18 de jan. de 2014

São Canuto 19/01/14

São CanudoSão Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça. Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo. Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, porque ele tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus. Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado. São Canuto, rogai por nós!
Fonte; http://santo.cancaonova.com/

II Domingo Comum – Ano A (Reflexão do Evangelho )

19/01/14 

Liturgia  

Is 49,3.5-6
Sl 39
1Cor 1,1-3
Jo 1,29-34 
            Na segunda-feira passada, entramos no Tempo Comum. Hoje, com este Domingo, estamos iniciando a segunda semana desse.

 Tempo verde; verde de quem caminha no pequeno dia-a-dia cheio de esperança, porque sabe que o Filho de Deus veio habitar entre nós, entrou nos nossos tempos para santificar os pequenos e aparentemente insignificantes momentos de nossa vida: "O Verbo se fez carne e armou sua tenda entre nós" (Jo 1,14). Para nós, nunca mais o tempo, a vida e a história humana serão a mesma coisa! Agora, tudo tem o gosto da presença de Deus, nossos tempos têm sabor de eternidade, gostinho da vida de Deus, do companheirismo misericordioso de Deus. Então, que este Tempo Comum seja, para todos quantos, tempo de graça, tempo de vigilância amorosa, tempo de esperança invencível!



            Neste segundo Domingo Comum, a Palavra de Deus ainda nos liga ao Batismo do Senhor, celebrado no Domingo passado. Recordemo-nos do que vimos na Festa que encerrou o santo Tempo do Natal: Jesus foi batizado por João Batista e ungido pelo Pai com o Espírito Santo como Messias de Israel: "Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu bem-querer!" (Mt 3,17). Recordemos que o Pai lhe revelou o caminho pelo qual ele deveria passar para cumprir sua missão: o caminho do Servo Sofredor de Isaías, pobre e humilde: "Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas". Servo manso e misericordioso: "Não quebra a cana rachada nem apaga o pavio que ainda fumega". Servo perseverante no serviço de Deus: "Não esmorecerá nem se deixará abater". Servo que será redenção para o povo de Israel e para todas as nações, dando-lhes a luz, o perdão e a paz: "Eu o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constitui como aliança do povo, luz das nacões, para abrires os olhos aos cegos, tirar os cativos das prisões, livrar do cárcere os que viviam nas trevas!" (Is 42,2-4.6-7) 
            Pois bem, o Evangelho de hoje aprofunda ainda mais este quadro impressionante, que nos revela a missão de Cristo Jesus: "João viu Jesus aproximar-se dele e disse: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" Em aramaico, língua que João e Jesus falavam, "cordeiro" diz-se talya, que significa, ao mesmo tempo "servo" e "cordeiro". Então, "eis o Cordeiro-Servo de Deus, que tira o pecado do mundo!" Mas, que Cordeiro? Aquele, expiatório, que segundo Levítico 14, era mandado para o deserto, colocado fora da cidade, carregando os pecados de Israel... Como Jesus que "para santificar o povo por seu próprio sangue, sofreu do lado de fora da porta" (Hb 13,12) de Jerusalém, como um rejeitado, um condenado renegado. Repitamos a pergunta: Que Cordeiro? Aquele cordeiro pascal de Ex 12, cujos ossos não poderiam ser quebrados (cf. Jo 19,36); cordeiro comido como aliança de Deus com Israel! Que cordeiro? – insistamos na pergunta! Aquele, cujo sangue, aspergido sobre o povo, selará a nova e eterna aliança entre Deus e o povo santo (cf. Ex 24,8; Mt 26,27). Jesus é esse Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, tomando-o sobre si! E que Servo? O Servo sofredor anunciado pelo Profeta Isaías. Já ouvimos falar dele no Domingo passado; fala-nos dele novamente a Liturgia deste Domingo hodierno: Servo predestinado desde o nascimento: o Senhor "me preparou desde o nascimento para ser seu Servo"; Servo destinado a recuperar e salvar Israel: "que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória"; Servo destinado não só a Israel, mas a todas as nações: "Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue aos confins da terra". Eis, portanto, quem é o nosso Jesus: o Cordeiro, o Servo! Nele, feito homem, nele, sofrido como nós, nele, morto e ressuscitado, no seu corpo macerado e transfigurado em glória, Deus reuniu e formou um novo povo, o verdadeiro Israel, a Igreja – esta que aqui está reunida em torno do altar e esta mesma, reunida em toda a terra e, como diz São Paulo hoje,"em qualquer lugar" onde o nome do Senhor Jesus é invocado! Eis: este povo que Cristo veio reunir, esta Igreja que o Senhor veio formar somos nós, já santificados no Batismo e chamados a ser santos por nosso procedimento, por nosso seguimento ao Senhor! 
            João reconheceu em Jesus este Messias, tão humilde e tão grande: ele é o próprio Deus: "passou à minha frente porque existia antes de mim!" E como Deus feito homem, ele é o único e absoluto Salvador de todos – e não há salvação sem ele ou fora dele! João reconhece nele o ungido, aquele sobre quem o Espírito"desceu e permaneceu". O próprio Jesus dará testemunho desta realidade: "O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor" (Lc 4,18-19). João reconhece nele ainda aquele que, cheio do Espírito Santo, batizará no Espírito Santo:"Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é o que batiza com o Espírito Santo". Batizando-nos no Espírito, este Santíssimo Jesus-Messias dá-nos o perdão dos pecados, a sua própria vida divina e a graça de, um dia, ressuscitar dos mortos! 
            Enfim, João dá testemunho de que esse Jesus bendito é mais que um Servo, mais que um Crodeiro, mais que um Profeta: ele é o Filho de Deus: "Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!" 
            Que mais dizer, ante um Messias tão humilde e tão grande? "Senhor Jesus Cristo, Santo Messias, Servo e Cordeiro de Deus, cremos em ti, a ti seguimos, em ti colocamos nossa vida e nossa morte! Sustenta-nos, pois em ti esperamos: tu és o sentido de nossa existência, a razão de nossa vida e o rumo da nossa estrada! Queremos seguir-te, a ti, tão pequeno e tão grande; queremos morrer contigo e contigo ressuscitar-nos para a vida eterna; queremos ser testemunhas do Reino do Pai que plantaste com tua bendita vinda. Senhor Jesus, a ti amamos, em ti esperamos, em ti vivemos! Sê bendito para sempre. Amém".


