30 de ago. de 2014

30 Ago São Cesário de Arles, se abriu ao querer de Deus

São Cesário de ArlesOs santos, como ninguém, entenderam que a Graça do Cristo que quer santificar a todos, é sempre a mesma, na eficiência, abundância e liberalidade. Cesário de Arles foi um destes homens que se abriu ao querer de Deus, e por isso como Bispo tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo.
Cesário nasceu na França em 470, e ao deixar sua casa entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo imperfeitamente dos monges sob sua administração. Diante dos excessos de penitências, Cesário precisou ir se tratar na cidade de Arles – Sul da França- local do aprofundamento dos seus estudos e mais tarde da eleição episcopal.
São Cesário de Arles, até entrar no Céu com 73 anos de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande orador popular do Ocidente latino e glória para a vida monástica. Já que escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da Fé e aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isto no campo da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da misericórdia e o cuidado da castidade.
São Cesário de Arles, rogai por nós!

Canção Nova 

Orar com santo Agostinho

"É necessário que sejamos novos, sem deixar que o velho se introduza em nós furtivamente, crescendo, avançando, transformando nosso homem interior dia após dia; não avancemos envelhecendo, senão fazendo com que a novidade cresça sempre em nós". 
(SANTO AGOSTINHO, Sermo 131,1) 

"Eis no que pensarás se quiseres ver a Deus: 'Deus é amor'. Que figura possui a caridade? Que forma? Que estatura? Que pés? Que mãos? Ninguém pode dizê-lo. Ela possui, contudo, pés, porque levam até à Igreja. Possui mãos, porque dão generosamente aos pobres. Possui olhos, porque se abrem às necessidades do indigente. A caridade possui ouvidos dos quais diz o Senhor: 'Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!' (Lc 8,8). Esses membros não estão dispostos no espaço. Tudo é compreendido pela inteligência de quem possui a caridade. Habita na caridade e ela habitará em ti, permanece nela e ela permanecerá em ti". 
(SANTO AGOSTINHO, Ep Io. tr. 7,10)

Fonte: http://www.agustinosrecoletos.com/

A busca de Deus

Deus, presente e misterioso, palpita em todos os cantos do universo. Mas por que não o vemos?


“Em todos os lugares te busco
sem encontrar-te jamais,
e em todos os lugares te encontro
somente por ter te buscado.”

Estes versos de Antonio Machado refletem um coração que busca, que chama, que espera, que quer e que encontra.

Deus é um mistério que nos interpela, que nos espera, que os convida todas as horas, todos os momentos, em cada circunstância.

Ao mesmo tempo, Deus quer que nós o busquemos. Ele está em todos os lugares, mas não o vemos. Ele nos ama como filhos, mas sabe respeitar a nossa liberdade. Deseja que voltemos para casa, mas nunca nos obriga a dar-lhe um beijo. Vivemos entre os seus braços, mas o sentir-nos seguros, como filhos, sob o teto do seu céu, depende de nós, da nossa liberdade.

Deus, presente e misterioso, palpita em todos os cantos do universo. Mas por que não o vemos? Por que tantos dividam? Por que tanto sofrimento? O caminho da vida nos leva, sem querer, à resposta.

Mas não podemos esperar cruzar o limiar da morte para resolver o mistério. Em cada árvore, no canto dos pássaros, no voo das abelhas, no perfume das flores, esconde-se algo grande, belo. Uma presença boa, amiga, paterna, vem ao nosso encontro nos mil detalhes da vida.

Deus e um homem que busca. Buscar não é fácil quando não sabemos ler os sinais, quando o cansaço da vida deixa feridas profundas, quando a solidão nos machuca ao ver um amigo ou familiar amado partindo desta vida.

Buscar, no entanto, é o essencial de um coração que ama, que deseja encontrar-se com o Deus vivo, que anseia pela fé, pela esperança e por um pouco de consolo.

Eu te encontro, sim, em todos os lugares, 
mas tens de me ajudar a buscar. 
Depressa, porque a vida passa 
e as nuvens se perdem no horizonte. 
Depressa, porque o amor não suporta a ausência do amado, 
porque não posso viver sem Ti, 
porque meu coração morre um pouco 
cada vez que não sinto perto, dentro, 
teu sopro e tua força de Deus bom...

(Artigo publicado originalmente por Oleada Joven)
sources: Oleada Joven

29 de ago. de 2014

ENTREGUE SEUS FARDOS A JESUS, POR MARIA

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11, 28).
Neste versículo do Evangelho de Mateus, Jesus nos chama a atenção para uma realidade, da qual não podemos fugir. Nós não damos conta de carregar sozinhos os nossos fardos. A prova disso é que Ele mesmo, em sua vida terrena, dividiu com os apóstolos e discípulos a missão que o Pai lhe confiou. Jesus, em sua sabedoria, confiou aos que o quisessem seguir a missão de pregar o Evangelho até os confins da terra, até que venha o seu Reino de maneira definitiva. Na sua entrega, Jesus foi ajudado por Simão, de Cirene, a carregar a pesada cruz até o alto do monte Calvário.
Por que devo entregar meus fardos a Jesus? O que são esses fardos e como entregar tudo isso?
Mesmo sendo Deus, Jesus não quis realizar a missão que o Pai lhe confiou sozinho. Por isso, não queiramos nós assumir nossa missão como cristãos sozinhos. Nós não damos conta de fazê-lo sozinhos. Não damos conta nem mesmo de vencer nossas tendências ao pecado sozinhos. Sem a graça de Deus não conseguimos vencer o ódio, a maldade, a indiferença, a falta de amor e de perdão. Sem a graça não somos capazes de ser santos, como o Senhor quer que vivamos. Não somos capazes de vencer o egoísmo, a mentira, a tendência ao pecado sozinhos.
Para que Jesus nos dê o descanso, precisamos entregar a Ele os nossos fardos, tudo aquilo que não damos conta de viver sozinhos. Nossas angústias, sofrimentos, nossa vida de pecado, somos chamados a entregar tudo que nos aprisiona, tudo que é um peso, a Deus. Entreguemos a Jesus as nossas próprias frustrações e as decepções com os outros. Ao entregar tudo, Ele nos prometeu que nos daria o descanso (cf. Mt 11, 28). Por isso, confiando em Sua Palavra, não tenhamos medo de entregar-lhe todo o peso que carregamos em nossa vida.
Precisamos entregar tudo isso para assumir o “jugo de Jesus” (cf. Mt 11, 29). Este jugo não é pesado porque é o Seu coração manso e humilde (cf. Ez 36, 26), é a sua vida que Ele quer nos dar. Porém, para receber esse coração precisamos romper com tudo aquilo que são os nossos fardos, as nossas misérias. Precisamos romper também com tudo aquilo que se opõe ao projeto de salvação de Deus para a humanidade e assumir esse projeto, pois é o projeto do coração manso e humilde, da vida de Jesus. Cristo quer a salvação de todo o gênero humano e somos chamados a colaborar com Ele.
Para assumir tão grande projeto de vida, de santidade e de entrega ao serviço do Evangelho, não tenhamos a pretensão de fazer isso sozinho. Mas, faça isso em plena comunhão com a Igreja e peça a intercessão da Virgem Maria. Como Jesus, confiemos a ela o nosso coração, entreguemos e ela os nossos medos, as nossas fraquezas. Pois, da mesma forma que ela formou o coração humano de Jesus, ela formará em nós o Seu coração manso e humilde. Basta nos entregarmos inteiramente a Maria e ela gerará o Seu Filho Jesus Cristo em nós.


