14 de dez. de 2013

Quase vendi Deus

Alguns anos atrás, um sacerdote mudou-se para Houston, Texas, nos Estados Unidos. Poucos dias depois ele subiu num ônibus para ir até o centro da cidade. Quando sentou, contou o troco e verificou que o cobrador tinha dado a ele uma moeda de 25 centavos a mais. Enquanto viajava, ia refletindo sobre o que deveria fazer, e chegou a conclusão:

“Esquece o assunto: afinal são apenas 25 centavos. Quem vai se preocupar com tão pouca quantidade de dinheiro? Fica com a moeda e aceita-a como uma dádiva de Deus”.

Porém, quando chegou ao deu destino e se apressava para saltar do ônibus, pensou novamente, parou e se voltou para o cobrador:

“Tome, o senhor me deu uma moeda de 25 a mais”.

O cobrador, com um sorriso respondeu:

“Sei que o senhor é o novo padre da paróquia. Eu estava pensando em voltar para a Igreja e quis fazer um teste: O que o novo padre fará se eu der o troco errado”?

O sacerdote desceu do ônibus e pensou:

“Oh meu Deus, por muito pouco te vendo por 25 centavos”!

“Histórias que Evangelizam” – Gilberto Gomes Barbosa – Obra de Maria.


Poema da graça plena - Pe. Zezinho, scj


Poema da graça plena

Pe. Zezinho, scj


Tua graça, meu Senhor 
Cada dia mais completa 
Cada vez mais benfazeja 
Faça bem ao mundo inteiro
Faça bem à nossa Igreja!
Ponha em nós a paz inquieta 
De quem tua paz almeja
Toque o coração dos povos 
Tua graça benfazeja 
e conduza na unidade
os cristãos e as igrejas! 



Nunca falta a quem é crente 
O desejo da unidade.
Mesmo crendo diferente 
caminhemos na verdade.
Mesmo de ângulos diversos, 
na mesma fraternidade.
E que, em todas as igrejas,
nunca falte a humildade!



Ovelhas do mesmo aprisco 
Ainda que separados, 
ousamos correr o risco 
de caminhar lado a lado



Pecadores somos todos,
Embora te conhecendo, 
Converte-nos de verdade,
Estamos nos convertendo!



Tua graça benfazeja
Converta todos os povos,
Produza corações novos
Mas primeiro nos converta 
E converta nossa Igreja!



www.padrezezinhoscj.com
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15 de Dezembro - Santa Virgínia Centurione Bracelli

Santa Virgínia Centurione Bracelli
1587-1651
Fundou as Congregações:
Filhas de Nossa Senhora
do Monte Calvário e Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio
no Monte Calvário

Virgínia, riquíssima, filha de um doge da República de Gênova, nasceu em 2 de abril de 1587. O pai, Jorge Centurioni, era um conselheiro da República. A mãe, Leila Spinola, era uma dama da sociedade, católica fervorosa e atuante nas obras de caridade aos pobres. Propiciou à filha uma infância reservada, pia e voltada para os estudos. Mesmo com vocação para a vida religiosa, Virgínia teve de casar, aos quinze anos, por vontade paterna, com Gaspar Grimaldi Bracelli, nobre também muito rico. Teve duas filhas, Leila e Isabela. Esposa dedicada, cuidou do marido na longa enfermidade que o acometeu, a tuberculose. Levou-o, mesmo, para a Alexandria, em busca da cura para a doença, o que não aconteceu. Gaspar morreu em 1607, feliz por sempre ter sido assistido por ela.

Ficou viúva aos vinte anos de idade. Assim, jovem, entendeu o fato como um chamado direto de Deus. Era vontade de Deus que ela o servisse através dos mais pobres. Por isso conciliou os seus deveres do lar, de mãe e de administradora com essa sua particular motivação. O objeto de sua atenção, e depois sua principal atividade, era a organização de uma rede completa de serviços de assistência social aos marginalizados. O intuito era que não tivessem qualquer possibilidade de ofender a Deus, dando-lhes condições para o trabalho e o sustento com suas próprias mãos.

Desenvolvia e promovia as "Obras das Paróquias Pobres" das regiões rurais conseguindo doações em dinheiro e roupas. Mais tarde, com as duas filhas já casadas, passou a dedicar-se, também, ao atendimento dos menores carentes abandonados, dos idosos e dos doentes. Fundou uma escola de treinamento profissional para os jovens pobres. Numa fria noite de inverno, quando à sua porta bateu uma menina abandonada pedindo acolhida, sentiu uma grande inspiração, que só pôs em prática após alguns anos de amadurecimento.

