12 de abr. de 2014

Deus não fabrica lixo - Pe. Zezinho, scj



Um dos cartazes mais encantadores que já vi
foi o de um menino de 8 anos debruçado sobre um muro
e a dizer, com cara suja e olhos brilhantes:
"Eu sei que sou alguém, porque Deus não fabrica lixo."
Há mais teologia num menino que se sente alguém,
do que nos religiosos que,
pretendendo ser humildes, se proclamam um nada.
A frase: "Sou um nada e um ninguém" parece humilde,
mas nega uma obra prima de Deus.
É que Deus não perde tempo criando o nada ou ninguém.
Ele cria algo e alguém.
Deus faz a matéria prima. O lixo fica por nossa conta.
Valorizemo-nos!
Deus não quer que nos proclamemos um zero à esquerda.
Somos obra Sua!
Mas tomemos cuidado com essa valorização.
Não pode ser super-valorização.
Não é porque não somos lixo que vamos exigir um nicho!
Evitemos os dois extremos:
Sentir-nos um grande nada
e nos sentirmos um tudo elevado ao cubo!
A humildade pode nos ensinar o equilíbrio.

www.padrezezinhoscj.com

12 de Abril - São José Moscati


São José Moscati
1880-1927
José Moscati era de uma família ilustre e muito rica. Seu pai, Francisco, era presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe, Rosa de Luca, pertencia à nobreza. Ele nasceu na cidade de Benevento, Itália, no dia 25 de julho de 1880, e foi batizado em casa num dia de festa, a de santo Inácio de Loyola.

Em 1884, seu pai foi promovido e mudou-se para Nápoles com a família. Lá, o pequeno José fez seu primeiro encontro com Jesus eucarístico, aos oito anos. Naquele dia, foram lançadas as bases de sua vida eucarística, um dos segredos da sua santidade. Devoto de Maria e da Eucaristia, com apenas dezessete anos obrigou-se ao voto de castidade perpétua. Ativo participante da vida paroquial, participava da missa e comungava diariamente. Sua generosidade e caridade eram dedicadas aos pobres e doentes, especialmente aos incuráveis.

Quando seu irmão Alberto passou a sofrer de epilepsia, José passava várias horas cuidando dele. Foi então que decidiu seguir os estudos de medicina. No ambiente universitário, Moscati destacou-se pelo cuidado e empenho e, em 1903, recebeu doutorado de medicina com uma tese brilhante. Desde então, a universidade, o hospital e a Igreja se tornaram um único campo para suas atividades. Tornou-se médico do Hospital dos Incuráveis, onde logo ganhou admiração e o prestígio no domínio científico. Mas o luto atingiu Moscati, quando, em 1904, seu irmão Alberto morreu.

A reputação de Moscati como mestre e médico era indiscutível. Por isso foi nomeado, oficialmente, médico responsável da terceira ala masculina do Hospital dos Incuráveis, justamente a ala daqueles doentes pelos quais ele se empenhava e trabalhava com afinco.

No dia 12 de abril de 1927, como de hábito, depois de ter participado da missa e recebido Cristo eucarístico, foi para o hospital. Voltou para casa à tarde e, enquanto atendia os pacientes, sentiu-se mal e pouco depois morreu serenamente. A notícia de sua morte espalhou-se imediatamente e a dor se espalhou pela cidade.

No dia 16 de novembro de 1975, o papa Paulo VI proclama José Moscati bem-aventurado. A devoção a Moscati vai aumentando cada dia mais. As graças obtidas por sua intercessão são muitas.

De 1o. a 30 de outubro de 1987, em Roma, houve a VII Assembléia do Sínodo dos Bispos, cujo tema era: "Vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo, vinte anos após o Concílio Vaticano II". José Moscati foi um leigo que cumpriu sua missão na Igreja e no mundo. No Sínodo, após longos exames, a Igreja comunicou que ele seria canonizado, como um homem de fé e caridade, que assistia e aliviava os sofrimentos dos incuráveis.

No dia 25 de outubro de 1987, na praça São Pedro, em Roma, o papa João Paulo II colocou, oficialmente, José Moscati entre os santos da Igreja. 
Sua festa litúrgica foi indicada para o dia 12 de abril. Seu corpo repousa na igreja do Menino Jesus, em Nápoles, Itália.

Fonte Portal Paulinas 

Escravidão de Montfort e a liberdade do “Eis-me aqui...”

Esse conceito cristão de adequar sua vontade à vontade de Deus foi compreendido profundamente por Maria

 “Minha vida é toda Tua, os meus planos e os meus sonhos. De nada vale o existir se não for pra te ofertar...”. Assim fala a belíssima letra desta música, interpretada por Suely Façanha, da Comunidade Shalom. De fato, nossa vida só passa a ter sentido quando a ofertamos por amor. Isto me faz lembrar Madre Teresa de Calcutá, Padre Léon Dehon e João Paulo II que, unanimemente, diziam: “só é amor se doer”. Toda oferta, toda renúncia e sacrifício exigem dor, porque tiramos algo de nós e entregamos ao outro. Mas, quando essa oferta é feita por amor, tem um valor redentor, seja pra minha história de salvação pessoal, ou para a salvação da humanidade (como foi o caso de Jesus, no alto da cruz).

A oferta que Maria fez a Deus

A oferta de Maria a Deus foi nessa direção. “Minha vida é toda tua... eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra” (cf. Lc 1,38). A Virgem Maria não mais se pertencia, mas apenas a Deus; realizava a mais perfeita obediência na fé (cf. CEC 148); “entregou-se ela mesma totalmente à pessoa e à obra de seu Filho, para servir, na dependência dele e com Ele” (LG 56). Ora, o que é isso senão uma consagração total de si mesmo ao Senhor? Não estaria ela sob uma condição de escravidão? Onde está a vontade de Maria? Foi anulada? Sua vontade em momento algum foi anulada, mas livremente ofertada a Deus, por amor.

Alguns acham estranho que alguém encontre liberdade dentro de uma condição escrava. E, de fato, seria algo impossível, se a pessoa estivesse sujeita a uma escravidão indesejada por ela ou direcionada a um  outro ser humano (que tende ao egoísmo da dominação). Mas a escravidão de Maria se direcionava ao Senhor. Portanto, não poderia haver uma relação  dominador-dominado, já que, sendo Pai, Deus não oprime. E, além disso, a própria Virgem consentiu e buscou ser a “serva de Deus”. Isso nos leva a concluir que Maria tomou uma decisão livre.

Ser escravo e livre ao mesmo tempo

É possível, então, ser escravo e livre ao mesmo tempo, desde que eu escolha, por amor, me fazer escravo. Vejamos o que diz Emmir Nogueira, psicóloga e cofundadora da Comunidade Shalom: “O cristão não é livre para fazer o que quiser quando quiser e como bem quiser. Sua liberdade é ordenada para o amor, isto é, para a responsabilidade com relação à consequência de seus atos. É ordenada para a união de sua vontade com a vontade de Deus” e, continua: “quanto mais a pessoa se identifica com a vontade de Deus para ela e pauta sua vida segundo esta vontade, tanto mais ela será livre e feliz, mais será ela mesma” (Tecendo o Fio de Ouro, 2009, p.298).