Fonte: CN

28 de ago. de 2014

Aparição de São Miguel Arcanjo no Monte Gargano


Sao-Miguel-arcanjolComemora-se no dia 8 de maio a aparição de São Miguel Arcanjo sobre o Monte Gargano (em Apúlia, Itália), e no dia 29 de setembro a consagração da Igreja no mesmo local. Vejamos a origem dessa bela festividade, contado por alguém da época:
Vivia no século V na cidade de Siponto, ao pé do monte Gargano um pastor, que tinha coincidentemente o nome de Gargano. Era rico em rebanhos e pastagens. Um dia fugiu-lhe uma de suas reses, e indo o pastor a procurá-la, encontrou-a no alto do dito monte, à entrada de uma gruta. Sendo difícil prendê-la, por ser arisca, Gargano resolveu matá-la, para levar sua carne com o auxílio dos que o acompanhavam. Tomou do arco, fez pontaria e deferiu-lhes uma flecha.
Esta, como se fosse agarrada no ar por uma mão invisível, voltou-se no espaço e veio ferir o próprio Gargano.
Grande foi o espanto dos que o acompanhavam e presenciaram o ocorrido. Não sabendo explicar o acontecido e não ousando aproximar-se da gruta, correram à cidade a informar ao bispo do extraordinário evento.
Ouviu-os o santo prelado, e não sabendo também ele a que atribuir tal fenômeno, ordenou aos seus diocesanos três dias de jejum com o fim de pedir a Deus discernimento para interpretar o ocorrido.
No fim dos três dias, revelou-se o segredo de modo maravilhoso.
Apareceu ao santo bispo o próprio São Miguel Arcanjo e fê-lo saber que o prodígio da montanha havia sido operado por ele próprio, para indicar que aquele lugar estava debaixo da sua especial proteção e que ali queria lhe fosse prestado culto especial, assim como a todas as hierarquias angélicas do céu. Depressa, por sua vez o bispo fez saber a seu povo da aparição que tivera e todos, bispo e povo, partiram para a montanha em demanda da já famosa gruta.
Lá chegados, logo começaram a celebrar os ofícios divinos, pois a gruta, cavada na rocha, era espaçosa e prestava-se a acolher considerável número de pessoas. Com o tempo transformou-se aquela simples caverna em um celebérrimo santuário, local de frequentes e grandes milagres.
Muitos Papas e Santos visitaram este santuário de São Miguel, que é o mais famoso em todo o mundo. No dia 24 de maio de 1987 o Papa João Paulo II lá esteve, e ali fez um importante pronunciamento, reafirmando a existência e a ação do Demônio, e também da importância da proteção de São Miguel contra as suas maldades. Esta alocução do Papa está transcrita mais a frente neste livro, no capítulo 9, onde estão as Catequeses do Papa sobre os anjos.
Porque teria Deus escolhido este local para a devoção a São Miguel Arcanjo e aos Espíritos Celestes? Não sabemos. Mas sabemos que certamente Ele quis nos mostrar a importância da devoção ao grande Arcanjo São Miguel,  para proteger a cada um de nós e a Igreja dos ataques do demônio.

Fonte: Cleofas 

28 de Ago Santo Agostinho (Hipona)

O santo dos novos tempos




Em um jardim de Milão, no final da Idade Antiga, um homem se convertia à fé cristã. Seu nome é Agostinho e a sua obra é um legado que mudará não só a história da Igreja, como toda a humanidade.
O santo dos novos tempos
A Idade Média é o período de mil anos que vai de 476, queda do Império Romano do Ocidente, até 1453, ano da tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos e derrocada do Império Bizantino. Neste período, o pensamento cristão foi muito importante, influenciando a sociedade como um todo e lançando as bases da civilização ocidental, hoje em franca decadência.

Antes de falar do gênio de Santo Agostinho, que perpassa toda a era medieval, importa ressaltar a utilíssima divisão entre o Ocidente e o Oriente para compreender a própria história da Igreja. Ao transferir a capital do Império para Constantinopla, Constantino cria uma espécie de “estranhamento” entre os dois lados do território romano. Enquanto a parte oeste é cada vez mais marcada pela cultura romano-latina, preferindo o uso da língua latina, a parte leste é fortemente influenciada pelo helenismo e pelas culturas orientais, servindo-se do idioma grego. Além disso, na Igreja no Ocidente, o papel soberano do bispo de Roma sempre foi reconhecido sem muitas discussões, de modo que ele já exercia sua jurisdição universal sobre a Igreja desde o alvorecer da fé. A Igreja no Oriente, por outro lado, sofria com o problema do cesaropapismo, pelo qual o imperador de Constantinopla usurpava o poder pontifício, misturando desastradamente as esferas política e religiosa. A cisão no Império culmina com o cisma religioso do Oriente, em 1054, quando é criada a Igreja Ortodoxa.

Finalmente, detenhamo-nos sobre a figura de Agostinho de Hipona, cuja filosofia e teologia influenciaram toda a Idade Média. Cronologicamente, o santo pertence à Idade Antiga – nasceu em Tagaste, na África, em 13 de novembro de 354, e morreu em Hipona, em 28 de agosto de 430 –, mas sua importância para os tempos medievais é tão grande que Daniel-Rops lhe reserva o epíteto de “santo dos novos tempos” [1].

Tendo concluído seus estudos primários em Tagaste e se tornado grande orador em Cartago, Agostinho, muito mais romano que seus conterrâneos, viaja cedo para a Cidade Eterna, a fim de fazer carreira. Nessa época, ele já entrara em contato com o maniqueísmo, a religião do profeta persa Mani, que pregava o dualismo gnóstico. Até então, o único contato de Agostinho com a religião católica fora por meio de sua mãe, Mônica, e ela não conseguira trazê-lo para a fé.