Finalmente, em 1626, doou todos os seus bens aos pobres, fundou as "Cem Damas da Misericórdia, Protetoras dos Pobres de Jesus Cristo" e entrou para a vida religiosa. Enquanto explicava o catecismo às crianças, pregava o Evangelho. As inúmeras obras fundadas encontravam um ponto de encontro nas chamadas "Obras de Nossa Senhora do Refúgio", que instalou num velho convento do monte Calvário. Logo o local ficou pequeno para as "filhas" com hábito e as "filhas" sem hábito, todas financiadas pelas ricas famílias genovesas. Ela, então, fundou outra Casa, depois mais outra e, assim, elas se multiplicaram.

A sua atividade era incrível, só explicável pela fé e total confiança em Deus. Virgínia foi uma grande mística, mas diferente; agraciada com dons especiais, como êxtases, visões, conversas interiores, assimilava as mensagens divinas e as concretizava em obras assistenciais. No seu legado, não incluiu obras escritas. Morreu no dia 15 de dezembro de 1651, com sessenta e quatro anos de idade, com fama de santidade, na Casa-mãe de Carignano, em Gênova. A devoção aumentou em 1801, quando seu túmulo foi aberto e seu corpo encontrado intacto, como se estivesse apenas dormindo. Reavivada a fé, as graças por sua intercessão intensificaram-se em todo o mundo.

Duas congregações distintas e paralelas caminham pelo mundo, projetando o carisma de sua fundadora: a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário, com sede em Gênova; e a Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário, com sede em Roma.

Virgínia foi beatificada em 1985. O mesmo papa que a beatificou, João Paulo II, declarou-a santa em 2003. O seu corpo é venerado na capela da Casa-mãe da Congregação, em Gênova, com uma festa especial no dia de sua morte. Mas suas "irmãs" e "filhas" também a homenageiam no dia 7 de maio, data em que santa Virgínia Centurione Bracelli vestiu hábito religioso.

Reflexão do evangelho (3° Domingo do Advento)

15/12/13
Liturgia deste Domingo 

1° leitura (Is 35, 1-6a.10)
Salmo 145(146)
2°Leitura (Tg 5, 7-10) 
Evangelho (Mateus 11, 2-11)

Este terceiro Domingo do Advento tem um tema predominante: a alegria provocada pela vinda do Senhor.

Por isso, a cor rosa, que pode ser usada como um roxo atenuado, o rosa que mistura o roxo da espera vigilante com o branco da alegria do Natal.

Alegrai-vos (Gaudete!) – convida-nos a liturgia, inspirando-se nas palavras do Apóstolo: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto!” (Fl 4,4s).
Pensando bem: há motivos para alegria verdadeira, profunda, responsável?
Ante as lutas e fardos da vida, podemos realmente alegrar-nos?
Ante as feridas e machucaduras do nosso coração, é possível uma alegria duradoura e verdadeira?
Ante as desacertos e desvios do mundo, é realmente possível este gáudio a que nos convida a Igreja, com as palavras de São Paulo?

E, no entanto, o convite é insistente: Alegrai-vos!
Antes do convite à alegria, ao júbilo, à exultação, permitam-me um outro convite: pensemos na vida de frente, como ela é, para cada um de nós e para os outros! A vida não é uma maré mansa, um mar de rosas...

Faço este convite porque somente assim nossa alegria poderá ser realista e verdadeira.

Não esqueçamos que há também uma alegria boba, tola, tonta, irresponsável, que brota da superficialidade ou da ilusão...

Não é dessa que falamos aqui...
A nossa vida – a minha, a sua! - gostaríamos que ela fosse como quiséramos, gostaríamos de controlá-la, de garantir que tudo saísse bem para nós e para os nossos, para os nossos e para todos...

E, no entanto, constatamos com pesar que não temos em nossas mãos a nossa existência. Que duras as palavras de Jeremias profeta: “Eu sei, Senhor, que não pertence ao homem o seu caminho, que não é dado ao homem, que caminha, dirigir os seus passos” (10,23).

O mundo não é como gostaríamos, os nossos caros não são e não vivem como esperávamos e nós mesmos tampouco vivemos a vida que sonhamos... Nosso mundo anda estressado, as pessoas sentem-se sozinhas, meio como que perdidas, ante uma crise generalizada de valores e de sentido... Que caminho seguir? Que rumo tomar? Que valores são valores realmente ou, ao invés, mera ilusão?

