, a petição da mão), na época bíblica representava um acordo que tinha inclusive mais peso legal que umcasamento.
 
Normalmente, os pais organizavam os casamentos, e era seu dever buscar o melhor cônjuge para seus filhos. Isso incluía a escolha da noiva; portanto, o amor não era a base para o casamento.
 
casamento era uma aliança ou acordo entre os chefes das duas famílias. Quando se completava o acordo, o casal estava comprometido e se realizava a cerimônia de compromisso formal, na qual o pai da noiva dava seu consentimento, dizendo ao genro, como Saul disse a Davi: “Hoje serás meu genro” (1 Samuel 18, 21).
 
O rito do desponsório era realizado um ano antes do casamento propriamente dito. O casal comprometido já era considerado como marido e mulher; é por isso que o evangelista São Mateus os chama de “esposo” e “esposa”. Esperava-se que os noivos fossem fiéis ao longo desse ano de compromisso.

Fonte: Aleteia 

É verdade que o Papa Inocêncio III sonhou com São Francisco na véspera de sua apresentação?

Na véspera de São Francisco se apresentar ao Papa Inocêncio III com seus doze frades para pedir autorização para pregar, o Papa sonhou que a sua Basílica do Latrão, Catedral do Papa em Roma, igreja-mãe da Igreja, estava caindo, e um monge como São Francisco a sustentava para não cair. Disse a São Francisco: “Na verdade, é por meio desse homem piedoso e santo que a Igreja de Deus será restabelecida nas suas bases!” Desceu do seu trono, abraçou o pobre Francisco e dirigindo-se a seu pequeno número de discípulos, disse: “Ide com Deus, meus irmãos, e pregai a penitência segundo a inspiração do Senhor. E, quando o Todo-Poderoso vos tiver feito crescer, voltai a procurar-me e eu vos concederei então, muito mais do que hoje”. (DR, vol. III, pg.1645).

3 de out. de 2014

Francisco: a salvação está em Jesus, e não nos preceitos criados pelos homens

2014-10-03 


Cidade do Vaticano (RV) – O único desejo de Deus é salvar a humanidade, mas o problema é que, com frequência, o homem quer ditar as regras da salvação: a este dilema o Papa dedicou a homilia da missa que presidiu esta manhã, na capela da Casa Santa Marta.

Francisco aprofundou o tema partindo do trecho do Evangelho em que Jesus expressa todo o seu desprazer ao ver-se hostilizado por sua própria gente, pelas cidades que viram as costas para a sua mensagem. “Se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito tempo teriam se convertido”, disse Jesus aos de Corazim e Betsaida.

Nesta comparação, observou o Papa, se resume toda a história da salvação. Assim como rejeitaram e mataram os profetas antes dele, “porque eram incômodos”, estavam fazendo o mesmo com Jesus. “É o drama da resistência em ser salvo”, provocado pelos líderes do povo:

É justamente a classe dirigente aquela que fecha as portas ao modo com o qual Deus quer nos salvar. E assim se entendem os diálogos de Jesus com a classe dirigente do seu tempo: brigam, o colocam à prova, pregam armadilhas para ver se cai, porque é a resistência em ser salvo. Jesus diz a eles: ‘Mas eu não os compreendo! Vocês são como aquelas crianças: tocamos a flauta e não dançaram; cantamos uma lamentação e não choraram. Mas o que querem?’; ‘Queremos fazer a salvação do nosso modo!’. É sempre este fechamento ao modo de Deus”.

Uma atitude que o Papa Francisco difere daquela do “povo crente” que, segundo ele, entende e “aceita” a salvação trazida por Jesus. Salvação que, ao contrário, para os líderes do povo se reduz essencialmente à realização dos 613 preceitos criados, afirma o Papa, pela “febre intelectual e teológica deles”:

“Eles não acreditam na misericórdia e no perdão: acreditam em sacrifícios. Misericórdia eu quero, e não sacrifício. Eles acreditam em tudo ajustado, bem arrumado, tudo claro. Este é o drama da resistência à salvação. Também nós, cada um de nós tem este drama dentro. Mas nos fará bem nos perguntarmos: como eu quero ser salvo? Do meu jeito? Do modo de uma espiritualidade, que é boa, que me faz bem, mas que é fixa, tem tudo claro e não há nenhum risco? Ou do modo divino, isto é, no caminho de Jesus, que sempre nos surpreende, que sempre abre as portas para o mistério da Onipotência de Deus, que é a misericórdia e o perdão?”.

