3 de mai. de 2014

O POTE TRINCADO

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço.
Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; o pote rachado chegava apenas pela metade.
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe.
Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações.
Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele havia sido designado a fazer.
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia a beira do poço.
— Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas.
— Por quê? Perguntou o homem.
— De que você está envergonhado?
— Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
— Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.
De fato, a medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou as flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.
Disse o homem ao pote:
— Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado. Eu ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele. E lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava.
— Por dois anos eu pude colher estas lindas flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça a sua casa.
Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar estes nossos defeitos para embelezar a mesa de Seu Pai. Na grandiosa economia de Deus, nada se perde. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos.
Se os reconhecermos, eles poderão causar beleza. Das nossas fraquezas, podemos tirar forças.

(“Sabedoria em Parábolas”- http://goo.gl/idPdYQ)


Cumpro o preceito dominical participando da Celebração da Palavra?

O Catecismo da Igreja Católica ensina que "a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. O domingo, dia em que por tradição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de festa de preceito por excelência." (CIC 2177) Portanto, o católico tem a obrigação de participar da celebração dominical. Mas, em que consiste esta celebração? O mesmo Catecismo segue ensinando:


"O mandamento da Igreja determina e especifica a lei do Senhor: ‘Aos domingos e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa’. Satisfaz o preceito de participar da missa quem assiste à missa celebrada segundo o rito católico no próprio dia da festa ou à tarde do dia anterior. (CIC 2180)
A celebração que cumpre o preceito é a Santa Missa e o motivo é bastante simples, pois é a "Eucaristia do domingo [que] fundamenta e sanciona toda a prática cristã", diz o Catecismo. E continua dizendo que:


"Por isso os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave." (CIC 2181)
Por esse parágrafo do Catecismo é possível dimensionar a importância da participação na Eucaristia dominical. O Código de Direito Canônico regulamenta:


Cân 1248: § 2. Por falta de ministro sagrado ou por outra grave causa, se a participação na celebração eucarística se tornar impossível, recomenda-se vivamente que os fiéis participem da liturgia da Palavra, se houver, na igreja paroquial ou em outro lugar sagrado, celebrada de acordo com as prescrições do Bispo diocesano; ou então se dediquem à oração por tempo conveniente, pessoalmente ou em família, ou em grupos de família de acordo com a oportunidade."
Infelizmente, está sendo propagada no Brasil a opinião de que a Celebração da Palavra e a Santa Missa têm o mesmo peso e importância. Tal opinião é errada e contrária à lei da Igreja. Além dos documentos já citados, sabendo da importância do domingo para o católico, o Papa João Paulo II publicou a Carta Apostólica Dies Domini, no ano de 1998, falando exclusivamente sobre esse tema:


"8. O domingo, segundo a experiência cristã, é sobretudo uma festa pascal, totalmente iluminada pela glória de Cristo ressuscitado. É a celebração da « nova criação ». Este seu caráter, porém, se bem entendido, é inseparável da mensagem que a Escritura, desde as suas primeiras páginas, nos oferece acerca do desígnio de Deus na criação do mundo. Com efeito, se é verdade que o Verbo Se fez carne na « plenitude dos tempos » (Gal 4,4), também é certo que, em virtude precisamente do seu mistério de Filho eterno do Pai, Ele é origem e fim do universo. Afirma-o S. João, no Prólogo do seu Evangelho: « Tudo começou a existir por meio d'Ele, e sem Ele nada foi criado » (1,3). Também S. Paulo, ao escrever aos Colossenses, o sublinha: « N'Ele foram criadas todas as coisas, nos Céus e na Terra, as visíveis e as invisíveis [...]. Tudo foi criado por Ele e para Ele » (1,16). Esta presença ativa do Filho na obra criadora de Deus revelou-se plenamente no mistério pascal, no qual Cristo, ressuscitando como « primícia dos que morreram » (1 Cor 15,20), inaugurou a nova criação e deu início ao processo que Ele mesmo levará a cabo no momento do seu retorno glorioso, « quando entregar o Reino a Deus Pai [...], a fim de que Deus seja tudo em todos » (1 Cor 15,24.28)."
"18. Por esta dependência essencial que o terceiro mandamento tem da memória das obras salvíficas de Deus, os cristãos, apercebendo-se da originalidade do tempo novo e definitivo inaugurado por Cristo, assumiram como festivo o primeiro dia depois do sábado, porque nele se deu a ressurreição do Senhor. De fato, o mistério pascal de Cristo constitui a revelação plena do mistério das origens, o cume da história da salvação e a antecipação do cumprimento escatológico do mundo. Aquilo que Deus realizou na criação e o que fez pelo seu povo no êxodo, encontrou na morte e ressurreição de Cristo o seu cumprimento, embora este tenha a sua expressão definitiva apenas na parusia, com a vinda gloriosa de Cristo. N'Ele se realiza plenamente o sentido « espiritual » do sábado, como o sublinha S. Gregório Magno: « Nós consideramos verdadeiro sábado a pessoa do nosso Redentor, nosso Senhor Jesus Cristo ». Por isso, a alegria com que Deus, no primeiro sábado da humanidade, contempla a criação feita do nada, exprime-se doravante pela alegria com que Cristo apareceu aos seus, no domingo de Páscoa, trazendo o dom da paz e do Espírito (cf.Jo 20,19-23). De fato, no mistério pascal, a condição humana e, com ela, toda a criação, que geme e sofre as dores de parto até ao presente (cf. Rom 8,22) conheceu o seu novo « êxodo » para a liberdade dos filhos de Deus, que podem gritar, com Cristo, « Abba, Pai » (Rom 8,15; Gal 4,6). À luz deste mistério, o sentido do preceito vetero testamentário do dia do Senhor é recuperado, integrado e plenamente revelado na glória que brilha na face de Cristo Ressuscitado (cf. 2 Cor 4,6). Do « sábado » passa-se ao « primeiro dia depois do sábado », do sétimo dia passa-se ao primeiro dia: o dies Domini torna-se o dies Christi!" (DD)
Para aqueles que, mesmo diante dessa farta documentação, ainda insistem em colocar em igual nível de importância a Celebração da Palavra e a Santa Missa, existe a Instrução Redemptionis Sacramentum, que versa sobre alguns itens que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia. Ela foi publicada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em 25 de março de 2004 e especificamente sobre o preceito dominical ela diz que:


"A Igreja, no dia que se chama «domingo», reúne-se fielmente para comemorar a ressurreição do Senhor e todo o mistério pascal, especialmente pela celebração da Missa. De fato, «nenhuma comunidade cristã se edifica se não tem sua raiz e tronco na celebração da Santíssima Eucaristia». Pois o povo cristão tem direito a que seja celebrada a Eucaristia em seu favor, aos domingos e festas de preceito, ou quando ocorram outros dias festivos importantes, e também diariamente, na medida do possível. Por isto, quando no domingo há dificuldade para a celebração da Missa, na igreja paroquial ou noutra comunidade de fiéis, o Bispo diocesano busque as soluções oportunas, juntamente com o presbitério. Entre as soluções, as principais serão chamar para isto a outros sacerdotes ou que os fiéis se transladem para outra igreja de um lugar circunvizinho, para participar do mistério eucarístico.
Todos os sacerdotes, a quem tem sido entregue o sacerdócio e a Eucaristia «para» os outros, lembrem-se de que seu encargo é para que todos os fiéis tenham oportunidade de cumprir com o preceito de participar na Missa do domingo. Por sua parte, os fiéis leigos têm direito a que nenhum sacerdote, a não ser que exista verdadeira impossibilidade, nunca rejeite celebrar a Missa em favor do povo, ou que esta seja celebrada por outro sacerdote, se de diverso modo não se pode cumprir o preceito de participar na Missa, no domingo e nos outros dias estabelecidos.
«Quando falta o ministro sagrado ou outra causa grave fez impossível a participação na celebração eucarística», o povo cristão tem direito a que o Bispo diocesano, quando possível, procure que se realize alguma celebração dominical para essa comunidade, sob sua autoridade e conforme às normas da Igreja. Por isso, esta classe de Celebrações dominicais especiais devem ser consideradas sempre como absolutamente extraordinárias. Portanto, quer sejam diáconos ou fiéis leigos, todos os que têm sido encarregados pelo Bispo diocesano para tomar parte neste tipo de Celebrações, «considerarão como mantida viva na comunidade uma verdadeira "fome" da Eucaristia, que leve a não perder ocasião alguma de ter a celebração da Missa, inclusive aproveitando a presença ocasional de um sacerdote que não esteja impedido pelo direito da Igreja para celebrá-la».
É necessário evitar, diligentemente, qualquer confusão entre este tipo de reuniões e a celebração eucarística. Os Bispos diocesanos, portanto, valorizem com prudência se deve distribuir a sagrada Comunhão nestas reuniões. Convém que isto seja determinado, para promover uma maior coordenação, pela Conferência de Bispos, de modo que alcançada a resolução, a apresentará à aprovação da Sé apostólica, mediante a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Além disso, na ausência do sacerdote e do diácono, será preferível que as diversas partes possam ser distribuídas entre vários fiéis, em vez de que um só dos fiéis leigos dirija toda a celebração. Não convém, em nenhum momento, que se diga que um fiel leigo «preside» a celebração.
Assim mesmo, o Bispo diocesano, a quem somente corresponde este assunto, não conceda com facilidade que este tipo de Celebrações, sobretudo se entre elas se distribui a sagrada Comunhão, revivendo-se nos dias feriais e, sobretudo, nos lugares onde o domingo precedente, ou o seguinte, se tem podido ou se poderá celebrar a Eucaristia. Roga-se vivamente aos sacerdotes que, ao ser possível, celebrem diariamente a santa Missa pelo povo, em uma das igrejas que lhes têm sido confiadas.
«De maneira parecida, não se pode pensar em substituir a santa Missa dominical com Celebrações ecumênicas da Palavra ou com encontros de oração em comum com cristãos membros de outras [...] comunidades eclesiais, ou bem com a participação em seu serviço litúrgico». Se por uma necessidade urgente, o Bispo diocesano permitir ad actum a participação dos católicos, vigiem os pastores para que entre os fiéis católicos não se produza confusão sobre a necessidade de participar na Missa de preceito, também nestas ocasiões, a outra hora do dia."
Então, fica claro que para cumprir o preceito dominical é necessária a participação na Santa Missa e somente em casos extraordinários é facultado que o fiel participe da Celebração da Palavra. A Igreja orienta de forma inequívoca sobre a maneira correta de se cumprir o preceito dominical.
Almejar a obediência ao Senhor e fomentar em si mesmo o amor à Sagrada Eucaristia, fará com que a obrigação de participar da Santa Missa aos domingos deixe de ser um dever e se transforme num desejo cada vez maior para o encontro com o Amado.
Fonte:  Blog Pe Paulo Ricardo 

O Senhor é convosco

. Quando disse para o Pe. Darci Dutra, que deveria escrever um artigo sobre esta frase da ave-maria: “O Senhor esteja convosco”, ele me surpreendeu dizendo: “sempre achei que a Igreja deveria modificar a tradução desta frase”. Confesso que eu nunca havia pensado nisso. Parei um momento, refleti, rezei em voz alta a ave-maria. Não vi nada de errado. Quantos terços eu já havia rezado utilizando esta fórmula bíblica que aprendi como criança. Arrisquei perguntar que mudança poderia haver em oração tão popular? Ele respondeu que o certo seria dizer: “O Senhor está convosco”. Sabe que eu nunca tinha pensado nisso? Uma luz brilhou em meus olhos e em minha mente. Mas é claro. Este é o grande refrão da Bíblia. É a mais marcante fórmula da Aliança. Não foi isso que Deus disse para Moisés no episódio da Sarça ardente quando este lhe perguntou o seu nome. Deus respondeu: “Eu sou aquele que estou” (Ex 3,12-14). Esta é a certeza que anima o profeta: “O Senhor está comigo”. Se quiser verificar como esta frase aparece na Bíblia com insistência procures os textos: Ag 2,4-5; Gn 21, 22; 26,3; 24,28; 31,3; Ex 3,12, 18,19; Dt 20,1; 31,8-23; Js 1,5.9; 3,7; Jz 6,12; Rt 2,4. O Evangelho escrito por Mateus também tem este mesmo refrão. Logo no início Jesus é anunciado como “Emmanuel, Deus conosco” (Mt 1,23). No mesmo livro, no último capítulo Jesus faz uma promessa confortadora antes de voltar para o Pai: “Estarei convosco todos os dias, até a consumação dos tempos” (Mt 28,20).
            Diante de todas estas evidências bíblicas de que nosso Deus é um Deus presente, é um Deus Conosco, entendemos que a alegria e a graça anunciadas pelo anjo a Maria tem uma causa: “Deus está contigo”. Por isso ela é cheia de graça. Por isso ela pode ser chamada de “Arca da Aliança”. Nela o Espírito Santo realiza a presença de Deus na história. Em latim rezamos Dominus tecum. Significa exatamente o Senhor está contigo. Em grego rezamos Hó kirios meta su. É a mesma coisa. Em francês temos o mesmo problema “Le Seigneur est avec vous”. Acontece que nesta língua o verbo ser e estar quase se confundem. Dizer que “o Senhor é aqui” é quase a mesma coisa que dizer que ele “está aqui”. Mas em português o uso do verbo estar é muito claro e distinto. Quando rezamos que “O Senhor é contigo” quase não conseguimos lembrar que estamos fazendo uma profissão de fé na presença de Deus na História por meio do seu espírito que agindo em Maria tornou possível a encarnação do Verbo e o nascimento do Salvador, Jesus.
            O mais curioso é que a maioria das traduções da Bíblia já corrigiram este erro. Mas continuamos rezando a ave-maria da mesma maneira. A esta altura questionei o Pe. Darci dizendo que poderíamos continuar rezando assim e educar o povo no verdadeiro significado da frase, já que é difícil mudar um costume tão enraizado no meio do povo. Ele me respondeu: “Engano sei”. A mesma coisa já aconteceu com o pai-nosso que era “padre-nosso” e lá no final falava de dívidas e não de ofensas. A Igreja fez a mudança e todos seguiram a nova orientação.

