4 de jan. de 2014

04/01 Nossa Senhora Grande de Treviso

Treviso é uma cidade da região de Veneza, a noroeste da Itália. A devoção mariana nasceu muito cedo no coração das populações venezianas. O anúncio do Evangelho foi reforçado por São Prosdócimo, discípulo de São Pedro que assistia a cidade de Treviso como primeiro Bispo de Padova e de Riete, no século II. O povo trevisano prestava culto à deusa maior egípcia, Ísis.

O altar sagrado pagão deu lugar a um pequeno templo mariano no século VIII, que se tornou no atual Santuário de Nossa Senhora Grande, ou Santa Maria Maior. Entre os séculos XI e XV, quando a então República de Veneza era considerada uma potência marítima, governada pelas famílias mais influentes da nobreza local, como a dos Emiliano.

Em 1486, no seio desta família nasceu o menino Jerônimo, em 1511 acabou prisioneiro nos cárceres do exército da Liga Cambrai que lutava para destruir a poderosa Veneza. No cativeiro pediu à Nossa Senhora Grande para ajuda-lo a sair daquela situação, e lhe prometeu rezar a seus pés, no Santuário de Treviso. Na manhã do dia 27 de setembro de 1511 Jerônimo Emiliano estava livre prodigiosamente e foi humildemente cumprir sua promessa à Mãe Maria.

Voltou para a sua cidade natal e distribuiu sua fortuna aos necessitados, se dedicando à formação das crianças órfãs pobres e a cuidar dos doentes. Fundou a Ordem dos Clérigos Regulares na cidade italiana de Somasco, mais conhecidos como "padres somascos", que têm especial devoção por Nossa Senhora Grande de Treviso. 

A fama desta milagrosa imagem de Maria se difundiu entre os cristãos. O seu Santuário se tornou meta constante de peregrinações, mais intensas no dia 04 de janeiro, quando é celebrada sua festa. 

04 de Janeiro - Santa Ângela de Foligno

Santa Ângela de Foligno
1248-1309

A história de Santa Ângela, considerada uma das primeiras místicas italianas, poderia ser o roteiro de um romance ou novela, com final feliz, é claro. Transformou-se de mulher fútil e despreocupada em mística e devota, depois literata, teóloga e, finalmente, santa. A data mais aceita para o nascimento de Ângela, em Foligno, perto de Assis e de Roma, é o ano 1248. Ela pertencia à uma família relativamente rica e bem situada socialmente. Ainda muito jovem casou-se com um nobre e passou a levar uma vida ainda mais confortável, voltada para as vaidades, festas e recreações mundanas. Assim viveu até os trinta e sete anos, quando uma tragédia avassaladora mudou sua vida.

Num curto espaço de tempo perdeu os pais, o marido e todos os numerosos filhos, um a um. Mas, ao invés de esmorecer, uma mulher forte e confiante nasceu daquela seqüência de mortes e sofrimento, cheia de fé em Deus e no seu conforto espiritual. Como conseqüência, em 1291 fez os votos religiosos, doando todos os seus bens para os pobres e entrando para a Ordem Terceira de São Francisco, trocando a futilidade por penitências e orações. O dom místico começou a se manifestar quando Santa Ângela recebeu em sonho a orientação de São Francisco para que fizesse uma peregrinação a Assis. Ela obedeceu, e a partir daí as manifestações não pararam mais.

Contam seus escritos que ela chegava a sentir todo o flagelo da paixão de Cristo, nos ossos e juntas do próprio corpo. Todas essas manifestações, acompanhadas e testemunhadas por seu diretor espiritual, Santo Arnaldo de Foligno, foram registradas em narrações que ela escrevia em dialeto úmbrio e que eram transcritas imediatamente para o latim ensinado nas escolas, para que pudessem ser aproveitados imediatamente por toda a cristandade. Trinta e cinco dessas passagens foram editadas com o título "Experiências espirituais, revelações e consolações da Bem-Aventurada Ângela de Foligno", livro que passou a ser básico para a formação de religiosos e trouxe para a Santa o título de "Mestra dos Teólogos". Muitos dos quais a comparam como Santa Tereza d'Ávila e Santa Catarina de Sena.

Ângela terminou seus dias orientando espiritualmente, através de cartas, centenas de pessoas que pediam seus conselhos. Ao Santo Arnaldo, à quem ditou sua autobiografia, disse o seguinte: "Eu, Ângela de Foligno, tive que atravessar muitas etapas no caminho da penitencia e conversão. A primeira foi me convencer de como o pecado é grave e danoso. A segunda foi sentir arrependimento e vergonha por ter ofendido a bondade de Deus. A terceira me confessar de todos os meus pecados. A quarta me convencer da grande misericórdia que Deus tem para com os pecadores que desejam ser perdoados. A quinta adquirir um grande amor e reconhecimento por tudo o que Cristo sofreu por todos nós. A sexta sentir um profundo amor por Jesus Eucarístico. A sétima aprender a orar, especialmente rezar com amor e atenção o Pai Nosso. A oitava procurar e tratar de viver em contínua e afetuosa comunhão com Deus". Na Santa Missa, ela muitas vezes via Jesus Cristo na Santa Hóstia. Morreu, em 04 de janeiro 1309, já sexagenária, sendo enterrada na Igreja de São Francisco, em Foligno, Itália. 

Seu túmulo foi cenário de muitos prodígios e graças. Assim, a atribuição de sua santidade aconteceu naturalmente, àquela que os devotos consideram como a padroeira das viúvas e protetora da morte prematura das crianças. Foi o Papa Clemente XI que reconheceu seu culto, em 1707. Porém ela já tinha sido descrita como Santa por vários outros pontífices, à exemplo de Paulo III em 1547 e Inocente XII em 1693. Mais recentemente o Papa Pio XI a mencionou também como Santa em uma carta datada de 1927.