“Vai nos fazer bem – insiste o Papa Francisco – pensar que este drama está no nosso coração”. Refletir sobre o fato, se acontecer de confundir “liberdade com autonomia”, de escolher a salvação que nós acreditamos seja a “adequada”:

“Eu creio que Jesus é o Mestre que nos ensina a salvação, ou vou a todos os lugares para alugar um guru que me ensine outra? Um caminho mais seguro ou me refugio sob o teto das prescrições e dos muitos mandamentos feitos por homens? E então eu me sinto seguro com isso - é um pouco difícil dizer isso – segurança, compro a minha salvação, que Jesus dá de graça com a gratuidade de Deus? Vão nos fazer bem hoje essas perguntas. E a última: eu resisto à salvação de Jesus?”. (BF-SP)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Papa: a formação do presbítero é permanente, um "diamante bruto" a lapidar

 2014-10-03


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira, no Vaticano, os participantes da Plenária da Congregação para o Clero.

Em seu discurso, o Pontífice refletiu sobre três temas que correspondem à finalidade e às atividades deste Dicastério: vocação, formação e evangelização.

Falando sobre o primeiro tema, a vocação, o Papa afirmou que se trata de um “tesouro” que Deus coloca no coração de alguns homens, escolhidos e chamados por Ele a segui-Lo. Quem é chamado ao ministério não é “dono” de sua vocação, mas administrador de um dom que Deus lhe confiou pelo bem de todos os homens. Mas também nós devemos fazer a nossa parte, mediante a formação, que é a resposta da Igreja ao dom que Deus lhe faz através das vocações.

A vocação, afirmou o Papa, é como um “diamante bruto” a ser lapidado, para que brilhe em meio ao povo de Deus. A formação não é um ato unilateral, com o qual se transmitem noções teológicas ou espirituais, mas é colocar-se em caminho permanente na escola de Cristo. Este percurso nunca termina, pois seus discípulos jamais deixam de seguir o Mestre.

“Às vezes somos ágeis, outras vezes o nosso passo é incerto, ficamos parados e podemos inclusive cair, mas sempre permanecendo em caminho. Portanto, a formação enquanto discipulato acompanha toda a vida do ministro ordenado e diz respeito integralmente à sua pessoa, intelectualmente, humanamente e espiritualmente”, recomendou o Pontífice

Este percurso de descoberta e valorização da vocação tem uma finalidade precisa: a evangelização. Nessa missão evangelizadora, os presbíteros são chamados a aprofundar sua consciência de serem pastores, convidados a estarem em meio ao rebanho. Para o Papa, devem evitar a tentação de se preocuparem com o consenso dos outros e com o próprio bem-estar, e buscar trabalhar animados pela caridade pastoral, para o anúncio do Evangelho até as periferias mais remotas.

“Trata-se de ‘ser’ padres, não se limitando a ‘agir’ como padres, livres de todo mundanismo espiritual”, advertiu por fim Francisco, recordando que a oração, o diálogo com Deus, é o coração da vida sacerdotal.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

