21 de jun. de 2014

Missa encerra visita a Cassano. Papa: "A máfia é a adoração do mal"

2014-06-21 




 
Sibari (RV) – Mais de 100 mil pessoas participaram da missa celebrada pelo Papa sábado, 21, na Esplanada de Sibari, a poucos km de Cassano allo Jonio, onde realizou uma visita pastoral.

Foi predisposto um esquema de socorro médico para enfrentar as emergências devidas ao calor, que supera 40º. Desde as primeiras horas da manhã, voluntários da Defesa Civil distribuíram garrafas de água e dezenas de fontes foram instaladas nos últimos dias ao longo do perímetro da área. Muitas ambulâncias estavam prontas para intervir em eventuais casos graves.

As primeiras filas do público foram destinadas a pessoas portadoras de deficiência e doentes. 33 mil cadeiras foram reservadas aos fiéis da diocese que apresentaram pedidos através de suas paróquias. Foram construídos 260 banheiros ecológicos e 6 telões.

No caminho de Cassano para Sibari, o Papa pediu para parar duas vezes a sua Ford Fiesta: diante da sede da Comunidade Mauro Rostagno (com cujos hóspedes havia almoçado no Seminário). Ali, ele quis cumprimentar os funcionários e hóspedes da estrutura. Logo em seguida, em Pantano Rotondo, a 2 km da cidade de Sibari, Francesco parou de novo para abraçar uma menina com microcefalia. “Aqui mora um pequeno anjo”, dizia um cartaz na fachada de sua casa. Ao vê-lo, Francisco quis ir saudar a pequena doente.

Depois de passar pelos diversos setores da Esplanada, cumprimentando os fiéis, o Papa deu início à missa. Na homilia, lembrou que a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, celebrada na última quinta-feira, 19, implica em ação de graças e adoração, adorar Jesus Eucaristia e caminhar com Ele.

Não tendo outro Deus além Dele, nós renunciamos aos ídolos do dinheiro, da vaidade, do orgulho e do poder. Nós cristãos não queremos adorar nada e ninguém deste mundo a não ser Jesus Cristo, que está presente na santa Eucaristia”, disse.

Francisco continuou explicando que esta nossa fé é autêntica quando nos comprometemos a caminhar atrás Dele e com Ele, buscando colocar em prática o seu mandamento: “Como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros. O povo que adora a Deus na Eucaristia é o povo que caminha na caridade”.

Acrescentando palavras improvisadas ao seu texto escrito, Francisco disse que “quem não adora o Senhor, torna-se adorador do mal, como aqueles que vivem da delinquência e da violência, e a esta terra da Calabria, tão bonita, conhece os sinais e os efeitos deste pecado. A 'ndrangheta’ é isso: adoração do mal e desprezo do bem comum. Os mafiosos não estão em comunhão com Deus e estão excomungados”.

"Este mal – clamou – deve ser combatido, afastado. É preciso dizer-lhe ‘não’. A Igreja, que é tão engajada em educar as consciências, deve sempre se comprometer a fim de que o bem prevaleça. É o que nos pedem nossos jovens, carentes de esperança”, prosseguiu.

O Pontífice continuou afirmando que como Bispo de Roma, foi a Cassano “para confirmá-los não somente na fé, mas também na caridade; para acompanhá-los e incentivá-los em seu caminho com Jesus Caridade”. Exortou todos a testemunharem a solidariedade concreta com os irmãos, especialmente aqueles que mais precisam de justiça, esperança e ternura. Como exemplo, citou como sinal de esperança o Projeto Policoro, para os jovens que querem se envolver e criar oportunidades de trabalho para si e para os outros.

Queridos jovens, não deixem que lhes roubem a esperança! Adorando Jesus em seus corações e permanecendo unidos a Ele vocês saberão se opor ao mal, às injustiças, à violência com a força do bem, do verdadeiro e do belo”.

Se adorarem Cristo e caminharem atrás Dele e com Ele, vocês serão uma Igreja em que pais, mães, sacerdotes, religiosos, catequistas, crianças, idosos e jovens caminham lado a lado, se apoiando, se ajudando, se amando como irmãos, especialmente nos momentos de dificuldade”, concluiu.

Após a missa, o Papa e sua delegação foram ao heliporto adjacente à esplanada e retornaram a Roma, com chegada prevista no Vaticano às 19h30 locais.

(CM)


 



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va
2014-06-21


Francisco almoça com pobres e toxicômanos de Cassano



 
Cassano (RV) – Na visita pastoral realizada sábado, 21, pelo Papa, constou um almoço no refeitório do Seminário. O evento foi especial porque ao lado do Pontífice, foram convidados os pobres assistidos pela Caritas diocesana e os jovens da Comunidade terapêutica ‘Mauro Rostagno’, que cuida da recuperação de jovens com problemas de droga. A Comunidade foi fundada 30 anos atrás numa propriedade confiscada à criminalidade organizada local.

“Forte é aquele que depois de cair, consegue se levantar”, disse Francisco, falando aos hóspedes da Comunidade. O Pontífice se aproximou das mesas, cumprimentou e trocou palavras com todos. As pessoas presentes se disseram “emocionadas e particularmente tocadas com a experiência vivida”.

Logo em seguida, por volta das 14h30, Francisco foi levado, de carro, até o asilo para idosos “Casa Serena”, onde esteve por cerca de 45 minutos ao lado dos hóspedes. No trajeto, a comitiva fez uma breve parada diante da Paróquia de São José, onde em 3 de março passado, foi assassinado o sacerdote diocesano Padre Lazzaro Longobardi, depois de descobrir um furto de dinheiro na canônica da paróquia.

