20 de set. de 2014

. Como devemos guardar o domingo e os dias santos?

O domingo é chamado de "o dia do Senhor", pois foi nele que Jesus Cristo ressuscitou e deu início à nova criação. Ele se "distingue expressamente do sábado, ao qual sucede cronologicamente, a cada semana, e cuja prescrição substitui, para os cristãos" (CIC 2175). Ou seja, o domingo, após a ressurreição do Senhor Jesus, substituiu o sábado, que era guardado anteriormente. É tão importante que consta da lista dos dez mandamentos. Trata-se do terceiro e diz: "guardar domingos e festa de guarda".

O Catecismo continua ensinando que participar da Santa Missa no domingo é observar "a prescrição moral naturalmente inscrita no coração do homem de ‘prestar um culto exterior, visível, público e regular’" a Deus. Diz ainda que "a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja" (CIC 2176). Além disso, existe uma obrigação, para o próprio bem do fiel, na participação dominical, que só pode ser isentado por motivos realmente sérios:


"A Eucaristia do domingo fundamenta e sanciona toda a prática cristã. Por isso os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave." (CIC 2181)
O Código de Direito Canônico, em seu Cânon 1247, complementa o ordenamento quando diz que "no domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa; além disso, devem abster-se das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo." Ora, percebe-se assim que é preciso um outro posicionamento diante do domingo e dos dias de preceito. Não se trata somente de ir à missa e de não trabalhar. É preciso também olhar para o outro, reconhecendo nele igualmente a necessidade de guardar o mesmo preceito. Veja:


"Santificar os domingos e dias de festa exige um esforço comum. Cada cristão deve evitar impor sem necessidades a outrem o que o impediria de guardar o dia do Senhor. Quando os costumes (esportes, restaurantes etc.) e as necessidades sociais (serviços públicos etc.) exigem um trabalho dominical, cada um assuma a responsabilidade de encontrar um tempo suficiente de lazer. Os fiéis cuidarão, com temperança e caridade de evitar os excessos e as violências causadas às vezes pelas diversões de massa. Apesar das limitações econômicas, os poderes públicos cuidarão de assegurar aos cidadãos um tempo destinado ao repouso e ao culto divino. Os patrões têm uma obrigação análoga com respeito aos seus empregados." (CIC 2187)
O repouso dominical, para o católico, não é um fim em si mesmo. O centro dessa prática não está no repouso, mas sim na Eucaristia, no culto divino, na santificação daquele tempo da graça. O Bem-aventurado Papa João Paulo II, em sua carta apostólica Dies Domini, reflete ainda mais profundamente sobre o domingo:


"Aos discípulos de Cristo, contudo, é-lhes pedido que não confundam a celebração do domingo, que deve ser uma verdadeira santificação do dia Senhor, com o « fim de semana » entendido fundamentalmente como tempo de mero repouso ou de diversão. Urge, a este respeito, uma autêntica maturidade espiritual, que ajude os cristãos a « serem eles próprios », plenamente coerentes com o dom da fé, sempre prontos a mostrar a esperança neles depositada (cf. 1 Ped 3,15). Isto implica também uma compreensão mais profunda do domingo, para poder vivê-lo, inclusivamente em situações difíceis, com plena docilidade ao Espírito Santo".
Portanto, é dever de cada cristão católico empenhar-se a valorizar esse dia sagrado, para que seja cada vez mais reconhecido e vivido de maneira mais apurada. Assim o fazendo, não só o próprio indivíduo, mas a comunidade e a sociedade como um todo receberão os frutos e os benefícios dessa influência.


Por fim, oportuna é a exortação do Beato João Paulo II no final da Dies domini, convocando os filhos de Deus para que "ao encontrarem a Igreja que cada domingo celebra alegremente o mistério donde lhe vem toda a sua vida, possam encontrar o próprio Cristo ressuscitado." E chama a todos para que, "renovando-se constantemente no memorial semanal da Páscoa, tornem-se anunciadores cada vez mais credíveis do Evangelho que salva e construtores ativos da civilização do amor."

Fonte: https://padrepauloricardo.org

Papa aos bispos: “Estejam próximos aos sacerdotes e amem os pobres”.

2014-09-20 



Cidade do Vaticano (RV) – Em sua série de audiências, na manhã deste sábado, no Vaticano, o Papa Francisco recebeu o Presidente da Letônia, Andris Berzins, com sua comitiva presidencial, e o Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet.

A seguir, na Sala Clementina, o Santo Padre recebeu cerca de 120 novos bispos, participantes no Seminário, promovido pela Congregação para a Evangelização dos Povos, que, em duas semanas, abordou vários temas, entre os quais as dimensões da vida e do ministério episcopal, respondendo à missão fundamental da Igreja, que é anunciar o Evangelho.

Aos bispos recém nomeados, acompanhados pelo Cardeal Fernando Filoni, o Papa desejou que este Seminário de atualização possa ser frutuoso para cada um, tanto em nível espiritual quanto pastoral. E, citando a sua Exortação Apostólica Evangelii gaudium, o Pontífice afirmou que, em nossos dias, se percebe a urgente necessidade de uma conversão missionária, uma conversão que engloba todos os batizados e paróquias, e, de modo particular, os Pastores, chamados a vivê-la e a testemunhá-la por primeiro, como guias das Igrejas particulares.

Portanto, o Papa os encorajou a canalizar sua vida e seu ministério episcopal na direção desta transformação missionária, que, hoje, interpela o Povo de Deus. Ao centro da conversão missionária da Igreja destacam-se o serviço à humanidade e a imitação de Cristo. A Igreja, comunidade evangelizadora, é chamada a crescer na unidade e a defender a vida humana.

A Igreja precisa de Pastores, ou seja, de servidores; de bispos que saibam ajoelhar-se diante dos outros e lavar seus pés; de pastores que estejam ao lado das pessoas; que sejam pais e irmãos, mansos, pacientes e misericordiosos; que amem a pobreza; que vigiem incessantemente o rebanho, mantendo-os unidos e fiéis ao Evangelho e à Igreja.

Neste sentido, o Pontífice exortou os novos bispos a se esforçarem em dar um autêntico impulso missionário às suas Comunidades diocesanas, para que cresçam sempre mais, sobretudo pelo seu testemunho de vida e do seu ministério episcopal, exercido a serviço do Povo de Deus. “Estejam próximos aos seus sacerdotes, zelem pela vida religiosa, amem os pobres”.

Ao término da audiência, o Papa Francisco expressou seu pesar pela ausência de certos bispos, que não puderam participar do Seminário de atualização, por vários motivos. Aqui o Santo Padre fez uma referência particular aos bispos chineses, aos quais expressou sua solidariedade pessoal, como também a de todos os bispos do mundo. Eles, disse, não devem se sentir sozinhos e distantes, mas unidos à Igreja, certos de que, na fé comum, seus sofrimentos produzirão muitos frutos, grandes frutos, para o bem de seus fiéis, dos seus concidadãos e de toda a Igreja.