A hierarquia dos anjos do Céu

aprender as hierarquias angelicais, quem são e a importância dos anjos do Céu


Há nove coros dos anjos, agrupados em três tríades:


1º Tríade dos coros: é formada pelos Santos Anjos que estão em íntimo contato com o Eterno. Dedicam-se a Amar, Adorar e glorificar a Deus numa constante e permanente freqüência, em grau bem mais elevado que os outros Coros.
  • Coro – Serafins: Serafim significa queimar completamente.
São os anjos mais próximos de Deus, e diante de Deus consomem o fogo do amor e da essência de Deus e emanam a essência divina e o amor a todos os outros anjos e a cada um de nós. - Isaías 6,1 – 2. São os anjos que nos ajudam a inflamar nosso coração com o amor de Deus.
  • Coro – Querubins: querubim significa a plenitude de sabedoria e ciência.
São anjos de proteção às coisas importantes. Deus colocou querubins como guardiões do Jardim do Éden, (Gênesis 3, 24). Possui quatro faces: leão, touro, águia e homem, inteiramente coberto de olhos: Ezequiel 10,12. Deus mandou por dois querubins na arca da aliança - Ex 25, 8 - 9. 18 – 19. São anjos que nos protegem contra as tentações do mal.
  • Coro – Tronos: Trono significa ancião.
Os Tronos são aqueles Santos Anjos que apresentam aos Coros inferiores o esplendor da Divina Onipotência. Recebem as mensagens de Deus e as transmitem aos demais anjos de outras ordens. São citados em Colossensses 1, 16. São os anjos que ajudam os governantes, bispos e responsáveis por comunidades religiosas e civis.

2º Tríade dos coros: são os Santos Anjos que dirigem os Planos da Eterna Sabedoria, comunicando aqueles projetos aos Anjos da Terceira Hierarquia. Eles são responsáveis pelos acontecimentos no Universo.

  • Coro – Dominações: são dominadores dos outros coros dos anjos e eles lhes obedecem.
Cuidam para que os outros seres celestiais cumpram a vontade de Deus. Ajudam a expandir o reino de Deus a quem não crê em Jesus e as pessoas que precisam de conversão e mais fervor na Igreja Católica.
  • Coro – Virtudes: carregam o poder de Deus.
Virtudes são os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada - Efésios 1, 21. Dão a nós fé e coragem para cumprir boas atitudes.
  • Coro – Potestades - são os condutores da ordem sagrada.
É o Coro Angélico formado pelos Santos Anjos que transmitem aquilo que deve ser feito, cuidando de modo especial da forma como devem ser feitas as coisas. Ajudam-nos a combater os obstáculos que impedem as execuções dos desejos de Deus.

3º Tríade dos coros: é formada pelos Santos Anjos que executam as ordens do Altíssimo e que vigiam o comportamento da humanidade. Eles estão mais próximos de nós e conhecem a fundo a natureza de cada pessoa que devem assistir, a fim de poderem cumprir com exatidão a Vontade Divina. Estão mais intimamente ligados ao mundo material.

  • Coro – Principados – recebem as ordens das dominações e potestades e transmitem aos coros abaixo.
Levam as mensagens de Deus para líderes dos povos. Guardam as cidades, os países, dioceses, etc.
  • Coro – Arcanjos – Arcanjo significa o anjo principal.
São os líderes dos anjos e encarregados de missões especiais na terra. Os três arcanjos:
  1. Miguel – Anjo da Proteção, Príncipe do exército de Deus que derrotou o demônio e seu exército. Protege a todos nós dos demônios para eles pararem de tentar aos humanos. Protege a nós também dos perigos da vida e dos males do inimigo: assaltos, acidentes, violência, guerras, etc.
  2. Gabriel – Anjo da Anunciação, anjo que anunciou a vinda de João Batista e Jesus Cristo. Pode nos ajudar a aumentar o nosso amor à Maria e apresenta a Ela nossos desejos.
  3. Rafael – Anjo da Cura das doenças. Protege-nos das doenças.
  • Coro – Anjos: Anjo significa mensageiro.
Os anjos são os seres angélicos mais próximos do reino humano. Os anjos nos ajudam na aproximação com Deus e na proteção contra os acidentes, tentações, males do demônio e doenças. Nesta hierarquia, há um anjo da guarda reservado especialmente para cada um de nós para proteger - Salmos 90, 11 – 13 e Êxodo 23,20 – 22.


Leia mais: http://o-manual-do-bom-catolico.webnode.com/o-manual/dom-da-intelig%c3%aancia-parte-6%3a-doutrina-basica-da-igreja-catolica/a10%c2%ba-capitulo%3a-a-hierarquia-dos-anjos-do-ceu/

A Oração Infalível


No Evangelho segundo S. Lucas (18,1-8 ) encontramos a parábola da viúva e do juiz iníquo, em que um viúva insiste e persiste no seu pedido, até finalmente ser atendida. A razão pela qual Jesus contou esta parábola é esclarecida pelo próprio Evangelista, que diz que o Senhor contou-lhes esta parábola para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre sem nunca desistir.

Eis aí uma característica essencial da oração cristã: a perseverança. E a partir desta constatação somos levados à seguinte reflexão: qual é a garantia que nós podemos ter de que Deus vai ouvir às nossas súplicas, em nossas necessidades?

