15 de mar. de 2014

Retiro quaresmal – Pedir como pobre

IX Dia da Quaresma – VIII de penitência

A Palavra do Senhor Deus para a I Quinta-feira desta Quaresma fala-nos tanto da oração, uma das práticas quaresmais...
Trata-se, no caso, da oração da Rainha Ester (cf. Est 4,17ss – texto grego)...

“A Rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúgio no Senhor!”
Vê, Irmão? Aqui não há pose, não há palavras melosas ou belas, pensadas para serem bonitas!
Ester, apesar de rainha, encontra-se na miséria, numa dessas situações críticas que a existência os coloca vez por outra!

Ah, Irmão! A sua, a minha vida é tão precária! Vivemos sempre à beira da morte, à borda do desastre...
Quem pode garantir a vida? Quem pode nos conservar as pessoas às quais amamos? Quem pode nos garantir a saúde, os amigos, os bens?
Pobres, pendurados numa existência incerta, todos nós - eis a nossa situação, queiramos ou não, dela tenhamos consciência ou dela fujamos covardemente, infantilmente! Não adianta o orgulho, de nada serve a pose de rico, a falsa segurança de onipotente que, iludido, alguém tenha e todos nós, de certo modo, possamos alimentar em nós...
Senhor meu, Deus meu Salvador, Senhor da verdade, “ensina-nos a contar nossos dias, e assim teremos um coração sábio!” (Sl 90/89,12); "acaso não é uma luta, a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como os de um assalariado? Meus dias correm mais rápido que a lançadeira e se consomem, tendo acabado o fio. Lembra-Te de que minha vida é apenas vento..." (Jó 7,1.6)

Ester, no seu aperto, na sua miséria, “buscou refúgio no Senhor!”
A oração não é um faz-de-conta, não é uma brincadeira! Ester reza num momento de crise, à beira da morte, buscando refúgio no Senhor, sabendo que nada nem ninguém neste mundo a pode socorrer! Essa mulher reza suplicando, reza porque precisa, reza porque está no aperto... Ester reza porque o ser humano, por grande que se ache e senhor dos planos que se julgue, é pobre, insuficiente, finito... É, na verdade, "Adão", vindo da terra, do pó (adamah), terroso, bicho frágil, perecível... "Lembra-te, ó homem: és pó e ao pó tornarás!" Os filhos dos homens precisam abrir-se ao Eterno, ao Senhor; precisam pedir, suplicar, buscar Nele socorro e aconchego, misericórdia, piedade e proteção! E isto não nos diminui, mas aumenta: mostra-nos que somos amados, guardados, revela-nos que há um trono no Céu e, nele, Alguém sentado (cf. Ap 4,2), um Deus que tudo dirige misteriosa e amorosamente e tem a nossa pobre vida em Suas mãos benditas! Ah, Senhor, "em Ti espero! Repito: és Tu o meu Deus. Na Tua mão está o meu destino! Mostra ao Teu servo a tua Face, salva-me na tua bondade! Senhor, que eu não seja confundido ao Te invocar!" (Sl  31/30,15ss)

Irmão, você reza suplicando? Reza intercedendo? Reza com insistente perseverança? Já rezou alguma vez chorando? A oração com lágrimas é tão agradável ao Senhor Deus...

Suplicar ao Senhor, Nele procurar refúgio é reconhecer nossa pobreza, nossa insuficiência, nossa incapacidade... É proclamar a Sua grandeza, Sua presença, Seu amor providente...

Observe que Ester reza prostrando-se...
Nossa atitude diante do Santo deve ser de reverência, de respeito. Os ritos são essenciais na nossa prática religiosa. Jesus, nosso Senhor, teve carinho, respeito, virtude de religião em relação ao Altíssimo. Certamente, os gestos e ritos exteriores devem ser acompanhados por uma sincera piedade interior! No entanto, estejamos atentos, porque a atitude interior e a prática exterior se completam e se condicionam mutuamente!

Nunca dê crédito aos minimalistas, que tomam Deus por compadre, dizendo sempre “precisa não”, “não é essencial”. Falsos profetas, desgostosos e descuidados de Deus! Esse pensam que o Senhor é uma ideia! Desconhecem a estrutura do homem, o seu coração, e as Escrituras! O homem é um ser de rito, de símbolo, de gesto! Tanto é verdade que o Senhor quis mostrar Sua proximidade encarnando-Se, mostrando-Se, fazendo-Se matéria, gente, de corpo e alma humanos, para ser visto, tocado, ouvido, abraçado! e a cruz? Não é um modo concreto, material, ritual de o Senhor dizer-nos que nos ama, que o pecado mata, que o amor se dá e transfigura! Deus faz-Se matéria; o diabo é que permanece imaterial, espírito puro! Cuidado com os que querem reduzir o cristianismo a intenções, a ideias, ao mínimo, ao "precisa não", ao "não é essencial"... Farão o cristianismo desaparecer, como algo insignificante e desnecessário, etéreo, distante, desencarnado, cerebral...