Por fim, o Santo Padre pediu a oração dos novos bispos para a próxima assembléia sinodal sobre a família, que se realizará no Vaticano no início de outubro. As famílias são a base da obra da evangelização, mediante a sua missão educadora e sua participação ativa na vida das comunidades paroquiais. Por isso, o Papa pediu aos bispos recém nomeados que incentivem a Pastoral Familiar, a fim de que as famílias, orientadas e formadas, possam dar, cada vez mais, a sua contribuição para a vida da Igreja e da sociedade. (MT)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Francisco cria uma Comissão Especial sobre o Matrimônio

2014-09-20 




Cidade do Vaticano (RV) - A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou neste sábado que em 27 de agosto de 2014, o Santo Padre assinou o ato de criação da uma Comissão Especial de estudo para a reforma do processo matrimonial. Em relação a esta decisão, torna-se conhecido o que segue:

Esta Comissão será presidida por Dom Pio Vito Pinto, Decano do Tribunal da Rota Romana, e será composto pelos seguintes membros: Cardeal Francesco Coccopalmerio, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos; Dom Luis Francisco Ladaria Ferrer, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé; Dom Dimitrios Salachas, Exarca Apostólico para os católicos gregos de rito bizantino; o Rev. Mons. Maurice Monier, Leo Xavier Michael Arokiaraj e Alejandro W. Bunge, Prelados Auditores do Tribunal da Rota Romana; o Rev. Nikolaus Schöch, O.F.M., Promotor Substituto do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica; o Rev. P. Konštanc Miroslav Adam, OP, Reitor da Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino (Angelicum); o Rev. P. Espinoza Jorge Horta, OFM, Decano da Faculdade de Direito Canônico da Pontifícia Università Antoniamum; e o Prof. Paolo Moneta, ex-professor de Direito Canon na Universidade de Pisa.

Os trabalhos da Comissão especial iniciarão o quanto antes e terão como objetivo elaborar uma proposta de reforma do processo matrimonial, procurando simplificar o procedimento, tornando-o mais ágil e salvaguardando o princípio da indissolubilidade do matrimônio. (SP)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

20 SET Santo André Kim e companheiros mártires


Santo André Kim e os companheiros mártiresTornamos célebre neste dia o testemunho dos 103 mártires coreanos que foram canonizados pelo Papa João Paulo II, na sua visita a Seul em maio de 1984.
Tudo começou no Século XVII, com o interesse pelo Cristianismo por parte de um grupo de letrados que ao lerem o livro do missionário Mateus Ricci com o título “O verdadeiro sentido de Deus”, tiveram a iniciativa de encarregar o filho do embaixador coreano na China, na busca das riquezas de Jesus Cristo.
Yi Sung-Hun dirigiu-se ao Bispo de Pequim que o catequizou e batizou, entrando por aí a Boa Nova na Coréia, ou seja, por meio de um jovem e ousado leigo cristão que, com amigos, fundaram uma primeira comunidade cristã.
Com a eficácia do Espírito, começaram a evangelizar de aldeia em aldeia ao ponto de somarem, em dez anos, dez mil testemunhas da presença do Ressuscitado. Várias vezes solicitaram do Bispo de Pequim o envio de sacerdotes, a fim de organizarem a Igreja. Roma, porém, era de difícil acesso e o Papa sofria com a prepotência de Napoleão, resultado: somente a Igreja pôde socorrer aos cristãos coreanos, trinta anos depois, quando os cristãos coreanos tinham sido martirizados aos milhares, juntamente com os 103 mártires, dentre estes: André Kim, o primeiro padre coreano morto em 1845; dez clérigos e 92 leigos.
Alguns testemunhos ficaram gravados, e dentre tantos: “Dado que o Senhor do céu é o Pai de toda a humanidade e o Senhor de toda a criação, como podeis pedir-me para o trair? Se neste mundo aquele que trair o pai ou a mãe não é perdoado, com maior razão, não posso nunca, trair aquele que é o Pai de todos nós!” (Teresa Kwon).
Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja da própria pátria. Na data da canonização, bicentenária do início da evangelização da Coréia, esta nação contava com 1.4000.000 católicos, 14 Dioceses, 1.200 sacerdotes, 3.500 religiosos e 4.500 catequistas, atestando mais uma vez a frase de Tertuliano: “O sangue dos mártires é sangue de novos cristãos!”
Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós!
Canção Nova 

Cerco de Jericó: O que é?


sstopicTudo começou na Polônia, quando para obter uma vitória certa, alguns piedosos poloneses organizaram em seu país aquilo a que chamaram de Cerco de Jericó.
O Santo Padre devia ir à Polônia a 8 de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de santo Estanislau, Bispo de Cracóvia. Em fins de novembro de 1978, 7 semanas depois do Conclave que havia eleito João Paulo II, a Santíssima Virgem deu uma mensagem onde dizia: “Para a preparação da primeira peregrinação do Papa à sua Pátria, deve-se organizar na primeira semana de maio, em Jasna Gora, um Congresso de Rosário: 7 dias e 6 noites de rosários consecutivos, diante do Santíssimo Sacramento exposto”.
O Cerco de Jericó consiste num incessante “assalto” de rosários, durante 7 dias e 6 noites, rezados diante do SANTÍSSIMO SACRAMENTO exposto.
Por que o Cerco de Jericó?
No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o rio Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. Ora, a cidade de Jericó era uma fortaleza inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas. Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante 6 dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No 7º dia deram 7 voltas. Durante a 7ª volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus as muralhas de Jericó caíram (…). Hoje, em várias partes do mundo estão sendo realizados Cercos de Jericó. É Nossa Senhora quem ensina que se organizem os rosários permanentes e os Cercos de Jericó, se queremos ter a certeza da Vitória!
Prof. Felipe Aquino
Cléofas 