Fonte: http://www.domhenrique.com.br/

Ecumenismo, sim... mas qual?

  Apresento aqui algumas ponderações sobre o ecumenismo. 
Que é ecumenismo?
É um belíssimo movimento de fé e amor suscitado pelo Espírito Santo no coração de tantos cristãos de diversas comunidades eclesiais no sentido de rezar e trabalhar com esforço sincero para conseguir uma maior unidade entre os cristãos. Assim, a finalidade última do movimento ecumênico é a unidade visível da Igreja de Cristo, expressa na comunhão de fé e amor entre todos os que têm o nome de cristãos. Sendo assim, o ecumenismo dá-se somente entre as comunidades cristãs, isto é, aquelas que aceitam Jesus como Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Salvador do mundo, e professam a Santa e Indivisa Trindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Neste sentido, não são cristãos os espíritas, as testemunhas de Jeová, os mórmons...Com eles, não se deve falar em ecumenismo: com os não-cristãos faz-se diálogo inter-religioso, que é a busca de um respeito recíproco para trabalhar em prol do bem comum e dos valores humanos universais. Então, a palavra-chave para o ecumenismo é unidade; já para o diálogo inter-religioso, a palavra-chave é respeito. 
As igrejas cristãs são todas iguais?
            Para que se coloque o ecumenismo em prática de modo correto, é necessário compreender a doutrina católica sobre a Igreja e suas relações com os outros cristãos! A nossa fé é claramente exposta pelo Concílio Vaticano II:
(1) A Igreja é necessária para a salvação, porque Cristo, o único Salvador, quis a Igreja, fundou a Igreja e deu-lhe a missão de continuar sua missão: “Cristo, Mediador único, constitui e sustenta indefectivelmente sobre a terra, como organismo visível, a sua Igreja santa, comunidade de fé, de esperança e de caridade, e por meio dela comunica a todos a verdade e a graça” (LG 8). Então, a Igreja não é facultativa ou sem importância: aderir a Cristo exige a pertença à sua Igreja, pela qual Cristo fala e na qual Cristo dá a salvação, sobretudo nos sacramentos da fé.
(2) Esta Igreja de Cristo é única e permanece de modo pleno somente na Igreja católica, fundada por Cristo: “Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo (= Credo) professamos una, santa, católica e apostólica, e que o nosso Salvador, depois da sua ressurreição, confiou a Pedro para que ele a apascentasse, encarregando-o, assim como aos demais apóstolos, de a difundirem e de a governarem, levantando-a para sempre como ‘coluna e sustentáculo da verdade’. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste (= permanece inteira, continua íntegra na sua essência) na Igreja católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele” (LG 8).
(3) E as outras comunidades cristãs? O Concílio ensina que elas têm elementos da Igreja de Cristo e afirma claramente que fora do corpo visível da Igreja católica há inúmeros elementos de santificação e verdade (cf. LG 8); e os cita: “a palavra de Deus escrita, a vida da graça, a fé, a esperança e a caridade e outros dons interiores do Espírito Santo e elementos visíveis” (UR 3). O Concílio também afirma que os atos de culto de nossos irmãos separados são canais de graça e podem conduzir à salvação: “Também não poucas ações sagradas da religião cristã são celebradas entre os nossos irmãos separados... estas ações podem realmente produzir a vida da graça e devem mesmo ser tidas como aptas para abrir a porta à comunhão e à salvação” (UR 3). Portanto, o Espírito do Ressuscitado serve-se também dessas comunidades separadas da Igreja católica: “As igrejas e comunidades separadas, embora creiamos que tenham defeitos (na profissão de sua fé, na sua doutrina e práxis eclesial), de forma alguma estão despojadas de sentido e de significação no mistério da salvação. Pois o Espírito de Cristo não recusa servir-se delas como meio de salvação cuja força deriva da própria plenitude de graça e verdade confiada a Igreja católica” (UR 3).
(4) Nossos irmãos não-católicos não estão visivelmente na plena comunhão da Igreja de Cristo, que somente se realiza na Igreja católica: “Os irmãos separados, quer como indivíduos, quer como comunidades e igrejas, não gozam daquela unidade que Jesus quis prodigalizar a todos os que regenerou e convivificou num só corpo e numa vida nova; unidade que as Sagradas Escrituras e a venerável Tradição da Igreja abertamente declaram. Porque só pela Igreja católica de Cristo, que é o instrumento geral da salvação, pode ser atingida toda a plenitude dos meios da salvação” (UR 3).
            Estes pontos, aqui apresentados mostram-nos o quanto é firme e coerente a posição da Igreja na questão ecumênica. O Concílio nada mais fez que reafirmar a fé constante da Igreja de Cristo. Uma coisa deve ter ficado clara: ecumenismo não é relativismo (dizer que todas as religiões são iguais e têm o mesmo valor), não é irenismo (fazer de conta que dá pra ficar tudo como está, aceitando a doutrina uns dos outros como se essa Babel doutrinal fosse vontade de Cristo e estivesse de acordo com a doutrina dos Apóstolos) nem tampouco é sincretismo (mistura de religiões e de ritos). Então, cuidado com a palavra “ecumenismo”: pode prestar-se a tristes enganos!
            Vejamos, agora, algumas questões práticas, ligadas ao ecumenismo. 
(1) Um católico pode participar de um culto protestante ou das reuniões de uma religião não-cristã?
