12 de jul. de 2014

13 Jul Santo Henrique e Santa Cunegundes

Santo Henrique e Santa CunegundesMuitos acusam a Idade Média como um “tempo de trevas” na História, e não tem como não pensar isto se não abrirmos os olhos e olharmos para o alto, pois neste lugar é que se encontram as luzes deste período, ou seja, os inúmeros santos e santas.
Henrique e Cunegundes fazem parte deste “lustre”, pois viveram uma perfeita harmonia de afetos, projetos e ideais de santidade.
Henrique era filho de duque e nasceu num castelo na Alemanha em 973. Pertencia à uma família santa e por isso foi educado também por cônegos e, mais tarde, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma especial formação cristã.
Conta-se que espiritualmente ele preparou-se intensamente para assumir o trono da Alemanha, mas isto sem saber, pois ainda jovem sonhara com estas breves palavras: “Entre seis”; e com isto interpretou primeiramente que teria seis dias antes de morrer, mas, como não aconteceu, preparou-se em vista de seis meses e em seguida seis anos até, por Providência, assumir o reinado.
No caso de Henrique o adágio de que “por trás de um grande homem está uma grande mulher” funcionou, pois casou-se com a princesa de Luxemburgo, Cunegundes, uma mulher de muitas virtudes e inúmeros dons ao ponto de ajudar por 27 anos seu esposo na organização do império e implantação do Reino de Deus.
Com a morte de Henrique II e seu reconhecimento de santidade, Conegundes foi morar num mosteiro, onde cortou o cabelo, vestiu hábito pobre e passou a obedecer suas superioras até ir ao encontro de Henrique no céu, isto quando tinha 61 anos.
Sendo assim, ambos morreram sob a coroa de Sacro Romano no império terrestre e a coroa da Glória no império celeste.
Santo Henrique e Santa Cunegundes, rogai por nós!

Canção Nova 

As lições de uma grande derrota

brasil_-_reproducaoO Brasil e o mundo ficaram chocados, aturdidos, com a derrota de 7 a 1 da seleção brasileira contra a Alemanha. Ninguém pôde entender e explicar como em menos de trinta minutos de jogo já tínhamos tomado cinco gols muito bem construídos. Gols elegantes.
No país do futebol, numa das “Arenas” mais belas e caras do mundo, o time de craques milionários que jogam no mundo todo, muito bem pagos e treinados, com menos de trinta minutos estava prostrado, derrotado, paralisado. Algo inimaginável, algo que superou todas as piores previsões negativas. O “gigante do futebol”, cinco vezes campeão do mundo, gemia e chorava, dentro de sua casa… Alguns falaram em “apagão” do time. Nenhum comentarista de futebol conseguiu explicar o que houve, embora arriscassem muitos palpites. Nunca houve em toda a história das Copas do Mundo um time que tivesse sido tão massacrado, vexado, em sua própria casa. Foi algo sobre-humano… por isso, tudo merece muita reflexão. 
As palavras do povo em lágrimas eram: vergonha, humilhação, etc… É precioso olhar tudo isso, com os olhos da fé. Michel Quoist disse que “na perspectiva da fé, submeter-se à realidade é submeter-se a Deus”.
Os sábios dizem que são nas piores derrotas que o homem aprende a reconhecer seus erros e se preparar para a vitória. Os nossos fracassos, quando bem aproveitados, são remédios eficazes. Então, o mais importante agora é tirar desta catástrofe futebolística, dessa hecatombe nas almas da maioria dos brasileiros, as lições que esse belo país, Terra de Santa Cruz, precisa aprender para vencer os enormes desafios que tem pela frente.
Em junho do ano passado o povo brasileiro foi para as ruas reclamar, como há muito tempo não fazia, contra todas as mazelas que o afligem. Conhecemos bem; houve até um cartaz que dizia: “São tantos problemas que não cabem num cartaz”.
Não podemos nos orgulhar diante do mundo, apenas com realidades tão passageiras, efêmeras e voláteis como futebol, carnaval, e coisas semelhantes. Não. Precisamos nos orgulhar de ter um povo educado, com mais honestidade, sem criminalidade descontrolada, sem fome, sem falta de moradia, sem corrupção, sem malversação do dinheiro público, com bons hospitais, bons médicos e dentistas para o povo, saneamento básico, transportes públicos adequados, mais remédios, menos inflação e impostos, melhor PIB, políticos mais honestos, menos “toma lá dá cá”, menos conchavos políticos, menos fingimentos, etc. Isto sim, deve encher de orgulho uma nação; e não simplesmente se satisfazer com um orgulho perigoso e enganador de querer ser “o melhor do mundo” em futebol e carnaval. Mas agora o circo “pegou fogo”.
É claro, que o esporte é belo e necessário, e a sua disputa sadia e educada é boa; mas não pode ser um fanatismo doentio, a realização determinante de um povo; é muito pouco e efêmero como acabamos de ver. Disse o profeta: “Maldito o homem que confia no homem”. Arriscar a felicidade numa competição é insensatez e imprudência. São Paulo recomendou aos filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4).
Quiseram fazer “A Copa das Copas”, num orgulho exacerbado, acintoso, tentando humilhar os que fizeram as outras Copas, como se assim pudéssemos “ganhar o mundo” e o “satisfazer” o povo. A FIFA pediu 8 estádios e fizeram 12 Arenas ao custo de cerca de trinta bilhões de reais… numa nação carente. 
Então, para se combater o orgulho e a vaidade desvairada, nada melhor do que a humilhação. O grande santo e doutor da Igreja, São Francisco de Sales, dizia que sem humildade ninguém se salva, e sem passar pela humilhação ninguém se torna humilde. Jesus abominou a ostentação e a soberba. “Aquele que se exalta será humilhado, o que se humilha será exaltado”.
Que então, essa humilhação que o Brasil sofreu na Copa, como nenhum outro país já experimentou, nos ajude a vencer as terríveis misérias acima citadas.
Especialmente neste ano de eleições, temos uma grande oportunidade desta conscientização se manifestar num voto consciente, lúcido, sem venda da própria consciência, sem votos nulos ou brancos, que em nada ajudam a democracia, ao contrário, a enfraquece. A esperança do povo deve nascer nas urnas, exercendo de maneira realmente patriótica o voto. A urna é mais sagrada que o campo de futebol.
Prof. Felipe Aquino
Fonte: Cleofas 