A Doutrina do Purgatório


almas_purgatorio_2Desde os primórdios a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo 14,15.25; 16,12-13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama este estado, não lugar, de Purgatório.
Ao nos ensinar sobre esta matéria, diz o nosso Catecismo:
“Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu.” (CIC, §1030)
Logo, as almas do Purgatório “estão certas da sua salvação eterna”, e isto lhes dá grande paz e alegria. Falando sobre isso, disse o Papa João Paulo II: “Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz , de certeza, de alegria, porque sabe que pertence para sempre ao seu Deus.” (Alocução de 03 de julho de 1991; LR n. 27 de 07/7/91).
O Catecismo ensina que:
“A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438-1445) e de Trento (1545-1563)”. (§1031)
Portanto, o sofrimento purificador do purgatório é diferente daquele do inferno.
“Este ensinamento baseia-se também sobre a prática da oração pelos defuntos de que já fala a Escritura Sagrada: ‘Eis porque Judas Macabeus mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim de que fossem purificados  de seu pecado’ (2Mac 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos” (§1032).
Devemos notar que o ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus, cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas:
“Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar.  Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado”. (2 Mac 12,44s)
Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam
combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé.
Todo homem foi criado para participar da felicidade plena de Deus (cf. CIC, §1), e gozar de sua visão face a face. Mas, como Deus é “Três vezes Santo”, como disse o Papa Paulo VI, e como viu o profeta Isaías (Is 6,8), não pode entrar em comunhão perfeita com Ele quem ainda tem resquícios de pecado na alma. A Carta aos Hebreus diz que: “sem a santidade ninguém pode ver a Deus” (Hb 12, 14). Então, a misericórdia de Deus dá-nos a oportunidade de purificação mesmo após a morte. Entenda, então, que o Purgatório, longe de ser castigo de Deus, é graça da sua misericórdia paterna.
O ser humano carrega consigo uma certa desordem interior, que deveria extirpar nesta vida; mas quando não consegue, isto leva-o a breviario_da_confiancacair novamente nas mesmas faltas. Ao confessar recebemos o perdão dos pecados; mas, infelizmente, para a maioria, a contrição ainda encontra resistência em seu  íntimo, de modo que a desordem, a verdadeira raiz do pecado, não é totalmente extirpada. No purgatório essa desordem interior é totalmente destruída, e a alma chega à santidade perfeita, podendo entrar na comunhão plena com Deus, pois, com amor intenso a Ele, rejeita todo pecado.
Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo  (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor “receberá uma recompensa”; mas, se não resistir, o seu autor “sofrerá detrimento”, isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador “se salvará, mas como que através do fogo”, isto é, com sofrimentos.
O fogo neste texto tem sentido metafórico e representa o juízo de Deus (cf. Sl 78,5; 88,47; 96,3).  O purgatório não é de fogo, já que a alma, sendo espiritual, não pode ser atingida pelo fogo terreno. No purgatório a alma vê com toda clareza a sua vida tíbia na terra, o seu amor insuficiente a Deus, e rejeita agora toda a incoerência a esse amor, vencendo assim as paixões que neste mundo se opuseram à vontade santa de Deus. Neste estado, a alma se arrepende até o extremo de suas negligências durante esta vida; e o amor a Deus extingue nela os afetos desregrados, de modo que ela se purifica. Desta forma, a alma sofre por ter sido negligente, e por atrasar assim, por culpa própria, o seu encontro definitivo com Deus. É um sofrimento nobre e espontâneo, inspirado pelo amor de Deus e horror ao pecado.
São Gregório Magno (540-604), Papa e Doutor da Igreja, já no século VI ensinava a possibilidade do perdão na outra vida:
“No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo afirma Aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.” (CIC, §1031).
O grande doutor da Igreja, São Francisco de Sales (1567-1655), tem um ensinamento maravilhoso sobre o purgatório. Ele ensinava, já na Idade Média, que é preciso tirar mais consolação do que temor do pensamento do Purgatório. Eis o que ele nos diz:
1 – As almas ali vivem uma contínua união com Deus.
2 – Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar-se no inferno a apresentar-se manchadas diante de Deus.
3 – Purificam-se voluntariamente, amorosamente, porque assim o quer Deus.
4 – Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.
5 – São invencíveis na prova e  não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer qualquer imperfeição.
6 – Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.
7 – São consoladas pelos anjos.
8 – Estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável.
9 – As suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.
10 – Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama-lhes no coração inefável ternura, a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.
11- O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem são chamas de amor.”
Cléofas 

19 de set. de 2014

Deixar-se surpreender por Deus

O Papa Francisco em sua Homilia no Santuário Nacional nos convidou a constantemente “Deixar-se surpreender por Deus”. Ele nos fala que quem vive a esperança sabe que, “mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende”. Mas como viver essa atitude na minha vida cotidiana, em cada coisa que faço?
O Papa nos mostra como modelo a história do Santuário: três pescadores depois de um dia inteiro sem apanhar peixe encontram nas águas do Rio Paraíba a imagem da Senhora Aparecida. Sabemos que na história os pescadores após encontrarem a imagem milagrosamente têm uma pesca abundante e conseguem o que precisavam para atender ao conde de Assumar. O Papa Francisco vai além, ao essencial desse episódio para entendermos mais como Deus atua: “Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, torna-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende [...] sempre nos reserva o melhor”

Foto de: Thiago Leon
Papa Francisco celebrou missa no Santuário Nacional em julho de 2013.

Realmente Deus nos surpreende! Basta fazermos agora brevemente uma memória de quantas coisas boas Ele fez durante toda a nossa vida, como a minha história está totalmente marcada por sua bondade e providência, que apesar de minhas misérias, como um Pai amoroso cuida de mim. Podemos nos perguntar, o que Deus espera de mim então? Ele espera que eu me deixe “surpreender por seu amor, que acolhamos as suas surpresas” Ele quer que confiemos nEle! O Papa em outra ocasião disse que mais difícil que amar a Deus é deixar-se amar por Ele. Nós muitas vezes em nossa autossuficiência e orgulho queremos resolver as coisas por nossa conta e esquecemos constantemente que Deus quer atuar na minha vida.
Deixar-se surpreender por Deus não implica uma atitude passiva, onde esperamos que tudo caia do céu. Como os pescadores, Deus quer que eu coloque a minha pequena colaboração. Basta que eu deixe um pedacinho de terra boa para Ele colocar a boa semente e dar frutos abundantes em minha vida. Deus quer, portanto, que eu coopere com a sua graça, em palavras de Santo Inácio de Loyola: “Rezar como se tudo dependesse de Deus e trabalhar como se tudo dependesse de nós”
Deixar-se surpreender por Deus nas coisas simples da vida
Deus constantemente nos surpreende no singelo, nas coisas simples da vida. Muitas vezes nós perdemos a capacidade de ver a sua ação nas pequenas coisas e ficamos esperando grandes sinais, grandes milagres. Cada instante é uma chance de eu perceber esse amor que Ele tem por mim. Se eu vivo cada momento ordinário de forma extraordinária, certamente perceberei a sua ação e serei surpreendido. Pense agora na quantidade de ocasiões que você tem em apenas um dia para ser surpreendido por Ele. Um encontro com alguém, um gesto de bondade, uma palavra que alguém me dá, uma paisagem que vejo, enfim, infinitos momentos em que Deus me fala, busca me surpreender. Mas, por não prestar atenção, por estar disperso em tantas preocupações, por não fazer silêncio em meu interior, acabo não percebendo.
Outro dia em uma entrevista o Papa Francisco disse que a Igreja precisa ser mais simples, mais próxima. Certamente é no simples onde Deus mais se manifesta. Ele escolheu a brisa para manifestar-se a Elias
Aprender de Maria a deixar-se surpreender por Deus
Em sua Homilia no Santuário o Papa Francisco comenta o episódio de Caná, que foi o Evangelho da Missa desse dia.
Maria sabe que o seu Filho pode atuar e resolver aquela situação incômoda dos noivos. Está atenta, e dentre todos os convidados é a única que percebe e atua: “Eles não têm vinho”. Ela prepara os convidados para esse deixar-se surpreender por Deus, cooperando para que o seu Filho dê a eles o melhor vinho, o vinho novo. Confia plenamente em Deus, sabe que “longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança se esgota”.
Aprendamos da Mãe Aparecida a abrir nosso interior e deixar-nos surpreender por Deus.  “Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu “sim” a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra.” 
Fonte: http://www.a12.com/