Conservamos ou destruímos o sentido sagrado do matrimônio e da família? O Governo brasileiro vai adiante, a passos largos, no seu projeto de destruir a família e os valores cristãos da nossa sociedade... E tantos políticos, dizendo-se católicos, compactuam com tal patifaria! E o pior é que todos sabíamos que seria assim... Haveremos todos de prestar contas a Deus!

Eis! Castidade, honestidade, respeito pela vida, moralidade, são ainda valores? A vida é, deveras, estressante...

E o Senhor nos exorta: Alegrai-vos! E neste Domingo de Advento, a Igreja insiste: "Alegrai-vos! Alegrai-vos no Senhor!" O cristão não tem direito ao desânimo, ao desespero, ao derrotismo...

Alegrai-vos! E alegrai-vos sempre! Mas, alegrai-vos no Senhor! E por quê? Porque Ele está perto! Não nos deixa nunca: Ele vem sempre como Emanuel- Deus conosco!

Pensemos nas palavras tão consoladoras das leituras deste hoje! São para a terra deserta do coração do mundo e para o nosso: “Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e cresça como um lírio. Germine e exulte de alegria e louvores! Seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus!”

Que cristão, que homem ou mulher de boa vontade não lamentam a situação atual da humanidade?
Quem não sente na vida a tentação de fraquejar, e a mordida do desencanto?
Quem, às vezes, não pergunta onde Deus está, que parece tão distante e ausente?

Escutem: “Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: ‘Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é o vosso Deus: Ele vem para vos salvar!’” 

É esta a esperança do santo Advento: a esperança num Deus que não nos esquece, não nos desilude, não nos deixa sozinhos... Um Deus que vem ao nosso encontro no Santo Messias esperado! O profeta Isaías promete: “Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos”. E o que o profeta promete, o Senhor Jesus vem realizar: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobre são evangelizados!’ 

Eis aqui o motivo da nossa alegria: a certeza da fé em Jesus Cristo: Ele é a presença pessoal de Deus entre nós, Ele é Aquele que cura nossas feridas, sustenta-nos na fraqueza, enche de doce presença o nosso coração solitário! Confiemos ao Senhor o mundo, a nossa vida, os nossos problemas, as coisas que nos preocupam. Lutemos e confiemos; lutemos e enchamos o coração de esperança no Senhor! A salvação que Ele trouxe haverá de se manifestar um Dia, naquele bendito Dia final, quando tudo será passado a limpo: “A Vinda do Senhor está próxima” – diz-nos São Tiago!
As grandes tentações para o cristão de hoje são a falta de entusiasmo e de esperança, um cansaço ante a paganização do mundo e a teimosia humana... A consequência, é a falta de uma alegria verdadeira. 

Procuram-se cristãos alegres, cristãos convictos, cristãos radicais! Precisam-se urgentemente de cristãos apaixonados, cristãos de verdade, cristãos que creiam no que acreditam! Afinal, há alegria duradoura e profunda somente quando se encontra o sentido da existência, e este sentido nos é oferecido pelo Cristo; unicamente em Cristo!

Esperemos Nele: na Sua palavra, no 
Seu juízo, na Sua graça! Ele não nos esqueceu, Ele não está ausente do mundo e da nossa vida! Recordemos a forte exortação de São Tiago: “Ficai firmes até à Vinda do Senhor! Ficai firmes e fortalecei vossos corações, porque a Vinda do Senhor está próxima! Irmãos, tomai como modelo de sofrimento e firmeza os profetas que falaram em Nome do Senhor!”

O Advento não somente nos prepara para a celebração da primeira vinda do Senhor no Natal, mas sobretudo nos convida a reconhecer Suas vindas na nossa vida e a esperar com ânsia e compromisso Sua Vinda final! Ele virá, Ele conduzirá tudo à Plenitude, Ele tudo julgará, julgará também a minha vida, a sua vida!

Caminhemos, caríssimos, na alegria de quem espera com certeza: “Alegrai-vos sempre no Senhor! O Senhor está perto!"


Texto: Dom Henrique Soares da Costa 
Fonte: https://www.facebook.com/domhenrique.dacosta?fref=ts

Os 10 mandamentos explicados ao homem de hoje

Durante este Ano da Fé, a Renovação no Espírito Santo apresentou uma releitura dos 10 

mandamentos por meio da iniciativa "10 praças para 10 mandamentos", com dez grandes eventos (cada um deles dedicado a um preceito) de oração, louvor, música, dança e testemunhos de fé, nas principais praças de dez cidades italianas.