            Não vou me atrever sugerir à CNBB que mude a letra da ave-maria, mas na oração pessoal podemos vez por outra fazer esta experiência de rezar: “Alegra-te, Maria, o Senhor está contigo…”

Fonte:  http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho
Daremos continuidade. 

2 de mai. de 2014

03 MAI São Filipe e São Tiago, discípulos e apóstolos de Jesus Cristo

São Felipe e São TiagoAmbos nasceram na Galileia e foram discípulos e apóstolos de Jesus Cristo, e por Ele deram a vida.
Filipe nasceu em Betsaida, e o Evangelho de São João é que nos apresenta dados a respeito de seu santo testemunho. Jesus passou, chamou-o e ele disse ‘sim’ com a vida.
Ele foi ‘canal’ para que São Bartolomeu também se tornasse discípulo de Cristo. Durante o acontecimento da multiplicação dos pães, Filipe também participou deste milagre (foi para Filipe que Jesus perguntou como se faria para alimentar aquela multidão).
Na Santa Ceia, o apóstolo Filipe é quem pede a Jesus: ‘Mostra-nos o Pai e isso nos basta’ (Jo 14,8). Filipe estava em Pentecostes com a Virgem Maria e os outros apóstolos. São Clemente de Alexandria nos diz que ele foi crucificado. Que honra para os apóstolos morrerem como o seu Senhor!
São Tiago também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos. Nos Atos dos Apóstolos encontramos ele como o primeiro bispo de Jerusalém. Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João. Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.
O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.
São Filipe e São Tiago, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova 

O que é necessário para voltar a Igreja Católica?

Existe um princípio canônico que afirma que uma vez católico, sempre católico, ou seja, se a pessoa foi batizada, frequentou os sacramentos e, por alguma razão, afastou-se, mesmo assim continua católico.
Para voltar a frequentar a Igreja, aproximar-se dos sacramentos e voltar a viver plenamente a fé católica, deve fazer um bom exame de consciência, procurar um sacerdote e confessar-se. Uma vez perdoado e sabendo o que significa a Eucaristia, seu valor e importância na vida do cristão, poderá também aproximar-se desse sacramento. O Código de Direito Canônico é bem claro a esse respeito:
Cân. 912 Qualquer batizado, não proibido pelo direito, pode e deve ser admitido à sagrada comunhão.
Um ato prudente seria inserção dessa pessoa nas atividades paroquiais, pois a Igreja Católica existe na comunidade. E ainda num curso de preparação para a Confirmação (Crisma), caso ainda não tenha sido. Desta forma, terá recebido os três sacramentos da iniciação cristã.
Lembrando ainda que os sacramentos são para aquelas pessoas que querem se santificar. Os sacramentos são “para os homens”, desta forma, as portas estão abertas para receber de volta os filhos que partiram, mas que nunca deixaram de ser filhos da Santa Mãe Igreja. 

Fonte:  https://padrepauloricardo.org


Deus está cuidando de você

Sentir-nos amados do jeito que somos é a maior experiência que podemos ter nesta vida.

Caminhamos pela vida querendo ser perfeitos, querendo suprir as expectativas dos outros. O Evangelho nos fala de um amor até o extremo da cruz, de braços pregados abertos, do amor sem limites de Jesus ressuscitado, do amor que cura a ferida profunda e inconfessável do coração, que levanta, que faz recomeçar.

A experiência da predileção de Jesus por Tomé certamente foi a rocha da vida do apóstolo, à qual ele voltava cada vez que se sentia perdido, fracassado. Jesus o amava assim como ele era.

Ele havia estado com Jesus, caminhou com Ele, compartilhou refeições, riu e sonhou junto ao Mestre. Pescaram juntos e contemplaram muitos entardeceres e amanheceres na Galileia. Muitas noites olhando as estrelas. Muitas conversas de amigos. Na Última Ceia, Jesus lhe mostrou o seu amor.

Mas Tomé, que amava tanto Jesus, ainda não o conhecia totalmente. Não sabia como era o coração de Jesus. Esse coração que se rompeu na cruz e do qual brotou a fonte que sacia a sede do mundo.

Tomé ainda não sabia que não precisava ganhar nada, nem demonstrar nada, porque o amor de Jesus era gratuidade, e o apóstolo o recebia simplesmente por ser quem era. Jesus jamais se distanciaria dele por causa do seu pecado.

Jesus voltou por ele, só por ele. Para que Tomé sentisse que o mestre o amava, que o preferia, que se submetia à sua petição. Acreditou nele, não deu a batalha por vencida diante da primeira queda. Jesus acreditou em Tomé mais do que Tomé acreditou em Jesus e nele mesmo. E Deus é assim. É difícil de acreditar.

Quando observamos os outros, parece que eles são melhores que nós, e podemos pensar que Deus os ama mais do que a nós. Mas Deus olha para mim. Vela por mim. Está desejando poder me dizer o quanto me ama, que volta por mim, que gosta de mim do jeito que eu sou. Ainda que agora eu duvide, sinta inveja e não seja capaz de alegrar-me pelo bem dos outros, ainda que minha ferida de amor sangre, Ele me ama.

Qual é a minha ferida de amorJesus me ama justamente nesta ferida. É nesta ferida que Jesus me reconhece.

E ao tocar a ferida do outro, sempre tocamos Deus. Porque a ferida é sagrada. E temos de nos aproximar dela de joelhos. Então podemos dizer: "Meu Senhor e meu Deus!".

Sentir-nos amados do jeito que somos é a maior experiência que podemos ter nesta vida. Sabemos amados por quem nos conhece de verdade, com nossas falhas, nossas feridas, nossas cruzes. É assim que Deus nos ama. E é assim que somos convidados a amar também.

Hoje, Jesus nos mostra este amor. Ele se mostra humilhado, ferido, sem reservar-se nada. Na Eucaristia, quando o Corpo de Cristo é partido e elevado, podemos dizer que este é o momento de Tomé. Jesus está aí, na minha frente, diante da minha própria ferida.

amor de Deus transborda da sua ferida e nos convida a habitar no mais profundo do seu ser. É aí que descansamos. Aí podemos recobrar a vida. Aí podemos escutar o coração de Deus, a força de Deus, o amor infinito de Deus por nós.

