24 de mai. de 2014

24 MAI São Vicente de Lérins, um grande pensador, teólogo e místico

São Vicente de LérinsNascido no norte da França, São Vicente de Lérins, viveu sua juventude em busca dasvaidades do mundo e tornou-se militar.
Vicente ao encontrar-se com Deus e se converter, foi se tornando cada vez mais obediente à Palavra do Senhor. Amou a Palavra de Deus.
Entrou para a vida monástica, tornando-se um exemplo de monge. Aprofundou-se nos mistérios de Deus, tornando-se um grande pensador, teólogo e místico.
Combateu muitas heresias no século V.
Eleito Abade, o Mosteiro de Lérins tornou-se um lugar de forte formação para santos e bispos da Igreja.
São Vicente foi um homem doutorado na graça, defensor da verdade e que se consumiu pelo Evangelho.
São Vicente de Lérins, rogai por nós!
Canção Nova 

Pode ter Jesus desprezado a sua mãe?

O Evangelho de São Mateus narra que, em determinado dia, Jesus estava pregando e sua mãe e irmãos procuravam falar com Ele. Ao ser informado disso, Jesus respondeu: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?"; em seguida, apontou para todos os que ali estavam e disse: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe." (12, 46-50) Igualmente, no Evangelho de São Marcos e de São Lucas, o mesmo evento é narrado, mas, o que Jesus quis ensinar com essas palavras aparentemente duras?
Não parece possível que Ele tenha realmente desprezado ou feito pouco caso de sua mãe. Basta recordar a passagem referente ao jovem rico, quando Ele diz que, para entrar no Reino do Céu, é preciso honrar pai e mãe:
"Alguém aproximou-se de Jesus e disse: ‘Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?’ Ele respondeu: ‘Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos’. - ‘Quais’, perguntou ele. Jesus respondeu: Não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe, ama teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 19, 16-19)
Mais plausível seria pensar que Jesus desejasse mostrar, nessa passagem, que a salvação não estaria mais ligada ao sangue do povo judeu e ensinando, assim, que o novo povo de Deus deve ser baseado na fé e na obediência à vontade divina.
No Antigo Testamento, para uma pessoa ser inserida no ‘povo de Deus’, bastava o nascimento; não era preciso fazer nada, poder-se-ia dizer que a salvação era genética. Evidentemente que, por causa disso, os judeus desprezavam aqueles que não faziam parte da ‘raça eleita’, os goyn, os gentios. O que Jesus faz, portanto, é quebrar o paradigma dos laços sanguíneos. Alguns versículos antes do episódio com sua mãe, Ele havia sinalizado esse novo modo de ser povo de Deus quando disse:
"Então, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: ‘Mestre, queremos ver um sinal da tua parte.’ Ele respondeu-lhe: ‘Uma geração perversa e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. De fato, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no ventre da terra. No dia do Juízo, os habitantes de Nínive se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão, pois eles mostraram arrependimento com a pregação de Jonas. No dia do Juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará; pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está quem é mais do que Salomão" (Mateus 12, 38-42)
Ora, a ‘geração perversa e adúltera’ a que Jesus referiu-se são os judeus, a raça eleita. Jonas não queria pregar em Nínive, como é sabido, porque lá eram todos gentios; no entanto, ele prega e os ninivitas se convertem. Da mesma forma, a rainha de Sabá, uma mulher negra, etíope, não pertencia ao povo de Israel, mas ela ouve a mensagem de Salomão.
Logo, o que Jesus está fazendo é escandalizar os judeus ao seu redor, dizendo que o que passa a valer é a conversão, é fazer a vontade de Deus, obedecendo os mandamentos e não mais apenas os laços de sanguíneos. A "nova" família de Jesus é formada por aqueles que fazem a vontade de Deus que está no céu. O novo povo de Deus está baseado, portanto, na fé.
Nesse viés, Maria Santíssima passa a ser honrada não tanto por ter dado a carne ao Salvador, mas por tê-lo concebido na obediência: "Faça-se em mim segundo a Tua vontade" (Lucas 1, 38). É por isso que justamente esta passagem controversa dos Evangelhos é usada pela Igreja para as missas em honra à Ela. No missal de Pio V, utilizado até o ano de 1969, nas missas votivas de Nossa Senhora, o Evangelho proclamado era sempre esse. Portanto, Jesus não desprezou sua mãe com essas palavras. A mãe de Jesus é aquela que faz a vontade do Pai. A graça maior de Maria Santíssima foi ter acreditado e feito a vontade de Deus em sua vida.