Esses vive, na verdade, m do que não é essencial, vivem de pregar ideias e fazer coisas... Achando que o cristianismo é um fazer, é uma moral, uma filantropia, simplesmente, ignoram o temor de Deus, não têm presente que o Senhor é Santo e deve ser amado, adorado, servido simplesmente porque é Deus, o Eterno... Como me dizia uma senhora idosa do sertão sergipano, ao referir-se a Deus e o que Lhe diz respeito: “É coisa fina, Senhor Bispo!” Ah, velhinha sábia! Deus é coisa fina! Para Ele o melhor, para Ele o cuidado, para Ele o precioso, para Ele o cuidado, para Ele a delicadeza, para Ele tuto, porque Ele é tudo! Quem se contenta com o mínimo, quem vive dizendo “não é essencial”, é porque, na verdade, contenta-se com o acessório do cristianismo, perdeu os carinhos para com o Senhor (Ele sim, o único Essencial!), a virtude de religião, o espírito de piedade! “Não sigais essa gente!”(Lc 21,8). Não conhecem o Senhor, não sabem nada das Suas ternuras; são esses, no máximo, Seus funcionários, não Seus amigos... Falam Dele, mas não O conhecem!

A oração deve ser piedosa, perseverante, respeitosa... Nossa prática religiosa deve cheia de atenção, respeito e veneração pelo Senhor: "Tira as sandálias dos pés! O lugar onde pisas é santo!" (Ex 3,5) Foi assim que Jesus fez, foi assim que Ele Se dirigiu ao Seu Deus e Pai, Ele o Filho, o Bendito, o Amado, o Eterno! Jesus nunca tomou Deus por compadre!

Ester reza, Ester confia, Ester insiste, Ester espera, Ester reconhece-se pequena, pobre, desvalida...
Ester confia no Senhor, Ester coloca diante Dele a sua causa...

Pergunte-se:
Como vai sua relação com o Senhor?
Você tem respeito para com o Altíssimo e Sua coisas? Tem virtude de religião?
Como é sua oração?
Você pede, como o Senhor manda pedir?
Você é soberbo, prepotente, autossuficiente a ponto de nunca pedir nada ao Senhor?
Você é tão ingênuo e presunçoso, a ponto de pensar: "A Deus só agradeço; não peço nada?" Recorde do preceito do Senhor: "Pedi e recebereis!"
Pense... Que tal, nesta Quaresma, pedir mais: pelo mundo, pelos que estão nas trevas, pela sua própria perseverança, pelo sustento da sua fé, pelos que você ama, pelos que você não ama?

Por Dom Henrique Soares da Costa 
Fonte: http://visaocristadomhenrique.blogspot.com.br/

Retiro quaresmal – Uma misericórdia que desconhece fronteiras e limites

VIII Dia da Quaresma – VII de penitência

Vai atrasada, esta meditação. Consequência da vida um Bispo que se mete a evangelizar pelo mundo virtual quando seu tempo no mundo real é cheio de afazeres... Mas, teimarei, ainda assim. Continuarei teimando! Vai aqui a meditação para quarta-feira passada. Que fazer? Melhor tarde que nunca!

A Palavra de Deus deste hoje nos mostra o Profeta Jonas às voltas com os habitantes de Nínive (cf. Jn 3,1-10). O Senhor lhe ordena: “Levanta-te e põe-te a caminho da grande cidade de Nínive e anuncia-lhe a mensagem que Eu te vou confiar”. Impressionante que o Senhor tenha algo a dizer a Nínive, capital dos assírios! Esse povo, nas Escrituras, é símbolo de impiedade, violência, rapina e selvageria! Povo cruel, os assírios, povo que vivia do saque, da guerra, da conquista! Como o Eterno poderia enviar um israelita a um povo assim?

Mas, tem algo ainda mais surpreendente: o Senhor deseja salvar os ninivitas: “Ainda quarenta dias e Nínive será destruída!” O Senhor Se preocupa com esses cruéis! No Seu coração há espaço para esses pagãos, há amor para esses perversos! O Senhor lhes dirige uma palavra de ameaça para despertar-lhes a consciência, para corrigi-los, para salvá-los!

Ah, Senhor! Tu és Bom! Tu és compaixão e misericórdia, ternura e piedade! “O mundo inteiro, diante de Ti,
É como um pequenino peso na balança,
Como uma gota do orvalho da manhã que cai sobre a terra.
Entretanto, de todos tens compaixão porque tudo podes,
E fechas os olhos aos pecados dos mortais,
Para que se arrependam.
Sim, amas tudo o que existe
E não desprezas nada do que fizeste;
Porque, se odiasses alguma coisa, não a terias criado.
Da mesma forma, como poderia alguma coisa subsistir,
Se não a tivesses querido?
Ou como poderia ser mantida na existência,
Se por Ti não tivesses sido chamada?
A todos, porém, tratas com bondade,
Porque tudo é Teu, Senhor, Amigo da vida!” (Sb 11,22-26).