Padre Carlos Padilla

Fonte: http://www.aleteia.org/

Santa missa em Santa Marta: "Choro pelos cristãos crucificados"

 2014-05-02 



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, na manhã desta sexta-feira, na capela da Casa Santa Marta, onde reside, no Vaticano.

Em sua homilia, o Pontífice meditou sobre a liturgia do dia, resumindo-a em três ícones: amor de Jesus pelas pessoas, o ciúmes das autoridades religiosas da época e o padecimento em nome de Jesus.

Explicando o primeiro ícone, o Papa deteve-se sobre o amor e a atenção de Jesus com as pessoas. Ele não se preocupava com os que o seguiam, se eram muitos ou poucos... e, por conseguinte, não se preocupa se a Igreja aumentou ou não. Ele, simplesmente, pregava, amava, rezava, acompanhava, caminhava com as pessoas mansas e humildes. A todos os que o seguiam, o Senhor falava mediante a força do amor.

O segundo ícone, apresentado pelo Bispo de Roma, refere-se aos ciúmes das autoridades religiosas do seu tempo, que não toleravam que as pessoas seguisse Jesus. Eram ciumentos e invejosos. Tanto é verdade que até pagaram os guardas para dizer que os Apóstolos haviam roubado o corpo de Jesus do sepulcro. E o Papa explicou:

Ele pagaram para calar a verdade. Mas, eram perversos! Pagar para esconder a verdade consiste em uma grande perversidade. As pessoas sabiam quem eles eram e não os seguiam. Elas apenas toleravam a sua autoridade: autoridade de culto, de disciplina eclesiástica e sobre o próprio povo. Enfim, não toleravam a mansidão de Jesus, do Evangelho, do amor. Por isso, pagavam por ter inveja e ódio”.
O último ícone apresentado pelo Pontífice, com base na liturgia do dia, consiste naqueles que são submetidos a ultrajes por causa do nome de Jesus. Aqui, o Papa Francisco confessou ter até chorado diante da notícia, veiculada pela mídia, sobre a crucificação de cristãos em um país não-cristão.

Em nossos dias, concluiu o Santo Padre, muitos são assassinados e perseguidos por causa do nome de Jesus. Não obstante, os cristãos sempre se gloriam de seguir a Jesus, tanto no presente como no passado. Eles não ocultam a verdade, que é o próprio Jesus Cristo. (MT)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

02 de Maio - Santo Atanásio

Santo Atanásio
Doutor da Igreja
296+373
Nascido no Egito, Atanásio foi diácono ao lado do bispo S. Alexandre, a quem acompanhou ao Concílio de Nicéia (325), no qual foi reafirmada a divindade de Cristo. Depois das perseguições, a igreja de Alexandria tivera uma ativíssima vida intelectual, mas não sem desvios perigosos. Ario, logo seguido de grande número de bispos e princípes, ensinava que Jesus Cristo não era verdadeiro filho de Deus, mas simples criatura, em certo sentido divina. Anulava assim nossa divinização em Cristo. Atanásio, feito bispo de Alexandria em 328,foi o principal e incansável defensor da doutrina transmitida pelos Apóstolos. Perseguido pelos imperadores e arianos é mandado quatro vezes ao exílio, viu por fim triunfar a verdadeira fé. Por sua doutrina e ardente amor a Cristo, é honrado como um dos quatro grandes doutores da Igreja Oriental.


Fonte: Portal Paulinas 

Maio: mês de Maria, mês das mães

MariaJesus2Maio, mês que toca nosso coração e por vários motivos: é o mês em que celebramos o Dia das Mães, e entre todas elas, aquela que é a mãe de Deus e nossa Mãe, a Virgem Maria a quem amamos e reverenciamos em todo o Brasil, com o titulo de Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira.
Celebrar as mães é celebrar a vida, é celebrar sua presença amorosa no lar, presença que acolhe, cuida, educa e ajuda a crescer. No Dia das Mães queremos cumprimentar e agradecer a todas as mulheres deste imenso Brasil que assumem e vivem com dedicação e responsabilidade sua vocação materna, que se realiza de diversas maneiras, seja no cuidado dos próprios filhos, seja na acolhida e adoção de outros, seja na vida consagrada, que, ao renunciar a maternidade biológica, pelo Reino de Deus, não abdica da maternidade espiritual, mas a realiza ao entregar toda a vida ao serviço de tantas crianças. Deus Pai, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, derrame suas bênçãos sobre todas as mães do nosso Brasil.
Maio é também o mês de Maria, e desde o início da evangelização do Brasil, Nossa Senhora teve e tem uma grande presença na formação e na vivência cristã do nosso povo. Pode-se dizer que a nossa cultura tem raiz cristã e mariana. Basta observar quantas dioceses, paróquias, cidades, vilas, bairros, serras, rios, colégios, empresas, pessoas trazem o nome da Mãe do Céu, sob os mais diferentes títulos com os quais é invocada no Brasil e no mundo, para perceber o quanto o nosso povo, venera e ama a Virgem Maria.
Que Nossa Senhora Aparecida abençoe todos os lares do Brasil, para que sejam uma pequena igreja doméstica, onde se vive o amor, a fé, a união e a paz.
Dom Raymundo Damasceno Assis