Esse conceito cristão de adequar sua vontade à vontade de Deus foi compreendido profundamente por Maria. E é nesse sentido que São Luís Maria Grignion de Montfort fundamenta seu conceito de escravidão a Jesus: uma oferta livre e amorosa dos bens interiores e exteriores que seriam meu por direito. Com isso, digo não a mim e sim a Jesus, Sabedoria Encarnada. Obtenho a liberdade interior, assumida através da escravidão (oferta) por amor.

Seguimos, assim, os passos de Jesus, que “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fl 2,7). Um escravo por amor, capaz de dizer: “ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo” (Jo 10,18). São Luís de Montfort, sabendo que só se chega ao amor a partir da doação total de si e sendo profundo conhecedor das Sagradas Escrituras, assume uma das imagens comuns à época de Cristo, que é do serviço.

Conceito simbólico de escravidão

Havia duas formas de servir a um senhor na Palestina do início da era cristã: de maneira direta ou indireta. Mas como assim? Imaginemos que o imperador quisesse comer peixe. Quem pescaria seria um homem livre que, em virtude do serviço prestado, receberia um salário, nem sempre justo. Mas quem prepararia o almoço do imperador seria aquele que constantemente o servia, isto é, o escravo.


São Luís Maria supôs que quiséssemos estar junto do Senhor, na casa Dele. E, a única forma de fazer isso seria pela escravidão e não pelo trabalho “terceirizado”. Mas lembremos que esta história de “escravidão” é apenas uma imagem, adotada para representar uma realidade interior, profundamente espiritual e oblativa.
 
A escravidão na época de Jesus
 
A escravidão era um meio comum de servidão na época de Jesus e de Montfort. Não tem, portanto, toda a conotação negativa que se encontra hoje, após anos de proclamação dos Direitos Humanos – em nível internacional – e com a Lei Áurea – no Brasil.

Havia algo na sociedade judaica chamado “Código da Aliança” (cf. Ex 21,1-11 e Dt 15,12-18), que regulamentava a escravatura entre israelitas, mesmo apesar do número destes ser bem mais reduzido no período de Jesus – quando se optava mais pelos escravos pagãos (cf. J. JEREMIAS. Jerusalem zur Zeit Jesu. Kulturgeschichtliche Untersuchung zur neutestamentlichen Zeitgeschichte. II Teil: Die sozialen Verhàltnisse, Gõttingen 31962, A. Reich und Arm, pp. 25-26; B. Hochund Niedrig, p. 184.).

O escravo judeu, graças ao Código, não era tratado com tanta aspereza, isto porque tinha uma série de direitos que deveriam ser respeitados. Mas a situação já era inversa para o escravo pagão. Por esse motivo a escravatura hebraica entrou em decadência no período neotestamentário. Como fundamento para tal mudança, muitos resgataram antigos escritos como o que dizia: “O escravo ou a escrava que pretendais adquirir, devem sair dos povos que vos rodeiam” (Lv 25,44).
 
Escravo: símbolo daquele que espera no Senhor
 
O escravo era aquele que dependia totalmente do seu senhor. Nada podia adquirir por si só, tudo esperava do seu superior. É assim, confiando na Providência do bom Deus, que queremos trilhar o caminho da santidade. “Pela escravidão, um homem depende inteiramente de outro durante toda a vida, e deve servir a seu senhor, sem esperar salário nem recompensa alguma” (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 2010, Vozes, p. 74). É dessa forma que somos convidados a agir diante de Deus.

“É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). Este é o lema da Campanha da Fraternidade deste ano, que trabalha a temática do Tráfico Humano. Dizer-se “escravo de Jesus” (“de Jesus por Maria” ou “de Maria”), em momento algum contrapõe essa afirmação de São Paulo, já que o grau mais alto de liberdade é aquela que se realiza no interior, através da graça divina. Ora, é a graça da liberdade interior, gerada pelo amor, que a consagração à Virgem Maria, segundo o método de Montfort, objetiva.
 
Servos pelo Batismo
 
O próprio Cristo “nos associou a Ele pelo batismo”, isto é, “o batismo nos transformou em escravos de Jesus Cristo” (TVD, 2010, p. 73). Portanto, “devemos pertencer a Jesus Cristo e servi-lo, não só como servos mercenários, mas como escravos amorosos” (TVD, 2010, p.78).

Trilhar o caminho da escravidão por amor é viver a vontade de Deus; é fazer o percurso que nos torna livres e santos. “[A vontade de Deus] não é para nós um peso exterior que nos oprime e nos priva da liberdade. Conhecer o que Deus quer, conhecer qual é o caminho da vida, eis a alegria de Israel, eis seu grande privilégio. Esta é também a nossa alegria: a vontade de Deus não nos desvia, mas purifica-nos talvez de maneira até dolorosa e assim conduz-nos a nós mesmos. Desta forma, não servimos só a Ele, mas à salvação de todo o mundo, de toda a história” (BENTO XVI na homilia por ocasião da Eucaristia inaugural do seu pontificado).


 Fr. Thiago Pereira, SCJ

Fonte: http://www.aleteia.org/

11 de abr. de 2014

Qual a importância do exame de consciência para nossa vida espiritual?