Papa exorta as pastorais: semear e dar testemunho da Palavra

 2014-09-19




Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu em audiência, na sala Paulo VI, no Vaticano, na tarde desta sexta-feira, os participantes no Encontro internacional intitulado “O projeto pastoral da Evangelii gaudium” (a alegria do Evangelho), promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização.

Em seu denso discurso, o Papa disse que este documento “Evangelii gaudium”, que escreveu, tem um significado programático, com conseqüências importantes, mas não poderia ser diferente, uma vez que se trata da principal missão da Igreja, ou seja, evangelizar.

No entanto, acrescentou o Pontífice, há momentos em que esta missão se torna mais urgente e a nossa responsabilidade deve ser reavivada. E perguntou:

Quantas pessoas, nas inúmeras periferias existenciais do nosso tempo, estão cansadas e abatidas e precisam da Igreja e da nossa intervenção? Como chegar até elas? Como transmitir-lhes a experiência da fé, do amor de Deus e o encontro com Jesus? Eis a grande responsabilidade das nossas comunidades e da nossa pastoral”.

Neste sentido, o Papa, disse Bergoglio, não tem a tarefa de oferecer uma análise pormenorizada e completa da realidade contemporânea, mas convidar toda a Igreja a colher os sinais dos tempos, que o Senhor nos oferece, sem cessar. Tais sinais devem ser revistos à luz do Evangelho.

Quanta pobreza e solidão, recordou o Santo Padre, vemos no mundo de hoje! Quantas pessoas, que vivem com grandes sofrimentos, pedem à Igreja um sinal de solidariedade, de bondade, de proximidade e de misericórdia divina!

Esta tarefa, disse o Papa, cabe a todos aqueles que são responsáveis pela pastoral: bispos, párocos, diáconos, catequistas. Todos têm que ler os sinais dos tempos e dar uma resposta sábia e generosa aos sedentos e famintos de Deus. E advertiu:

Diante de tantas exigências pastorais, diante de tantas necessidades espirituais de homens e mulheres, corremos o risco de espantar-nos e de retrair-nos por medo ou por autodefesa. Aqui pode advir a tentação de certa autonomia e clericalismo, codificando a fé em regras e instruções, como faziam os escribas, os fariseus e os doutores da lei, no tempo de Jesus. No entanto, o povo fiel continua tendo fome e sede de Deus”.

Como o dono da messe saía à busca de operários, assim, afirmou o Bispo de Roma, os responsáveis da pastoral devem sair, em todas as horas do dia, para ir ao encontro dos mais fracos, dando-lhes conforto e apoio, e fazendo-lhes sentir úteis na vinha do Senhor! A Igreja parece um hospital ao ar livre: quantas pessoas feridas à espera de ajuda espiritual!

Por outro lado, afirmou o Papa, a pastoral não consiste em lançar uma série de iniciativas, sem conseguir colher a essência da ação evangelizadora: dar atenção às pessoas e levá-las ao encontro com Deus. Uma pastoral que não tem esta característica se torna estéril. Mas, o Papa acrescentou também:

Uma pastoral sem oração e contemplação jamais poderá atingir o coração das pessoas. Ela se deterá na superfície e não deixará a semente da Palavra de Deus morrer, germinar, crescer e produzir muitos frutos. Não dispomos de uma varinha mágica para fazer tudo, mas da confiança no Senhor, que nos acompanha e jamais nos abandona”.
O Santo Padre concluiu seu discurso aos participantes no Encontro Internacional sobre a “Evangelii gaudium”, a alegria do Evangelho, exortando os presentes a terem “paciência e perseverança” na missão que o Senhor nos confiou, mas também confiança e a oração, que sustentam as obras. Devemos semear e dar testemunho do Evangelho! (MT)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Francisco: a identidade cristã se realiza com a nossa ressurreição.

 2014-09-19 




Cidade do Vaticano (RV) - O caminho do cristão se realiza na Ressurreição. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da manhã de hoje na Casa Santa Marta. O Pontífice, comentando as palavras de São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios, destacou que os cristãos parecem ter dificuldade em acreditar na transformação do próprio corpo após a morte.

O Papa Francisco centralizou sua homilia sobre a primeira leitura que vê São Paulo comprometido a fazer uma “correção difícil”, “a da Ressurreição”. O Apóstolo dos gentios se dirige à comunidade de cristãos de Corinto. Eles acreditavam que “Cristo ressuscitou” e “ajuda-nos do céu”, mas não estava claro para eles que “também nós ressuscitaremos”. “Eles - disse Francisco - pensavam de outra forma: sim, os mortos são justificados, não irão para o inferno - muito bonito! - mas irão um pouco no cosmos, no ar, ali, a alma diante de Deus, somente a alma”.

Além disso, continuou, também São Pedro , “na manhã da Ressurreição saiu correndo ao sepulcro e pensava que o tinham roubado”. E assim também Maria Madalena. “Não entrava na cabeça deles - observou - uma ressurreição “real”. Eles não conseguiam entender a “passagem nossa da morte à vida” por meio da Ressurreição. No final, comentou o Papa, “eles aceitaram a ressurreição de Jesus porque O viram”, mas “a dos cristãos não era entendida dessa forma”. Além disso, recordou, quando São Paulo vai a Atenas e começa a falar da Ressurreição de Cristo, os gregos sábios, filósofos, ficam assustados:

“Mas a ressurreição dos cristãos é um escândalo, não podem entendê-la. E é por isso que Paulo faz este racioncinio, raciocina assim, de modo claro: “Se Cristo ressuscitou, como podem dizer alguns entre voces que não há ressurreição dos mortos? Se Cristo ressuscitou, também os mortos serão ressuscitados’. Há resistência à trasnformação, a resistência para que a obra do Espírito que recebemos no Batismo nos transforme até o final, à Ressurreição. E quando falamos disto, a nossa linguagem diz: ‘Mas, eu quero ir para o Céu, não quero ir para o inferno', mas paramos ali. Nenhum de nós diz: “Eu ressucitarei como Cristo’: não. Também para nós é difícil entender isso”.