Seu assassino, o jovem romeno Dudu Nelus, está detido na Penitenciária visitada pelo Pontífice ao chegar a Cassano.
(CM)



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Em Cassano, Papa comove doentes e familiares

 2014-06-21 



 
Cassano (RV) – Milhares de crianças festejaram na manhã de sábado, 21, a chegada do Pontífice ao campo esportivo ‘Pietro Toscano’, na cidade de Cassano, onde o helicóptero vaticano pousou por volta das 10h40 locais. Nas arquibancadas, grupos folclóricos vestidos com trajes típicos entoaram cantos e ao som de tambores, dançaram a conhecida ‘tarantella’ para o Pontífice. O primeiro gesto de Francisco, ao descer do helicóptero, foi pegar uma menina no colo e beijá-la.

Em papamóvel, o Pontífice foi diretamente ao Hospital ‘São José Moscati’, que aplica terapias paliativas a doentes em fase terminal. Chegando à estrutura, se dirigiu aos quartos, e aproximando-se dos leitos, cumprimentou e abençoou os doentes. Fez a mesma coisa com os parentes dos pacientes que estavam nos corredores. O Diretor do Hospital, Francesco Nigro Imperiale, acompanhou a visita e declarou à imprensa que o Papa também se deteve com os médicos e todos os funcionários.

O mesmo médico revelou ainda ter extraído, a pedido de Francisco, uma pequena farpa de madeira de sua mão esquerda. "Desinfetante e um pequeno curativo" foram suficientes, assegurou o Dr. Imperiale acrescentando ainda que o Papa estava de ótimo humor e fez uma brincadeira a respeito 'da conta' pelo serviço.

Imperiale disse também que o Papa ficou bem impressionado com a estrutura do Hospital e principalmente com o acolhimento humano reservado aos doentes e a seus familiares.
(CM)



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Papa lembra ao clero de Cassano que 'alegria, fraternidade e família' são prioridades do ministério

2014-06-21 




 
Cassano (RV) – O Papa entrou na Catedral de Cassano às 11h25, horário local, sob os toques dos sinos e o voo de balões brancos e amarelos no céu. Em encontro com os sacerdotes diocesanos, na Catedral de Cassano, o Papa foi saudado formalmente pelo bispo, Dom Nunzio Galantino, e em conversa informal com o clero, agradeceu antes de tudo pelo acolhimento e o trabalho intenso que desempenham nas paróquias da comunidade.

Francisco quis compartilhar com eles a alegria de ser padre, “uma surpresa sempre nova de ter sido chamado pelo Senhor Jesus a segui-lo, estar com Ele, ir com os outros levando Ele, sua palavra e seu perdão…”.

A respeito do ministério, o Pontífice refletiu: “Somos bons operários ou nos tornamos ‘funcionários’ de Deus? Somos canais abertos e generosos ou nos colocamos no centro de tudo?”.

O Papa também lembrou a ‘beleza da fraternidade’: “Ser padres juntos, seguindo o Senhor em nossa variedade de dons e personalidades – que enriquecem o presbitério – na diversidade de proveniências, de idades, de talentos… vivendo tudo na comunhão e na fraternidade”.

“Mas isto não è fácil”, ressalvou, “por causa da cultura do egocentrismo e do individualismo pastoral infelizmente muito comum nas dioceses hoje”. “E é por isso que se deve fazer a ‘escolha’ da fraternidade, da comunhão em Cristo no presbitério, ao redor do bispo. È preciso vivê-las concretamente, de acordo com a realidade do território, em perspectiva apostólica, com estilo missionário e simplicidade de vida”, frisou.

Além da alegria de ser padre e da beleza da fraternidade, o Papa quis encorajar também o clero ao trabalho com as famílias e para as famílias, nestes tempos tão difíceis por causa da crise. “Justamente quando o tempo é difícil, Deus nos faz sentir a sua proximidade, sua graça, a força profética de sua Palavra. E nós somos chamados a ser testemunhas, mediadores de sua proximidade às famílias”, concluiu.
(CM)



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Papa em visita à Calábria: na primeira etapa, o encontro com os encarcerados

 2014-06-21 




 
Castrovillari (RV) – O Papa Francisco partiu na manhã de sábado, 21, do heliporto do Vaticano, para visitar pela primeira vez o município italiano de Cassano allo Jonio (sul do país). Nesta pequena cidade calabresa, a máfia local, conhecida como Ndrangheta, assassinou no início deste ano um menino de 3 anos.

Em 20 de janeiro, foi encontrado o corpo carbonizado de Nicola Campolongo, ‘Cocó’, com seu avô e a companheira, dentro de um carro nas redondezas de Cassano. O crime comoveu a Itália e também o Pontífice, que no encontro dominical com os fiéis, em 26 de janeiro, pediu aos autores do delito que se arrependessem. Hoje, cinco meses depois, Jorge Bergoglio se encontra na localidade de 17.000 habitantes para condenar os assassinatos de organizações mafiosas e levar a sua solidariedade e apoio aos cidadãos desta região, das mais pobres da Itália.

A primeira etapa da visita foi o cárcere ‘Rosetta Sisca’ de Castrovillari, a poucos km de Cassano. O Pontífice foi recebido no heliporto pelo bispo diocesano, Dom Nunzio Galantino e o Prefeito da cidade, Domenico Lo Polito. Duas crianças também aguardavam o Papa. A pé, Francisco se dirigiu ao edifício, cumprimentando no caminho os familiares dos agentes penitenciários e retribuindo o carinho de todos. Mais de mil pessoas esperavam sua chegada desde as primeiras horas da manhã. O Pontífice saudou ainda um grupo de portadores de deficiência antes de entrar no Penitenciário. O Diretor do cárcere, Fedele Rizzo, acompanhou o Pontífice na visita, durante a qual, o Papa encontrou o pai e outros parentes do menino Cocó. “Que nunca mais aconteça que uma criança sofra como ele...”, disse o Pontífice.