O santo tempo da Quaresma nos convida a abrir o coração à medida do Coração de Deus! Ter compaixão, ter misericórdia, ir ao encontro daqueles de quem nos afastamos ou afastamos de nós!
Seu irmão pecou? Seu irmão escandalizou? Seu irmão foi-lhe ingrato?
Perdoe por amor ao Senhor que a todos perdoa,
Aproxime-se dele, por amor ao Senhor que de todos Se aproxima!

Seu irmão encontra-se no erro, na treva?
Com paciência, com humildade, com paciente compaixão,
Procure corrigi-lo, alertá-lo, trazê-lo de volta, como o Senhor que de todos cuida!

É importante notar também que a misericórdia do Senhor não é tola, não é boazinha!
Nínive deve se converter!
Não há salvação a preço baixo! Não se esconde a verdade! Não se mascara os preceitos do Senhor!
Conversão!
Conversão!
Conversão!

Sem conversão, eu e você morreremos, seremos destruídos, pois viveremos distantes Daquele para Quem fomos criados e em Quem temos a Vida!
Não adianta o mundo nos iludir, gritando: Não é pecado!
O Senhor nos diz: É pecado!
Não adianta os sabichões soberbos quererem nos justificar, raciocinando: Não é pecado!
O Senhor insiste: É pecado!
Não adianta a nossa consciência laxa, envolvida na moita das trevas, nos cochichar, tentando nos aliviar: Não é pecado!
O Senhor teima, severo: É pecado!

Só o Senhor justifica! Só o Santo perdoa! Só o Altíssimo absolve!
E o passo para isto é o reconhecimento do pecado! É pecado!
E a humildade de pedir perdão! Do pecado!
E o sincero desejo de mudar de vida! De romper com o pecado!

A você, a mim, caro Irmão, compete a misericórdia invencível, incansável para com os demais
E o severo exame da nossa própria consciência!
Nunca se cansar de tentar salvar o irmão!
Nunca descansar no próprio pecado! Nunca justificá-lo!
Só o Senhor o justifica, quando o reconhecemos e dele nos arrependemos!

E os ninivitas? Que surpresa!
Malditos perversos, sem conversão!
Malditos cruéis sem conserto!
E, no entanto, que surpresa:
Se convertem, fazem penitência, decidem mudar de vida!
Escutam a voz do profeta do Deus de Israel, Deus de um outro povo!

Que lição para nós!
A disponibilidade de escutar a Palavra de Deus desses ninivitas é maior que a nossa,
A atenção aos enviados de Deus desses pagãos é maior que a nossa,
A compunção desses cruéis infiéis é maior que a nossa!

Estamos levando a sério a exortação à penitência que o Senhor nos faz neste Quaresma?
Que atitudes, que obras concretas estamos realizando para exprimir nossa penitência e nossa conversão!

“Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir a ira que está para vir?” (Mt 3,7).

Por Dom Henrique Soares da costa 

http://visaocristadomhenrique.blogspot.com.br/

Formas de penitência e suas razões

O corpo humano pode ser comparado a uma criança mimada, aquela que deseja ter todas as suas vontades satisfeitas e, mesmo que isso ocorra, ela ainda é irritadiça, preguiçosa e indolente. Assim é o ser humano, assim é o corpo humano.
Quanto mais come, mais letárgico fica; quanto mais dorme, mais sono tem; e assim por diante. Trata-se da primeira consequência do pecado original, da mãe de todas as doenças: a filáucia, que pode ser definida como o amor de si contra si e cujo lema é “foge da dor, busca o prazer”.
Esse lema está muito presente na sociedade moderna, que incentiva a busca desenfreada pelo prazer, pela satisfação de todos os desejos, representado pela “liberdade”. Enquanto isso, o ser humano se torna cada vez mais vazio e menos resistente à dor. Não suporta ser contrariado e se desestrutura quando perde algo ou alguém. Pudera, não foi ensinado a isso, não exercitou a moderação, não praticou a ascese e a disciplina.
O tempo da Quaresma está chegando. A Igreja ensina e estimula o católico a praticar o jejum, a oração e a esmola. Essas três formas de penitência são um remédio para o combate das doenças espirituais, sendo que o jejum auxilia no combate à gula, a oração no combate ao orgulho e à soberba, e a esmola no combate à avareza. São exercícios que, se feitos com seriedade, têm a capacidade de arrancar o cristão católico das garras do relativismo que domina o mundo atualmente.


Fonte: http://padrepauloricardo.org/

14 de mar. de 2014

Papa agradece as meditações do pregador

2014-03-14

Cidade do Vaticano (RV) – Após o canto das Laudes e da meditação final, do mons. Angelo de Donatis, pároco da Igreja de São Marcos evangelista, no Capitólio, em Roma, Papa Francisco e seus colaboradores da Cúria Romana concluíram, nesta sexta-feira, os Exercícios Espirituais, que se realizaram na Casa Divino Mestre, em Ariccia, perto de Roma.