Se se trata de um culto de formatura, de um casamento a que se foi convidado, de um funeral, sim. Se, ao invés, se trata de fazer aquelas famosas “visitas”, não! Para que um católico participe de um culto evangélico, é necessário que haja um motivo extraordinário, como uma celebração ecumênica, com a presença de representantes da Igreja católica. Em geral os católicos que participam de cultos protestantes não têm suficiente formação doutrinal católica e terminam por misturar tudo e até por abandonar a fé católica. Além do mais, quando um protestante convida um católico para ir ao culto, fá-lo não com intenção ecumênica e fraterna, mas com o intuito de proselitismo, isto é de “converter” o católico... como se um católico não fosse cristão!
Pior ainda seria participar de um culto espírita, de uma reunião das testemunhas de Jeová ou dos mórmons... ou de uma “missa” ou quaisquer outros sacramentos administrados na “Igreja” Brasileira. Esses sacramentos são todos provavelmente inválidos! 
(2) Pode-se fazer celebrações ecumênicas de formatura e outros eventos?
Em princípio sim. Mas é necessário, em cada caso, a permissão do Bispo. Não basta a vontade do padre! Além do mais, uma celebração ecumênica não é ir cada um pra rezar do seu modo, quase que ignorando o outro; ao invés, deve ser preparada com antecedência pelos ministros das diversas comunidades que participarão da celebração, de modo que seja uma celebração só, toda integrada e na qual cada um exerça um papel, em unidade e comunhão. Caso contrário, é melhor que não haja celebração ecumênica!
É importante notar que não se faz celebração ecumênica com os não-cristãos (espíritas, por exemplo). Quando o Papa reuniu todas as religiões em Assis, no momento da oração cada grupo religioso fez a sua separadamente, em locais separados. O Papa somente rezou junto com os cristãos!
Também não se deve organizar celebração ecumênica aos domingos, para não atrapalhar a participação da missa. Se um católico participa de uma celebração ecumênica num domingo, de modo algum está dispensado da missa dominical!
A Igreja católica não faz celebração ecumênica com as “Igrejas” Brasileiras, pois não reconhece estas últimas como igrejas. Não reconhece seus sacramentos nem seus ministros, nem faz nenhum tipo de diálogo ecumênico com elas, pois não crê na idoneidade de seus ministros que, em geral, enganam o povo fazendo-se passar por católicos e imitando tudo que é da Igreja católica! Um católico que celebre qualquer sacramento nas “Igrejas” Brasileiras peca gravemente e simula a celebração dos sacramentos! 
(3) Um católico pode casar-se com um não-católico?
Pode, desde que tenha a licença do Bispo. Para isso é necessário que a parte não-católica se comprometa a respeitar a religião da parte católica e que o católico se comprometa a fazer o possível para que os filhos sejam educados na fé católica. Se não for possível, em último caso, que os filhos sejam educados como cristãos até que possam optar livremente pela religião do pai ou da mãe.
Caso um católico case-se com um não-católico sem a devida permissão canônica, incorre em pecado grave e seu casamento é nulo para a Igreja católica. 
(4) Um católico pode participar de estudos bíblicos com os irmãos protestantes?
Em princípio sim. O problema é que na atual situação do Brasil, esses estudos não têm o objetivo de fazer crescer na comunhão e no amor a Jesus, mas de querer “converter” os católicos, fazendo-se uma leitura ridicularmente fundamentalista da Palavra de Deus, que termina por trair o sentido da mesma. Em geral, os católicos que fazem esses “estudos” com os irmãos protestantes são despreparados e terminam completamente confusos. Sendo assim, na nossa situação, um católico que deseje conhecer mais a Palavra de Deus vá participar de um dos cursos bíblicos promovidos pela Igreja. Na nossa Arquidiocese há muitíssimos e de boa qualidade! Expor a nossa fé a riscos desnecessários é temeridade e, portanto, pecado! 
(5) A Igreja católica aceita o batismo dos cristãos não-católicos?
Em geral sim, desde que batizem em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, utilizando água. Com certeza batizam validamente: a Igreja Episcopal Anglicana, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, a Igreja Metodista.
Apesar de terem uma visão deficiente sobre este sacramento, a Igreja aceita também o batismo das seguintes comunidades: presbiterianos, batistas, Igrejas congregacionais, adventistas, a maioria das igrejas pentecostais e Exército da Salvação.
A Igreja tem dúvidas sobre o batismo dos pentecostais que batizam só em nome de Jesus, da Igreja Pentecostal Unida do Brasil e das chamadas Igrejas Brasileiras (são ao redor de 30). Se alguém batizado nessas comunidades pedir para entrar na Igreja católica, deve ser batizado sob condição (“Se não és batizado, eu te batizo em nome do Pai...”)
Com certeza, batizam invalidamente: as Testemunhas de Jeová, os mórmons e a Ciência Cristã. 
            Espero que tenham ficado claros estes pontos. Lembremo-nos que todos aqueles que crêem que Jesus é Senhor e Deus são cristãos e nossos irmãos. Podemos nos ajudar tanto na vida diária e dar juntos um belo testemunho de amor a Jesus, apesar daquilo que nos separa. O Senhor deseja para nós a unidade na sua única Igreja. Quanto aos não-cristãos, devem ser respeitados na sua consciência e opção religiosa. Quanto aos ateus, devem ser também respeitados e acolhidos. Que vendo nosso carinho e respeito para com eles, possam descobrir em Cristo o Deus verdadeiro!