12 Jul São João Gualberto, tornou-se pai do monges e modelo

São João GualbertoCom muita alegria nos deparamos com a santidade de vida de São João Gualberto, que pertenceu a uma nobre família de Florença, a qual muito bem o educou na cultura, porém, deixou falhas no essencial, ou seja, na vida religiosa. Por isso, facilmente, ele foi se entregando às liberdades perigosas e às vaidades do mundo.
Aconteceu que, com o assassinato do seu irmão, João Gualberto – como o pai – revoltou-se a ponto de jurar o causador de morte; mas um certo dia, numa estreita estrada, Gualberto encontrou-se com o assassino desarmado, por isso arrancou sua espada para vingar o irmão, quando de repente a súplica: “Por amor de Jesus que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!”.
Era uma Sexta-feira Santa, e assim, tocado pela misericórdia de Deus, João Gualberto não só acolheu o malvado com seu perdão, mas também ao entrar numa igreja, recebeu aos pés do Crucificado a graça do perdão e a vida nova.
No processo de conversão de São João Gualberto, Deus o encaminhou à vida religiosa, à vida eremítica e depois à fundação de uma nova Ordem, chamada de Vallombrosa, na qual São João Gualberto tornou-se pai do monges e modelo, já que, antes de entrar na Vida Eterna em 1073, com 73 anos partilhou para os irmãos: “Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado”.
São João Gualberto, rogai por nós!

Canção Nova 

Saiba o que é uma novena

Você, provavelmente, já fez uma novena pedindo uma graça a seu santo de devoção.
Mas já parou para pensar qual é o verdadeiro sentido dessa prática e como ela deve realmente ser feita?

O que é novena?

Novena é uma prática de espiritualidade que fazemos durante nove dias, geralmente para um santo a fim de que ele nos ajude a entrar em contato com Deus pedindo por uma causa. A novena nos ajuda a rezar.

Novena é um contrato com Deus?

Não há contrato nenhum, pois o apóstolo Paulo diz que Jesus pagou a nossa dívida; Ele aniquilou o "documento" que nós devíamos, então, novena não é nenhuma espécie de barganha.
o contrário, ela nos ajuda a manter uma perseverança na oração para que Deus apresse a graça que Ele quer nos dar. Mas de maneira nenhuma é uma barganha, porque o Senhor sabe o que é melhor e mais necessário para nós.
Não fazemos contratos com Deus, porque, num contrato, as duas partes têm que cumprir uma obrigação, no entanto, o Senhor não tem nenhuma obrigação conosco; pelo contrário, Ele já nos deu a vida de Seu Filho, já nos salvou.


As pessoas, ao fazerem uma novena, muitas vezes apenas recitam uma oração prendendo-se a um papel. Mas como a novena pode contribuir verdadeiramente para o exercício da fé?


Existem três virtudes teologais, que são a fé, a esperança e a caridade.
Onde é que a novena mais me ajuda a exercitar a minha fé?
Na esperança, porque ela nos motiva a perseverar. Então, ao rezar durante nove dias por uma causa, eu estou perseverando na fé por aquilo que eu acredito, pedindo àquele meu amigo santo para interceder por mim junto a Jesus, a fim de que a graça possa acontecer. Por isso, não posso ficar só nas orações programadas, pois elas precisam me ajudar como se fossem um exercício. Durante todo o dia você pode conversar com o santo para o qual você está fazendo a novena.