Um bom católico deve ter o costume de examinar frequentemente a sua consciência. Em geral, o exame de consciência é feito para que a pessoa se prepare melhor para o Sacramento da Confissão, ou também, antes de deitar-se, como uma preparação para a morte, caso ela venha durante o sono. Contudo, a importância de um bom exame de consciência vai além desses dois aspectos.
A doutrina dos grandes santos está repleta de loas ao exame de consciência. Por exemplo, São João Crisóstomo, chegou a dizer que, se uma pessoa se empenhasse num bom exame de sua consciência, dentro de um mês seguramente estaria no caminho da santidade. Trata-se, portanto, de uma doutrina plurissecular da Igreja que merece toda a atenção.
Um livro em especial, "A vida interior simplificada e reconduzida ao seu fundamento", escrito por pelo padre cartuxo François de Salles Poullien, em cuja terceira parte, vários capítulos são dedicados ao exame de consciência. Num deles, o Pe. Poullien relata a experiência de Santo Ignácio de Loyola que dirigia seus filhos jesuítas quase que unicamente pela reflexão pessoal e pela prática dos Sacramentos. De tal forma que na Constituição da Ordem ele não poderia ser tido como dispensável. Isso significa que mesmo um jesuíta que estivesse doente, impedido de rezar, de frequentar os sacramentos estava dispensado de tudo, exceto do exame de consciência.
Sendo assim, como fazer um bom exame de consciência e caminhar em direção à santidade? Existe um tipo, chamado superficial que é aquele que se detém nos atos, ou seja, nos pecados cometidos durante o dia ou ao longo da vida. Já um exame de consciência profundo é aquele que mergulha no coração. Ora, sabe-se que o que se recolhe ao coração são os hábitos, as disposições habituais que, em geral, dão um rumo à vida. Se os hábitos são bons, a vida ruma para o bem, se são maus, a vida está desorientada. Então, é preciso mergulhar nos hábitos e identificá-los.
Para tanto, a pergunta fundamental que deve ser feita é: "onde está o meu coração?" O próprio Jesus afirmou nesse sentido: "onde está o seu coração, aí está o seu tesouro" (Mt 6,21). É a mesma pergunta que Deus fez a Adão ao entardecer do terrível dia em que o pecado veio ao mundo. Na brisa, Deus queria se encontrar com um amigo e perguntou: "Adão, onde estás?" (Gn 3,9). É precisamente a resposta à pergunta do Senhor que interessa ao exame. "Onde eu estava quando não estava com o Senhor?" foi a forma encontrada por São Josemaría Escrivá de Balaguer y Albas para fazer a mesma pergunta. E a resposta em todos os casos é a mesma: disperso.
O coração do homem precisa estar centrado em Deus e o exame de consciência serve para mostrar o quanto é grande o afastamento, o quanto se está longe de Deus, do centro. Os pecados e as disposições habituais são apenas sintomas desse doença que é a distância do núcleo que é Deus. Portanto, identificar para onde está sendo orientada a vida é parte decisiva na cura.
Definido o exame de consciência, é possível dividi-lo em três partes: a primeira é o chamado "golpe de vista", ou seja, aquele olhar que identifica os atos (superficial) e também aquele mais profundo que olha os hábitos já arraigados. A segunda é a contrição, na qual a pessoa percebe que o pecado não só machuca e destrói, como manda para longe o Céu e aproxima perigosamente o Inferno (atrição). Nessa etapa é preciso dar um passo além, o passo do amor filial, saindo da condição de temor servil, percebendo a ofensa cometida contra o pai amoroso e imbuindo-se de um verdadeiro arrependimento por ter causado a ofensa. "Senhor, eu pequei, perdoa-me". A terceira etapa é a resolução ou o propósito de amar mais a Deus, cortar na raiz os maus hábitos e os vícios arraigados no coração.
A frequência ideal do exame de consciência é três vezes ao dia, segundo Santo Ignácio de Loyola, sendo o primeiro pela manhã, de modo preventivo, olhando para a vida, para os vícios e atos maus costumeiramente praticados, orientando as próprias disposições a não cometê-los. O segundo, logo após o almoço, talvez na Hora Média ou numa visita ao Santíssimo Sacramento, avaliando como o dia foi conduzido até aquele momento e reforçando o desejo de acertar (ou não errar) no restante do dia. Por fim, à noite, antes do dormir, seguindo mesmo as orientações da Igreja que recomenda o exame de consciência antes das Completas.
O exame de consciência noturno é o mais importante dos três, pois não versa somente aquele dia (particular), mas deve ter o caráter geral, da vida toda e de como ela está sendo orientada, colocando diante de Deus toda miséria, louvando-O pelos bons atos realizados e colocando toda a confiança na misericórdia Dele e meditando no fato de que a salvação só pode vir pela Graça divina. Fazendo assim não há dúvida de que a vida será realmente convertida, conduzida para Deus, naquilo que os antigos chamavam de epistrofe, mudar o rumo, a direção da vida, para que a ovelha errante perdida encontre o Pastor da Alma no fim de cada dia e em todos os dias da vida.
Fonte: https://padrepauloricardo.org

Papa na missa matutina: "O diabo existe também no século XXI. Aprendamos do Evangelho a combatê-lo"

2014-04-11 12:58:35 


Cidade do Vaticano (RV) – Como todas as manhãs, o Papa Francisco presidiu à Santa Missa na capela da Casa Santa Marta.
 
A homilia desta sexta-feira foi toda dedicada à luta contra o demônio. “A vida de Jesus foi uma luta. Ele veio para vencer o mal”, disse o Pontífice, que advertiu: trata-se, porém, de uma luta que todo cristão deve enfrentar.

Também nós somos tentados, também nós somos objeto do ataque do demônio, porque o espírito do Mal não quer a nossa santidade, não quer o testemunho cristão, não quer que sejamos discípulos de Jesus. E como faz o espírito do Mal para nos afastar da estrada de Jesus com a sua tentação? A tentação do demônio tem três características e nós devemos conhecê-las para não cair nas ciladas. A tentação começa levemente, mas cresce: cresce sempre. Depois, cresce e contagia outra pessoa, passa a outro, tenta ser comunitária. E, no final, para tranquilizar a alma, se justifica. Cresce, contagia e se justifica”. 
A tentação, observou o Papa, parece uma sedução. Quando é rejeitada, cresce e se torna mais forte, envolvendo outras pessoas. Assim aconteceu com Jesus, o demônio envolveu os seus inimigos. Quando Ele fala na Sinagoga, seus inimigos tentam menosprezá-lo, dizendo: “Mas este é o filho de José, o carpinteiro, o filho de Maria! Nunca foi à Universidade! Mas com qual a autoridade fala? Não estudou!”. A tentação, disse, “envolveu todos contra Jesus”. E o momento “mais forte da justificação é o do sacerdote”, quando diz: “Não sabem que é melhor que um homem morra para salvar o seu povo?”:

“Temos uma tentação que cresce: cresce e contagia os outros. Pensemos numa intriga, por exemplo: sinto inveja de uma pessoa. Primeiro é um sentimento pessoal, mas depois tenho que compartilhá-lo com o outro. Cresce e vai contagiando… Mas este é o mecanismo das intrigas e todos nós somos tentados a fazê-las! Talvez alguns de vocês não, se são santos, mas também eu sinto esta tentação! É uma tentação cotidiana. Mas começa assim, suavemente. Depois cresce e, no fim, se justifica”. 
Estejamos atentos, disse ainda o Pontífice. “Quando no nosso coração sentirmos algo que acabará por destruir as pessoas, se não pararmos a tempo, esse sentimento crescerá e nos restará justificar:

“Todos somos tentados, porque a lei da vida espiritual, a nossa vida cristã, é uma luta: uma luta. Porque o príncipe deste mundo – o diabo – não quer a nossa santidade, não quer que sigamos Cristo. Alguém de vocês, talvez, poderá dizer: ‘Mas, Padre, como o senhor é antigo, falar do diabo no século XXI!’. Mas, olhem que o diabo existe. Existe. Inclusive no século XXI! E não devemos ser ingênuos, eh? Devemos aprender do Evangelho como se faz a luta contra ele”.
(BF)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

"Não à manipulação educativa da infância", afirma o Papa

 2014-04-11 
 



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência esta manhã,no Vaticano, os membros do Escritório Católico Internacional para a Infância (BICE), com sede em Bruxelas (Bélgica).

Em seu discurso, o Papa recordou as origens desta associação, que nasceu depois do pronunciamento do Papa Pio XII em defesa da infância feito após a II Guerra Mundial. Desde então, o BICE sempre se empenhou em promover a tutela dos direitos dos menores, contribuindo inclusive para a Convenção da ONU de 1989, que este ano, portanto, completa 25 anos.

Para Francisco, nos nossos dias é importante levar avante projetos contra o trabalho-escravo, contra o recrutamento de crianças-soldado e todo tipo de violência contra menores.

