1 de mar. de 2014

O pecador aflige o Coração de Deus - Meditação de Santo Afonso para os dias de Carnaval (Parte I)

Exacerbavit Dominum peccator: secundum multitudinem irae suae non quaeret ― "O pecador irritou ao Senhor: não se importa da grandeza de sua indignação" (Ps. 9, 24).

Sumário. Não há dissabor maior do que ver-se pago com ingratidão por uma pessoa amada e beneficiada. Daí infere quanto deve estar amargurado o Coração sensibilíssimo de Jesus, que, não obstante os imensos e contínuos benefícios concedidos aos homens, é tão vilmente ultrajado pela maior parte deles, especialmente neste tempo de carnaval. Jesus não pode morrer; mas, se o pudesse, havia de morrer só de tristeza. Procuremos nós ao menos desagravá-Lo um pouco com os nossos obséquios.

I. O pecador injuria a Deus, desonra-O e por isso amargura-O sumamente. Não há dissabor mais sensível do que ver-se pago com ingratidão por uma pessoa amada e beneficiada. A quem ofende o pecador? Injuria um Deus, que o criou e amou a ponto de dar por amor dele o sangue e a vida. Cometendo um pecado mortal, bane esse Deus de seu coração.

Que mágoa não sentirias, se recebesses injúria grave de uma pessoa a quem tivesses feito bem? É esta a mágoa que causaste a teu Deus, que quis morrer para te salvar. Com razão o Senhor convida o céu e a terra, para de alguma sorte compartilharem com ele a dor que lhe causa a ingratidão dos pecadores: Ouvi, céus, e tu, ó terra, escuta: Criei uns filhos e engrandeci-os; porém, eles me desprezaram. ― Ipsi autem spreverunt me (1). ― Numa palavra, os pecadores, com o pecado, afligem o coração de Deus: Exacerbavit Dominum peccator. Deus não está sujeito à dor, mas, se a pudesse sofrer, um só pecado mortal bastaria para O fazer morrer de tristeza, porque Lhe causaria uma tristeza infinita. Assim, o pecado, no dizer de São Bernardo, por sua natureza é o destruidor de Deus: Peccatum, quantum in se est, Deum perimit.

Quando o homem comete um pecado mortal, dá, por assim dizer, veneno a Deus, faz o que está em si, para tirar-lhe a vida. Segundo a expressão de São Paulo, renova de certo modo a crucifixão e as ignomínias de Jesus e calca-O aos pés, pois que despreza tudo o que Jesus Cristo fez e sofreu para tirar o pecado do mundo: Qui filium Dei conculcaverit (2). Eis porque a vida do Redentor foi tão amargurada e penosa: tinha sempre diante dos olhos os nossos pecados.

II. Se um só pecado basta para afligir o coração de Deus, considera quanto deverá ficar amargurado particularmente no tempo de carnaval, quando se comete um sem-número de pecados. ― Santa Margarida Alacoque, para consolar um pouco o seu divino Esposo de tantas amarguras, alcançara de Deus que cada ano no carnaval lhe sobreviessem dores acerbíssimas, que soíam* durar até a quarta-feira de Cinzas, dia em que parecia reduzida aos extremos. Dando conta desta graça assinalada a seu diretor, a Santa exprime-se assim: "Esses dias são para mim um tempo de tamanho sofrimento, que não posso contemplar senão o meu Jesus sofredor, compadecendo-me das aflições de seu sacratíssimo Coração".

Meu irmão, se não tens suficiente ânimo para imitar aquela amantíssima esposa de Jesus, ao menos, já que agora consideraste a malícia do pecado, afasta-te no futuro bem longe dele. E nestes dias de desenfreada libertinagem, não percas de vista as seguintes belas palavras de Santo Agostinho: "Os gentios", diz ele (e o mesmo fazem os maus cristãos), "regozijam-se com gritos de alegria, mas vós alegrai-vos com a palavra de Deus; eles correm aos espetáculos, vós procurai apressadamente as igrejas; eles embriagam-se, mas vós, sede sóbrios e temperantes".

Se porventura em outros tempos cometeste alguma culpa grave e assim afligiste o teu Deus tão amável, dize-Lhe agora com coração contrito e amoroso: + "Meu amável Jesus, para mostrar-Vos minha gratidão e para reparar as minhas infidelidades, dou-Vos o meu coração e consagro-me inteiramente a Vós, e com vosso auxílio proponho não pecar mais" (3). + Ó doce Coração de Maria, sede a minha salvação. (*II 70.)
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1. Is 1, 2.
2. Heb 10, 29.
3. Indulg. de 100 dias.

*soíam: do verbo soer = costumar.


(Santo Afonso Maria de Ligório. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo Primeiro: Desde o primeiro Domingo do Advento até Semana Santa inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 264-266.)
Fonte: Blog São Pio V


01 de Março - Santo Albino

Albino nasceu no ano 469, no seio de uma família cristã, que se encontrava em ascensão social e financeiramente, também pertencia à nobreza de Vannes, sua cidade natal, na Bretanha. Era uma criança reservada, inteligente, pia e generosa. Ao atingir a adolescência manifestou a vocação pela vida religiosa. Por volta dos vinte anos ordenou-se monge e cinco anos depois era escolhido, pela sua comunidade, o abade do mosteiro de Tintilante, também conhecido como de Nossa Senhora de Nantili, próximo de Samour. 

Durante mais vinte e cinco anos exerceu seu ministério, mantendo-se fiel aos preceitos da Igreja, trabalhando para manter a integridade dos Sacramentos e das tradições cristãs. Nesse período, todas as suas qualidades humanas e espirituais afloraram, deixando visível uma pessoa especial que caminhava na retidão da santidade. Fez-se o pai e irmão dos pobres, dos humildes, dos perseguidos e dos prisioneiros. Tanto que foi eleito, para ocupar o posto de bispo de Angers, pelo clero e pela população, num gesto que demonstrou todo amor e estima do seu imenso rebanho. 