"Novena não é nenhuma espécie de barganha com Deus"

Muitas vezes, ao iniciar uma novena, as pessoas também fazem promessas ao santo. No entanto, muitas vezes, após o pedido atendido, a promessa é esquecida. É pecado não pagar promessa?

Se eu combino algo com um amigo muito 'chegado', ele me dá a palavra dele e eu lhe dou a minha, mas se ele não cumprir a palavra dada, eu vou ficar muito chateado.
Neste sentido, eu vejo que o santo já está no céu, mas sou eu quem está aqui.Então, se eu não cumpro a minha palavra, isso demonstra uma inconstância na minha personalidade.
Se eu dou a minha palavra, preciso cumpri-la; porque se a minha prática de espiritualidade foi profunda, ela vai gerar em mim um compromisso.

Geralmente, a promessa tem de ser um ato de louvor, de ação de graças, um agradecimento ao amigo santo. Mesmo quando eu não alcanço as graças pedidas, devo pagar as promessas; é um meio de continuar exercitando a minha perseverança e o meu compromisso em relação à minha oração. Deus sempre cumpre a palavra d'Ele, e mesmo quando somos infiéis, Ele é fiel.


Há algum problema em fazer mais de uma novena ao mesmo tempo com intenções diferentes?

Eu acredito que não, pois a Palava de Deus diz "orai sem cessar". Então, não há nenhuma proibição de fazer novenas a amigos santos diferentes nem por causas diferentes. Pelo contrário, eu acredito que quanto mais rezarmos, melhor será. A oração deve gerar em nosso coração a conversão e a mudança de vida, porque a novena deve nos levar a pensar em nossas atitudes.
Quando você terminar uma novena, não se esqueça de se perguntar: "Que fruto de conversão essa novena provocou em minha vida?". Mesmo que ele seja muito pequeno, você já vai ter alcançado uma grande graça de Deus.


É correto fazer uma promessa para outros pagarem?

Eu não acho correto, mas, ao mesmo tempo, a nossa mãe, nosso tio, ou alguém que a tenha feito, tinha apenas a consciência de nos motivar a reconhecer em Deus uma graça que nós alcançamos. Mas não é bom fazer promessas para os outros. Façamos, então, promessas junto com as pessoas. Então, não fique chateado, pense assim: "Qual era o sentido da minha mãe, do meu tio ou amigo ao pedir que eu pagasse a promessa no caso de eu conseguir a graça?" Cumpra-a, você não vai perder nada fazendo isso.


Nem sempre o fiel alcança a graça pela qual fez novena, e isso pode gerar grande frustração e perda de fé. O que fazer quanto a isso?

Precisamos deixar que a novena exercite a nossa fé e como eu já disse , ela nos ajuda na perseverança, por isso, precisamos continuar rezando. Nem sempre Deus vai nos dar a graça que pedimos, porque Ele tem a visão do todo, para o Senhor tudo é [tempo] presente.
Então, Ele nunca vai nos dar algo que nos prejudique, principalmente que coloque a nossa salvação em risco. Será que também não é uma graça quando Ele não nos dá algo? O que Ele quer nos ensinar com isso? Providência é sabedoria de Deus, que rege todas as coisas. Mesmo quando Ele não nos dá [o que pedimos], também é providência.


É possível fazer novena e pedir uma graça ao santo devoto pela internet?

Eu acho possível sim. Todas as vezes em que eu posto uma oração ou novena no meu blog, eu penso nas pessoas que estão no trabalho, que não têm condições de parar ou não têm a novena em suas mãos naquele momento. Então, elas vão parar um momento do seu serviço para rezar.
O Senhor nos pede que a nossa oração seja cheia de frutos de contemplação. Eu acredito que, quando nós rezamos em casa, na Igreja ou na frente do computador, Deus vê o nosso coração. O seu coração, naquele momento está conectado em Deus por meio daquela oração na internet. E o Senhor nos atende por meio da intercessão dos santos, sim!


Diante de tantas necessidades, algumas muito particulares, que cuidados o internauta deve ter na hora de fazer os seus pedidos e deixar seus comentários na web?


Devemos tomar cuidados, porque, claro, há muita gente boa [na internet], mas quando você posta seu comentário no blog, ele vai se tornar público, porque vai estar na internet. Por isso, peço às pessoas que evitem colocar nomes completos ou escrever sobre problemas bem particulares.
Coloquem apenas as iniciais dos nomes ou apenas o primeiro nome.
Também não coloque o seu problema com muitos detalhes, se estes forem comprometedores para que você não fique exposto. Deus conhece o seu coração.
Como existem pessoas muito boas usando a rede, há também outras que não têm a mesma intenção que a nossa.