Esta é a sua interessante "tradução" das Tábuas da Lei à linguagem atual, para mostrar ao homem de hoje o caminho de liberdade traçado nestes dez preceitos:

Eu sou o Senhor teu Deus. A crise do homem moderno é crise de Deus, eclipse de Deus, ignorância de Deus, aversão a Deus. A esperança dos homens é decepcionada quando buscam respostas fora de Deus. O homem subordina sua vida, seu futuro, tudo o que possui de bom a outros "senhores". Longa seria a lista de todos os "falsos senhorios" propostos pelo espírito do mundo, oposto ao Espírito de Deus.

Não terás outro Deus fora de mim. Os ídolos parecem desfrutar de uma saúde excelente, enquanto Deus parece suscitar menos fascínio no homem moderno. No entanto, são "ídolos mudos", que não podem salvar o coração do homem em sua mais recôndita necessidade de amar e ser amado. Quantas imitações, quantas distorções do verdadeiro rosto de Deus! Faz-se guerra em nome de Deus, mas Deus é uno; se é "uno", não pode estar em conflito, em perene conflito entre gerações e povos.

Não invocarás o nome de Deus em vão. De quantas maneiras se insulta Deus, se blasfema, se altera sua verdadeira essência! É fácil usar o nome de Deus adaptando-o às próprias necessidades. Há muitos falsos profetas que abusam dos outros, especialmente dos "fracos", em nome de Deus. Há crentes que dizem se salvar sozinhos, dando a Deus o nome de "misericórdia", mas esquecendo que seu nome também é "verdade" e "justiça".

Santificarás as festas. A festa e, portanto, o repouso do trabalho, é o espaço oferecido para a intimidade com Deus. O tempo reservado à descoberta de si mesmo em relações de verdadeira fraternidade com os outros. Assistimos à desnaturalização desta verdade: a festa não alimenta mais a necessidade que o homem tem de Deus, mas o faz esquecer disso, tornando-se cada vez mais sinônimo de consumismo, prazer, aquisição e desfrute dos bens materiais.

Honrarás teu pai e tua mãe. Os filhos nascem de um pai e de uma mãe, não de doadores de esperma ou de barrigas de aluguel, em nome de uma nova ética social. Quantos filhos órfãos, pela paternidade negada ou rejeitada inclusive pelas próprias legislações humanas! Como os filhos poderão honrar seus pais e mães se estes se mantêm "anônimos"? Quem honra pai e mãe respeita sua própria história, as memórias familiares que conferem identidade social.

Não matarás. É possível matar de muitas maneiras, não somente com armas; mata-se também com a língua, com a ignorância, com o silêncio. Não matar significa também defender a vida, sempre, e não somente quando se pode ou convém. A vida: em seu início, em seu desenvolvimento, em seu final. A vida não pode ser mortificada. Em tempos de crise, não se podem favorecer novos assassinos: os suicídios são muitas vezes filhos de uma pobreza provocada ou de um bem-estar desenfreado que desaparece de repente.

Não cometerás atos impuros. Os atos impuros também são cometidos por uma cultura obcecada, que faz da liberação do sexo um dos seus maiores negócios, precisamente a partir da degradação da dignidade do homem e da mulher. Tornar a prostituição mais "decente" não a torna menos exploração do corpo; pelo contrário, cedo ou tarde, inclusive a pedofilia será socialmente compatível com as "necessidades da modernidade". É impuro não conservar a unidade entre corpo e espírito, violentar o espírito em nome do bem-estar corporal.

Não roubarás. O furto é uma intenção má que está dentro de nós. Não se trata somente de não roubar algo de uma pessoa, e sim de não roubar a pessoa em si, ou seja, privá-la do seu tempo, da sua dignidade, do seu futuro, da justiça, da paz. É preciso educar na generosidade de coração, experimentando a economia do dom, da gratuidade. A raiz do "não roubar" também é o possuir: rouba-se porque não se está satisfeito com o que se tem, invadido pelo desejo de ter e acumular.

Não levantarás falso testemunho. Também o falso testemunho está dentro de nós como mentira, como abrandamento da verdade. É uma atitude que se torna cultura, que se estabiliza no homem como simulação, ficção, verossimilitude da realidade substituída pela ficção. Estar do lado da verdade, defendê-la, é um ato de justiça e de amor a si mesmo e aos outros.