Segundo Pe. Ciro Benedettini, vice-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa teria tido um momento privado com o pai e as duas avós de Cocó, expressando sua proximidade à família. Francisco se referiu à violência, dizendo que "nunca mais deve acontecer uma coisa deste gênero na sociedade". O Papa também assegurou que está rezando muito pelo menino e por todas as crianças vítimas do sofrimento"

No pátio interno, Francisco teve um encontro com os detentos, cerca de 200 homens e mulheres, os policiais e funcionários da prisão, e a eles, fez um discurso.

O Papa começou sublinhando que com esta visita, ele quer se mostrar próximo aos detentos de todas as partes do mundo. Francisco disse que "os direitos fundamentais e as condições humanas no cumprimento das penas de detenção devem ser aliados ao compromisso concreto das instituições em vista de uma reinserção social efetiva; caso contrário, a execução da pena se reduz a um instrumento de punição e retorção social que pode ser prejudicial para o indivíduo e a sociedade".

Por outro lado – continuou – a verdadeira integração não se dá com um percurso exclusivamente ‘humano’. Neste caminho, deve ser incluído o encontro com Deus, a capacidade de nos deixarmos guiar por Deus que nos ama, que é capaz de nos compreender e perdoar nossos erros. O Senhor é um mestre da reintegração: ele nos conduz por mão à comunidade social. O Senhor sempre perdoa, sempre acompanha, sempre compreende. E nós devemos nos deixar compreender, perdoar e acompanhar”.

O Papa aconselhou os detentos a transformarem o período na prisão em um tempo precioso no qual pedir e obter esta graça de Deus. “Assim, vocês mesmos se tornarão melhores, e ao mesmo tempo, suas comunidades também, porque no bem e no mal, nossas ações influem sobre os outros e sobre toda a família humana”, completou.

Enfim, dirigiu seus cumprimentos a todos os parentes e empregados do cárcere, abençoando-os e confiando-os à proteção de Maria. Improvisando, pediu: "Rezem por mim porque eu também cometo erros e tenho que fazer penitência".

Às 10h30 (horário local), o Papa deixou a Penitenciária e de helicóptero, se dirigiu à cidade de Cassano.
(CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

São Luís Gonzaga, entrou para a Companhia de Jesus

São Luíz GonzagaConsiderado o “Patrono da Juventude”, São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís – desde cedo – deixou-se possuir por esse amor.
Deixar-se amar por Deus é fonte de santidade.
Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.
Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos.
Com pouco mais de vinte anos, faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma.
São Luís Gonzaga, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova 

Somos seduzidos por fraqueza ou escolhemos pecar?

Nossa consciência, lugar onde Deus habita, nos inquieta; ainda assim, muitas vezes, fazemos o mal. Isso é resultado de nossa fraqueza ou de nossa livre escolha?
Dizer ‘não’ ao pecado é uma luta presente na vida de todo cristão que leva a sério sua caminhada. É real perceber que sinais  antecedem o ato de pecar, pois somos acometidos pelos desejos e pelas paixões que não controlamos ou que escolhemos não controlar. Para que o ato seja pecaminoso precisa haver um processo consciente, uma decisão. Se não é consciente, ou seja, se a pessoa não tem a capacidade de escolher entre fazer ou não, isso não caracteriza pecado. Nesse contexto, existe uma realidade que permeia todas as situações de pecado: a concupiscência.
No Catecismo da Igreja Católica, lê-se que a concupiscência “desregra as faculdades morais do homem e, sem ser nenhuma falta em si mesmo, inclina o homem a cometer pecado” (CIC 2515). Ou seja, é um ato da razão que antecede o pecar, podemos dizer que é “planejar” o pecado.
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No texto bíblico que meditamos, vemos que Caim se chateia com a preferência de Deus à oferta feita por seu irmão Abel. O Senhor, ao perceber isso, o questiona: ”Por que andas irritado e com o rosto abatido?” (Gn 4,6). Deus tem a intenção de mudar o coração de Caim, mas ele não se abre ao Senhor, esconde-se. Dentro dele, havia o desejo de matar seu irmão, e nem mesmo Deus o alertando sobre as consequências, o faz mudar de ideia.
Quantas vezes nos encontramos em situações diante das quais percebemos, claramente, que estamos a ponto de cometer um ato inconsequente que resultará em pecado? Um homem que se sente atraído por uma mulher casada, por exemplo, ao perceber que pode ser correspondido, insiste, mesmo sabendo que deve evitar, pois aquilo lhe agrada de alguma forma. Há dentro do ser humano esse alerta, mas, nós, muitas vezes, o ignoramos, passamos por cima dele, agimos e pecamos. Nossa consciência, lugar onde Deus habita, nos inquieta diante dessas circunstâncias, mas o homem não enxerga ou finge que não vê e prossegue com sua inclinação ao mal.
Basta olharmos para nosso último pecado e refletirmos um pouco. Vejamos o que foi gerado dentro de nós antes do pecado. Sabíamos que a situação nos levaria ao erro; mesmo assim, prosseguimos. Deixamo-nos seduzir por fraqueza ou, simplesmente, pecamos por livre escolha?
Caim convida seu irmão a ir ao campo – aqui vemos que ele pensou no que fazer, trata-se de um ato premeditado, o primeiro homicídio relatado pela Bíblia. Esse fato também quer nos ensinar que em nós há essa postura de planejar o pecado e enganar Deus; muitas vezes, enganamos a nós mesmos, numa atitude consciente e premeditada.
Nossa leitura termina com uma frase que cria em nós um impacto se pararmos e refletirmos sobre ela: “A ti vai seu desejo, mas tu deves dominá-lo” (Gn 4,7). Essa frase de Deus dirigida a Caim revela que o Senhor sabia da intenção do coração dele, tanto que, se lermos todo o versículo sete, onde Deus fala ao nosso personagem, veremos que Ele vê a sua aparência, sinal claro de que “o pecado o estava espreitando à porta” (cf. Gn 4,7). Sim, o ser humano dá sinais claros de que vai pecar; nesses sinais, temos a oportunidade de lutar contra o pecado, de firmar nosso coração em Deus e declarar: “PHN! Por hoje não, por hoje não vou pecar”. Esses sinais nos dão a chance de escolher entre bem e o mal.
Então, encontraremos uma chave na luta pela santidade, uma arma que o próprio Deus nos deu. Como vemos no Catecismo da Igreja Católica (CIC), a concupiscência não caracteriza o pecado em si mesmo, é o intervalo entre o estímulo que recebemos e a nossa reação. Assim, podemos dizer que, neste intervalo, podemos nos controlar e deter nossa reação. Portanto, é possível dominar o desejo, dominar a concupiscência!
Não fomos criados para ser escravizados por nossos desejos, e precisamos nos convencer de que sozinhos não os podemos dominar. Deus coloca pessoas ao nosso lado, coloca leituras, palestras e muito mais à nossa disposição para que cresçamos no autoconhecimento e também no dia a dia. Ele nos dá a possibilidade de escolher o que devemos fazer diante dos estímulos externos que recebemos. E uma capela, uma igreja, é o lugar ideal para derramarmos todas as nossas angústias, para estarmos diante de Jesus e pedir a Ele o socorro necessário, pois o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza (cf. Rom 8,26). Isso requer treino, isso requer esforço e luta!
Deus nos abençoe nesta batalha pela santidade.