O Pontífice reiterou o direito das crianças de crescerem em uma família, com um pai e uma mãe capazes de criar um ambiente idôneo ao seu desenvolvimento e ao seu amadurecimento afetivo.

Ao mesmo tempo, notou, isso comporta amparar o direito dos pais à educação moral e religiosa dos próprios filhos. Nesta questão, o Papa foi categórico, afirmando ser contrário a todo tipo de experimentação educativa com os menores: “Com as crianças e os jovens não se pode experimentar. Os horrores da manipulação educativa que vivemos nas grandes ditaduras genocidas do século XX não despareceram; mantêm sua atualidade sob formas diferentes e propostas que, com pretensão de modernidade, levam as crianças e os jovens a caminharem na estrada ditatorial do ‘pensamento único’”.

O Papa ressaltou que trabalhar em prol dos direitos humanos pressupõe manter sempre viva a formação antropológica, estar bem preparado sobre a realidade da pessoa humana e saber responder aos problemas e aos desafios que a cultura contemporânea e a mentalidade difundida através dos meios de comunicação de massa apresentam.

Francisco concluiu seu discurso pedindo uma formação permanente quanto à antropologia infantil, porque é ali que os direitos e os deveres têm o seu fundamento e dela dependem o desenvolvimento de projetos educativos.

O BICE é a uma organização católica internacional comprometida com a defesa da dignidade e dos direitos da infância. Foi fundado em 1948 e atualmente está presente em 4 continentes, com projetos em 25 países, inclusive o Brasil. O BICE tem um estatuto consultivo junto às Nações Unidas.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/04/11/n%C3%A3o_%C3%A0_manipula%C3%A7%C3%A3o_educativa_da_inf%C3%A2ncia,_afirma_o_papa/bra-789935
do site da Rádio Vaticano 

10 de abr. de 2014

11 de Abril - Santa Gema Galgani

Santa Gema Galgani
1878-1903


Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, na Itália, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos. A família, muito rica e nobre, era também profundamente religiosa, passando os preceitos do cristianismo aos filhos desde a tenra idade.

Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.

Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.

Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de são Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.
Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.

Imediatamente, começou a devoção e veneração à "Virgem de Luca", como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Fonte: Portal Paulinas 

O Calvário, ponto de encontro dos que amam

Não é possível que deixemos de sofrer simplesmente porque não podemos ser dispensados de amar.

Quando Jesus advertiu que, para segui-Lo, era preciso renunciar-se a si mesmo e tomar a sua cruz [1], talvez os discípulos não pensassem que Ele verdadeiramente tomaria uma “cruz”, no sentido literal. De fato, após subir a Jerusalém, o Cristo “foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado”, como rezamos no Credo Niceno-Constantinopolitano. O próprio Deus foi estendido sobre um madeiro: “tomou a sua cruz”. E pediu que o imitássemos.
É verdade, nem todos os cristãos são chamados a imitar Jesus derramando o seu sangue por Ele. Mas todos, sem exceção, devem carregar a sua cruz, dia após dia, a fim de dizer, com São Paulo: “Estou pregado à cruz de Cristo” [2]. Era com esta atitude espiritual que São Josemaría Escrivá recomendava que os cristãos olhassem para os crucifixos despojados de Cristo: “Quando vires uma pobre Cruz de pau, só, desprezível e sem valor... e sem Crucificado, não esqueças que essa Cruz é a tua Cruz: a de cada dia, a escondida, sem brilho e sem consolação..., que está à espera do Crucificado que lhe falta. E esse Crucificado tens de ser tu” [3].
No entanto, muitas pessoas parecem agir com temor da cruz, quando não com desprezo e desdém. Dizem, orgulhosamente, que o madeiro ao qual Jesus foi pregado não deve ser ostentado por ninguém e, contrapondo-lhe o milagre da ressurreição, rejeitam a exaltação da Santa Cruz como culto da dor e do masoquismo.
Ora, é verdade que a crucificação era uma das penas mais infames que se aplicava aos homens nos tempos do Império Romano. Porém, “na Paixão [de Cristo], a Cruz deixou de ser símbolo de castigo para se converter em sinal de vitória” [4]. Por sua obediência ao Pai, Jesus transformou aquilo que era maldição em salvação para todos os homens. “Sua sanctissima passione in ligno crucis nobis justificationem meruit – Pela sua santíssima paixão no madeiro da cruz, Ele mereceu-nos a justificação” [5], ensina o Concílio de Trento. E, do mesmo modo, o Vaticano II: “[Ele] mereceu-nos a vida com a livre efusão do seu sangue; n’Ele nos reconciliou Deus consigo e uns com os outros e nos arrancou da escravidão do demônio e do pecado” [6].
Por esse motivo, a Igreja saúda a cruz como “única esperança”. No dizer de Santa Rosa de Lima, “fora da cruz, não há outra escada por onde se suba ao céu”.
Mais do que apontar o erro evidente desses “que se portam como inimigos da cruz de Cristo” [7], cabe perguntar qual atitude espiritual está por trás disso: o que faz as pessoas agirem com tanta indiferença, quando não com ódio, em relação à Cruz?
Essas pessoas, que até vão à igreja e começam uma vida de oração, ou não compreenderam o significado da redenção – e isto uma boa catequese e um ato de fé podem consertar – ou estão afetadas por uma “teologia da prosperidade”, que, prometendo paraíso neste mundo, as aliena e faz que coloquem o coração nas coisas materiais e passageiras, ao invés das espirituais e eternas. Diante dos sofrimentos que Deus permite por que passem, fogem invariavelmente, até mesmo na oração, esquecendo-se de fazer a súplica do Pai-Nosso: “fiat voluntas Tua – seja feita a Vossa vontade”.
Não devemos pedir a Deus que nos livre das cruzes, mas que nos ajude a suportá-las. Neste mundo, não é possível que sejamos privados de sofrer simplesmente porque não podemos ser dispensados de amar. A vontade de Deus é que sejamos santos, que O amemos, mas, para que isso aconteça, precisamos primeiro crucificar-nos para o mundo [8], purificar o nosso amor: “Cada dia um pouco mais – tal como ao esculpir na pedra ou na madeira –, é preciso ir limando asperezas, tirando defeitos da nossa vida pessoal, com espírito de penitência, com pequenas mortificações (...). Depois, Jesus vai completando o que falta” [9].
A verdade da Cruz é esta: o mesmo caminho que Deus fez para unir o Céu à Terra [10] é o que nós devemos percorrer para nos assemelharmos a Ele. Dois mil anos depois, o Calvário continua sendo o ponto de encontro dos que amam: de Jesus e de Seus santos.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog

POR QUE NO PERÍODO DA QUARESMA OS SANTOS NAS IGREJAS FICAM COBERTOS POR PANOS ROXOS?


É costume muito antigo na Igreja, a partir do quinto Domingo da Quaresma – também chamado dePrimeiro Domingo da Paixão, na forma extraordinária do Rito Romano, (sendo na verdade o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, o Segundo Domingo da Paixão) – cobrir com pano roxo as cruzes, quadros e imagens sacras. As cruzes ficam cobertas até o final da liturgia da Sexta – Feira Santa, os quadros e demais imagens até a celebração da noite de Páscoa. 