Que a perseverança na oração é muito importante nós já sabemos, porque os Evangelhos insistem muito nisso. O próprio S. Lucas acrescentou ao seu Evangelho aquela outra conhecida parábola do amigo inoportuno, que vai à casa de seu vizinho em plena noite batendo para pedir três pães. Ele tanto insiste que o outro, para se ver livre dele, acaba atendendo-o (Lc 11,5-8).

No capítulo 15 de S. Mateus temos o episódio da mulher cananeia que não se cansa de pedir até ser atendida, chegando a se comparar, ela mesma, aos cachorrinhos que se alimentam das migalhas que caem da mesa de seus donos. Novamente a importância da insistência, da perseverança na oração.

Todas essas passagens nos mostram a importância de não só nos aproximarmos de Cristo, mas de persistirmos em nossas orações, em nossos pedidos a Ele. Mas precisamos tirar de nossas cabeças a ideia de que a perseverança e a insistência são necessárias para "dobrar o Coração de Deus”. Não se trata disso. Pelo contrário, nós precisamos da perseverança e da insistência porque o nosso coração é que não se dobra com facilidade.

Nesse estudo vamos examinar quais são as características da oração infalível, isto é, como devemos rezar para que tenhamos a mais absoluta certeza de que a nossa oração vai ser atendida. Em determinadas situações, não adianta ficar como que “batendo a cabeça na parede” ou “dando murro em ponta de faca”, como se diz popularmente. Não adianta insistir do jeito errado, persistindo num engano. Existem fundamentos, características próprias que fazem com que uma oração seja infalível, e elas foram dadas por Graça a todo aquele que crê.

Parece-nos que isso é algo que as pessoas sempre procuraram muito, talvez mais até do que a própria salvação de suas almas, o que é de se lamentar. Assim como Esaú trocou a benção paterna (e divina) juntamente com seus direitos de filho herdeiro por um prato de lentilhas (G 25, 29-34), muitos preferem os prazeres e posses materiais do que a vida eterna no Reino do Céus. Muito vemos por aí os anúncios de supostas “orações de poder” e “novenas milagrosas” de todo tipo. Em praticamente toda igreja em que entramos encontramos folhetinhos com as mais variadas (algumas estapafúrdias) devoções a "santos de causas impossíveis", que no imaginário popular seriam como que agentes infalíveis para nos darem tudo aquilo que pedirmos... Alguns desses folhetos contém até ameaças para aqueles que não cumprirem determinada prática!

Essas pessoas não imaginam o quanto se afastam de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, dando tantas voltas em torno da Fonte, ao invés de irem beber direto no inesgotável Rio de Água Viva, pois foi Ele mesmo quem nos prometeu que estaria conosco todos os dias, até o fim do mundo.

Já entre os “evangélicos” é comum o uso da passagem do Evangelho segundo S. João (13,13-14) como uma espécie de muleta verbal para toda e qualquer situação: em praticamente tudo o que dizem, acrescentam ao final da frase um curioso: “Em nome de Jesus!”... A dona de casa diz que vai preparar o almoço de hoje “em nome de Jesus!”. O vendedor diz que vai bater a sua meta mensal “em nome de Jesus!”. A filha diz que vai tirar um “A “na prova de matemática “em nome de Jesus!”... Sim, qualquer comentário dessas pessoas, sobre qualquer assunto, é seguido sempre de um “em nome de Jesus!”, mesmo que seja uma fofoca sobre a vida de um vizinho, por exemplo, e até para contar ou rir de uma piada, muitos deles finalizam com um inevitável e impensado “em nome de Jesus”. Foi filmado e noticiado, recentemente, que até os deputados corruptos da nossa bancada "evangélica" andaram agradecendo pela roubalheira “em nome de Jesus!”... 

Interessante é que, agindo assim, essas pessoas não percebem que estão desobedecendo ao Segundo Mandamento, que diz: "Não tomareis o Santo Nome do SENHOR, vosso Deus, em vão". - O Nome de Deus não é amuleto, não é um talismã para ser usado como uma garantia de sucesso em tudo o que se fizer, como se Ele fosse atender a todos os nossos caprichos só por usarmos o seu Nome.



Existe uma oração que é sempre infalível

Deixando de lado essas interpretações equivocadas das Sagradas Escrituras, é importantíssimo saber que existe, sim, uma oração que é sempre infalível, ou um jeito de pedir a Deus infalivelmente. Há um jeito certo de dirigir a Deus as nossas súplicas, e é isto o que iremos investigar neste estudo.

É o próprio Evangelho que nos dá esta garantia. Em S. Mateus 7, 7-8, o Cristo diz: “Pedi e se vos dará, buscai e achareis, batei e vos será aberto...”

No mesmo Evangelho Segundo S. Mateus (21,22), o Senhor reafirma: “Tudo o que pedirdes com fé, na oração, vós o alcançareis”.

No discurso de despedida de Jesus, no Evangelho segundo S. João, o SENHOR insiste nessa mesma questão: “Tudo o que pedirdes ao Pai em meu Nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Tudo o que pedirdes em meu Nome, vo-lo darei” (Jo 14, 13-14). Mais adiante, novamente: “Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15, 7).

E prossegue o Salvador: “Naquele dia não me perguntareis mais coisa alguma. Em verdade, em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará. Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja perfeita” (Jo 16,23-24).

Nosso Senhor parece estar prometendo, garantindo que realmente existe uma infalibilidade para a oração do cristão que tem fé. Por outro lado, o Apóstolo S. Tiago nos diz em sua Epístola: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal...” (Tiago 4,3). Por quê?

O grande problema é que, se por um lado temos uma evidência de fé, registrada nas Sagradas Escrituras, por outro lado temos a refutação que vem dos simples fatos. Ora, muitas vezes pedimos e não recebemos, procuramos e não encontramos, batemos à porta e ela não abre. 