Em Milão, Agostinho conhece o grande bispo e pregador Santo Ambrósio, diante de cuja oratória fica impressionado. Depois de entrar em contato com a obra “Hortênsio”, de Cícero, e com os filósofos neoplatônicos, ele abandona definitivamente o maniqueísmo e convence-se de que, mais do que aprender retórica, o que ele precisa é conhecer a Verdade. Na ocasião, ainda preso às paixões carnais que o arrastavam desde a adolescência ociosa, a narração de um tal Ponticiano fá-lo repensar a sua vida. Ele conta a Agostinho a vida de Santo Antão e fala de jovens na própria cidade de Milão que se decidiram firmemente em abandonar tudo o que tinham para servir a Deus na castidade e na vida escondida [2].

Impressionado com o que ouvia e lamentando a vida dissoluta que levava até então, Agostinho vive uma dramática luta interior:

“Assim sofria e me atormentava, com acusações mais acerbas que de costume, rolando-me e debatendo-me dentro de minha cadeias, para ver se as quebrava por completo.

(...)

E dizia comigo mesmo: “Vamos! Mãos à obra, sem demoras!” E quase passava da palavra à ação. Estava a ponto de agir, mas não agia. Eu já não recaía nas antigas paixões, mas delas estava bem próximo, e tomava ainda alento de seu ar.

(...)

Mantinham-me preso umas tantas bagatelas, umas vaidades de vaidades, antigas amigas minhas, que me puxavam por minhas vestes carnais, murmurando: ‘Então, nos abandonas? De agora em diante nunca mais estaremos contigo? Desde este momento nunca mais te será lícito isto ou aquilo?’

(...)

Mas isto já dizia com voz muito débil. Para onde voltava o rosto, e por onde temia passar, mostrava-se para mim a casta dignidade da continência, serena e alegre, sem desordens, acariciando-me honestamente para que me aproximasse sem medo.

(...)

E a continência zombava de mim com ironia animadora, como se dissesse: ‘Então, não serás capaz de fazer o mesmo que eles? Ou será que estes e estas encontraram forças em si mesmos, e não no Senhor, seu Deus? Foi o Senhor Deus, quem me entregou a eles. Por que te apoias em ti, se és vacilante? Lança-te nele, não temas, que ele não se apartará de ti, e tu não cairás. Lança-te com confiança, que ele te receberá e te curará.’

E enchia-me de vergonha  por ainda ouvir o murmúrio daquelas bagatelas e, vacilante, continuava indeciso.” [3]
Até que ele se rende e deixa que Deus vença a sua carne:

“Mas logo que esta profunda reflexão tirou da profundeza de minha alma, e expôs toda minha miséria à vista de meu  coração, caiu sobre mim enorme tormenta, trazendo copiosa torrente de lágrimas.

(...)

E embora não com estes termos, mas com o mesmo sentido, muitas coisas te disse como esta: E tu, Senhor, até quando? Até quando, Senhor, hás de estar irritado! Esquece-te de minhas iniquidades passadas! Sentia-me ainda preso a elas, e gemia, e lamentava: Até quando? Até quando direi amanhã, amanhã? Por que não agora? Por que não pôr fim agora às minhas torpezas?’

Assim falava, e chorava oprimido pela mais amarga dor do meu coração. Mas eis que, de repente, ouço da casa vizinha uma voz, de menino ou menina, não sei, que cantava e repetia muitas vezes: ‘Toma e lê, toma e lê’.

E logo, mudando de semblante, comecei a buscar, com toda a atenção em minhas lembranças se porventura esta cantiga fazia parte de um jogo que as crianças costumassem cantarolar; mas não me lembrava de tê-la ouvido antes. Reprimindo o ímpeto das lágrimas, levantei-me. Uma só interpretação me ocorreu: a vontade divina mandava-me abrir o livro e ler o primeiro capitulo que encontrasse.

(...)

Depressa voltei para o lugar onde Alípio estava sentado, e onde eu deixara o livro do Apóstolo ao me levantar. Peguei-o, abri-o, e li em silêncio o primeiro capítulo que me caiu sob os olhos: ‘Não caminheis em glutonarias e embriaguez, não nos prazeres impuros do leito e em leviandades, não em contendas e rixas; mas revesti-vos de nosso Senhor Jesus Cristo, e não cuideis de satisfazer os desejos da carne’.

Não quis ler mais, nem era necessário. Quando cheguei ao fim da frase, uma espécie de luz de certeza se insinuou em meu coração, dissipando todas as trevas de dúvida.” [4]
Com aquela página das Escrituras aberta, começa a ser escrita uma nova página da história. A conversão de Santo Agostinho não mudou somente a sua vida, mas toda a história da Igreja e da própria humanidade. Na vigília pascal próxima, ele, seu filho Adeodato e seu amigo Alípio são batizados por Ambrósio. Depois, Agostinho volta para a África. Neste ínterim, morrem seu filho e sua santa mãe, Mônica, com a qual ele tem uma grande experiência mística em Óstia.

Já na África, levando uma vida de muita oração e contemplação da Verdade, Agostinho percebe que, após a conversão, sua inteligência passa a compreender mais facilmente as coisas. Além da luz natural da razão, agora o auxiliava o dom sobrenatural da graça.

Ordenado presbítero, depois de muita insistência do bispo Valério, o doctor gratiae sucede-o na comunidade de Hipona, onde erige o seu grande monumento intelectual, De Civitate Dei [“A Cidade de Deus”]. Essa obra, inspirada pela situação trágica em que do Império Romano invadido pelos bárbaros, aponta para a existência de duas cidades invisíveis, fundadas por dois amores opostos: “Dois amores fundaram, pois, duas cidades, a saber: o amor próprio, levado ao desprezo de Deus, a terrena; o amor a Deus, levado ao desprezo de si próprio, a celestial” [5].

Sobre esta cultura será moldada a Europa cristã. Sobre este gigante intelectual se edificam os mil anos de Idade Média, durante os quais a Igreja resgata o Ocidente da barbárie e das verdadeiras trevas que até hoje ameaçam a humanidade: o afastamento de Deus e de Sua vontade.

Referências

Cf. Henri Daniel-Rops. A Igreja dos tempos bárbaros. Quadrante: São Paulo, 1991, p. 9
Cf. Santo Agostinho, Confissões, VIII, 6
Confissões, VIII, 11
Ibidem, VIII, 12
De Civitate Dei, XIV, 27

Fonte : https://padrepauloricardo.org

27 de ago. de 2014

Supostas "Ameaças" do Estado Islâmico contra o Papa Francisco não têm fundamento, afirma Porta-voz vaticano