“É mais fácil - destacou - pensar em um panteísmo cósmico”. Isto porque “ há a resistência a sermos transformados, que é a palavra que usa Paulo: ‘Vamos ser transformados. Nosso corpo será transformado’”. “Quando um homem ou uma mulher deve se submeter a uma cirurgia – revelou o Papa - tem muito medo porque ou irão tirar algo ou colocar algo ... vai ser transformado, por assim dizer. E reafirmou que “com a Ressurreição, todos nós seremos transformados”:

“Este é o futuro que nos espera e isto é o fato que nos leva a fazer tanta resistência: resistência à transformação do nosso corpo. Também, resistência à identidade cristã; Direi mais: talvez não tenhamos tanto pavor do Maligno do Apocalipse, do Anticristo que deve vir primeiro; talvez não tenhamos tanto pavor. Talvez não tenhamos tanto pavor da voz do Arcanjo ou do som da tromba: mas, será a vitória do Senhor. Mas pavor de nossa ressurreição: todos seremos transformados. Será o fim de nosso percurso cristão, essa transformação.

Esta “tentação de não crer na Ressurreição dos mortos – prosseguiu – nasceu” nos “primeiros dias da Igreja”. E quando Paulo teve de falar sobre isso aos Tessalonicenses, “no fim, para consolá-los, para encorajá-los disse uma frase mais plena de esperança que está no Novo Testamento, e disse assim: “No fim, estaremos com Ele”. Eis, disse Francisco, assim é a identidade cristã: “Estar com o Senhor. Assim, com o nosso corpo e com nossa alma”. Nós, acrescentou, “ressuscitaremos para estar com o Senhor, e a Ressurreição começa aqui, como discípulos, se estivermos com o Senhor, se caminhamos com o Senhor”. Isto, reafirmou, “é o caminho para a Ressurreição. E se estivermos habituados a estar com o Senhor, este pavor da transformação do nosso corpo se afasta. “

A Ressurreição, disse ainda, “será como um despertar”. Jó disse eu verei com os meus olhos”. Não espiritualmente – fez notar o Papa – não”, “ com o meu corpo, com os meus olhos transformados”. “A identidade cristã – advertiu – não termina com um triunfo temporal, não termina com uma bela missão”, a identidade cristã se realiza” com a Ressurreição dos nossos corpos, com a nossa Ressurreição”.

Este será o fim, para nos saciarmos com a visão do Senhor. A identidade cristã é um caminho onde se encontra o Senhor; como os dois discípulos que “estiveram com o Senhor” toda aquela tarde, também toda nossa vida é chamada a estar com o Senhor para – finalmente , depois da voz do Arcanjo, depois do som da trombeta – permanecer, estar com o Senhor”.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

O Deus que achamos ter achado - Pe. Zezinho, scj


Achar que achamos não é o mesmo que ter achado...
Conta uma lenda que um garimpeiro solitário e extremamente vaidoso de sua capacidade de achar o que os outros não achavam, sob os aplausos dos amigos, embrenhou-se pelo sertão, jurando que jamais voltaria para a sua cidade sem a maior pedra preciosa do mundo. Ele revelaria ao mundo a pedra de maior valor que qualquer ser humano pudesse ter visto. Trinta anos depois, voltou feliz e vitorioso com um diamante de dois quilos. Foi aquela festa. Os velhos amigos e os novos o aplaudiam pelo feito, e ele foi chamado por todas as comunidades da região a dar palestras e testemunhos sobre seu grande achado, até que um experiente conhecedor de pedras preciosas pediu para examiná-lo. Era falso!
Os fãs do garimpeiro falsário, ao invés de abandonar o mentiroso, atacaram o estudioso. Já não se importavam com a verdade e sim com as façanhas e as histórias do garimpeiro, que era tão simpático e querido, falava tão bem e tinha sofrido tanto... E daí, se a pedra não era um diamante! Afinal, ele era autêntico e sincero! Não merecia ser desmascarado... Apoiado por seus fãs, o aventureiro continuou dando testemunho do seu grande encontro com a grande mentira. Havia mais gente querendo ouvi-lo, vê-lo e tocá-lo do que gente querendo ver e ouvir o especialista em pedras preciosas. O marketing do aventureiro foi mais eficiente! Ficaram com ele.
O mundo está cheio de profecias, livros, testemunhos e depoimentos de quem garante que encontrou Deus. Alguns realmente tiveram um encontro com Ele. Outros, pela vida que vivem, não o acharam. Estão mentindo. A televisão está cheia de atores, atrizes, apresentadores e apresentadoras dizendo-se católicos ou evangélicos e vivendo, mostrando e ensinando o oposto do que um verdadeiro evangélico faria. Das duas, uma: ou não se converteram, mas está na moda dizer que se converteu, ou acharam a fé errada e embarcaram numa Igreja ou em grupos que se proclamam de Cristo ou batizados no Espírito, mas ensinam o contrário do que Cristo ensinou. Nunca é demais ficar atentos. Jesus nos alertou contra eles (Mt 7, 15). Há pessoas dizendo ter achado o que não acharam. Pelos frutos os conhecereis, opinava Jesus! (Mt 7,16)
Quanto a nós, não temos o direito de dizer que achamos. Também temos os nossos erros e pecados. Melhor é dizer que estamos buscando ainda mais, agora na penitência por saber do quanto já fomos capazes de errar no passado... Talvez um dos sinais mais claros de que encontramos os sinais do Criador que buscamos é o desejo de não errar mais e de nunca mais ferir a quem quer que seja! Quem não tem perdão nem desculpas a pedir pode não ter achado! Deve ser por isso que João Batista começa a sua pregação pedindo um coração penitente e Jesus também começa a dele na mesma afinação: Fazei penitência porque o Reino está chegando! (Mt 3,2; 4,17).
Vale a pena debruçar-nos sobre esta verdade. Sem penitência e desejo de ser melhores nenhuma religião dá certo!


http://www.paulinas.org.br/

19/09 Nossa Senhora da Salete



A vila de La Salete está situada na região sul da França, junto dos Alpes e pertence ao município de Isere. No dia 18 de setembro de 1846, o menino Maximino Giraud, de onze anos, atendeu ao pedido do pai e se juntou à Melania Calvat, de quinze, para ajudar a pastorear. 

No dia 19 de setembro, próximo às três horas da tarde. Eles haviam almoçado embaixo da sobra de uma árvore ao lado de um riacho, enquanto o gado bebia água. Aquele era um dia de muito sol, estava abafado e sem perceber adormeceram um pouco. Ao despertar Melania se assustou por não ver nenhum dos animais. Chamou Maximino e correram a montanha acima, de onde avistaram todo o rebanho pastando no vale. 