Fica assim para nós evidente que há um modo certo de pedir, e que se soubermos pedir, se conhecermos realmente esta forma de “oração infalível”, então seremos sempre atendidos.



A fórmula da oração infalível: as quatro exigências

Sendo assim, afinal, como é que podemos ter essa garantia, dada pelo próprio Senhor, de que nossa oração será infalivelmente atendida? Muitos católicos não sabem que Sto. Tomás de Aquino já desvendou e esclareceu muito bem a essa pergunta, na segunda seção da segunda parte da Suma Teológica (questão 83, artigo 15), onde, num resumo precioso, ele diz o seguinte: “Quatro são as condições exigidas simultaneamente para que sempre se receba o que se pediu na oração”.

São, portanto, quatro exigências, quatro requisitos, quatro características da oração que é atendida sempre, e que precisam estar presentes em nossas súplicas para que infalivelmente sejam atendidas, - pois é esta a Promessa de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. - Se faltar uma delas, falta a garantia divina: se falta algum destes pontos, é uma oração que poderá ser ou não atendida, mas não se aplica a ela, necessariamente, a Promessa de Cristo que acabamos de ver.

Quais são, então as quatro exigências para que a oração seja sempre, infalivelmente, atendida? Vejamos a lista desenvolvida por Sto. Tomás de Aquino:

1. Que se peça para si;

2. Que se peçam coisas necessárias a salvação;

3. Que se peça piedosamente;

4. Que se peça com perseverança.


Vemos claramente que o último item trata daquilo falamos logo no início e que consta do Evangelho de S. Lucas (11,5-8; 18,1-8): a perseverança. Ocorre, porém, que às vezes perseveramos demais em pedidos errados, e nunca somos atendidos. Por isso é que cada ponto dessa lista é importante. Cada um deles é um elemento que se liga ao outro, e juntos formam um conjunto coeso.


Assim, Sto. Tomás diz que, em primeiro lugar, a sua oração será atendida infalivelmente se você pedir para si mesmo. Esta exigência pode em princípio causar algum espanto ou surpresa, porque alguns poderão ver aí uma aparência algo egoísta, coisa tão contrária a tudo o que Jesus pregou. Mas não se trata disso. Ocorre que Deus nos abençoa conforme a nossa disposição, a nossa entrega, o nosso desejo sincero e a nossa fé. Ou seja, Deus quer derramar a sua Graça sobre nós, e quer derramá-la abundantemente, mas é preciso que estejamosdispostos a isso.

Quando pedimos pelo outro, - e devemos, sim, fazer isso, - nós não temos a garantia de que aquela oração vai ser atendida, porque Deus respeita a nossa liberdade. Nem sempre adianta rezarmos por uma pessoa que não está aberta, que não está disposta a receber a Graça. Podemos e, insisto, devemos pedir pelo nosso próximo, e Deus poderá conceder o que pedimos por um ato de Misericórdia. Mas esta não é uma oração infalível, porque a Graça depende, em parte, daquele que a recebe, e nós não podemos nos comprometer pelo outro, já que não podemos interferir na sua liberdade.

Já quanto pedimos para nós mesmos podemos nos comprometer, e já estamos assim usando de uma das condições necessárias para que sejamos atendidos infalivelmente conforme as Promessas de Nosso Senhor.


Segunda condição: você precisa pedir coisas necessárias à sua salvação, o que por sua vez vai auxiliar na salvação dos outros. Se pedimos algo como uma cura ou que um sofrimento seja afastado, ou ainda que uma dívida seja sanada, por exemplo, não temos necessariamente a Garantia Divina para estas orações, porque nada disso é intrinsecamente necessário à nossa salvação.

Deus pode nos atender, - e sabemos o quanto nos atende, - se pedimos com fé mesmo algo que não se enquadre nessa segunda exigência. Mas nós só podemos ter a plena certeza de que seremos atendidos quando pedimos coisas necessárias para a salvação de nossas almas. 

Assim, por exemplo, você pode pedir pelas virtudes, por uma graça que fortaleça o seu espírito para seguir Jesus; pode pedir por fortaleza ou prudência para não cair em pecado, pode pedir a graça de não morrer em pecado grave, pode pedir que determinada tentação o deixe... Coisas como essas, quem pedir receberá infalivelmente, desde que o pedido se enquadre também nas outras três condições.


A terceira condição é pedir piedosamente e, então, precisamos entender também: o que é uma oração piedosa?

* Em primeiro lugar, é uma oração humilde. S. Tiago, em sua epístola, nos lembra um versículo do Livro dos Provérbios que diz: “Deus resiste aos soberbos, mas dá sua Graça aos humildes (Tg 4, 6 - citando Pr 3,34)”

A oração piedosa é uma oração humilde, em que você se coloca diante de Deus, literalmente, como um mendigo, suplicante. Você não se coloca diante de DEUS como alguém que está ali “exigindo os seus direitos”, com arrogância, sem temor. É preciso saber reconhecer a sua incapacidade, e, ao mesmo tempo o Poder e a Grandeza de DEUS.

** Segunda coisa, a oração piedosa é feita com firmeconfiança. S. Tiago diz: “Mas peça-a com fé, sem nenhuma vacilação, porque o homem que vacila assemelha-se à onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para o outro. Não pense, portanto, tal homem que alcançará alguma coisa do Senhor, pois é um homem irresoluto, inconstante em todo o seu proceder. Mas que os irmãos humildes se gloriem de sua elevação”... (Tg 1,6-9)

A oração piedosa é, portanto, confiante. Interessante notar, neste ponto, que o próprio Senhor Jesus Cristo, por diversas vezes, antes de conceder alguma graça, perguntava antes a quem lhe pedia se realmente confiava nEle, como vemos na passagem de S. Mateus: "E, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando, e dizendo: ‘Tem compaixão de nós, filho de Davi!’. E, quando chegou à casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus disse-lhes: ’Credes vós que eu possa fazer isto?’; disseram-lhe eles: ‘Sim, Senhor!’. Tocou então os olhos deles, dizendo: ‘Seja-vos feito segundo a vossa fé’. E os olhos se lhes abriram”. (Mt 9, 27-30).