VATICANO, 26 Ago. 14 / 06:33 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em resposta às notícias que sustentam que terroristas do Estado Islâmico (ISIS) estão ameaçando de morte o Papa Francisco assinalando-o como o “portador de uma falsa verdade”, o diretor do Escritório de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi, declarou que não há razão para a preocupação e desmentiu os rumores.
“Não há nada sério nisto. Não há uma preocupação particular no Vaticano. Esta notícia não tem fundamento”, declarou hoje à agência CNA do Grupo ACIde notícias em inglês.
Os rumores sobre o ISIS e o Bispo de Roma deram a volta ao mundo ontem depois da publicação de um artigo no jornal italiano “Il Tempo”, segundo o qual o número de Jihadistas na Itália está em aumento devido à influência de imigrantes não identificados no país.
O artigo sustenta que os fundamentalistas islâmicos do Estado Islâmico, grupo liderado por Al-Baghdadi, querem “elevar o nível de confrontação” na Europa e mencionaram fontes israelenses segundo as quais que o Papa seria um dos potenciais alvos do ISIS como o “maior expoente das religiões cristãs”.
Al-Baghdadi é considerado o chefe de estado e monarca absoluto do autoproclamado Estado Islâmico (ou califado) no Iraque ocidental e Síria nororiental, e é o anterior líder do Estados Islâmico do Iraque e o Levante (ISIL), também denominado como o Estados Islâmico do Iraque e Síria (ISIS).
Apesar de notícias sobre ameaças de atentados na Europa e especificamente contra o Papa parecem serem infundadas, no dia 20 de agosto a rede italiana de televisão RAI informou que a Itália reforçou sua segurança. Segundo a própria emissora, porém, não há indícios sólidos de ameaças ou ataques no país apesar de que o governo tenha emitido um alerta de alcance nacional.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/supostas-ameacas-do-estado-islamico-contra-o-papa-francisco-nao-tem-fundamento-afirma-porta-voz-vaticano-88212/

Papa: Fofoca é pecado!

2014-08-27 




Cidade do Vaticano (RV) – A audiência geral do Papa com os fiéis se realizou esta quarta-feira, 27, na Praça São Pedro, ao ar livre, sob um sol de verão e temperatura amena. Participaram do encontro, como sempre, grupos de vários países. Do Brasil, assinala-se a presença de peregrinos de Porto Alegre (RS) e de Santo André (SP).

Retomando o ciclo de catequeses sobre a Igreja, Francisco refletiu junto aos 12 mil presentes sobre a profissão de fé e o ‘Credo’, ressaltando a importância de sermos “artífices de paz e reconciliadores” em nossas comunidades.

A Igreja é una e santa – como professamos no Credo –, mas esta unidade e santidade não são obra nossa; elas vêm de Deus. Na verdade, Jesus, quando estava para oferecer a sua vida por nós, rezou ao Pai pela unidade da Igreja, pedindo que todos os seus discípulos vivessem unidos com a Santíssima Trindade e uns com os outros”, iniciou o Papa.

A Igreja também é santa, pois è fundada em Jesus Cristo, animada pelo seu Espírito e repleta de seu amor e de sua salvação. Ao mesmo tempo, porém, é composta por pecadores, com suas fragilidades e misérias. Portanto, a fé que professamos deve nos levar à conversão, a termos a coragem de viver todos os dias a unidade e a santidade que provêm de Deus”.

Diz-se que os crentes da Igreja primitiva formavam “um só coração e uma só alma” e São Paulo não se cansava de lembrar aos fiéis das suas comunidades que todos são “um só corpo”.

Entretanto – lembrou o Pontífice – a experiência mostra-nos que há tantos pecados contra a unidade; e não pensemos apenas nas heresias ou nos cismas, mas em faltas muito mais comuns, nos pecados “paroquiais”: com efeito, as nossas paróquias, chamadas a ser lugares de partilha e comunhão, infelizmente parecem marcadas por invejas, ciúmes, antipatias. Como se faz fofoca nas paróquias! Isto não è Igreja, não se faz! É verdade que isso é humano, mas não é cristão!”.

Falando diretamente aos fiéis, o Papa Francisco disse que “isto acontece quando almejamos o primeiro lugar; quando colocamo-nos no centro de tudo e com nossas ambições pessoais e nosso modo de ver as coisas, julgamos os outros; quando olhamos aos defeitos de nossos irmãos, ao invés de suas virtudes; quando damos mais peso ao que nos divide do que ao que nos une…”.

O Papa citou o exemplo de uma senhora que conheceu em uma diocese em que esteve no passado. Esta pessoa, que nunca falava mal de ninguém, “poderia ser canonizada amanhã”, disse, sorrindo.

A divisão é um dos pecados mais graves numa comunidade cristã, porque a torna sinal, não da obra de Deus, mas da obra do diabo. O diabo é, por definição, aquele que divide, arruína as relações, insinua preconceitos e suspeitas; Deus, ao invés, quer que cresçamos na capacidade de nos acolhermos, perdoarmos e amarmos, para nos parecermos cada vez mais com Ele, que é comunhão e amor. Nisto está a santidade da Igreja: reconhecer-se feita à imagem de Deus, repleta da sua misericórdia e da sua graça”.

O Papa convidou todos, no final da catequese, a pedir sinceramente perdão por todas as vezes “em que criamos divisões ou incompreensões em nossas comunidades, bem sabendo que não existe comunhão sem uma contínua conversão”.

Antes de conceder a benção apostólica, o Papa se dirigiu aos peregrinos cubanos, lembrando que quinta-feira, 28, será colocada nos Jardins do Vaticano uma imagem da Virgem da Caridade do Cobre, padroeira da ilha. Francisco cumprimentou carinhosamente os fiéis presentes para esta ocasião, recomendando que levem sua benção a todos os cubanos.

Enfim, dedicou algumas palavras à memória de Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, no dia de sua festa litúrgica: “Que seu amor pelo Senhor indique a vocês, jovens, a centralidade de Deus em sua vida; encoraje vocês, queridos doentes, a enfrentar com fé os momentos de sofrimento e incentive vocês, queridos noivos, a educar de modo cristão os filhos que o Senhor lhes doará”.
(CM)





Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

27 de Ago A devoção a Nossa Senhora dos Prazeres em Maceió: Breve Histórico

Historicamente, Portugal foi a primeira nação católica a festejar os prazeres de Nossa Senhora. A origem deste culto remonta ao século XIV, mas só no século XVI se desenvolveu mais amplamente, tendo em vista a aparição miraculosa de sua imagem.
No ano de 1599, apareceu uma imagem da soberana Senhora sobre uma fonte, na quinta dos Condes da Ilha, em Alcântara. A imagem era belíssima, esculpida em pedra de alabastro e pintada de cores com bordaduras de ouro em brutescos. A fonte onde apareceu a imagem foi logo considerada pelo povo como sagrada, em razão da grande virtude que Nossa Senhora comunicou àquela água, com a qual os enfermos eram curados de seus males.
A família dos Condes resolveu levar a imagem para sua casa e colocá-la no seu oratório privado. Porém, como Mãe amorosa que deseja favorecer a todos os seus filhos, a imagem desapareceu, inexplicavelmente, do oratório, sendo encontrada novamente no mesmo local de origem. E foi nesse lugar sagrado que a Virgem Maria se manifestou a uma inocente menina, mandando-lhe que dissesse ao povo da circunvizinhança que edificasse uma ermida naquele ponto, onde fosse venerada e invocada por todos sob o título de Nossa Senhora dos Prazeres.
Construída a ermida, nela colocaram a imagem da Bendita Mãe de Deus, que logo começou a operar muitas maravilhas. No dia de sua festa, grande é a multidão que acorre a venerá-la.
O título de Nossa Senhora dos Prazeres provém da comemoração das sete maiores alegrias ou prazeres que a Santíssima Virgem teve aqui na Terra. Resumidos, são os seguintes os seus maiores prazeres: 1º) quando soube, pela anunciação do anjo, que seria a Mãe do Messias Salvador; 2º) quando ouviu a saudação de Santa Isabel; 3º) quando contemplou seu Filhinho, Jesus, recém-nascido; 4º) quando os magos foram adorar o Menino; 5º) quando reencontrou Jesus no Templo de Jerusalém; 6º) quando Jesus lhe apareceu depois da Ressurreição; 7º) quando foi assunta e coroada Rainha do Céu.
No Brasil, a devoção a Nossa Senhora dos Prazeres chegou na primeira metade do século XVII, durante as campanhas militares empreendidas contra os holandeses, instalados na Capitania de Pernambuco, de onde dominavam vasto território do Nordeste brasileiro, desde o rio de São Francisco até o Ceará.
Segundo a piedade popular católica, a vitória obtida pelos exércitos luso-brasileiros, nas batalhas dos Montes Guararapes, foi obra de Nossa Senhora dos Prazeres, cuja imagem pintada em estandartes seguia sempre à frente das tropas. Desse modo, de acordo com o imaginário religioso popular, em Guararapes, Nossa Senhora combateu ao lado dos católicos contra os inimigos holandeses hereges e infiéis – protestantes e judeus. Afinal, como reza uma antiga prece mariana, a Virgem Maria se apresenta aos seus inimigos “terrível como um exército em ordem de batalha”.
Em ação de graças pela expulsão dos neerlandeses, o Mestre de Campo e General do Estado do Brasil, Francisco Barreto, mandou edificar à sua custa, em 1656, no mesmo local das batalhas, uma capela à Virgem Senhora Nossa dos Prazeres com cujo favor alcançou as duas memoráveis vitórias: a primeira, em 18 de abril de 1648, e a segunda, em 18 de fevereiro de 1649.
Ora, durante todo o período histórico colonial brasileiro, o território do atual Estado das Alagoas esteve incorporado à Capitania de Pernambuco. De certa forma, isso explica a gênese da devoção de nosso povo a Senhora dos Prazeres.
De Jaboatão dos Guararapes essa devoção se irradiou para outras localidades, atingindo, no século XVIII, ao ainda povoado de Maceió, que possuía uma capela consagrada a São Gonçalo do Amarante. Essa capela pertencera ao antigo engenho Massayó, de propriedade do Capitão Apolinário Fernandes Padilha. O engenho situava-se no local onde hoje está a Praça D. Pedro II, chamada também Praça da Catedral. Em torno do dito engenho surgiu um povoado, elevado à Vila, em 1815, com o nome de Maceió. Posteriormente, ante a inquestionável prosperidade do burgo, tornou-se a Capital das Alagoas, em 9 de dezembro de 1839.
Segundo Mons. Cícero Teixeira de Vasconcelos, proficiente historiador e pesquisador da história eclesiástica alagoana, em sua memorável obra, Sobre a história da Catedral de Maceió (1959), publicada por ocasião do centenário de inauguração da Igreja Catedral, antiga Matriz da Paróquia de Maceió, desde o ano de 1762 Nossa Senhora dos Prazeres passou a ser a Padroeira de Maceió.
Por fim, convém ressaltar ainda que, além de Jaboatão dos Guararapes e de Maceió, Nossa Senhora dos Prazeres é Padroeira da Catedral e da Diocese de Lages, em Santa Catarina, onde sua festa é celebrada a 15 de agosto. Também no Santuário de Nossa Senhora da Penha, no Estado do Espírito Santo, as sete alegrias da Bendita Virgem Maria são comemoradas no domingo da Pascoela.

Fonte: http://www.arquidiocesedemaceio.org.br/

27 AGO Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho

Santa MônicaNeste dia, celebramos a memória desta grande santa, que nos provou com sua vida que realmente “tudo pode ser mudado pela força da oração.” Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica, rogai por nós!
Canção nova 

A mais bela flor

O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo esta tentando me afundar.

E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante chegou cansado de brincar.  Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:

- Veja o que encontrei:

Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.

Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado ao meu lado, e levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:

- O cheiro é ótimo, e é bonita também...Por isso a pequei:; ei-la, é sua.

A flor á minha frente estava  morta ou  morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo, ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la e respondi:

- O que eu precisava.

Mas, ao invés de colocá-la na  minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nesta hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.

Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol encanto lhe agradecia por escolher a melhor flor naquele jardim.

 -De nada, ele sorriu.

E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia. Me sentei e pus-me a pensar como ele conseguiu enxergar um homem  auto piedoso  sob um velho carvalho. Como ele sabia do meu sofrimento autoidulgente?   

Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado como a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que problema não era o mundo, e sim EU.

E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu. E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, uma outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.