Ao término dos Exercícios Epirituais, o Santo Padre dirigiu umas palavras de agradecimento ao pregador, Pe. Angelo, em seu nome e de todos os presentes, pela sua ajuda nestes dias, o seu acompamhamento, e a sua escuta.

"Nós, agora, voltamos para casa com a boa semente: a da Palavra de Deus. É uma boa semente: o Senhor enviará a chuva e esta semente crescerá! Crescerá e produzirá frutos. Agradeçamos ao Senhor por esta semente e pela chuva. Mas, quero agradecer também pelo semeador, que soube semear a semente”.
O Pontífice agradeceu ao Pregador pelas suas meditações, pedindo-lhe para continuar a pregar a este “sindicato de fiéis”, a fim de atingir o objetivo. Todos nós, concluiu, somos pecadores, mas, ao mesmo tempo, também temos a necessidade de seguir Jesus de perto, sem perder a esperança na promessa e também sem perder o sentido do humorismo. Obrigado, Padre Angelo.

Dito isso, Francisco retormou o ônibus para voltar ao Vaticano, com os membros da Cúria Romana. (MT)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

14 de Março - Santa Matilde


Santa Matilde
895-968
Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

Fonte: Portal Paulinas 

Imitando as virtudes de Maria

Paciência Heróica: Nossa Senhora passou por muitos momento estressantes de provação, de incomodo e de dor, durante toda sua vida, mas suportou tudo com paciência. Sua tolerância era admirável! Nunca se revoltou contra os acontecimentos, nem mesmo quando viu o próprio filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus e meditava tudo isso em seu coração. Maria, nossa mãe, teve sempre paciência, sabendo aguardar em paz aquilo, que ainda não se tenha obtido, acreditando que iria conseguir, pela espera em Deus.
Imitando essa virtude: Ter paciência é não perder a calma, manter a serenidade e o controlo emocional. Além disso é saber suportar, como Maria, os desabores e contrariedades do dia a dia, saber suportar com paciências nossas próprias cruzes. Devemos saber ouvir as pessoas com calma e atenção, sem pressa, exercitando assim a virtude da caridade. Fazer um esforço para nos calarmos frente aquelas situações mais irritantes e estressantes. Quando houver um momento de impaciência pode-se rezar uma oração, como por exemplo, um Pai-nosso, buscando se acalmar para depois tentar resolver o conflito. Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor ou do frio, do abafamento no autocarro lotado, do tempo que levamos sem comer nada... Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você...!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”, “Estou farto disso!”. Fugir da ira, se calando ou rezando nesses momentos. A paciência se opõe a Ira! “Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança.”(Rom. 5,3-4) “Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, esta­rá sujeito ao inferno de fogo.”(Mat 5,22).

Contínua Oração: Nossa Senhora era silenciosa, estava sempre num espírito perfeito de oração. Tinha a vida mergulhada em Deus, tudo fazia em Sua presença. Mulher de oração e contemplação, sempre centrada em Deus. Buscava a solidão e o retiro pois é na solidão que Deus fala aos corações. "Eu a levarei à solidão e falarei a seu coração (Os 2, 14)" Em sua vida a oração era contínua e perseverante, meditando a Palavra de Deus em seu coração, louvando a Deus no Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores tremendas que sentiu na crucificação de Jesus, etc.
Imitando essa virtude: Buscar uma vida interior na presença de Deus, um “espírito” contínuo de oração. Não se limitar somente as orações ao levar, ao se deitar e nas refeições, estender a oração para a vida, no trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações, buscando a vontade de Deus em sua vidas. "Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai". (Cl 3,17). e "Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a acção de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus."(Fil 6,6-7).
Obediência Perfeita: Maria disse seu “sim” a Deus e ao projecto da salvação, livremente, por obediência a vontade suprema de Deus. Um “sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada, sem reservas, sem impor condições. Durante toda a vida Nossa Mãezinha foi sempre fiel ao amor de Deus e em tudo o obedeceu. Ela também respeitava e obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus.
Imitando essa virtude: O Catecismo da Igreja Católica indica que a obediência é a livre submissão à palavra escutada, cuja verdade está garantida por Deus, que é a Verdade em si mesma. Esforcemo-nos para obedecer a requisitos ou a proibições. A subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo que é proibido, nos faz crescer. Rezar pelos superiores. Obedecer sempre a Deus em primeiro lugar e depois aos superiores. Obedecer a Deus é obedecer seus Mandamentos, ser dócil a Sua vontade. Também é ouvir a palavra e a colocar em prática. “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Luc 1, 38).