Por Paulo Pereira 

Fonte Canção nova 

O que os Santos disseram da Eucaristia e da Missa


jhsTexto utilizado na pregação do Prof. Felipe Aquino nesta quinta-feira, dia de Corpus Christi, na TV Canção Nova:

Santo Inácio de Antioquia(†102), bispo e mártir, disse sobre a Eucaristia:
“Esforçai-vos, portanto, por vos reunir mais frequentemente, para celebrar a Eucaristia de Deus e o seu louvor. Pois quando realizais frequentes reuniões, são aniquiladas as forças de Satanás e se desfaz seu malefício por vossa união na fé. Nada há melhor do que a paz, pela qual cessa a guerra das potências celestes e terrestres.” (Carta aos Efésios)
São Cipriano de Cartago(†258):
“Os fiéis bebem diariamente do cálice do Senhor, para que possam também eles derramar o seu sangue por Cristo” (Epistola 56, n. 1).

Afonso Albuquerque:
“Se todos somos pecadores, esta criaturinha é certamente sem mácula. Ah! Senhor, por amor deste inocente, compadecei-vos dos culpados!”

São Jerônimo (348-420), doutor da Igreja:
“Nosso Senhor nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa Missa : o que mais vale é que nos dá ainda o que nem se quer cogitamos pedir-lhe e que, entretanto, nos é necessário”.

São João Maria Vianney, patrono dos párocos:
“Se conhecêssemos o valor do Santo Sacrifício da Missa que zelo não teríamos em assistir a ela”. (Cura d’Ars).
“Cada Hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em um coração humano”.

São Bernardo de Claraval (1090-1153), doutor da Igreja:
“Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só missa do que com distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra.”
“A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade principalmente”.
“Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de nós, montam guarda de amor os anjos”.

Santa Teresa D´Avila (1515-1582),doutora da Igreja:
“Não há meio melhor para se chegar à perfeição”.
“Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mau a hospedagem se o recebemos bem”.
“Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina”.
“É pelo preparo do aposento que se conhece o amor de quem acolhe o seu amado”.

São Tomás de Aquino (1225-1274):
“A Comunhão destrói a tentação do demônio”.

 São Vicente Ferrer:
“Há mais proveito na Eucaristia que em uma semana de jejum a pão e água”.
São João Crisóstomo (349-407),doutor da Igreja:
“A Eucaristia dá-nos uma grande inclinação para a virtude, uma grande paz e torna mais fácil o caminho para a santificação”.
“Deu-se todo não reservando nada para si”.
“Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor” (Ct 2,4-5)”.
Santo Ambrósio (340-397),doutor da Igreja:
“Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance.”

 São Gregório Nazianzeno (330-379),doutor da Igreja:
“Este pão do céu requer-se que se tenha forme. Ele quer ser desejado”.
“O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama de modo que, retirando-o do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.”

 Santo Agostinho (354-430),doutor da Igreja:
“Ele se esconde porque quer ser procurado”.
“Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma nele.”
“Sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar.”
“A Eucaristia é o pão de cada dia que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia.”
“Na Eucaristia Maria perpetua e estende a sua maternidade.”

 Santo Afonso de Ligório (1696-1787), doutor da Igreja:
“A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação, recolhimento.”
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”.

 São Boaventura (1218-1274), doutor da Igreja:
“Ainda que friamente aproxime-se confiando na misericórdia de Deus”.
  
São João de Ávila:
“Tempo de ganhar muitas graças”.

Santa Maria Madalena de Piazzi:
“Tempo mais apropriado para crescer no amor de Deus”.
“Os minutos que vêm depois da comunhão – dizia a santa – São os mais preciosos que temos em nossa vida; os mais apropriados de nossa parte para entender-nos com Deus e, da parte de Deus, para comunicar-nos o seu amor”.

São Gregório de Nissa:
“Nosso corpo unido ao corpo de Cristo, adquire um princípio de imortalidade, porque se une ao Imortal”.