Os cegos confiaram e, por confiarem, foram atendidos. Pedir crendo, sem vacilação: eis aí a segunda exigência.

*** Terceira característica essencial da oração piedosa:pedir em Nome do Cristo. Por isso as orações litúrgicas quase sempre se encerram da mesma maneira: “Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho...” – Em Nome do Senhor, nossa oração é piedosa (nossa oração, e não tudo que dissermos, pois não queremos tomar o nome de Deus em vão).

**** Por fim, para que uma oração seja piedosa, precisa ser feita com atenção. Quando pedimos displicentemente, sem prestar atenção ao que estamos dizendo, é uma irreverência que não cabe quando nos dirigimos ao Criador.


A quarta e última exigência da oração infalível, segundo S. Tomás de Aquino, é a perseverança. E foi sobre esta que inciamos este estudo, falando do amigo inoportuno, da viúva e do juiz, da mulher cananeia... Mas podemos usar também o exemplo direto do próprio Jesus:

O capítulo 6 do Evangelho segundo S. Lucas, por exemplo, narra como Jesus passou a noite orando a Deus. No Horto das Oliveiras, antes de se entregar em Sacrifício, vemos que Jesus dá o exemplo de perseverança quando, cheio de angústia, orava com insistência, e no Evangelho segundo S. Marcos vemos como o Cristo rezava antes de Judas o trair: "E, afastando-se de novo, orava dizendo novamente a mesma coisa..." (Mc 14, 39). O próprio Senhor, Deus feito homem, insistia e persistia a Deus Pai em sua súplica.


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Temos assim quatro exigências, quatro características básicas da oração que é sempre infalível. Se você tiver estas quatro características em sua oração, ela será infalível. Não se trata de colocar a sua confiança em “orações de poder”, "novenas infalíveis" ou pensar que a intercessão de algum santo das “causas impossíveis” é que vai fazer com que você sempre receba o que pede. Sem essas quatro condições, seu pedido até poderá ser atendido, sim (pois a Misericórdia Divina é infinita), mas a sua oração não se enquadrará na Promessa infalível de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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** Baseado na homilia do 29º Domingo do Tempo Comum, de Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Jr., disponível em audio em
http://padrepauloricardo.org/episodios/29-domingo-do-tempo-comum-a-oracao-infalivel

Podemos nos relacionar virtualmente com Deus?

.Deus não está esperando "curtidas", mas aceitação no seu coração; Ele não quer milhares de fãs, mas filhos que confiem nele.


Nossa relação com Deus se tornou virtual? Não consigo deixar de me perguntar isso. Quando o virtual supera o real, já não é fácil prever tudo aquilo que pode acontecer.

O "olho no olho" é trocado por uma tela de celular; vivências são trocadas por fotos nas
 redes sociais, para mostrar o lugar do passeio ou o cardápio do dia; diálogos são trocados por palavras cheias de abreviações, que podem ser escritas com a ortografia que cada um achar mais fácil. Este é o mundo virtual, o mundo do "visivelmente escondido".

Já não interessam os jogos de mesa ou ao ar livre, o contato com a natureza, a brisa no rosto, o cheiro da grama úmida e dos animais. Agora tudo é virtual: animais de estimação, amigos, atividades, encontros, sexo (esse que gera prazer sem compromisso nem risco de DST). Agora o mundo está na rede e é possível "viajar" sem dinheiro.

Mas parece que nossa relação com o Senhor também está seguindo este padrão. Agora as orações são escritas e publicadas nas
 redes sociais, fala-se do Senhor pela internet, louva-se o Senhor no Facebook. Meu temor é que tudo se reduza a isso.

A virtualidade não substitui a realidade, e
 Deus não tem rede social. Ele vê tudo, mas prefere o velho costume do contato pessoa a pessoa. Ele não quer ler mensagens, mas escutar a voz de cada um, o temor, a emoção, esse timbre inconfundível que é como música para seus ouvidos.

Jesus nos disse: "Quando você quiser orar, entre no seu quarto, feche a porta e ore ao seu pai que está no escondido; e seu Pai, que vê o escondido, o recompensará". Este ensinamento não perdeu a validez; há coisas que nunca serão superadas pela tecnologia – criada para melhorar a qualidade da nossa vida, mas não para substituir nossas relações pessoais.

Nenhuma rede social pode destruir a autêntica relação com
 Deus e com as outras pessoas. Não permita que seu contato com Ele dependa de um celular ou computador.

Quer jantar com o Senhor? Participe da Eucaristia. Quer falar com Ele? Ore. Compartilhe suas experiências com os amigos, mas não se esqueça de
 Deus nos momentos de alegria. Ele não é um amigo virtual, e sim real, mais real que nós mesmos, mais real que a luz do sol ou o resplendor da lua.

Não podemos ter medo das relações reais, do compromisso, do contato, dessas que precisam de cuidado e alimento e que não acabam com um simples bloqueio virtual.
 Deus é uma pessoa, não uma energia, nem um desconhecido que se esconde por trás dainternet, querendo algo desconhecido de você.