Mãe do Supremo Amor: Nossa Mãe cheia de graça ama toda a humanidade com a totalidade do seu coração. Cheia de amor, puro e incondicional de mãe, nos ama com todo o seu coração imaculado, com toda energia de sua alma. Nada recusa, nada reclama, em tudo é a humilde serva do Pai. Viveu o amor a Deus, cumprindo perfeitamente o primeiro mandamento. Fez sempre a Vontade Divina e por amor a Deus aceitou também amar incondicionalmente os filhos que recebeu na cruz. Era cheia da virtude da caridade, amou sempre seu próximo, como quando visitou Isabel, sua prima, para a ajudar, ou nas bodas de Caná, preocupada porque não tinham mais vinho.
Imitando essa virtude: Todos os homens são chamados a crescer no amor até à perfeição e inteira doação de si mesmo, conforme o plano de Deus para sua vida. Devemos buscar o verdadeiro amor em Deus, o amor ágape, que nos une a todos como irmãos. Praticar o amor ao próximo, a bondade, benevolência e compaixão. O amor é doação, assim como Maria doou sua vida e como Jesus se doou no cruz para nos salvar, também devemos nos doar ao próximo, por essa razão o amor é a essência do cristianismo e a marca de todo católico. "Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – estes três. Porém, o maior deles é o amor." (I Cor. 13,13).

Mortificação Universal: Maria, mulher forte que assume a dor e o sofrimento unida a Jesus e ao seu plano de salvação. Sabe sofrer por amor, sabe amar sofrendo e oferecendo dores e sacrifícios. Sabe unir-se ao plano redentor, oferecendo a Vítima e oferecendo-se com Ela. Maria empreendeu, e abraçou uma vida cheia de enormes sofrimentos, e os suportou, não só com paciência, mas com alegria sobrenatural. Nada de revolta, nada de queixas, nada de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à meditação para buscar entender o motivo que leva um Deus perfeito a permitir aqueles acontecimentos. Pela meditação, pela submissão, pela humildade, Ela encontrou a verdade.

Imitando essa virtude: Muitas vezes Deus nos envia provações que não compreendemos, portanto devemos seguir o exemplo de Nossa Senhora e meditar os motivos que levam um Deus perfeito a permitir essas provações, aceitá-las e saber oferecer todas as nossas dores a Jesus em expiação dos nossos pecados, pelos pecados de todos e pelas almas, unindo nossos sofrimentos aos sofrimentos de Jesus na Cruz. Não devemos oferecer somente os grandes sofrimentos, devemos oferecer também o jejum, fugir do excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecer alguns sacrifícios a Deus, seja no comer (renunciar de algum alimento que se tenha preferência ou simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede), nas diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo. É indispensável sorrir quando se está cansado, terminar uma tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades daquelas pessoas que nos são caras e não só os próprios. Oferecer os sofrimentos, desconfortos da vida, jejuns e sacrifícios a Deus pela salvação das almas. “Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta.” (Lamentações 1,12).

Doçura Angélica: Nossa Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura angélica inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem os demónios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor.

Imitando essa virtude: A doçura é uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera. A doçura é antes de tudo uma paz, a manifestação da paz que vem do Senhor. É o contrário da guerra, da crueldade, da brutalidade, da agressividade, da violência… Mesmo havendo angústia e sofrimento, pode haver doçura. “Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência.” (Col. 3,12).
Fé Viva: Feliz porque acreditou, aderiu com seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem ver, sem entender, sem perceber. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque acreditou nas palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendéncia. Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45). A inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas: - A prova do invisível: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; - A prova do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; - A prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado e crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Senhora da fé, viveu intensamente sua adesão aos planos de Deus com humildade e obediência.
Imitando essa virtude: A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e viver de acordo com o que se crê. “Porque assim como sem o espírito o corpo está morto, morta é a fé, sem as obras” Tg (2,26). Ter fé é acreditar que se recebe uma graça muito antes de a possuir e é, acima de tudo, ter uma confiança inabalável em Deus! “Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá.” (Luc 17,6).
Pureza Divina: Senhora da castidade, sempre virgem, mãe puríssima, sem apego algum as coisas do mundo, Deus era o primeiro em seu coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o coração, centrados no Senhor. O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez dela a criatura mais radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade Perpétua na alma e no corpo de Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal de Jesus por obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal. Para resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do pecado original, portanto imaculado, de Maria de Nazaré.
Imitando essa virtude: Esta preciosa virtude leva o homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o próprio Jesus Cristo. Nossa Senhora disse, na aparição de Fátima, que os pecados que mais mandam almas para o inferno, são os pecados contra a pureza. Não que estes sejam os mais graves, e sim os mais frequentes. Praticar a virtude da castidade, buscando a pureza nos pensamentos, palavras e acções! Os olhos são os espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com malícia perde a pureza. Portanto, coloque seus olhos em contemplação, por exemplo na Adoração, e receba a luz que santifica. Quem luta pela castidade deve buscá-la por três meios: o jejum, a fugida das ocasiões de pecado e a oração. “Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de verdade” (I Cor.5,8).
Referência:

As Virtudes de Nossa Senhora. Disponível em: http://mariaportadoceu.blogspot.com/2009/10/as-virtudes-de-nossa-senhora.html Acesso em: 29 Março 2011.