Fonte: Padre Luizinho - em entrevista concedida a rádio canção nova

O MARAVILHOSO PODER DA ÁGUA BENTA...

Fazer devotamente o sinal-da-cruz com água benta traz incontáveis benefícios para o corpo e para a alma: afugenta os demônios, obtém o perdão dos pecados veniais, pode livrar-nos de acidentes e até curar doenças. (Oscar Motitsuki)
Há várias formas de usá-la. A mais comum é persignar-se com ela. Outra é aspergi-la sobre si mesmo, outras pessoas ou objetos. Qualquer leigo ou leiga pode fazer isto. Naturalmente, quando feito por um sacerdote tem mais peso.Seu efeito mais importante é afastar o demônio. Este "ronda em torno de nós como o leão que ruge", procurando fazer- nos toda espécie de mal, como nos adverte São Pedro. Os espíritos malignos, cujas misteriosas e sinistras operações afetam às vezes até as atividades físicas do homem, querem, antes de tudo, induzir-nos ao pecado grave, que conduz ao inferno. Para isto empregam todos os recursos. Às vezes, por exemplo, provocam em nós um sem número de incômodos físicos ou psicológicos.
Outras vezes provocam pequenos incidentes, em nosso dia-a-dia, criam atrapalhações que parecem ter causas meramente naturais. Por exemplo, na hora de cumprir um dever, a pessoa sente um inexplicável mal-estar, um inesperado desânimo, uma estranha dor de cabeça... Em certas oportunidades, sem qualquer motivo, o marido fica repentinamente irritado contra a esposa, ou vice-versa, daí surge uma discussão e se quebra a paz do lar. Ou, então, o pai ou a mãe deixa-se levar por um movimento de impaciência e repreende duramente o filho, em vez de admoestá-lo com doçura. O filho se revolta, sai de casa. Está criado um problema! Tudo isso pode ser evitado afugentando o demônio com um simples sinal-dacruz, feito com água benta. Quando você sentir uma irritação estranha, faça essa experiência, e preste atenção no efeito salutar que produz! Logo lhe voltará a serenidade.
Além do mais, a água benta é um sacramental que nos alcança o perdão dos pecados veniais, pode livrar-nos de acidentes (trânsito, assaltos, quedas), e ajuda até a curar doenças. O conhecido livro "Tesouro de Exemplos" conta que uma criança gravemente enferma ficou imediatamente curada ao receber a bênção de São João Crisóstomo com água benta.
A água benta, como todo sacramental, leva-nos a invocar, nas diversas circunstâncias do dia, o socorro do Divino Espírito Santo, para o bem de nossa alma e de nosso corpo.
Outro benefício muito interessante e pouco conhecido: ela pode ser usada eficazmente em proveito de pessoas que se acham distantes de nós. E mais, cada vez que a utilizamos para fazer o sinal da- cruz, na intenção das almas do purgatório, elas são aliviadas dos seus sofrimentos.
Fonte: Arautos do Evangelho - Oscar Motitsuki


11 de jul. de 2014

Comunidade do Carmo

Confira no Site na nossa Paróquia as noites na novena de Nossa Senhora do Carmo

Acesse o link:  http://m.paroquiadocarmo-al-com.webnode.com/





11 Jul São Bento, vida de oração e meditação

São BentoAbade vem de “Abbá”, que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.
Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.
A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos.
São Bento, rogai por nós!

Canção nova 

Nem o espírito ama sozinho, nem o corpo

Qualquer intento de conceituar o amor recorrendo ao “campo puramente biológico” acaba por menosprezar a sua real grandeza e dignidade
Em uma tentativa de "secularizar" o amor, os inimigos da fé se veem em polvorosa. Afinal, é possível defini-lo ou explicar sua causa sem recorrer às categorias religiosas?
Na verdade, qualquer intento de conceituar o amor que deixe de levar em conta as duas dimensões essenciais do homem – corpo e alma – acaba por menosprezar a sua real grandeza.
Combatendo uma visão dualista do homem, o Catecismo ensina que "o espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza". E o Papa Bento XVI lembra que "nem o espírito ama sozinho, nem o corpo: é o homem, a pessoa, que ama como criatura unitária, de que fazem parte o corpo e a alma".
A fim de mostrar às pessoas um amor baseado na visão integral do homem, o Papa emérito, no começo de sua encíclica Deus Caritas Est, fez questão de condenar os dois erros mais comuns nesta matéria: seja a solução hedonista, que, colocando em evidência a busca do prazer, transforma o ente amado pura e simplesmente em objeto; seja a solução espiritualista, que, como a heresia gnóstica, demoniza a matéria e, por consequência, a própria sexualidade humana.
Menos comum em nossos dias, mas nem por isso menos perigosa, esta visão da sexualidade humana tendente a demonizar o corpo chega a negar, em últimas instâncias, a beleza e a sacralidade do Matrimônio. O escritor C. S. Lewis, em seu Cristianismo puro e simples, recorda que "o cristianismo exaltou o casamento mais que qualquer outra religião e quase todos os grandes poemas e amor foram compostos por cristãos. Se alguém disser que o sexo, em si, é algo mau, o cristianismo refuta essa afirmativa instantaneamente."
Ao mesmo tempo, porém, fica evidente que a sexualidade humana pode se envilecer e degradar, especialmente quando nos esquecemos desta realidade chamada "alma". De fato, se os homens não têm alma, se são meros animais avançados na escala evolutiva, o que se entende por amor não passa, na verdade, dos instintos ou hormônios humanos; se não existe nada além desta vida, o fundamento último das relações humanas não é nada, senão o simples egoísmo e a busca desenfreada de prazer. Da extraordinária condição humana, que o próprio Deus assumiu para nos redimir, passamos à irracionalidade animal. Citando Bento XVI:

"O modo de exaltar o corpo, a que assistimos hoje, é enganador. O eros degradado a puro 'sexo' torna-se mercadoria, torna-se simplesmente uma 'coisa' que se pode comprar e vender; antes, o próprio homem torna-se mercadoria. (...) Na verdade, encontramo-nos diante duma degradação do corpo humano, que deixa de estar integrado no conjunto da liberdade da nossa existência, deixa de ser expressão viva da totalidade do nosso ser, acabando como que relegado para o campo puramente biológico."01

São baldados os esforços de alguns cientistas ateus para definir o "amor" recorrendo ao "campo puramente biológico". Afinal, por mais que queiram construir um homem a seu modo, um homem simplesmente material, sem perspectiva de eternidade e refém de uma vida sem sentido, o homem é o que é: imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 26).

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Amor de pai é uma das principais influências na personalidade humana.

Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença na nossa vida.
Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que as nossas relações na infância, especialmente com os pais e outras figuras de responsáveis, moldam as características da nossa personalidade.
“Em meio século de pesquisa internacional, nenhum outro tipo de experiência demonstrou um efeito tão forte e consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade como a experiência da rejeição, especialmente pelos pais na infância”, disse o coautor do estudo, Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA). “Crianças e adultos em todos os lugares tendem a responder exatamente da mesma maneira quando se sentem rejeitados por seus cuidadores e outras figuras de apego”.
E como elas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo momento. Isso porque pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos.
O fato dessas lembranças – da dor da rejeição – acompanharem as crianças a vida toda é o que acaba influenciando na personalidade delas. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10.000 participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.
A experiência de ser rejeitado faz com que essas pessoas tenham mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outros, por exemplo, parceiros íntimos, porque elas têm medo de passar pela mesma situação novamente.
É culpa do pai, ou é culpa da mãe?
Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra má educação ou comportamento inaceitável, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube educar.
Porém, o novo estudo sugere que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai.
Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade do sexos tenha crescido muito, o papel masculino ainda é supervalorizado e muitas vezes vêm acompanhado de mais prestígio e poder. Por conta disso, pode ser que uma rejeição por parte dessa figura tenha um impacto maior na vida da criança.
Com isso, fica uma lição para os pais: amem seus filhos! Homens geralmente têm maior dificuldade em expressar seus sentimentos, mas o carinho vindo de um pai, ou seja, a aceitação e a valorização vinda da figura paterna, pode significar tudo para um filho, mesmo que nenhum dos dois saiba disso ainda.
E para as mães, fica outro recado: a próxima vez que vocês forem chamadas à escola por causa de algo que o pimpolho aprontou, tenham uma conversa com o maridão. Tudo indica que a culpa é dele! Brincadeiras à parte, problemas de personalidade, pelo visto, podem resolvidos com amor de pai. E quer coisa mais gostosa?
Fonte :  
http://hypescience.com/amor-de-pai-e-uma-das-principais-influencias-na-personalidade-humana/

10 de jul. de 2014

O RIO E O OCEANO

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo.

Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.

Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.

Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.

O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano. Mas tornar-se oceano.

Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. Assim somos nós, voltar é impossível na existência. Você pode ir em frente e se arriscar. Coragem, torne-se oceano!