Fonte: ww.domhenrique.com.br

Conselhos de três grandes santas da Igreja para você


No início de cada ano as pessoas geralmente se imputam alguns objetivos para serem cumpridos ao longo do ano. Assim, para a vida espiritual, propomos também uma meta e, para isso, nada melhor que tomar como modelo três conselhos de três grandes santas da Igreja: Santa Teresa de Jesus, Santa Catarina de Sena e Santa Teresa de Lisieux, seguindo as indicações extraídas da obra “Doctoras de la Iglesia”, do Padre Antonio Royo Marín.
O primeiro conselho vem de Santa Teresa d'Ávila, que conseguiu progredir espiritualmente de uma forma extraordinária mesmo não tendo diretores espirituais satisfatórios. Na época dela, havia a convicção de que quando a pessoa crescia espiritualmente deveria deixar de lado a reflexão sobre a humanidade de Cristo, sua Paixão, o quanto Ele nos amou, enfim, a meditação concreta sobre o Evangelho. Para eles, quanto mais alto o nível de vida mística, maior deveria ser a contemplação da Trindade.
Santa Teresa de Jesus, como grande doutora, notou o erro desse tipo de pensamento. Para ela, em todas as etapas da caminhada espiritual é imprescindível a meditação sobre a humanidade de Cristo. Ele é o caminho. Em sua obra “Caminho de Perfeição”, ensina às monjas que utilizem de imagens de Cristo crucificado, chagado e, a partir da imagem, meditem sobre o grande amor que Deus tem pela humanidade.
O primeiro ponto, portanto, é olhar para a Paixão de Cristo, olhar para o Amor encarnado, concreto, real, histórico com que Deus amou os homens e sobre ele fundamentar o próprio edifício espiritual, afinal, como ensina São João: “O amor consiste nisso: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Deus quem nos amou enviando seu filho para a expiação dos nossos pecados” (4,10). Logo, a morte de Cristo na Cruz é a realidade concreta do amor de Deus.
O edifício espiritual de muitas pessoas vem abaixo por conta do esquecimento desse primeiro ponto: Deus amou a humanidade e cada um por primeiro. E esse amor não é uma teoria, mas uma realidade que se fez carne na humanidade de Cristo. Assim, o primeiro passo para o ano de 2014 é fazer o firme propósito de ter a cruz de Cristo diante dos olhos em todos os momentos. “Jesus, amor encarnado, chagado por mim”, apropriando-se dessa certeza: “Eu fui amado com amor infinito, sem defeito, não sou mais uma vítima, não preciso mendigar o amor dos outros.”
O segundo ponto vem de Santa Teresinha do Menino Jesus e se trata de como responder ao amor de Deus. Diante dos grandes santos algumas pessoas reagem com desânimo, pois estas grandes almas tornam inalcançável o ideal de santidade; outras, fazem desses santos modelos e procuram imitá-los, desejando igual santidade.
A Pequena teve sua intuição básica ao perceber que existem almas, grandes santos, grandes homens e mulheres escolhidos por Deus, uma elite espiritual, que a imensa maioria da humanidade, não conseguirá nunca imitar. No entanto, segundo ela, existe também uma outra família: a das Pequenas Almas, na qual ela se via incluída, embora fosse uma grande alma.
Em sua doutrina ela diz que as pequenas almas podem também amar a Deus, não com a forma heroica dos grandes santos, mas de forma ordinária, comum. Todos são chamados a transformar cada um dos pequenos atos da vida em amor a Deus. Oferecer TUDO a Jesus, seja bem ou mal, alegria ou tristeza, contentamento ou frustração, tudo por amor a Jesus. Santa Terezinha transformou todos os pequenos atos ordinários de sua vida em amor, por isso ela foi extraordinária na ordinariedade com que viveu o amor a Jesus.
Este foi o segundo ponto: amar de volta aquele que amou por primeiro. Tal ensinamento tem a grande vantagem de trazer a religião para a vida cotidiana, de tal forma que ninguém precise mais esperar a data do martírio para fazer qualquer ato heroico de amor a Deus. Todos podem amá-Lo desde já, desde agora.
É por isso que Santa Terezinha, embora tenha sofrido muito com a doença de seu pai e com a sua própria doença, demonstrou ser uma mulher de grande maturidade espiritual mesmo aos 24 anos de idade. Impressionante foi o seu caminho espiritual, de menina mimada, imatura e vitimista, que foi transformada por Deus numa grande santa. Amar de volta Aquele que nos amou por primeiro.
O terceiro ponto vem de Santa Catarina de Sena, leiga terciária que nunca viveu num convento; celibatária, mas não freira no sentido técnico da palavra. Mesmo analfabeta, escreveu cartas e mais cartas para o Papa, que estava escondido em Avignon, convencendo-o a reassumir seu lugar na Igreja, portanto, num certo sentido, Santa Catarina de Sena mudou o destino da Igreja.
Com seus gestos ela ensina uma coisa muito importante: a conversão dos pecadores deve ser buscada por todos para que Deus seja agradado, o que torna todos apóstolos. Nela se compreende o que Santo Tomás de Aquino ensina que o amor pode ter vários objetos. O objeto material do amor pode ser Deus, a própria pessoa ou até mesmo os bilhões de pessoas da Terra, os santos, os anjos, etc. todos podem ser amados. Contudo, a caridade, o amor só tem um objeto formal: Deus. Amar a Deus por Deus, amar ao próximo por amor a Deus, amar a si mesmo por amor a Deus. Ele é a modalidade pela qual se deve amar. Portanto, a vida de apostolado, o sacrifício, a pregação, o pedido de conversão pelos pecadores deve ter como foco principal o amor para com Deus. Só assim haverá sentido.
Assim, ter sempre diante dos olhos o amor de Deus encarnado e a cruz de Cristo, lembrando-se de que Ele nos amou por primeiro, é o primeiro objetivo. O segundo é responder a esse amor nos pequenos gestos e atos ordinários no dia a dia e o terceiro, ser missionário, levando outros a Deus, motivados a dar maior glória a Deus, fazendo como um ato de amor a Ele, levando seus filhos de volta para casa. Estes são os passos extraídos das lições das três grandes doutores que nos oferecem um projeto espiritual para 2014. Quem aceita o desafio?