Fonte: http://www.comshalom.org/

Madre Mariana amiga e confidente de Nossa Senhora do Bom Sucesso

Madre Mariana de Jesus Torres, religiosa espanhola do século XVI, é somente serva de Deus e, talvez por isso, não se conhece muito sobre sua vida. Mas foi a essa mulher que Nossa Senhora do Bom Sucesso apareceu, revelando-lhe eventos extraordinários que abalariam a Igreja nos tempos modernos – mais especificamente, no período que foi do fim do século XIX a meados do século XX. Nessas aparições, a Virgem Santíssima não só prometeu especial proteção a quem, em nossos tempos, propagasse a devoção a Ela sob o título de Senhora do Bom Sucesso, como descreveu com abundantes detalhes uma série de acontecimentos futuros, com um fundo realmente terrível.
Antes de qualquer coisa, é importante lembrar o que diz o Magistério da Igreja sobre as chamadas "revelações particulares". São estas as palavras do Catecismo da Igreja Católica:
"No decurso dos séculos tem havido revelações ditas 'privadas', algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. Todavia, não pertencem ao depósito da fé. O seu papel não é 'aperfeiçoar' ou 'completar' a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o sentir dos fiéis sabe discernir e guardar o que nestas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo ou dos seus santos à Igreja."[1]
O ensinamento da Igreja é bem claro: essas revelações privadas não precisam ser cridas pelo povo de Deus, já que "não pertencem ao depósito da fé". É algo que deve ser aceito com prudência, à medida que existam argumentos convincentes de sua veracidade: "o sentir dos fiéis sabe discernir e guardar o que nestas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo". No entanto, ainda que ninguém seja obrigado a dar crédito a nenhuma revelação privada, é preciso tomar cuidado com a mentalidade deísta presente na argumentação de muitos céticos. Como bem disse o Papa Bento XVI, "Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do 'big-bang'"[2]. É preciso ter em mente que Deus, tendo criado o mundo, não o abandonou à própria sorte, mas a sua Providência governa o mundo também hoje e, após revelar seu rosto em Jesus Cristo, é perfeitamente possível que Ele intervenha de novo na história, ajudando aqueles que pelejam pela fé neste mundo a "vivê-la mais plenamente, numa determinada época da história".
O conteúdo das mensagens de Nossa Senhora à Madre Mariana é realmente impressionante e pode ser consultado em uma compilação disponível na Internet para download[3].
Mas extraordinárias não foram apenas as revelações da Virgem Santíssima a essa serva de Deus, como também toda a sua vida. Tendo nascido para o Céu com 72 anos de vida terrestre, o seu corpo, durante todo o tempo em que foi velado, parecia apenas dormir: sua pele era flácida, seus membros eram flexíveis e seu rosto ainda estava rosado. Com efeito, alguns séculos depois, quando exumaram seu corpo, ele estava incorrupto. Sem dúvida, um atestado miraculoso de sua santidade.
E Deus não se contentou em confirmar a virtude apenas da vida de Madre Mariana. Mostrando a verdade de uma das aparições de Sua Mãe, na qual ela prometia jamais faltarem irmãs santas no convento de Quito, Cristo preservou incorruptos os corpos de inúmeras religiosas da mesma casa em que viveu Madre Mariana, dentre as quais cinco eram fundadoras do lugar.
Nascida Mariana Francisca, essa grande mulher foi uma alma eleita, desde o berço. Um episódio particular de sua infância aponta a incomum virtude que ela já demonstrava: um incêndio que atingiu a igreja próxima à sua casa impedia-a de adorar Jesus sacramentado e, por isso, ela "vê-se desolada e sofre a solidão de seu constante Amante"[4.] Pouco tempo dois, a menina recebe a primeira comunhão e, em uma visão mística, Jesus revela-lhe a sua vocação de religiosa.
Mariana tinha uma tia concepcionista[5]. O rei espanhol Filipe II recebe um pedido, da cidade de Quito, no Equador (à época, colônia da Espanha), para fundar, nesse lugar, um mosteiro da Ordem da Imaculada Conceição. Atendendo a esse pedido, o rei envia algumas religiosas ao lugar e é fundado, então, o Monastério de Concepcionistas de Quito. Junto com essas mulheres, está a pequena Mariana:
"Vítima dos incêndios de amor à Maria Santíssima no mistério de sua Imaculada Conceição, esta inocente criatura ao saber que se iria fundar na colônia o Mosteiro de sua Ordem, compreendeu ser essa a voz de seu Amado que a chamava dizendo: 'Deixe tua Pátria e a casa de teus pais, e o Rei dos Céus enamorar-se-á de tua beleza'."[6]
No trajeto, atravessando o Atlântico, a embarcação que levava as religiosas enfrentou uma tempestade. Porém, não se tratava de uma agitação qualquer, mas de um evento de índole verdadeiramente sobrenatural. Durante a tempestade, Mariana e sua tia viram no mar "uma serpente monstruosa de sete cabeças" que dizia: "Não permitirei a fundação; não permitirei que progrida; não permitirei que se conserve até o fim dos tempos e a todo momento a perseguirei"[7].
Tamanho evento, depois do qual a Santíssima Virgem "estraçalhou" a cabeça da serpente, pode até ser desacreditado, mas os milagres e as previsões que se seguiram a ele foram tão fantásticos que atestam a intervenção poderosa de Deus na fundação desse monastério. De fato, nesse convento de Quito, haveria uma fidelidade prometida pelo Senhor: ali, sempre existiria uma religiosa santa, e o mosteiro serviria como uma espécie de para-raios, a fim de conter os castigos divinos sobre a humanidade.
Em Quito, é fundado o mosteiro e Mariana, não tendo idade suficiente para a vida religiosa, limita-se a ajudar sua tia "nas fainas domésticas e na instalação dos locais de trabalho da Comunidade"[8]. Mas, tão logo ela cresce, entra no convento, faz seu noviciado e professa seus votos, vivendo uma vida cheia de visões, experiências místicas e penitências rigorosíssimas.
Logo nos primeiros anos de sua vida religiosa, com 19 anos de idade, Madre Mariana é visitada por Jesus sofredor, que lhe mostra os castigos que cairão sobre os homens do século XX. Então, ela:
"Viu três espadas sobre a cabeça do Santo Cristo, e que em cada uma dizia: castigarei a heresia, a blasfêmia e a impureza. (...) A Santíssima Virgem prosseguiu: 'Queres, minha filha, sacrificar-te por esse povo?' Ao que respondeu: 'Minha vontade está pronta'. E imediatamente as espadas se desprenderam do Santo Cristo, cravando-se no coração da Madre Mariana, a qual caiu morta pela violência da dor."[9]
Nesse instante, Mariana morre e apresenta-se diante de Deus. Ali, Jesus apresenta-lhe duas coroas – "uma de glória imortal, cuja formosura ela não podia exprimir e outra de açucenas cercadas de espinhos" – e pede-lhe que faça uma escolha. Ela, compreendendo o significado das duas coroas e aconselhada pela Virgem Santíssima, escolhe, "humilde e resignada, a coroa de açucenas coroada de espinhos e voltou ao mundo para sofrer"[10].
Pergunta-se por que essas pessoas escolhidas por Deus passam por tanto sofrimento. Em primeiro lugar, está a se falar de almas eleitas, escolhidas por Deus para, já nesta terra, amá-Lo de forma extraordinária. Ao mesmo tempo, porém, que o Senhor concedia a Madre Mariana essa vocação de oferecer-se como vítima, dava a ela a sua graça, para resistir fielmente. É certo que Mariana viveu um martírio extraordinário, mas a mensagem de sua vida está em perfeita sintonia com as aparições de Nossa Senhora de Fátima, nas quais era pedido aos três pastorinhos – Francisco, Jacinta e Lúcia – e a toda a humanidade um espírito de penitência, já que "muitas almas vão para o inferno por não haver quem se sacrifique e reze por elas". Madre Mariana é, de forma clamorosa, aquilo que foram os três pastorinhos de Fátima.
Perseguida por religiosas que não queriam viver nem o rigor da regra franciscana nem uma vida de verdadeira penitência, aprisionada injustamente por quatro vezes, Madre Mariana aceitava resignada todas as humilhações e sofrimentos, oferecendo-as pelas pessoas do século XX.
Em dado momento, revoltadas por não elegerem sua "capitã" como priora, um grupo de religiosas desobedientes amotinaram-se contra Madre Mariana e decidiram sair do monastério e ir à casa do bispo para que desse à sua líder o cargo de priora. Nesse momento, Nossa Senhora da Paz, a Patronita, opera um verdadeiro milagre:
"Quando as monjas revoltosas já começavam a romper o ferrolho para sair à igreja, vendo que não podiam abrir a porta e sentindo-se acuadas (...), ouviram um ruído que lhes causou medo. – Olharam para trás e viram a 'Patronita', que lhes virava as costas. Assustaram-se sobremaneira e detiveram-se em silêncio; a santa Imagem então lhes falou:
"'Infelizes, que fazeis? Ide, se quereis, em boa hora, mas não tereis para onde regressar, pois Eu volto para a Espanha com as Fundadoras e observantes. Tarde chorareis vossas loucuras e, para perpétua memória deste caso, ficarei assim voltada de costas para vós, para que sejais o escarmento de vossas menores'."
"E levantando a vista na direção da santa Imagem, todas viram-na pálida, cheia de luzes e com o rosto severo. Tentaram falar não se sabe o quê, mas todas caíram ao solo sem sentidos e cadavéricas."
(...)
"Elas caminhavam com dificuldade, e ao passar diante do rosto da santa Imagem, viram-na – o que também foi notado pelas observantes – com o rosto pálido e expressão severa; de seus olhos formosos se desprenderam três grandes lágrimas, que lentamente deslizaram pelas faces."[11]
Após aquela revolta, é revelado à Madre Mariana, em uma visão, que "essa pobre capitã não se salvaria, assim como muitas de suas sequazes. (...) A essas melhor teria sido ficar no mundo do que entrar na religião para levar uma vida de tanta dissipação e soltura". Então, tomada pelo amor a Deus e ao próximo, Madre Mariana roga a Jesus pela salvação das almas das irmãs inobservantes. Jesus assente-lhe, mas impõe-lhe um novo holocausto:
"Não é a vida, nem a saúde, nem o cárcere que quero de ti, minha amada Mariana, mas sim o sofrimento pelo período de cinco anos consecutivos das penas do Inferno que a alma desta tua pobre irmã teria sofrido por toda a eternidade. Marco-te cinco anos em memória das cinco mais notáveis chagas de minha humanidade dolorida, durante minha paixão. Vê porém, que durante este tempo eu Me ausentarei de tua vista material e não te darei o menor consolo, nem alívio para tuas dores, assim como a alma desta tua pobre irmã absolutamente não os teria tido no obscuro cárcere do Inferno."[12]
Olhando para essa experiência de Madre Mariana, é possível enxergar claramente aquilo que São João da Cruz definiu como a "noite escura do espírito".
Além disso, essa fiel serva de Deus passou por cinco anos realmente terríveis, pois, mesmo tendo se oferecido tão generosamente justo pela vida da "capitã" – que, depois, se converterá –, Mariana era constantemente maltratada por ela. Desse modo, essa santa religiosa imitava fielmente o seu divino Esposo, que amou a humanidade quando esta era sua inimiga, que veio padecer o inferno nesta terra – chegando a clamar: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"[13] –, a fim de que o homem não fosse condenado ao inferno.
Toda a narração da vida dessa bendita serva de Deus pode realmente impressionar-nos. – Mas, alguém pode dizer, o Cristianismo não é esse "dolorismo", essa coisa crucificada... somos a religião da ressurreição. – É verdade, somos a religião da ressurreição, mas, sobretudo, somos a religião do amor. E não é possível a criatura humana amar de forma perfeita sem que se purifique. Por isso o caminho espiritual começa pela via purgativa: é preciso que nos penitenciemos, que matemos o homem velho que existe em nós, mortificando a nossa carne manchada pelo pecado original.
Isso é muito importante para os iniciantes na vida espiritual. Ajuda-os a enxergar aquilo que o Papa Francisco observava no início de seu pontificado: que não é possível seguir Jesus Cristo sem a Cruz. "Quando caminhamos sem a Cruz, edificamos sem a Cruz ou confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos"[14]. Assim como, no mundo civil, o governo quer fazer passar a chamada "lei da palmada", impedindo os pais de castigarem seus filhos, dentro da Igreja, tem vigorado uma espécie de "lei da palmada espiritual": os cristãos pararam de fazer penitência; esqueceram-se do que é aplicar uma disciplina, praticar um jejum, usar um cilício, dormir no chão etc. E, justamente porque fizeram cessar as mortificações, começaram a se tornar espiritualmente preguiçosos. Ora, o Concílio Vaticano II diz que "ainda que, na Igreja, nem todos sigam pelo mesmo caminho, todos são (...) chamados à santidade"[15]. O cristão não se pode descuidar dessa altíssima vocação!
O método de Deus para tirar a Igreja das múltiplas crises que ela enfrentou foi a santidade. Roguemos a Ele que nos envie os Seus santos. E que também nós queiramos – e sejamos – santos.