O sentido profundo desse ato de cobrir as imagens sacras, fundamenta-se no luto pelo sofrimento de Cristo Nosso Senhor, levando os fiéis a refletir, ao contemplar esses objetos sagrados cobertos do roxo, que simboliza a tristeza, a dor e a penitência. O ápice do despojamento ocorre após a Missa da Ceia do Senhor na Quinta-Feira Santa, quando retiram-se as toalhas do altar. A cruz coberta lembra-nos a humilhação de N. Senhor Jesus Cristo, que teve de ocultar-se para não ser apedrejado pelos judeus, como nos relata o Evangelho segundo São João:

“Os judeus pegaram pela segunda vez em pedras para o apedrejar. Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte de meu Pai. Por qual dessas obras me apedrejais? (...). Procuraram então prendê-lo, mas ele se esquivou das suas mãos. Ele se retirou novamente para além do Jordão, para o lugar onde João começara a batizar, e lá permaneceu.” (Jo 10, 31-32.39-40)

A sua segunda dúvida versa sobre o cântico de Verônica durante a procissão do enterro do Senhor. Primeiramente, falemos um pouco sobre Verônica, cujo nome deriva-se de “veros icona” (imagem verdadeira), pelo fato de segundo a Tradição da Igreja, ela ter enxugado o rosto de Cristo a caminho do Calvário, e a imagem do rosto de Cristo ter ficado gravada milagrosamente no véu. Este episódio não consta na Sagrada Escritura, apenas na Tradição da Igreja. O nome de Verônica é mencionado no livro apócrifo “Atos de Pilatos” (século VI), no capítulo VII, fazendo crer que se trata da mesma mulher curada por Jesus da hemorragia (cf. Lucas 8,43-48).  

Pois bem, na procissão Verônica canta a lamentação: “Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor igual à minha dor.” Ressaltando a dor do Cristo que padece pela humanidade. Note-se que é comum cânticos e lamentações em velórios, conforme o testemunho de São Marcos e S. Mateus:

“Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações.Ele entrou e disse-lhes: Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo”. (Mc 5,38-39) [grifo nosso]

“Chegando à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus os tocadores de flauta e uma multidão alvoroçada. Disse-lhes:Retirai-vos, porque a menina não está morta; ela dorme. Eles, porém, zombavam dele.” (Mt 9,23-24).

Antes da reforma litúrgica do Vaticano II era obrigatório cobrir, com véus roxos, todas as cruzes e imagens expostas ao culto na igreja. No Missal Romano de S. Pio V, terminada a missa do Sábado que precedia o Domingo da Paixão (actual V Domingo da Quaresma), vinha esta rubrica: “Antes das Vésperas, cobrem-se as Cruzes e Imagens que haja na igreja. As Cruzes permanecem cobertas até ao fim da adoração da Cruz, na Sexta-Feira Santa, e as Imagens até ao Hino dos Anjos (Glória a Deus nas Alturas) no Sábado Santo”. Vê-se que era um costume ligado às duas últimas semanas da Quaresma, através do qual se desejava centrar a atenção dos fiéis no mistério da Paixão do Senhor. Tudo o que pudesse desviá-la, como eram as imagens dos Santos, cobria-se. Donde vinha este costume? Certamente dos começos do segundo milénio ou dos finais do primeiro.

E o que dizem as normas litúrgicas atuais? Uma rubrica inserida no Missal Romano de Paulo VI, depois da Missa do Sábado anterior ao V Domingo da Quaresma, diz: “O costume de cobrir as cruzes e as imagens das igrejas pode conservar-se, conforme o parecer da Conferência Episcopal. As cruzes permanecem cobertas até ao fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-‑Feira Santa; as imagens, até ao começo da Vigília Pascal (cf. Missal Romano actual [edição do altar], p. 206.

A grande diferença entre as rubricas dos dois Missais (de Trento e do Vaticano II) consiste no seguinte: no primeiro, cobrir as Cruzes e Imagens era obrigatório (“cobrem-se...”); no segundo deixou de o ser (“pode conservar-se o costume de cobrir...). 

Como o nosso consulente pode verificar por si mesmo, consultando o Missal Romano, são-lhe deixadas várias hipóteses: a) pode cobrir as imagens ou não as cobrir; b) se as cobrir, mantém‑nas cobertas desde a tarde do Sábado anterior ao V Domingo da Quaresma, até ao começo da Vigília Pascal (e não até antes do Lava-pés na Missa da Ceia do Senhor, nem tão pouco até Sexta-Feira Santa). A rubrica é clara: “... as imagens permanecem cobertas até ao começo da Vigília Pascal”. 

Fonte: http://www.catolicismoromano.com.br/

"Aliar competências policiais à compaixão evangélica no combate ao tráfico humano", pede o Papa

2014-04-10 


Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta quinta-feira, 10, o Papa Francisco foi à sede da Pontifícia Academia das Ciências para um encontro com os 120 participantes da Conferência Internacional sobre o Tráfico de Pessoas Humanas. A audiência se realizou na Aula Magna da ‘Casina Pio IV’, situada nos Jardins do Vaticano. A Conferência foi promovida pelo Episcopado da Inglaterra e Gales, liderado pelo Cardeal Vincent Nichols.

O tráfico de seres humanos é uma chaga no corpo da humanidade, uma ferida na carne de Cristo, um crime contra a humanidade”, disse o Papa, saudando os participantes. “E o fato de nos encontramos para unir esforços significa que desejamos estratégias e competências, sim, mas coadjuvadas pela compaixão evangélica pelos homens e mulheres vítimas deste crime”, acrescentou.

Na Conferência, autoridades policiais - que combatem o fenômeno utilizando os instrumentos e o rigor da lei – reuniram-se com agentes humanitários – que oferecem acolhimento, calor humano e o resgate das vítimas. “São duas abordagens diferentes”, disse Francisco, “mas que podem e devem agir juntas. Dialogar e confrontar-se a partir de dois pontos de vista complementares é muito importante”, ressaltou, destacando a utilidade deste tipo de encontros.
(CM)



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Francisco: um dos desafios do nosso tempo: transmitir o saber e oferecer uma chave de compreensão

2014-04-10 
  


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu no final da manhã desta quinta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, a Comunidade da Pontifícia Universidade Gregoriana e os membros do Pontifício Instituto Bíblico e Pontifício Instituto Oriental.

No seu discurso aos professores, estudantes e funcionários o Papa agradeceu primeiramente as palavras o Prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski. Presente também o Preposto Geral da Companhia de Jesus, Padre Nicolás.

O Santo Padre recordou que as Instituições presentes no encontro – reunidas em Consórcio pelo Papa Pio XI em 1928 – são confiadas à Companhia de Jesus e partilham o mesmo desejo de “trabalhar por Deus sob a bandeira da Cruz e servir somente ao Senhor e à Igreja Sua esposa, estando a disposição do Romano Pontífice, Vigário de Cristo na terra” (Formula, 1). Francisco então sublinhou a importância de que entre essas Instituições se desenvolvam a colaboração e as sinergias, preservando a memória histórica e ao mesmo tempo assumindo o presente e olhando para o futuro com criatividade e imaginação, procurando sempre ter uma visão global da situação e dos desafios atuais e um modo compartilhado para enfrentar, encontrando novos caminhos.