 Santa Teresinha (1873-1897), doutora da Igreja:
“Não é para ficar numa âmbula de ouro, que Jesus desce cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as sua delícias”.
“Quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer pelo menos que ela fique vazia, sem dono e afastada da comunhão.”

Santa Margarida Maria Alacoque:
“Nós não saberíamos dar maior alegria ao nosso inimigo, o demônio, do que afastando-nos de Jesus, o qual lhe tira o poder que ele tem sobre nós.”

São Filipe Neri:
“A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia.”

Santa Catarina de Gênova:
“O tempo passado diante do Sacrário é o tempo mais bem empregado da minha vida”.

São João Bosco:
“Não omitais nunca a visita a cada dia ao Santíssimo Sacramento, ainda que seja muito breve, mas contanto que seja constante.”

Chiara Lubic:
“Enquanto existir a Eucaristia eu nunca estarei só. Enquanto existir um sacrário, não terei solidão”.
“É preciso preparar-se para receber Jesus”.
 Fonte: Cleofas 

"Dinheiro, vaidade e poder acorrentam nossos corações", adverte Francisco

2014-06-20 



Cidade do Vaticano (RV) – “Jesus nos pede para manter coração livre de dinheiro, vaidade e poder”. Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta sexta-feira 20, na capela de sua residência, na Casa Santa Marta. O Pontífice ressaltou que as verdadeiras riquezas são aquelas que tornam “luminoso” o nosso coração, como a adoração a Deus e o amor ao próximo. E alertou para os tesouros mundanos que pesam e acorrentam nossos corações.

“Não acumulem para vocês tesouros da terra”, advertiu Francisco, inspirando-se no conselho de Jesus de que fala o Evangelho do dia. “Este é um conselho prudente, porque os tesouros da terra não são seguros. Em que tesouros Jesus pensava? Perguntou o Papa, respondendo ele mesmo: em três”.

“O primeiro tesouro: o ouro, o dinheiro, as riquezas... Jesus os define ‘perigosos’. “A riqueza serve para muita coisa, para manter a família... mas se você acumula tudo, como um tesouro, vão lhe roubar a alma! Jesus, no Evangelho, fala deste tema, do risco de depositar esperanças na riqueza”. 

O outro tesouro – prosseguiu – é a vaidade, ter prestígio, se exibir. E Jesus – advertiu Francisco, sempre condenou isso! “Lembrem-se dos doutores da lei, quando jejuavam, davam esmola e rezavam só para se mostrar”. “A vaidade não serve, porque acaba”.

Enfim, o terceiro tesouro – evidenciou – é o orgulho. O Papa se referiu à Primeira Leitura, quando se narra da queda da cruel Rainha Atália. “Seu grande poder durou sete anos e depois foi assassinada. O poder termina!”. E alertou novamente: “Quantos homens e mulheres grandes e orgulhosos terminaram no anonimato, na miséria ou na prisão?”.

Estes três tesouros – frisou – não servem. Ao invés deles, o Senhor nos pede que acumulemos “tesouros no céu”.

“Aqui está a mensagem de Jesus: ‘Mas, se o seu tesouro está nas riquezas, na vaidade, no poder, no orgulho, o seu coração vai estar acorrentado ali! Seu coração será escravo da riqueza, da vaidade, do orgulho’. E o que Jesus quer é que nós tenhamos um coração livre! Esta é a mensagem de hoje. ‘Mas, por favor, tenham um coração livre!', nos diz Jesus. Fala-nos da liberdade do coração. E para se ter um coração livre só com os tesouros do céu: o amor, a paciência, o serviço aos outros, a adoração a Deus. Estas são as verdadeiras riquezas que não são roubadas. As outras riquezas pesam o coração. Pesam o coração: acorrentam-no, não lhe dão a liberdade!”

Um “coração escravo” acrescentou o Papa, “não é um coração luminoso: será tenebroso”. E se nós acumulamos tesouros da terra, “acumulamos trevas, que não servem!”. Estes tesouros, advertiu Francisco, “não nos dão alegria, mas acima de tudo não nos dão liberdade”. Em vez disso, “um coração livre é um coração luminoso, que ilumina os outros, que mostra o caminho que conduz a Deus”:

“Um coração luminoso, que não está acorrentado, um coração que vai para frente e que também envelhece bem como o bom vinho: quando o bom vinho envelhece é um bom vinho envelhecido. Em vez disso, o coração que não é luminoso é como o vinho que não é bom: o tempo passa e se estraga ainda mais, torna-se vinagre. Que o Senhor nos dê essa prudência espiritual, para entender bem onde está o meu coração, a que tesouro está ligado o meu coração. E também nos dê a força para desacorrentá-lo, se for acorrentado, para que se torne livre, para que se torne mais luminoso e nos dê esta bela felicidade de filhos de Deus: a verdadeira liberdade”. (CM-SP)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/06/20/dinheiro,_vaidade_e_poder_acorrentam_nossos_cora%C3%A7%C3%B5es,_adverte/bra-808203
do site da Rádio Vaticano 