Na descida, no meio do caminho Melania alertou o companheiro para uma luz que se movia sobre uma pedra. Atraídos e ao mesmo tempo intrigados foram examinar o que se passava. Viram que a luz emanava de uma linda Senhora em cuja cabeça havia uma bonita coroa de ouro. Ela estava sentada e chorava com o rosto entre as mãos, apoiadas pelos cotovelos nos joelhos. Os dois ficaram parados com medo. Mas a Senhora suavemente se levantou e de pé sobre a pedra, com os braços cuzados, lhes disse: "Aproximem-se, meus filhos, não tenham medo: estou aqui para lhes comunicar uma grande notícia". A doce voz da Santa Virgem tranqüilizou os pastorzinhos que foram ao seu encontro.

Sempre chorando e após se queixar da ingratidão e infidelidade dos cristãos para com o plano de Salvação do seu filho Jesus, dizer que a França e a humanidade viveriam dias muito difíceis. Pediu aos dois que rezassem bastante, o Pai Nosso e a Ave Maria, e a cada um confiou um segredo. No final se despediu com essas palavras: "Meus filhos, haveis de comunicar isto a todo o meu povo".

Então ela se dirigiu ao cume da montanha sem deixar uma pegada na relva, seguida por Melania e Maximino. Lá, Nossa Senhora se elevou e flutuando no ar, olhou para a sua direita, para a sua esquerda e depois para os dois pastores. A sua luz a envolveu como um globo e subiu desaparecendo no alto do céu. 

Melania e Maximino contaram sobre a aparição aos seus pais e ao pároco. A notícia se espalhou na vila. No dia 21 de setembro o primeiro grupo de romeiros foi até a pedra onde Maria aparecera e viram que dela jorrava uma fonte de água límpida. Logo muitos milagres e graças foram atribuídos à água. O Papa Pio IX reconheceu a aparição e aprovou essa invoção mariana em 1851. Mais tarde, o mesmo pontífice anunciou os dois segredos entregues aos pastorzinhos, assim: "Estes são os segredos de La Salette; se o mundo não se arrepender, perecerá". 

Em 1852 foi erguido um Santuário dedicado à Nossa Senhora, junto à fonte na montanha de La Salete. Para atender essa obra, o bispo do local, fundou a Congregação dos Missionários e Irmãos de Nossa Senhora de La Salete sob o carisma das mensagens deixadas: pregação, conversão e reconciliação.

Maximino foi o primeiro a vestir o hábito da nova congregação e faleceu em 1875, ainda jovem. Melania também se entregou à vida consagrada e foi uma das co-fundadoras da Congregação das Filhas do Zelo do Divino Coração de Jesus. Morreu em 1904, com fama de santidade. O Santuário de Nossa Senhora de La Salete, pronto em 1879, se tornou um ponto de peregrinação do mundo todo.

Portal Paulinas 

19 SET São Januário foi zeloso, bondoso e sábio

São JanuárioA história do santo deste dia se entrelaça com a cidade italiana de Nápoles, onde o corpo e sangue de Januário estão guardados. Este santo viveu no fim do século III e se tornara Bispo de Benevento, cidade próxima a Nápoles.
Como cristão estava constantemente se preparando para testemunhar (se preciso com o derramamento do próprio sangue) seu amor ao Senhor, já que naqueles tempos em que a Igreja estava sendo perseguida, não era difícil ser preso, condenado e martirizado pelos inimigos da Verdade.
Na função de Bispo foi zeloso, bondoso e sábio, até ser juntamente com seus diáconos, preso e condenado a virar comida dos leões no anfiteatro da cidade de Pozzuoli (a primeira terra italiana que pisou o apóstolo Paulo a caminho de Roma). Igual ao profeta Daniel e muitos outros, as feras lamberam, mas não avançaram nestes homens protegidos por Jesus. Nesse caso, sob a ordem do terrível imperador Diocleciano (último grande perseguidor), a única solução era a espada manejada pela irracional maldade humana. Foram decapitados. Isto ocorreu no ano 305.
Alguns cristãos, piedosamente, recolheram numa ampola o sangue do Bispo Januário para conservá-lo como preciosa relíquia e seu corpo acabou na Catedral de Nápoles. A partir disso, os napolitanos começaram a venerar o santo como protetor da peste e das erupções do vulcão Vesúvio.
Dentre tantos milagres alcançados pela sua intercessão, talvez o maior se deve ao seu sangue,“aquele guardado na ampola”. Acontece que o sangue é exposto na Catedral, no dia da festa de São Januário e o extraordinário é que há séculos, o sangue, durante uma cerimônia, do estado sólido passa para o estado líquido, mudando de cor, de volume e até seu peso duplica. A multidão edificada se manifesta com gritos, enquanto a ciência, que já provou ser sangue humano, silencia quanto a uma explicação para este fato, esclarecido somente pela fé.
São Januário, rogai por nós!
Canção nova 

O que é a Mansão dos mortos na Bíblia? Será o Purgatório?


mortosA Mansão dos Mortos não é o Purgatório; era apenas o estado de vida das almas que morreram antes de Jesus morrer.
O Credo ensina que “Jesus desceu à mansão dos mortos”. Isso significa que, de fato, Ele morreu e que, por Sua morte por nós, venceu a morte e o diabo, o dominador da morte (Hb 2,14). São João disse que Ele veio a nós para “destruir as obras do demônio” (1 Jo 3,8). “Ele foi eliminado da terra dos vivos” (Is 53,8). “Minha carne repousará na esperança, porque não abandonarás minha alma no Hades nem permitirás que teu Santo veja a corrupção” (At 2,26-27).
Jesus morreu, mas Sua alma, embora separada de Seu corpo, ficou unida à Sua Pessoa Divina, o Verbo, e desceu à morada dos mortos para abrir as portas do céu aos justos que o haviam precedido (cf. Cat. §637). Para lá foi como Salvador, proclamando a Boa Nova aos espíritos que ali estavam aprisionados. Os Santos Padres da igreja dos primeiros séculos explicaram bem isso. São Gregório de Nissa (†340) disse: “Deus [o Filho] não impediu a morte de separar a alma do corpo, segundo a ordem necessária à natureza, mas os reuniu novamente um ao outro pela Ressurreição, a fim de ser Ele mesmo, em Sua pessoa, o ponto de encontro da morte e da vida, e tornando-se, Ele mesmo, princípio de reunião para as partes separadas” (Or. Catech. , 16: PG: 45,52B).cpa_credo_do_povo_de_deus
São João Damasceno (†407), doutor da Igreja e patriarca de Constantinopla ensinou que: “Pelo fato de que, na morte de Cristo, a Sua alma tenha sido separada da carne, a única pessoa não foi dividida em duas pessoas, pois o corpo e alma de Jesus existiram da mesma forma desde o início na pessoa do Verbo; e na Morte, embora separados um do outro, ficaram cada um com a mesma e única pessoa do Verbo” (De fide orthodoxa, 3, 37: PG 94, 109 BA).
A Escritura chama de ‘Morada dos Mortos’, Inferno, Sheol ou Hades, o estado das almas privadas da visão de Deus; são todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor. Mas o destino deles não é o mesmo como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no “seio de Abraão”. Jesus não desceu aos infernos (= interior) para ali libertar os condenados nem para destruir o inferno da condenação, mas para libertar os justos, diz o Catecismo (§ 633).
Prof. Felipe Aquino