Nesse posto trabalhou incansavelmente pela moralização dos costumes, contra os casamentos incestuosos que se tornavam comuns naquela época, quando os ricos da corte tomavam como esposas as próprias irmãs ou filhas. Para isso convocou os concílios regionais de Órleans em 538 e 541, participando em ambos ativamente, arriscando a própria vida. Mas com o apoio da Santa Sé adquiriu novo fôlego para prosseguir na difícil e perigosa campanha de moralização cristã. Depois no de 549, se fez representar pelo seu discípulo e sucessor, o abade Sapaudo.

A tradição lhe atribui algumas situações prodigiosas e cobertas pela graça da Divina Providência, como a abertura das portas da prisão, a libertação dos encarcerados e muitos outros divulgados entre os fieis devotos.

Albino morreu no primeiro dia de março de 550 e foi sepultado na igreja de São Pedro em Angers. Devido o seu culto intenso já em 556 foi dedicada à ele uma igreja, na qual construíram uma cripta para onde seu corpo foi transladado. Ao lado dessa igreja foi criado um mosteiro beneditino, cujo primeiro abade foi seu discípulo Sapaudo.

Contudo, as relíquias do bispo Albino encontraram o repouso definitivo na catedral de São Germano em Paris, no ano 1126, quando o seu culto já atingira, além da França e Itália, também a Alemanha, Inglaterra, Polônia e vários países do Oriente.

Com justiça, Albino foi considerado um dos santos mais populares da Idade Média, que atingiu a Modernidade através da vigorosa devoção dos fiéis, reflexo de seu exemplo de moralizador. A festa litúrgica de Santo Albino é comemorada no dia de sua morte.

Fonte: Portal Paulinas 

28 de fev. de 2014

Papa: "Acompanhar, e não condenar, casais que fracassam no amor"

2014-02-28

Cidade do Vaticano (RV) – A capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, estava repleta na manhã desta sexta-feira, 28, como todos os dias em que o Papa celebra a missa da manhã. Comentando a leitura do Evangelho, Francisco dedicou sua homilia à beleza do matrimônio e advertiu que se deve acompanhar – e não condenar – aqueles que fracassam no amor. 

O Pontífice iniciou relatando que no Evangelho de Marcos, os fariseus vão a Jesus e lhes apresentam o problema do divórcio, questionando se era lícito ou não. 

“Jesus respondeu explicando aos fariseus porque Moisés havia feito aquela lei. Deixando a casuística de lado, ele vai ao centro do problema e chega aos dias da Criação. A casuística é uma armadilha: "por detrás da mentalidade de reduzir tudo a casos, existe sempre uma armadilha contra as pessoas e contra Deus, sempre!”. 

O Papa citou depois a referência ao Gênesis: “Desde o princípio da Criação, ele os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará o seu pai e a sua mãe, e os dois serão uma só carne”. 

“Deus – disse o Papa – não queria que o homem ficasse sozinho, queria uma companheira para seu caminho. O encontro de Adão com Eva é ‘momento poético’. Por outro lado, esta obra de arte do Senhor não acaba ali, nos dias da Criação, porque o Senhor escolheu este ícone para explicar o seu Amor pelo povo”. 

Quando Paulo deve explicar o mistério de Cristo, se refere à sua Esposa, porque Cristo é casado, casado com a Igreja, seu povo. Como o Pai havia se casado com o Povo de Israel, Cristo se casou com o seu povo. Esta é a história do amor, e diante deste caminho de amor, deste ícone, a casuística decai e se transforma em dor. “Quando deixar o pai e a mãe e unir-se numa só carne se transforma num fracasso – e isso pode acontecer – devemos acompanhar as pessoas que sofrem por terem fracassado no próprio amor. Não condenar, mas caminhar com eles e não fazer casuística com eles”. 

“Deus abençoou esta obra de arte de sua Criação, e nunca retirou a sua benção.. nem o pecado original a destruiu! Quando se pensa nisso, se vê “como é lindo o amor, o matrimônio, a família; como é bonito este caminho e como devemos estar próximos de nossos irmãos e irmãs que tiveram a desgraça de um fracasso no amor”. 



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

28 Fev Santos Romão e Lupicino – Irmãos peregrinos

Os irmãos, apaixonados pelos Padres do deserto, fundaram mosteiro baseado nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano
Santos Romão e Lupiciano - Irmãos peregrinosSão Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.
Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.
Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.
Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.
O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.
Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!

Fonte: canção nova 

A alegria de ser Cristão

A alegria e o gozo de viver a palavra de Deus são características próprias de um cristão adulto.
Há diversos tipos de alegria, diversos graus. Mas só se pode falar em alegria no sentido pleno quando a pessoa sente que o melhor de si mesmo, das suas capacidades, dos seus desejos se realiza. Há alegria quando encontramos algo profundamente amado.
De acordo com este ensinamento de S. Tomás de Aquino, e vendo as potencialidades desta afirmação o Papa Paulo VI, na exortação apostólica Gaudete in Domino, afirma que o ser humano não só pode sentir e experimentar as alegrias humanas quando está em contato e comunhão com a natureza e com a humanidade, mas também pode atingir o grau mais elevado de felicidade que é a alegria da comunhão com Deus. Aí, o ser humano conhece a alegria e a felicidade espiritual quando o seu espírito entra em comunhão com Deus, conhecido e amado como que de melhor a vida nos traz. A alegria verdadeira não provém dos prazeres efémertos nem das certezas do mundo, mas sim da vida espiritual, pois é um fruto do Espírito.
Alegria Cristã
A alegria cristã não é apenas um estado psicológico. É por sua essência uma participação espiritual da alegria insondável – simultaneamente divina e humana – do Coração de Deus. Através da oração pode experimentar-se mais profundamente esta grande alegria: cada cristão sabe que vive de Deus, para Deus e em Deus.
E ninguém é excluído deste chamamento universal à felicidade, na sua vida concreta. É a partir da vida no espírito, que os discípulos de Jesus Cristo são chamados a participar da alegria de Deus, alegria essa que se fundamenta na participação no amor que há na Trindade. Jesus quer, que cada um de nós sinta dentro de si a mesma alegria que Ele sente: “Eu revelei-lhes o Teu nome, para que o amor com que Tu Me amaste esteja neles e Eu também esteja neles” (Jo 17, 26)