20 de jun. de 2014

20 JUN Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha, mulheres de oração

Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e SanchaTeresa, Mafalda e Sancha, filhas de Dom Sancho I e da Rainha Dulce, eram portuguesas.
Teresa, a primogênita, nasceu em 1177.
Desde de cedo, muito bem educada, sentiu o chamado à vida religiosa, mas conforme o costume do tempo, acabou sendo dada em casamento com o Rei Afonso e tornou-se Rainha de Lion. Por diversos motivos o casamento foi nulo. Ela voltou pra casa e entrou para a vida religiosa. Afonso não gostou e armou uma guerra contra o pai de Teresa e contra Portugal. Ela, já no convento, consumiu-se na intercessão. Um exemplo a seguir de despojamento e de busca da vontade de Deus.
Mafalda teve momentos parecidos com o de Teresa. Casou com Henrique I, mas este faleceu e ela retornou para casa, despojando-se de seus bens e entrando para a vida religiosa.
Viveu a total dependência de Deus.
Sancha: uma jovem que não se casou como acontecera com suas irmãs. Fundou um convento da Ordem Cisterciense em Coimbra, onde viveu as regras com fidelidade até sua morte.
No ano de 1705, as três irmãs portuguesas foram beatificadas.
Que sigamos o exemplo dessas mulheres de oração, que buscaram a vontade de Deus.
Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha, rogai por nós!
Fonte Canção Nova 

Eduque seus filhos com valores

 Temos de ensinar nossos filhos a terem valores
Eduque seus filhos com valoresÉ um comportamento muito comum das famílias criar expectativas em torno do futuro dos filhos. O sonho e a necessidade dos pais de vê-los na Universidade, bem sucedidos e felizes, acabam por negligenciar o tempo para educá-los por meio de uma espiritualidade capaz de fortalecer as relações, as escolhas e as decisões deles.
Compra-se livro, papel e caneta, Iphone e celular. Compra-se e paga-se tudo, porque nada (cheio de tudo) pode faltar para os filhos. “Dou aos meus filhos tudo que não tive”.
Vamos, então, ao começo. Vamos nos lembrar da época do enxoval. Primeiro, decide-se se será rosa ou azul, se vai colocar o berço no quarto dos pais ou não, escolhe-se quem será a madrinha e quando e onde será o batizado. A rotina da casa muda por completo, o que era calmo passa a ficar agitado, quem dormia à noite toda não dorme mais e, assim, tudo vai sendo adaptado por conta da chegada do bebê. E o pequenino ocupa tanto o centro da casa que ninguém mais viaja nem sai para passear. Os pais deixam, muitas vezes, de ir à igreja, ao cinema… As mudanças não param por aí. É preciso decidir também qual será a primeira escola, o preço da mensalidade, quem será a professora e com quem ele ficará quando os pais saírem para trabalhar.
Quase nunca se escuta: temos de ensinar o nosso filho a respeitar os mais velhos, a conviver bem com os outros, a falar a verdade, a guardar com carinho os seus pertences, a ter um encontro com Deus. São reflexões que precisam ser feitas a fim de estar preparado e disponível para o filho, seja ele uma criança, um adolescente ou um jovem adulto a desenvolver o gosto pelos estudos, o respeito por si mesmo e pelo outro. O filho precisa desenvolver os princípios da boa convivência e cultivar o amor à sua própria vida, cuidando da sua saúde biopsicossocial e espiritual.
Por meio dos estímulos e dos modelos de comportamento encontrados no ambiente, em casa, na escola e na sociedade, os filhos vão desenvolver sua espiritualidade. Aprenderão a amar seus pais, a cuidar deles e a respeitá-los até a velhice; aprenderão a gastar o necessário e viver com leveza em contato com a arte, com a cultura e com as pessoas. Terão ocupações com o trabalho, com os estudos, com o lazer e com a fé.
Fiz essas considerações a partir da minha experiência como mãe e do conceito sobre espiritualidade que construí durante a minha vida. A pergunta para nortear a nossa espiritualidade deverá sempre ser esta: “Quem eu sou no lugar onde estou?”, “Para onde eu quero ir e com quem?”.
Caro leitor e leitora, você, que está lendo este texto, poderá pensar na educação do seu filho a partir da sua espiritualidade. Os pais precisam educar os filhos com o pulso do amor e da autoridade, do critério da excelência; o que é bem diferente de conduzir uma educação pautada no autoritarismo, na indiferença e no abandono. Educar com espiritualidade é proporcionar bem-estar ao filho.
Os pais se deixam contaminar pelas consequências do relativismo do mundo moderno e acabam por não tirar proveito da sua própria história, arriscando-se a viver como muitos intelectuais empobrecidos pensam: “Quando ele estiver crescido, escolherá o que vai comer, que religião vai professar e em que escola vai querer estudar, porque meu filho tem de ter liberdade”. Que engraçado! Ele pode ter liberdade e não pode desenvolver a sua espiritualidade? Como ter liberdade sem aprender a escolher e decidir? Como seguir o que não conhece? O que nunca lhe foi apresentado?
Ao fazer esses questionamentos, gostaria de motivá-lo, querido leitor, a pensar na espiritualidade de uma maneira ampla e profunda, desassociada da religiosidade. Com certeza, esses conceitos irão se encontrar, pois é impossível uma religiosidade sem espiritualidade. Mas é possível tratar de espiritualidade sem estar focado na religiosidade. A especialista em educação Mimi Doe afirma: “A espiritualidade é a base a partir da qual nascem a autoestima, a ética, os valores, a sensação de fazer parte de algo. É a espiritualidade que determina o sentido e o significado da vida”.
A educação nesses moldes precisará oferecer aos filhos um ambiente do qual eles participem e estejam preparados para o diálogo, para a convivência e para fazer o bem. Um ambiente que ofereça abraço e elogios quando necessários, que o outro seja reconhecido pelo que ele acerta, pelo que faz de bom. Será por meio da ação e do compromisso em conviver bem que os filhos poderão desenvolver uma espiritualidade fortalecida nos valores.
Não se cresce para, um dia, ser espiritualizado. Viver assim é uma opção. De acordo com Mimi, “resgatar esse sentimento de educar filhos pode ser, ainda hoje, um verdadeiro milagre. Não, não é nada esotérico nem específico dessa ou daquela religião. Ao contrário, abrir um espaço para a espiritualidade na relação com as crianças é fazer coisas simples, como criar um ambiente agradável e receptivo na hora do jantar ou marcar um dia por mês para um ‘estar em família’ diferente“.
Considerei importante apresentar alguns dos princípios que nos ajudarão a praticar, juntamente com os nossos filhos, a alegria espontânea, criativa e livre que caracteriza a espiritualidade inata de uma criança, baseados nos princípios de Mimi Doe, produtora de televisão premiada e cofundadora da Pink BubbleProductions, uma empresa que se dedica a desenvolver programas sem violência para crianças:
1. Deixe de lado os seus velhos programas de educação, os erros cometidos por seus pais, os “deveres” e “obrigações” que foram se infiltrando no seu jeito de educar. Você é você mesmo e seu filho é ele mesmo. Vocês dois foram reunidos por Deus por algum motivo. Acredite, você e seu pequeno foram, literalmente, feitos um para o outro.
2. Ensine seu filho a desenvolver a concentração no pensar. Use como exemplo uma lanterna ou um foco de luz cortando a escuridão. Os pensamentos dele são como esse raio de luz atravessando o universo, juntando e iluminando os seus desejos. Essa imagem vai ajudar seu filho a entender que nossos pensamentos podem provocar grandes mudanças na nossa vida.
3. Busque o maravilhoso fora do trivial. Celebre junto com ele os fatos admiráveis de cada dia. Invente rituais, motivos para celebrar, encha sua casa com música, dance, caminhe na chuva. Se faltar ideias, tome emprestadas algumas fantasias de seu filho. Com certeza, ele vai adorar compartilhar esses tesouros com você.
4. As palavras são importantes. Use-as com cuidado. Em geral, elas refletem nosso jeito de estar no mundo. Institua em sua casa a regra de não permitir rebaixamentos nem zombarias. O deboche é um meio seguro de arrasar o espírito.
5. Faça de cada dia um novo começo. Por pior que tenha sido o dia de hoje, amanhã é um novo dia e ninguém sabe ou pode garantir o que ele vai trazer. Dê de presente para seu filho um dia cheio de possibilidades, um dia sagrado. Um dia para ser saboreado minuto a minuto, intensamente. Agora, sim, podemos concluir essa reflexão falando de religiosidade. Com tamanha espiritualidade, impossível não ver Deus em todas as coisas e sentir-se parte d’Ele. Mais uma vez, viver assim é uma decisão.
Fonte: Canção Nova 