Qual a Diferença entre os Sacramentos e os Sacramentais?

Os sacramentos foram instituídos por Cristo Jesus para outorgar graça e santificar.
O sacerdote evoca através, das palavras ensinadas por Nosso Senhor Jesus Cristo, a graça; e ela se manifesta santificando os objetos e as pessoas,purificando-os. Conduzindo-os à salvação.
Os sacramentais, por seu turno, foram instituídos pela Igreja, com a autoridade investida por Nosso Senhor Jesus Cristo, para cumprir sua missão salvífica na Terra.
Os sacramentais são “signos sagrados imitando de alguma maneira os sacramentos, expressam efeitos, principalmente espirituais, obtidos pela intercessão “Catecismo n.1667; cf. Lei Canônica (Canon 1166).
Eles operam “ex opere operantis ecclesiae”,literalmente do latim: “por ação da Igreja ”
Os Sacramentos,por sua vez efetivam-se “ex opere operato”, ou seja por sua ação própria, pela ação mesma da graça.

Sermão sobre a Quaresma - São Leão Magno

Há muitas batalhas dentro de nós: a carne contra o espírito, o espírito contra a carne. Se, na luta, são os desejos da carne que prevalecem, o espírito será vergonhosamente rebaixado de sua dignidade própria e isto será uma grande infelicidade, de rei que deveria ser, torna-se escravo. Se, ao contrário, o espírito se submete ao seu Senhor, põe sua alegria naquilo que vem do céu, despreza os atrativos das volúpias terrestres e impede o pecado de reinar sobre o seu corpo mortal, a razão manterá o cetro que lhe é devido de pleno direito, nenhuma ilusão dos maus espíritos poderá derrubar seus muros; porque o homem só tem paz verdadeira e a verdadeira liberdade quando a carne é regida pelo espírito, seu juiz, e o espírito governado por Deus, seu mestre. É, sem dúvida, uma preparação que deve ser feita em todos os tempos: impedir, por uma vigilância constante, a aproximação dos espertíssimos inimigos. Mas é preciso aperfeiçoar essa vigilância com ainda mais cuidado, e organizá-la com maior zelo, nesta época do ano, quando nossos pérfidos inimigos redobram também a astúcia de suas manobras. Eles sabem muito bem que esses são os dias da santa Quaresma e que passamos a Quaresma castigando todas as molezas, apagando todas as negligências do passado; usam então de todo o poder de sua malícia para induzir em alguma impureza aqueles que querem celebrar a santa Páscoa do Senhor; mudar para ocasião de pecado o que deveria ser uma fonte de perdão.

Meus caros irmãos, entramos na Quaresma, isto é, em uma fidelidade maior ao serviço do Senhor. É como se entrássemos em um combate de santidade. Então preparemos nossas almas para o combate das tentações e saibamos que quanto mais zelosos formos por nossa salvação, mais violentamente seremos atacados por nossos adversários. Mas aquele que habita em nós é mais forte do que aquele que está contra nós. Nossa força vem d’Aquele em quem pomos nossa confiança. Pois se o Senhor se deixou tentar pelo tentador foi para que tivéssemos, com a força de seu socorro, o ensinamento de seu exemplo. Acabaste de ouvi-lo. Ele venceu seu adversário com as palavras da lei, não pelo poder de sua força: a honra devida a sua humanidade será maior, maior também a punição de seu adversário se Ele triunfa sobre o inimigo do gênero humano não como Deus, mas como homem. Assim, Ele combateu para que combatêssemos como Ele; Ele venceu para que também nós vencêssemos da mesma forma. Pois, meus caríssimos irmãos, não há atos de virtude sem a experiência das tentações, a fé sem a provação, o combate sem um inimigo, a vitória sem uma batalha. A vida se passa no meio das emboscadas, no meio dos combates. Se não quisermos ser surpreendidos, é preciso vigiar; se quisermos vencer, é preciso lutar. Eis porque Salomão, que era sábio, diz: Meu filho, quando entras para o serviço do Senhor, prepara a tua alma para a tentação (Eclo. 2,1). Cheio da sabedoria de Deus, sabia que não há fervor sem combate laborioso; prevendo o perigo desses combates, anunciou-os de antemão para que, advertidos dos ataques do tentador, estivéssemos preparados para aparar seus golpes.
 Fonte: http://www.veritatis.com.br/

13 de mar. de 2014

Card. Hummes: "O Espírito falou em mim"

2014-03-13




Cidade do Vaticano (RV) - Um ano atrás, a maior parte dos jornalistas, e entre eles, a equipe da RV, não tinha a menor idéia de quem seria o sucessor de Bento XVI. E ainda hoje, até alguns cardeais admitem que a eleição de Jorge Mario Bergoglio foi substancialmente uma surpresa. Talvez não tenha sido assim, e não obstante as fontes contem os fatos de modos diferentes, uma só coisa é certa: que o Espírito Santo foi ajudado por mãos humanas a realizar a sua obra. E que um papel central foi desempenhado pelo cardeal brasileiro Cláudio Hummes.