 Fonte do Texto: https://padrepauloricardo.org/

1 de mai. de 2014

SE DEUS É BOM,POR QUE PERMITE O MAL?

 (1)-Uma imagem muito comum que  as pessoas tem de Deus é esta:Deus vê todas as coisas,ele é o todo-poderoso.Essa ideia já foi muito divulgada e hoje é objeto de perguntas embaraçosas:"se Deus é bom,por que  há dor e sofrimento no mundo: fome,violência,guerra,tortura,e morte cruel?"

.Para o ser humano,o poder consiste em força.que  se expressa nos músculos,nas armas.Para Deus,é forte quem renuncia a força,dobra-se ao amor,a natureza de Deus.Poder não combina com misericórdia,e perdão.Quem ama impõe um limite ao próprio  poder e vontade.O limite ao próprio poder é a liberdade do outro.Assim podemos ver que  os acontecimentos históricos são frutos da liberdade humana,fruto das ações humanas.

Os sofrimentos humanos são consequência das ações humanas ou da sua própria condição limitada,fraca,impotente diante de certas realidades como, a doença e a morte.Tão bem nos falou S.Tomas de Aquino sobre esta realidade:"A existência do mal não se deve a falta de poder ou de bondade em Deus;ao contrario,Ele só permite o mal porque e suficientemente poderoso e bom para tirar do próprio mal o bem"(Suma Teológica art2,2).

Por fim,dizer que  Deus não impõe a própria vontade não significa dizer que  ele não se interessa pela historia humana.Ele é profundamente sensível as dores e sofrimentos das pessoas.Ele intervém na historia com apelos,despertando pessoas que  se sensibilizam com o sofrimento do semelhante e se comprometem a minimizar suas dores pela pratica da caridade isso é um sinal do amor e do verdadeiro poder de Deus.