O caminho das Bem – aventuranças
Estar dentro do amor de Deus é uma possibilidade que se realiza nesta vida concreta, através da opção pelas coisas do Reino. Claro que pode obrigar a um caminho difícil, mas é o único que leva à verdadeira alegria: o caminho das Bem – aventuranças.
As “Bem – aventuranças traçam a imagem de Cristo e descrevem sua caridade: exprimem a vocação dos fiéis associados à glória de Sua Paixão e Ressurreição: iluminam as ações e atitudes caracteristicas da vida cristã; são promessas paradoxais que sustentam a esperança nas tribulações; anunciam as bênçãos e recompensas já obscuramente adquiridas pelos discípulos; são iniciadas na vida da Virgem Maria e de todos os santos.
Convém ter presente que a alegria do Reino feita realidade, não pode brotar senão da celebração conjunta da morte e ressurreição do Senhor. É o paradoxo da condição cristã que tem em Jesus Cristo o seu esclarecimento. À luz do novo Adão, os sofrimentos e dificuldades não são iluminados, mas adquirem um novo sentido, porque há a certeza de participar na redenção realizada por Jesus Cristo e participar da Sua Glória.
O cristão, por muitas dificuldades que enfrente, desde que esteja inserido na comunhão de amor Trinitário, sente sempre a alegria divina, pois participa do amor de Deus. Esta consciência leva-o a ser sal e luz do mundo, anunciando a Boa Nova com alegria. Deste modo não sucumbirá à falta de fervor, que se manifesta no cansaço, acomodação, desinteresse e desilusão. Antes se revigora continuamente com verdadeiro fervor espiritual. 
Fonte: http://www.comshalom.org/


Carnaval: dois caminhos, uma escolha

Como passar o carnaval? Pra onde ir, onde ficar, o que fazer?
Normalmente, dois grupos tomam caminhos bem opostos.
O primeiro dá vazão à carne e cai na folia, aproveita para passear, assiste aos desfiles, come, bebe, diverte-se segundo os desejos próprios da carne.
Outro grupo costuma tomar um rumo bem oposto: deixa tudo e retira-se para encontros e retiros espirituais. Participa de retiros abertos ou fechados, assiste ou ouve as pregações de retiros pelo rádio ou TV. De sexta a quarta-feira de cinzas dedica-se a estar com o Senhor: ouvindo a sua Palavra, louvando e adorando-O. Para este, aplica-se e torna-se realidade esta palavra de Neemias: “não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força”. (Ne 8,10).
Trata-se, porém, de uma festa e alegria bem diferente daquela que o mundo oferece. Nos retiros espirituais não há preocupação com droga, camisinha ou contaminação com doenças. O único contágio que geralmente acontece com este grupo é o da alegria. Uma alegria que só o Senhor Deus pode oferecer.
Há dois caminhos totalmente opostos. Mas, você pode escolher apenas um deles. Jesus lembrou: “não podeis servir a dois senhores” (Mt 6,24). Uma escolha que cada um de nós deverá fazer, sabendo que: “os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que queríeis”. (Gl 5,17). Cada caminho leva a um destino e final diferente. Por isso Jesus nos preveniu: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram”. (Mt 7,13-14)
E quanto a você? Qual dos dois caminhos escolherá? Há outros alternativos, mas estes dois são os mais marcantes no carnaval.
Jesus falou e nos alertou sobre as festas que o mundo oferece: um dia elas seriam parecidas com o que já aconteceu na face da Terra, nos tempos de Noé: “Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos”. (Lc 17, 26 – 27)
É importante que estejamos bem atentos e procuremos fazer como Maria “que escolheu a melhor parte” (Lc 10, 42): ficou aos pés de Jesus.
O efeito de cada uma das escolhas aparecerá claramente na quarta-feira de cinzas. Todos podem até estar cansados. Mas, o estado de ânimo será bem diferente. Enquanto uns estarão curtindo a ressaca e o vazio, outros estarão com o coração exultante da alegria do Senhor.
Sejamos espertos: escolhamos a melhor parte, como Jesus mesmo afirmou: “Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”. (Lc 10,42). Bom retiro!

Padre Alir Sanagiotto, SCJ
Paroquia Bom Jesus da Penha-RJ

Fonte http://www.comshalom.org/

27 de fev. de 2014

Dom Raymundo: Papa canonizará Beato Anchieta no início de abril

2014-02-27




Cidade do Vaticano (RV) -  O Beato José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, será declarado Santo pelo Papa Francisco no início do próximo mês de abril: foi o que disse nesta quinta-feira à Rádio Vaticano o Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno, durante entrevista nos estúdios da Rádio do Papa.