O Papa Francisco deteve-se então em dois aspectos pensando no compromisso dos membros dessas Instituições, sejam eles professores, sejam estudantes. O primeiro aspecto sublinhado foi o da valorização do lugar onde se encontram para trabalhar e estudar, isto é, a cidade e, sobretudo, a Igreja de Roma.

“Há um passado e há um presente” – disse o Papa. Existem as raízes da fé: as memórias dos Apóstolos e dos Mártires; e existe o hoje eclesial, existe o caminho atual desta Igreja que preside a caridade, ao serviço da unidade e da universalidade.

Mas ao mesmo tempo destacou o Papa “vocês trazem a variedade de suas Igrejas, de suas culturas”. “Essa é uma das riquezas inestimáveis das instituições romanas. Elas oferecem uma preciosa ocasião de crescimento na fé e de abertura da mente e do coração ao horizonte da catolicidade. Dentro deste horizonte a dialética entre “centro” e “periferias” assume uma forma própria, a forma evangélica, segundo a lógica de um Deus que chega ao centro partindo da periferia e retorna à periferia.

O segundo aspecto que o Papa citou foi o da relação entre estudo e vida espiritual. “O seu compromisso intelectual, no ensino e na pesquisa, no estudo e na mais ampla formação – disse o Santo Padre – será mais fecundo e eficaz se for animado pelo amor a Cristo e à Igreja, tornando mais harmoniosa a relação entre estudo e oração”.

"Esse é um dos desafios do nosso tempo: transmitir o saber e oferecer uma chave de compreensão vital, não um acúmulo de noções não interligadas entre si. É necessária uma verdadeira hermenêutica evangélica para entender melhor a vida, o mundo, os homens, não de uma síntese, mas de uma atmosfera espiritual de busca e certeza baseada na verdade de razão e de fé".

A filosofia e a teologia permitem adquirir as convicções que estruturam e fortalecem a inteligência e iluminam a vontade... mas tudo isso é fecundo somente se se faz com uma mente aberta e de joelhos. O teólogo que se satisfaz com o seu pensamento completo e concluído é um medíocre. O bom teólogo e filósofo tem um pensamento incompleto, sempre aberto ao “maius” de Deus e da verdade, sempre em desenvolvimento, de acordo com a lei que São Vicente de Lerins descreve assim: se consolidada ao longo dos anos, se expande com o tempo, se aprofunda com a idade. E o teólogo que não reza e que não adora Deus acaba afundado no mais repugnante narcisismo.

"O objetivo dos estudos em toda Universidade pontifícia é eclesial, destacou o Papa. A pesquisa e o estudo devem ser integrados com a vida pessoal e comunitária, com o compromisso missionário, com a caridade fraterna e a partilha com os pobres, com o cuidado da vida interior na relação com o Senhor. Seus institutos não são máquinas para a produção de teólogos e filósofos; são comunidades em que se cresce, e o crescimento ocorre na família".

Na família universitária existe o carisma de governo, confiado aos superiores, e existe a diaconia do pessoal não docente, que é essencial para a criar o ambiente familiar na vida cotidiana, e também para criar um comportamento de humanidade e de sabedoria concretos, que fará dos estudantes de hoje pessoas capazes de construir humanidade, de transmitir a verdade na dimensão humana, de saber que se falta a bondade e a beleza de pertencer a uma família de trabalho se acaba tornando um intelectual sem talento, um especialista sem bondade, um pensador carente de esplendor da beleza e apenas "maquiada" de formalismos. O contato respeitoso e diário com o trabalho duro e o testemunho de homens e mulheres que trabalham em suas instituições que lhes dará aquela dimensão necessária de realismo para que a sua ciência seja uma ciência humana e não de laboratório. (SP)



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Francisco: “Também hoje existe a ditadura do pensamento único”

2014-04-10

Cidade do Vaticano (RV) - “Também hoje existe a ditadura do pensamento único” que mata “a liberdade dos povos, a liberdade das pessoas, a liberdade das consciências”: é necessário “vigiar e rezar”. Foi o que disse o Papa na missa celebrada nesta manhã de quinta-feira na Casa Santa Marta.

Deus prometeu a Abraão que seria pai de muitas nações, mas ele e seus descendentes deveriam observar a aliança com o Senhor. A homilia do Papa Francisco inspirou-se na primeira leitura de hoje para explicar a rejeição dos fariseus à mensagem de Jesus: o erro deles – destacou –, foi o de “remover os mandamentos do coração de Deus”. Eles pensavam que tudo se resolvesse apenas em observar os mandamentos, mas os mandamentos - disse o Papa – “não são uma lei fria”, porque nascem a partir de uma relação de amor e são “indicações” que nos ajudam a evitar erros no nosso caminho para encontrar Jesus.

Assim, os fariseus fecham seus corações e mentes “a cada novidade”, não entendem “o caminho da esperança”. “É o drama do coração fechado, o drama da mente fechada - afirmou o Papa - e quando o coração está fechado, este coração fecha a mente, e quando coração e mente estão fechados, não há lugar para Deus”, mas apenas para o que acreditamos que deve ser feito. Em vez disso, “os mandamentos trazem uma promessa e os profetas despertam essa promessa”. Aqueles que têm coração e mente fechados não conseguem acolher “a mensagem de novidade”, trazida por Jesus, que, “é o que foi prometido pela fidelidade de Deus e dos profetas. Mas eles não entendem”:

“É um pensamento fechado, que não está aberto ao diálogo, à possibilidade de que existe outra coisa, a possibilidade de que Deus fale conosco, nos diga como é o seu caminho, como fez com os profetas. Essas pessoas não ouviram os profetas e não ouviram Jesus. É algo mais do que uma mera teimosia. Sim, é algo mais: é a idolatria de seu próprio pensamento. Eu penso assim, isso deve ser assim, e nada mais. Essas pessoas tinham um único pensamento e queriam impor este pensamento ao povo de Deus, por isso Jesus os repreende: ‘Vocês colocam sobre os ombros do povo muitos mandamentos e vocês não os tocam nem mesmo com um dedo”.
Jesus “repreende a incoerência deles”. “A teologia dessas pessoas – observou o Papa - tornou-se escrava deste esquema, desse modo de pensar: o pensamento único”:

“Não há nenhuma possibilidade de diálogo, não há possibilidade de se abrir à novidade que Deus traz com os profetas. Essas pessoas mataram os profetas; fecham a porta para a promessa de Deus. E quando na história da humanidade ocorre esse fenômeno de pensamento único, quantas desgraças. No século passado vimos todos nós as ditaduras do pensamento único, que acabaram matando tantas pessoas, mas no momento em que se sentiam patrões não se poderia pensar de outra forma. Nós pensamos assim”.