Ele o espera e ama, quer entrar na sua casa e jantar com você. Ele não tem seguidores, mas discípulos; não busca "curtidas", mas aceitação no seu coração; e não deseja milhares de contatos, e sim filhos que acreditem e confiem nele.

Nada do que acontece no mundo virtual pode substituir a verdadeira relação que se estabelece na intimidade da oração, da leitura e da meditação da sua Palavra. Que não fique tudo na rede; que não "pareçamos" discípulos, mas sejamos realmente discípulos.
Juan Ávila Estrada
http://www.aleteia.org

Madre Elvira Petrozzi, a freira que salva usuários de drogas com o terço

Há trinta anos, ela fundou a comunidade Cenáculo, que não é uma simples obra assistencial, mas um lugar de fé e uma "casa da vida"

"Eu sou uma mulher apaixonada: da vassoura até as panelas, do irmão pobre até a capela. Eu sou uma mulher das ruas, não do escritório", que nunca pensou em "aprender a ler e a estudar para ensinar os outros, para ‘fazer’ caridade. A caridade é a minha vida, é o dom de mim mesma, é o dom da minha alegria baseada em um ‘sim’ a Deus que é cada vez mais real e apaixonado". É assim que se descreve, com grande simplicidade, a madre Elvira Petrozzi, com olhos vivos, mais loquazes do que a língua.

Conhecida como "a irmã dos
 drogados", ela nasceu em Sora, Itália, em 21 de janeiro de 1937. Durante a Segunda Guerra Mundial, emigrou com a família pobre para a cidade de Alessandria, no norte do país, onde viveu a miséria do pós-guerra e experimentou em casa “o privilégio de reinar no serviço aos outros”, como relata no livro "L’abbraccio” [O abraço]. Ela recorda com gratidão aquela “escola de sacrifício”, no seio da família de sete irmãos, quando se levantava da mesa sempre com “a angústia da fome”.

“Como é bela a pobreza”, escreve ela, porque “a
 pobreza é liberdade! Nós ficamos acima das coisas, da riqueza, das ambições”. O sofrimento em família também foi uma lição aprendida por causa do pai, alcoólatra: “foi a minha universidade para aprender a amar e servir a todos com dignidade”.

Aos 19 anos, Elvira entendeu que o amor exclusivo por um rapaz seria estreito demais para ela: sua vocação era compartilhar a ternura do outro Esposo, que batia à porta do seu coração e que a tinha "amado, acompanhado e 'cultivado' desde menina".

Até os 46 anos, Elvira é uma
 freira "normal", dedicada à obra da educação. Em 1983, porém, ela funda a comunidade Cenáculo numa antiga villa italiana do século XVIII, na colina de Saluzzo, no Piemonte. Mais tarde, outras 56 casas da comunidade se espalhariam pela Itália e pelo mundo. No começo, ela pensou em criar uma comunidade “para os jovens desnorteados pelo tédio, pela insegurança, por vidas fragmentadas, sem pé nem cabeça”.

“Eu queria a todo custo a presença de Maria”, diz a religiosa, “e, pensando no Cenáculo, eu pensava imediatamente na Igreja, nos Apóstolos reunidos com Maria no Cenáculo, trancados e cheios de medo depois da morte de Jesus. Mas depois, com Maria no Cenáculo, eles rezam. O Espírito Santo vem e os Apóstolos se transformam em testemunhas corajosas. Aquela porta, que estava fechada por causa do medo, se escancara para a coragem e para a alegria do testemunho”.

Mas quem primeiramente bateu à porta da comunidade foram os jovens viciados em drogas, famintos de algo mais profundo. A madre Elvira, consciente "de que uma terapia meramente humana não iria saciar os seus corações", decidiu recorrer à oração para reacender neles a esperança. Apesar dos primeiros passos incertos e dos inevitáveis erros, ela não desistiu, firme na convicção de que "as obras de Deus nascem em silêncio e não fazem barulho". Aprendeu a ler neles o livro da vida, que leva ao mistério da cruz. Contagiados pelo encontro com ela, “seus meninos” aceitaram as suas regras: acordar às 6 da manhã para rezar, trabalhar e compartilhar a vida de cada dia, porque os centros fundados por ela não são comunidades
terapêuticas, mas “escola da vida”.

Quando se chega a um dos seus centros, “ganha-se” um “anjo da guarda”: trata-se de um dos rapazes em processo de renascimento, que já superou as primeiras grandes dificuldades e já está pronto para ajudar um dos novos jovens recém-chegados, que entram ali ainda “despedaçados”. Cada jovem tem uma tarefa, desde cozinhar até fazer a faxina, passando pelos afazeres de alvenaria. O objetivo é redescobrir o valor do
 trabalho honesto e do senso de responsabilidade. Uma vez por semana, é feita a "revisão de vida": todos se reúnem em pequenos grupos para compartilhar os triunfos e as derrotas dos dias anteriores. Com a ajuda de amigos sacerdotes, em cada fraternidade, geralmente três vezes por semana, é celebrada a Eucaristia. A oração é o centro e o coração do dia a dia na comunidade. E o terço, três vezes por dia, é o único remédio a ser tomado.

A madre Elvira envolve também as
 famílias no processo de renascimento dos filhos. "Muitos pais vivem a experiência que é a cruz do filho perdido, a cruz que eles não podem delegar a ninguém, a cruz que os deixou de joelhos e que foi a fonte da sua conversão". Ela já presenciou muitas lágrimas, abraços, reconciliações, famílias ressuscitadas.