Não desejarás a mulher do próximo. "A mulher do outro": parece um mandamento aos homens; mas hoje também significa "o homem da outra". A mulher e o homem não são uma coisa que se deseja, que pertence a alguém como objeto. Quantos delitos passionais, quanta violência doméstica, quanta discriminação do gênero feminino respondem a esta lógica desumanizadora!

Não cobiçarás as coisas alheias. A inveja se encontra na base deste e do anterior mandamento. É o mais "sociável" dos vícios. A modernidade exaltou a cultura da inveja. Nas sociedades civis avançadas, no Ocidente, o pressuposto da democracia é a igualdade: "devo ter os mesmos direitos dos outros". Mas isso não significa sofrer do "complexo de ser idênticos", ou seja, de possuir as mesmas coisas que os outros, tornando-se escravo das coisas, empobrecendo-se, endividando-se, enfermando-se por aquilo que se inveja e não se pode possuir.

Em sua mensagem aos participantes da iniciativa "10 praças para 10 mandamentos", o Papa Francisco perguntou: "Que sentido têm para nós estas Dez Palavras? Que dizem elas à nossa época, agitada e confusa, que parece querer renunciar a Deus?".

E respondeu: "Os Dez Mandamentos são um dom de Deus. A palavra 'mandamento' não está na moda; ao homem de hoje evoca algo de negativo, a vontade de alguém que impõe limites, que causa obstáculos à vida. E infelizmente a história, também recente, é marcada por tiranias, ideologias e lógicas que impuseram e oprimiram, que não procuraram o bem do homem, mas sim o poder, o sucesso e o lucro".

"No entanto, os Dez Mandamentos derivam de um Deus que nos criou por amor, de um Deus que estabeleceu uma aliança com a humanidade, de um Deus que deseja só o bem do homem. Tenhamos confiança em Deus! Confiemos nele!", exclamou o Papa.

"Os Dez Mandamentos indicam-nos um caminho a percorrer e constituem também uma espécie de 'código ético' para a construção de sociedades justas, à medida do homem. Quantas desigualdades existem no mundo! Quanta fome de alimento e de verdade! Quantas pobrezas morais e materiais derivam da rejeição de Deus quando no seu lugar colocamos muitos ídolos!", continuou.

E convidou: "Deixemo-nos orientar por estas Dez Palavras que iluminam e norteiam quantos procuram a paz, a justiça e a dignidade".

Por: Patricia Navas González




Aleteia

Fonte: http://www.aleteia.org

14 de Dezembro - São João da Cruz

São João da Cruz
1542-1591


Seu nome de batismo era Juan de Yepes. Nasceu em Fontivaros, na província de Ávila, Espanha, em 1542, talvez em 24 de junho. Ainda na infância, ficou órfão de pai, Gonzalo de Yepes, descendente de uma família rica e tradicional de Toledo. Mas, devido ao casamento, foi deserdado da herança. A jovem, Catarina Alvarez, sua mãe, era de família humilde, considerada de classe "inferior". Assim, com a morte do marido, que a obrigou a trabalhar, mudou-se para Medina, com os filhos.

Naquela cidade, João tentou várias profissões. Foi ajudante num hospital, enquanto estudava gramática à noite num colégio jesuíta. Então, sua espiritualidade aflorou, levando-o a entrar na Ordem Carmelita, aos vinte e um anos. Foi enviado para a Universidade de Salamanca a fim de completar seus estudos de filosofia e teologia. Mesmo dedicando-se totalmente aos estudos, encontrava tempo para visitar doentes em hospitais ou em suas casas, prestando serviço como enfermeiro.

Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos, mudando o nome. Na época, pensou em procurar uma Ordem mais austera e rígida, por achar a Ordem Carmelita muito branda. Foi então que a futura santa Tereza de Ávila cruzou seu caminho. Com autorização para promover, na Espanha, a fundação de conventos reformados, ela também tinha carta branca dos superiores gerais para fazer o mesmo com conventos masculinos. Tamanho era seu entusiasmo que atraiu o sacerdote João da Cruz para esse trabalho. Ao invés de sair da Ordem, ele passou a trabalhar em sua reforma, recuperando os princípios e a disciplina.

João da Cruz encarregou-se de formar os noviços, assumindo o cargo de reitor de uma casa de formação e estudos, reformando, assim, vários conventos. Reformar uma Ordem, porém, é muito mais difícil que fundá-la, e João enfrentou dificuldades e sofrimentos incríveis, para muitos, insuportáveis. Chegou a ser preso por nove meses num convento que se opunha à reforma. Os escritos sobre sua vida dão conta de que abraçou a cruz dos sofrimentos e contrariedades com prazer, o que é só compreensível aos santos. Aliás, esse foi o aspecto da personalidade de João da Cruz que mais se evidenciou no fim de sua vida.