03 OUT Protomártires do Brasil

Protomártires do BarsilDentro da conturbada invasão dos holandeses no nordeste do Brasil, encontram-se os dois martírios coletivos: o de Cunhaú e o de Uruaçu. Estes martírios aconteceram no ano de 1645, sendo que o Pe. André de Soveral e Domingos de Carvalho foram mártires em Cunhaú e o Pe. Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira em Uruaçu; dentre outros.
No Engenho de Cunhaú, principal pólo econômico da Capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por 70 pessoas sob os cuidados do Pe. André de Soveral. No dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo seus liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava.
Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Durante a Santa Missa, após a elevação da hóstia e do cálice, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares.
A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e capitanias vizinhas, mesmo suspeitando dessa conivência do governo holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da Fortaleza dos Reis Magos. Assim, foram recebidos como hóspedes o vigário Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Antônio Vilela, o Moço, Francisco de Bastos, Diogo Pereira e José do Porto. Os outros moradores, a grande maioria, não podendo ficar no Forte, assumiram a sua própria defesa, construindo uma fortificação na pequena cidade de Potengi, a 25 km de Fortaleza.
Enquanto isso, Jacó Rabe prosseguia com seus crimes. Após passar por várias localidades do Rio Grande e da Paraíba, Rabe foi então à Potengi, e encontrou heróica resistência armada dos fortificados. Como sabiam que ele mandara matar os inocentes de Cunhaú, resistiram o mais que puderam, por 16 dias, até que chegaram duas peças de artilharia vindas da Fortaleza dos Reis Magos. Não tinham como enfrentá-las. Depuseram as armas e entregaram-se nas mãos de Deus.
Cinco reféns foram levados à Fortaleza: Estêvão Machado de Miranda, Francisco Mendes Pereira, Vicente de Souza Pereira, João da Silveira e Simão Correia. Desse modo, os moradores do Rio Grande ficaram em dois grupos: 12 na Fortaleza e o restante sob custódia em Potengi.
Dia 2 de outubro chegaram ordens de Recife mandando matar todos os moradores, o que foi feito no dia seguinte, 3 de outubro. Os holandeses decidiram eliminar primeiro os 12 da Fortaleza, por serem pessoas influentes, servindo de exemplo: o vigário, um escabino, um rico proprietário.
Foram embarcados e levados rio acima para o porto de Uruaçu. Lá os esperava o chefe indígena potiguar Antônio Paraopaba e um pelotão armado de duzentos índios seus comandados. Repetiram-se então as piores atrocidades e barbáries, que os próprios cronistas da época sentiam pejo em contá-las, porque atentavam às leis da moral e modéstia.
Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.
A 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa João Paulo II beatificou os 30 protomártires brasileiros, sendo 2 sacerdotes e 28 leigos beatificados.
Protomártires do Brasil, rogai por nós!
Cleofas 

Outubro mês do Rosário

Na repetição das orações do Pai Nosso, das Aves Marias e do Glória ao Pai vai criando em nossa mente o filme da vida de Cristo.


Outubro, o mês das Missões, é o mês em que somos convidados a refletir sobre a atualidade do Santo Rosário em nossa vida cristã. Por isso mesmo, neste mês devemos reforçar a nossa devoção mariana empreendendo a Oração do Rosário em família, em grupos de orações, nos setores pastorais, nas comunidades e nas paróquias. Essa devoção contemplativa faz-nos meditar sobre os mistérios de nossa redenção. É uma oportunidade de chegar às pessoas em todos os lugares e começar ali um grupo católico, embrião de uma futura pequena comunidade.

Neste tempo em que tanto falamos de Paróquia como comunidade de comunidades, uma das formas de iniciarmos uma comunidade é através da oração. É claro que os grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros tipos de reuniões e celebrações também formam as futuras comunidades, que farão parte da paróquia presente em todo o seu território. São oportunidades que nos ajudam a viver o trabalho pastoral.

Mas a Oração do Rosário também precede as celebrações eucarísticas, acompanha-nos nas viagens, nos tempos de reflexão, andando pelos caminhos, nos momentos de alegria ou aflição, fazendo-nos próximos do Senhor que nos conduz e ilumina nossas vidas.

Na Carta Apostólica sobre o “Rosário da Virgem Maria”, o Papa João Paulo II nos ensina que: "O Rosário, de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal.

Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor" (cf. RVM, n. 1). Com isso vemos que essa oração devocional sustentou durante muito tempo a vida cristã católica de nosso povo num passado não muito distante.