Nos primeiros tempos da comunidade, depois de vencidos os três anos do “caminho”, os jovens recebiam a “bênção” e tinham que partir. Mas alguns, depois de reconstruírem a vida, escolheram ficar na comunidade para repassar a outros o mesmo amor que tinham recebido. Outros ainda manifestaram o desejo de realizar a sua vocação à vida de família dentro da comunidade, vivendo de modo autêntico e cristão o namoro e o casamento. Nasceu assim o “noviciado do casal”, que deu origem a várias “famílias missionárias”.

Para os jovens que saem da
 comunidade, é sempre organizada uma festa em que a madre Elvira entrega a cada um o crucifixo e o terço. Afinal de contas, “não basta a cura: o importante é a salvação”.
sources: Aleteia


3 de jan. de 2014

Contribuição do Papa chega às contas da JMJ

03/01/2014

O Papa Francisco reconheceu o grande trabalho do Comitê Organizador Local para a realização da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Foi a primeira viagem internacional e primeiro retorno a América Latina após o início de seu Pontificado. No Rio, encontrou uma Igreja jovem, viva e atuante. Tudo reverberava o projeto da Nova Evangelização. Sensibilizado, ele demonstrou a intenção de contribuir com uma ajuda financeira para saldar parte dos investimentos da JMJ Rio2013, o que foi concretizado neste mês de janeiro. O Sumo Pontífice dispôs a contribuição de R$ 11,7 milhões, com a finalidade de ajudar a cobrir parte das despesas da organização da Jornada.
A JMJ Rio2013 passou por auditoria independente da Ernst&Young que confirmou o déficit de R$ 91,3 milhões, registrado em 31 de agosto último. Após o evento, com a negociação com fornecedores, doações, campanha e a venda de um imóvel, o saldo da dívida com credores diminui para R$ 43,2 milhões, sendo R$ 20,28 milhões devidos a diversos fornecedores e R$ 22,92 milhões com despesas de alimentação.
Há um esforço local para saldar os compromissos financeiros. Os contratos ainda em aberto estão sendo renegociados e os valores pendentes devem ser quitados na medida em que os recursos estiverem disponíveis.
Em outubro, foi lançada a campanha de doações, que recebeu cerca de R$ 800 mil. Estes recursos foram aplicados na JMJ Rio2013. A JMJ consolidou parcerias que resultaram no lançamento de quatro produtos (três DVDs e um CD). As vendas também serão fontes de recursos.
Todos os investimentos da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 estão sendo pagos com recursos próprios, o que inclui doações, inscrições, venda de patrimônio, licenciamento da marca. Não houve qualquer aporte de dinheiro público, sendo inverídica a informação de que a Jornada teria recebido R$ 118 milhões dos Governos Federal, Estadual e Municipal. A participação da administração pública se deu para assegurar o funcionamento dos serviços públicos durante o evento.
A JMJ Rio 2013 marcou a mente e o coração de todos que viram e participaram desta grande feste de fé, solidariedade e alegria.

Por: Assessoria de Imprensa – COL JMJ Rio2013

Papa: "Como São Fabro, jesuítas devem despojar-se e preencher-se de Deus"

 2014-01-03

O Evangelho deve ser anunciado com doçura e não à força

Foi o que recordou Francisco nesta sexta-feira, 03, a seus irmãos jesuítas, na homilia da missa celebrada na Igreja de Jesus, no centro de Roma. Da cerimônia participaram 350 membros da Ordem, a quem o Papa convidou a seguir o exemplo de São Pedro Fabro, um dos primeiros companheiros de Santo Inácio e fundador da Companhia de Jesus. 

Uma multidão recebeu Francisco em sua chegada à igreja. Descendo do carro, o Pontífice cumprimentou os fiéis retidos atrás de barreiras e entrou no templo. No dia em que a Igreja recorda o Santíssimo nome de Jesus, a celebração teve caráter de ação de graças pela inscrição no catálogo dos Santos, no dia 17 de dezembro passado, de Pedro Fabro, primeiro sacerdote jesuíta. 

Pedro Fabro era completamente centrado em Deus e por isso, podia ir, em espírito de obediência e muitas vezes a pé, a qualquer lugar da Europa e dialogar com todos com doçura, anunciando o Evangelho”. 

“Um dos maiores desejos de Fabro era ser ‘dilatado’ em Deus, ele tinha queria dedicar o centro de seu coração a Jesus, era devorado pelo anseio de comunicar o Senhor”. “E nós também – acrescentou Francisco – devemos deixar agir em nós o fascínio de Jesus”.

Ainda na homilia, o Pontífice lembrou os dizeres de São Paulo: “Tenham os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, que mesmo estando na mesma situação de Deus, não viu isto como um privilégio, mas despojou-se de tudo e assumiu a condição de servo”. 

Nós jesuítas – frisou forte o Papa – queremos atuar sob a sua insígnia, e isto significa ter os mesmos sentimentos de Cristo. Significa pensar como Ele, querer bem como Ele, ver como Ele, caminhar como Ele. Significar fazer tudo o que Ele fez, com os sentimentos de seu coração”. 

Continuando, o Papa disse que “se o Deus das surpresas não estiver no centro, a Companhia se desorienta”:

Por isso, ser jesuíta significa ser uma pessoa de pensamento incompleto, aberto, porque pensa sempre mirando no horizonte que é a glória de Deus, que nos surpreende sempre. É esta a inquietude de nossa profunda voragem. A santa e bela inquietude”, completou. 