“José de Anchieta deixou marcas profundas no início da colonização do Brasil, como também na sua evangelização. Eu creio que ele mereça ser cultuado por toda a Igreja”, afirmou Cardeal Damasceno. Em entrevista a Silvonei José, Dom Raymundo dá detalhes da conversa que teve com o Papa Francisco a respeito da canonização de José de Anchieta. (SP)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/02/27/dom_raymundo:_papa_canonizar%C3%A1_beato_anchieta_no_in%C3%ADcio_de_abril/bra-776985
do site da Rádio Vaticano 

Papa Francisco: "O bispo deve ser testemunha humilde e corajosa de Cristo"

2014-02-27


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco reuniu-se nesta quinta-feira, no Vaticano, com os membros da Congregação para os Bispos.

"A Igreja precisa de pastores autênticos que cuidem de seu rebanho", afirmou o Santo Padre em seu discurso, traçando o modelo ideal de um bispo: 

"Precisamos de alguém que vele por nós. Precisamos de alguém que nos olhe com a amplidão do coração de Deus. Não precisamos de um dirigente, um administrador de empresa e não precisamos de uma pessoa que esteja no nível de nossa pequenez ou pequenas pretensões. Precisamos de alguém que saiba estar à altura do olhar de Deus sobre nós para nos conduzir a Ele. Somente no olhar de Deus existe futuro para nós."

Segundo o Papa Francisco, é preciso reconhecer que "não existe Pastor padrão para todas as Igrejas". "Cristo conhece o pastor que cada Igreja possui. O nosso desafio é entrar na perspectiva de Cristo, levando em conta a singularidade das Igrejas particulares", disse ainda o pontífice.

"Para escolher esses ministros precisamos ir além das preferências, afinidades, pertenças ou tendências e entrar na amplidão do horizonte de Deus. Precisamos de pastores dotados de parresía (audácia de anunciar com coragem o Evangelho, ndr), não condicionados pelo medo", frisou o Papa Francisco, convidando a Congregação para os Bispos a desempenhar a sua tarefa com "profissionalismo, serviço, santidade de vida e santa inquietação". 

O Papa frisou que "o futuro da Igreja vive sempre em suas origens", e destacou a importância da unidade eclesial e da sucessão ininterrupta dos bispos. O Santo Padre sublinhou que o bispo deve ser uma testemunha humilde e corajosa de Cristo.

"Quem é testemunha do Ressuscitado? É aquele que seguiu Jesus desde o início e foi constituído com os Apóstolos testemunha de sua Ressurreição. Também para nós este é o critério unificador: o bispo é aquele que sabe tornar atual tudo o que aconteceu com Jesus, e sabe, sobretudo, junto com a Igreja, ser testemunha de sua ressurreição".

"O bispo é um mártir do Ressuscitado. Não é uma testemunha isolada, mas junto com a Igreja. A sua vida e seu ministério devem tornar crível a Ressurreição", disse ainda o Papa Francisco que acrescentou:

"A coragem de morrer, a generosidade de oferecer a própria vida e dedicação total ao rebanho estão inscritos no DNA do episcopado. A renúncia e o sacrifício são conaturais à missão episcopal. Quero enfatizar isso: a renúncia e o sacrifício são conaturais à missão episcopal. O episcopado não é para si, mas para a Igreja, para o rebanho, para os outros, sobretudo para aqueles que, segundo a lógica do mundo, devem ser descartados".

O Santo Padre frisou que o perfil de um bispo não é a soma algébrica de suas virtudes. O bispo deve se destacar por sua integridade, solidez cristã, fidelidade à verdade, transparência e capacidade de governar. 

"Os bispos devem ser antes de tudo kerigmáticos, porque a fé vem do anúncio. Precisamos de homens guardiões da doutrina não para avaliar como o mundo vive longe da verdade que a doutrina contém, mas para fascinar o mundo com a beleza do amor, para seduzi-lo com a oferta de liberdade doada pelo Evangelho", disse ainda o pontífice.

"A Igreja não precisa de apologistas de suas causas, mas de semeadores humildes e confiantes da verdade. Os bispos devem ser homens pacientes, conscientes de que a cizânia nunca será capaz de preencher o campo. A missão do bispo requer assiduidade e cotidianidade", disse ainda Francisco.

O Santo Padre concluiu dizendo que os bispos devem ser homens de oração e que a Igreja precisa de pastores autênticos, não donos, mas servos da Palavra de Deus.


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Saudação do Papa aos bispos "Amigos do Movimento dos Focolares"

2014-02-27


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco concluiu sua série de audiências, na manhã desta quinta-feira, recebendo, na Sala Clementina, no Vaticano, 77 Bispos “Amigos do Movimento dos Focolares”, que estão participando, desde o dia 24, de um Encontro em Castelgandolfo, perto de Roma.

Aos numerosos Bispos, provenientes de diversos Países, entre os quais o Brasil, representado por quatro Bispos e dois Arcebispos, o Santo Padre pronunciou um discurso, partindo do tema do próprio encontro: “A reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo”.

Trata-se de um tema, disse o Papa, que ecoa o mandamento novo, que Jesus deixou aos seus discípulos:

“Esta partilha de experiências espirituais e pastorais, na perspectiva do carisma da unidade, é uma coisa boa, uma oportunidade de convivência fraterna que vocês, como Bispos, são chamados a levar a estes encontros: trata-se de um amplo respiro da Igreja que faz com que, o que vocês recebem, seja colocado a serviço de toda a Igreja”.
A sociedade de hoje, disse o Pontífice, tem grande necessidade de um estilo de vida, do qual transpareça a novidade que o Senhor Jesus nos deu: querer-se bem, apesar das diferenças de caráter, de proveniência, de idade... Este testemunho faz nascer o desejo de ser envolvido pela grande parábola de comunhão, que é a Igreja. E o Papa acrescentou:

Quando uma pessoa sente a necessidade da ‘reciprocidade do amor entre os discípulos de Cristo’, é capaz de transformar a qualidade das relações interpessoais e chamada a redescobrir a Cristo; assim se abre ao encontro de Cristo, vivo e atuante, e sente a força de sair de si mesma para ir ao encontro dos outros, para propagar a esperança, que recebeu como dom”.