 Fonte Blog Padre Paulo Ricardo 

Como vencer a “falsa vergonha” da Confissão


Há uma vergonha que conduz ao pecado, e uma vergonha que atrai a glória e a graça.


Muitas pessoas dizem não ter coragem de se aproximar do sacramento da Confissão porque têm vergonha.
É preciso reconhecer: não é fácil acusar os próprios pecados ao sacerdote. No entanto, urge vencer o que Santo Afonso de Ligório chama de "falsa vergonha", afinal, não há outro modo pelo qual seja possível reconciliar-se com Deus senão pela confissão dos pecados. Jesus, ao instituir este sacramento, poderia muito bem ter dito: Quando tiverdes pecado, entrai em vossos próprios quartos, prostrai-vos diante de Mim crucificado e obtereis o perdão. Seria muito mais cômodo. No entanto, Ele não disse isso. Antes, deu aos Apóstolos a chave da reconciliação: "Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos" [1].
Para vencer essa "vergonha" que todos sentimos de contar as próprias misérias, vale meditar um pouco sobre as verdades eternas. Quando perdemos a graça, pelo pecado mortal, não só somos condenados ao inferno, na outra vida, e a inúmeros tormentos, nesta, como perdemos a amizade de Deus, o bem mais precioso que o homem pode entesourar. Escrevendo a respeito do pecado mortal, Santo Afonso avalia:
"Se o homem recusasse a amizade de Deus, para alcançar um reino ou um império do mundo inteiro, já seria isso uma horrenda perversidade, pois que a amizade de Deus é muito mais preciosa do que o mundo todo e milhares de mundos. E afinal por amor de que coisa o pecador ofende a Deus? Por um pouco de terra, para satisfazer a sua ira, por um gozo bestial, por uma vaidade, um capricho. 'Eles me desonraram por um punhado de cevada e um pedacinho de pão' (Ez 13, 19)." [2]
Ao nos depararmos com a gravidade da ofensa que cometemos, com o grande amor com que Deus nos amou, derramando o Seu próprio sangue para salvar-nos, é preciso que nos comovamos e verdadeiramente nos envergonhemos... Mas, que a causa da nossa vergonha seja o pecado! E que essa mesma vergonha nos leve a um propósito firme e sério de não mais ofender a Deus! Caso contrário, será uma vergonha estéril e sem nenhuma serventia.
O autor sagrado diz que "há uma vergonha que conduz ao pecado, e uma vergonha que atrai glória e graça" [3]. Com razão se poderia chamar a "vergonha que conduz ao pecado" aquela que leva a pessoa ou a fugir ou a omitir seus pecados na Confissão, já que essa atitude causará a sua própria perdição eterna. Quanto à segunda vergonha, não é aquela que sentimos na fila do confessionário, mas que logo se esvai depois que somos absolvidos pelo sacerdote? "Quando estamos em fila para nos confessarmos, sentimos (...) vergonha, mas depois quando termina a Confissão sentimo-nos livres, (...) perdoados, puros e felizes" [4]. Por isso, diz Santo Afonso, "devemos fugir da vergonha que nos leva ao pecado e nos torna inimigos de Deus; não, porém, da que, ligada à confissão dos pecados, nos granjeia a graça de Deus e a glória do céu".
Quando o demônio nos tentar sugerindo que, por vergonha, ocultemos as nossas faltas ao sacerdote, lembremo-nos de que os pecados dos condenados serão revelados a todos os homens no Juízo Final: "Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo" [5]; "Vou arregaçar o teu vestido até teu rosto, e mostrar tua nudez às nações, aos reinos a tua vergonha" [6]. Quando a sugestão for a de que sequer procuremos a reconciliação, lembremo-nos a joia de altíssimo valor que corremos o risco de perder, se morremos em estado de pecado mortal: o próprio Deus.
Transformemos, por fim, a "falsa vergonha" da Penitência em disposição para servir a Deus, porque o arrependimento não consiste em grandes sentimentos ou em prantos efusivos, mas em uma resoluta vontade de amar, como ensina Santa Teresa: "Consiste [o amor] numa total determinação e desejo de contentar a Deus em tudo, em procurar, o quanto pudermos, não ofendê-lo e rogar-lhe pelo aumento contínuo da honra e glória de seu Filho e pela prosperidade da Igreja Católica" [7].
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Fonte: Blog Pe Paulo Ricardo 




Terra Santa: na véspera da viagem, Papa reza diante de Nossa Senhora. Suspensas missas matutinas por uma semana

2014-05-23



 Cidade do Vaticano (RV) – Na véspera de sua viagem à Terra Santa, o Papa Francisco visitou na manhã desta sexta-feira a Basílica de Santa Maria Maior.