Livro Sabedoria em Palavras 

Santo Olavo, o santo rei da Noruega

Santo OlavoHoje a Igreja nos convida a contemplar a vida de Santo Olavo, o santo rei da Noruega. Nascido em 995 numa família real, Olavo mostra-nos com sua vida que a santidade não escolhe profissão, nem posição social, pois ela não vêm sobre classes, mas sim em corações abertos à Graça de Cristo. Aconteceu que o jovem Olavo foi para a Inglaterra numa expedição e assim pôde conhecer Jesus, o Cristianismo e ser batizado, isto em 1014. Ao voltar para a casa, Olavo, que era herdeiro do trono, encontrou o falecimento do pai e usurpadores do reino. Assim teve Olavo de assumir o trono e submeter os inimigos pelo combate. Quando esteve no poder, Santo Olavo buscou a santidade como rei; sem deixar de fazer de tudo para levar Deus aos súditos, por isso, procurou acabar com o paganismo, construir igrejas e trazer sacerdotes da Inglaterra para evangelizar seu povo. Todos os esforços de Olavo para submeter a Noruega ao Rei dos reis e Senhor dos senhores encontraram êxitos e barreiras, ao ponto do santo rei ter que ficar por um tempo exilado e ao voltar foi vítima de um conflito armado em 1030.
Santo Olavo, rogai por nós!
Canção Nova 

O Sim de Maria


Maria-e-Sao_GabrielSão Paulo diz que “por meio de um só homem o pecado entrou no mundo, e pelo pecado, a morte” (Rm 5,12). E que: “pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tornarão justos” (v.19). Mas a desobediência de Adão foi precedida pela de Eva; por isso Deus precisou de uma Nova Eva que lhe fosse obediente, e como disse Santo Irineu, pela sua obediência “desatasse o nó da desobediência de Eva”. Essa nova Eva é Maria.
Jesus, pela sua obediência ao Pai, desatou o nó da desobediência de Adão. “Foi obediente até a morte e morte de cruz” (Fl 2,6-8). Esse “aniquilamento” de Jesus desatou o nó da soberba e da desobediência de Adão.
Eva disse Não a Deus, Maria lhe disse um Sim incondicional. Quando o Arcanjo Gabriel lhe anunciou que ela era a “eleita de Deus”, sua resposta foi imediata: “Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra!” (Lc 1, 38). Essas palavras de Maria mostram uma obediência radical a Deus, independente do que Deus pudesse querer para ela. Obediência perfeita. Foi como se entregasse um cheque em branco nas mãos de Deus. Estava destruído o Não de Eva; o Verbo de Deus poderia então se encarnar para salvar a humanidade. Maria era obediente porque era humilde, a mais humilde mulher que Deus encontrou em Israel. E durante toda a sua vida ela foi fiel ao Sim que Deus a Deus. Não viveu para si, mas apenas para Deus. De imediato foi servir a Isabel que esperava o grande profeta João Batista, o Precursor do Senhor, foi submissa a José, ofereceu seu Filho no Templo como mandava a Lei de Moisés, e logo ouviu a terrível profecia de Simeão que uma espada de dor transpassaria a sua alma. Maria viveu obediente sob o anúncio dessa espada; sabia que sua vida não seria fácil. Logo teve de fugir com José para o Egito para livrar o Menino das garras de Herodes; deixou sua casa, seu país e foi para o exterior até que o malvado tivesse morrido.
Preparou o seu Filho, segundo a Lei de Deus para ser o Salvador da humanidade. Acompanhou-o sempre em suas missões; a seu pedido Ele fez o primeiro milagre; ouviu as ofensas e promessas de morte lançadas contra Ele por parte dos fariseus e doutores da lei; e quando chegou a hora amarga da Paixão acompanhou o seu Filho até o Gólgota. Viu-o flagelado, coroado de espinhos, condenado como um facínora carregando uma cruz; e viu-o morrer pendurado no madeiro. Não se desesperou, não desanimou, ficou com Ele até o fim; manteve o seu Sim. Viu seu Filho ressuscitado, vencer a morte, e o pecado e nos dar a vida. O Sim de Maria venceu o Não de Eva. Façamos o mesmo.
Prof. Felipe Aquino
Cleofas 

9 de jul. de 2014

Dom Viçoso é Venerável

 2014-07-09




Cidade do Vaticano (RV) – Terça-feira, 8 de julho, o Papa recebeu o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos e autorizou a promulgação de alguns decretos. Dentre eles, consta a declaração das virtudes heróicas do Servo de Deus Antonio Ferreira Viçoso, da Congregação da Missão, que foi bispo de Mariana, em Minas Gerais.

Natural de Peniche, em Portugal, foi ordenado sacerdote em 1818, e chegou ao Brasil de dom João VI no ano seguinte. Inicialmente abriu o Colégio do Caraça e se dedicou ao serviço da Palavra de Deus, pregando frutuosas missões nos povoados mineiros. Ocupado depois na educação da juventude, esteve por 15 anos em Jacuecanga, entorno de Angra dos Reis.

Regressando a Minas (1837), foi eleito Superior Geral dos Lazaristas e, no ano de 1844, foi ordenado Bispo no Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro. Pertencia ao grupo de reformadores, que seguiam a orientação do Papa e não do Imperador, como Dom Vital de Oliveira e Dom Macedo Costa. Reformou o Seminário de Mariana, fundado em 1750, aplicando as normas do Concílio de Trento para a formação do clero.