Sim, mas eu também digo que foi apenas a minha boca que falou, mas o Espírito Santo que disse. Isto para mim é muito claro. Não que eu não tivesse absoluta consciência do que estava dizendo. Eu não havia preparado nada. Estava sentado ao lado dele, segundo a precedência estabelecida pelo protocolo destas grandes ocasiões. O processo foi chegando a uma conclusão.. e naquela contagem de votos, quando se chegou ao número suficiente para ele estar eleito, houve um grande aplauso. Eu, que estava sentado ao seu lado, o abracei, dei-lhe um beijo no rosto, e na hora me veio de dizer no ouvido dele, não em voz alta: ‘não te esqueça dos pobres’”. 

“Na hora, ele estava muito concentrado, muito quieto porque a contagem dos votos prosseguiu por mais ou menos 2 ou 3 minutos. O Papa diz que naquele meio tempo a questão dos pobres lhe entrou na cabeça, no coração, lembrando-se dos pobres de Buenos Aires, da América Latina. Aí lhe ocorreu São Francisco, homem dos pobres, mas como disse aos jornalistas, também o homem da paz, da preservação da natureza... e ele disse ‘É este o nome’”. 

“Então ele foi chamado lá no meio, onde o dirigente do conclave fez a pergunta ‘aceita?’, e ele com uma expressão muito humilde disse que aceitava, e segundo o ritual, anunciou o nome: Francisco, São Francisco de Assis, por causa dos pobres”.

“Isto foi uma surpresa muito grande para todos nós, inclusive para mim. Ele escreveu ‘Francisco’. Eu não tinha feito a relação que este nome veio por causa da sugestão que eu lhe havia dado em seu ouvido. Foi ele que o disse aos jornalistas. Então eu de fato, para mim, tranquilamente, digo que minha boca falou, mas quem falou mesmo foi o Espírito”.

(CM)




Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

O jeito Francisco de ser

Confira alguns gestos inusitados que marcaram o primeiro ano de pontificado do Papa Francisco.


AFP/Filippo Monteforte
Os gestos do Papa Francisco ganharam repercussão nas principais redes de comunicação do mundo. Ações simples, comuns, algumas quebras de protocolo, a proximidade do povo e o sorriso fácil do Pontífice garantiram sua popularidade neste primeiro ano de pontificado. Confira a lista elaborada pela Aleteia de cinco atitudes que marcaram o início da missão de Francisco como Pontífice da Igreja.

Telefonemas 

Ligacoes
Do jornaleiro de Buenos Aires a uma jovem que pensava em abortar o filho: foram muitas as histórias dostelefonemas do PapaFrancisco durante este ano. Em uma delas, não atendida, o Papa deixou o recado na secretária eletrônica de um convento carmelita. “Aqui é o PapaFrancisco. Eu queria oferecer minhas saudações pelo fim do ano. Talvez eu tente ligar novamente depois. Que Deus abençoe vocês". Em outra convidou um sacerdote para confessá-lo no Vaticano. E ainda ficou cerca de dez minutos conversando com um jovem italiano. Muitas das das ligações inesperadas eram respostas diretas a cartas recebidas.

Em entrevista dada ao jornal italiano Corriere della Sera, o Papa Franciscodisse que muitas vezes as pessoas não acreditam que é ele quem está ao telefone. Revelou que, quando era padre em Buenos Aires, era mais simples ligar para as pessoas, e isso se tornou um hábito, um serviço, mas não é tão fácil hoje continuar telefonando para as pessoas que enviam cartas a ele como naquele tempo.

Quebras de protocolo

maleta pessoalLogo que foi eleito, oPapa Franciscomostrou suasimplicidade. Decidiu morar na hospedaria Santa Marta, no Vaticano, em vez de ficar na casa pontifícia preparada para recebê-lo.

Também não quis usar o anel de Pescador feito em ouro; em vez disso, ele usa um de prata, mais discreto. Seus sapatos pretos já um pouco envelhecidos, a roupa preta por baixo da batina branca, o carro sempre com a janela aberta: todos esses detalhes mostram a coerência do jeitoFrancisco de ser.

“O Papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos como todos. Uma pessoa normal”, comentou o Pontífice.

Bom Humor

bom humorO sorriso nos lábios é uma das características marcantes deFrancisco. Com seubom humor, o Papasoube se sair muito bem em situações geralmente tensas. Em uma entrevista durante a última JMJ no Rio de Janeiro, disse: “Estamos bem resolvidos: o Papa é argentino e Deus é brasileiro”. E aos moradores de Varginha, falou sobre a partilha, afirmando que sempre é possível “colocar mais água no feijão”.