O que dizer sobre correntes de oração?


size_590_mulher-computadorMuitas pessoas nos escrevem perguntando se é verdade o que acontece caso quebrem as correntes de oração que recebem pela internet ou celular.
Bem, não podemos negociar com Deus graças ou pedidos; Ele sabe o que é melhor para nós. A corrente é uma espécie de superstição pois acreditam que se for quebrada Deus não atenderá nossas preces, ora isso é um absurdo, pois Deus no seu plano de amor fará o que for melhor para nós. Se Ele acha que merecemos ele nos dará, se não recebermos, é porque algo maior e melhor Ele providenciará.
Prof. Felipe Aquino

Festas de São João Paulo II e São João XXIII foram acrescentadas ao Calendário Litúrgico Universal


ppjpiijuanxxiii020713O site ACI/EWTN Noticias informou na última quinta-feira (11/09/14) que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos emitiu o decreto que estabelece como Festas Litúrgicas de São João XIII e São João Paulo II os dias 11 e 22 de outubro, respectivamente, acrescentando ambas celebrações ao Calendário Universal da Igreja.
Assim informou nesta quinta-feira o jornal oficioso da Santa Sé, o L’Osservatore Romano. O decreto assinala que “tendo em conta os numerosos pedidos de diferentes partes do mundo, o Papa Francisco dispôs que as celebrações das festas litúrgicas dos Santos Papa João XXIII e João Paulo II, sejam inscritas no Calendário Romano geral, a primeira no 11 e a segunda no 22 de outubro, com o grau de cor facultativa”.
O decreto foi publicado em latim e italiano, e regula o culto reservado a ambos os santos. Do mesmo modo, foram publicados os textos litúrgicos para a Missa em honra a São João XXIII. Os textos para a celebração de São João Paulo II foram publicados no L’Osservatore dos dias 11-12 de abril de 2011.
Ambos os pontífices foram canonizados pelo Papa Francisco em 27 de abril de 2014 em uma multitudinária cerimônia à qual compareceram quase 800.000 pessoas, que encheram a Praça de São Pedro e seus arredores.

18 de set. de 2014

Papa: "Reconhecer os pecados para receber o carinho de Jesus"

2014-09-18



Cidade do Vaticano (RV) – A coragem de admitir nossos pecados abre as portas ao carinho de Jesus e ao seu perdão: foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de quinta-feira, 18, na Casa Santa Marta.

A leitura do dia, extraída do Evangelho de Lucas, fala da pecadora que lava os pés a Jesus com suas lágrimas e os unge de perfume, enxugando-os com seus cabelos.

“Jesus foi convidado a comer na casa de um fariseu, pessoa de certo nível e cultura” – disse o Papa – “que queria ouvir Jesus e sua doutrina. E dentro de si, julgou seja pecadora como Jesus, que se fosse um profeta, saberia que gênero de mulher era aquele que o tocava”. “O fariseu não era mau, mas não conseguia entender o gesto daquela mulher:

"Não conseguia entender os gestos elementares do povo. Talvez este homem tivesse esquecido como se acaricia uma criança, como se consola uma idosa. Em suas teorias, em sua vida de governante, não se lembrava dos primeiros gestos da vida, aquele nós todos, quando nascemos, recebemos de nossos pais”.

Jesus – destacou o Papa – repreendeu o fariseu com humildade e ternura: “A sua paciência, o seu amor e o desejo de salvar todos o levaram a lhe explicar o que fez a mulher e os gestos de cortesia que ele mesmo não fez. E em meio ao murmúrio dos convivas, disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados! Tua fé te salvou; vai em paz!”.

“A palavra salvação – ‘A tua fé te salvou’ – diz somente à mulher, que é uma pecadora. E diz porque ela foi capaz de chorar por seus pecados, confessar seus pecados, e dizer: ‘eu sou uma pecadora’, e disse a si mesma. Não disse àquelas pessoas que não era ruim: eles se achavam que não eram pecadores. Os pecadores eram os outros: os cobradores de impostos, as prostitutas ... Estes eram os pecadores. Jesus diz esta palavra – “Você está salvo, você está salva, você se salvou'- somente para aquele que sabe abrir seu coração e se reconhecer pecador. A salvação somente entra no coração quando nós abrimos o coração na verdade dos nossos pecados”.

“O lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo - recordou o Papa - são os seus pecados”. Isso parece uma “heresia - observou – mas dizia isso também São Paulo”, que se vangloriava de duas coisas apenas: dos seus pecados e de Cristo ressuscitado que o salvou:

“E por isso reconhecer os próprios pecados, reconhecer a nossa miséria, reconhecer o que somos e do que somos capazes de fazer ou ter feito é precisamente a porta que se abre à carícia de Jesus, ao perdão de Jesus, à Palavra de Jesus: ‘Vai em paz, a tua fé te salvou! ', porque você foi corajoso, você foi corajosa a abrir o seu coração a quem, é o único que pode salvar você”. 

Jesus disse aos hipócritas: “as prostitutas e os cobradores de impostos irão preceder vocês no Reino dos Céus”. “E isso é forte!" - conclui o Papa – para que aqueles que se sentem pecadores abram os seus corações na confissão dos pecados, ao encontro com Jesus, que deu seu sangue por todos nós”. (CM-SP) 



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Divulgada Oração do Papa para o Sínodo

2014-09-18 



Cidade do Vaticano (RV) - O último domingo do mês de setembro, dia 28, será dedicado à oração pela III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para de 5 a 19 de outubro, no Vaticano, com o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.

Um comunicado difundido pela Secretaria do Sínodo, convida as dioceses, Igreja particulares, comunidades paroquiais, Institutos de vida consagrada, associações e movimentos a rezarem nas celebrações eucarísticas e em outros momentos celebrativos, nos dias anteriores e durante os trabalhos sinodais.

Em Roma, a oração será feita todos os dias na Capela da Salus Populi Romani, da Basílica de Santa Maria Maior. A proposta é motivar os fiéis a orarem em intenção por todas as famílias.