“Fazer da Igreja uma casa e uma escola de comunhão”, frisou o Papa, é realmente fundamental para a eficácia de toda a obra de evangelização, enquanto revela o profundo desejo do Pai: que todos os seus filhos vivam na fraternidade; revela o desejo do coração de Cristo “que todos sejam um”; revela o dinamismo do Espírito Santo e a sua força de atração, livre e libertadora.

Cultivar a espiritualidade de comunhão contribui ainda, recordou o Bispo de Roma, para nos tornar mais capazes de percorrer o caminho ecumênico e o diálogo inter-religioso.

O Papa Francisco concluiu seu discurso aos Bispos, “Amigos do Movimento dos Focolares”, desejando que este encontro possa ser uma ocasião propícia para crescer no espírito da colegialidade e para receber, do amor recíproco, encorajamento e esperança renovados. (MT)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news

Imagem ilustrativa não é referente ao dia da matéria

"Pequeno papa" recebe beijo de Francisco

Cerca de 40 mil pessoas participaram da audiência com o Papa Francisco nesta quarta-feira. dia 26/02/14.



A tradicional catequese do Papa Francisco às quartas-feiras, na Praça de São Pedro, atrai cada vez mais peregrinos, que desejam abraçar, apertar a mão ou receber um beijo do Pontífice. Com tanta gente, é preciso ser criativo para chamar a atenção de Francisco. Pensando nisso, a família do pequeno Pedro Ciabatini, de apenas um ano e meio, conseguiu ser original e conquistou o carinho não só do Papa, mas também dos fiéis que participaram da audiência geral de hoje.
 
Paula Ciabatini, mãe de Pedro, conta com exclusividade à Aleteia que aproveitou a proximidade do carnaval para fantasiar o menino de Papa. Foi a avó quem confeccionou toda a roupa, que não deixou de ter o solidéu e uma pequena réplica da cruz de Francisco. “Foi um gesto de carinho pelo Santo Padre, não para fazer o ridículo. Queríamos receber a bênção do Papa original”, disse a romana, que trabalha como secretária em um instituto religioso.

Fonte: http://www.aleteia.org/
Fonte: das imagem abaixo: https://www.facebook.com/ClickVaticano




26 de fev. de 2014

Por que Jesus se “esconde” na Eucaristia?


O Sacrário é a nossa escola


Muitos ficam angustiados, porque Jesus esconde a Sua glória na Eucaristia, mas Ele precisa fazer isso para que o brilho de Sua majestade, como o rosto brilhante de Moisés, não ofusque a nossa vista, impedindo-nos de chegar a Ele.

Ele esconde também as Suas virtudes, porque, se a víssemos, ficaríamos humilhados e, quem sabe, desesperados por jamais poder atingir tal perfeição. Tudo para podermos nos achegar a Ele sem medo.

Jesus desce até o nada, na hóstia consagrada, para que desçamos com Ele e sintamos profundamente o que Ele disse: “Vinde a mim. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.

Por isso, podemos chegar a Jesus com toda confiança, porque Ele já retirou todos os obstáculos para chegarmos a Ele; e espera que não sejamos nós a colocar esses empecilhos com os nossos medos e escrúpulos.

Fonte: http://www.cancaonova.com/

As consequências da fé

A fé nos leva a confiar mesmo na adversidade

Crer em Deus e amá-Lo, com todo o coração, têm consequências para toda a nossa vida.

A fé nos leva a conhecer a grandeza e a majestade do Senhor. "Deus é grande demais para que o possamos conhecê-lo" (Jó 36,26). É por isso que Ele deve ser o primeiro a ser amado e servido. "Amar a Deus sobre todas as coisas", manda o primeiro mandamento.

A fé nos leva a viver em ação de graças. Se Deus é único, tudo o que somos e possuímos vem d'Ele:

"Que é que possuis, que não tenhas recebido?" (1Cor 4,7). "Como retribuirei ao Senhor todo o bem que me fez?" (Sl 116,12).

A fé nos leva também a conhecer a unidade e a dignidade de todos os homens. Todos eles foram criados "à imagem e semelhança de Deus" (Gn 1,27), são filhos do mesmo Deus e irmãos.

A fé nos leva a usar corretamente as coisas criadas. Leva-nos a usar de tudo o que nos aproxima do Senhor e a nos desapegar das coisas que nos desviam d'Ele.

Dizia S. Nicolau de Flue:

"Meu Senhor e meu Deus, tirai-me tudo o que me afasta de vós.

Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo o que me aproxima de vós.

Meu Senhor e meu Deus, desprendei-me de mim mesmo para doar-me por inteiro a vós." (Oração).

A fé nos leva a confiar em Deus em qualquer circunstância, mesmo na adversidade. Santa Teresa de Jesus exprime-o de maneira admirável nesta oração:

"Nada te perturbe, nada te assuste. Tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta."

Só Deus basta.
(Extraído do livro "Ciência e Fé em harmonia") 

Fonte: http://www.cancaonova.com/

Francisco pede fim da violência na Venezuela

2014-02-26


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco expressou nesta quarta-feira, 26, preocupação pela situação na Venezuela e fez um chamado para que cesse a violência no país e se favoreça a reconciliação através do diálogo.

“Acompanho com particular apreensão o que está acontecendo nestes dias na Venezuela, auspicio que cessem o quanto antes a violência e as hostilidades e, sobretudo que o povo venezuelano, começando pelos políticos e as instituições, obtenham a reconciliação”, disse o Papa durante a tradicional audiência das quartas-feiras.