Conta-se que ele pedia, insistentemente, três coisas a Deus. Primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito. Segundo, não deixá-lo sair desse mundo como superior de uma Ordem ou comunidade. Terceiro, e mais surpreendente, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos seres humanos. Para ele, fazia parte de sua religiosidade mística enfrentar os sofrimentos da Paixão de Jesus, pois lhe proporcionava êxtases e visões. Seu misticismo era a inspiração para seus escritos, que foram muitos e o colocam ao lado de santa Tereza de Ávila, outra grande mística do seu tempo. Assim, foi atendido nos três pedidos.

Pouco antes de sua morte, João da Cruz teve graves dissabores por causa das incompreensões e calúnias. Foi exonerado de todos os cargos da comunidade, passando os últimos meses na solidão e no abandono. Faleceu após uma penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas quarenta e nove anos de idade, no Convento de Ubeda, Espanha.

Deixou como legado sua volumosa obra escrita, de importante valor humanístico e teológico. E sua relevante e incansável participação como reformador da Ordem Carmelita Descalça. Foi canonizado em 1726 e teve sua festa marcada para o dia de sua morte. São João da Cruz foi proclamado doutor da Igreja em 1926, pelo papa Pio XI. Mais tarde, em 1952, foi declarado o padroeiro dos poetas espanhóis.

Fonte:http://www.paulinas.org.br

13 de dez. de 2013

Natal noite de Luz

No princípio, criando o céu e a terra, Deus começou sua ação; vencendo as trevas criou a luz. 
Terminará sua obra eliminando as trevas, inundará tudo de luz.
 

A luz de Deus já está chegando, chega como o sol, projeta sua claridade antes de nascer.
 
A alvorada antecipa a luz do dia.
 
A alvorada de Deus é Jesus cristo.
 
Ele nos antecipa a chegada de Deus.
 

Jesus é a vida humana nascido de Deus.
 
Ensinou querer bem, servir ao irmão, saber-se amado por um grande amor, capaz de nos realizar e dar sentido à vida.

Esta é a luz que Jesus nos trouxe. Ele á a luz do mundo.
 
O amor é a luz que faz da terra a morada de Deus, possibilita a vida, traz alegria e indica o caminho.
 
A falta de amor, - o nosso egoísmo - retarda o dia, nos envolve em trevas, as trevas da ausência de Deus.
 
Elas fazem de Deus um estranho na terra, impedem a vinda da alvorada.
 

A luz do dia vem sem nós.
 
A luz de Deus vem por nós.
 
Nada fazemos para o sol nascer.
 

Precisamos tudo fazer para Deus aparecer.
 
E Deus virá como luz.
 
A luz de Deus é o querer bem, alegria dos olhos, presença tranquila, a bondade amiga a valorizar o irmão.
 
Onde há amor e caridade a luz vence as trevas, lá Deus vem chegando para a festa final.
 
Feliz Natal!
 


Frei Carlos Mesters
http://www.paulinas.org.br

Como surgiram as Indulgências?