Segundo informa o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, o Papa foi à Basílica, em caráter privado, para rezar e confiar a Nossa Senhora a iminente viagem a Amã, Belém e Jerusalém.

Depois da oração, que durou 15 minutos, o Pontífice ofereceu um maço de flores a Nossa Senhora.

Logo após a sua eleição como sucessor de Pedro, e em outras oportunidades, Francisco visitou a Basílica de Santa Maria Maior, que fica no centro de Roma, para orar diante do ícone de Maria “Salus Populi romani” (protetora do povo romano).

Por ocasião desta viagem, a partir desta sexta-feira, 23 de maio, estão suspensas as Missas matutinas que o Papa Francisco celebra na capela de sua residência, na Casa Santa Marta.

A próxima missa está programa para sexta-feira, 30 de maio.

As missas às 7h da manhã que o Papa celebra pessoalmente, fazendo breves homilias sobre as leituras do dia, representam uma das novidades mais relevantes do seu pontificado. Trata-se de um magistério “diário”, através do qual Francisco alcança milhares de católicos, que aguardam diariamente suas reflexões.

As homilias são breves e são fruto da reflexão do Pontífice, que não segue um “roteiro” ao momento de pronunciá-las. O que chega ao público é uma síntese do que foi dito, e não o pronunciamento integral – elaborada diariamente pela Rádio Vaticano e publicada pelo jornal L’Osservatore Romano.

As reflexões estão agora disponíveis em dois livros, intitulados “Homilias da manhã”. O primeiro volume reúne as homilias de 22 de março a 6 de julho de 2013. O segundo as de 2 de setembro de 2013 a 31 de janeiro de 2014.

As Edições CNBB publicaram em português o primeiro volume.

(BF)




Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

23 de mai. de 2014

23 Mai São Juliano, esposo fiel, amou a família e os necessitados

São JulianoEra casado e possuía uma hospedaria. Nela, ele partilhava a vida eterna que trazia em seu coração. Esposo fiel que amou a família e os necessitados.
No ano de 305, o imperador Diocleciano começou uma perseguição aos cristãos. Juliano, então, passou a acolher em sua hospedaria os cristãos perseguidos.
Alguns homens denunciaram Juliano. Ele foi arrancado de casa e levado ao tribunal.
Por não renunciar à fé em Cristo, foi condenado e decapitado.
Hoje, ele vive com Cristo na Glória.
Continuamos em tempos de perseguição. Velada em alguns lugares e, em outros, bem visível.
Que o santo de hoje possa interceder para que, o Espirito Santo, nos ajude a sermos ousados em nosso testemunho, sem medo da morte e das perseguições, certos de que a nossa recompensa se encontra no céu.
São Juliano, rogai por nós!

Canção Nova 

Se Deus quer a salvação de todos porque então alguns nascem pagãos ou ateus?