Francisco observou que é necessário “procurar Deus para encontrá-lo, e encontrá-lo para procurá-lo e achá-lo ainda e sempre”:

É esta inquietude que dá paz ao coração de um jesuíta, uma inquietude apostólica, que não nos deixa jamais cansar de anunciar o querigma, de evangelizar com coragem. Sem inquietude, somos estéreis”, concluiu. 
(CM)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

03/01 Nossa Senhora das Rosas

Desde os primeiros séculos os cristãos usaram a rosa com um significado místico. As catacumbas de São Calisto, encontradas no século III, em Roma, mostram que eles tinham o costume de desenhar rosas indicando o paraíso. Porém, São Cipriano de Cartago usava a rosa como sinônimo de martírio. A partir do século V, a rosa passou a simbolizar a Virgem Maria. Tanto assim que os ícones marianos mais antigos do oriente representam a Mãe Imaculada com o Divino Filho nos braços e uma rosa na mão, ou emoldurando o quadro. 

O ocidente enriqueceu ainda mais essa iconografia mariana. As mais divulgadas são as obras pintadas por: Tiziano, Schongauer, Cantarini entre outros, no período medieval. Sob título de "Madona da Rosa" ou "Madona das Rosas", foram executadas especialmente para ilustrar os magníficos Santuários e hoje acervo de vários museus do mundo. 

Todavia, a devoção à Nossa Senhora "das Rosas" remonta o século XV e está ligada a dois fatos prodigiosos ocorridos na noite de 03 e na madrugada de 04 de janeiro de 1417, na região da Brescia, Itália.

Dois mercadores forasteiros se aproximavam da cidade de Bérgano, quando ficaram perdidos no bosque de Albano, sem sinal da estrada já coberta de neve. Não imaginavam que estavam bem próximos do destino, apenas à oito quilômetros do centro da cidade.Ttemendo os salteadores, pediram ajuda ao Senhor invocando com confiança a Mãe Santíssima, prometendo erguer uma capela à Maria assim que saíssem daquela situação aflitiva. 

Imediatamente do céu saiu um feixe de luz quebrando a escuridão do bosque e trazendo uma neblina luminosa, que os conduziu à porta da cidade. Certos de que lhes acontecera era um milagre, ainda rezavam ao Senhor e à Virgem, quando um clarão surgiu com a aparição: viram Nossa Senhora sentada num trono de nuvens toda rodeada de rosas, nos joelhos tinha o Divino Filho e também Ele com rosas na mão.

Ao amanhecer, foram ao encontro do Bispo de Bérgamo e contaram sobre o milagre do bosque, a aparição da Mãe Celeste e a promessa da construção do templo mariano. Logo, com a doação dos dois forasteiros, no Monte de Bérgamo, hoje Monte Róseo, foi erguida a igreja à Virgem das Rosas, inaugurada em maio de 1418. Mas os mercadores compraram um terreno no bosque de Albano, onde aconteceu o milagre da luz noturna e construíram uma outra capela dedicada à Nossa Senhora das Rosas.

Nessa capela, em 1855, os habitantes de Albano rezaram pedindo a intercessão da Mãe Santíssima para terminar com a cólera que acabava com a população. Cessada a epidemia foi construído o Santuário de Nossa Senhora das Rosas de Albano. Em 1877, o Vaticano decretou a celebração própria do culto, em 04 de janeiro. E depois, em 1920, concedeu a coroação canônica da Virgem das Rosas.

Fonte: Portal Paulinas.org.br

03 de Janeiro - Santa Genoveva

Santa Genoveva
422-502

A França não deu ao mundo somente Santa Joana D'Arc como exemplo de mulher santa por interferir na política dos homens. Presenteou a Humanidade também com Santa Genoveva. Embora não se atirasse à guerra como Joana D'Arc, Santa Genoveva fez da atividade política e social uma obrigação tão importante quanto a oração e o jejum. Se Joana é invocada como guerreira, Genoveva se faz protetora nas horas de calamidade e perseguição.

Nasceu em Nanterre, perto de Paris, no ano 422, de família muito humilde e modesta, época em que a Inglaterra ainda era dominada pelo paganismo, exigindo da Igreja uma postura de evangelização naquele importante país. Assim, tinha Genoveva cerca de 6 anos (alguns escritos falam em 8) quando uma missão católica passou por sua cidade a caminho da Bretanha, liderada por dois bispos. Um deles profetizou que a menina seria um prodígio cristão - e não errou.

Já aos 15 anos Genoveva fez voto de castidade, participando ainda de uma irmandade que, embora não se retirasse para os conventos, atuava religiosa e socialmente a partir de suas próprias casas. Sua história como protetora da França tem dois episódios significativos e sempre citados: a resistência aos hunos e o auxílio dos moradores do campo à cidade que vivia na penúria. 
Quando Átila, "o flagelo de Deus", liderou os hunos na invasão a Paris, a população decidiu abandonar a cidade. Santa Genoveva os convenceu a ficar, pois deviam confiar em Deus que impediria a destruição da metrópole. Embora quase fosse linchada pelos mais temerosos, sua convicção contagiou e o povo ficou. Átila não só não invadiu Paris como pouco tempo depois foi obrigado a recuar e abandonar outras cidades conquistadas. 

Mais tarde, quando a cidade mergulhava na fome e na escassez, Genoveva exortou a população agrícola a socorrer os moradores urbanos, salvando milhares da morte. Por isso é invocada sempre que a capital francesa passa por calamidades e não tem recusado proteção, segundo seus devotos.

Sua atuação na política também livrou muitos da cadeia e da perseguição, pois interferia frequentemente junto ao Rei Clóvis, conseguindo anistia aos prisioneiros políticos. Morreu por volta do ano 502, depois de ter convencido o rei a construir a famosa igreja dedicada a São Pedro e São Paulo. Durante a revolução francesa a abadia construída sobre seu túmulo, e que abrigava suas relíquias, foi saqueada pelos jacobinos, mas seu culto continuou e perdura até hoje na Igreja de Santo Estêvão do Monte.

Fonte: http://www.paulinas.org.br

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...