A Eucaristia nos transforma em Jesus

Professor Felipe Aquino
Foto: cancaonova.com/Daniel Mafra
A Festa de Corpus Christi existe na Igreja há muito tempo, é importante entender que essa festa não foi criada por um Papa, pois foi Jesus quem a pediu a Juliana de Cornillon, de origem belga, do século XIII, santa mística adoradora do Santíssimo Sacramento. Jesus pediu a ela que solicitasse ao Papa uma festa em honra ao Seu Corpo e ao Seu Sangue que fosse celebrada numa quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.

Há três festas importantes na Igreja, que continuam por oito dias após a data de sua celebração [por isso recebem o nome de oitavas]: o Natal, a Páscoa e Pentecostes. Cristo quis essa celebração justamente depois do período pascal, que termina com a Festa de Pentecostes. Por que quinta-feira? Porque foi o dia em que Ele instituiu a sagrada Eucaristia na Quinta-feira Santa.

Deus deu a essa santa a graça de conhecer um cardeal, que se tornaria o Papa Urbano IV tempos depois, a quem ela transmitiu a solicitação que o Senhor havia feito a ela. Contudo, a Igreja é cautelosa, prudente e lenta ao avaliar esse tipo de situação. Então Deus deu um sinal ao Papa, quando este estava fora de Roma, em Orvieto, com todos os seus assessores, dentre os quais estava São Tomás de Aquino. Em uma cidade vizinha chamada Bolsena aconteceu um Milagre Eucarístico; um padre chamado Pedro estava presidindo a Santa Missa e, por ter duvidado da presença real de Jesus na Eucaristia, começou a pingar Sangue da hóstia, então ele informou o ocorrido ao bispo e este avisou ao Sumo Pontífice, que estava ali perto. O Santo Padre mandou que levassem a ele o corporal com a hóstia manchada de sangue. Quando o Papa a viu afirmou: “É Corpus Christi”. Foi então que surgiu toda essa devoção do Corpo de Cristo que vivemos hoje.

É o único dia do ano em que Jesus Sacramentado sai às ruas no ostensório. Neste dia, Jesus sai para ser adorado por todos e para abençoar as nossas cidades. O cristão que, podendo fazê-lo, não vai às ruas para se encontrar com Cristo não tem fé e não ama o seu Deus.

Jesus quis esta festa para mostrar ao mundo que a Eucaristia é a presença real d'Ele, que vem ao nosso encontro para ser nosso alimento e remédio. Ele torna-se sustento para nossa vida e cura as feridas que o pecado deixa em nossa alma.

Não houve um santo na história da Igreja que tenha se santificado sem a Eucaristia. Todos os santos da Igreja trazem esta característica: são adoradores!

Na Santa Ceia, Jesus nos diz algo fundamental para nossa santificação: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 4-5). Olha a ordem que Jesus dá a nós: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós!”.  Neste capítulo, narra-se o episódio da “videira e os ramos”; você já viu um galho de goiabeira cortado dar frutos? Se você cortar o ramo ele cai no chão, seca e morre. Por isso o Senhor Jesus nos ensina que, ao permanecermos n'Ele, daremos frutos.