Deus, em sua infinita onipotência, não poderia ter criado um mundo sem males, sem o Mal? A resposta é positiva. Sim, Ele poderia ter criado um mundo no qual todos os homens O amassem e Lhe fossem fiéis. Bastaria ter revelado Sua face. Por que não o fez? O Catecismo da Igreja Católica, em seus números 310 e 311, diz que:
Deus sempre poderia criar algo melhor. Todavia, em sua sabedoria e bondade infinitas, Deus quis livremente criar um mundo em estado de caminhada para sua perfeição última.
Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para seu destino último por opção livre e amor preferencial. Podem, no entanto, desviar-se. E, de fato, pecaram. Foi assim que o mal moral entrou no mundo, incomensuravelmente mais grave do que o mal físico. Deus não é de modo algum, nem direta nem indiretamente, a causa do mal moral. Todavia, permite-o, respeitando a liberdade de sua criatura e, misteriosamente, sabe auferir dele o bem. (CIC 310-311)
Portanto, a resposta para a pergunta: por que alguns nascem pagãos ou ateus? passa, necessariamente pela questão da liberdade do homem. Do desejo de Deus em que o homem O ame livremente.
Deus é uma verdade tal, que no momento em que o homem o vir face a face não terá como resistir, será irremediavelmente atraído para o Seu amor. Se isso acontecesse, o homem perderia a liberdade. O Catecismo segue ensinando:
Deus criou o homem dotado de razão e lhe conferiu a dignidade de uma pessoa agraciada com a iniciativa e o domínio de seus atos. ‘Deus deixou o homem nas mãos de sua própria decisão’ (Eclo 15,14), para que pudesse ele mesmo procurar seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegar a plena e feliz perfeição.” (CIC 1730)
A liberdade é o poder, baseado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, portanto, de praticar atos deliberados. Pelo livre-arbítrio, cada qual dispõe sobre si mesmo. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e amadurecimento na verdade e na bondade. A liberdade alcança sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa bem-aventurança. (1731)
Assim, o ser humano é livre para estar em Deus ou não. E isto foi querido por Ele, sendo mais uma demonstração de seu imenso amor pela humanidade. Contudo, engana-se quem pensa que o não-crer é um estado natural. Pelo contrário, o estado natural do homem é crer, é buscar o sentido de sua vida no Bem Maior. Essa busca é o que molda a trajetória do homem na terra. Santo Agostinho, em sua obra “Confissões”, profere uma frase célebre a esse respeito:
Grande és tu, Senhor, e sumamente louvável: grande a tua força, e a tua sabedoria não tem limite. E quer louvar-te o homem, esta parcela de tua criação; o homem carregado de sua condição mortal, carregado com o testemunha de seu pecado e com o testemunho de que resistes aos soberbos; e, mesmo assim, quer louvar-te o homem, esta parcela de tua criação. Tu o incitas para sinta prazer em louvar-te; fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em ti.
O ateísmo não é a condição natural do homem. Para ser ateu e manter-se assim, é necessário um esforço, pois essa postura é anti-natural. “O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem para si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar”, sabiamente ensina o Catecismo em seu nº 27. Porém, um pouco mais à frente, ele nos diz que a tão almejada união íntima e vital com Deus “pode ser esquecida, ignorada ou até rejeitada explicitamente pelo homem”, que realmente é capaz disso ao fazer a opção pelo ateísmo. O Catecismo fala claramente sobre esse tipo de rejeição ao amor de Deus. Eis:
Muitos de nossos contemporâneos não percebem de modo algum esta união íntima e vital com Deus, ou explicitamente a rejeitam, a ponto de o ateísmo figurar entre os mais graves problemas do nosso tempo.
O termo ‘ateísmo’ abrange fenômenos muito diversos. Uma forma frequente é o materialismo prático, de quem limita suas necessidades e suas ambições ao espaço e ao tempo. O humanismo ateu considera falsamente que o homem é o seu própro fim e o único artífice e demiurgo de sua própria história. Outra forma de ateísmo contemporâneo espera a libertação do homem pela via econômica e social, sendo que a religião por sua própria natureza, impediria esta libertação, na medida em que, ao estimular a esperança do homem numa quimérica vida futura, o desciaria da construção da cidade terrestre.
Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra a virtude da religião. A Imputabilidade desta falta pode ser seriamente diminuída em virtude das intenções e das circunstâncias. Na gênese e difusão do ateísmo, grande parcela da responsabilidade pode caber aos crentes, na medida em que negligenciando a doutrina da fé, ou por uma exposição enganosa da doutrina, ou por deficiência em sua vida religiosa, moral e social, se poderia dizer deles que mais escondem do que manifestam o rosto autêntico de Deus e da religião.
Muitas vezes o ateísmo se funda em uma concepção falsa da autonomia humana, que chega a recusar toda dependência em relação a Deus. Contudo, o reconhecimento de Deus não se opõe de modo algum à dignidade do homem, já que esta dignidade se fundamenta e se aperfeiçoa no próprio Deus. A Igreja sabe perfeitamente que sua mensagem se coaduna com as aspirações mais íntimas do coração humano. (CIC 2123-2126)
Infelizmente, o ateísmo não é o maior dos males modernos. O neo-paganismo se mostra ainda mais nefasto, pois, logo o ateísmo é abraçado, abre caminho para que, no lugar de Deus, outros deuses sejam colocados (dinheiro, sexo, poder, juventude etc).
O neo-paganismo, pelo que se vê, leva à idolatria definida como “uma perversão ao sentimento religioso inato do homem”. E o idólatra é, portanto, aquele que refere a qualquer coisa que não seja Deus a sua indestrutível noção de Deus. (2144)
Assim, com base nas palavras do Catecismo: “Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor". Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo, para que viva e encontre a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, um coração reto e também o testemunho de outros, que o ensinam a procurar a Deus.” (30), peçamos a graça de valorizarmos sempre mais a liberdade concedida por Deus, amando-O livremente e intensamente nessa vida, para que, ao seu término, possamos contemplar-Lhe face a face e para todo o sempre.  