Papa Bergoglio pediu ainda “um diálogo sincero” para uma “justiça que afronte temas concretos para o bem-comum” em referência à série de protestos violentamente reprimidos que estão ocorrendo nestes dias na Venezuela contra o Presidente Nicolás Maduro.

O Pontífice assegurou suas constantes orações especialmente pelos que perderam a vida nas desordens e por suas famílias, convidando os fiéis a rezarem a Deus, pela materna intercessão de Nossa Senhora de Coromoto, para que o país reencontre prontamente paz e concórdia. 

No último dia 6 de novembro, Francisco recebeu em audiência particular o líder opositor venezuelano, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles, que trouxe ao Vaticano numerosas cartas de jovens para entregar ao Papa. 

Francisco já havia recebido o Presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, no último dia 17 de junho.
(CM)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Audiência geral: "Doença e morte não podem nos separar de Cristo"

2014-02-26 12:56:47 


Cidade do Vaticano (RV) – A Unção dos Enfermos foi o tema da reflexão do Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira, na Praça São Pedro. Segundo a Prefeitura da Casa Pontifícia, cerca de 30 mil pessoas receberam bilhetes de ingresso para o encontro.

Jorge Mario Bergoglio completou a já tradicional volta da Praça com seu jipe aberto, parando diversas vezes para cumprimentar turistas e peregrinos. Muitas crianças estavam fantasiadas. Havia guardas suíços, palhaços, abelhas e joaninhas, e no meio deles, um menino de cerca de 4 anos, vestido de Papa, a quem Francisco sorriu e deu um beijo. 

Depois de meia hora de contato com os fiéis, o Papa iniciou sua catequese. O Sacramento da Unção dos Enfermos era conhecido antigamente como “Extrema Unção”, pois se dizia que oferecia um conforto espiritual na iminência da morte. Hoje, o nome “Unção dos Enfermos” nos ajuda a estender o alcance à experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus. 

Para explicar a profundidade do mistério da Unção, Francisco citou a parábola do Bom Samaritano, como está descrita no Evangelho de Lucas. O Bom Samaritano cuida de um homem ferido derramando sobre as suas feridas óleo e vinho. 

É o óleo abençoado pelos Bispos a cada ano, na missa do Crisma de Quinta-feira Santa, utilizado na Unção dos enfermos. O vinho, por sua vez, é o sinal do amor e da graça de Cristo, que se expressam em toda sua riqueza na vida sacramental da Igreja”. 

A parábola prossegue narrando que o Bom Samaritano, sem olhar a gastos, confia o homem ferido aos cuidados do dono de uma pensão: este representa a Igreja, a quem Jesus confia os atribulados no corpo ou no espírito. 

“É à Igreja, à comunidade cristã, somos nós, a quem cotidianamente o Senhor confia os aflitos no corpo e no espírito para que possamos continuar a lhes doar, sem medida, toda a sua misericórdia e salvação”. 

Continuando a catequese, Francisco lembrou que também a Carta de São Tiago recomenda que os doentes chamem os presbíteros, para que rezem por eles ungindo-os com o óleo. “É uma praxe que já se usava no tempo dos Apóstolos”, completou o Papa.

De fato, Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma predileção que Ele tinha pelos doentes e atribulados, difundindo alívio e paz, e lhes transmitiu a capacidade e o dever de continuar a dispor da graça especial deste Sacramento. “No entanto, isto não nos deve levar a uma busca obsessiva do milagre ou à presunção de poder obter sempre a cura”, ressalvou Francisco. 

“O problema, disse o Papa, é que este Sacramento é pedido cada vez menos, e a razão principal reside no fato que muitas famílias cristãs, devido à cultura e à sensibilidade atuais, consideram o sofrimento e a morte como um tabu, como algo a esconder ou sobre o qual falar o menos possível. É verdade que o sofrimento, o mal e a própria morte continuam sendo um mistério, e diante dele, nos faltam palavras. É o que acontece no rito da Unção, quando de modo sóbrio e respeitoso, o sacerdote impõe as mãos sobre o corpo do doente, sem dizer nada”. 

Existe uma certa convicção de que chamar o sacerdote dá azar, que é melhor não chamá-lo para não assustar o doente”, disse o Papa, improvisando. “Há a idéia que depois do sacerdote, vem a agência funerária...”. 

Por isso, diante daqueles que consideram o sofrimento e a morte como um tabu, deixando de se beneficiar com esse Sacramento, é preciso lembrar que “no momento da dor e da doença, devemos saber que não estamos sozinhos. O sacerdote e aqueles que estão presentes representam toda a comunidade cristã, que ao redor do enfermo, alimentam nele e em sua família a fé e a esperança, amparando-os com a oração e o calor fraterno”.

O maior conforto, finalizou o Papa, é que na Unção dos enfermos, Jesus nos mostra que pertencemos a Ele e que nem a doença, nem a morte poderão nos separar Dele. 
(CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Fonte da imagem: Click vaticano

Jesus e o cachorro morto

   


"Contam que, um dia, Jesus caminhava por uma longa estrada, com seus discípulos, quando encontraram um cachorro morto, à beira do caminho.

Os discípulos olharam com desdém para o animal e começaram a dizer:
- Bem feito, deve ter sido um animal muito agressivo!
- Que boca horrível!
- Que rabo sujo!
- Que pêlo horroroso!
- Que focinho assustador!
- Que patas perigosas ele tinha!

E cada um detectava a sua crítica acerba contra o animal morto.
Jesus olhou com carinho, para o animal e disse:
- Vejam que dentes lindos ele tinha!"

