30 de mai. de 2013

Corpus Christi




O milagre eucarístico de Siena, Itália          





 

        Na cidade de Santa Catarina de Siena temos um milagre eucarístico que data de 1730. No dia 14 de agosto daquele ano a igreja de São Francisco fora vítima de um assalto. Os ladrões levaram 351 hóstias consagradas. A cidade se mobilizou, suspendendo inclusive a festa e procissão da Assunta.
          
  

               O curioso foi que, três dias após o roubo, as hóstias foram encontradas no cofre de esmolas de outra igreja (St. Mary de Provenzano). Foi constatado que se tratavam das mesmas, e contaram-se 348 hóstias inteiras e seis metades.  O povo então fez uma procissão para levá-las para a igreja assaltada, tendo como portador o Arcebispo Alessandro Zondadari. Não foram consumidas, como previa o Direito Canônico, porque os fiéis queriam adorá-las para reparar o nocivo ato. Tais hóstias foram guardadas no local apropriado – no sacrário – e de algum modo acabaram sendo esquecidas. O procedimento ordinário é que as mesmas deveriam ter sido consumidas. Uma teoria afirma que o povo de Siena e das cidades vizinhas queriam adorá-las para reparar a profanação, como já dito. A segunda seria a que as hóstias estariam ainda sujas, apesar de terem sido limpas superficialmente, não sendo neste caso necessário consumí-las, mas é permitido que se deteriorem-se naturalmente.
             O Pe. Carlo Vipera, da Ordem Franciscana, examinou as hóstias no dia 14 de abril de 1780 e as encontrou frescas e incorruptas. Somente 50 anos depois foi descoberto que estavam completamente intactas, não apresentando nem coloração diferente do tempo de sua fabricação. Tratava-se de um milagre! Nos séculos que se sucederam, as hóstias foram submetidas aos mais diversos exames científicos para comprovar a autenticidade do fato. Nos anos anteriores algumas hóstias foram  distribuídas e consumidas. As 230 restantes foram colocadas em um cibório novo e posterior distribuição foi proibida.
             Uma investigação mais detalhada foi realizada em 1789 pelo Arcebispo de Siena, Tiberio Borghese, com teólogos e cientistas. Após ter examinado as hóstias com um microscópio, a comissão declarou que eram perfeitamente intactas e não demonstravam nenhum sinal de deterioração.
             Neste mesmo ano um teste foi realizado: hóstias não consagradas foram colocadas em uma caixa selada. Dez anos mais tarde foram examinadas e encontradas desfiguradas. Em 1850, 61 anos depois do fechamento da caixa, as hóstias não consagradas foram reduzidas à partículas de uma cor amarela escura, enquanto que as 230 hóstias consagradas milagrosas retiveram seu frescor original pelo mesmo tempo!
             Ao longo dos anos outros exames foram realizados, mas o mais significativo foi o de 1914, empreendido por ordem do Papa Pio X. O arcebispo selecionou um distinto grupo de investigadores, com cientistas e professores de Siena e de Pisa, juntamente com teólogos e oficiais da Igreja. Testes químicos executados sobre fragmentos das hóstias milagrosas provaram que tais hóstias foram preparadas sem as precauções científicas que poderiam mantê-las preservadas por um período de poucos anos! A comissão concluiu que a preservação era extraordinária! Se as hóstias tivessem sido preparadas para se conservarem, alguns anos se passariam... mas as mesmas não foram preparadas e o milagre já durava 184 anos!
             O professor Siro Grimaldi, professor na Universidade de Siena e diretor do Laboratório Químico Municipal, era o principal cientista da comissão de 1914. Mais tarde, escreveu um livro com detalhes preciosos sobre o milagre, intitulado Uno Scienziato Adora. Em 1914 declarou que “a farinha em grão é o melhor terreno de cultura de microorganismos, parasitas animais e vegetais, e fermentação láctica. As partículas de Siena estão em perfeito estado de conservação, contra as leis físicas e químicas, não obstante as condições de tudo desfavoráveis em que foram encontradas e conservadas. Um fenômeno absolutamente ANORMAL: as leis da natureza foram invertidas. O vidro em que foram encontradas possui mofo, enquanto a farinha se revelou mais refratária do que o cristal.”

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