João Paulo II nos incentivava a reza do Rosário cotidianamente pelo "fato de este constituir um meio validíssimo para favorecer entre os crentes aquele compromisso de contemplação do mistério cristão que ele propôs na Carta apostólica Novo millennio ineunte como verdadeira e própria pedagogia da santidade: 'Há necessidade dum cristianismo que se destaque principalmente pela ‘arte da oração'. Enquanto que na cultura contemporânea, mesmo entre tantas contradições, emerge uma nova exigência de espiritualidade, é extremamente urgente que as nossas comunidades cristãs se tornem 'autênticas escolas de oração'.

O Rosário situa-se na melhor e mais garantida tradição da contemplação cristã. Desenvolvido no Ocidente, é oração tipicamente meditativa e corresponde, de certo modo, à 'oração docoração' ou 'oração de Jesus' germinada no húmus do Oriente cristão" (cf. RVM, n. 5).

O Papa disse que o Rosário é o compêndio dos Santos Evangelhos: o Rosário é um dos percursos tradicionais da oração cristã aplicada à contemplação do rosto de Cristo. Paulo VI assim o descreveu: 'Oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora, o Rosário é, por isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica. Na verdade, o seu elemento mais característico – a repetição litânica do 'Alegra-te, Maria' – torna-se também ele louvor incessante a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da saudação da mãe do Baptista: 'Bendito o fruto do teu ventre' (Lc 1, 42). “Diremos mais ainda: a repetição da Ave Maria constitui a urdidura sobre a qual se desenrola a contemplação dos mistérios; aquele Jesus que cada Ave Maria relembra é o mesmo que a sucessão dos mistérios propõe, uma e outra vez, como Filho de Deus e da Virgem Santíssima" (cf. RVM, n. 18).
Rosário é composto de quatro mistérios: gozosos, dolorosos, gloriosos e da luz. Os mistérios da luz foram acrescidos pelo Papa João Paulo II. Ensina o futuro santo que: "Passando da infância e da vida de Nazaré à vida pública de Jesus, a contemplação leva-nos aos mistérios que se podem chamar, por especial título, 'mistérios da luz'. Na verdade, todo o mistério de Cristo é luz. Ele é a 'luz do mundo' (Jo8, 12). Mas esta dimensão emerge particularmente nos anos da vida pública, quando Ele anuncia o evangelho do Reino. Querendo indicar à comunidade cristã cinco momentos significativos – mistérios luminosos – desta fase da vida de Cristo: 1o no seu Batismo no Jordão, 2o na sua auto-revelação nas bodas de Caná, 3o no seu anúncio do Reino de Deus com o convite à conversão, 4o na sua Transfiguração e, enfim, 5o na instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal".

O Santo Rosário "coloca-se ao serviço deste ideal, oferecendo o “segredo” para se abrir mais facilmente a um conhecimento profundo e empenhado de Cristo. Digamos que é o caminho deMaria. É o caminho do exemplo da Virgem de Nazaré, mulher de fé, de silêncio e de escuta. É, ao mesmo tempo, o caminho de uma devoção mariana animada pela certeza da relação indivisível que liga Cristo à sua Mãe Santíssima: os mistérios de Cristo são também, de certo modo, os mistérios da Mãe, mesmo quando não está diretamente envolvida, pelo fato de Ela viver d'Ele e para Ele. Na Ave Maria, apropriando-nos das palavras do Arcanjo Gabriel e de Santa Isabel, sentimo-nos levados a procurar sempre em Maria, nos seus braços e no seu coração, o 'fruto bendito do seu ventre' (cf. Lc 1, 42) “(cf. RVM 24).

Vivemos no dia a dia da correria, de uma sociedade desorientada, infelizmente, em tempos tortuosos e agitados. O mundo parece estar cansado. A Virgem Maria continua cantando em nossos corações: "Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes" (Lc 1,52-53). Entre um mistério e outro repetimos: "Jesus, socorrei principalmente os que mais precisarem". Por isso, na cidade, ou no campo – religiosos, leigos, bispos, padres, até o Papa – todos têm uma simpatia especial pelo “Terço”, rezado por toda a Igreja, que encontra nele uma maneira prática de estar com Deus. Aqui, os grupos do “terço dos homens” se multiplicam. Agora também com o “terço das mulheres”, além dos vários grupos de espiritualidades marianas. O evento arquidiocesano “Senhora do Rosário” quis reunir em nossa catedral, para uma Oração do Terço, todos os grupos que se empenham comunitariamente em rezá-lo.