Mas “também hoje - prossegui o Papa – existe a idolatria do pensamento único”:

“Hoje temos que pensar assim, e se você não pensa assim, você não é moderno, você não está aberto, ou pior. Muitas vezes dizem alguns governantes: “Mas, eu peço ajuda, uma ajuda financeira para isso; mas se você quiser essa ajuda, você tem que pensar assim e tem que fazer essa lei, essa outra, essa outra... ' Também hoje, há uma ditadura do pensamento único e esta ditadura é a mesma dessas pessoas: pega as pedras para lapidar a liberdade dos povos, a liberdade das pessoas, a liberdade das consciência, a relação das pessoas com Deus. E hoje Jesus é crucificado de novo”.

A exortação do Senhor “diante desta ditadura – concluiu o Papa – é sempre a mesma: vigiar e rezar; não ser tolo, não comprar “coisas” que não servem e ser humildes e rezar, para que o Senhor sempre nos dê a liberdade do coração aberto, para receber a sua Palavra que é promessa, alegria e aliança! E com esta aliança ir para a frente”. (SP)



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11 de Abr Santa Madalena de Canossa, fundadora das ‘Filhas da Caridade’

Santa Madalena de CanossaA santa de hoje é fundadora das ‘Filhas da Caridade’, congregação que iniciou em Veneza, Itália. Nasceu em Verona, no ano de 1774 e faleceu com 61 anos. Mas viveu o céu já aqui, acolhendo a salvação e sendo canal dela para muitos. Perdeu cedo seus pais. Teve seu chamado à vocação religiosa, numa consagração total, mas não foi aceita na primeira tentativa, porém, não parou no primeiro obstáculo. Uma mulher mística. Pela sua vida de oração e seu amor a Jesus Crucificado, galgou degraus para uma mística profunda, sendo muito sensível à dor dos irmãos. Viveu num tempo difícil, de guerras, precisando refugiar-se em Veneza. Ali, ela discerniu o carisma como fundadora, e na prática – por causa dos órfãos, enfermos e vítimas da guerra – sua caridade era ardente e reconhecida por muitos. Napoleão Bonaparte conhecia seu testemunho e a chamava de ‘anjo da caridade’. Entrou na glória de Deus, porque deixou a glória de Deus a transformar aqui.
Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova 

COMO A FÉ DESENVOLVE A RAZÃO

Deus nos deu os sentidos, a razão e a fé. Pelos sentidos nós entramos em contato com as coisas sensíveis,
que lhes são proporcionadas; pela razão atingimos coisas superiores aos sentidos, coisas intelectuais; mas
pela fé, Deus nos dá o modo de atingirmos, por um conhecimento mais elevado, as coisas divinas e o
próprio Deus.
A razão criada por Deus, para Deus mesmo, só encontrará repouso em Deus, verdade primeira; a razão
tem pois uma necessidade inata de Deus e o procuraria naturalmente se o homem não tivesse pecado,
assim enfraquecendo-se, inclinando-se na maior parte das vezes, prendendo-se às coisas sensíveis.
A fé que Deus nos deu repara, ao menos em parte, a doença original da razão humana. Restaurando,
retificando, fortalecendo a razão, faz com que ela atinja uma ordem de conhecimento que nunca poderia
abordar: a ordem do conhecimento sobrenatural, ou das verdades reveladas por Deus.
É a fé que nos faz acreditar nas coisas invisíveis, diz São Paulo. Estas coisas invisíveis são parte daquilo
que Deus conhece. Ele se revelou por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os apóstolos e, depois deles, a
Igreja, nos transmitem a própria palavra de Deus; e por uma graça que chamamos o dom da fé recebemos
esta palavra e nos convencemos de que esta palavra é a verdade.
O homem que não tem fé, só conhece na medida de seus sentimentos e de sua razão; o homem que possui
a fé vai mais longe: percebe o insensível, atinge o invisível; em certa medida, entra na participação da
ciência e da razão de Deus.
Então faz-se em sua alma uma nova luz, superior a qualquer luz natural; e em virtude de sua superioridade,
essa luz se torna reguladora das luzes interiores que são a razão e os sentidos.
Assim tudo se subordina à fé, tudo entra na ordem sobrenatural; o olhar de nossos olhos, os pensamentos
de nosso espírito, acharam leis que os salvaguardam, os preservam dos embates, os dirigem ao bem, leis
que os fazem atingir o próprio Deus.
Nesta luz superior o homem de fé sente-se bem, é feliz: goza da verdade, ao menos tanto quanto é possível
à criatura na vida presente. Para um homem de fé, diz São Jerônimo, o mundo inteiro é um grande tesouro.
Como assim? Porque dominando todas as coisas e percebendo-as sob um novo dia que é o dia da fé, o
homem reconhece em tudo a obra de Deus; reconhece em tudo a vontade de Deus. Debaixo de todas as
coisas o homem encontra a vontade de Deus, boa, bela, perfeita. E nela o homem se alegra.
Mesmo as coisas sensíveis vistas nesta luz são para o homem de fé um grande tesouro. Como o fiel é mais
rico quando seu espírito repousa nos bens espirituais, nos invisíveis de Deus - como diz São Paulo.
Apostolado Sociedade Católica
www.sociedadecatolica.com.br
É preciso ser um São Paulo para falar dignamente destas riquezas de nossa fé; eu por mim, me limitarei a
mostrar em ação, uma fé prática dotada destes bens invisíveis de Deus.
A senhora mora em uma cidade. Qual é, na sua opinião, o lugar que lhe parece o mais importante da
localidade? Qual é o personagem que é, a seus olhos, realmente maior entre todos os que moram no lugar?
A tal questão, quantos responderiam dando o nome de um monumento, de um senhor ou uma senhora?
Quem sabe?
O homem de fé iria mais longe e diria imediatamente: Nosso Senhor Jesus Cristo presente no Santíssimo
Sacramento. Eis a verdadeira sabedoria, a verdadeira grandeza. Os olhos não vêem nada disso, é verdade;
a razão humana não a alcança, é também verdade; mas Deus nos deu a fé precisamente para nos tornar
atentos ao que nossos olhos não vêem. É a fé que nos faz acreditar nas coisas invisíveis, diz São Paulo.
Entre as coisas invisíveis, naturalmente depois de Deus, temos de contar as almas. O homem de fé está
atento às almas. Para os outros, um homem é apenas um corpo. Depois das almas, ou melhor, junto com
as almas, o homem de fé considera o estado da alma: a graça ou o pecado, seu mérito diante de Deus, seu
presente e seu futuro. Ele é solícito para com as almas; trata dos seus interesses, com Deus todos os dias,
e sempre que pode, com elas mesmo.
E é por tais atos que a fé se revela, que a fé cresce, que a fé nos leva a Deus


Fonte: Livro Cartas Sobre a Fé
Por Emmanoel André

Imitação de Cristo

Capítulo 5

Da leitura das Sagradas Escrituras

1. Nas Sagradas Escrituras devemos buscar a verdade, e não a eloquência. Todo livro sagrado deve ser lido com o mesmo espírito que o ditou. Nas Escrituras devemos antes buscar nosso proveito que a sutileza da linguagem. Tão grata nos deve ser a leitura dos livros simples e piedosos, como a dos sublimes e profundos. Não te mova a autoridade do escritor, se é ou não de grandes conhecimentos literários; ao contrário, lê com puro amor a verdade. Não procures saber quem o disse; mas considera o que se diz.
2. Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente (Sl 116,2). De vários modos nos fala Deus, sem acepção de pessoa. A nossa curiosidade nos embaraça, muitas vezes, na leitura das Escrituras; porque queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente. Se queres tirar proveito, lê com humildade, simplicidade e fé, sem cuidar jamais do renome de letrado. Pergunta de boa vontade e ouve calado as palavras dos santos; nem te desagradem as sentenças dos velhos, porque eles não falam sem razão.