Autor Desconhecido
Fonte: arquivo pessoal


Por mais sujos e feios que  possamos parecer diante dos outros. Jesus sempre nós olha com amor, e carinho. O pecado pode nós desfigurar, mas eternamente e apesar de nossos pecados, nunca deixaremos de ser imagem e semelhança de Deus. Eu, posso esquecer isso,quando me deparo com meus pecados e fraquezas.  Você pode esquecer isso,quando se sente fragil e pecador.  Nós podemos esquecer isso ao ver,uma pessoa, na sarjeta. Mas Deus nunca esquece da dignidade divina que herdamos Dele.


"Toma conciência, ó cristão, da tua dignidade. E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Lembre-te de que cabeça e de que corpo és membro. Recorda-te que foste arrancado do poder das trevas e levado para a  luz e o reino de Deus"

São Leão Magno
Papa e Doutor da Igreja Século V




Conheça os bastidores da causa de canonização de João Paulo II

Para Slawomir Oder, postulador da causa canonização de Karol Wojtyla, este trabalho é como a composição de um mosaico. 


O postulador da causa de canonização do Beato João Paulo II, monsenhor Slawomir Oder, acredita que o trabalho em um processo de reconhecimento de um santo é como a composição de um mosaico que envolve a visão de santidade de muitas pessoas. De acordo com ele, essa é a beleza do trabalho.

Segundo o Mons. Slawomir, a causa de canonização de João Paulo II envolveu também parte das funções de uma secretaria de Estado. Além dos testemunhos dos milagres recebidos pela intercessão do Pontífice, muitos fiéis escreviam cartas e orações dirigidas ao amigo João Paulo II. Segundo o sacerdote, essa era uma das partes que mais o emocionava durante o trabalho.

canonização de Wojtyla será no dia 27 de abril, na mesma cerimônia em que João XXIII será declarado santo.

Um homem de profunda oração 

Mons. Slawomir lembra um episódio que aconteceu no início do pontificado de João Paulo II. Segundo ele, em um determinado dia, parecia que o Papa tinha desaparecido. O secretário de João Paulo II o havia procurado em todos os lugares do palácio, perguntado sobre o paradeiro à polícia e a outros funcionários do Vaticano, e nenhuma notícia era sabida. Depois de muito tempo de procura, encontraram-no prostrado no chão da capela particular, entre o altar e cadeira, em profunda oração.

“Ele era um homem de grande sensibilidade, de grande cultura. Um homem realmente espiritual, um homem místico. Um homem de Deus é a palavra que o define”, disse.

Mons. Slawomir conta também que João Paulo II buscava estar atento ao que acontecia na diocese de Roma. Segundo ele, o Pontífice se reunia uma vez por mês com o reitor do seminário diocesano para acompanhar o processo de formação dos candidatos ao sacerdócio. E durante os passeios na cidade, era capaz de apontar os lugares onde moravam alguns dos fiéis de Roma.

O criador das Jornadas Mundiais da Juventude também é reconhecido pelo zelo que tinha com a evangelização da juventude. Para o postulador, João Paulo II sabia alcançar os jovens sem menosprezá-los. “O modo de ele de estar com os jovens não era se travestir de jovem, mas ser um pai, e um pai exigente. Como um bom pai, sabia do que seus filhos eram capazes e não lhes permitia viver na mediocridade. Ele indicava o verdadeiro amor, a verdadeira liberdade".

Peregrinação da relíquia gera frutos de conversão

A visita da relíquia do beato tem levado os fiéis a buscar o sacramento da Confissão e a adoração. De acordo com o sacerdote, os frutos têm sido notados em todos os lugares por onde a relíquia passou. A peregrinação da gota de sangue do Pontífice começou no México, primeiro país visitado por João Paulo II no início do seu pontificado.

De acordo com o mons. Slawomir, uma relíquia também foi enviada à China, país que o Papa João Paulo II sempre quis visitar, mas não conseguiu.