Governou a diocese de Mariana por 29 anos: foi pai extremoso dos pobres e órfãos, protetor dos escravos, abnegado missionário, reformador do clero, defensor dos direitos da Igreja, exemplar devoto da Virgem Maria. Seu nome não mais se apagou na memória agradecida dos mineiros. Morreu em 1875.

Dom Silvério Gomes Pimenta, seu afilhado e primeiro biógrafo, abriu seu Processo de Canonização em 1875. Há quase um século, a Cúria de Mariana vem recebendo ininterruptamente comunicações iteradas de bênçãos, graças e favores atribuídos à mediação celeste de Dom Viçoso. A maioria destas manifestações de agradecimento chega do território mineiro, mas muitas procedem de outras localidades, inclusive do exterior (Portugal, Canadá).

Dom Luciano Mendes de Almeida, falecido em 2006 e cujo processo de beatificação está em curso desde agosto de 2011, teria rezado pedindo a intercessão de Dom Viçoso para o restabelecimento, depois de grave acidente de carro sofrido em 1990.

Assim como Dom Luciano, o Venerável Dom Viçoso está também enterrado na cripta da Catedral da Sé, em Mariana.
(CM)



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Todos os decretos promulgados pelo Papa

2014-07-09




Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco autorizou a Congregação das Causas dos Santos a promulgar vários decretos. Além de Dom Viçoso, que foi bispo em Mariana foram declaradas as virtudes heróicas de:

Saturnino López Novoa, Sacerdote diocesano espanhol, Co-fundador da Congregação das irmãs Pobres dos Idosos Desamparados (1830-1905);

Giuseppe Augusto Arribat, Sacerdote professo Salesiano francês ( 1879-1963);

Maria Verônica da Paixão, monja professa carmelita, fundadora da Congregação do Carmelo Apostólico, nascida na Turquia em 1823 e falecida na França em 1906;

Elena da Persico, Fundadora do Instituto Secular das Filhas da Rainha dos Apóstolos, italiana (1869-1948);

Gaetana do Santíssimo Sacramento, italiana, primeira Superiora Geral da Congregação das Pobres Filhas de São Caetano (1870- 1935);

Marcello Candia, leigo italiano, nascido em 1916 e falecido em 1983.



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09 JUL Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus

Santa Paulina do Coração Agonizante de JesusHoje comemoramos a santidade de vida da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer que nasceu no ano de 1865 e partiu para a Glória em 1942. Nascida em Vigolo Vattaro (Itália), com apenas 10 anos de idade emigrou com seus pais para o Brasil dirigindo-se para o Estado de Santa Catarina, no sul do país.
Santa Paulina, antes de entrar para a vida consagrada, dedicou-se religiosamente em cuidar de uma senhora com câncer e a partir desta experiência caridosa deu-se a descoberta do Carisma que fora reconhecido em 1895 pelo Bispo de Curitiba, Paraná, com o nome de Filhas da Imaculada Conceição.
Na oração litúrgica da Igreja é pedido a Deus para nós fiéis a virtude do serviço, motivado pelo amor, a qual mais brilhou no coração da virgem Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Santa Paulina, rogai por nós!
Canção nova