Fonte:  https://padrepauloricardo.org

Homem, um ser chamado ao amor

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É como se o homem tivesse perdido o fio da meada, estivesse sem rumo, sem sentido para viver, sem ter a que ou a quem consagrar a sua vida, pois tudo é muito fútil e vão. Falta algo ao homem moderno que lhe dê o sentido de plenitude, de felicidade. Ele se vê em um emaranhado de propostas, mas nenhuma lhe dá o sentido cabal de sua vida. Falta ao homem de hoje, tão desbravador, a coragem de voltar-se às questões mais fundamentais da sua existência e desbravar-se a si mesmo à luz de Deus, autor da vida e realizador da plenitude humana.
São João fala que “Deus é amor” (1Jo 4,16). No original grego, ele queria dizer: “Deus é amor-doação”. Aqui, a natureza de Deus começa a se revelar: Ele é aquele que se dá, que se derrama em amor, por isso cria o céu, a terra, toda a natureza e, por fim, numa explosão de doação, cria também o homem, dando a ele todas as coisas criadas para que as submeta e realize-se perfeitamente em sua natureza humana.
Deus cria o homem para que este seja perfeitamente feliz, e lhe dá o sentido perfeito de sua existência. E como faz isso? Criando o homem à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1,27). Mas que Deus é esse? É o Deus-amor, o Deus-doação. O homem foi criado à imagem do Deus-amor-doação, e somente nele é capaz de encontrar o sentido pleno de sua vida. Se encontra o caminho do amor-doação, caminha firmemente, a passos largos, no sentido da realização plena de sua humanidade, então começa a ser feliz.
Esta é a vocação do homem: a felicidade plena a partir de uma vida doada no amor. Realizar-se vocacionalmente é viver de amor, é dar sem medida. Foi assim a vida de todos os santos e, até onde se sabe, não se conhece nenhum santo triste, com depressão ou que tenha se lamuriado por ter consagrado toda a sua existência à salvação dasalmas e ao bem dos homens.
O homem moderno pode se perguntar: “Se Deus é amor e quer o melhor para cada um de nós, por que temos tanto medo de nos entregar a Ele? Se a realização da nossa vocação é a plenitude da nossa felicidade, por que resistimos tanto em dizer o nosso sim a Deus?”
É preciso crer – e viver – que a vontade de Deus é o centro da nossa realização humana e por isso não há motivo para retardar a nossa resposta. Quanto mais largo for o nosso sim e mais rápida for a nossa resposta, mais vamos ganhar, mais felicidade teremos. Se negarmos essas afirmações, estaremos negando também que Deus é amor; estaremos negando as Escrituras e tudo que aprendemos sobre Deus até hoje.
Nessa caminhada, o que Deus nos pede, às vezes, pode nos parecer muito caro, muito pesado. Parece que vai nos custar muito e que não iremos conseguir dar o nosso sim. É preciso entender primeiro que responder a esse chamado é ação da graça e somente alicerçados nesta força, que não é nossa, poderemos dar o nosso sim.
Também é importante perceber que quando temos dificuldades de dizer “sim” a Deus é porque ainda temos muitos apegos e a nossa vida ainda não está centrada nele, mas permanece desequilibrada. Significa que ainda damos um valor demasiado a algo ou a alguém que não é mais importante do que o próprio Deus. Encontrar esse equilíbrio também é ação da graça de Deus; da nossa parte, devemos colaborar sendo dóceis a Ele e nos abrindo à ação do Espírito.
Jesus ensina em Jo 6,44: “Ninguém pode vir a mim se o Pai,que me enviou, não o atrair”. Sobre essa passagem,Santo Agostinho ensina que Deus, ao chamar, seduz a pessoa chamada a desejar o mesmo que Ele deseja. A graça vai agindo e fazendo com que o homem abrace a vontade de Deus não apenas com a inteligência e a vontade, mas também com todo o seu afeto. Se há abertura para a graça, todas as potências do homem vão se unindo no sentido de amar o que Deus ama, e então há realização plena.
Querer realizar plenamente a vocação pessoal não pode nem deve ser desejo apenas de Deus. O homem, se usar a inteligência, é capaz de perceber que o que Deus lhe pede é o mais belo, o mais lúcido, o mais reto, o mais justo. A partir de uma experiência de fé é possível compreender o chamado que Deus amor-doação faz por escolha gratuita e, apaixonado por esse Deus, é possível dar uma resposta generosa. Soma-se à fé o coração, e a este a razão, dom de Deus, que nos impele a descobrir os melhores caminhos para a plena auto-realização naquilo que o Senhor, com toda a generosidade do coração, preparou para cada um de nós.
O mundo de hoje nega a existência de Deus e por isso nega-se a dar essa chance para que Ele dê sentido à sua existência. Quanto a nós,apaixonados pela vontade de Deus, desejamos dar pleno cumprimento a ela e ser testemunho de felicidade para um mundo que “espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8,18).
Que Maria, mãe do Senhor, que é exemplo de sim generoso, seja nossa intercessora e nos conduza a essa plenitude!
Fonte: http://www.comshalom.org/