Por Christiane Sales

Fonte: http://www.aleteia.org/

Amor Conjugal: oásis fértil no deserto do mundo

Deus é amor. Fomos criados por amor. O Pai, no seu amor infinito, em um ato de doação de si, cria o homem, como filho, à sua imagem e semelhança, capaz de amar e de receber amor. Deus quer a relação de uns com os outros. A comunhão com Deus faz o seu amor circular entre nós.
A nossa comunhão com os seres humanos e com as criaturas faz circular o amor de Deus pelo mundo. Assim, tudo se vê envolvido no amor. A essência de Deus nos move em sua força para a relação, para a aliança, para o amor mútuo.
O matrimônio foi instituído por Deus desde a criação do homem e da mulher. Ele os criou para a comunhão, para a complementaridade e para que, na diversidade, construíssem a unidade, tendo como referência a própria Trindade, modelo de comunhão e unidade. Todas as culturas exaltam, de alguma maneira, a grandeza do matrimônio!
Amor conjugal, sacramento do Deus Amor
Pela união sacramental dos esposos, eles se tornam expressão do amor da Trindade, amor de unidade, de comunhão e de oferta de si, da mesma forma como Cristo amou e se ofertou a sua Igreja e por ela deu a vida. Por meio dos cônjuges, Deus dilata sua família a cada dia. O Espírito Santo é a fonte do amor e a força que faz crescer este amor entre os dois, ampliando-se nos filhos que Deus lhes confiar, em vista da construção do seu Reino, de amor e de paz.
O Amor Trinitário se derrama sobre nós, suas criaturas amadas, em três dimensões interligadas: o Amor Ágape (como o amor de uma mãe por seu filho. O Pai que cuida do mundo, como uma mãe de seu filhinho);o Amor Eros, associado à paixão de amor, ao deleite da união; e o Amor de Phillia (de amizade), que está associado à aliança de amor.
É fundamental para a felicidade do casal a vivência dessas três dimensões do Amor: a sadia sedução, a amizade recíproca forte e a doação de si ao outro. A seguir, refletiremos sobre cada uma dessas dimensões.
Amor Eros
É força que me impulsiona ao outro e ao grande Outro por meio dos sentidos. Assim, podemos experimentar este Amor por meio da beleza, na natureza, na arte em suas diversas manifestações (como a música, a pintura, etc.). É o amor Eros que atrai um ao outro, mas ele não sacia o coração do homem. Está condenado à carência, à miséria, à infelicidade e a estar sempre incompleto.
Com a ajuda desse mediador, que é o Eros, podemos sair da pobreza para chegar à riqueza, da ignorância para chegar ao conhecimento, do material para chegar ao espiritual e à contemplação do Belo em si mesma.
O enamoramento é essa experiência onde há uma transformação radical da sensibilidade, da mente, do coração. Duas pessoas, ao enamorarem-se, tornam-se indispensáveis uma a outra. Quando o Eros consegue o seu objetivo, tranquiliza-se, mas depois aborrece-se. Tem o que já não lhe falta. É um poder que, em todo ser, tende e anseia à plenitude. Não só a sexualidade está estreitamente vinculada ao Eros, também o está o desejo de realidades espirituais sedutoras, como a beleza espiritual. Graças ao Eros, o filósofo tem paixão pela sabedoria, e o místico tem paixão por Deus (eros cognitivo – Paul Tillich teólogo).
Amor de Phillia (Amor de Amizade)
É menos instintivo, não é uma paixão, não é um dever. É amor, é virtude, é desejo de presença, mas não é Eros.
É agradável, útil e supõe generosidade e entrega. Consiste mais em amar do que em ser amado. É celebrar uma presença, mas não é pedir, é dar graças.
Amigo é aquela pessoa que melhor nos conhece, com quem se pode contar, com quem se partilha recordações, esperanças e temores, felicidades e infelicidades.
Onde existe amizade autêntica, surgem outras virtudes espontaneamente. Supõe a criação de espaços de “encontro”, de divertimento, nos quais predomina o “nós”. Implica em cultivar: compreensão, adaptação aos ritmos naturais do amigo, cordialidade e ternura, veneração pela dignidade do amigo, perseverança e confiabilidade. Ela requer ser cultivada. Existe uma arte a aprender. Pode ser uma escola de virtude quando encaminhada para o bem do outro e que deve também, de alguma forma, transbordar para os outros.
Eros e Philia podem andar juntos, mas não se confundem. Eles se misturam quase sempre, mas quando o Eros se vê satisfeito, desgasta-se e morre, enquanto que o Philia se engrandece cada vez que se vê satisfeito. O amor Eros, quando centralizado em si mesmo, é reducionista, limitando-se à autossatisfação mútua, mas quando é ampliado para além de si, em vista do Bem, ele gera realização, experiência de doação e unidade. O Amor de Amizade também é limitado e alcança poucos (10 a 20 pessoas), mas existe uma forma de amor mais universal e perfeita, que realiza e plenifica – é o Amor Ágape.
Amor Ágape, para além do Eros e do Philia
É o amor que possibilita a abrangência universal e incondicional e que nos possibilita amar os inimigos, os que nos são indiferentes, os que nos incomodam. É o amor perfeito de Deus, revelado em Jesus e por ele provado na entrega total de si, por amor. É o amor do Pai que doa Seu Filho unigênito para resgatar os filhos amados. É o amor do Espírito que se aniquila para habitar em nós. Foi o amor que moveu os profetas no Antigo Testamento e os santos a perseverarem na fé, mesmo diante dos inúmeros desafios. Foi o amor entre os discípulos que os fez amarem-se até o extremo de estarem dispostos a dar a vida uns pelos outros. Deus não cria servos, mas filhos livres, chamados à liberdade.
O Amor Ágape exerce a função de horizonte em relação ao amor Eros e Philia. Impede que tanto um como o outro permaneçam prisioneiros de si mesmos. Impulsiona-os a irem além de todo o espaço delimitado de um e de outro. É este Amor, cuja fonte é Deus, que ama o homem e a Ele se dá, dando-lhe a dignidade de filho, seduzindo-o e atraindo-o a si por meio do amor em suas três dimensões: Eros, de Philia e de caridade.
Bento XVI propõe a relação circular entre o amor Eros e Ágape: “Quanto mais os dois encontrarem a justa unidade, embora em distintas dimensões (entre amigos, entre casal, entre Criador e criatura), na única realidade do amor, tanto mais se realiza a verdadeira natureza do amor em geral”. Eros e Ágape não se encontram em dois planos distintos ou contrapostos, representam duas atitudes e duas formas de amor estreitamente correlacionadas entre si. O Eros, embora seja inicialmente ambicioso, depois, à medida que se aproxima do outro, far-se-á cada vez menos perguntas sobre si próprio, procurará sempre mais a felicidade do outro, doar-se-á e desejará “existir para” o outro (Deus caritas est, 7).
Nesse caminho, existe uma sadia tensão pela transcendência pessoal e dual em direção a um “nós”. E, vivido em Deus, no seu amor, tende ao crescimento, à comunhão de alma, de coração, de corpo, de bens, na saúde, na doença, nas tristeza, na alegria. O amor conjugal, portanto, deve abarcar essas três dimensões (Eros, Phillia e Ágape), que, interligadas e bem ordenadas, transformarão a família num oásis transbordante de vida, em meio ao deserto do mundo sedento de amor autêntico.
Bibliografia: . “Família, Santuário da Vida”, Prof. Felipe Aquino- Editora Canção Nova . “Deus Caritas Est” – Encíclica . Papa Bento XVI. Editora Paulus. 2009 . “Sexualidade, verdade e significado” – Encíclica de João Paulo II. Ed. Paulinas. 1998.
Laura Martins
Fonte: http://www.comshalom.org/
  assistente social e psicopedagoga


Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

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