A Secretaria do Sínodo publicou um breve subsídio, em diversas línguas, com a Oração da Santa Família para o Sínodo, composta pelo Papa Francisco, e algumas intenções propostas para a Oração dos Fiéis:

I - ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA PELO SÍNODO

Jesus, Maria e José

em vós nós contemplamos

o esplendor do verdadeiro amor,

a vós dirigimo-nos com confiança.

Sagrada Família de Nazaré,

faz também das nossas famílias

lugares de comunhão e cenáculos de oração,

autênticas escolas do Evangelho

e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,

nunca mais nas famílias se vivam experiências

de violência, fechamento e divisão:

quem quer que tenha sido ferido ou escandalizado

receba depressa consolação e cura.

Sagrada Família de Nazaré,

o próximo Sínodo dos Bispos

possa despertar de novo em todos a consciência

da índole sagrada e inviolável da família,

a sua beleza no desígnio de Deus.

Jesus, Maria e José

escutai, atendei a nossa súplica.

II - ORAÇÃO UNIVERSAL

Irmãos e irmãs!

Como família dos filhos de Deus e animados pela fé, elevemos as nossas súplicas ao Pai, a fim de que as nossas famílias, sustentadas pela graça de Cristo, se tornem autênticas igrejas domésticas onde se vive e se dá o testemunho do amor de Deus.

Oremos e, juntos, digamos:

Senhor, abençoai e santificai as nossas famílias

Pelo Papa Francisco: que o Senhor, que o chamou a presidir à Igreja na caridade, o sustente no seu ministério ao serviço da unidade do Colégio episcopal e de todo o Povo de Deus, oremos:

Pelos Padres sinodais e pelos outros participantes na III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos: que o Espírito do Senhor ilumine as suas mentes, a fim de que a Igreja possa enfrentar os desafios sobre a família, em fidelidade ao desígnio de Deus, oremos:

Por aqueles que têm responsabilidades no governo das Nações: que o Espírito Santo inspire projetos que valorizem a família como célula fundamental da sociedade, segundo o desígnio divino e sustentem as famílias em situações difíceis, oremos:

Pelas famílias cristãs: que o Senhor, que pôs na comunhão esponsal o selo da sua presença, faça das nossas famílias cenáculos de oração, íntimas comunidades de vida e de amor, à imagem da Sagrada Família de Nazaré, oremos:

Pelos cônjuges em dificuldade: que o Senhor, rico em misericórdia, os acompanhe mediante a ação maternal da Igreja, com compreensão e paciência, no seu caminho de perdão e de reconciliação, oremos:

Pelas famílias que, por causa do Evangelho, devem deixar as suas terras: que o Senhor, que com Maria e José experimentou o exílio no Egito, os conforte com a sua graça e lhes abra caminhos de caridade fraternal e de solidariedade humana, oremos:

Pelos avós: que o Senhor, que foi recebido no Templo pelos Santos anciãos Simeão e Ana, os torne sábios colaboradores dos pais na transmissão da fé e na educação dos filhos, oremos:

Pelas crianças: que o Senhor da vida, que no seu ministério os acolheu, fazendo deles modelos para entrar no Reino dos Céus, suscite em todos o respeito pela vida nascente e inspire programas educativos em conformidade com a visão cristã da vida, oremos:

Pelos jovens: que o Senhor, que santificou as bodas de Caná, os leve a redescobrir a beleza da índole sagrada e inviolável da família no desígnio divino e sustente o caminho dos noivos que se preparam para o matrimónio, oremos:

Ó Deus, que não abandonais a obra das vossas mãos, escutai as nossas invocações:

Enviai o Espírito do vosso Filho para iluminar a Igreja no início do caminho sinodal a fim de que, contemplando o esplendor do verdadeiro amor que resplandece na Sagrada Família de Nazaré, dela aprenda a liberdade e a obediência para enfrentar com audácia e misericórdia os desafios do mundo de hoje.

Por Cristo nosso Senhor.
(CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

18/09 Nossa Senhora da Defesa


Cortina d'Ampezzo é uma cidade de Belluno, nordeste da Itália, muito disputada por turistas do mundo todo, especialmente europeus. Alí se praticam os esportes típicos das montanhas, do inverno ao verão. Por sua localização, durante séculos a cidade se viu em meio aos conflitos políticos e sofreu muitas invasões de bárbaros. 

A primeira lembrança da intercessão milagrosa de Nossa Senhora foi no ano 572, quando defendeu os ampezzanos da invasão dos vizinhos lombardos. Narra a tradição que os habitantes se reuniram, rezaram pedindo ajuda da Mãe e foram tentar se defender. Ao perceberem a inevitável invasão, invocaram o nome da Virgem Maria. Ela então, apareceu sobre as nuvens, com uma espada na mão. Quando os inimigos tentaram entrar na cidade, Ela os confundiu com as nuvens que lhes impediu a visão. Assim, lutaram entre si mesmos até se derrotarem. Deste episódio nasceu a devoção à Nossa Senhora da Defesa.

No século XIV na cidade já existia uma capela dedicada à ela. Em 1412, ocorreu outra intervenção prodigiosa da Virgem Mãe, que consta dos registros históricos da época. Desta vez o povo quase desarmado conseguiu parar as tropas do imperador dos godos, que desejava dominar esse território. A vitória foi interpretada como um novo sinal milagroso de Nossa Senhora da Defesa e é lembrada até hoje com uma festa nacional e religiosa. 

O atual Santuário, o mais antigo dessa devoção, foi construído em 1750. Na fachada, acima da porta principal do templo, foi pintado um quadro com a imagem de Nossa Senhora da Defesa, que a representa como surgiu no primeiro milagre. E no nicho do altar-mor se encontra sua estátua, também a mais antiga, venerada desde o século XIV, ricamente vestida e coroada.

Outro Santuário foi erguido na cidade de Casacalenda, do lado oposto de Nápoles, depois de 1850 e concluída em 1898. Nele estão recolhidos ex-votos doados dos milhares de milagres alcançados por intercessão da Virgem da Defesa. 

Também na ilha de Sardenha, na região de Sassari, se venera a Nossa Senhora da Defesa. Alí é a Padroeira da cidade de Stintino, que celebra sua festa, em 18 de setembro, com a tradicional procissão noturna das velas, por terra e por mar, reunindo milhares de devotos do mundo todo. Já na Catedral da cidade de Ozieri existe um belíssimo altar para sua devoção. 

No início do terceiro milênio o culto à Nossa Senhora da Defesa chegou ao Brasil com uma catequista que trouxe da Itália um quadro dessa imagem de Maria, para São Paulo. Em setembro de 2003, os devotos paulistanos inauguraram a primeira igreja sob essa devoção. Uma grande estátua da Virgem da Defesa foi entronizada no altar principal para a veneração dos fiéis que à ela recorrem pedindo proteção, contra a violência existente nas grandes cidades, para suas famílias e à comunidade.

Fonte: Portal Paulinas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...