Fonte: Livro Sabedoria em Parábolas

A força da oração de uma mãe pelo filho


mae_orandoSanta Mônica é o exemplo claro do poder da oração das mães pelos filhos. Ela nasceu em Tagaste (África), em 331, de família cristã. Muito jovem, foi dada em casamento a um homem pagão chamado Patrício, de quem teve vários filhos, entre eles Agostinho, cuja conversão alcançou da misericórdia divina com muitas lágrimas e orações. É um modelo perfeito de mãe cristã. Morreu em Óstia (Itália) no ano 387.
Deus estabeleceu uma lei: precisamos pedir a Ele as graças necessárias em nossa vida, para sermos atendidos. Jesus foi enfático: “E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.  Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá” (Lc 11,8-10). Quem não pede não recebe.
Jesus disse isso depois de contar aquele caso do vizinho que bateu na porta da casa do outro para pedir um pouco de pão à meia noite, porque tinha recebido uma visita e estava sem pão. Como o outro não quis atendê-lo, Jesus disse: “Eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar”.
Ora, o que Jesus está querendo nos ensinar com isso?
Que devemos fazer o mesmo com Deus. Importuná-lo! Mas, por que Deus faz assim? É para saber se de fato confiamos Nele; se temos fé de verdade, como aquela mulher cananeia, que não era judia, mas que pediu com insistência que curasse o seu filho endemoniado  (Mt 15, 22). Se a gente pede uma vez ou duas, e não recebe, e não pede mais, é porque não confiamos Nele.
Santo Agostinho ensinou o seguinte: “Deus não nos mandaria pedir, se não nos quisesse ouvir.  A oração é uma chave que nos abre as portas do céu.  Quando vires que tua oração não se apartou de ti, podes estar certo de que a misericórdia tão pouco se afastou de ti. Os grandes dons exigem um grande desejo porquanto tudo o que se alcança com facilidade não se estima tanto como o que se desejou por muito tempo. Deus não quer dar-te logo o que pedes, para aprenderes a desejar com grande desejo”.
Ninguém como ele entendeu a força da oração de uma mãe por seu filho; pois durante vinte anos sua mãe, Santa Mônica, rezou pela conversão dele, e conseguiu. Ele mesmo conta isso no seu livro “Confissões”.
Ele disse que sua mãe ia três vezes por dia diante do Sacrário em Hipona, e pedia a Jesus que seu Agostinho se tornasse “um bom cristão”. Era tudo que ela queria, não pedia que ele fosse um dia padre, bispo, santo, doutor da Igreja e um dos maiores teólogos e filósofos de todos os tempos. Mas Deus queria lhe dar mais. Queria de Agostinho esse gigante da Igreja, então, ela precisava rezar mais tempo e sem desanimar. E Santa Mônica não desanimou, por isso temos hoje esse gigante da fé. Fico pensando se ela parasse de rezar depois de pedir durante 19 anos… Não teria o seu filho convertido. E nós não teríamos o Doutor da Graça.
Quando Agostinho deixou a África do Norte, e foi ser o orador oficial do imperador romano, em Milão, ela foi atrás dele. Tomou o navio, atravessou o Mediterrâneo, e foi rezar por seu filho. Um dia, foi ao bispo de Milão, em lágrimas, dizer-lhe que não sabia mais o que fazer pela conversão de seu Agostinho, que o bispo bem conhecia por sua fama. Simplesmente o bispo lhe respondeu: “Minha filha, é impossível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas”.
E aconteceu. Santo Agostinho, ouvindo as pregações de Santo Ambrósio, bispo de Milão, se converteu; foi batizado por ele, e logo foi ordenado padre, escolhido para bispo, e um dos maiores santos da Igreja. Tudo porque aquela mãe não se cansou de rezar pela conversão de seu filho… vinte anos!
Santo Agostinho disse nas “Confissões” que as lágrimas de sua mãe diante do Senhor no Sacrário, eram como “o sangue do seu coração destilado em lágrimas nos seus olhos”.  Que beleza! Que fé!
É exatamente o que a Igreja ensina: que nossa oração deve ser humilde, confiante e perseverante. Humilde como a do publicano que batia no peito e pedia perdão diante do fariseu orgulhoso; confiante como a da mãe cananeia e perseverante como a da mãe Mônica. Deus não resiste às lágrimas e as orações de uma mãe que reza assim.
Santo Agostinho resume com estas palavras a vida de sua mãe: “Cuidou de todos os que vivíamos juntos depois de batizados, como se fosse mãe de todos; e serviu-nos como se fosse filha de cada um de nós”.
O exemplo de Santa Mônica ficou gravado de tal modo na mente de Santo Agostinho que, anos mais tarde, certamente lembrando-se da sua mãe, exortava: “Procurai com todo o cuidado a salvação dos da vossa casa”. Já se disse de Santa Mônica que foi duas vezes mãe de Agostinho, porque não apenas o deu à luz, mas resgatou-o para a fé católica e para a vida cristã. Assim devem ser os pais cristãos: duas vezes progenitores dos seus filhos, na sua vida natural e na sua vida em Cristo.
Prof. Felipe Aquino

Cleofas 

26 de ago. de 2014

26 Ago São Zeferino, chefiou a Igreja de Cristo

São ZeferinoNeste dia celebramos a vida de santidade do Papa São Zeferino que no amor de pastor chefiou com o Espírito Santo a Igreja de Cristo. Zeferino era romano, filho de Abôndio e assumiu no século II a Cátedra de Pedro, num período de grande perseguição para os cristãos, tanto assim que os seus treze predecessores morreram todos mártires.
O que mais abalava a Igreja não eram as perseguições e massacres, mas sim as heresias que foram surgindo conjuntamente à tentativa de elaborar as Revelações com dados puramente filosóficos. Os gnósticos chegavam a negar a divindade de Cristo; Teodoro subordinou de tal forma Cristo ao Pai que fez dele uma simples criatura e Montano profetizava e pregava sobre o fim do mundo a partir da consciência de ser a revelação do Espírito Santo.
Diante de todas as agitações, São Zeferino, mesmo não sendo um teólogo e nem escritor, soube com o bom senso e a ajuda do Espírito Santo unir-se a grande sábios da ortodoxia da época, como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, a fim de livrar os cristãos da mentira e rigorismos. São Zeferino foi martirizado e entrou na Igreja Triunfante no ano de 217.
São Zeferino, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova 

6 a 4 Para Os Pais

Se a vida em família fosse um campeonato entre pais e filhos,
Um bom resultado seria este: 6 a 4 para os pais. 
Nem pais eternos vencedores, nem filhos eternos perdedores. 
Se no fim do campeonato, filhos crescidos, feitas as contas,
Se constatar que os pais venceram de pouco, mas venceram. 
E os filhos perderam de pouco, mas perderam para seus pais. 
Seria uma honra para os pais terem vencido como quem respeita 
E para os filhos terem perdido para pessoas tão competentes. 

Filhos ou pais derrotados são filhos ou pais infelizes!
Por isso, escreva, anote e prenda na parede da sua casa
Para que nenhum dos lados esqueça o que é jogar, juntos,
o jogo da vida em família: este placar:

Pais 10 x 0 - Durões, cruéis e prepotentes donos absolutos dos filhos... 
Maus.

Pais 9 x 1 - Raramente dão liberdade. Marcação cerrada... 
Amam, mas amam errado.

Pais 8 x 2 - Começam a confiar, mas ainda com medo... 
Amam, mas amam errado.

Pais 7 x 3 - Admitem pedir desculpas e voltar atrás. 
Estão amando certo, mas ainda falta um pouco

Pais 6 x 4 - Vitoriosos com classe. 
Sabem quando pedir e quando mandar, exigir, sabem disciplinar.
Amorosos.

Pais 5 x 5 - Liberais demais. Os filhos se acham no mesmo nível dos pais. 
E os pais acham que é assim mesmo. Todo empate é perigoso na vida em família.
Filho nunca é igual a pai e mãe. 
Não existe esse empate. Se existir é mal.

Filhos 6 x 4 - A família começa a ir mal .
Os filhos estão conseguindo sempre o que querem.
Errado.

Filhos 7 x 3 - Os filhos estão mentindo, enganando os pais 
e estes se calam, sabendo que é errado.

Filhos 8 x 2 - Os filhos já estão prepotentes. 
Aprontam, erguem a voz, desrespeitam, 
impõem sua vontade e sabem que vão acabar vencendo por que os pais são fracos. 
Estão encurralados.