Fonte: http://padrepauloricardo.org/

18 de Janeiro - Santa Margarida da Hungria

Santa Margarida da Hungria
1242-1270

Margarida era uma princesa, filha do rei Bela IV, da Hungria e da rainha Maria, de origem bizantina. Ela nasceu no castelo de Turoc, em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos, no mosteiro dominicano de Vespem, em agradecimento pela libertação da pátria dos Tártaros. 

Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa num novo mosteiro, fundado para ela por seu pai, na Ilha das Lebres, localizada no rio Danúbio, perto de Budapeste. Em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor, tendo uma particular devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela realmente, era especial, foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre, e fazia penitencias, se oferecendo como vítima proposital, para a salvação do seu povo. 

Margarida, não desejou ter uma cultura elevada. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura, talvez apenas um pouco mais que isto. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor, o dominicano Marcelo, que era o superior da Ordem.

Possuía um ilimitado desapego às coisas materiais, amando plenamente a pobreza, o qual unido à sua vida contemplativa espiritual, a elevou a uma tal proximidade de Deus, que recebeu o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270, no seu mosteiro.

A sua sepultura se tornou meta de peregrinação, pelas sucessivas graças e milagres atribuídos à sua intercessão. Um ano depois da sua morte, seu irmão, Estevão V, rei da Hungria, encaminhou um pedido de santidade, à Roma. Mas este processo desapareceu, bem como um outro, que foi enviado em 1276. Porém na sua pátria e em outros paises, Margarida já era venerada como Santa.

Depois de muitos desencontros, em 1729 um processo chegou em Roma, completo e contendo dados de autenticidade inquestionável. Neste meio tempo as relíquias de Margarida tinham sido transferidas, por causa da invasão turca, do convento da Ilha das Lebres para o de Presburgo em 1618.

Em 1804, mesmo sem o reconhecimento oficial, seu culto se estendia na Ordem Dominicana e na diocese da Transilvânia. No século XIX, sua festa se expandiu por todas as dioceses húngaras. A canonização de Santa Margarida da Hungria foi concedida pelo papa Pio XII em 1943, em meio ao júbilo dos devotos e fiéis, de todo o mundo, especialmente pelos da comunidade cristã do Leste Europeu, onde sua veneração é muito intensa.

Outros santos e beatos:
Santa Prisca (ou Priscila)romana martirizada no século I.Os dados relativos a essa santa — que, segundo a lenda, teria recebido, aos 13 anos, o batismo das mãos do próprio são Pedro — não são historicamente fidedignos. Eis por que, após a nova reforma do calendário litúrgico, seu culto ficou restrito à basílica sobre o Aventino, que leva seu nome. Aliás, uma igreja repleta de significado para os que apreciam deter-se nas penumbras de corredores antigos, que a devoção secular torna ainda mais evolutivos.
Embora as Atas de santa Prisca situem o martírio no século III, na época do imperador Cláudio II, muitos preferem dar mais crédito à tradição (embora de cunho lendário). Segundo esta, santa Prisca teria sido a primeira mulher a testemunhar com o martírio a própria fé em Cristo.
A protomártir romana teria sido decapitada por volta da primeira metade do século I, durante a perseguição desencadeada por Cláudio contra os cristãos. Seus restos mortais teriam sido enterrados nas catacumbas de Priscila. De qualquer modo, a basílica de Santa Prisca, honrada com o título cardinalício, vem mencionada no sínodo romano de 499, atestando, dessa forma, que, desde os primeiros tempos do cristianismo, se recolhia essa devoção como humildes primícias do príncipe dos apóstolos.

Santas Arquelaides, Tecla e Susana — virgens martirizadas em 293. Quando fugiram da Romanha, para subtrair-se à perseguição, foram encarceradas em Nola e decapitadas em Salerno.
Santo Atenógenes — bispo martirizado em Sebaste, na Armênia, sob o reino de Diocleciano. Relata-se que, enquanto era submetido à tortura do fogo, entoou um hino de louvor que os discípulos copiaram, o qual ainda hoje faz parte da liturgia bizantina.
Beata Beatriz II d’Este (†1262) — religiosa beneditina, sobrinha de Beatriz I. Ao ficar viúva, retirou-se ao convento por ela fundado em Ferrara.
beata Cristina Ciccarelli (1481-1543) — religiosa agostiniana, nascida em Lucoli, no vale dos Abruzos, e falecida em Aquiléia, no Friuli.
São Deícola — abade irlandês, conhecido também por muitos outros nomes (Day, Deel, Desle, Dichul). Sucessor de são Columbano, fundou a abadia de Lure, nos Vosges.
São Fácio ou Fázio (1190-1272) — ourives, natural de Verona, fundou em Cremona a primeira Sociedade de Socorro Mútuo. Grande andarilho, cumpria rigorosamente as peregrinações anuais à Itália e à Espanha.
São Leonardo (†593) — discípulo de são Gregório de Tours, ingressou na vida reclusa por volta dos 22 anos.
Santas Liberata e Faustina — virgens, ambas mortas em 580. As duas irmãs da cidade de Como fundaram conjuntamente o convento de Santa Margarida.