Fonte: Livro Imitação de Cristo
Tomás de Kempis

9 de abr. de 2014

Audiência: sabedoria é ver e agir com os olhos de Deus

2014-04-09

Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 50 mil pessoas compareceram à Praça S. Pedro esta manhã, para a Audiência Geral com o Papa Francisco.

Durante meia-hora, o Pontífice fez o giro da Praça com o papamóvel para receber e retribuir o carinho dos fiéis. Do Brasil, havia grupos das Dioceses de Belém (PA) e de Rio Bonito (RJ).

Ao concluir na semana passada as catequeses sobre os Sacramentos, nesta quarta o Pontífice iniciou um novo ciclo: trata-se dos dons do Espírito Santo, que invocamos na antiga oração chamada “Sequência ao Espírito Santo”: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor a Deus – dons de que fala Profeta Isaías.

Falando sobre o primeiro desses dons, a sabedoria, Francisco citou o Rei Salomão, que no momento da sua coroação pediu “um coração que escuta, que saiba discernir entre o bem e o mal”. A sabedoria é justamente isso, explicou o Papa: “É a graça de poder ver cada coisa com os olhos de Deus. Às vezes vemos as coisas de acordo com a conveniência ou de acordo com o nosso coração, com amor, com ódio ou inveja. Este não é o olhar de Deus”.

A sabedoria, portanto, não nasce tanto da inteligência ou do conhecimento que podemos adquirir, mas da intimidade com Deus, “de filhos com o Pai”.

Quando estamos em comunhão com o Senhor, de certo modo o Espírito Santo transfigura o nosso coração e faz-nos sentir todo o seu calor e a sua predileção: então tudo nos fala de Deus e torna-se sinal da sua misericórdia e do seu amor. Isto torna sábio o nosso coração, não no sentido de saber tudo, de ter uma resposta para tudo, mas no sentido de que saboreia Deus: o nosso coração e a nossa vida têm o gosto, o sabor de Deus.

Como é importante ter cristãos assim nas nossas comunidades! Neles, tudo fala de Deus, tornando-se um sinal vivo e estupendo da sua presença e do seu amor. Mas isto não o podemos improvisar, nem alcançar só por nós mesmos; é um dom que Deus concede àqueles que se tornam dóceis ao seu Espírito. Todos temos dentro de nós o Espírito Santo, ao qual podemos ou não escutar. Se nós o ouvimos, teremos a sabedoria de Deus.
O Papa então deu dois exemplos práticos de “aplicação” da sabedoria de Deus: uma mãe com seus filhos e um casal de esposos. A mãe não deve repreender os filhos com nervosismo ou agitação, mas com doçura e paciência; já no matrimônio, quando brigam, os esposos não devem se olhar com “cara fechada”, mas fazer as pazes depois da tempestade.

Isso (sabedoria) não se aprende, é um presente do Espírito Santo. Por isso, peçamos ao Senhor que nos dê a sabedoria, de olhar com os olhos Deus, de sentir com Seu coração, de falar com as palavras de Deus. E com esta sabedoria devemos ir avante, construindo a família, a Igreja. Peçamos a Maria, sede da sabedoria, que nos conceda esta graça.
Na Audiência Geral, entre os inúmeros brasileiros na Praça S. Pedro estava o Bispo de Bafatá, na Guiné-Bissau, Dom Pedro Carlos Zilli.

Depois da Audiência, ele passou na Rádio Vaticano e revelou o que disse ao Papa:  



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Apelo de Francisco pela Síria: "Chega de violência e de destruição!"

2014-04-09

Cidade do Vaticano (RV) – A Audiência Geral desta quarta-feira foi a oportunidade de o Pontífice lançar seu enésimo apelo em favor da paz na Síria, por ocasião do assassinato de um sacerdote jesuíta. Eis as palavras do Pontífice:

“Segunda-feira passada, em Homs, na Síria, foi assassinado o Pe. Frans van der Lugt, meu co-irmão jesuíta holandês de 75 anos, que chegou à Síria cerca de 50 anos atrás e que sempre fez o bem a todos, com gratuidade e amor, e por isso era amado e estimado por cristãos e muçulmanos.

O seu brutal assassinato me encheu de profunda dor e me fez pensar mais uma vez nas tantas pessoas que sofrem e morrem neste martirizado País, há muito tempo refém de um conflito sangrento, que continua a provocar morte e destruição. Penso também nas inúmeras pessoas sequestradas, cristãos e muçulmanos, sírios e de outros países, entre as quais há bispos e sacerdotes. Peçamos ao Senhor que possam em breve voltar para seus caros e para suas famílias e comunidades.

De coração, convido todos vocês a unirem-se à minha oração pela paz na Síria e na região, e lanço um forte apelo aos responsáveis sírios e à comunidade internacional: calem as armas, chega de violência! Guerra nunca mais! Chega de destruição! Que o direito humanitário seja respeitado, que a população necessitada de assistência humanitária seja socorrida e se chegue à almejada paz por meio do diálogo e da reconciliação.”

Pe. Frans foi executado por dois homens no jardim da comunidade jesuíta, com dois tiros na cabeça, ao se recusar a abandonar o bairro onde morava para ficar junto com a população local. Até o momento, o assassinato não foi reivindicado.
(BF)



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8 de abr. de 2014

09 de Abril - Santa Maria de Cléofas

Maria de Cléofas, também chamada "de Cléopas", ou ainda "Clopas". É destas três formas que consta dos evangelhos o nome de seu marido, Cléofas Alfeu, irmão do carpinteiro José. Maria de Cléofas era, portanto, cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Tiago Menor e Simão, também chamados de "irmãos do Senhor", expressão semítica que indica também os primos, segundo o historiador palestino Hegésipo.

Por sua santidade, ela uniu-se à Mãe de Deus também na dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da ressurreição de Jesus (Mc 16,1): "E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo". O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: "Por que procuram o vivo entre os mortos?"

Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda a sua sofrida e milagrosa caminhada de pregação. Estava com Nossa Senhora aos pés da cruz e junto ao grupo das "piedosas mulheres" que acompanharam seus últimos suspiros. Estava, também, com as poucas mulheres que visitaram o túmulo de Cristo para aplicar-lhe perfumes e ungüentos, constatando o desaparecimento do corpo e presenciando, ainda, o anjo anunciar a ressurreição do Senhor.

Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um lugar singular e especial no coração dos católicos, neste dia que a Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica.

Fonte:  Portal Paulinas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...