Filhos 9 x 1 - Existe droga, violência e ingratidão naquela casa. 
Acabou o respeito. A mãe não tem mais força nenhuma sobre os filhos. 
O pai é um "Zé ninguém". Os filhos mandam e desmandam.
Baderna geral

Filhos 10 x 0 - A família acabou. Os filhos derrotaram seus pais. 
Tem gente maldita naquela casa. 

Se em sua casa os filhos estão perdendo por mais de 6 a 4 ou empatando de 5 a 5, 
ou vencendo, comece a procurar ajuda! 
Sem carinho e autoridade pais e filhos acabam perdendo o rumo 
e nosso país não pode mais suportar isso. 
Nosso país precisa de mais escolas e de mais de colo inteligente e amoroso. 
Porque a escola mais importante e o colo mais gostoso ainda estão lá... 
Na sua casa!

´Pe Zezinho scj 

Fonte: Internet 

A Mãe do Salvador e a Nossa Vida Interior

A devoção a este ou aquele santo não é obrigatória. Mas, com a Virgem Santíssima não é assim. Desde o tempo dos apóstolos, a Igreja ensina que Nossa Senhora possui um papel determinante na salvação da humanidade.

O padre Reginaldo Garrigou-Lagrange, em seu livro La Madre del Salvador e Nuestra Vida Interior ["A Mãe do Salvador e Nossa Vida Interior"][1], explica com grande profundidade teológica por que se invoca Nossa Senhora como "corredentora" e "medianeira de todas as graças", desde tempos antiquíssimos.

Ele começa a sua reflexão explicando em que consiste a expressão "nova Eva", comumente usada para se referir à Virgem Maria: "como Eva esteve unida ao primeiro homem na obra da perdição, Maria devia estar unida ao Redentor na obra da reparação" [2]. A Tradição testemunha que esta é uma forma de invocação da Igreja desde tempos imemoriais:

"Com efeito, já no século II, esta doutrina de Maria, nova Eva, está universalmente admitida, e os Padres que a expõem não o fazem como se fosse uma especulação pessoal, mas como doutrina tradicional na Igreja, que se apoia nas palavras de São Paulo, em que ele chama Cristo de novo Adão e o contrapõe ao primeiro, como a causa da salvação se opõe à da queda (cf. 1 Cor 15, 45ss; Rm 5, 12ss; 1 Cor 15, 20-23). Os Padres relacionam estas palavras de São Paulo com o relato da queda, a promessa da redenção e da vitória sobre o demônio (cf. Gn 3, 15) e com o relato da Anunciação (Lc 1, 26-28), onde se fala do consentimento de Maria na realização do mistério da Encarnação redentora."

"Pode-se, pois, e ainda se deve ver nesta doutrina de Maria – nova Eva associada à obra redentora de seu Filho – uma tradição divino-apostólica." [3]
O pe. Garrigou-Lagrange explica ainda como o termo "nova Eva" traz à luz a realidade de que Maria cooperou na redenção, junto com Jesus:

"Como Eva cooperou moralmente para a queda, cedendo à tentação do demônio, por um ato de desobediência e induzindo Adão ao pecado, Maria, pelo contrário, nova Eva, cooperou moralmente em nossa redenção, conforme o plano divino, crendo nas palavras do arcanjo Gabriel e consentindo livremente no mistério da Encarnação redentora e em todos os sofrimentos que d'Ele se deduziriam para seu Filho e para ela."

"Maria, certamente, não é a causa principal e efetiva da redenção; não nos podia resgatar condignamente, em justiça, porque faltava, para isso, um ato teândrico de valor intrinsecamente infinito, que só pode pertencer a uma pessoa divina encarnada. Mas Maria é realmente causa secundária, subordinada a Cristo e dispositiva de nossa redenção. Diz-se 'subordinada a Cristo', não só no sentido de que é inferior, mas também porque concorre à nossa salvação por uma graça proveniente dos méritos de Cristo, e obra, pois, n'Ele, com Ele e por Ele, in ipso, cum ipso et per ipsum. Não se deve nunca perder de vista que Cristo é o mediador universal supremo e que Maria foi resgatada pelos méritos do Salvador, por uma redenção preservadora, não libertadora, posto que foi preservada do pecado original e logo de toda falta, pelos méritos futuros do Salvador de todos os homens." [4]
Então, o Redentor é um só, Jesus, e Maria coopera nessa obra não como uma pessoa que ajuda parcialmente a puxar uma carroça, mas como uma árvore cujo fruto, em última instância, vem de Deus. Tanto Jesus quanto Maria atuam na obra da redenção, só que um de forma originária, transcendente e divina; e o outro, de forma secundária e subordinada. O fruto veio da árvore, mas tanto a árvore quanto o fruto, na verdade, vieram de Deus.

Primeiramente, é preciso entender que Maria gerou Jesus por um ato da liberdade divina. Deus, onipotente que é, podia ter mandado o Seu Filho ao mundo de muitas outras formas, mas preferiu servir-se da cooperação de uma criatura humana. Sem dúvida, Deus é a origem da salvação: foi Jesus quem pagou o preço por nossos pecados, morrendo na Cruz e derramando o Seu sangue por nós. Mas, quem tornou possível, com o seu "sim", que o Verbo tomasse um corpo humano, a fim de sacrificá-lo na Cruz? Foi Maria Santíssima. Visitada pelo arcanjo Gabriel, ela deu o seu consentimento à vontade divina, tornando possível a encarnação do Verbo e a salvação do gênero humano. O fato de o próprio Todo-Poderoso fazer-se "dependente", por assim dizer, da liberdade de uma criatura, não diminui em nada a Sua obra salvífica. Pelo contrário, só a torna ainda mais maravilhosa, só mostra o quanto é eficaz a vontade de Deus. Como diz Santo Tomás de Aquino, "a vontade divina, sendo eficacíssima, não somente produz as coisas que quer que se façam, mas, também do modo pelo qual assim as quer. Ora, Deus quer que algumas se façam necessariamente; outras, contingentemente" [5]. O Senhor fez que a encarnação do Verbo acontecesse contingentemente, dependendo da liberdade de uma criatura. E isto torna esta obra ainda mais admirável.

Maria, então, ao aceitar ser Mãe do Redentor, tornou-se mãe de todos os homens. Explica Garrigou-Lagrange:

"Maria converteu-se em nossa Mãe ao consentir livremente em ser a Mãe do Salvador, autor da graça, que nos gerou espiritualmente. Neste instante nos concebeu espiritualmente, de tal maneira que teria sido nossa Mãe adotiva por este fato, ainda que morresse antes de seu Filho."

"Quando depois Jesus consumou sua obra redentora pelo sacrifício da Cruz, Maria, ao unir-se a este sacrifício, por um ato de fé, de confiança e de amor a Deus e às almas, o maior que já existiu, converteu-se, de um modo mais perfeito, em nossa Mãe, por uma cooperação mais direta, mais íntima e mais profunda em nossa salvação."