Como permanecer em Cristo? Sobretudo pela Eucaristia, por meio da qual Ele vem a nós por inteiro, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. A Carne de Jesus se une à nossa carne, pois nossa carne é fraca. Não queremos pecar, mas pecamos, até São Paulo vivia isso, pois ele mesmo diz: “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero” (Rm 7, 19). Esse gigante da Igreja gemia sob a fraqueza de sua carne. Imagine nós! E por isso a Carne de Jesus cura a nossa carne. 
"Santo Agostinho diz que Deus não é para se compreendido, mas para ser adorado!", afirma professor Felipe
Foto: cancaonova.com/Daniel Mafra

Meus irmãos, nós precisamos amar a Eucaristia! Infelizmente, a maioria dos católicos ainda não acordou, pois se entendêssemos isso com profundidade todos os dias iríamos querer comungar. Há pessoas que não conseguem acreditar como um pedacinho de Pão Consagrado pode ser Jesus; e se esquecem de que, para Deus, nada é impossível.  Santo Agostinho diz: "Deus não é para se compreendido, mas para ser adorado!", porque ninguém vai conseguir entender racionalmente que Jesus está presente na Eucaristia. Deus quer, diz e tem poder para isso. 

Meus irmãos, nós somos fracos porque não comungamos ou comungamos mal e nisso temos algo perigoso. São Paulo nos ensina: “Quem come e bebe do corpo do Senhor sem se examinar, come e bebe da própria condenação.” 

Santo Agostinho nos ensina a respeito da Eucaristia que: “Sendo Deus onipotente, não pode dar mais a nós do que a Eucaristia, sendo sapientíssimo, não soube dar mais, e sendo riquíssimo não teve mais a nos dar do que a Eucaristia.” 

Por que a Eucaristia é o maior de todos os sacramentos? Nos outros sacramentos Deus transfere Sua graça para nós, mas na Eucaristia Ele mesmo se dá a nós. 

Ainda que friamente, aproxime-se da Eucaristia confiando na misericórdia de Deus, mesmo que você não tenha entusiasmo. Quando você se vê em uma dificuldade ou vive uma dor fica por vezes frio, busque o Senhor, pois esta é a hora em que Ele mais o quer ter perto. 

Jesus não quis nos dar apenas o Seu Evangelho e morrer na cruz para nossa salvação. Ele quis nos dar a Sua presença real no meio de nós pela Eucaristia.


Transcrição e adaptação: Paulo Pereira
Fonte: Canção nova 

19 de jun. de 2014

Papa Francisco: "Além da fome material o homem leva consigo a fome de vida, amor e eternidade"

 2014-06-19 




 
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrou a missa na tarde desta quinta-feira, 19 de junho, Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, na Basílica Papal de São João de Latrão, em Roma.

"O Senhor, teu Deus, (...) te alimentou com o maná, que tu não conhecias", disse o Papa Francisco no início de sua homilia citando uma passagem do Livro do Deuteronômio.

"Estas palavras de Moisés fazem referência à história de Israel, que Deus fez sair do Egito, da condição de escravidão, e por quarenta anos o guiou no deserto para a terra prometida. Uma vez estabelecido na terra, o povo eleito atingiu uma autonomia, um bem-estar, e correu o risco de esquecer as tristes vicissitudes do passado, superadas graças à intervenção de Deus e à sua infinita bondade", frisou o Santo Padre.

As Escrituras exortam a fazer memória de todo o caminho feito no deserto, no tempo da penúria e do desconforto. Moisés convida a voltar ao essencial, à experiência de total dependência de Deus, quando a sobrevivência foi colocada em suas mãos, para que o homem compreenda que "não vive somente de pão, mas de tudo aquilo que procede da boca do Senhor".

"Além da fome material o homem leva consigo outra fome, uma fome que não pode ser saciada com comida comum. É a fome de vida, fome de amor, fome de eternidade. O sinal do maná – como toda experiência do êxodo – continha em si também esta dimensão: era figura de uma comida que sacia esta fome mais profunda que existe no homem. Jesus nos dá este alimento, assim, é Ele mesmo o pão vivo que dá vida ao mundo. Seu Corpo é verdadeira comida sob a espécie de pão; seu Sangue é verdadeira bebida sob a espécie de vinho. Não é um simples alimento com o qual sacia nossos corpos, como o maná; o Corpo de Cristo é o pão dos últimos tempos, capaz de dar vida, e vida eterna, porque a substancia deste pão é Amor."

Viver a experiência da fé significa deixar-se alimentar pelo Senhor e construir a própria existência não sobre bens materiais, mas sobre a realidade que não perece: os dons de Deus, sua Palavra e seu Corpo.


"Se olharmos ao nosso redor, daremos conta de que existem tantas ofertas de alimento que não vem do Senhor e que aparentemente satisfazem mais. Alguns se nutrem com o dinheiro, outros com o sucesso e com a vaidade, outros com o poder e com o orgulho. Mas a comida que nos alimenta verdadeiramente e que nos sacia é somente aquela que nos dá o Senhor! O alimento que nos oferece o Senhor é diferente dos outros e talvez não nos pareça assim saboroso como certas iguarias que nos oferecem o mundo. Agora sonhamos com outros alimentos, como os hebreus no deserto que choravam a carne e as cebolas que comiam no Egito, mas esqueciam que aqueles alimentos eram comidos na mesa da escravidão. Eles, naqueles momentos de tentação, tinham memória, mas uma memória doente, uma memória seletiva."

O Papa concluiu a homilia pedindo a Jesus para nos defender das tentações do alimento mundano que nos faz escravos, para purificar a nossa memória a fim de que não se torne prisioneira da seletividade egoísta e mundana, mas seja memória viva da presença de Deus na história. (MJ/CAS)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/06/19/papa_francisco:_al%C3%A9m_da_fome_material_o_homem_leva_consigo_a_fome_de/bra-808138
do site da Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

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