Estamos já próximos do
final do Ano Litúrgico. De hoje a 15 dias, estaremos celebrando a Solenidade de
Cristo-Rei, que marca o final do ano da Igreja. Pois bem, a Liturgia vai nos
educando, irmãos amados, fazendo-nos pensar no fim de nossa vida – fim que nos
obriga a nos perguntar pelo sentido da nossa existência e pelo que estamos
fazendo dela. Neste sentido, tivemos a Solenidade de Todos os Santos e a
Comemoração dos Fiéis Defuntos... E hoje a Liturgia fala-nos da ressurreição.
O Evangelho nos apresenta
uma disputa entre Jesus e os saduceus, que não acreditavam na ressurreição e
negavam a existência dos anjos.
O Senhor confirma: há, sim ressurreição! Os mortos ressurgirão, mas de um modo que nós não podemos descrever nem imaginar: “Os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e da vida futura, nem eles se casam nem elas dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram”. Jesus cita os anjos de propósito, para recordar ao caduceus - de ontem e de hoje! - que essas misteriosas criaturas celestes existem sim!
Em outras palavras: estaremos em tal comunhão com o Deus da vida, em tal proximidade dele – como os anjos, que já contemplam a Face do Eterno – que, a morte nunca mais nos poderá atingir: nem a morte física, nem a morte da dor, nem a morte da tristeza, do medo, da saudade, nem a morte do pecado! Como diz o Salmista: “Eu verei, justificado, vossa face e ao despertar me saciará Vossa presença!"
O Senhor confirma: há, sim ressurreição! Os mortos ressurgirão, mas de um modo que nós não podemos descrever nem imaginar: “Os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e da vida futura, nem eles se casam nem elas dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram”. Jesus cita os anjos de propósito, para recordar ao caduceus - de ontem e de hoje! - que essas misteriosas criaturas celestes existem sim!
Em outras palavras: estaremos em tal comunhão com o Deus da vida, em tal proximidade dele – como os anjos, que já contemplam a Face do Eterno – que, a morte nunca mais nos poderá atingir: nem a morte física, nem a morte da dor, nem a morte da tristeza, do medo, da saudade, nem a morte do pecado! Como diz o Salmista: “Eu verei, justificado, vossa face e ao despertar me saciará Vossa presença!"
Caríssimos, quando a
Escritura fala em ressurreição, não está pensando simplesmente em voltarmos a
esta nossa vida, deste nosso modo atual, somente que habitando no céu... De
modo algum! Nós seremos glorificados em corpo e alma! Ressuscitar é receber em
todo o nosso ser a vida de Deus, que Cristo, o primogênito dentre os mortos,
nos conquistou e já derramou em nós no batismo. Semente dessa vida é o Espírito
Santo vivificador – o mesmo em Quem o Pai ressuscitou o Filho Jesus!
Jesus Quem nos ressuscita, Ele que disse a Marta: “Eu sou a Ressurreição!” (Jo 11,25) É somente Nele e por causa Dele que esperamos vencer a morte!
Na primeira leitura deste Domingo escutamos, impressionados, o testemunho dos sete irmãos, filho de uma corajosa mãe viúva, que incentiva seus filhos a entregarem a vida por amor da Lei de Deus. Donde lhes vinha tanta coragem? Donde, tanta disponibilidade para serem fiéis até o fim? Da certeza de que ressuscitariam: “Prefiro ser morto pelos homens tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará!” – disse um deles. E o outro, pensando na ressurreição da carne, afirmou sem medo: “Do Céu recebi estes membros; por causa de suas leis os desprezo, pois do Céu espero recebê-los de novo!”
Vede, meus caros, o quanto a certeza da vida eterna muda nosso modo de enfrentar os revezes da vida. A este propósito, poderíamos perguntar: Tanta frouxidão na nossa fé, tanto relaxamento nos nossos costumes, tão pouca seriedade na prática da religião, tanta condescendência com os vícios, a comodidade e a tibieza, não seriam causados por uma fraca e sem convicção fé na ressurreição, na Vida eterna?
Jesus Quem nos ressuscita, Ele que disse a Marta: “Eu sou a Ressurreição!” (Jo 11,25) É somente Nele e por causa Dele que esperamos vencer a morte!
Na primeira leitura deste Domingo escutamos, impressionados, o testemunho dos sete irmãos, filho de uma corajosa mãe viúva, que incentiva seus filhos a entregarem a vida por amor da Lei de Deus. Donde lhes vinha tanta coragem? Donde, tanta disponibilidade para serem fiéis até o fim? Da certeza de que ressuscitariam: “Prefiro ser morto pelos homens tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará!” – disse um deles. E o outro, pensando na ressurreição da carne, afirmou sem medo: “Do Céu recebi estes membros; por causa de suas leis os desprezo, pois do Céu espero recebê-los de novo!”
Vede, meus caros, o quanto a certeza da vida eterna muda nosso modo de enfrentar os revezes da vida. A este propósito, poderíamos perguntar: Tanta frouxidão na nossa fé, tanto relaxamento nos nossos costumes, tão pouca seriedade na prática da religião, tanta condescendência com os vícios, a comodidade e a tibieza, não seriam causados por uma fraca e sem convicção fé na ressurreição, na Vida eterna?