22 de mai. de 2014

Jovem que rejeitou o aborto após estupro: Não tenham medo de dizer sim à vida!

Verónica Cardona ficou grávida aos 16 anos de idade depois de ser estuprada por seu próprio pai. Esta jovem colombiana optou por defender a vida do bebê e, cinco anos depois de viver este drama, exorta às mulheres que passam por casos similares a que “não tenham medo de dizer sim à vida, não tenham medo de dizer sim ao amor!”.
Faz uns dias visitou o Equador para apoiar uma manifestação contra a legalização do aborto por estupro. Aí contou o que aconteceu com ela e como Deus lhe deu forças para continuar.
Em uma entrevista concedida ao grupo ACI, Verónica confessou que o primeiro impacto depois de saber que tinha ficado grávida após o estupro foi desolador.
“Foi um impacto muito grande me dar conta de que estava grávida. Nesse preciso momento senti que minha vida tinha fracassado, ainda mais porque sabia que o bebê que eu esperava era o “produto” da violação por parte do meu próprio pai”.
Verónica recorda que o medo se apoderou dela, mas que não queria se submeter a um aborto. “Caí em depressão uns dias,não queria matar a um ser inocente, mas tinha medo, possivelmente o mesmo medo que sentem muitas mulheres ao saber que estão grávidas”.
Verónica recorda que temia não ser “capaz de sair adiante, medo aos preconceitos, medo a que me vissem com pena, medo a enfrentar a realidade, medo a ficar sozinha”.
“Naturalmente quase toda minha família, doutores, juízes, todos queriam que abortasse, sobretudo porque aqui na Colômbia o aborto tinha acabado de tornar-se legal em três casos: por estupro, por má formação e por risco da vida da mãe”, indicou.
A jovem mãe assinalou que ela cumpria todos os requisitos para que pudesse abortar de acordo à legislação colombiana: sofreu uma violação, existia a possibilidade de má formação em seu bebê, e era uma gravidez de alto risco.
Entretanto, um fator importante em sua decisão foi encontrar um dia a sua mãe chorando e lhe pedindo perdão, porque ela mesma tinha considerado a possibilidade de abortá-la quando estava em seu ventre.
Esse fato fortaleceu sua convicção de que “não tinha o direito de tirar a vida de ninguém, e menos ainda de uma pessoa indefesa, uma pessoa que não me tinha feito nada”.
Após tomar a decisão de ter o seu bebê, a família de Verónica deixou de falar com ela durante vários dias e só sua mãe a apoiou.
“Assim começou a crescer em meu ventre o maior milagre de amor. Foi uma experiência formosa ainda que tenha sido dura”, assegurou.
Verónica assinalou que “quando via as ecografias, podia me dar conta do grande milagre da vida, sentir seus pequenos, mas inofensivos golpes no meu estômago e logo ver sua ternura ao nascer”.
Durante o tempo da gravidez, a mãe de Verónica participava de uma comunidade católica, que a ajudou a fortalecer sua decisão de “trazer vida ao mundo, já fora que ao nascer desse a minha filha em adoção, ou decidisse ficar com minha filha e sair adiante”.
Verónica assinalou que ao princípio quis esquecer-se de Deus. “Fiquei zangada com Ele porque não podia entender como um Deus tão bom e que me amava tanto podia permitir que isso acontecesse comigo, que não tinha feito nada de ruim na vida”, disse.
Entretanto, apesar de sua dor, “refugiava-me nele e lhe pedia forças para continuar adiante, e hoje estou segura de que Ele sempre esteve comigo em minhas noites e dias de pranto. Era Ele quem me animava e me levantava!”, assinalou.