O uso das indulgências teve sua origem nos primórdios da Igreja. Desde os primeiros tempos ela usou o seu poder de remir a pena temporal dos pecadores.
Sabemos que na Igreja antiga dos primeiros séculos, a absolvição dos pecados só era dada aos penitentes que se acusassem dos próprios pecados e se submetessem a uma pesada penitência pública; por exemplo, jejum de quarenta dias até o pôr do sol, trajando-se com sacos e usando o silício, autoflagelação, retirada para um convento, vagar pelos campos vivendo de esmolas, etc., além de ser privado da participação na Liturgia eucarística e da vida comunitária. Isto era devido ao “horror” que se tinha ao pecado e ao escândalo.
Aquele que blasfemasse o nome de Deus, da Virgem Maria, ou dos santos, ficava na porta da igreja, sem poder entrar, sete domingos durante a missa paroquial, e, no último domingo ficava no mesmo lugar sem capa e descalço; e nas sete sextas-feiras precedentes jejuava a pão e água, sem poder neste período entrar na igreja. Aquele que rogasse uma praga aos pais, devia jejuar quarenta dias a pão e água…
Essas pesadas penitências, e outras, tinham o objetivo de extinguir no penitente os resquícios do pecado e as más inclinações que o pecado sempre deixa na alma do pecador, fazendo-o voltar a praticá-lo.
Na fase das perseguições dos primeiros séculos, quando era grande o número de mártires, muitos cristãos ficavam presos e aguardando o dia da própria execução; eram os Confessores da fé. Surgiu nesta época um belo costume: os penitentes recorriam à intercessão dos que aguardavam presos à morte. Um deles escrevia uma carta ao bispo pedindo a comutação da pesada penitência do pecador; eram as chamadas “cartas de paz”. Com este documento entregue ao bispo, o penitente era absolvido da pesada penitência pública que o confessor lhe impusera e também da dívida para com Deus; a pena temporal que a penitência satisfazia. Assim, transferia-se para o pecador arrependido, o valor satisfatório dos sofrimentos do mártir.
Desta forma começou o uso da indulgência na Igreja.
Muitas vezes os penitentes não tinham condições de saúde suficiente para cumprir essas penitências tão pesadas; e isto fez com que a Igreja, com o passar do tempo, em etapas sucessivas e graduais, fosse abrandando as penitências.
Na idade média, a Igreja, com a certeza de que ela é a depositária dos méritos de Cristo, de Nossa Senhora e dos Santos, o chamado “tesouro da Igreja”, começou a aplicar isto aos seus filhos pecadores. Inspirados pelo Espírito Santo, os Papas e Concilios, a partir do século IX, entenderam que podiam aplicar esses méritos em favor dos penitentes que deviam cumprir penitências rigorosas. Assim, surgiram as “obras indulgenciadas”, que substituíam as pesadas penitências. O jejum rigoroso foi substituído por orações; a longa peregrinação, por pernoitar em um santuário; as flagelações, por esmolas; etc… A partir daí, a remissão da pena temporal do pecado, obtida pela prática dessas “obras indulgenciadas”, tomou o nome de “indulgência”.
Nos exemplos das pesadas penitências públicas citadas acima, elas eram substituídas, respectivamente, por uma indulgência de sete semanas e por uma indulgência de 40 dias; por isso as indulgências eram contadas em dias, semanas e meses, porque assim, eram também contadas as penitências públicas.
Com a reza do Terço, por exemplo, em qualquer dia do mês de outubro, se ganhava a indulgência de sete anos.
No século IX, os bispos já concediam indulgências gerais, isto é, a todos os fiéis, sem a necessidade da mediação de um sacerdote. Assim, os bispos estipularam que realizando certas obras determinadas, os fiéis poderiam obter, pelos méritos de Cristo, a remissão das penas devidas aos pecados já absolvidos.
É preciso compreender que esta prática não se constituía em algo mecânico, não; o penitente, ao cumprir a obra indulgenciada devia trazer consigo as mesmas disposições interiores daquele que cumpria no passado as pesadas penitências, isto é, profundo amor a Deus e repúdio radical de todo pecado. Sem isto, não se ganharia a indulgência.
Com o passar do tempo, e principalmente por causa da “questão das indulgências” no tempo de Martinho Lutero, no século XVI, as indulgências foram ofuscadas e tornaram-se objeto de críticas. No entanto, após o Concílio Vaticano II (1962-65), o Papa Paulo VI reafirmou todo o seu valor, na Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, em que quis claramente mostrar o sentido profundo e teológico das indulgências; incitando os católicos ao espírito de contrição e penitência que deve movê-los ao realizar as obras indulgenciadas, removendo toda a aparência de mecanicismo espiritual que no passado aconteceu.
Prof. Felipe Aquino
http://cleofas.com.br

O que é a Indulgência Plenária?

 O Prof. Felipe Aquino irá explicar, o que são indulgências, para que servem, e como podemos lucrá-las.
Você sabia que a indulgência plenária se consegue para si mesmo ou para uma alma com 4 condições:
1 – Confissão bem feita rejeitando todos os pecados graves e leves;
2 – Participar da missa e comungar;
3 – Rezar pelo Papa, no mínimo, um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória.
4 – Fazer uma das 4 alternativas: um Terço em família diante de uma imagem sagrada; ou 30 minutos de adoração do Santíssimo na Igreja; ou fazer a Via Sacra na Igreja, seguindo as 14 estações; ou 30 minutos de leitura meditada da Bíblia.