Fonte: http://www.paulinas.org.br/

Deus cuida de você!

Precisamos ser firmes em Deus, ser homens e mulheres de fibra, combatentes que enfrentam todas as dificuldades que possam surgir. O sofrimento nos dá têmpera de guerreiros.

Deus é Pai e cuida de nós em todos os momentos, por isso não devemos nos desesperar. Ele sabe de nossas necessidades, medos e de tudo que aflige o nosso coração.

Jesus, em breve, virá buscar os frutos e é preciso que Ele os encontre!

Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Fonte: Fundador da Comunidade Canção Nova


Por que quanto mais se avança no conhecimento e fé em Deus, maior é a sensação de indignidade?

Quanto mais noção se tem, de modo bem existencial, do imenso Amor deste Deus que vive eternamente, e que tudo dá a vida, quanto mais nos abeiramos da poderosa e sublime e imensa santidade do nosso Deus, mais clara, evidente e iluminada fica a pobreza moral do sujeito, mesmo que não seja muita.

Uma pequena falta, no inicio do caminho, parece não ser nada. Mas, à medida que a Luz aumenta de intensidade, devido ao caminho cristão, e à aproximação "dessa luz imensa que é Deus" (irmã Lucia, Fátima, 1917), essa falta, essa imperfeição ganha contornos subjetivos (leitura e interpretação do sujeito) mais negros, mais visíveis, pois quanto maior é a aproximação do Amor, mais evidente se torna a gravidade do desamor.
Por isso, bem que diz Isaias: "Ai de mim, estou perdido! Com efeito, sou homem de lábios impuros, e vivo no meio de um povo de lábios impuros, e os meus olhos viram o Rei, Iahweh dos Exércitos" (Is 6,5).

Se é o Senhor o critério único, final, pleno, de avaliação das ações morais, pois bem, à medida que Ele se torna mais "próximo", mais clara fica a gravidade do desamor (gosto de substituir pecado por desamor). A nossa pequena ofensa, ingratidão, ganha pesos infinitos diante da infinita bondade e santidade de Deus. 

Lembram-se da parábola daquele homem que rezava no Templo, junto ao altar, agradecendo por ser justo e não como o resto dos homens, e outro estava na entrada pedindo perdão, pois nem ousava levantar os olhos? Bem sabem quem foi, segundo diz Jesus,  justificado! Atendendo ao que agora foi dito, podemos interpretar de modo mais profundo, intimo, espiritual, esta parábola. O tal justo da parábola não fez aproximação a Deus, não se lhe descobriu, ou não se lhe tornou perceptível o seu pecado, por mais pequeno que seja. E por quê? Porque, quanto mais nos aproximamos de Deus, maior é a sensação de indignidade. E a realidade de Deus exige que esta sensação seja um facto, a ponto de se dizer:
 
 "Sim, sou muito indigno; simplesmente nem tinha noção do quanto indigno sou, justamente porque não tinha noção do quanto Belo Sois; por isso, a Vossa Beleza inesgotável, fonte de qualquer beleza, reduz a um aborto moral o que, à partida, era uma coisa que nem se percebia.
 
Mas, seremos nós, para Vós, abortos morais? De facto, somos. Somos miséria, caducidade, contingência, à beira do nada. Mas, muda tudo de figura quando descobrimos, Senhor Deus, que na Pessoa do teu verbo abraçaste, amaste e assumiste em absoluto o que somos. Até chegaste ao cúmulo, Tu, que és a fonte de toda a santidade, de aceitares seres batizado no batismo de penitência de João Batista, afim de seres contado entre os pecadores. Ficou claro para nós o sentido desse batismo. Mas o teu batismo (mergulho) não ficou por aqui. Aceitastes, assumistes a morte; o Teu Verbo entrou na nossa morte, Ele que É autor e fonte de todo o existir, de toda a vida. Agora, até a nossa morte se tornou divina, pois ao sofrer e morrer, sei que sofro inserido em Ti, pois a nossa morte se tornou Vossa. Seja Vossa Senhor, a nossa noite. 

Sem Vós NADA podemos fazer. Pena seja, Senhor Deus, que seja tão difícil nos recordarmos disto.
Mas Vós nos amais, não como deveríamos ser, mas como somos.

Faze-nos recordar hora a hora, minuto a minuto, esse Vosso amor por nós. Pois assim, tudo, dores, alegrias, cansaços, problemas, tudo será vivido como uma dádiva, e assim aquele paraíso original, por Vós desejado para nós, mas nunca possuído de fato, começará a acontecer na vida, e a nossa vida, cheia do Vosso Amor, será o mais belo jardim, regado pelo rio do Vosso Espírito.

Que pena, Senhor, que os homens não percebam que não é fábula, nem mito, nem coisa de gente fraca de mente, acreditar em Vós. Pois que, se existes necessariamente, criastes não por determinismo, mas por Suprema liberdade - criaste por Amor.

O teu apóstolo diz que És Amor. Pois o amor é entrega. Mas se o Teu Amor é sem medida, então que morra em nós qualquer ideia de um deus altivo, sentado no trono, distante, e cresça em nós a ideia de um Deus INFINITAMENTE POBRE, DADO, ENTREGUE, OFERECIDO, DESPOJADO, ESVAZIADO DE SI.

Por: Rui Miguel Silva (PORTUGAL) – autor do Blog Cotidiano Espiritual

17 de jan. de 2014

Amigo de água

É tão bom ter amigos. Amigos de todos os jeitos. Seja ele engraçado, reservado, cínico ou educado! É simplesmente maravilhoso fazer amigos. É tão surpreendente quando encontramos um quase que por a caso, sem nem imaginar que acabamos de conhecer nosso futuro grande amigo!