Ao nascer sua filha, a quem chamou María Fernanda, Verónica enfrentou “vazios”, que tentou encher com festas, amigos e trabalho, mas não foi até que participou de um retiro espiritual da comunidade Laços de Amor Mariano que pôde “voltar a viver”.
Durante esse retiro espiritual pôde perdoar a todos os que lhe fizeram mal, incluindo o seu pai. “Entendi muitas coisas, senti-me digna novamente, voltei a nascer!”, recordou.
Ao sair do retiro, Verónica era muito mais consciente de que “a vida é um dom”.
“Indignavam-me, como me indignam agora, os argumentos dos abortistas, que se escondem em casos como o meu para matar a um inocente e encher o bolso com dinheiro manchado de sangue inocente, dizendo que sempre que olhe para a criança você vai lembrar-se do momento tão doloroso que foi o de ser abusada”, assinalou.
Verónica assegura que sente “a necessidade enorme de gritar a verdade ao mundo, que é que um filho nunca vai lembrar às circunstâncias (de um estupro), porque é uma pessoa absolutamente diferente. Pelo contrário, vai te ajudar a sanar as feridas, vai te dar alegria e sentido a sua existência”.
“Falo desde a minha própria experiência e não como os abortistas que falam sem sequer conhecer ou ter passado por uma experiência destas, porque a maioria de quem apoia o aborto nunca abortou”.
Verónica assegurou que “as mulheres que, enganadas abortam, depois são defensoras da vida”.
“Os abortistas não se preocupam com a mulher como aparentam fazê-lo. Se se preocupassem realmente, não ofereceriam um aborto, mas pelo contrário ofereceriam ajuda para que ela possa sair adiante com seu filho”, assinalou.
Se para os que promovem o aborto realmente lhes importasse o sofrimento da mulher “aceitariam realidades como a síndrome pós-aborto, aceitariam que a vida começa na fecundação do óvulo como o dizem os cientistas”.
Verónica criticou que os abortistas “reclamam ‘direitos’ da mulher e eles são os primeiros em passar por cima deles”.
“As mulheres têm direito a uma maternidade, e eles passam por cima deste formoso dom convertendo o ventre das mulheres no túmulo do seu próprio filho”, criticou.
“O aborto não faz com que a gravidez deixe de existir, matar não é uma opção, é a pior decisão”, indicou, acrescentando que enquanto que a vida engendra vida, o aborto produz “morte, dor, pranto, desespero, angústia e uma culpa que muito dificilmente será apagada de sua mente, de sua alma, de seu ser”.
Verónica exigiu que os abortistas não brinquem “com a dor da mulher e de muitos homens que também são vítimas de um aborto”.
Remarcando que a defesa da vida frente ao aborto não é um tema religioso, Verónica Cardona convidou a “católicos, cristãos, evangélicos, ateus e a todos os que estão a favor da vida” a que “não nos cansemos de ser a voz daqueles, que embora tenham voz e direitos, os querem calar desde o ventre”.
Citando ao fundador de Laços de Amor Mariano, Rodrigo Jaramillo, Verónica sublinhou que “quem aborta a uma criança do seu ventre, aborta a Jesus do seu coração”, pois “Jesus é a mesma vida”.
Verónica também revelou que “por graça de Deus pude perdoar o meu pai, olhá-lo aos olhos e agradecer-lhe por ter me dado a vida”, e embora sua filha, que atualmente tem cinco anos “ainda não sabe bem tudo o que aconteceu”, está decidida a ir contando pouco a pouco tudo, pois “ela tem direito a saber a verdade”.
Fonte: ACI/EWTN Noticias

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...