Em outra ocasião, durante um almoço com os cardeais logo após sua eleição no conclave, brindou com os purpurados dizendo: “Que Deus vos perdoe pelo que fizeram”. Também demonstrou o bom humor em seus discursos e homilias, independentemente do público a que se dirigia.

Opção preferencial pelos pobres

opcao pelos pobresNa sua primeira Semana Santa como pontífice,Francisco fez questão de lavar os pés de jovens detentos, incluindo algumas mulheres. A cerimônia – fechada e sem transmissão pelo Centro Televisivo Vaticano – contou com a participação de mais de 50 detentos.

“Isso é um símbolo e um gesto: lavar os pés quer dizer que estou a serviço", disse ele durante a Missa. Neste ano, o Papa também convidou 200 moradores de rua para um jantar nos Jardins do Vaticano e comemorou seu aniversário com outros três, um deles acompanhado do seu cachorro, em um almoço particular.

Os beijos do Papa

doenteUma das imagens mais marcantes deste primeiro ano depontificado foi o beijo que o Papa deu em um homem que ficou com orosto desfiguradodepois de ser baleado na face. Outro momento inesquecível foi seu abraço e beijo em um homem deformado pela neurofibromatose. Sem se preocupar com a doença ou o grau da enfermidade, Francisco acolheu, acariciou e confortou o enfermo. A imagem impactou o mundo e foi comparada por alguns ao beijo de SãoFrancisco a um leproso.

Estes gestos de proximidade e acolhida demonstrados pelo Papa tocam o coração dos milhares de peregrinos que se reúnem a cada semana ao redor dele, na esperança de também tocá-lo, abraçá-lo ou receber um beijo seu. As crianças estão na lista dos privilegiados.

Durante suas audiências públicas das quartas-feiras, o Pontífice faz questão de acariciar e beijar todas as pessoas das quais se aproxima. “Para mim, é Deus que nos toca. Se um sacerdote normal já nos emociona, imagine o Papa!”, contou à Aleteia, contendo as lágrimas, Gabriela Perez, tia de Marcos, o menino de apenas um ano que foi beijado por Franciscoem uma das audiências gerais.
Fonte: http://www.aleteia.org/

13 de Março - Santa Eufrásia

Santa Eufrásia
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Eufrásia, cujo nome em grego significa alegria, nasceu no ano 380, na Ásia Menor e cresceu durante o reinado do imperador Teodósio, de quem seus pais eram parentes. Portanto, foi educada para viver na corte, rodeada pelos prazeres e luxos. Mas, nunca se sentiu atraída por nada disso, mesmo porque, seus pais também viviam na humildade, apesar da fortuna que possuíam. 

Depois que ela nasceu, filha única, o casal decidiu fazer voto de castidade. Desejavam viver como irmãos, para melhor se dedicarem a Deus. Quanto à jovem, desde pequena fazia jejuns e orações que chegavam a durar alguns dias. Com a morte de seu pai, a sua mãe que começou a ser cortejada, resolveu se retirar para o Egito. Lá, com sua fortuna, também intensificou a caridade da família, levando com freqüência Eufrásia em suas visitas aos conventos e hospitais que ajudava a manter.

Numa dessas visitas a um convento, quando Eufrásia tinha apenas sete anos, ela pediu para não voltar para casa. Queria ficar definitivamente alí. Os registros mostram que, apesar da pouca idade, acompanhava as religiosas em todos os seus afazeres com disciplina e pontualidade, que chegavam a impressionar por sua maturidade. O tempo passou, sua mãe faleceu e Eufrásia continuava no convento.

Vendo-a assim órfã, o imperador, seu parente, procurou por ela e lhe ofereceu a proposta que recebera de um senador, que a desejava desposar. O que, além de lhe dar estabilidade social aumentaria consideravelmente sua já enorme fortuna. Contudo Eufrásia recusou, confirmando que desejava continuar na condição de virgem e seguir a vida religiosa. Aliás, não só recusou como pediu ao governante para distribuir todos seus bens entre os pobres.

Os registros narram inúmeras graças e fatos prodigiosos ocorridos através de Eufrásia. Consta que curou um menino à beira da morte com o sinal da cruz.

Certo dia sua superiora teve uma visão, onde era avisada da morte de Eufrásia e sua futura proclamação como santa. A jovem nada sentia, mas mesmo assim fez questão de receber os sacramentos e como previsto, no dia seguinte, foi acometida de uma febre fortíssima e ela morreu. Era o ano 412 e Eufrásia foi sepultada no convento que tanto amava. 

O culto à Santa Eufrásia é muito difundido no Oriente e Ocidente, pela singeleza de sua vida e pelas graças que até hoje ocorrem por sua intercessão. Sua festa litúrgica acontece no dia 13 de março, data provável de sua morte.

Fonte:Portal Paulinas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...