Por Leandro
Catequista, coordenador, dos acólitos e membro da Pastoral do Batismo

Paróquia Nossa Senhora do Carmo 

A solidariedade de Francisco para com os desempregados

 2014-05-01


 Cidade do Vaticano (RV) – “Fiquem certos da minha solidariedade e oração; não se desencorajem. Eu os abraço fraternalmente e a todos os responsáveis peço que realizem todo esforço de criatividade e de generosidade para reacender a esperança nos corações desses nossos irmãos e de todos os desempregados. Por favor, abram os olhos e não fiquem de braços cruzados!”

Essas palavras de Francisco foram pronunciadas na Audiência Geral de 24 de abril, em resposta a um vídeo que recebeu de operários de uma siderúrgica que está prestes a fechar. Tratou-se do enésimo apelo do Papa em prol dos trabalhadores neste seu primeiro ano de pontificado.

A preocupação do Pontífice espelha toda a tradição da Igreja Católica neste campo, e que a Doutrina Social expressa com as seguintes palavras:

O trabalho representa uma dimensão fundamental da existência humana como participação não só na obra da criação, como também da redenção.
Em seu último apelo, vendo os trabalhadores desesperados, Francisco se dirige diretamente aos empresários, pedindo a eles generosidade e criatividade para contornar esses momentos de dificuldades. Isso é possível? Nosso colega Diego Amorim contatou um empresário cristão de Brasília, Lucas Mendonça. Clique acima para ouvir a reportagem completa.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

01 Mai José, Solidário com os trabalhadores (Santo do dia )

Assim como todos os santos, São José tem grande importância para a espiritualidade dos fiéis.
Sua mensagem bíblica e o conteúdo  teológico de sua solenidade explicitam a vivência e a celebração do mistério de Cristo. São José viveu o projeto e é contado entre seus prediletos. Merece por tanto, a homenagem da Igreja e a devoção de todos os fiéis.
José foi um operário em Nazaré. Esta celebração coincide com a festa civil e universal dos trabalhadores, em 1° de maio, e tem grande significado social e político. Ele quer resgatar a dignidade e os direitos de todos os trabalhadores que são explorados em sua força de trabalho.

Ensinamentos bíblicos

A fundamentação da festa é bíblica, pois as Escrituras descrevem José como homem bom e justo (Mt1,19), que Deus escolhe para participar e colaborar no mistério da Salvação. Além de participação no projeto de Deus para enviar seu Filho ao mundo, José pertence á  linhagem messiânica. Anunciada no Antigo Testamento. Os textos  do Novo Testamento descrevem José como descendente da família de Davi(Mt 1, 1-16; Lc 3, 23-38). Ele está  presente   na fuga para o Egito, para livrar Jesus das ciladas de Herodes (Mt 2,13-21). Relembrando o caminho do povo bíblico no Êxodo.
O novo povo de Deus é simbolicamente liberto do Egito, pois  Jesus Cristo é levado ao Egito e retorna á sua terra. A figura de José tem sido muito valorizada, como pai protetor  e protetor do povo de Deus, a ponto de ser declarado patrono de toda a Igreja. A celebração destaca sua presença junto a Maria para participar do plano de Deus na encarnação de Jesus Cristo. Sempre citado como “homem justo”. É o “servo bom e fiel” que oferece sua vida em favor do plano histórico da salvação.
O Evangelho (Mt 1,16.18-21.24ª) descreve seu “sim “, no momento em que é convocado a participar do mistério da maternidade divina de Maria, Sua participação no mistério é preanunciada na promessa messiânica feita a Davi (2Sm 7, 4-5ª. 12-14ª.16). José é inserido no projeto das ações salvifícas  de Deus na história.  Esta sua inserção no projeto de salvação é mostrada pelo paralelo feito entre José e Abraão (Rm 4, 13.16-18. 22), pois ambos acreditaram na palavra e promessa de Deus, que aos  olhos de Deus pareciam irrealizáveis. Ambos acreditaram e participam do projeto de Deus em favor da libertação do povo e são elevados por Deus. A presença de José na religiosidade popular e na celebração da liturgia tem sido enaltecida e aumentada sua veneração entre os fiéis.

Padroeiro do Trabalhador

A figura de São José tem duas intenções  bem distintas, mas complementares na liturgia da Igreja. Ele é celebrado no dia 19 de março, como santo e pai de Jesus, data como sua virtude de homem  e dedicado á família é exaltada, tornando-o o protetor dos lares e de todos os pais. No século XIX , quando havia grande evasão de cristãos, seguindo as propagandas socialistas que envolviam os trabalhadores, a Igreja se solidarizou com os operários e suas lutas, aprofundando a mística de São José, com carpinteiro que trabalha para sustentar seu lar. Assim, surgiu a festa  de São José Operário. Esta festa de popularizou e hoje temos muitas paróquias e comunidades que são dedicadas a este título de São José e que  destacam a preocupação e valorização dos trabalhadores.  Assim, operário é o titulo de “Padroeiro dos trabalhadores”  assim como “padroeiro das famílias” se refere á sua dedicação ao lar de Nazaré.

De fato, a profissão de José é citada nos Evangelhos, que lhe atribuem a profissão de carpinteiro, por tanto uma pessoa que dedicava á lida diária para sustentar seu lar.  Os estudiosos defendem que o título “carpinteiro “ é um termo grego genérico para designar todos os que trabalhassem na construção de casas e móveis  dentro da sociedade hebraica. Alguns defendem ainda que ele trabalha num canteiro, ou seja, com blocos de pedras na construção de moradias, estradas e muralhas. Quando lemos o texto na liturgia, encontramos “não é o filho do carpinteiro?  Não se chama a mãe dele Maria e os seus irmãos Tiago, José, Judas e Simão?” (Mt 13,55), descobrimos que existe certa ironia em relação á sua profissão, o que revela que Jesus assume mesmo a identificação com os mais pobres e humildes dos trabalhadores.
Os Evangelhos apresentam poucas referências a José. Conhecemos a tradição  oral e temos um Evangelho apócrifo encontrado no Egito antigo (séc. VI), que descreve sua morte na velhice, consolado por Jesus e arrebatado ao Paraíso pelos anjos.