Portanto, movido pelo entusiasmo da JMJ Rio 2013, convido particularmente os jovens, que já sabem rezar o Rosário, que ensinem esta devoção aos outros jovens ou aos seus companheiros e amigos que ainda não experimentaram a riqueza desta oração mariana. Na repetição das orações do Pai Nosso, das Aves Marias e do Glória ao Pai vai criando em nossa mente o filme da vida de Cristo. Assim, rezando o terço, iremos crescer sempre na maior intimidade com a vida do Cristo Redentor.

Que Nossa Senhora do Rosário nos ajude a redescobrir a beleza e a atualidade do Santo Rosário. E peço a todos: rezem nas intenções da igreja, do santo padre, e também por mim e pela nossa Arquidiocese!

Dom Orani João Tempesta 
Fonte: CNBB

7 respostas a 7 objeções sobre o terço

Repetir as orações do terço equivale a repetir a alguém que você o ama.


É interessante constatar como cada vez mais pessoas rezam o terço, e não somente as católicas: também membros de outras confissões religiosas estão descobrindo a riqueza desta oração. E muitos devem sua conversão ao santo rosário.
 
No entanto, também existem os que não o rezam porque têm objeções. Então, aproveitando o mês de outubro, que é o mês dorosário, vale a pena responder a algumas dessas objeções:
 
1. O terço não está na Bíblia
 
Claro que está! Certamente, não como o conhecemos hoje, mas todas as orações do terço e os mistérios que meditamos têm sua origem na Bíblia. Não foi por acaso que o Papa João Paulo II chamou o terço de “compêndio do Evangelho”.
 
2. Onde a Bíblia diz que devemos rezar o terço?
 
A esta pergunta podemos responder com outra: onde a Bíblia diz que devemos fazer só o que a Bíblia diz? Desde sua origem, a comunidade cristã se guiou pela Sagrada Escritura, mas também pelos ensinamentos dos apóstolos (como pede a Bíblia).
 
E se você quer cumprir o que a Bíblia diz, lembre-se de que a Bíblia pede para meditar sobre a Palavra de Deus, orar e interceder uns pelos outros. E o terço é isso!
 
Não nos esqueçamos de que Maria disse que todas as gerações a chamariam de bem-aventurada. Como cumpre esta promessa deMaria quem não reza a Ela?
 
3. Maria foi uma mulher como todas, morreu e não ouve nossas orações
 
Consideremos estas 4 afirmações (irrefutáveis, dado que são bíblicas):
 
Maria foi escolhida por Deus para ser a Mãe do seu Filho. Isso a torna superior a todas as mulheres.
 
- No Antigo Testamento, vemos a grande importância dada à mãe de um rei e seu poder de interceder por alguém diante de seu filho.
 
- O Senhor, que nos mandou honrar nossa mãe, sem dúvida honrou a sua. Como? Libertando-a da corrupção do pecado e da morte.
 
- Jesus disse que Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque todos vivem para Ele.
 
Estas afirmações permitem concluir que Maria, como Mãe do Filho de Deus, Mãe do Rei, está no céu, junto a Jesus, e Ele atende sua intercessão por nós.
 
4. O terço dá mais importância a Maria que a Jesus
 
Tudo no terço nos faz olhar para Jesus. Rezamos o Pai-Nosso, que Jesus nos ensinou. Nas Ave-Marias, nós o proclamamos “Bentito” e pedimos à sua Mãe que rogue por nós. Além disso, todos os mistérios estão relacionados à sua vida.
 
5. O terço é uma oração repetitiva, como as que Jesus condena
 
Jesus não condenou a repetitividade, mas o vazio das preces. Ele mesmo justificou um publicano que pedia perdão repetitivamente. Repetir as orações no terço equivale a repetir a alguém que você o ama, e não se cansa de dizer nem ouvir isso. A sequência de Ave-Marias acalma a alma e permite contemplar cada mistério.
 