A nossa esperança é
firme: fomos criados para Deus, para Deus estamos a caminho... Um dia
morreremos, terminará nosso caminho neste mundo tão incerto. E, imediatamente
após a morte, em nossas almas, estaremos diante do Cristo, nossa Salvador e
Juiz.
Se tivermos sido abertos ao Seu Espírito Santo, se Lhe tivermos sido realmente fiéis, Ele, nosso Senhor, no Seu abraço eterno, glorificará com o Seu Espírito Santo a nossa alma e, então, estaremos para sempre com o Senhor, onde ninguém mais vai sofrer, ninguém mais chorar, ninguém vai ter saudade, ninguém mais vai ficar triste.
No final dos tempos, quando Cristo nossa vida glorificar todo o universo, também nossos pobres corpos ressuscitarão, pela força e ação do mesmo Espírito Santo vivificador, que o Senhor tem em plenitude. Assim, em todo o nosso ser, corpo e alma, estaremos para sempre com o Senhor!
Eis por que somos cristãos, eis por que temos esperança! Eis por que queremos viver com retidão, sobriedade, abertura de coração para os irmãos e santo temor em relação a Deus. É o que exprime São Paulo na segunda leitura: “Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou em Sua graça e nos proporcionou uma consolação eterna e feliz esperança, animem os vossos corações e vos confirmem em toda boa ação e palavra. O Senhor dirija os vossos corações ao amor de Deus e à firme esperança em Cristo!”
Se tivermos sido abertos ao Seu Espírito Santo, se Lhe tivermos sido realmente fiéis, Ele, nosso Senhor, no Seu abraço eterno, glorificará com o Seu Espírito Santo a nossa alma e, então, estaremos para sempre com o Senhor, onde ninguém mais vai sofrer, ninguém mais chorar, ninguém vai ter saudade, ninguém mais vai ficar triste.
No final dos tempos, quando Cristo nossa vida glorificar todo o universo, também nossos pobres corpos ressuscitarão, pela força e ação do mesmo Espírito Santo vivificador, que o Senhor tem em plenitude. Assim, em todo o nosso ser, corpo e alma, estaremos para sempre com o Senhor!
Eis por que somos cristãos, eis por que temos esperança! Eis por que queremos viver com retidão, sobriedade, abertura de coração para os irmãos e santo temor em relação a Deus. É o que exprime São Paulo na segunda leitura: “Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou em Sua graça e nos proporcionou uma consolação eterna e feliz esperança, animem os vossos corações e vos confirmem em toda boa ação e palavra. O Senhor dirija os vossos corações ao amor de Deus e à firme esperança em Cristo!”
Caríssimos, em Cristo, se
fomos criados para Deus, para a comunhão com Ele no céu, tenhamos, no entanto,
o cuidado de não O perdermos para sempre no inferno. O inferno existe, é real e
pode ser nossa miserável herança! Pode dar-se que, logo após a minha morte, não
exista nenhum comunhão com o Cristo que é Vida, mas somente o “Apartai-vos de
Mim, malditos! Não vos conheço!” E nossa alma caia na eterna tristeza, na
depressão sem fim, que devora, como verme e queima como fogo! Não aconteça que,
no fim dos tempos, também nosso corpo tenha de padecer também este triste destino!
Eis, amados em Cristo, que o Senhor nos adverte! Procuremos, pois, viver de tal modo, que possamos ser considerados dignos de viver para sempre com Ele. Para isso, pautemos nossa vida pelo amor e obediência ao Senhor. Assim poderemos dizer como o Salmista, tendo os olhos fixos em Cristo nosso Deus e nossa vida: “Os meus passos eu firmei na Vossa estrada,/ e por isso os meus pés não vacilaram./ Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis,/ inclinai o vosso ouvido e escutai-me!/ Protegei-me qual dos olhos a pupila/ e guardei-me, à proteção de Vossas asas./ Mas eu verei justificado a Vossa face/ e ao despertar me saciará Vossa presença!”
Que o Senhor que tudo pode confirme a nossa esperança. Amém.
Eis, amados em Cristo, que o Senhor nos adverte! Procuremos, pois, viver de tal modo, que possamos ser considerados dignos de viver para sempre com Ele. Para isso, pautemos nossa vida pelo amor e obediência ao Senhor. Assim poderemos dizer como o Salmista, tendo os olhos fixos em Cristo nosso Deus e nossa vida: “Os meus passos eu firmei na Vossa estrada,/ e por isso os meus pés não vacilaram./ Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis,/ inclinai o vosso ouvido e escutai-me!/ Protegei-me qual dos olhos a pupila/ e guardei-me, à proteção de Vossas asas./ Mas eu verei justificado a Vossa face/ e ao despertar me saciará Vossa presença!”
Que o Senhor que tudo pode confirme a nossa esperança. Amém.
Texto: Dom Henrique Soares da Costa
fonte: facebook