"Além disso, neste momento, foi proclamada nossa Mãe, pelo Salvador, quando lhe disse, ao falar de São João, que personificava todos os que deviam ser resgatados por seu sangue: Mulher, eis aí o vosso filho, e a João: Eis aí a vossa mãe (Jo 19, 26-27). Assim entendeu a Tradição estas palavras, porque neste momento e diante de testemunhas, o Salvador de todos os homens não outorgava este privilégio particular só a São João, mas a todos os que haviam de ser regenerados pelo sacrifício da Cruz."

"Estas palavras do moribundo Jesus, como as palavras sacramentais, produziram o que significavam: Na alma de Maria um grande aumento de caridade ou de amor maternal por nós; na alma de João um afeto filial profundo e cheio de respeito pela Mãe de Deus. Esta é a origem da grande devoção a Maria."

"Finalmente, a Santíssima Virgem continua exercendo sua função de Mãe em relação a nós, velando por nós para que cresçamos em caridade e perseveremos nela, intercedendo por nós e distribuindo-nos todas as graças que recebemos." [6]
Aos pés da Cruz, Maria entregou-se junto com seu Filho, fazendo companhia ao "novo Adão" e podendo com razão ser chamada "nova Eva" e "corredentora". Este título, embora não tenha sido proclamado como dogma, poderá sê-lo, no futuro, já que se trata de uma afirmação presente em muitíssimos documentos papais e largamente ratificada pela Tradição.

Então, a Virgem Maria, por instituição do próprio Jesus [7], é responsável por gerar, até o fim dos tempos, todos os homens. "Maria é nossa Mãe espiritual e adotiva, no sentido de que por sua união com Cristo Redentor, nos comunicou a vida sobrenatural da graça" [8]. Mas, escreve o padre Garrigou-Lagrange:

"Maria não é da mesma maneira a Mãe dos fiéis e dos infiéis, dos justos e dos pecadores. Convém fazer aqui a distinção admitida, a respeito de Jesus Cristo, em relação aos diversos membros de seu corpo místico. É Mãe, relativamente aos infiéis, enquanto está destinada a engendrá-los para a vida da graça e enquanto obtém graças atuais que os dispõem para a fé e para a justificação. É Mãe dos fiéis que estão em estado de pecado mortal, no sentido de que vela atualmente por eles obtendo-lhes graças necessárias para fazer atos de fé e esperança e para dispor-se à conversão; com relação aos que morrem na impenitência final, já não é sua Mãe, mas o foi. Quanto aos justos é sua Mãe em sentido pleno, pois receberam por sua cooperação voluntária e meritória a graça santificante e a caridade; vela por ele com terna solicitude para que permaneçam em estado de graça e vão crescendo na caridade. É finalmente a Mãe, por excelência, dos bem-aventurados que não podem perder a vida da graça." [9]
Diante de toda essa exposição, alguém pode perguntar se tudo isso não é muito exagerado. Na verdade, não. Maria é verdadeiramente mãe de todos os homens, assim como Jesus é cabeça de todos os homens [10]. "A mesma mãe não pode dar à luz a cabeça ou o chefe sem os membros, nem os membros sem a cabeça: isso seria uma monstruosidade da natureza", ensina São Luís Maria Grignion de Montfort. "Se Jesus Cristo, cabeça dos homens, nasceu d'Ela, todos os predestinados, membros desta cabeça, também d'Ela devem nascer, por uma consequência necessária" [11].

A Virgem Santíssima também é invocada pelo povo cristão sob o título de "medianeira de todas as graças". Uma medianeira pode ser assim chamada por ser sacerdote, mas não se trata disso, como explica Garrigou-Lagrange:

"Se Maria pode chamar-se corredentora no sentido que acabamos de explicar, não poderíamos dizer que é sacerdote no sentido estrito da palavra, pois não recebeu o caráter sacerdotal e não podia consagrar a Eucaristia nem dar a absolvição sacramental. Mas, como vimos ao falar da maternidade divina, esta é superior ao sacerdócio dos ministros de Cristo, no sentido de que é mais perfeito dar a nosso Senhor sua natureza humana que fazer presente seu corpo na Eucaristia. Maria proporcionou-nos o Sacerdote do sacrifício da Cruz, o ministro principal do sacrifício da Missa e a vítima oferecida em nossos altares."

"É mais perfeito também oferecer seu Filho único e seu Deus na Cruz – oferecendo-se com Ele com os maiores tormentos – que fazer presente sobre o altar e oferecer nele o corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, como o faz o sacerdote durante o sacrifício da Missa."

(...)

"Se não se lhe pode chamar 'sacerdote' no sentido próprio da palavra, pelo fato de que não recebeu o caráter sacerdotal e não pode realizar os atos próprios dele, sempre fica, como diz M. Olier, 'que recebeu o espírito do sacerdócio, que é o espírito de Cristo Redentor'. Por isto se lhe dá o título de corredentora, que, como o de Mãe de Deus, supera a dignidade outorgada pelo sacerdócio cristão." [12]
Santo Alberto Magno escreve: "Beata Virgo Maria non est assumpta in ministerium a Domino, sed in consortium et in adiutorium, secundum illud: Faciamus ei adiutorium simile sibi" [13]. Maria era gratia plena, tinha todas as graças. Não tinha a graça do sacerdócio porque possuía algo muito maior: a maternidade divina e o oferecimento de seu próprio Filho na Cruz.

A Santíssima Virgem, como mediadora, deve fazer duas coisas: oferecer orações e súplicas (aspecto ascendente) e, ao mesmo tempo, distribuir-nos as graças (aspecto descendente). Configurada completamente a Jesus, é impossível que Ele não atenda às suas preces. Por isso a Igreja a chama de "onipotência suplicante". Peçamos, pois, a esta misericordiosa Mãe que nos ajude a amá-la cada vez mais, para que também nós nos assemelhemos cada vez mais a seu divino Filho e nos tornemos seus filhos por excelência, um dia, no Céu.

Referências

O livro está disponível em PDF na Internet, mas também pode ser adquirido no site Cultor de Livros.
La Madre del Salvador y Nuestra Vida Interior, p. 157
Ibidem, p. 160
Ibidem, p. 161-162
Suma Teológica, I, q. 19, a. 8
La Madre del Salvador y Nuestra Vida Interior, p. 165-166
Cf. Jo 19, 26-27
La Madre del Salvador y Nuestra Vida Interior, p. 163
Ibidem, p. 167
Cf. Suma Teológica, III, q. 8, a. 3
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 32
La Madre del Salvador y Nuestra Vida Interior, p. 196-197
Mariale, q. 42. Apud La Madre..., p. 162

Fonte: https://padrepauloricardo.org

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...