6. É complicado rezar o terço
 
É fácil rezar o terço e é fácil aprender a rezá-lo. Há uma verdadeira abundância de folhetos explicativos e pessoas que boa vontade que podem lhe ensinar.
 
7. Rezar o terço é chato
 
Chato é rezar mecanicamente, pensando em outra coisa e esperando acabar logo. Se você aproveitar cada mistério para contemplar a cena e sobretudo para relacioná-la com o que você está vivendo, conversando sobre isso com Maria, então rezar oterço será fascinante, sempre atual, e você gostará mais dele, porque o renova constantemente.
 
(Artigo publicado originalmente por Desde la Fe)
sources: DESDE LA FE
Tradução Aleteia 

2 de out. de 2014

"Os 10 mandamentos do casal" ensinados pelo Padre Léo

No livro "Famílias Restauradas" o Padre Léo fala da família e trás muitas dicas para quem desejar formar uma família sólida, com bases cristãs.

No final do livro, ele trás dez mandamentos para o casal que reproduzimos a seguir:


  1. Não dramatizar os defeitos, mas saber elogiar as qualidades.
  2. Nunca gritar um com o outro, nem fechar-se, mas sempre dialogar.
  3. Saber ceder, saber  perder, saber recomeçar perdoando sempre.
  4. Dizer a verdade com amor.
  5. Nunca humilhar, principalmente diante de outras pessoas.
  6. Não culpar, nem ridicularizar o outro recordando erros do passado.
  7. Nunca ser indiferente, gelando o outro.
  8. Nunca ir dormir sem perdoar.
  9. Admitir as próprias limitações e procurar melhor. Autocrítica.
  10. Rezar juntos, rir juntos, passear juntos e não discutir nunca.

02/10 Santos Anjos da Guarda

santos-anjos-da-guardaNeste dia em que fazemos memória do nosso protetor, a Igreja termina assim o hino e oração da manhã: “Salvai por vosso filho a nós, no amor; ungidos sejamos pelos anjos; por Deus trino, protegidos!”
A palavra anjo significa, “enviado, mensageiro divino”, muitas vezes encontramos as manifestações dos anjos como missionários de Deus, e por isso, com clareza lemos no salmo 91: “Pois Ele encarregará seus anjos de guardar-te em todos os teus caminhos”.
Quando nos deparamos com a Anunciação e outros Mistérios da vida de Jesus, conseguimos perceber que este salmo profetiza a presença dos anjos na vida do Senhor. Ora, Cristo é o primogênito de todas as criaturas, nosso irmão e modelo. Se portanto sua humanidade, apesar de unida com a Divindade, era continuamente protegida por anjos, logo quanto mais devemos ser nós, seus membros tão frágeis. Tanto o Pai quer isto que revelou a Jesus:“Guardai-vos de desprezar algum desses pequeninos, pois eu vos digo, nos céus os seus anjos se mantêm sem cessar na presença do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18,10)
Nos Atos dos Apóstolos e nos escritos de São Bernardo, Santo Tomás de Aquino e outros Doutores da Igreja, encontramos testemunhos que nos motivam a confiarmos nos Santos Anjos protetores de cada um, pois atesta a Sagrada Escritura: “Não são todos (os anjos) eles espíritos cumpridores de funções e enviados a serviço, em proveito daqueles que devem receber a salvação como herança?” (Hb 1,14)
Na Inglaterra desde o ano 800 acontecia uma festa dedicada aos Anjos da Guarda e a partir do ano 1111 surgiu uma linda oração (apresentada a seguir). Da Inglaterra esta festa se estendeu de maneira universal depois do ano 1608 por iniciativa do Sumo Pontífice da época. Aprendamos e rezemos esta quase milenar prece: “Anjo do Senhor – que por ordem da piedosa providência Divina, sois meu guardião – guardai-me neste dia (tarde ou noite); iluminai meu entendimento; dirigi meus afetos; governai meus sentimentos para que eu jamais ofenda ao Deus e Senhor. Amém.”
Santos Anjos da Guarda, rogai por nós!
Canção Nova 

Um amigo para todas as horas



Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...