Há amizades que são como a água: por tão simples, chega a ser coisa pouca, quase imperceptível, mas na sua discrição faz um mundo de coisas surgir.

Eu mesmo tenho um amigo de água. Quando eu mais precisava de um amigo, Deus na sua eterna delicadeza me trouxe um, bem assim, no acaso na vida, numa tarde de praia, por ali na areia, depois de um gole de água, se inicia, sincronicamente, uma conversa corriqueira: "Já dizia o filósofo Tales de Mileto - a água é a origem de tudo!" - E foi mesmo! Do milagre da água veio a dádiva da vida, na gestação, na plantação, na nutrição. Ela até já foi ninho, onde o Espírito Santo fecundou a vida. Em tudo há água como princípio. Inclusive na amizade.

Meu amigo de água sacia a minha sede. Ele tem o dom de ser discreto, o que é próprio dos sábios. Devagarzinho foi entrando nas fendas da minha rocha interior, e soube ir tomando conta de mim. Com sua presença única e fecundadora, soube fazer brotar vida onde já era caos.

O amigo de água sabe a hora de parar, respeitar os limites. Muita água na planta a sufoca e faz morrer. Pouca água deixa o solo seco, sem condições para fazer brotar. Meu amigo sabe bem minhas necessidades e até onde eu posso suportar. É muita graça ter um amigo na medida mais precisa que necessito!

Amigo de água é sempre surpreendente: quem imagina que de um olho d'água pode nascer um rio? Esse meu amigo sabe fazer dos momentos simples e banais, os mais maravilhosos e inesquecíveis. Aqueles que nem o Alzheimer poderá apagar! Adoro quando ele me vem com novidades. Uma profissão nova, um evento a organizar, uma ideia que lhe era tão genial (e que descobrimos que nem era tão boa assim! rs)... No fundo ele só está querendo ser presença viva no subterrâneo do meu coração!

Obrigado, Senhor Deus, por ter me fecundado com uma alma de amigo! Sou-lhe eternamente grato por manifestar, numa verdadeira teofania aquática, sua face através do meu amigo de água. Sendo ele tão belo, se faz necessário, porque a essência da vida está na água. É nele que o dilúvio dos meus olhos é visitado pela pomba branca da paz! É nele que afogo os faraós que me perseguem. É nele que batizo meus pecados, e me deixa mais branco do que a neve. É na água de sua amizade que me benzo, exorcizando todo mau espírito que tenta me trair. Enfim, é no meu amigo de água que paro para beber algo melhor, a final, tu, ó Deus, é que me leva junto às fontes de águas puras e me faz repousar!

Um brinde ao meu amigo de água! E fique atento, pode ser que seu futuro amigo de água passe bem depressa por você. Aproveite a oportunidade. Mate a sua sede!

Autor: Prof. VICTOR HUGO NASCIMENTO 
Filósofo e Teólogo. 

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

Por que rezar?

Muitos podem se perguntar por que devem rezar. Eu sempre digo: a oração não muda nada em Deus. Ele é Imenso, Todo-Poderoso, Todo-Misericordioso, continua sempre o mesmo. Mas nós, à medida que rezamos, sentimos tudo se transformar em nossa vida. Desde o mais íntimo do coração, a mudança se faz. Uma pessoa que ora, transforma a si, aos outros e o ambiente onde está cumprindo sua missão. Mas a vida de oração não é nada fácil. Estão aí os grandes mestres de todos os tempos em nossa Igreja para nos ajudar.

Muitas vezes, as "noites escuras" de São João da Cruz se fazem presentes. Quem é que nunca passou por um deserto espiritual? Quem é que nunca se sentiu árido na vida de oração? Tudo isso faz parte da caminhada. O importante é perseverar e saber esperar. Santo Ignácio de Loyola fala de tempos de desolação. Mas temos também os tempos de consolação, afirma o mesmo santo [Ignácio]. Estes nos servem como reservatórios de céu... São aqueles momentos marcantes, nos quais a presença de Deus foi "sensível", foi irrefutável... Esses momentos ficam na memória do coração e nos reabastece por uma vida! Com Deus, devemos conversar como com um amigo! Aliás, para mantermos uma amizade, o diálogo contínuo se faz necessário.

Quando deixamos de falar com alguém, deixamos o espaço de tempo sem encontro ser muito grande, perdemos a intimidade, perdemos o brilho da amizade. Da mesma forma, com o Senhor, temos que renovar nossa amizade e o carinho por Ele e pelos que são d'Ele todos os dias. O encontro diário deve ser agradável. Devemos "marcar encontros" efetivos e afetivos com Nosso Senhor e Amigo. Efetivos no sentido de cumprirmos verdadeiramente o horário e o lugar e, de preferência, sempre os mesmos.

Crie o seu tempo e espaço de oração. E afetivos, porque devem ser marcados pelo amor, acima de tudo, encontros de louvor e ação de graças. Essa experiência nos faz experimentar o céu, e mesmo quando as nuvens parecerem encobrir o brilho do Sol, no coração uma certeza permanecerá: o Sol sempre estará lá, com seu intenso brilho! A vida de oração nos faz perceber que onde parece não haver caminho para nós, Deus faz um. Quantos são os testemunhos neste sentido? "Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo" (1Ts 5,17-18).

Que Maria, Mulher do silêncio e Mestra de nossa vida espiritual, seja nossa companheira e guia!

Pe. Rinaldo Roberto de Rezende 

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

Mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações

 2014-01-16


Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicada nesta quinta-feira, a mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 11 de maio de 2014, IV Domingo de Páscoa. O tema é: “Vocações, testemunho da verdade”. Publicamos a seguir o texto da mensagem na íntegra: 
Amados irmãos e irmãs!

1. Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...). Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe”» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a acção eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15, 5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1 Cor 3, 9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele. 

2. Muitas vezes rezámos estas palavras do Salmista: «O Senhor é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sal 100/99, 3); ou então: «O Senhor escolheu para Si Jacob, e Israel, para seu domínio preferido» (Sal 135/134, 4). Nós somos «domínio» de Deus, não no sentido duma posse que torna escravos, mas dum vínculo forte que nos une a Deus e entre nós, segundo um pacto de aliança que permanece para sempre, «porque o seu amor é eterno!» (Sal 136/135, 1). Por exemplo, na narração da vocação do profeta Jeremias, Deus recorda que Ele vigia continuamente sobre a sua Palavra para que se cumpra em nós. A imagem adoptada é a do ramo da amendoeira, que é a primeira de todas as árvores a florescer, anunciando o renascimento da vida na Primavera (cf. Jr 1, 11-12). Tudo provém d’Ele e é dádiva sua: o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, mas – tranquiliza-nos o Apóstolo - «vós sois de Cristo e Cristo é de Deus» (1 Cor 3, 23). Aqui temos explicada a modalidade de pertença a Deus: através da relação única e pessoal com Jesus, que o Baptismo nos conferiu desde o início do nosso renascimento para a vida nova. Por conseguinte, é Cristo que nos interpela continuamente com a sua Palavra, pedindo para termos confiança n’Ele, amando-O «com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças» (Mc 12, 33). Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus. É «um êxodo que nos leva por um caminho de adoração ao Senhor e de serviço a Ele nos irmãos e nas irmãs» (Discurso à União Internacional das Superioras Gerais, 8 de Maio de 2013). Por isso, todos somos chamados a adorar Cristo no íntimo dos nossos corações (cf. 1 Ped 3, 15), para nos deixarmos alcançar pelo impulso da graça contido na semente da Palavra, que deve crescer em nós e transformar-se em serviço concreto ao próximo. Não devemos ter medo: Deus acompanha, com paixão e perícia, a obra saída das suas mãos, em cada estação da vida. Ele nunca nos abandona! Tem a peito a realização do seu projecto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.

3. Também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças. Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida» (Jo 6, 63). Maria, Mãe de Jesus e nossa, repete também a nós: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2, 5). Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que «por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)?

4. Amados irmãos e irmãs, viver esta «medida alta da vida cristã ordinária» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31) significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas (cf. Mt 13, 19-22). Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar por caminhos aparentemente mais cómodos. Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes. «Nós, cristãos, não somos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas; ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jogai a vida por grandes ideais!» (Homilia na Missa para os crismandos, 28 de Abril de 2013). A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direcção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, «exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31).
Disponhamos, pois, o nosso coração para que seja «boa terra» a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar fruto. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, pela fraternidade vivida, tanto mais há-de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino de misericórdia e verdade, de justiça e paz. E a colheita será grande, proporcional à graça que tivermos sabido, com docilidade, acolher em nós. Com estes votos e pedindo-vos que rezeis por mim, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica. 

Vaticano, 15 de Janeiro de 2014 
[Franciscus]


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/01/16/mensagem_do_papa_para_o_dia_mundial_de_ora%C3%A7%C3%A3o_pelas_voca%C3%A7%C3%B5es/bra-764547
do site da Rádio Vaticano 

Papa Francisco convidado para a Expo 2015

 2014-01-17


Cidade do Vaticano (RV) – “Hoje apresentamos ao Santo Padre a Expo 2015, ‘Nutrir o Planeta, Energia para a Vida’, convidando-o para ir a Milão”. Foi o que anunciou via Twitter o Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi. 

De fato, o Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira o Arcebispo de Milão, Cardeal Angelo Scola, e a delegação responsável pela organização da Exposição Universal de Milão, a ser realizada de 1º de maio a 31 de outubro de 2015.

O Santo Padre “ficou positivamente impressionado pela oportunidade de trabalho que a Expo representa para os jovens e pelos projetos de cooperação internacional”, referiu o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, ao final do encontro.

Durante a audiência, os Cardeais Angelo Scola e Gianfranco Ravasi apresentaram as linhas mestras da presença eclesial na Expo. “O Papa – afirmou Pe. Lombardi – encorajou a iniciativa e demonstrou muito interesse pelo convite a ir a Milão. No diálogo cordial com a delegação, Francisco convidou a proceder na organização, dando atenção também para os aspectos menores, a partilha e a ajuda mútua”. 

“O Papa nos disse ‘avante’, ‘avante’”, declarou o Cardeal Scola à Rádio Vaticano, ao comentar a audiência de hoje. “O encontro – explicou Scola – foi muito cordial. O Cardeal Ravasi e eu apresentamos ao Papa a modalidade com que a Santa Sé, a Arquidiocese de Milão e a Conferência Episcopal Italiana (CEI) proporão uma visão cristã do tema da alimentação dentro da Expo. Após, o Comissário Geral, Dr. Sala e a responsável pelo Pavilhão da Itália, Dra. Bracco, explicaram mais analiticamente o valor da Expo”. 

A Exposição 2015 a ser realizada em Milão é dedicada ao tema da alimentação e terá a participação de 141 países. “A Expo – afirmou o Cardeal Scola – pode ser uma ocasião extraordinária”. “A questão é não cometer um erro que seguidamente cometemos: o de concentrar-se somente sobre os aspectos materiais do problema” e não dar atenção ao lado espiritual. “Nós cristãos – acrescentou – temos uma missão importante neste ponto de vista. Se tratamos o tema com uma visão integral também o aspecto de favorecer a retomada do crescimento econômico será facilitado. Assim, o país poderá tirar grandes benefícios da Expo”, concluiu. (JE)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...