Os cristão alérgicos aos pregadores fecham-se ao Espírito Santo – o Papa na missa desta sexta-feira

2013-12-13 

Nesta sexta-feira dia 13 de dezembro de 2013 comemoram-se 44 anos da ordenação presbiteral de Jorge Mario Bergoglio. Hoje investido das suas funções de Bispo de Roma e de Pastor Universal da Igreja, o Papa Francisco continua a cumprir a sua missão sacerdotal a começar pela missa matinal na Capela da Casa de Santa Marta. A Palavra de Deus no Evangelho deste dia propõe a passagem em que Jesus compara a geração do seu tempo às crianças sempre descontentes, que não sabem jogar com felicidade, não tocam , não dançam... nada lhes está bem...! Aquela gente não era aberta à Palavra de Deus – afirma o Papa - recusavam o mensageiro e não a mensagem. Recusaram João Batista porque diziam que ele não comia nem bebia e era um endemoniado! Recusam Jesus porque comia e bebia era amigo de publicanos e pecadores. Segundo o Santo Padre têm sempre um motivo para criticar:
“...a gente daquele tempo preferia refugiar-se numa religião mais elaborada: nos preceitos morais como os fariseus; no compromisso político como os saduceus; na revolução social como os zelotes. Também Jesus lhes faz avivar a memória: ‘Os vossos pais fizeram o mesmo com os profetas’. O Povo de Deus tem uma certa alergia para com os pregadores da Palavra: os profetas, perseguiu-os e matou-os.”
“Estes cristão que são fechados, que estão engaiolados, estes cristãos tristes... não são livres. Porquê? Porque têm medo da liberdade do Espírito Santo, que vem através da pregação. E este é o escândalo da pregação, do qual falava São Paulo: o escândalo da pregação que acaba no escândalo da Cruz. Escandaliza que Deus nos fale através de homens com limites, homens pecadores: escandaliza! E escandaliza mais que Deus no fale e nos salve através de um homem que diz que é o Filho de Deus mas acaba como um criminoso. Aquilo escandaliza.”
“Estes cristãos tristes” – disse o Papa Francisco – “não acreditam no Espírito Santo, não acreditam naquela liberdade que vem da pregação, que te repreende, ensina-te, esbofeteia-te; mas é precisamente a liberdade que faz crescer a Igreja” – afirmou ainda o Santo Padre:
“Vendo estas crianças que têm medo de dançar, de chorar, têm medo de tudo, que pedem segurança em tudo, penso nestes cristãos tristes que sempre criticam os pregadores da Verdade, porque têm medo de abrir a porta ao Espírito Santo. Rezemos por eles e também por nós, para que não nos tornemos cristãos tristes que cortam ao Espírito Santo a liberdade de vir até nós através do escândalo da pregação.” (RS)

Fonte: http://www.news.va

No Natal: recolhimento e oração em família

Uma excelente oportunidade de voltar ao essencial



Dezembro chega e, com ele, começa a correria por terminar o que começamos durante o ano, a façanha de cumprir os compromissos, as festas, a decoração da casa, a compra dos presentes. Mas será que vamos ter tempo para o que é verdadeiramente importante, que é preparar-nos espiritualmente para esta grande comemoração?
 
O Natal é uma época de recolhimento; nela, contemplamos o nascimento do Menino Jesus e a criação da Sagrada Família. É por isso que somos convidados a viver este tempo de maneira mais espiritual e menos social. Que seja esta a ocasião para que a família se reúna, revivendo com devoção o nascimento de Deus na terra e levando felicidade às pessoas carentes.
 
Há muitas formas de viver o Natal com espírito cristão e em família. Para incentivar o interesse das crianças e para que elas não cresçam pensando que o Natal é só festa e diversão, podemos nos centrar especialmente no presépio.
 
O presépio ilustra como nosso Senhor Jesus Cristo nasceu pobre, acompanhado de Maria e José e, junto a eles, os pastores e animais que lhe ofereceram companhia e calor.
 
Aproveitemos o presépio, desde o momento da sua montagem, para contar às crianças o que acontecerá no Natal. Já que cada figura tem um significado especial, podemos falar de cada personagem que está no presépio.
 
O Advento, tempo de preparação para a celebração do Natal, é um bom momento para agradecer a Deus por tudo o que recebemos durante o ano e pensar nos bons propósitos para o ano que vem.
 
É também uma época para pedir perdão e aproximar-nos das pessoas das quais estivemos afastados; e, sobretudo, é o momento de pensar em como levar alegria às pessoas carentes.
 
Ensinemos as crianças a amar o Natal como um momento de entrega e louvor a Deus, e não somente de diversão sem sentido.
 
(Artigo publicado originalmente por 
LaFamilia.info)

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...