Como defender-se do demônio

Constatada a presença de males maléficos, é sempre uma boa atitude reforçar os próprios gestos e orações, invocando para nós ou para a pessoa atingida uma intercessão. Três são, entre todos os indicados possíveis, aqueles que poderiam ser definidos como intercessores necessários: o Espírito Santo, o nome de Jesus e Maria Santíssima.
A propósito da Virgem Maria, convém tornar presente um aspecto que não é secundário. Se tudo foi criado em vista de Cristo, pois já nos planos de Deus estava a encarnação do Verbo (quiçá como Triunfador e não como Salvador que deveria sofrer, porém já como Triunfador e centro do criado), o segundo ser pensado por Deus após o primeiro, que é a encarnação do Verbo, não podia ser outro senão aquele em que o Verbo de Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, se encarnaria. A partir do momento em que, após o pecado de Adão, a encarnação de Cristo assumiu esta fisionomia particular, pela qual Jesus veio como Salvador e Redentor, também Maria, Sua mãe, foi associada a este desempenho, sendo isenta da culpa original em vista dos méritos de Cristo. Dado que também Maria é uma criatura humana, que faz parte da estirpe de Adão, estaria sujeita à culpa original, se tão tivesse sido isenta preventivamente, em vista da redenção de Cristo. Além disso, Maria não é somente mãe do Redentor, mas também colaborador em Sua obra redentora; não é por acaso que Imaculada é representada pelos pintores e escultores no ato de esmagar a cabeça da serpente, imagem do Demônio. Com maior razão, trata-se, pois, de uma intercessora poderosa.
A seguir, na ordem celeste, são certamente intercessores valiosos os arcanjos e anjos, que sempre intervêm com suas legiões na luta contra o Maligno; em razão disso, basta pensar no livro do Apocalipse, onde é relatada uma batalha no céu: Miguel e seus anjos contra Satanás e seus anjos rebeldes, que foram derrotados pelo arcanjo e precipitados ao Inferno.
“Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos”. (Ap 12,7-9)
Esta é a razão pela qual se costuma invocar Miguel arcanjo, na qualidade de chefe das fileiras angelicais; a seu lado, invoco sempre também os anjos da guarda de todos os presentes, entre os quais, obviamente, não falta jamais São Gabriel arcanjo, que é meu padroeiro.
Fala-se com frequência de São Bento como patrono dos exorcistas, quando, na realidade, não está provado historicamente que o Papa Honório III o tenha nomeado como tal. Porém, a partir do momento em que não há um patrono oficial, nós o invocamos, pois, com certeza, era fortíssimo na luta contra o Demônio. São Bento era monge, talvez sequer sacerdote, e por certo não era exorcista; a razão desta identificação está no fato de que ele foi um grandíssimo santo e demonstrou uma grande força contra o Demônio, dado que frequentemente o expulsava. Sua medalha tem particularmente uma notável eficácia, contendo muitas frases contra o maligno.
Quanto ao que diz respeito aos santos, todo exorcista invoca aqueles dos quais é pessoalmente mais devoto ou dos quais é mais devota a pessoa que é exorcizada.
Para melhor entender, um exemplo prático: meu caro colega, decano dos exorcistas italianos, que exerce o ministério há 46 anos, padre Cipriano de Meo, vice-postulador na causa de beatificação de um coirmão capuchinho, de nome padre Mateus, é devotíssimo dele e, quando o invoca, obtém grande eficácia, ao passo que quando eu o invoco não se sucede o mesmo, porque eu não tenho a mesma devoção de padre Cipriano. Portanto, pode-se dizer que não existem santos que tenham uma força especial contra o Demônio; certamente, como tais, todos os santos a possuem, mas nós invocamos aqueles de quem somos mais devotos.
Afinal, há muitos casos de santos atormentados pelo Demônio. Entre os mais emblemáticos, especialmente por se tratar de um acontecimento bastante recente, está o da irmã carmelita que passou a ser chama Pequena Árabe: com efeito, irmã Maria de Jesus Crucificado, várias vezes no decurso de sua vida, sofreu verdadeira e própria possessão diabólica e teve necessidade de ser exorcizada para obter a libertação. Por outro lado, conhecemos vários casos de santos – tais como São João Bosco, o Santo Cura d’Ars, padre Pio, Santa Gemma Galgani, Santa Ângela de Foligno, Dom Calábria, e poderiam ser citados muitos outros numa lista sem fim- que tiveram vexações diabólicas, das quais foram libertos sozinhos, graças à oração e aos sacramentos.
A questão fundamental a ser salientada está em que a Bíblia jamais nos diz para ter medo do Demônio, porque nos garante que podemos e devemos resistir-lhe, fortes na fé. Antes, a Bíblia nos diz que devemos temer o pecado, sendo que todos os santos o combateram. Combatendo o pecado, combate-se o Demônio, como dizia Paulo VI ao ser interrogado, em seu famoso discurso de 15 de novembro de 1972, sobre o Demônio, a propósito de como se devia fazer para impugnar o Maligno: “Tudo o quanto nos defende do pecado, defende-nos de Satanás”. Nós devemos ter medo somente de não estar na graça de Deus, o que significa confessar-se, participar da Santa Missa, receber a comunhão e, além disso, fazer adoração eucarística e rezar, especialmente com os salmos e o rosário; todos estes são, entre outros, os melhores remédios contra a atividade extraordinária do Demônio: se permanecermos na graça de Deus, estamos blindados. Especialmente porque o Demônio tem muito mais interessem em possuir almas, ou seja, fazê-las cair no pecado, do que em provocar distúrbios, os quais, como vimos e vemos nos santos, em última instância obtêm somente o resultado de santificar. Com efeito, os santos oferecem os seus sofrimentos a Deus a tal ponto que um grande santo, como São João Crisóstomo, afirma que o Demônio, malgrado seu, é um santificador das almas, porque é um derrotado e porque busca sofrimentos nestas pessoas santas, que sabem oferece-los ao Senhor e, portanto, sabem fazer deles um meio de santificação.
Trecho retirado do livro “Vade Retro Satanás!”
Amorth, Gabriele. Vade Retro Santanás. Trad.Alda da Anunciação Machado. Ed.Canção Nova: São Paulo, SP.1ª edição.pp.61-65.

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...