Por Padre Antônio S. Bogaz.  Prof João H Hansen. e Pe Rodinei Tomazzela
 Fonte: Revista O Mílite 
Ed Maio de 14 


30 de abr. de 2014

A Economia Sacramental

A Economia Sacramental

O Catecismo da Igreja Católica é dividido em quatro partes: Credo Apostólico, Sacramentos, Dez Mandamentos e, por último, o Pai Nosso. Esta aula é a introdução à segunda parte que se inicia no número 1066.
A ideia dos sacramentos encontra representação na figura da hemorroísa (Mc 5, 25-34), curada ao tocar a orla do manto de Jesus. Os sacramentos "são como que forças que saem do Corpo de Cristo para curar as feridas do pecado e para nos dar a vida nova do Cristo" (CIC 1116).
Os sacramentos são as formas que Jesus escolheu para distribuir ao longo da história, nas várias gerações cristãs, a graça santificante que brota da Sua Cruz, do Seu Corpo, quando do Seu lado aberto brotou sangue e água dali brotaram também os sacramentos. Concretamente é a chamada "economia sacramental". O Catecismo explica o termo da seguinte forma:
No Símbolo da Fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima Trindade e seu "desígnio benevolente" sobre toda a criação: o Pai realiza o "mistério de sua vontade" entregando seu Filho bem-amado e seu Espírito para a salvação mundo e para a glória do seu nome. Este é o mistério de Cristo, revelado e realizado na história segundo um plano, uma "disposição" sabiamente ordenada que S. Paulo denomina "a realização do mistério" e que a tradição patrística chama de "Economia do Verbo Encarnado" ou "a Economia da Salvação" (1066)
No Antigo Testamento, houve o anúncio da vinda de um Messias. Os judeus esperavam que ele viesse e instaurasse novos céus e nova terra, pois a humanidade sobrevive neste mundo marcado pelo pecado e dominado pelo demônio (Gên 3).
No entanto, desde o início há também uma promessa divina. Deus diz: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar" (3, 15). Trata-se do proto-Evangelho, o primeiro anúncio da vinda de Jesus, pelo qual os profetas esperavam. A descendência da mulher aniquilará a serpente. E veio Jesus.
O grande escândalo dos judeus é que eles olharam para Jesus e se perguntaram como pode ser ele o Messias esperado se o mundo continua o mesmo, se a maldade persiste? Se a serpente continua viva? O messias deveria vir e fazer justiça, fazer novos céus e nova terra.
João Batista também se sentiu confuso. Estando preso, ouviu falar sobre os feitos de Jesus e lhe mandou um recado indagando: "És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?" (Mt 11,3) O que Jesus estava pregando, portanto, eram completamente assustador e novo para a mentalidade da época. Jesus responde :
"Voltem e contem a João o que vocês estão ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciada a Boa Nova. E feliz aquele que não se escandaliza por causa da mim" (11, 4-7)
Ora, partes dos sinais previstos estavam acontecendo. Mas outra parte não. O que não se sabia, contudo, era que a vinda do Messias seria  em duas etapas.
O que não se sabia ainda era que a aquela vinda de Jesus não seria a última. A primeira seria de modo humilde, mas deixando claro que era o Messias prometido. No entanto, não realizou tudo. Jesus morreu, ressuscitou, subiu aos céus, enviou o Espírito Santo e inaugurou, assim, o chamado "tempo da Igreja", que não havia sido previsto pelos profetas do Antigo Testamento. Um tempo no qual se dá a "economia sacramental."
Trata-se de uma novidade, de algo inesperado. Cristo morreu na Cruz e com ela esmagou o inimigo. A sua vitória, aos olhos desavisados, é praticamente invisível, pois o mundo continua o mesmo, com guerras, maldades, doenças, morte, etc.
Contudo, apesar de a morte de Cristo na Cruz representar uma aparente derrota, ela é, na verdade, uma vitória, uma graça, pois, é a Igreja que brota do peito aberto de Cristo.
Esta é a novidade maior: Jesus não é somente o Messias, é o próprio Deus que se fez homem; é a união entre Deus e o homem. Um mistério denominado "união hipostática".
A economia sacramental, portanto, é a forma de o homem entrar em unidade com o Cristo. Simbolicamente, como Eva brotou do lado de Adão, também a Igreja brotou do lado de Cristo. Quando Adão dormiu, Deus fez Eva; quando Cristo dormia morto na cruz, Ele fez a Igreja.
Do peito aberto de Cristo brota um rio de água e de sangue, que significam a Eucaristia e o Batismo, os dois sacramentos principais que fazem da humanidade Corpo de Cristo.
O protestantismo, por sua vez, nada mais fez do que jogar fora a economia sacramental, pois não cria - e ainda não crê - que a Igreja possa ser instrumento de salvação nem na eficácia dos sacramentos. Em Lutero, esse processo não ocorreu plenamente, contudo, com esses pressupostos (sola gratia, sola fide), com o decorrer do tempo, a conclusão é de que os sacramentos nada fazem e que tudo depende da própria pessoa. Os pentecostais são um bom exemplo.
Infelizmente não foram somente os protestantes que se afastaram dos sacramentos. Muitos católicos também. Parece absurdo, mas muitos que se dizem católicos já não creem na eficácia dos sacramentos.
Pregadores transformam os sacramentos numa pedagogia naturalista, num psicologismo sem sentido. Para alguns deles, o batismo é para "tomar consciência da fé" e não para inserir a pessoa no Corpo de Cristo. Ele não perdoa pecados, não dá a graça santificiante, é apenas uma tomada de consciência. Para outros, a Eucaristia é tão somente uma partilha. A confissão é tratada como uma espécie de sessão terapêutica gratuita, já não é mais um ato de arrependimento, de reconhecimento da própria miséria diante de Deus que derrama sobre cada um a sua infinita misericórdia, mas tão somente um momento para se livrar das próprias culpas.
A Igreja é o Corpo de Cristo, portanto, o sacramento universal, como diz o Concílio Vaticano II, através do qual a humanidade é salva. A fé é necessária, evidentemente, mas existem também sinais eficazes nos quais a graça santificante de Cristo é distribuída. Deste modo, em cada sacramento dispensado há um crescimento na graça santificante.
O Catecismo da Igreja Católica explica de modo muito claro o que é e como age a "economia sacramental":
No dia de Pentecostes, pela efusão do Espírito Santo, a Igreja é manifestada ao mundo. O dom do Espírito inaugura um tempo novo na "dispensação do mistério": o tempo da Igreja, durante o qual Cristo manifesta, torna presente e comunica sua obra de salvação pela liturgia de sua Igreja, "até que ele venha". Durante este tempo da Igreja, Cristo vive e age em sua Igreja e com ela de forma nova, própria deste tempo novo. Age pelos sacramentos, é isto que a tradição comum do Oriente e do Ocidente chama de "economia sacramental"; esta consiste na comunicação (ou "dispensação" dos frutos do Mistério Pascal de cristo na celebração da liturgia "sacramental" da Igreja. (1076)
Assim, o Catecismo da Igreja Católica tem por objetivo abordar o novo tempo e a nova forma de Deus salvar os homens através da Igreja, pela economia sacramental. 


Fonte:  https://padrepauloricardo.org

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...